Forza Juve!
Para começo de conversa...
Expediente Responsável Vitor Lupi Colaboradores Ângelo Agarelli, Marcelo Bellesso, Camila Corradini, Eliane Molizini Benedito, Arthur Borges, Victor Ribeiro, Gabriela Barros E Renato Leite Revisão de texto V Produções Finalizações Alessandra de Castro
------------------------------Os anúncios aqui contidos são de inteira responsabilidade de seus anunciantes. A Saudosa Mooca não se responsabiliza por promoções ou disponibilidade de produtos e serviços contidos nos anúncios. A Saudosa Mooca ainda não se responsabiliza por artigos assinados em nossas edições, sendo estes de inteira responsabilidade dos seus autores. Fotografias e artes gráficas não creditadas pertencem à Saudosa Mooca e é expressamente proibida sua reprodução,total ou parcial, bem como qualquer espécie de conteúdo aqui divulgado sem nossa permissão.
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Nossa quarta edição da Revista Saudosa Mooca começa com a história do Clube Atlético Juventus, um dos mais tradicionais que existem Sua incrível história contada através do livro “Histórias de um Moleque Travesso”, retrata bem toda a trajetória do Clube por suas 90 anos de existência. Vamos ainda dar continuidade no Mooca Sightseeing, a saga dos amigos Pedro e Ângelo pela Mooca, levando turistas a conhecerem todos os encantos do bairro. Ainda aproveitamos para falar um pouco sobre psicologia com a psicóloga Camila Corradini que nos conta como devemos lidar e superar perdas em nossa vida. Tem ainda o “Direito nosso” da advogada Eliane Molizini Benedito, que vai nos ajudar a compreender o que é exatamente o Marco Civil da Internet. E é claro que não deixamos de fora o nosso espaço Mestre Cuca destinado às delícias da culinária italiana, e dessa vez a delícia é o Conchiglione recheado de ricota. Gostou? Então não perca tempo, tem muito mais em nossa revista é só virar a página e descobrir! Vitor Lupi - Responsável
08Estamos de olho
10 Rápidas 11 Espaço do leitor 13 Direito nosso 14 Mestre Cuca 16Psicologia 20 Capa – ForzaJuve! 26 Mooca Sightseeing 31 Pet
Estamos de olho!
Desaprovado Se na Mooca tem alguma coisa que deixa todo mundo de cabeça quente é a péssima situação do asfalto por suas principais vias. Em alguns pontos, são tantos buracos que para andar com moto é preciso ser um verdadeiro malabarista. Buracos, remendos mal feitos, ruas mistas com macacos e asfalto novo, buracos com galho, cone, pedaços de madeira... tudo. Tudo em matéria de buraco aqui é possível. Quando teremos nossas vias recapeadas?
Aprovado! Instalação de plataforma do BikeSampa na Rua Bresser. Bike Sampa É um projeto de sustentabilidade da Prefeitura do São Paulo em parceria com o banco Itaú e as empresas Serttel/Samba. As Bicicletas do Bike Sampa estão disponíveis em Estações distribuídas em pontos estratégicos da cidade, caracterizando-se com uma solução de meio de transporte de pequeno percurso para facilitar o deslocamento das pessoas nos centros urbanos.
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Rápidas São Paulo é uma cidade incrível, sempre em crescimento e com atrações inéditas por todas as partes. As variações culturais dentro desta cidade são tão intensas que podemos encontrar comércios típicos, construções únicas e até mesmo uma grande variedade linguística, sem claro, esquecermos da grande diversidade de suas habitantes. É inimaginável o número de pessoas que passam por essa cidade com muitas faces, povos e culturas. São Paulo é um país dentro do Brasil, que abriga ainda, diversos outros países, que são os bairros, sendo estes não menos interessantes e cativantes como a nossa megalópole, que nos instiga cada vez mais a conhecer uma nova história, por aí: em suas calçadas... E se tudo isso é tão incrível hoje, imaginem só como era belo o passado dessa cidade grande. E pensando nisso, criamos a página Memórias de São Paulo, que é uma página voltada para história da cidade, trazendo incríveis e inimagináveis fotos antigas, bem como outras raridades que fazem parte da nossa história. E essa página surgiu com um propósito: fazer com que seus leitores possam voltar no tempo, viajarem e até mesmo conhecerem o que não sabiam. É uma fantástica viagem por essa rica história da nossa querida cidade de São Paulo! fb.com/MemoriasDeSaoPaulo
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Espaço do leitor Curiosidade:
Valeu, Daniel!
