Revista Segurança Eletrônica - Edição 34 - Novembro de 2019

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Revista Segurança Eletrônica | Edição 34

www.revistasegurancaeletronica.com.br

EM FOCO

Moni

Rafael Danzi

Novembro

Diretor de Operações


#credibilidade

Reconhecimento de cor do veículo

*Verificar disponibilidade

Ativação de cancela ou black list

Classifcação instantânea(carro, ônibus, caminhão ou moto)

Detectação de placa até 200Km/h Leitura avançada de placa brasileira, Mercosul e vermelha

Reconhecimento de marca do veículo

Alta tecnologia, qualidade e credibilidade


Solução Smart Traffic com Inteligência Artificial Avançada A linha Smart Professional da Dahua Technology possui câmeras com alta tecnologia para projetos de médios e grande porte

www.dahuasecurity.com


Editorial

Portaria Remota:

O

tendência de mercado

s condomínios brasileiros têm aderido cada vez mais a solução de portaria remota. Prova disso é o desenvolvimento deste mercado, que tem registrado crescimento de 150% ao ano, segundo a Abese. Entre os principais motivos desse crescimento está o aumento dos índices de roubos e furtos nos condomínios com portaria “física” e o acesso facilitado as novas tecnologias de segurança disponíveis no mercado. Agora, desde pequenos condomínios até grandes complexos residenciais, tem acesso as principais empresas e soluções do setor e conseguem aplicar o projeto de portaria remota dentro da sua realidade e rotina condominial. O benefício mais citado, tanto por síndicos como especialistas do mercado, é o aumento da segurança, uma vez que as falhas humanas nas portarias são eliminadas devido o profissional não ter um contato direto com os visitantes e moradores, tudo é feito remotamente. Além disso, a portaria remota também contribui com a redução de gastos com serviços de portaria, o que consequentemente reflete na redução da taxa condominial a longo prazo. Nesta terceira edição Especial sobre Portaria Remota, trazemos entrevistas, cases, lançamentos, artigos e, principalmente, uma matéria especial com a participação de especialistas do setor respondendo sobre algumas das principais dúvidas de quem deseja entrar neste mercado, tanto como cliente como prestador. Quer saber mais sobre Portaria Remota? Então boa leitura!

Ano 3 | N° 34 | Novembro de 2019

Redação Fernanda Ferreira (MTB: 79714) editorial@revistasegurancaeletronica.com.br Colaboradores Denis Perdigão Intelbras Leandro Martins Renato Martins Walter Uvo Designer Giovana Dalmas Alonso Eventos Vianne Piiroja eventos@revistasegurancaeletronica.com.br

Fernanda Ferreira Editora

Financeiro Bruna Visval financeiro@revistasegurancaeletronica.com.br Comercial Christian Visval christian.visval@revistasegurancaeletronica.com.br 11. 97078.4460 Segurança Eletrônica Online

R. Narciso Sturlini, 302 - Osasco - SP, CEP 06018-090 -Torre do Paço - Sala 511 11. 9 7078.4460 www.revistasegurançaeletronica.com.br revistasegurancaeletronica

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www.revistasegurançaeletronica.com.br Tiragem: 20.000 exemplares Impressão: Duograf



REVISTA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Sumário 08.

NOVIDADES

Servis Eletrônica Defense | p. 08 Servis firma parceria com a Seventh para atingir rapidez e escalabilidade na operação de Portaria Remota Aster | p. 12 Integração com SafeDoor reforça posição da Aster no segmento de portaria remota

14.

DESTAQUE

ELSYS | p. 14 Novo videoporteiro da ELSYS é controlado pelo smartphone Came do Brasil | p. 14 Came traz ao Brasil tecnologia inédita de bloqueio de tráfego de veículos Giga Security | p. 15 Giga Security lança 17 equipamentos para sistemas de segurança eletrônica

16.

EM FOCO

Rafael Danzi – Moni | p. 16 Plataforma centralizada com mais segurança nos processos

20.

