Em Foco - Edição 15 | Ano 2018

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Em Foco

Grupo Nice

No segundo semestre deste ano, a Nice começará a construir sua nova sede, na cidade de Limeira, em São Paulo.

Expansão e compromisso com o Brasil O Grupo Nice adquiriu neste ano a Linear-HCS, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de soluções para Controle de Acesso. Para entender melhor o que muda para os fornecedores, parceiros e clientes finais da Linear e quais serão os próximos passos da Nice no Brasil, conversamos com André Dini, gerente da Divisão de Controle de Acesso do Grupo Nice. Por Fernanda Ferreira

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evista Segurança Eletrônica: Poderia nos dar um panorama sobre a Linear? André Dini: A Linear é uma fabricante e desenvolvedora de soluções para controle de acesso. Trabalhamos exclusivamente com uma linha própria de equipamentos, desenvolvida e fabricada em São Caetano do Sul (São Paulo). Atuamos principalmente em soluções para condomínios verticais e horizontais, residenciais e em breve no segmento corporativo. Revista Segurança Eletrônica: Recentemente a Linear foi adquirida pelo Grupo Nice. Como foi essa negociação e qual a perspectiva de crescimento com essa compra? André Dini: A conversa começou na Exposec de 2017. As negociações duraram o ano todo, em dezembro foi concretizada e o Grupo Nice assumiu em janeiro a fábrica da Linear. Nós ficamos muito tranquilos e seguros quanto a venda para 28

o Grupo Nice, porque é um Grupo que respeita os valores e as características de cada empresa que incorpora, é uma companhia internacional, presente em mais de 100 países, e a aquisição da Linear foi justamente para isso, aumentar o portfólio e dar mais poder de escolha para o cliente. Revista Segurança Eletrônica: O que muda com essa nova integração, até com os próprios fabricantes e parceiros do Grupo (Peccinin e Genno)? André Dini: Todas as tratativas comerciais com os parceiros da Linear permanecem sem alteração. Não houve mudanças na política comercial da Linear com os seus fornecedores e parceiros, permanece tudo exatamente como está. Com os parceiros da Peccinin e Genno, a ideia é começar a fazer essa sinergia, começar a ter um portfólio maior de produtos. Dessa forma, eles terão uma linha de controle de acesso, uma


O Grupo Nice adquiriu a Linear para aumentar o seu portfólio e dar mais poder de escolha para o cliente

linha de automatizadores e uma linha de alarmes. Esses parceiros serão privilegiados porque terão o portfólio completo. Revista Segurança Eletrônica: Como funciona a política comercial da Linear e quais são seus principais parceiros? André Dini: A Linear trabalha fortemente com os principais distribuidores do Brasil e está focada principalmente na região Sul, Centro-Oeste e Sudeste. O nosso grande desafio será expandir para as outras regiões do país. Já temos alguns negócios no Norte e Nordeste, mas provavelmente daremos uma ênfase maior a partir de agora. Nossos principais parceiros são os líderes dos canais de distribuição, nós priorizamos sempre essa união. Também fazemos parcerias com integradores que desenvolvem software. Nestes 25 anos de história, a Linear nunca fixou em um único parceiro, sempre tivemos a preocupação de deixar todos os nossos equipamentos com protocolo aberto para quem quiser desenvolver uma solução a partir do sistema da Linear. Nós enviamos toda a documentação e o integrador pode fazer um software próprio atendendo a sua necessidade e mercado. Isso ampliou nossos horizontes e chegamos a lugares que provavelmente não alcançaríamos se estivéssemos sozinhos. A Linear hoje tem um software básico, apenas para fazer algumas configurações e registros simples, mas se precisar de um software mais completo, para uma portaria local ou para portaria remota, por exemplo, nós temos os nossos parceiros.

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As marcas que pertencem ao Grupo no Brasil - Peccinin, Genno e Linear - continuarão ativas como segmentos de mercado e divisões dentro da companhia.

