Artigos
Como a Internet das coisas pode melhorar a qualidade de vida nas cidades As câmeras que hoje fazem a segurança urbana poderão, em breve, ajudar na resolução de problemas no serviço público, escoltar pedestres de forma remota, reduzir acidentes em obras de manutenção e até gerir o estacionamento nas ruas
A
s câmeras de videomonitoramento são usadas em diversas cidades ao redor do mundo para monitorar o trânsito e aumentar a segurança. No entanto, há potencial para muito mais. À medida em que a Internet das Coisas ganha vida, surgem inúmeros outros cenários onde as câmeras de rede podem ajudar a melhorar o funcionamento das cidades e o modo como as pessoas vivem, viajam e trabalham. Esse potencial abrange desde sistemas de informação nas cidades até planejamento de sustentabilidade urbana, como soluções de monitoramento da qualidade do ar, níveis de ruído e radiação UV. Os equipamentos podem ainda atuar em novas aplicações para comércio, entretenimento e turismo, especialmente quando combinadas com tecnologias móveis ou de localização. A seguir, detalho alguns exemplos do que é possível alcançar: Cidade virtual com mapas 3d em tempo real Turistas e cidadãos querem saber sobre eventos, problemas no trânsito ou até evitar áreas muito movimentadas. Com modelos tridimensionais e virtuais da cidade entregues nos smartphones, é possível acessar informações de maneira prática e em tempo real. Graças à tecnologia de realidade aumentada, câmeras de rede podem ser utilizadas como sensores inteligentes em pontos estratégicos. Softwares podem produzir mapas 3D com diversas camadas de informação real, incluindo vídeos capturados pelas próprias câmeras. As áreas 58
de aplicação para tais mapas podem se dividir entre segurança, indústria, saúde, educação, entretenimento ou marketing. Melhor comunicação com os moradores Os municípios precisam manter a crescente população constantemente atualizada com o que está sendo realizado na cidade e, para isso, necessitam de ferramentas inteligentes para se comunicar com os moradores em caso de ameaças ou perigo eminente. Com telas instaladas em locais de grande movimentação, como praças, estações de trem, e baseados em informações fornecidas através das câmeras de rede, as autoridades conseguem passar mensagens importantes e alertar os munícipes sobre potenciais perigos ou situações problemáticas, com orientações oficiais sobre qual as melhores medidas e cuidados a serem tomados. Aumentando a satisfação dos moradores Um aplicativo baseado em informações de GPS pode permitir aos cidadãos reportar serviços ineficientes em tempo real – postes sem energia, por exemplo. As autoridades podem verificar os problemas apresentados através das câmeras de videomonitoramento e decidir a solução da melhor maneira possível. A administração pública poderá ainda manter os cidadãos informados sobre o progresso das denúncias pelo mesmo app. Um sistema como esse possibilita com que
Artigos
os habitantes possam avaliar os serviços municipais e melhorar a qualidade de vida de todos. Melhorando as mídias sociais Mídias sociais, como Facebook e Twitter, já são fontes de informação cruciais para forças policiais, imprensa e outros usuários que podem estar sendo afetados pelo mesmo problema relatado em um post, ainda mais durante incidentes - de maior ou menor escala. Uma vez que as autoridades foram alertadas sobre possíveis ocorrências via o aumento de postagens sobre determinado assunto, as câmeras de rede entram em ação e permitem visualização instantânea para identificar o problema, monitorar a situação e identificar as proporções. Ao combinar o conteúdo das redes sociais com dados captados pelas câmeras, sensores inteligentes e outras aplicações de TI, as autoridades acessam o Big Data para obter melhor entendimento sobre o que está acontecendo e como responder a esse chamado. Rastreando itens perdidos Chaves, carteiras, telefones, laptops e bicicletas estão entre os itens mais perdidos nas cidades, seja porque seus donos os esquecem ou porque são furtados. Cidadãos e policiais podem se beneficiar de um sistema capaz de rastrear esses objetos. Um sistema inteligente – utilizando sensores e GPS com capacidade de localizar o item em questão – garante às forças policiais ou municipais uma investigação mais detalhada. Escolta remota para pedestres Ruas escuras ou parques à noite podem ser espaços perigosos. Para proteger os cidadãos que precisam se locomover nessas áreas, as autoridades podem oferecer um aplicativo que conecta os usuários dos respectivos smartphones ao centro de videomonitoramento municipal. Um alarme integrado cria um link direto entre policiais, e a combinação de dados de localização, câmeras de segurança e iluminação inteligente permitiria ao operador de plantão na central de controle rastrear o munícipe e escoltá-lo remotamente. MONITORAMENTO POR DRONES Estamos vendo mais e mais drones – até pequenas colisões com aviões já foram reportadas. Alguns destes dispositivos po-