CASE

Giardino Residencial | p. 20 Condomínio residencial adere à portaria remota em busca de tranquilidade e segurança Edifício Serra Azul | p. 22 Edifício paulistano aumenta segurança e reduz custos condominiais pela metade após adoção de portaria virtual

28.

PORTARIA ESPECIAL

Portaria Remota: como funciona e quais são as suas vantagens | p. 28

06

46.

ARTIGO

Sistema de controle de acesso integrado | p. 46 Segurança no condomínio: seu síndico investe no controle da entrada e saída de pessoas? | p. 48 Como ingressar no mercado de Portaria Remota | p. 54 Tecnologia em condomínios garante segurança nas festas de fim de ano | p. 60 Tecnologia como aliada na segurança residencial | p. 64

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SAFETY INSTINCT


Novidades

Servis Eletrônica Defense

Servis firma parceria com a Seventh para atingir rapidez e escalabilidade na operação de Portaria Remota

A

Portaria Remota ou Virtual é uma forte tendência no mercado de Segurança Eletrônica. A solução atende uma das áreas mais críticas de toda a segurança de um local. É pela portaria que os moradores, trabalhadores e visitantes passam, que as entregas chegam e, infelizmente, também é por ela que pessoas mal intencionadas podem entrar. Além de ser uma grande aliada na segurança de condomínios e prédios, esta modalidade de controle de acesso também ajuda a reduzir custos com taxas condominiais, motivos que fazem este serviço conquistar cada vez mais espaço. De acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese), a expectativa de crescimento no mercado de Portaria Remota para 2020 supera os 30%. No entanto, uma pesquisa da entidade aponta que ainda existe uma concentração nas regiões Sul e Sudeste. São Paulo, por exemplo, tem 43,5% das empresas que oferecem o serviço. No Nordeste, a participação é bem menor. O Ceará, que é líder no segmento, conta com 5,3% da participação. E para mudar essa realidade e ampliar a operação de portaria remota a Servis apostou no Situator. A parceria entre a Servis e a Seventh começou há cerca de 18 meses, quando a empresa decidiu substituir o software que utilizava para portaria remota pela solução de gestão e monitoramento de eventos Situator. “O Situator trouxe mais agilidade nos acessos. Tivemos uma melhoria grande com o sistema, porque ele facilitou muito o trabalho, trouxe mais rapidez e entendimento da operação. Com o Business Intelligence (Sistemas de apoio à decisão) temos informações como o tempo médio de atendimento para cada tipo de evento, os horários de pico e dados que ajudam nas tomadas de decisão, desde uma definição de escalas até coisas mais complexas”, disse Gilberto Dias, diretor Executivo da Servis. 08

O Futuro A Servis Eletrônica Defense foi fundada em 2000. Voltada para o mercado de segurança eletrônica, monitoramento de alarmes e de imagens, controle de acesso, rastreamento veicular, gerenciamento de risco no transporte de cargas e portaria remota. Atua em sete estados do Brasil (Amazonas, Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco, Bahia e São Paulo). Atualmente a empresa atende portarias remotas de 60 condomínios com média de 30 a 40 unidades habitacionais, mas planeja dobrar esses números nos próximos anos. “Hoje quase 100% dos nossos clientes usam o nosso serviço de Portaria Remota associado à interatividade, por ter a facilidade do controle dos acessos via smartphones, que oferecemos por meio da integração com aplicativos. Esta integração de sistemas e dispositivos, aliada à rapidez do software, nos dá a tranquilidade de crescer, porque o Situator permite uma escalabilidade muito maior da operação sem a necessidade de ampliação das equipes. Com a estrutura que temos hoje na Servis podemos crescer pouco mais de 30% em portaria remota sem precisar contratar novos colaboradores”, explicou Gilberto. O empresário explica que o objetivo da Servis é comercializar segurança e as soluções associadas a ela, independente do formato. Por isso, a busca por sistemas que não limitem este planejamento. Para o diretor Comercial da Seventh, Ivo Junkes, o desejo é continuar impulsionando os negócios dos clientes da Seventh por meio dos sistemas desenvolvidos pela empresa. “O perfil multimarcas e a facilidade de integração do Situator são o fator que ajuda os clientes da empresa a crescerem. Para nós, o objetivo é continuar permitindo a criação de novas soluções que diversifiquem o mercado e assim como a Portaria Remota, tragam mais segurança e conquistem seu espaço no mercado”, concluiu Ivo. SE





