Na Íntegra - Revista Segurança Eletrônica

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Boas práticas para implantação de Centro de Controle de Operações de Segurança

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iante da decisão de permanecer internamente ou usar um provedor de serviços terceirizado, muitas grandes organizações decidem manter a segurança sob seu teto e construir seu próprio Centro de Controle da Operações de Segurança (CCOS) para correlacionar eventos e centralizar todas as funções de monitoramento, controle de acesso e segurança. Podem existir requisitos físicos ou comerciais únicos que exijam um CCOS dedicado, “proprietário”, como uma fábrica ou um ambiente de exigências legal de segurança mínima ou de proteção estratégica para evitar espionagem industrial, ou pode existir o controle de custos que indiquem a vantagem financeira de um CCOS proprietário. O adjetivo "proprietário" é usado na indústria de segurança para descrever uma série de atributos diferentes, alguns bons e alguns não tanto. Neste contexto, refere-se a um CCOS localizado nas instalações do utilizador (em contraste com uma central de monitoramento de alarme comercial) e, normalmente operado pelo utilizador. Construir um CCOS dedicado apresenta grandes desafios, e muitos grupos de segurança não sabem onde começar. Vamos 54

descrever alguns critérios de design a serem considerados no desenvolvimento de um ambiente dedicado de monitoramento e administração de sistemas de segurança. Localização do CCOS O local de monitoramento pode ser o orgulho da operação de segurança física, ou um espaço mais escondido na organização. Seus atributos geralmente dependem da importância dada à segurança dentro da empresa. Deve-se lembrar que a eficiência e a produtividade estão relacionadas, e que a imagem da segurança pode ser melhorada por um ambiente de trabalho bem projetado. Além disso, o departamento de segurança vai impor mais respeito quando ele projeta uma imagem positiva, ao invés de um setor que vive em um canto desordenado e desorganizado. O CCOS deve ser hospedado em um local com uma qualidade de ambiente de trabalho tão bom como dos outros funcionários da companhia. Existem dois tipos comuns de locais de monitoramento: "frontal", como na recepção do lobby principal, ou "back office", CCOS dedicado. Em alguns casos, ambos devem ser considerados, a


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Agenda

Em um Centro de Controle da Operações de Segurança é possível correlacionar eventos e centralizar todas as funções de monitoramento, controle de acesso e segurança de uma empresa.

área de recepção pode estar muito ocupada e distrair para um monitoramento efetivo da segurança durante o horário comercial normal, mas uma pequena presença de segurança fora do horário comercial (noites, fins de semana e feriados) na entrada, dará alta visibilidade e gera dissuasão de ações criminosas ou de intrusão. A duplicação de equipamento de monitoramento em ambos os locais pode não aumentar significativamente o custo de uma nova instalação, na verdade, o custo adicional pode ser ressarcido muito rapidamente na redução das despesas com pessoal. O que acontecerá no CCOS? A análise dos requisitos de espaço pode começar listando o que estará acontecendo no CCOS, quais funções precisam ser executadas lá e quanto espaço precisa ser alocado para cada função. Aqui estão algumas das funções que podem ser incluídas na sua lista: • Monitoramento de alarme e verificação de vídeo; • Resposta de alarme e comunicação com e pessoal de segurança; • Comunicações de segurança: telefone e intercomunicador com a população, usuários e colaboradores, e bidirecional com agentes de segurança; • Operações de porta e portões, incluindo bloqueio/desbloqueio, abertura/fechamento e verificação de vídeo; • Gestão de controle de acesso de pedestres e veículos; • Administração de privilégios de acesso; • Gestão de visitantes, incluindo pré-aprovação, verificação, validação para credenciamento; 56

