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Hikvision
Pronta para ampliar o mercado Com presença forte no Brasil, a Hivision vem estabelecendo uma relação de confiança junto aos consumidores e disputando mercado com outros grandes players mundiais. Nesta entrevista, José Garcia, diretor de Marketing e Comunicação LATAM fala sobre as novidades da marca e como serão os novos passos dentro do Brasil. Jose Garcia - Hikvision LATAM
Por Redação
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egurança Eletrônica: Recentemente a fabricante de software Genetec se posicionou em não mais garantir a segurança das câmeras da marca Hikvision. Qual a posição de vocês sobre esse assunto? José Garcia: A partir de agora todos os clientes têm de pagar uma licença especial para os clientes que utilizam os dispositivos da Hikvision. Trata-se de uma decisão política e não podemos fazer nada a respeito disso. Apesar disso, temos o suporte de outros players de VMS como ISS, Seventh, Milestone. Dessa forma, respeitamos a decisão, mas não nos preocupamos com ela. Segurança Eletrônica: Qual foi o objetivo dos eventos Hikvision Experience Pro e Hikvision Discovery 2017? 32
José Garcia: Eram dois eventos diferentes, para públicos distintos. O primeiro era voltado para integradores de alto nível enquanto que o Hikvision Discovery era voltado para distribuidores. No primeiro dia de evento, no Hikvision Pro, mostramos todas as nossas novidades tecnológicas e a linha Hikvision Pro, que engloba todos os conceitos da linha highend da marca. O objetivo é separar um pouco esses produtos com maior tecnologia daqueles que vendemos em maior volume. Também apresentamos durante o evento toda a nova equipe comercial da marca. Foi a oportunidade ideal para mostrar a nossa força no mercado, pois tivemos a presença de integradores de todo o país. Segurança Eletrônica: A ideia é transformar esses dois
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“Somos uma empresa de alta tecnologia, inovação, sofisticação e democratização, portanto, queremos entregar ao mercado brasileiro soluções completas “tudo-em-um” mirando projetos que demandam especificações avançadas como também dar acesso a produtos com real tecnologia para consumidores que até então comprovam produtos com baixa qualidade e limitadas características”
eventos em encontros anuais? José Garcia: Nosso objetivo é realizar esses eventos uma vez por ano e, ao mesmo tempo, manter nossos road shows regionais porque sabemos que nem todo mundo pode vir a São Paulo. Os nossos road shows se chamarão Hikvision Tour. Segurança Eletrônica: Como vocês planejam a política de canais com integradores e distribuidores? José Garcia: Essa questão foi mudando com o tempo, e hoje contamos com uma quantidade de distribuidores muito maior do que antes. Basicamente, essa reestruturação de canais tem como objetivo cobrir todos os mercados possíveis. Temos distribuidores focamos em vendas em grande volume, outros voltados para a venda de projetos e também estamos trabalhando com parceiros de canais que tem forte presença em TI. Segurança Eletrônica: Podem citar os principais distribuidores da Hikvision no Brasil atualmente? José Garcia: Entre os masters temos a WDC Networkis, Global America, Anixter e All Nation. Com a Anixter firmamos um acordo regional e a parceria que temos com esses canais permite que a Hikvision cubra os mais diversos mercados e amplie sua atuação. Além disso, temos programas diferentes para ajudar no crescimento tanto canal do integrador como os distribuidores regionais. É importante que os distribuidores saibam que a Hikvision está presente no Brasil para fortalecer o mercado com profissionais preparados para ajudar os clientes. Segurança Eletrônica: Quais as estratégias para aumentar sua participação no mercado de segurança? José Garcia: A ideia da Hikvision, tanto no Brasil como na
