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consciente
brechós e o consumo
O “consumo consciente” está em alta, porém não é apenas comprar produtos eco-friendly ou sustentáveis... Vai além disso. Entenda a importância dos brechós e da moda consciente.
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A moda, assim como qualquer outro setor que movimenta a economia, é uma das grandes responsáveis sim pelo consumo desenfreado, ou consumo inconsciente, ou fast fashion. O conceito “fast” chegou em 1999, com as grandes lojas de departamentos. Neste caso, o espaço entre a criação, a produção e a comercialização das peças era muito curto, aumentando assim o consumo – já que se tratavam de peças consumidas de forma “muito rápida”.
Já pensou que por trás das peças que compramos, há um processo que poderia consumir recursos naturais? O relatório vindo do Global Fashion Agenda e The Boston Consulting Group mostrou que 20% do lixo de roupas é coletado para reuso, enquanto que o restante acaba indo para aterros sanitários.
Agora vem a grande questão: diante dos efeitos no planeta, como reduzir os impactos e consumir de forma mais consciente? Bom, fazer compras em brechó pode ser o seu primeiro passo para uma vida mais sustentável.
moda consciente
Antes de entrar no assunto sobre os brechós, é importante ressaltar o que é a moda consciente e por que ela é tão importante nesse processo. Muitas pessoas imaginam que quando se fala em “moda consciente”, também conhecida como “eco fashion”, está se referindo única e exclusivamente sobre consumir produtos eco-friendly ou sustentáveis.
Porém, essa moda consciente, ou consumo consciente, não é necessariamente sobre escolher um produto eco-friendly, mas sim sobre ser consciente do que se está comprando. O conceito geral é bem mais profundo que isso, é um estilo de vida, um padrão, um hábito que deveriamos ter adotado a muito tempo.
@UNSPLASH
Os temas “moda sustentável”, “moda consciente” e “consumo consciente” estão interligados, c e todos fazem parte do processo. A moda sustentável está ligada à forma que os produtos de moda são produzidos. O consumo consciente tem a preocupação de utilizar métodos de produção que não possuam ou, ao menos, minimizem o impacto no meio ambiente. Neste sentido, a moda consciente está na contramão das fast fashions, já que possui como principal objetivo oferecer peças com durabilidade e que tenham o uso prolongado.
Infelizmente, muitas marcas se apropriam e se aproveitam do título de “marca sustentável” para vender mais e mais caro, porém o processo causa o mesmo impacto do que os produtos não sustentáveis. Se quer consumir de forma mais consciente, é preciso se atentar a esses importantes detalhes.
brechós
Nos últimos anos, houve um alto crescimento do consumo consciente assim como o consumo em brechós. A compra de roupas e produtos usados é uma prática bem antiga. No subúrbio da capital francesa Saint Ouen, por volta de 1900, já existiam feiras de trocas. Devido às péssimas condições de higiene, esses locais foram apelidados de marché aux puces, traduzindo “mercado de pulgas”.
7ª edição da ‘Breshow’, tradicional feira de brechós do Centro de São Paulo, na Praça da Colmeia, Estação São Bento oasis
@UNSPLASH Esses eventos começaram no Brasil em 1899, com Belchior, um mascate que revendia no RJ.
E por conta do seu nome complicado, ficou conhecido como Brechó, daí a origem desse termo usado atualmente.
Até hoje muitas pessoas têm para si que brechós são locais com peças ruins, velhas e com más energias, já que algumas coisas são mais antigas, usadas e baratas. Mas qual o problema de uma peça ser antiga, usada e barata, se ela é tão estilosa?
Aquele conceito de brechó antigo, cheio de peças sujas e cheiro ruim já quase não existe mais. De algum tempo para cá, o mundo da moda tem olhado para o passado e tem visto o potencial nas roupas dos anos 70, 80, 90 e 2000. A maior prova disso está nas últimas temporadas de desfiles, que lançam tendências baseadas nas modinhas antigas.