Estamos com aproximadamente 30 integradores/desenvolvedores de software que trabalham com o sistema Linear, ou seja, são mais de 30 pontos de vendas que ajudam a aumentar a nossa presença no mercado. Se tivéssemos que fazer isso sozinho não chegaríamos tão rápido como chegamos. Revista Segurança Eletrônica: Em relação a novidades tecnológicas, o que vocês têm planejado para 2018? André Dini: Nós apresentamos durante a ISC 4.0 alguns produtos que estamos trabalhando, como o leitor de QR Code LN350R, que bastante fabricantes de software já trabalham e fazem essa integração. Temos também uma linha com um novo conceito de biometria, o modelo C2PRO, que trabalha em nuvem, saindo da carência de ter uma infraestrutura própria. Basta instalar a biometria, alimentá-la, colocá-la em uma rede Wireless – na nuvem – e pronto. E agora estamos entrando no segmento de fechaduras biométricas, com o modelo LN5000, que possui teclado e pode ser controlada por aplicativo no celular. Para esse começo de ano é isso, mas durante o ano teremos muitos produtos novos. A ideia com o Grupo Nice é também melhorar o aspecto visual do produto, tornando-os mais atraentes, para começarmos a conquistar novos mercados, principalmente América Latina. Queremos aproveitar a rede de distribuição que a Nice já atua na América Latina e Estados Unidos e colocar gradativamente a Linear nesses distribuidores também. Já estamos trabalhando a questão dos manuais, dos catálogos em outras línguas para acelerarmos essa expansão. Revista Segurança Eletrônica: Na parte de eventos, vocês estarão bem estruturados com a Nice na Exposec e vão participar dos Road Show Destaques da Segurança. O que podemos esperar em relação ao que será apresentado e como vai funcionar a questão de sempre mostrar a marca Nice para o cliente? André Dini: Gradativamente a Nice está entrando na vida da Linear, vamos começar a difundir mais o Grupo e a marca sempre virá com destaque. Assim, as marcas que pertencem ao Grupo no Brasil (Peccinin, Genno e Linear) continuarão ativas como segmentos de mercado e divisões dentro da Nice. Isto está ocorrendo mundialmente com outras empresas que 30

foram adquiridas nos últimos anos. A ideia é tornar a marca Nice cada vez mais forte nos mercados em que atua e a Linear se tornara uma linha de produtos em um segmento do Grupo Nice. Revista Segurança Eletrônica: A Linear tem experiência nas soluções de portaria remota, e esse segmento é muito pouco utilizado fora do Brasil. Como o Grupo vê isso como oportunidade de negócios em outros países? André Dini: Está dentro dos planos de expansão em mercados estratégicos fora do Brasil, principalmente Europa e África. Os mercados emergentes têm uma similaridade com o mercado brasileiro, como África do Sul, México e Turquia. A Nice tem operações em todos esses países e com certeza estamos trabalhando em conjunto com eles. Acreditamos que nos próximos cinco anos o mercado de portaria remota deve dobrar de tamanho. É um segmento que veio devagar e está evoluindo e apoiamos muito esse desenvolvimento. Nosso papel é desenvolver hardwares e equipamentos, esse é o nosso mercado, e temos flexibilidade e sensibilidade de escutar o que o setor precisa e desenvolver uma solução para isso. O ciclo de produtos que desenvolvemos é baseado na necessidade do mercado. Revista Segurança Eletrônica: Gostaria de deixar alguma mensagem para os nossos leitores? André Dini: Antes de tudo, queremos transmitir essa segurança que nós, como funcionários da Linear, e hoje Nice, estamos tendo, hoje com o Grupo. A incorporação da Linear junto ao Grupo Nice só trouxe benefícios, foi uma transição tranquila, o Grupo tem alguns valores que são respeitados e mantidos, nós preservamos sempre o bem-estar do funcionário e do cliente e é isso que gostaria de deixar para eles, essa tranquilidade. Outra coisa que queria reforçar é o compromisso da Nice junto ao nosso país. O Brasil hoje é uma das prioridades de crescimento do Grupo. No segundo semestre começaremos uma fábrica, que será a nova sede, localizada em Limeira, São Paulo, que será totalmente sustentável, estamos também ampliando as operações da nossa planta em São Caetano do Sul e Santa Rita do Sapucaí-MG. A companhia está sempre aberta a novas oportunidades e aquisições, e instalar essa nova sede no país é uma prova desse compromisso. SE





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