Artigos
Tecnologia é parceira de uma Humanidade Pensante
O
mercado se depara com um fenômeno curioso: diferentes gerações estão mescladas nos ambientes organizacionais. Tradição, experiência e metodologias consagradas convivem diariamente com inovação, improviso e genialidade no emprego dos recursos tecnológicos. O que para muitos gestores pode parecer caótico e preocupante, uma vez que culturas e valores em conflito contêm um inegável potencial desagregador, soa como desafio e diferencial para outros. Enquanto o foco por vezes se concentra nos problemas, há líderes visionários que dedicam sua energia e talento às soluções. São exatamente estes que se aperceberam de uma questão mais central do que o badalado conflito de gerações. Em nossos trabalhos junto a empresas e instituições públicas, temos nos deparado com entraves que devem ser observados com atenção. Após harmonizar juventude e experiência, conjugar esforços em prol de um objetivo único, as equipes se dedicam aos mais diversos nichos de trabalho. É exatamente nessas oportunidades que são convidados a contracenar com todo o tipo de profissionais, incluindo os concursados e preparados funcionários públicos, os empreende58
dores e criativos microempresários e com os despreparados, que não raramente se colocam nas equipes ou processos e ocupam seus espaços. Dotar profissionais de tecnologia de atributos que proporcionem a humanização dos ambientes tem se demonstrado um expressivo recurso. Aliar às capacitações técnicas, noções de liderança, identificação do comportamento humano e gestão de conflitos nos parece um grande diferencial. Superadas as discussões de conteúdo eminentemente tecnológico, é nas limitações pessoais que negócios, parcerias e projetos esbarram. Se de um lado os investimentos nas formações técnicas são cada vez mais prestigiados, de outro percebe-se a incapacidade para motivar equipes, integrar personalidades diferentes e prevenir atritos, fruto de um aparente afastamento das ciências da gestão do comportamento humano. Nossas pesquisas detectaram que há uma crise de liderança e gestão de pessoas na praça. Não por acaso, existe uma reformulação de currículos de MBAs no mundo todo. Renomadas universidades já verificaram que a excelência de suas
NÃO É SÓ VIGILÂNCIA, É QUASE UM RAIO-X. Saiba mais em genetec.com/br
Artigos
formações técnicas não garante a plenitude do desempenho e a conquista dos resultados esperados por seus alunos. Há um movimento que não se pode mais ignorar, no sentido de qualificar as pessoas para reunirem as mínimas condições de investir, ouvir, considerar, motivar e, principalmente, conviver com as demais. As consultorias mais modernas dedicam um tempo para diagnosticar e equacionar essas questões. A tomada de decisão, momento decisivo para qualquer processo, envolve características peculiares que dialogam com relacionamento e autonomia. Relacionamento para perceber e considerar as
contribuições alheias e, ao mesmo tempo, autonomia para decidir com coragem, assertividade e responsabilidade. É nesse contexto que profissionais de todas as origens (jovens, experientes, concursados, autônomos, motivados e outros) se encontram para a formulação das soluções mais desejadas. É imprescindível reconhecer a importância dos recursos provenientes do vetor tecnológico e empregar com muita qualidade, dedicando uma parcela do tempo a formar líderes, emprestandolhes visão crítica, discernimento e humanização de atitudes, a fim de torná-los indispensáveis e estratégicos. Tecnologia e pessoas são parceiras e juntas promovem o sucesso! SE
Sandro Meneses Santos Doutor em ciências da segurança, Pós-graduado em gestão da segurança pública e privada, prefaciador de livros, professor universitário, diplomado pela Adesg, Palestrante na América Latina, consultor de empresas diretor da Tiat soluções, professor honorário da academia de polícia do RS, Diretor Acadêmico de cursos na área da segurança, multiplicador master de tecnologias menos letais, foi coordenador de segurança Fifa 2014.
60