Comprar roupas nesses brechós está se tornando cada dia mais comum. Ir em um brechó é totalmente diferente de ir em uma loja convencional de roupas. Nele não há muitas unidades de uma mesma peça com numerações, cores, etc.
Mudar hábitos de consumo e pressionar por uma sociedade mais sustentável são as bases do consumo consciente. O primeiro passo para entender o que é consumo consciente é perceber que o consumo de toda e qualquer coisa, seja um produto ou serviço, traz consigo consequências boas e ruins.
comprar em brechós cria continuidade para as roupas
O brechó B.luxo é sinônimo de curadoria afinada em São Paulo
peças e marcas
As peças são únicas e exclusivas. Além disso, hoje encontramos muitos brechós bem arrumados, com roupas limpas e organizadas.
Quando se compra uma peça em um brechó estamos dando continuidade para as roupas que poderiam parar no lixo, caindo em desuso. Isso evita que o meio ambiente seja exposto a mais materiais difíceis de se decompor.
Além disso, cada vez menos roupas serão produzidas, e isso faz com que menos substâncias tóxicas e prejudiciais sejam despejadas no meio ambiente, diminuindo o impacto ambiental.
E doar as roupas usadas para brechós significa compartilhar com a comunidade e promover a reutilização das peças. Além disso, quem pratica o consumo consciente deve fazer mudanças de comportamento, para evitar compras por impulso e priorizar um estilo de vida eco-friendly.
Uma outra possibilidade interessante é encaminhar as peças que não estão mais sendo usadas para outras instituições.
Ou seja: consumir de forma responsável, é uma das diversas forma de poupar o meio ambiente de maiores problemas.
Assim, o consumo consciente, também conhecido por ser um consumo sustentável.
Por isso é importante refletir sobre nossos hábitos de consumo, estar atento à real necessidade do que consumimos e aos possíveis impactos que uma compra pode causar; conhecer a origem dos produtos que consumimos é uma dica de atitude que faz parte do consumo consciente. Nada mais é do que consumir melhor – é um consumo diferente, aposto ao paradigma comportamental de consumo imediatista, que busca apenas a satisfação rápida e o lucro (do ponto de vista das empresas), sem considerar as consequências ambientais.
Como o consumidor é a ponta final do ciclo de produção, essas são algumas das atitudes que podem ser adotadas para minimizar o impacto ambiental do nosso consumo. Hoje em dia há várias marcas sustentáveis (de verdade) levando este propósito muito a sério. Pois sabendo das diversas questões socioambientais envolvidas na produção de um produto, provavelmente teremos a chance de fazer escolhas melhores, não só para nós, mas para o mundo!
fes tiv ais!
a música coletiva como sinônimo de bem-estar
Criam uma cadeia de valor que vai muito além da música: experiências, pertencimento e proximidade com o público viram manutenção de prazer e propaganda eficiente
por Matheus Dias | foto Flora Baunan
Amúsica faz bem à saúde, você já sabe. Mas sabia que escutá-la ao vivo nos festivais pode ser ainda mais benéfico? É que, além dos benefícios que você já conhece, como a liberação de hormônios do bem-estar e a redução do estresse, esse tipo de evento combina socialização e tempo ao ar livre, o que contribui para a melhora do estado social, mental e emocional como um todo. Há estudos que apontam essa experiência musical como uma forma de autoterapia, já que “pessoas que costumam frequentar festivais tendem a sair deles mais confiantes, energizadas e com um senso de motivação e positividade, que impacta todos os aspectos do dia a dia”diz a pesquisadora Ana Sarryaf.
palco budwiser de música eletrônica no festival Lollapalooza Brasil 2019
as pessoas que tem costume de frequentar festivais tendem a ser mais confiantes, bem energizadas e com um senso de motivação e positividade
– Ana Sarryaf
Lollapalooza Brasil em março de 2018, no Autódromo de Interlagos
uma experiência muito além de escutar algumas playlists no spotify, tá?