Fotos: Daniel Gil
Inaugurada em 29 de outubro de 1992, essa agência dos Correios já com 22 anos fica na esquina da Rua da Mooca com a CapitãesMoris. E por todo esse tempo manteve-se aberta em atividade. Recentemente reformada, a agência deu sua primeira carimbada na data de sua inauguração. E sua primeira carimbada do primeiro dia de funcionamento da agência podemos ver na foto ao lado, enviada por Daniel Gil, nosso leitor da Revista Saudosa Mooca.
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Sobrado na Rua Curupac锚, 565. 2 dormit贸rios, banheiro,sala, cozinha,lavabo,nos fundos, cozinha, banheiro, dois c么modos. Alugo para fins comercial ou residencial. Aluguel: R$ 2.000,00 + IPTU R$ 55,00 Telefones para contato: 2605-2887 ou 97120-1952 - falar com Jorge
Direito nosso Por Eliane Molizini Benedito
Aprovado pela Câmara, o texto do Marco Civil da Internet tem um dispositivo específico para atender a quem se sentir ofendido por conteúdo publicado na web. O artigo 19 e seus parágrafos 3º e 4º, permitem que magistrados de juizados especiais recebam reclamações e decidam, motivados em "interesse da coletividade", sobre a retirada de algum material de um site. Hoje, a lei já protege quem afirma ter sido alvo de calúnia, injúria ou difamação. Mas havia dúvidas sobre como proceder em casos no mundo digital. O Marco Civil deixa a regra bem explícita. Ocorre que ao entrar nessa área, a nova legislação também abre caminho para que qualquer pessoa que se sinta atingida por uma reportagem ou material jornalístico tente a retirada desse conteúdo. O relator do Marco Civil da Internet na Câmara, tem uma interpretação diferente. Ele diz que o artigo 19 e seus parágrafos "não se aplicam a matérias jornalísticas publicadas em sites de jornais". Seriam apenas para regular a retirada de circulação de conteúdo de terceiros que são publicados em determinados sites, portais ou blogs. Só seriam atingidos pela regra os comentários que as pessoas possam postar a respeito de
Foto: Divulgação
Marco Civil da Internet
algum conteúdo ou notícia. Encaixam-se aí, também, vídeos no YouTube ou comentários em redes sociais, como o Facebook. A inovação, entretanto, ficou por conta da especificação de que num juizado especial,sem a necessidade de advogado, alguém consiga remover conteúdos da internet. Hoje, já é possível tentar essa via judicial, mas não estava claro que o magistrado, nessa instância, teria poder para conceder uma decisão com efeito imediato para censurar algum item na internet. O Marco Civil pacifica esse tema e abre essa via rápida, que antes não existia para censurar conteúdo on-line. Agora, terá de ser votado pelo Senado, que prometeu dar celeridade à tramitação do projeto. fonte: Associação dos Advogados de São Paulo Eliane Molizini Benedito éadvogada
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Fotos: Divulgação
Mestre Cuca
É impossível lembrarmos da culinária italiana e esquecermos do famoso nhoque. O nhoque é um dos pratos mais difundidos ao redor do mundo é italiano, e não é à toa. Não há quem resista a um delicioso nhoque, ainda mais se for preparado como o que vou ensinar a seguir. Mas antes...
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Segundo uma superstição italiana, quem come nhoque no dia 29, tem sorte nos próximos 30 dias.Mais um bom motivo para
saborear esse delicioso prato. A origem do costume é explicada com uma lenda que possui várias versões. A mais aceita conta que um frade andarilho chegou a uma pequena localidade italiana e bateu à porta de um casal de velhinhos, num dia 29. Pediu um prato de comida e recebeu o único alimento que havia: nhoque. Tempos depois, voltou ao local e contou aos velhinhos que, após comer aquele prato, sua vida mudara para melhor.