Novidades

Aster

Integração com SafeDoor reforça posição da Aster no segmento de portaria remota

A

Aster acaba de fundir suas operações de portaria remota com a SafeDoor, empresa 100% focada no segmento. “Estamos sempre em busca de novas soluções que tragam mais segurança a nossos clientes e encontramos na SafeDoor uma operação muito bem estruturada em tecnologia e processos, que junto a nossa robustez operacional, certamente nos possibilitará prestar um serviço de portaria remota sem igual no mercado brasileiro”, comentou Fabio Fragoso, CEO da Aster. Para quem ainda não conhece, Portaria Remota é um serviço de atendimento de visitantes e entrega de correspondências à distância, utilizado principalmente por condomínios residenciais de torre única. O porteiro remoto fica instalado em um centro de controle distante do edifício, conectado por internet, e são profissionais treinados e constantemente supervisionados, o que normalmente não ocorre nas portarias presenciais. A Aster é uma das empresas de segurança e terceirização de mão de obra mais ativas no segmento de portaria remota. Constantemente a empresa tem investido para normatização do serviço junto a entidades reguladoras como a Associação Brasileira de Empresas de Segurança Eletrônica (Abese), ou para a difusão do conceito junto a síndicos e administradoras condominiais em parceria com o Secovi. Como resultado de todo esse esforço, o serviço tem ganho a preferência de diversos condomínios na cidade de São Paulo, principalmente pela sensível redução que promove nos custos 12

operacionais, pelo melhor controle de acesso ao condomínio e até mesmo pelo atendimento às eventuais ocorrências. “Acreditamos muito na superioridade do serviço de portaria remota. Somos obsessivos por tornar o processo de controle de acesso mais seguro, simples e eficiente possível, por isso estamos sempre alinhados com as melhores tecnologias disponíveis no planeta”, disse Carlos Eduardo Onomono, fundador da SafeDoor. Certamente, a tecnologia representa um grande avanço na segurança dos condomínios. Entretanto, o suporte de uma empresa idônea e bem estruturada, se faz fundamental para a eficiência do serviço. Nesse sentido, o serviço de Portaria Remota oferecido pela Aster garante suporte total, como chamada de viaturas próprias nas emergências ou rápido envio de um porteiro presencial treinado para cobertura nas interrupções de energia ou internet por longos períodos. Juntas, Aster e SafeDoor detêm uma carteira de mais de uma centena de condomínios com o serviço de portaria remota já operando na cidade se São Paulo, e esperam um significativo crescimento nos negócios a partir da união de esforços. “Nos unimos para crescer. Posso afirmar, sem sombra de dúvida, que estaremos disputando a liderança do serviço de portaria remota, inicialmente na cidade de São Paulo e, em breve, em todo o Estado e daí pelo Brasil a fora”, falou o CEO da Aster. SE


Top 4 a nível mundial no mercado de CFTV Easy Series

Ultra 265, altamente confiável, pixels sensível, fácil de usar Ideal para residências e pequenas empresas

Prime Series • Série StarView com funções inteligentes e armazenamento confiável • Ideal para prédios comerciais, estacionamentos e pequenos projetos

Pro Series Ultra inteligente, alta resolução e VMS Unicorn tudo em um Ideal para o setor enterprise e projetos profissionais