Especialistas em sociologia afirmam que um dos principais benefícios dos festivais é aumentar a integração social, já que a música foi desenvolvida como meio de comunicação nos primórdios da civilização. Por isso, ir a um festival ajuda a expandir o seu círculo social e fortalece os laços sociais já existentes, que são essenciais para a sensação de bem-estar contagiante.
Médicos do Hospital Johns Hopkins, em Baltimore, descobriram que a música pode estimular o cérebro. Isso confirma uma teoria antiga de que ouvir música ativa certas partes da mente. Essas mesmas partes também são responsáveis pelo aprendizado. Pessoas que passam um tempo imersas na atmosfera do festival tendem a mais vontade de aprender. Por isso, ir a um festival ajuda a expandir o seu círculo social e fortalece os laços sociais já existentes, que são essenciais para a sensação de bem-estar.
boa memória e manutenção de nossas cabecinhas
Parte da diversão dos festivais de música é cantar ao som das suas bandas favoritas. Participar de festivais faz com que você estimule a memória para lembrar das letras das músicas e cria momentos que você irá lembrar por muito tempo. E, apesar da música não ser capaz de curar alguma perda de memória vivenciada por pessoas com Alzheimer, por exemplo, já existem diversos estudos que mostram que ela pode reduzir sim a velocidade com a qual essas habilidades cognitivas diminuem na velhice.
O ato de ouvir música ativa uma ampla gama de neuroquímicos que desempenham um papel crucial na função mental.
xô ansiedade! vem bom humor :)
Se você está se sentindo ansioso, a música pode ajudá-lo a se acalmar. De acordo com diversos estudos, ouvir música por mais de uma hora deixa as pessoas mais relaxadas, principalmente se as canções forem combinadas com o som natural de concertos ao ar livre. Ainda de acordo com as pesquisas, pessoas diferentes são estimuladas por ritmos diferentes. E uma das vantagens de um festival é que tem música para todos os gostos. É só escolher um show que você gosta e ajudar o seu sistema nervoso a recuperar a sua vitalidade total.
Uma pesquisa realizada pela Universidade de Leeds, revelou que comparecer a shows ao vivo tem quase o mesmo efeito na liberação de hormônios do bem-estar quanto a prática de exercícios físicos, 97% dos participantes relataram que se sentem mais felizes e positivos após um festival de música.É só escolher um show que você gosta e ajudar a recuperar a vitalidade.
festivais têm uma característica muito agregadora, reunem pessoas diferentes em torno de uma paixão em comum
– Ricardo Meirelles
quase um terço da população nunca frequentou qualquer centro de cultura, cerca de 2,7 milhões de paulistanos
natureza e mesma vibração em óootima companhia
A mesma pesquisa também revelou 40% dos participantes notaram mudanças positivas em seus estados mentais após festivais de música. De acordo com eles, a atmosfera do evento e os elementos sociais ajudam a diminuir a sensação de solidão, já que é possível passar o dia se divertindo com os amigos ou simplesmente conhecendo pessoas novas. Isso está conectado à redução de sintomas da depressão, assim como ao aumento do bem-estar e da autoestima.
O contato com a natureza faz bem tanto para a saúde física quanto para a saúde mental. Isso não é nenhuma novidade, por que de tudo isso? Raios solares fornecem vitamina D essencial.
começando agora? vem junto!
Novas músicas e novos artistas. Todos esses festivais cumprem papel importantíssimo na revelação e impulsionamento de artistas e cenas culturais inteiras.
Toda a experiência proporcionada pelos vários palcos com curadoria diversa faz com que surpresas aconteçam com frequência, uma grande apresentação em um festival pode fazer toda uma diferença na carreira de alguém. Transporte de passageiros e de carga, hospitalidade, comércio, serviços. São alguns dos setores econômicos que se beneficiam com a realização de um festival. Além de mpostos e da criação de postos de trabalho, tanto diretos quanto indiretos.