Nhoque de batata Ingredientes √ √ √ √ √ √
2 caldos de galinha 3 xícaras de leite 6 colheres de sopa de maionese 2 colheres de salsinha picada sal a gosto 3 xícaras de farinha de trigo
Modo de preparo: Dissolva os 2 caldos no leite e leve ao fogo com a maionese, a salsinha e o sal Quando levantar fervura e a maionese derreter, retire do fogo e coloque a farinha de trigo de uma só vez Misture bem rápido para não empelotar Volte a massa no fogo baixo, mexendo por 1 ou 2 min Desligue o fogo e deixe a massa amornar Sobre a mesa enfarinhada, coloque a massa e faça rolinhos Corte no formato de nhoque Numa outra panela com água e sal, cozinhe os nhoques A dica é que o nhoque seja retirado da água assim que ele subir, estará no ponto Escorra e sirva com seu molho preferido
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Psicologia
Perdas Como lidar com elas?
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Quem nunca perdeu algo na vida, ou alguém? Todos nós passamos por várias perdas pela vida e por mais que seja incômodo, é um assunto que deve ser encarado, não promovendo a baixa tolerância à frustração. Nem sempre podemos ganhar e nem sempre podemos evitar que alguém ou algo vá embora e justamente por isso, é melhor que este assunto seja elaborado por cada um para que seja possível passar por este processo e tudo que nele está incluso, utilizando dele para superação e força. Quando perdemos algo ou alguém em nossas vidas, entramos em processo de luto e
diferentemente do que imaginam perder qualquer coisa que tenha significado para nós, faz parte do processo todo do luto que é acompanhado por um conjunto de sentimentos, que variam de pessoa para pessoa como: tristeza, raiva, culpa, ansiedade, solidão, fadiga, desamparo, choque e em alguns casos até mesmo alívio claro que diante a situações específicas e estes sintomas refletem ao físico como a sensação de vazio no estômago, aperto no peito, falta de ar, falta de energia e vontade de reagir.Esses sentimentos surgem porque o luto possui cinco fases e cada um segue seu próprio tempo – que é único
Foto: Divulgação
Por Camila Corradini
devido ao conjunto subjetivo que cada um tem consigo internalizado que nos torna seres únicos até mesmo nas questões emocionais – para elaborar e passar por todas sem esquecer de que não é regra passar exatamente pelas cinco, mas pelo menos por duas delas que são: • Negação – está presente na primeira fase do luto, onde negamos a perda por a dor nos parecer impossível de carregar; • Raiva – seguida da negação, é carregada de pensamentos e questionamentos de vitimização e afirma a negação da realidade da situação; • Negociação – a perda começa a ser introduzida como realidade, mas ainda custando a enfrentar as frustrações, tentamos relutar e negociar com pensamentos de que poderia não ser verdade estar passando pela situação; • Depressão – após perceber que a perda é algo real, inevitável e que não podemos controlar e nem remediar, não havendo saída a não ser vivenciar o ocorrido elaborando internamente, surgem sentimentos de vazio, tristeza e até mesmo dor física, por dar-se conta de que não há como resgatar tudo o que se perdeu e tudo que se associa ao que foi perdido que continham sonhos, valores e sentimentos. • Aceitação – fase final associada a sentimentos serenos e sem negação em que a perda é aceita e são recolocados os sentimentos a que se designam agora em nova fase.
Sabe-se que as fases que levam mais tempo para serem concluídas e elaboradas são as de depressão e aceitação que para algumas pessoas levam décadas para serem superadas, por conta do conjunto que compõe a história de vida daquele indivíduo e sua exclusiva disposição de internalização que levam à baixa tolerância a frustração podendo a nunca conseguir aceitar com serenidade a perda, enquanto outras nem chegam a passar por todas as fases e superam a situação. Quando se torna algo que sente que passou o tempo que julgas que deveria, quando existe também a certeza de que não conseguirá sozinho no caminho que trilha, buscar a serenidade na aceitação e assim conseguir a superação, é interessante que o indivíduo reconheça a dificuldade e assuma a necessidade de ajuda profissional para o auxílio na compreensão e posteriormente na própria aceitação para poder seguir em paz com essas fases que fazem parte e são invitáveis na vida.
Camila Corradini é Psicóloga Clínica e Pós -Graduanda em Psicopedagogia Clínica. Atua há dois anos em consultório particular e passou por instituições importantes como o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual com foco em psicopatologias, e associações de assistência social como Lar São José, Lar da Redenção e ABRETE com foco em saúde mental e comunitária.
www.facebook.com/corradini.psi camilacorradini.psicologia@hotmail.com
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Foto: Reprodução
FozaJuve!