dem ser utilizados com intuitos maliciosos, como espionagem ou para carregar objetos perigoso e, por isso, precisam ser monitorados remotamente. Câmeras de rede podem ser utilizadas para rastrear e monitorar drones a uma distância superior a 100 metros, dia e noite, para ajudar a proteger locais visados, como indústrias, fábricas ou escritórios. As câmeras podem soltar alertas em tempo real e identificar ameaças mesmo com os drones a muitos metros de altura. Redução de acidentes Câmeras de videomonitoramento em rede podem ser utilizadas para monitorar construções, rodovias em manutenção e outros ambientes de serviço com alto risco a fim de evitar acidentes e prevenir acesso de pessoas não autorizadas. Os equipamentos podem monitorar em tempo real as condições de segurança e alertar sobre quando um funcionário adota um comportamento que pode colocar em risco a própria segurança ou a dos demais. Gestão de estacionamento Encontrar uma vaga de estacionamento em uma área movimentada da cidade pode ser um desafio. Um sistema baseado em câmeras de videomonitoramento, analíticos de vídeo e contagem de veículos garante atualização constante sobre vagas disponíveis. A informação pode ser entregue diretamente aos motoristas por um aplicativo de smartphone, que também pode calcular a rota mais rápida até o estacionamento mais próximo de acordo com a localização atual do cidadão. A mesma interface pode ser utilizada para gerenciar vagas especiais para idosos e deficientes físicos, assegurando que serão utilizadas somente por motoristas certificados, para que estejam sempre disponíveis. Há outras potenciais aplicações para câmeras de rede quando conectadas a outros sensores, sistemas de informação e soluções de análise em rede para uma cidade inteligente. As câmeras sempre desempenharão um importante papel para o monitoramento de crimes, proteção de infraestrutura e para responder de maneira eficiente situações emergenciais, mas talvez seja hora de pensar fora da caixa da segurança tradicional e encontrar novas áreas de aplicação onde câmeras de segurança têm o potencial de fazer a diferença na qualidade de vida urbana. SE
Andrea Sorri Diretor de Desenvolvimento de negócios em Vigilância Urbana da Axis Communications
60
MAIS DE 50 UNIDADES A maior rede de franquias de segurança eletrônica do Brasil, com mais de 15 anos de experiência.
PRESENTE EM 10 ESTADOS DO BRASIL COM
COMPRA COLETIVA O nosso principal diferencial é a compra coletiva, pois é com ela que conseguimos as melhores negociações de preço, prazo e benefícios para os nossos franqueados.
MAIS DE 200 COLABORADORES
PREVISÃO
SUPORTE AO FRANQUEADO SUPORTE TÉCNICO
MARKETING
facebook.com/CastsegFranchising
NOSSA MARCA PRÓPRIA
SECURITY ELECTRONIC SYSTEM
Produtos vendidos exclusivamente na rede Castseg. Não há concorrência com e-commerces. SECURITY ELECTRONIC SYSTEM
facebook.com/CastBr
MODELOS DE FRANQUIA
atender
SEJA UM FRANQUEADO 17 3304.3393 | www.castseg.com.br | expansao@castseg.com.br
Artigos
Interoperabilidade em sistemas de controle de acesso
C
om a evolução da tecnologia no mundo da segurança, se torna cada vez mais realidade a questão da interatividade entre os sistemas, permitindo assim um maior aproveitamento dos recursos que a tecnologia pode oferecer aos sistemas de segurança. No mundo do controle de acesso, estas evoluções acontecem de forma muito vagarosa e muitas coisas que eram tidas como tendências há alguns anos, só agora estão surgindo como novidades, comprovando que suas evoluções, se comparado com outros sistemas de segurança, como por exemplo os sistemas de CFTV, se dão de forma muito lenta. Os sistemas de controle de acesso em sua grande maioria são sistemas proprietários, onde o software, gerenciadores, controladores e alguns casos os periféricos, pertencem a um único fabricante. Desta forma, imagine que se um cliente tivesse um novo projeto de controle de acesso com expansão futura e passados alguns anos o cliente tenha a necessidade desta expansão, porém com uma integração com algum sistema de terceiros, a possibilidade do cliente ter que aguardar a inclusão destas mudanças no road map do fabricante é muito grande e com isso, o tempo destas atualizações muitas vezes não é satisfatório. Como resultado, usuários finais com frequência descobrem que possuem sistemas múltiplos, cada um deles executando uma única função. Muitos usuários finais ainda se encontram bloqueados nesses sistemas proprietários.