Para a saúde dos ossos, assim como para a sensação de felicidade e bem-estar. Contanto que você não esqueça o protetor solar, esse tempo ao ar livre só traz benefícios e tudo que você precisa fazer para garanti-los é curtir o momento! Transporte de passageiros e de carga, hospitalidade, comércio.
por trás dos palcos
Existe um grande grupo de profissionais do backstage – produtores, carregadores, roadies, técnicos, seguranças, profissionais de limpeza, que precisam ser quase invisíveis em seu trabalho. Cabe a eles, nos bastidores, longe do glamour e dos holofotes, criar o contexto e dar as condições para que os artistas brilhem, para que a mágica dos festivais aconteça. São dezenas de milhares de empregos gerados pelo setor.
Sem shows, essa invisibilidade torna-se sua maior desvantagem e, num segmento com significativa presença de freelancers e alta informalidade, o impacto da pandemia foi ainda mais devastador. Foi neste cenário que surgiram projetos como a ONG batizada de Backstage Invisível, uma rede de apoio dedicada aos profissionais do audiovisual – muitos dos quais, da noite para o dia, ficaram impossibilitados de exercer seu ofício. Hoje é evidente que relações de trabalho e estruturas organizacionais precisam ser revistas e aperfeiçoadas, assim como a legislação que rege o setor.
Com uma voz mais unificada, alinhamento em torno de pautas comuns e o apoio necessário, não tenho dúvidas de que os festivais marcarão uma nova era na retomada. Foi neste cenário que surgiram projetos como a ONG Backstage Invisível.
asdw
35% dos brasileiros escolhem ir em festivais pela experiencia vivida
frequentadores afirmam: é uma sensação sem igual
“Festivais também têm uma característica muito agregadora, reunindo pessoas diferentes em torno de uma paixão compartilhada. Eles desarmam e sensibilizam o público, criando uma atmosfera de união difícil de ser igualada”. Diz o produtor Ricardo Meirelles, que participou de edições do Rock In Rio e do Lollapalooza. Isso inspira um senso de comunidade cuja importância se torna ainda maior neste momento, seja pelo período passado de isolamento, pela onda de polarização ou pela fratura social que alcança diversos países.Eles desarmam e sensibilizam o público, criando uma atmosfera de união.
ah! e não se esqueça dos brindes
Festivais são plataformas para marcas patrocinadoras interagirem com seu público de forma direta, autêntica e descontraída. A tendência hoje é que essa participação se dê de forma cada vez menos ostensiva e intrusiva, buscando a completa integração com a narrativa, a linguagem visual e o posicionamento destes eventos – agregando, assim, mais valor para o público final.
Alguns festivais também cumprem papel importante na conscientização e engajamento do público em torno de causas socioambientais importantes e atuais no micro e macrocenário em que se encontram, promovem ações que beneficiam as comunidades nas quais eles estão inseridos de maneira direta causas socioambientais importantes e atuais no micro e macrocenário. Os festivais desarmam e sensibilizam o público, criando uma atmosfera de união com todos ao seu redor.
playlist novas mixtapes
bem maiores que apenas uns compilados de faixas musicais
moods, likes e shuffle
Há um bom tempo é discutido sobre o impacto do streaming no falado ecossistema da música, sobre como transformou completamente nossos hábitos de consumo musical e sobre todas as portas que se abrem com essas transformações.
Bem no centro de tudo isso estão as playlists,que ganharam uma importância imensa nessa discussão e servem cada vez mais como uma espécie de regulador do nosso humor. Se está na fossa e quer se afundar de vez nela: uma playlist de músicas tristes. Caso esteja precisando se concentrar em uma tarefa difícil: uma playlist aSe está precisando de um gás na academia: playlist de músicas upbeat para malhar. E assim, a música anda junto com praticamente todas as atividades ou sentimentos das nossas vidas.
Como consequência, pessoas andam viciadas em criar as suas próprias playlists perfeitas para cada momento do dia, nomeá-las de forma criativa e adicionar belas capinhas que as representem bem, suas próprias playlists perfeitas, quase como um regulador do nosso humor.
tá na correria?
Nem todo mundo tem tempo, paciência ou até mesmo vontade de ir atrás de todas as faixas, juntá-las em uma mesma playlist, pensar em nome, capa, etc... Mas calma! Para esse segundo tipo de usuário: escolher uma entre as infinitas playlists já existentes na plataforma que preferir.