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Destaque

ELSYS

Novo videoporteiro da ELSYS é controlado pelo smartphone

A

ELSYS lança mais um produto da linha de segurança: o Videoporteiro Wi-Fi. Ele capta imagens em alta definição, possui som bidirecional e controle de acesso por meio do smartphone ou tablet, pelo aplicativo ELSYS Home, que permite o monitoramento do imóvel de qualquer local. Ideal para uso residencial e em pequenos negócios, o dispositivo tem alerta de movimento e visão noturna com detector de calor. O destaque desse produto é a função visitante, com QR Code temporário, o que permite a gestão do controle de acessos. O equipamento faz o registro da presença no imóvel tanto por foto quanto por vídeo e é compatível com as fechaduras elétricas, magnéticas e sensores de abertura das principais marcas do mercado. “Na ELSYS sempre buscamos facilitar a vida do consumidor e por isso oferecemos produtos que proporcionam conforto e tecnologia com o melhor custo benefício para transformar a vida das pessoas. Com o Videoporteiro Wi-Fi o cliente terá a possibilidade de controlar os acessos de sua residência à distância através de um toque em seu smartphone”, destacou Pablo Larrieux, diretor de Novos Negócios da ELSYS. “A linha de segurança torna-se mais completa com o Videoporteiro, juntando-se às fechaduras elétricas e digitais, câmeras de monitoramento Wi-Fi e campainha eletrônica, que deixam o patrimônio mais seguro”. O Videoporteiro Wi-Fi da ELSYS tem entrada de cartão de memória de até 128G, raio de visão de até 10 metros e é a prova d’água, podendo ser instalado em ambiente totalmente descobertos. O dispositivo é controlado pelo aplicativo ELSYS Home, desenvolvido pela equipe de engenharia da empresa, que também é a plataforma para o uso das câmeras de segurança ELSYS. O app está disponível para os sistemas Android, IOS e AndroidTV, o que permite a visualização das imagens nos dispositivos SMARTY e Streaming Box da ELSYS. O produto está disponível na loja online e em 30 mil pontos de venda. SE

Came do Brasil

Came traz ao Brasil tecnologia inédita de bloqueio de tráfego de veículos

A

Came do Brasil trouxe mais uma novidade para o Brasil. Vindos da Özak, marca turca adquirida pela Came no mundo, os Roadblockers passam a ser oferecidos como nova opção em produtos voltados ao controle de acesso terrestre. A tecnologia é usada para bloquear o tráfego de veículos e, assim, limitar e vigiar a entrada dos mesmos a locais sensíveis, que necessitam de mais cuidado com a segurança, tais como aeroportos, bases militares, embaixadas, portos, fronteiras, refinarias, prisões, usinas de energia, entre outros. Os modelos oferecem o fechamento total do acesso a partir de um mecanismo composto por uma rampa que sobe e desce, cujo controle é feito por sensores e também de forma remota. “As máquinas possuem sirene de alarme e podem ser programadas para subir e abaixar automaticamente. Além disso, a instalação é super fácil”, explicou Marco Barbosa, diretor da Came do Brasil. O produto é preparado para funcionar mesmo em situações emergenciais. “Apesar da automatização, caso falte energia, pode-se abaixar e subir manualmente”, acrescentou Barbosa. Os Roadblockers estão disponíveis para venda em todo o território nacional. SE 14

Roadblockers já são usados em outros países para o controle de acesso em lugares que precisam de maior segurança


Destaque

A empresa avança em CFTV, interfonia residencial, controle de acesso, sensores e acessórios de instalação