Interoperabilidade A interoperabilidade “ao pé da letra” é a capacidade de um sistema (informatizado ou não) de se comunicar de forma transparente (ou o mais próximo disso) com outro sistema (semelhante ou não). Para um sistema ser considerado interoperável, é muito importante que ele trabalhe com padrões abertos. Mudamos de uma indústria para outra onde temos um ambiente de arquitetura aberta, isto é, há uma diversidade de fornecedores que possuem um API aberto e irão trabalhar com parceiros para integrarem seus sistemas. O problema é que esses sistemas são limitados aos parceiros de integração, e a dificuldade de acompanhar mudanças de versões e manter as integrações ainda persiste. Como nenhum fabricante está produzindo seus produtos de acordo com uma norma, a interoperabilidade não é garantida. É por isso que hoje vemos os estágios iniciais de normas ou de desenvolvimento de especificação com ONVIF perfil C e outros, já que temos uma diversidade de fabricantes que desejam mudar para a arquitetura verdadeiramente aberta. A arquitetura verdadeiramente aberta é baseada em normas, não é proprietária, pode ser implantada globalmente, é suportada pela indústria e é interoperável. Esse é o ambiente onde o usuário final está no controle. Sendo assim concluímos que as soluções se baseiam da seguinte forma:
Quadro da interoperabilidade
62
único fabricante
• • • •
Proprietário Sem Integração com terceiros Incompatibilidades Mudança dependem do Road Map do fabricante
Arquitetura Aberta
• • • •
API aberta Limitado a integraação de parceiros Não é baseado em padrões Não garante a interoperabilidade
arquitetura verdadeiramente aberta
• • • •
Baseado em padrões Não é proprietário Globalizado Interoperável
Artigos
Integração vs Interoperabilidade Frequentemente usamos “integrado” e “interoperável” como termos intercambiáveis, mas eles são bem diferentes. Vamos observar as definições: Sistemas integrados são coordenados ou misturados em uma função única e qualquer software pode ser integrado se tiver tempo e dinheiro suficiente. O desafio dos sistemas integrados é que são difíceis de manter quando as coisas mudam, como por exemplo, mudanças no sistema operacional, mudanças de versão e mudanças de firmware. No fim, a interoperabilidade não é garantida. Já os sistemas interoperáveis fornecem e aceitam serviços de outros sistemas. Por exemplo, o sistema de controle de acesso pode coletar informação da base de dados do Recursos Humanos (RH) e se uma mudança ocorrer no sistema de acesso que afete o sistema de RH, tal mudança pode ser registrada novamente no sistema. Um outro exemplo seria receber vídeo do VMS ou enviar evento e informação de alarme ao VMS. Com os sistemas interoperáveis você
pode conectar componentes múltiplos de diferentes fabricantes com essa mudança. Um exemplo simples em nosso dia a dia é a conexão do mouse em um computador. Quando você pluga o seu mouse USB ao seu computador, os drivers se auto carregam e isso funciona. Você não precisa carregar o software, você não precisa integrá-lo, ele é interoperável com esse ou com qualquer outro computador. Sistema interoperável é agnóstico a mudanças e é compatível de ambos os lados e a interoperabilidade é garantida. Vimos que as evoluções nos sistemas de controle de acesso serão uma quebra de paradigmas para os sistemas atuais, bem como para os integradores e aos usuários finais. De qualquer forma, não podemos perder o foco em desenvolver as soluções em projetos de controle de acesso cada vez mais criteriosos atendendo as necessidades e solicitação de nossos clientes, indiferente dos avanços do setor. Na próxima edição daremos continuidade nesta abordagem nas evoluções e tendências para o mercado de controle de acesso. SE
Alexandre Santos Formado em Engenharia Elétrica pela Universidade Santa Cecília em Santos. Possui mais de 15 anos de experiência como engenheiro no desenvolvimento e na integração de grandes projetos para segurança física, automação predial, sistemas de automação em transporte e logística. Ocupou vários cargos de engenharia em empresas multinacionais e nacionais. Atualmente exerce a função de Engenheiro de Soluções Tecnológicas na multinacional Anixter.