América Latina, é estabelecer times locais especialmente para ajudar os integradores. A maior parte de nossa equipe é composta por Gerentes de Desenvolvimento de Projetos e Pré-Vendas. Por outro lado, temos a equipe de Gerenciamento de Canais, compostos por profissionais de vendas e equipe técnica para fornecer treinamento. Segurança Eletrônica: Quais as principais verticais com que a Hikvision trabalha? José Garcia: Atuamos em praticamente todas as verticais. Nossas equipes têm abrangência para estar em 95% das verticais de mercado. No entanto, temos um foco específico para trabalhar canais, com soluções específicas para varejo e outros setores. Através da linha de produtos que oferecemos ao mercado podemos atuar em quaisquer verticais. Segurança Eletrônica: Como você vê o mercado brasileiro de segurança e a participação da Hikvision nesse mercado? José Garcia: A nossa experiência nos eventos brasileiros mostrou que muitas empresas de alto nível do setor deixaram de participar dos eventos – ao menos em 2016. Claro que muito do que se viu nos eventos apenas reflete o momento econômico pelo qual o Brasil está passando, com a desvalorização do Real. Hoje, mais do que nunca, o cliente busca por uma solução de qualidade aliada a um preço acessível. Claro que a Hikvision pode oferecer muito mais do que isso. No que depender de nós, vamos oferecer sempre produtos de qualidade, aliando preço e excepcional suporte ao cliente. Fizemos uma aposta grande no mercado brasileiro e também na América Latina, mas sempre com critérios muito bem definidos. Atualmente temos escritórios em países como Colômbia, México e Chile. Em breve estaremos no Peru e, quem sabe, Argentina. Segurança Eletrônica: Quais outros eventos, além da ISC Brasil, vocês planejam participar em 2017? José Garcia: Estaremos em todas as feiras de segurança e também naquelas em que nossos parceiros comerciais participam e levam nossa marca. Temos um sentido de parceria muito grande e consideramos importante que o cliente se sinta amparado em todos os aspectos. Segurança Eletrônica: Recentemente a Hikvision recebeu um prêmio da Forbes. Pode falar sobre isso? José Garcia: Estamos na lista da Forbes das empresas mais inovadoras do mundo. E, segundo a lista, acima de grupos como Coca-Cola. No entanto, para nós o mais importante é ser a única do mercado de segurança eletrônica a figurar nessa listagem. Segurança Eletrônica: No mercado brasileiro, quais as empresas de segurança você considera como reais concorrentes da Hikvision? José Garcia: Existem várias, mas aí estamos falando de grandes players. Aquelas que baseiam seus negócios unicamente em preços, francamente, não nos preocupam por conta da nossa experiência no mercado. Muitas delas, em nível mundial, deixaram de existir e isso tende a acontecer aqui também. O que nos preocupa são as empresas maiores e que têm uma filosofia parecida com a da Hikvision, focada 33
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“O Hikvision Experience Pro foi a oportunidade ideal para mostrar a nossa força no mercado, pois tivemos a presença de integradores de todo o país”.
no integrador e nos parceiros comerciais. Segurança Eletrônica: Podemos falar sobre as novas tecnologias que a Hikvision está trabalhando e que serão apresentadas no próximo ano? José Garcia: Temos produtos que lançamos na China e que utilizamos para projetos especiais. E isso pode ser trazido para o Brasil. Além disso há outras linhas de produtos em que estamos trabalhando como drones para uso militar, vigilância automatizada e de resgate. São equipamentos que vêm equipados com plataformas de software que automatizam esses equipamentos e que oferecem várias configurações. Outro segmento em que a Hikvision vem apostando é o de Robótica Industrial, onde robôs são equipados com as câmeras da marca para trabalhar em armazéns. Além disso, 34
a Hikvision aposta no uso de analíticos de vídeo para fazer contagem em ambientes de fábricas. O mercado de segurança conhece apenas os equipamentos de videovigilância, mas é preciso lembrar que a Hikvision também comercializa toda a linha de transmissão com acessórios como switches. Além disso, nossa plataforma de software e hardware oferece suporte para alarmes e controles de acesso. Por fim, é importante salientar que somos uma empresa de alta tecnologia, inovação, sofisticação e democratização, portanto, queremos entregar ao mercado brasileiro soluções completas “tudo-em-um” mirando projetos que demandam especificações avançadas como também dar acesso a produtos com real tecnologia para consumidores que até então comprovam produtos com baixa qualidade e limitadas características. SE
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ISC Brasil
Integrar as tendências Conhecida como a feira e conferência mais importante da indústria de segurança, a ISC Brasil fará a sua 12ª edição dos dias 18 a 20 de abril, na Expo Center Norte. Para falar sobre o assunto, conversamos com Thiago Pavani, Gerente de Eventos da Reed Exhibitions Alcantara Machado, empresa organizadora evento. Durante a entrevista, ele analisa o desempenho do mercado de segurança eletrônica em 2016, os principais desafios deste ano para o setor e as novidades da ISC 2017.