PorAngeloAgarelli
O Clube Atlético Juventus está completando 90 anos de fundação, todavia não se pode falar a seu respeito sem falar no Cotonifício Crespi, empresa criada em 1897, de importância fundamental para a Mooca e para a cidade de São Paulo, que chegou a ser a maior tecelagem da América Latina, com mais de seis mil operários, a maior parte dos quais imigrantes ou seus descendentes, número esse extremamente significativo em proporção a população da época. Durante várias décadas, praticamente não havia uma família na Mooca que não tivesse pelo menos um representante que trabalhasse no “Crespi”. Nesses primeiros anos do século XIX a prática de futebol era uma das poucas opções de lazer dos operários nos fins de semana. Com isso proliferou-se a criação de times de várzea, vários deles representativos de empresas. Praticamente em cada seção do Cotonifício Crespi existia um time de futebol. Dentre todos, um time que mais se destacava recebeu o nome de Cavalheiro Crespi F.C., em homenagem ao proprietário do Cotonifício, Cavalheiro Rodolfo Crespi. Pouco tempo depois,os→
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dirigentes desse time (foto) resolveram efetuar uma fusão com o Extra São Paulo F.C., time que vinha alcançando um sucesso muito grande na várzea da região. Dessa fusão, ocorrida no dia 20 de abril de 1924, surge o Cotonifício Rodolfo Crespi Futebol Clube que passa a atuar com as cores da bandeira paulista : preto, vermelho e branco.
A criação deste novo clube superou as fronteiras de seu ideal inicial e rompeu os limites da várzea da Mooca tomando um impulso inimaginável em um curto espaço de tempo, sensibilizando funcionários e dirigentes do Cotonifício Crespi, bem como os moradores do bairro da Mooca.
Todos queriam colaborar de alguma forma e se dedicavam de corpo e alma neste sentido. As mulheres dos primeiros dirigentes, por exemplo, dirigentes, por exemplo, cuidavam de lavar e deixar impecável o uniforme do clubecuidavam para quedeo lavar epossível deixar frente impecável o uniforme do Cotonifício Rodolfo Crespi F.C. se apresentasse da melhor maneira aos seus adversários clube para que o Cotonifíciopaulistana. Rodolfo da várzea Crespi F.C. apresentasse da melhor Satisfeito com os bons resultados que o time vinha alcançando e emsegratidão às manifestações maneira possível frente aos seus afetuosas de seus funcionários, o Conde Rodolfo Crespi cedeu a esta nova agremiação que tanto da várzea paulistana. honrava o bom nome de sua fábrica no cenário esportivo, umadversários amplo terreno situado na Alameda Javry,
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nº 117 - atual Rua Javari - a fim de que naquele espaço fosse praticado o futebol em condições melhores e mais dignas. Satisfeito com os bons resultados que se o A agitação foi geral. Em menos de dois dias os funcionários da fábrica e dirigentes do clube time vinha alcançando e em gratidão às manifestações afetuosas de seus
organizaram para limpar o terreno, que até então era ocupado para o debulho do algodão usado na fabrica, e preparar uma improvisada tribuna de madeiras para a inauguração da sua nova praça esportiva, tamanha a satisfação que reinava. Assim, na tarde de domingo 26/04/1925 inaugurava-se o campo próprio do Cotonifício Rodolfo Crespi F.C. fato esse que lhe daria ainda mais prestígio junto ao mundo esportivo da cidade, tanto é que, logo em seguida, obteve a filiação a APEA ( Federação da época), passando a disputar torneios oficiais. O êxito veio com uma considerável rapidez, pois já em 1929 obteve o título de campeão da 1ª divisão do campeonato paulista, que resultou num convite para disputar o campeonato principal na temporada de 1930. Ocorre que, pelas regras da APEA não poderiam participar do campeonato principal equipes com o nome de empresas, daí surgindo a obrigação de mudar a nomenclatura. Coincidentemente, o Conde Crespi havia retornado de uma viagem a Itália, onde presenciou a partida entre a Juventus e o Torino, equipes da cidade de Turim, e ficara impressionado com a atuação da Juventus, razão que o levou a adotar o nome de Clube Atlético Juventus para o, até então, Cotonifício Rodolfo Crespi F.C. Havia, também, a necessidade de escolher novas cores para as camisas para diferenciá-las das demais equipes disputantes do campeonato e, nesse sentido, resolveu homenagear o outro time de Turim, adotando a cor grená do Torino.