Giga Security

Giga Security lança 17 equipamentos para sistemas de segurança eletrônica

C

om lançamento de diversos modelos, a empresa nacional do Grupo Multilaser avança em CFTV, interfonia residencial, controle de acesso, sensores e acessórios de instalação. Alguns dos lançamentos mais recentes são as câmeras infravermelho Full HD Super Starvis, câmeras speed dome Full HD Exmor, gravador de vídeo DVR 1080N Open HD Lite, sistema de videoporteiro 7”, sensores de abertura para portas e janelas, sensor ativo de Barreira Lite, botões de saída para portas, extensor HDMI 1080P Para Instalações, balun de vídeo 4K para instalações de CFTV. Sensor Sony A linha de câmeras Full HD, que carregam sensor de imagem Sony Super Starvis, foi desenvolvida para captação de imagens coloridas, em alta definição, em ambientes com baixa iluminação. Isso é possível graças a duas tecnologias – Ultra Low Light e Wide Dynamic Range – utilizadas pelo fabricante dos sensores de modo a aumentar a sensibilidade à luz e ao mesmo tempo gerenciar o equilíbrio de branco, de forma inteligente, em ambientes com variação de luminosidade. Até mesmo a luz das estrelas é o suficiente para oferecer ao sistema, imagens em alta resolução e coloridas. A câmera speed dome com sensor Sony Exmor, também Full HD, é um dos recentes destaques da marca. Fabricada em metal na cor branca, com vedação à prova d´água IP66 e alcance infravermelho

de 100 metros, o equipamento é ideal para identificação de pessoas em ambientes com ou sem iluminação, à longas distâncias. O zoom óptico de 18x e o controle de movimentos horizontal e vertical são outras funções que trarão ainda mais possibilidades aos projetos. O produto é compatível com gravadores de vídeo AHD, HDCVI e HDTVI de qualquer marca. Novidades na família Gravadores já conhecidos pelos clientes, agora receberam nova versão, com upgrade na qualidade das imagens. Foi o caso da linha de DVRs Open HD Lite que passaram de 720P para 1080N de resolução. O mais interessante é que apesar da melhoria, o preço dos equipamentos para 04 e 08 câmeras são os mesmos. A família de sensores da empresa ganha reforço com sensores de abertura para portas e janelas, com modelo de sobrepor e de embutir, de fácil instalação, e um novo modelo de sensor ativo de barreira, mais simples e de custo mais acessível, com duplo feixe e alcance externo de 70m. Feitos em material resistente, os novos modelos de sensores são aplicáveis a quaisquer centrais de alarme do mercado e serão aliados importantes do instalador de segurança que queira oferecer projetos mais completos de proteção e monitoramento de ambientes de pequeno, médio e até grande porte. SE 15


Em Foco

Moni

Plataforma centralizada com mais segurança nos processos Ferramenta abrange diferentes verticais e possibilidades

Por Fernanda Ferreira

A

pós 10 anos atuando no mercado de segurança eletrônica com o software de monitoramento de alarmes, a Moni expandiu sua expertise e começou a atuar também no setor de portaria remota em 2015, mercado que vem registrando crescimento de cerca de 150% ao ano. Entenda como é realizada a atuação da empresa junto aos seus parceiros e como a companhia enxerga esse mercado nesta entrevista com Rafael Danzi, diretor de Operações da Moni. Revista Segurança Eletrônica: O que levou a Moni a entrar no segmento de portaria remota? Rafael Danzi: Quando conhecemos o mercado de portaria remota, entendemos que a essência do serviço era aumentar o nível de segurança do condomínio, portanto, os projetos deveriam ser conduzidos por empresas especialistas em segurança eletrônica. A Moni desenvolve um software voltado para monitoramento de eventos de segurança, com isso, a entrada da portaria remota no nosso portfólio de serviços foi muito natural. Rapidamente nos tornamos especialistas nisso e hoje atendemos aproximadamente 1.600 condomínios, sempre através dos nossos clientes.