Por sorte, já existem incontáveis playlists que acumularam milhões de seguidores ao longo do tempo, que sempre sedentos pelas novidades que os curadores em quem confiaram tem para lhe apresentar.
Com o tempo, algo interessante começou a acontecer com algumas dessas super coletâneas: uma forte cultura foi criada ao redor delas. Escuta as Minas, que vem acompanhado de um site com um clipe inédito e diversos vídeos com depoimentos.
NA FOTO: DUDA BEAT
um dos hobbies preferidos de quem é vidrado em música boa
Divulgação do spotify para playlist Revelações da música brasileira de 2019
NA FOTO: CORUJA BC1
sobre consumo
Falando de consumo, as playlists também passaram a ser grandes portais editorais, que hoje, servem de ponto de encontro muito além da música.Segundo o próprio Spotify, todo esse movimento acabou dando bem certo. Há pouco tempo, o Spotify divulgou o projeto Escuta as Minas, que vem acompanhado de um site com um clipe inédito e diversos vídeos com depoimentos de 11 artistas brasileiras. Além disso, esse portal também conta com várias playlists de artistas brasileiras e internacionais.
Tudo isso, com o objetivo de dar voz e vez às mulheres da música brasileira, que são muitas e absurdamente maravilhosas, aliás, assunto muito bem incluso no nosso Music Trends: O Presente Feminino. Tal projeto do Spotify reúne nomes como Karol Conká, Elza Soares e Mart’nália.
Além de todas essas maravilhosas cantoras, outras três artistas brasileiras fizeram homenagens à grandes ícones de diferentes gerações. As Bahias e a Mineira retrataram, enquanto Tiê prestou tributo a Maysa, e Lan Lanh a Cassia Eller.
Elas passam a oferecer experiências muito maiores do que apenas uma lista de músicas para o usuário escutar, e tudo o que gira em torno dessas músicas, também diz respeito a elas.
E falamos de futuro por essas ainda serem iniciativas isoladas. mas esse futuro, na verdade, já chegou, e se tornou palpável por meio de uma plataforma.
nos nossos ouvidos
Música como parte do banho, da academia, do metrô ou do trabalho não é nenhuma grande novidade por aqui. Desde Rita Lee e Novos Baianos até Pitty, O grilo e Charlie Brown Jr, nesta edição, é a vez das nossas autoras compartilharem tudo que escutam por aí.
tropicália delírios
por: gabriela pires por: fernanda kuntz
Copos gelados, carnaval, frutas tropicais, amores e muita festa. Pra quem puxou o gostinho dos pais ou vai pegar um dia de sol. Tim Maia e Rita Lee à Djavan e Novos Baianos. A lista traz uma vibe sossegada 100% brasileira. RAP nacional atual com muita consciência, sonoridade e toda a representatividade de sempre. De quem começou até os sons que chegaram a pouco na cena: Racionais, FBC, Djonga e Black Alien ao longo das faixas.
barney stinson’s new years mixtape
por: giovanna moretti
Para os momentos de êxtase da vida, especialmente para os fãs de HIMYM. Enjoy the ride ;)
welcome to y2k party
por: glória machado
Com todos os maiores hits que marcaram o começo dos anos 2000. Britney, Justin Timberlake, Akon, Beyoncé e Outkast, hora de voltar no tempo do TVZ.
veja baby
por: maria carol
Calmaria agitada guiada pelos doces e irônicos versos dessa nova música popular brasileira. Com Gilsons, Jovem Dionísio, Flerte Flamingo, Lagum, O Grilo, e muito mais. Gostinho de brasil com diferentes estilos.