Em 1932, com a adoção do profissionalismo no futebol, a família Crespi, que sustentava financeiramente o Juventus, diante de uma fase razoavelmente crítica do Cotonifício em conseqüência das revoluções de 1924 e 1932, resolveu suspender provisoriamente a participação no campeonato profissional, mas passando a disputar o campeonato amador com o nome de Fiorentino alcançando um enorme êxito em 1924 quando sagrou-se campeão da Capital e, posteriormente, do Estado. Um outro fato marcante na vida do Clube ocorreu em 07/03/1937, em partida válida pelo Campeonato Paulista de 1936, no “Campinho da Rua Javari”, como assim era chamado, com suas dependências lotadas, o time da Mooca quebrou →
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uma invencibilidade de 35 jogos sustentada pelo Corinthians ao vencê-lo por 4 x 2, o que levou o renomado jornalista Thomaz Mazzoni a atribuir o apelido de Moleque Travesso ao clube da Mooca. Ao longo dos anos o futebol juventino sempre foi caracterizado por participações discretas nos campeonatos disputados, mas sempre mantendo a característica de “Moleque Travesso” quando enfrentava os grandes clubes de São Paulo.Assim, poucas foram as conquistas ao longo destes 90 anos, sendo a que mais
importante a obtenção, em 1983, do título da Taça de Prata, como era conhecido o campeonato brasileiro da série B.
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Fora do futebol, o fato mais marcante do Clube foi a criação do Clube Social na região do Parque da Mooca, no início dos anos 60, graças a elogiável visão futura e a coragem dos dirigentes da época, que vislumbraram ser essa a única alternativa de evitar o fim do Clube que, á época, lutava com enormes dificuldades para sua sobrevivência. Com a
implantação desse que é, hoje, um dos maiores clubes do País e com uma eficaz campanha de marketing o Juventus conseguiu captar cerca de 130.000 associados, que o tornou, por muitos anos, o clube com o maior corpo associativo da América Latina. Independentemente, o Juventus é, hoje, mais conhecido por se manter um Clube tradicional, preservando suas origens operárias e, principalmente, pelo seu estádio da Rua Javari que mantém as mesmas características arquitetônicas de quando foi reformado, em 1941, fato este que se mantém como uma atração para a imprensa e para torcedores que o freqüentam.] Baseado no livro “Glórias de um Moleque Travesso”
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Mooca Sightseeing Por Marcelo Bellesso
Capitulo II – Estação do metrô BresserMooca Endereço: Rua Ipanema Enfim, chegou o momento da estréia, estavam Pedro e Ângelo na cabine da Kombi como se fosse uma coxia de um teatro antes do início do espetáculo. O ventilador encima do painel não impedia que as gotas de suor e ansiedade escorressem por baixo da boina cinza de Ângelo.
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Havia um figurino para a Estabeleceram um uniforme para o
peça.
trabalho constituído por boina cinza, camisa branca de manga curta e uma bermuda cinza presa por um suspensório. Em homenagem aos seus avôs havia um pente no bolso da camisa e meia fina preta esticada até a metade da canela finalizando com um sapato engraxado preto nada confortável. Ângelo estava em pânico, ele seria o guia, o ator principal da peça, sentia o peso da sua responsabilidade, pois iria vender o seu sonho, queria fazer com que seu bairro tão amado fosse reconhecido e respeitado pelos seus visitantes como fazem seus
moradores, porque diferente dos brasileiros que são os melhores para falar mal de si mesmos, os mooquenses têm orgulho do seu chão e dos seus vizinhos. O objetivo maior do projeto era mostrar que a Mooca tem história e um local só é reconhecido pelos seus e pelos outros quando se tem memória. Pedro percebendo a ansiedade de seu amigo e sócio mostrou-lhe um CD. “Meeeu, qué isso?” “Ângelo, criei uma trilha sonora para o nosso circuito.” “Orra, meeu! Tá loco!” Pedro conhecendo seu amigo tratou de acalmá-lo. “A música vai te fazer bem. Vai dar emoção ao que você vai falar. O cinema faz isto, imagine um monte de moleques correndo descalços na praia esta imagem não seria nada se não houvesse a trilha sonora!!! Lembra do filme carruagens de fogo?” “Que filme é sacanagem!”
este,
Pedro?!