Revista Segurança Eletrônica: Como funciona a ferramenta Moni e quais recursos estão disponíveis na plataforma para serem aplicados em projetos de portaria virtual? Rafael Danzi: O software Moni nasceu como uma plataforma de monitoramento de alarmes, isso nos deu uma enorme vantagem em como gerenciar os atendimentos de portaria conciliados aos eventos de segurança. Por essa origem, entendemos que nosso software entrega uma forma mais segura de se prestar serviços de portaria remota. Todas as tecnologias da portaria remota integram-se ao Moni, como controle de acesso, CFTV, APPs para moradores (app próprio e integrações) e outros, porém, destaco como exclusividade a centralização das informações e a distribuição e abertura automática dos eventos para os operadores na central, isso eleva muito a segurança do processo. Revista Segurança Eletrônica: À medida que o mercado de portaria cresce, aumenta também a discussão sobre os direitos trabalhistas e a preocupação com o profissional de portaria. Como a Moni enxerga essa apreensão dos condomínios? 16


Em Foco

“Os condomínios que possuem serviços de portaria remota exigem que os atendimentos sejam absolutamente imediatos, portanto, se estruturar para atender rapidamente as demandas dos condomínios é fundamental, tanto na parte técnica quanto operacional.”

Rafael Danzi: A tecnologia automatiza processos e essa automatização transforma a forma que os profissionais prestam seus serviços, vivemos isso em diferentes momentos da história. A portaria remota depende de tecnologias e serviços para que funcione alinhadamente, com essa demanda, os polos fabris e de serviços aumentam sua procura por profissionais. Consideramos uma realocação. Um porteiro poderá, por exemplo, ser realocado para uma central de monitoramento, porém, trabalhando em um ambiente climatizado, seguro, sem desvios de funções e sem outras dificuldades existentes numa portaria presencial. É uma evolução. Revista Segurança Eletrônica: Como tem sido o retorno para os condomínios atendidos pela Moni e seus parceiros em relação a segurança? Rafael Danzi: A tecnologia é só um meio, o aumento de segurança está sempre relacionado a mudança no comportamento das pessoas. Portanto, um projeto de portaria remota de sucesso transmite aos moradores primeiramente a assimilação de uma nova cultura visando o aumento de segurança. Nossos clientes têm compartilhado excelentes exemplos de situações onde a proteção do condomínio foi aumentada com a portaria remota. Nesse sentido, as empresas que utilizam o software Moni possuem uma vantagem competitiva que é justamente a nossa essência voltada a segurança, isso faz com que tenhamos controles e ferramentas específicas para proteção do condomínio.


Em Foco

Área de suporte e desenvolvimento Moni

Revista Segurança Eletrônica: Quais são os principais desafios em atuar no mercado de portaria remota? Rafael Danzi: Os condomínios que possuem serviços de portaria remota exigem que os atendimentos sejam absolutamente imediatos, portanto, se estruturar para atender rapidamente as demandas dos condomínios é fundamental, tanto na parte técnica quanto operacional. Para as empresas que já atuam no mercado de monitoramento, deve-se compreender que não se trata de uma coisa complexa, no geral, as tecnologias utilizadas já são parte do dia a dia dessas empresas e a disponibilidade dos serviços 24 horas já existe. Revista Segurança Eletrônica: A ABESE divulgou que o mercado de portaria virtual tem crescido cerca de 150% ao ano. Como foi esse ano para a Moni e quais as projeções para 2020? Rafael Danzi: Tivemos um crescimento acima das expectativas na portaria remota em 2019, mas acreditamos que isso será maior no ano que vem. Recentemente aumentamos em 300% o nosso departamento de desenvolvimento e isso está impactando diretamente na evolução do produto, estamos num ritmo impressionante e lançando novidades com uma enorme frequência, certamente teremos resultados ainda mais expressivos em 2020. Revista Segurança Eletrônica: A Moni pretende lançar algu18

