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Dislexia

Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes, e até, geniais, apresentarem dificuldades no aprendizado, é desafio que a Ciência vem estudando a mais de 130 anos.

Com os avanços tecnológicos, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia. A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos e do que é Memória, Pensamento e Linguagem. E de como aprendemos e do porquê podemos encontrar facilidades em aspectos específicos do dia a dia, misturadas a dificuldades básicas no processo de aprendizado. O problema está no conceito de que: “quem é bom, é bom em tudo”; isto é, a pessoa, inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo que faz. Alguns tópicos para conhecermos um pouquinho mais sobre a Dislexia: 1.É muito importante sabermos que a Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, que, por ser dominante, torna a Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias. 2.O disléxico tem mais desenvolvida a área específica de seu hemisfério cerebral lateral direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus “dons”, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em três dimensões (3D), criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas. 3.O Dislexo apresenta imaturidade psicomotora e dificuldade das execuções hemisféricas direita-esquerda. Atualmente pesquisadores da área, fizeram uma descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura. A pesquisa também relata a existência de dois mecanismos falhos: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular, demonstrando que crianças disléxicas e não disléxicas não apresentam diferença na fixação visual ao ler, mas que os disléxicos, encontram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra ao ser percebida, visualmente, fique “borrada”, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificulta a discriminação visual das letras que formam a palavra escrita. Como bem exemplifica uma educadora e especialista alemã, “... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico”. Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado “analfabetismo funcional”. Estima-se que de 10 alunos, 2 são disléxicos com algum grau significativo de dificuldade. Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula, cabe considerar o problema da violência infanto-juvenil, e que as dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas nos casos de depressão do aluno disléxico. O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, afirma que o termo Dislexia é uma derivação grega do termo: dis, significando imperfeito como disfunção, e lexia que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, como Linguagem de um modo geral. Dislexia é uma dificuldade específica de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculos Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva. O diagnóstico e o tratamento são realizados por neurologistas, psicólogos, psicopedagogos e fonoaudiólogos, sendo o último, o profissional que possui as principais técnicas de abordagem para estimulação visual, estimulação de processamento auditivo central e reorganização neurofuncional. A equipe também é responsável pelas orientações familiares, escolares e modificação no planejamento das execuções das atividades de vida diária e de mudanças curriculares dos disléxicos. Para diagnosticar e tratar é preciso informação. Procure um profissional quando existir uma queixa familiar de aprendizado da leitura. “Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender, reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes genial, mas que aprende de maneira diferente”.

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POLLYANNA BERNARDINO ARANDA

CRFa. 3-8767 - PR | Fonoaudióloga e Psicopedagoga Clínica e Institucional

CURRÍCULO

• Responsável pela Polly Clínica Clínica de Fonoaudiologia e Psicopedagogia; • Método Padovan - Reorganização Neurofuncional - SP; • Especialista em Equoterapia - Centro de Equoterapia Rancho GG em Ibiuna - SP; • Atendimento Clínico, Supervisão, Aulas e Consultoria Escolar. • Aprofundamento no Método Programa Plushand para Fonoaudiólogos; • Pós-Graduada em Applied Behavior Analysis (ABA) em Análise do Comportamento.

43 3323-3013 | 99115-2330 Unidade Londrina: Rua Brasil, 1014 - Sala 903 | pobernardino@bol.com.br 43 3323-3013 | 99115-2330 Unidade Sertanópolis: Av. Dr. Vacir Gonçalves Pereira Executive Center - Sala 205

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