Por Fernanda Ferreira
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egurança Eletrônica: Como você analisa o mercado de segurança eletrônica em 2016? Thiago Pavani: O segmento de segurança eletrônica realmente foi impactado e sentiu o resultado da crise econômica e política que o Brasil enfrenta no cenário atual. Porém, o mercado de segurança eletrônica continua registrando números expressivos e índices de crescimento, se comparado com outros mercados de verticais. Isso demonstra um amadurecimento bastante interessante no setor com empresas cada vez mais competitivas, com investimentos em novas tecnologias, qualidade de produtos e serviços, capacitação e capacidade produtiva. 36
Segurança Eletrônica: E o que podemos esperar para 2017? Thiago Pavani: Vejo um ano de muito trabalho e bastante promissor devido ao amadurecimento e importância do setor em relação à segurança das pessoas, do governo, das cidades, dos patrimônios, das indústrias, do comércio, das residências e, principalmente, ao desenvolvimento tecnológico. Temos o empenho de empresas líderes do mercado e de empresários engajados para investir energia na busca por alternativas de segmentação, como a construção de novas parcerias estratégicas, oportunidade em segmentar seus produtos e soluções para alguns verticais específicos. A proposta é buscar primeiramente o aumento do conhecimento em
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Thiago Pavani: Na ISC Brasil temos as principais tendências do mercado, com os mais importantes players do setor fornecendo tecnologias em CFTV, videomonitoramento, comunicação em rede, soluções inteligentes em controle de acesso, experiência em câmeras IP com tecnologia de automação, além de produtos, soluções e serviços que fazem parte do dia a dia dos usuários finais. Essas ferramentas auxiliam empresas, indústrias, policiais e órgãos públicos com a finalidade de garantir a segurança dos cidadãos. Segurança Eletrônica: Quais os principais desafios para quem atua no setor? Thiago Pavani: O ano de 2017 marcará uma fase importante na indústria e o principal desafio será integrar as tendências, juntamente com os avanços tecnológicos para o mercado. Alguns verticais são mais maduros quando se trata em busca de soluções de segurança. Exemplos são os setores bancário, saúde, governo, hotelaria, shopping centers, transportes, aeroportos, concessionários de rodovias e outros mercados regulamentados que terão mais oportunidades de incorporar sistemas integrados. Isso reflete numa estreita colaboração e aproximação com os clientes finais e parceiros de negócios para implantação das soluções, tornando claro o real custo benefícios, ganho de desempenho e uma experiência mais conveniente aos usuários com aumento da segurança. Thiago Pavani, Gerente de Eventos da Reed Exhibitions
entender cada vez mais a necessidade do consumidor final. Isso faz com que as empresas se tornem mais competitivas e parceiras de negócios de seus clientes, contribuindo fortemente para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. Segurança Eletrônica: Alguns especialistas dizem que a crise no país atrapalha o setor de segurança eletrônica e outros afirmam que, pelo contrário, a crise ajuda o mercado de segurança a crescer. Qual a sua opinião sobre isso? Thiago Pavani: O desafio é evidente, porém identifico oportunidade para amadurecimento do setor de segurança. A cadeia de segurança eletrônica é formada pela indústria, por distribuidores de equipamentos, revendas, integradores, prestadores de serviços e, com isso, o setor de segurança tem muito potencial. Destaco de forma especial as evoluções tecnológicas, a integração do segmento de segurança eletrônica com o de automação, biometria, internet das coisas (IoT) e dispositivos conectados. São aspectos que se tornam essenciais e cruciais para a consolidação da tecnologia. Tudo integrado facilita o controle e aumenta o nível de segurança dos usuários, empresas e governo. Segurança Eletrônica: A ISC é conhecida por determinar tendências, para onde o mercado vai apontar este ano em relação a novas tecnologias e tendências? 38 30