entrevista O
GRILO
Poesia, samba, rock e carnaval; amores da vida toda, os de uma noite só e todas as decepções que vez ou outra vêm junto disso tudo: é sobre isso que O Grilo faz música. A banda paulistana canta sobre as felicidades e incertezas dos nossos vinte e poucos anos de brasileiro, traduzindo as angústias (e alívios) de descobrir que, na verdade, Você Não Sabe de Nada. E mesmo quando não podemos estar festejando pelas ruas de São Paulo, seu disco de estreia nos puxa para dançar e cantar em alto e bom som. Cantando sobre altos, baixos, risos e choros, um passinho, de bossa nova, carnaval e baião. Alternando entre toadas mais dançantes e momentos mais introspectivos, as 13 faixas do registro desenham a unidade sonora marcada por altos e baixos, risos e choros, bossa nova, carnaval e baião, tudo isso somado também com ares de guitarrada paraense, rock goiano e vibes emprestadas do new wave e psicodelia.
Poesia, samba, rock e carnaval; amores de uma vida toda, de uma noite só, risos e decepções que vez ou outra vêm junto disso tudo: é sobre isso que O Grilo faz música
entrevista Palco Alternativo | ensaio Caio Menezes
Falando das nuances temáticas, o baixista Gabriel Cavallari destrincha “A maioria dos temas saíram da cabeça do Pedro, mas acho que ele conseguiu traduzir vários dos papos que tivemos ao longo da nossa amizade. VNSDN fala sobre coisas que acontecem com todos nós: amores e desilusões, crenças e descrenças, autoconfiança e inseguranças. Acho que a nossa grande mensagem, é de abraçar todas essas incertezas e celebrar as pequenas conquistas de cada dia e da vida, afinal. Fazer dos problemas da vida, motivo pra sorrir e viver mais”.
Cantando sobre altos, baixos, risos e choros, um passinho, de bossa nova, carnaval e baião.
Alternando entre toadas mais dançantes e momentos mais introspectivos, as 13 faixas do registro desenham a unidade sonora marcada com ares de guitarrada paraense, rock goiano e vibes emprestadas do new wave, psicodelia e rock.Fazer dos problemas da vida, motivo pra sorrir e viver ainda mais”.
Vocês acabaram de lançar o álbum de estreia da banda, parabéns! “Você Não Sabe de Nada” traz uma pluralidade de estilos e deixa evidente o quanto vocês bebem de várias fontes e brincam entre tantas influências. O resultado é de fato uma deliciosa confusão! Eu queria começar sabendo mais do pré-álbum… O que vocês estavam ouvindo nesse processo de concepção desse disco?
Lucas Teixeira: Então, realmente o Você Não Sabe de Nada é uma grande “mistureba” de gêneros. Miscelânia mesmo, sabe? Bem papo Brazuca. No período de pré produção e composição das músicas, cada um trouxe várias referências distintas, mas com certeza existiram alguns artistas que roubaram a cena e a atenção de todo mundo ali, como Geraldo Azevedo, Seu Jorge, Gilberto Gil, BaianaSystem, Novos Baianos e por ai foi... Isso além de algumas outras referências internacionais que nos chamávamos muita atenção pela sonoridade diferente como Crumb, Parcels, Daft Punk e Tom Misch.
Escutar de novo e de novo pra usar essas referências como forma de inspiração e entender um pouco de cada levada foi parte essencial pro albúm começar a se formar. Então, realmente o Você Não Sabe de Nada é uma grande “mistureba” de gêneros.
Quatro anos se passaram até a chegada do álbum e no meio do caminho houve a reformulação da banda, com a chegada do Fepa, na guitarra, e a passagem do Gabriel Cavallari para o baixo. O quanto isso influenciou na dinâmica, no processo de composição e na sonoridade d’O Grilo?
Lucas Teixeira: Isso mudou completamente a dinâmica da banda, e não por acaso demoramos mais de um ano e meio até chegarmos numa harmonia para trabalhar no álbum. O Fepa trouxe todo um universo diferente do nosso: todas as influências de carimbó e guitarrada vindas de sua origem manauara e um jeito de se pensar composição e arranjo diferente do nosso. Já o Cavallari no baixo, acho que foi uma adaptação mais rápida, já que nos conhecíamos há muito tempo e ele já tinha o interesse no instrumento. No final das contas tudo isso enriqueceu muito o projeto, já que todos conseguiram colocar sua individualidade nas faixas, resultando em um álbum muito colorido e diverso.