Tá
de
Pedro então resolveu apelar. “Você já assistiu à São Silvestre?” Angelo afirmou com a cabeça. “Então, lembra do último queniano que venceu? Imagine a hora que ele estendeu os braços para cruzar a chegada se não houvesse a música. Imaginou? Seria tão bonito sem a música. Capiche, belo?!” “Tá booom! Você é o diretor da “joça” e eu
sou o ator. Tenho que subir lá e fazer o meu papel! Bota pra tocar esse CD logo!” Começou então sair pelos alto-falantes da Kombi a música de Nicola Piovani “La vitaèbella”. O som delicado do piano soou agradável começando a atrair a atenção para a Kombi grená. Ângelo fechou os olhos imaginando as pessoas sentadas no banco, prontas para curtir o passeio e ouvir suas palavras que sairiam pelo megafone. Seduzido pela música aproximou um rapaz de baixa estatura, seus rosto redondo e proeminentes maças na face não negavam que suas origens eram andinas. “Hola! ¿ qué tal? Que linda musica ¿ no?” Ângelo olhou para Pedro que olhou para Ângelo que respondeu. “Fala,meeu! Quer fazer um passeio e conhecer a Mooca?” “Não!” respondeu o transeunte rindo agora falando português com facilidade. “Se vocês estão vendendo um passeio, por que ficam sentados aí na cabine?! A música é boa, mas vocês precisam andar pela praça da estação para anunciar o tour” Pedro olhou para Ângelo que olhou para Pedro percebendo que o amigo boliviano tinha razão. “Como se chama, amigo?”
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“Jamon. Escreve com jota, mas se lê com “R”. Eu posso ajudar vocês. Vocês precisam receber as pessoas e os curiosos e explicar o que estão vendendo. Posso fazer um teste? Posso anunciar o passeio? Não precisam pagar por este trabalho. Agora se gostarem, no próximo passeio negociamos o preço do meu serviço” Ângelo olhou irritado para Pedro que olhou para Ângelo.
O casal olhou desconfiado, preocupado, estressado como todo e qualquer paulistano. Não estamos acostumados a sermos abordados. “Calma! Não quero assustá-los. Só quero ajudá-los a tirar fotos diferentes e inusitadas. Já pensou em ser turista na sua própria cidade? Estranho, né!? Eu também acho. Quero convidá-los a conhecer este pedaço da cidade tão peculiar. Quero convidá-los a conhecer a Mooca.”
“Podemos fazer um teste, no?” “Ramon, vou fazer um desafio, se você em meia hora conseguir encher a Kombi de turista, conversaremos sobre a parceria, ok?” Jamon pegou os tickets que custavam R$ 15,00 e foi para a praça. Começou perceber as pessoas circulando com a velocidade do chegar e sair da estação de metrô como máquinas robotizadas, quando percebeu um casal de jovens com máquinas fotográficas que teimavam obter uma foto das folhasque caiam na grama ao redor da passarela tentando registrar o outono que chegava. Pedro e Ângelo dentro da cabine da Kombi monitoravam o terceiro mosqueteiro andino. Mal sabiam qual seria a conversa do aspirante vendedor de tickets.
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“Hola! ! Suas fotos devem estar bonitas. Estou vendo o esforço que estão fazendo.” O casal olhou desconfiado, preocupado,
Abriu o encarte do circuito e mostrou para o casal. “Um dos bairros de maior tradição da cidade. Um bairro que tem história e lindos ângulos para fotos espetaculares. Neste passeio vocês poderão fotografar um estádio de futebol vivo como um ancião. Poderão fotografar trilhos de trem e trilhos de asfalto. Conhecerão lugares com iguarias gastronômicas onde poderão voltar e desfrutar com amigos e parentes. Aqui há uma língua própria, que emprestamos para a cidade, quando querem caracterizar um paulistano. Aqui na Mooca vocês irão se sentir abrigados e farão amizade facilmente. Acreditem! Aqui tem hino, bandeira e outras peculiaridades. Aqui é o único lugar que salame pode ser um embutido ou um xingamento gostoso para um bobo.” Jamon foi interrompido por um riso do casal. →
“Yes!” pensou consigo. Jamon havia conquistado seus primeiros clientes. O casal comprou os ingressos pela emoção do vendedor e defendeu a compra racionalmente pela curiosidade de conhecer o tal projeto que fazia algo que faz parte do dia a dia em algo diferente e porque não fantástico. Pedro e Ângelo comemoraram como um gol vendo o boliviano trazer o casal e os alojando nas poltronas da Kombi. Animado Pedro seguiu a trilha sonora com a música “Mamma”.