Segurança Eletrônica: No que a ISC contribui para o desenvolvimento do setor? Thiago Pavani: A ISC Brasil tem como principal foco e comprometimento em contribuir significativamente para o desenvolvimento do setor de segurança eletrônica, privada e pública. É um evento consagrado como a vitrine de soluções, lançamentos, tecnologia e fomentador de novos negócios para usuários finais corporativos e governamentais, parceiras de negócios com integradores, distribuidores. Além disso, a feira é considerada o ponto de encontro dos tomadores de decisão da indústria, governo e das polícias. Segurança Eletrônica: Qual a expectativa para a ISC 2017? Thiago Pavani: A expectativa é de reunir 15 mil profissionais do setor em três dias de evento. O evento vai receber visitantes usuários finais corporativos, órgão governamentais, integradores, distribuidores, tomadores de decisão da indústria e das polícias que terão acesso aos principais fabricantes e player do setor.
“O ano de 2017 marcará uma fase importante na indústria e o principal desafio será integrar as tendências, juntamente com os avanços tecnológicos para o mercado.”
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“A proposta é buscar primeiramente o aumento do conhecimento em entender cada vez mais a necessidade do consumidor final. Isso faz com que as empresas se tornem mais competitivas e parceiras de negócios de seus clientes, contribuindo fortemente para o desenvolvimento socioeconômico do Brasil.”
A expectativa é que 15 mil pessoas passem pela ISC deste ano.
A Conferência terá conteúdo técnico e educacional, com palestras realizadas em dois auditórios dentro do pavilhão.
Segurança Eletrônica: Tem novidades para a 12ª edição? Thiago Pavani: Uma das novidades será o conteúdo técnico e educacional da Conferência ISC Brasil. Serão palestras realizadas em dois auditórios dentro do próprio pavilhão da feira, com curadoria e apoio das principais entidades do setor como: SIA, ABINEE, ABSEG, ALAS e CNCG. Também teremos um programa de compradores VIPs e qualificação do público comprador, focada em usuários finais corporativos de verticais como: empresas segurança privada e monitoramento, varejo, transportes, aeroportos, concessionários de rodovias, industrias, bancos, construção civil, hotéis, shoppings centers, instituições de ensino, entre outros. A ISC Brasil também sediará a Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Comandantes e Coronéis Gerais da Policia Militar e Bombeiros Militares (CNCG). De forma inédita, reestruturamos a área de exposição, que se tornou 100% setorizada e separada pelas áreas de Segurança Eletrônica, Segurança Privada, Segurança Pública e Detecção, Prevenção e Combate a Incêndio. A feira também contará com o ISC Experience, um espaço conceito onde os expositores poderão apresentar seus projetos integrados, proporcionando aos visitantes a experiência in loco do seu produto ou serviço. Segurança Eletrônica: O que você tem a dizer para as pessoas que estão pensando em investir nesse mercado? Thiago Pavani: O segmento de sistemas eletrônicos de segurança registrou crescimento vertiginoso nos últimos anos com faturamento expressivo. Isso demonstra a força e comprometimento do setor em entregar soluções e tecnologias para os mais diversos setores e segurança dos governos federal, estaduais e municipais, com necessidade de videovigilância, por exemplo, sendo um importante fomentador para o desenvolvimento socioeconômico para o país. SE 39