O álbum foi desenvolvido durante a quarentena, cada um de casa, até se encontrarem no estúdio. Como foi lidar com esse obstáculo em meio a produção de um álbum e como esse processo impactou no disco da banda?
Fepa: De primeira é normal ficar meio que sem saber o que fazer e como fazer, mas com o tempo nos acostumamos e usamos isso ao nosso favor, às vezes deixar uma música na mão de um dos integrantes e depois só adicionar a sua parte pode funcionar muito! Isso mudou completamente a dinâmica da banda, e não por acaso demoramos mais de um ano e meio até chegarmos numa harmonia para trabalhar no álbum. Para materializar, chamamos o cartunista Pietro Soldi, artista que sempre acompanhei desde que sou bem pequeno.
Antes do Pedro ficar morando comigo pra fazermos a pré-produção, distribuímos as canções entre nós mesmos para otimizar a produção, depois eu só fazia uns volumes e uns efeitos no programa pra podermos ouvir melhor e fomos construindo uma pastinha com várias músicas que depois, algumas, se tornaram o VNSDN, e há outras que podem sair muito em breve, ou não também,mas com o tempo acostumamos e usamos isso ao nosso favor,
Todos os fãs adoraram como a divulgação chegou com vários complementos, vídeos e GIFs além das próprias músicas. Acham que isso foi devido a impossibilidade dos shows ou é algo próprio do Grilo em tempos normais?
Lucas Teixeira: Nós sempre curtimos produzir conteúdo, principalmente aqueles mais interativos! Acho que isso sempre foi marca registrada dos lançamentos e, talvez por isso, hoje a gente tenha esse relacionamento mais próximo. Mas acho que principalmente em tempos de pandemia, em que não pudemos fazer um festão de lançamento, buscamos alternativas para recompensar a presença física, conteúdos do YouTube, o livro das tiras... Podemos dizer que foi uma necessidade misturada com nossa característica inata de se fazer lançamentos interativos interessantes para os fans.
Um complemento ótimo, e talvez, o grande destaque, foi so lançamentos em volta do livro que ilustra as faixas do disco. Só com a prévia nós já achamos fantástico! Como nasceu a ideia de fazer um livro? Tinham trabalhado com o ilustrador Pietro Soldi alguma outra vez?
Lucas Teixeira: Acho que nós sempre gostamos muito de tiras, principalmente aquelas estilo mais “jornalescas”, sabe? Comentamos sobre fazer uma identidade visual baseada nessa estética num futuro lançamento. Quando gravamos, percebemos que já havia uma certa narrativa escondida por trás das músicas, como se fosse uma trajetória. Apesar de ainda muito abstrata na nossa cabeça.Para materializar, chamamos o cartunista Pietro Soldi, artista que sempre acompanhei através das redes sociais, para fazer o Lauro, protagonista da história e jogar sua interpretação sobre o álbum nas tiras. O resultado deu muito certo! Comentamos sobre. Ficamos super felizes com tudo, e aí pensamos que seria um desperdício usar as tiras apenas na Internet, por isso veio a ideia de fazer um livro junto com curiosidades das gravações e outros extras. O livro VNSDN além de todas as ilustrações do Pietro, conta com muitas fotos da galera, cifras e outros extras que adoramos produzir. Já havia uma certa narrativa escondida.
As tiras do livro têm as músicas como plano de fundo e trazem histórias sobre o Lauro, uma personificação dos integrantes e, talvez, de todos nós. A viagem deve ser acompanhar os quadrinhos enquanto escuta o álbum. Como foi ver as canções que vocês compuseram virando quadrinho? Como foi o processo com o Pietro?