• Investigações, incluindo revisão de arquivos de vídeo, alarme e acesso; • Estações duplicadas, quando a demanda por ações de segurança for demasiada para um único operador; • Supervisão das funções do CCOS, outros operadores e ou seguranças devidamente treinados. As funções na lista, o seu volume e o tempo da ocorrência levam a uma determinação dos requisitos de pessoal e do número de "estações" necessárias para o CCOS. A seleção e o layout do equipamento necessários em cada estação ajudará a determinar a configuração da estação e os requisitos de espaço físico. CCOS “Frontal” Se o posto de monitoramento estiver localizado na frente de entrada do prédio, a função primária do agente de segurança ou porteiro será o controle de acesso para moradores, colaboradores, prestadores e visitantes do prédio. Mesmo que o controle de acesso dos ocupantes regulares seja automatizado através do uso de credenciais, é necessário realizar a verificação de identidade. A validação de permanência dos visitantes que exigirão grande parte de seu esforço. Mobiliário Mesa será validada pelo arquiteto, por isso é muito importante para coordenar os requisitos de segurança operacional e de espaço dos equipamentos. Além de PCs, telas, telefones e impressoras de crachá, aspectos operacionais, tais como leitores de cartões e leitores biométricos devem ser considerados no projeto. Lembre-se também de que há outras funções que competem para o espaço da mesa do lobby ou recepção, que são os alarmes de incêndio e estações de comando, monitores de



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imagens dos elevadores e outros controles. As decisões sobre as prioridades de visualização da tela de exibição precisam ser feitas antes que o layout possa ser projetado, e cada consultor de sistemas de segurança irá considerar seu equipamento com a devida importância. CCOS “back-office” O projeto de monitoramento de segurança e funções de controle em um CCOS dedicado que está situado longe do tráfego de entrada do lobby ou recepção tem algumas restrições de design. Projetos mais antigos eram centrados em consoles verticais (ou angulados) que abrigavam equipamentos de exibição de vídeo volumosos. A realidade atualmente é outra, a função de exibição é agora implementada usando, tela plana LED ou tecnologia de plasma. Infraestrutura e Meio Ambiente A infraestrutura e os fatores de suporte ambiental têm grande impacto no funcionamento efetivo do CCOS. • Temperatura e Umidade: Os sistemas de ventilação e ar condicionado em muitos edifícios de escritórios e fábricas são projetados para operar da maneira mais econômica possível. Muitas vezes, durante as horas fora do horário de expediente, regressam automaticamente a níveis que não se destinam ao conforto humano. Se o CCOS ou o local de monitoramento da mesa estive-

rem ocupados 24 horas por dia, devem ser tomadas providências para fornecer suporte ambiental agradável e que não causar incomodo ou déficit de atenção. • Iluminação: Os monitores de computador e telas de monitoramento são muito suscetíveis à reflexão de luminárias de teto ou dos próprios monitores montados na parede, o que prejudica a sua utilização. A localização das luminárias deve ser cuidadosamente escolhida com referência à posição e ângulo das telas de exibição. A iluminação indireta ou refletida é muitas vezes a melhor solução. Muitos operadores de monitoramento preferem trabalhar em uma sala escura com pouca ou nenhuma iluminação ambiente. Embora o escurecimento das luzes possa melhorar o foco nas telas, também pode levar à fadiga ocular e dificultar outras tarefas manuais, como seleção de vídeo e entrada de dados no teclado. • Energia Elétrica: Como os sistemas de monitoramento e controle dependem da energia, é importante que sua fonte seja confiável e de boa qualidade, sem surtos ou redução de tensão. Ambos os critérios podem ser atendidos com o uso de um Sistema de Energia Ininterrupta (UPS). O UPS suaviza quaisquer ondulações na alimentação primária e pode vir em dois tipos: uma pequena unidade autônoma dedicada ao monitoramento de segurança e equipamentos de controle. SE

Waldemar Ramos Consultor de segurança, técnico líder de TI e instrutor de segurança eletrônica credenciado pela Polícia Federal do Espirito Santo. Atualmente supervisor operacional da empresa VSG da Vitória (ES).

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