Ângelo suando cobriu sua calvície com sua boina cinza, respirou fundo e saiu da cabine encarando o público. Com seu sorriso receptivo dizia “bem vindos!” O nosso herói, ou melhor, o nosso guia respirou fundo, ajeitou a boina, bateu no capô da cabine para que Pedro começasse a ligar a máquina. Testou o megafone, fez o sinal da cruz e começou. “Ladies andGetlemen, Signore e Signori, Manos e Minas;
“Mammason tanto felice...” Bem vindos à Mooca!” A música canta o retorno de um filho para a mãe. Pedro queria insinuar para a platéia de turista um retorno a mãe, um retorno a casa, um retorno a origem. Uma viagem pela Mooca. Após alguns minutos a Kombi estava lotada. Estava chegando a hora de partir. Pedro com as mãos girando o volante de um lado para o outro disse para relaxar seu amigo. “Merda pra você, meu!” “Má que é isso, Pedro?! Merda?!” “Merda significa desejar sorte na língua dos artistas!” “Ôoo meu, então tá! Mas artista é a mãe! Eu sou guia turístico, mas vai a merda você também!” As pessoas iam se acomodando.
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Você que é da Mooca, com certeza, já foi ou já sonhou em conhecer a Itália! Convido vocês, leitores da Revista Saudosa Mooca, a ler o livro “Um fim de semana Italiano” publicado pela Editora Saraiva no formato de ebook, muito parecido com a forma da nossa querida revista. Quem nunca teve um sonho? Imagine se este sonho é conhecer a terra onde sua mãe nasceu. Imagine que esta terra é uma pequena cidade italiana, onde moram os primos da sua mãe e que você tem a oportunidade de conhecê -los em apenas um fim de semana. Assim, no entardecer romano de uma sexta feira, parti de trem para e sta aventura. Uma viagem de reencontros com os costumes de uma parte da minha história. Houve experiências intensas ao visitar a belíssima Casteldi Sangro. Além da calorosa receptividade dos parentes, provei pratos da minha infância, pude desfrutar de uma inesperada queda de neve em pleno outono e nunca vivenciei a expressão Carpe Diem com tanta propriedade. Na manhã da segunda-feira seguinte, voltei para casa diferente como toda viagem boa que se preze. Esta história é um convite a desfrutar um final de semana inesquecível escrita em forma de carta.
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/5103199/um- fim-de-semana- italiano-marcelo-bellesso https://www.facebook.com/UmFimDeSemanaItaliano
Pet SAÚDE
Foto: Divulgação
Embora a saúde de seu animal dependa da alimentação e higiene que lhe é dada, é também de grande importância que ele tenha um acompanhamento veterinário, pois os animais são susceptíveis a várias doenças (parvovirose, cinomose, coronavirose, hepatite infecciosa, leptospirose, parainfluenza, adenovírus) que são facilmente prevenidas desde que sejam tomados os devidos cuidados desde a idade inicial. HIGIENE Hoje em dia, cães e gatos têm um contato muito próximo com seus donos, por isso é muito importante o cuidado com a higiene deles. Dessa forma, cuidará da saúde de seu animal e de toda a família. Todo cão ou gato deve receber banhos regularmente. Para os gatos, banhos a cada dois ou três meses são suficientes. Já para os cães, o que definirá a frequência dos banhos é a textura e o tamanho dos pelos. Cães com pelos curtos deverão ser banhados apenas quando estiverem aparentemente sujos, enquanto animais de pelos longos poderão ser banhados a cada dois meses. Fiquem atentos às exceções, pois algumas raças têm particularidades que devem ser respeitadas. Um exemplo é o Pastor de Shetland que, pela manutenção da oleosidade da pele, deve ter a frequência de banhos aumentada para três meses, apesar dos longos pelos.
Para os banhos utilizar produtos veterinários específicos a esse fim, uma vez que o pH da pele do cão é diferente da do homem. Escolha os horários mais quentes do dia e seque bem seu cãozinho após o banho. Não compre, adote! Visite o veterinário regularmente.
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