Pedro Martins: A estética da charge é algo que sempre encantou a banda. Em um primeiro momento, tentamos desenvolver uma história por nós mesmos, mas isso acabou sendo muito mais difícil do que a gente imaginava. O Teixeira descobriu o Pietro no Instagram e a banda adorou os trabalhos dele. Marcamos uma reunião e alguns dias depois, ele nos apresentou ao Lauro e a tira de Trela. Cara, foi algo mágico por que uma das coisas mais maneiras que a arte proporciona é a questão da ressignificação, ninguém interpreta uma obra do mesmo jeito, né? E ver a interpretação de um cara com a cabeça do Pietro sobre o nosso som em forma de charge foi irado. Tudo que ele mandava, a gente aceitava de braços abertos. Foi uma baita satisfação ter essa experiência com ele.
Até agora, nenhuma faixa do álbum recebeu um videoclipe oficial. Vocês já têm algo em mente? O que podem nos adiantar de alguma coisa?
Pedro Martins: Já estamos conversando sobre roteiros e ideias de clipes faz um tempo, eu tô curtindo bastante o que vem por aí. Uma coisa que eu posso adiantar é que o primeiro deles é o de “Guitarrada”, que será lançado em breve e conta com a direção do Luigi Parisi (que dirigiu “Serenata Existencialista” e “Competição de Ego”). Foi algo mágico por que uma das coisas mais maneiras que a arte proporciona é a questão da ressignificação, né?
O Grilo sempre teve uma interação muito grande e forte com o público nas redes sociais, e há poucos dias liberaram o mini-doc sobre o disco, o que eu acho incrível pra enriquecer o universo do VNSDN. Vocês já tinham feito algo parecido na gravação do single “Terreiro”. Como é realizar essas produções e abrir esses processos internos?
Fepa: Mano, a gente simplesmente NÃO EXISTIMOS sem nosso público, adoramos a nossa interação e temos fãs muito curiosos e entregar pra eles umas coisas é sempre muito bom. Acho que quando fazemos música, vídeo zueiro, vídeo aula, vídeo de pergunta e resposta (etc) eles reagem muito bem com a gente, e assim nós reagimos de volta né, essa interação se torna inspiração, o que é que faz esse trabalho ser tão mágico.
O clipe de maior repercussão d’O Grilo é “Serenata Existencialista”, onde vocês fazem referências a diversas capas de discos de vinil, como Djavan, Cartola, Gil, Caetano, João Gilberto, e muitos outros… Essa é uma mídia que vocês consomem? Vocês têm mais discos que amigos?
Pedro Martins: A banda não consome muito a mídia do vinil, mas o tempo que a gente passa consumindo música, realmente faz com que nossos amigos fiquem um pouco de saco cheio [risos]. A banda vive falando de música, o que ao meu ver não é algo surpreendente, mas como tem gente que não tem essa vibe de falar sobre o assunto 24/7, eu imagino que eu tenho uns amigos antigos que devem me achar meio chato e emocionado quando a bola da vez é música, e 99% das vezes é. A banda vive falando de música, o que ao meu ver não é algo surpreendente, mas como tem gente que não tem essa vibe de falar sobre o assunto 24/7, consumindo música.
Aproveitando essa deixa, há alguma chance de termos o VNSDN em vinil?
Pedro Martins: Isso é algo que a gente troca ideia faz tempo e por hora não iremos lançar o disco nesse formato, mas quem sabe num segundo momento. Como cofundador desse conjunto eu posso afirmar que quando o assunto é o Grilo, não dá pra ter certeza de nada. Existe um interesse por parte da banda, mas só esperando pra ver (risos)…
Galera, muito obrigado por esse bate-papo. E muito sucesso nessa etapa que vem começando da banda! Estaremos ansiosos pros próximos passos e shows de vocês.
Valeu o convite, galera! adoramos o papo e a oportunidade de falar mais sobre a banda e o novo disco! Nós adoramos o papo e a oportunidade de falar mais sobre a banda e o novo disco! É tudo muito mágico, esperamos vocês nos palcos e o Lauro também,muito em breve, com certeza nos encontraremos!
pelos olhos teus por aí
agora é sua vez! nos mostre seu oasis e rolês para curtir o ócio em sp :)
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