ma novidade para os seus parceiros no próximo ano? Rafael Danzi: Muitas! Lançaremos nas próximas semanas o novo painel de atendimentos, que é um marco para nós, que sempre trabalhamos com o conceito de abertura de pop-ups. Mas seremos o único software híbrido, pois a operação poderá escolher como deseja trabalhar, da forma tradicional ou com o novo painel. Estamos trabalhando também no Moni Mobile, que possui uma vertical para condomínios, além de termos recentemente finalizado integrações com vários APPs de moradores amplamente utilizados no mercado. Novas integrações com hardwares também são previstas. Mas vale destacar o nosso dinamismo e atenção ao segmento, que nos faz mudarmos rapidamente as prioridades no desenvolvimento para atender tendências do mercado. Nosso foco sempre é o nosso cliente. Revista Segurança Eletrônica: Gostaria de deixar uma palavra final para os nossos leitores? Rafael Danzi: A Moni é uma empresa que desenvolve um software de gerenciamento de eventos de segurança, é o único que abrange diferentes verticais e possibilita, em uma plataforma centralizada, que nossos clientes atendam toda a demanda do mercado. Vá além da portaria remota ou do monitoramento de alarmes, amplie seu portfólio de serviços e utilize seu know-how em projetos de segurança para atender diferentes necessidades, utilizando nossa solução esse caminho se torna mais curto. SE



Case de Sucesso

Giardino Residencial

Condomínio residencial adere à portaria remota em busca de tranquilidade e segurança Análise inteligente das imagens, segurança perimetral e botão de pânico que funciona mesmo longe do apartamento são alguns diferenciais implantados no condomínio Por Fernanda Ferreira

O

Giardino Residencial é um condomínio familiar composto por 44 apartamentos localizado na cidade de Curitiba. Há alguns anos o complexo passou por diversos problemas relacionados à portaria, desde complicações no funcionamento dos equipamentos de controle de acesso de veículos até passivos trabalhistas. Buscando mudar esse cenário, o condomínio começou a pesquisar outras alternativas, foi quando conheceram a solução de portaria remota. Como ainda pouco se falava sobre isso, o síndico do Giardino Residencial, Diego Barbosa, estava receoso em aplicar esse modelo no edifício. “Conhecemos as nove maiores empresas de portaria remota de Curitiba, visitamos as centrais de atendimento, nos aprofundamos no assunto e a que mais nos agradou foi a Folk Portaria Remota, foi a empresa que sentimos mais confiança”, disse Diego. “E a preocupação da Folk com a transição e adaptação dos moradores com o novo modelo de portaria foi muito importante, desde a instalação das soluções dentro do prazo até o cadastramento dos moradores ocorreu de forma tranquila. Levou cerca de um mês para os condôminos se adaptarem a portaria remota”, explicou o síndico. Segundo Cassio Kienen, diretor da Folk Portaria Remota, todos os condomínios que decidem mudar o modelo de portaria para a remota recebem um projeto personalizado e de 20

acordo com cada necessidade. “Cada condomínio tem a sua própria demanda, por isso que visitamos o local, analisamos o perímetro, checamos todas as soluções já aplicadas no condomínio e o que conseguimos aproveitar e então realizamos o projeto customizado. Fazendo isso, conseguimos, além de implantar a portaria remota, automatizar outras soluções, como irrigador, exaustor, máquina de lavar comunitária, elevador, lixeira, tudo isso gerenciado por meio do nosso aplicativo”, falou Cassio. “Também cedemos as nossas soluções por meio de comodato, não cobramos pelo equipamento e nem pela instalação, dessa forma o condomínio não precisa investir um alto valor em dispositivos como câmeras e controle de acesso para aplicar a portaria remota em seu condomínio”, explicou Kienen.


Case de Sucesso

mos problemas com o funcionamento das soluções, como quando o motor que realiza a abertura do portão veicular parou de funcionar de madrugada, nos gerando um grande transtorno. Agora, deixamos de nos preocupar com isso também. Toda essa questão da funcionalidade fica sob o controle da Folk, é muito bom porque saiu uma carga das nossas costas e eles conseguem ter essa visão do todo, de toda a funcionalidade dos equipamentos”, explicou Barbosa.

Condomínio mais seguro e prevenido Além do Giardino Residencial resolver o problema com a gestão dos funcionários, a portaria remota proporcionou também mais segurança para os moradores, uma vez que com a portaria física corria-se o risco de ter um porteiro rendido ou ameaçado, e a segurança comprometida. “Com a portaria à distância conseguimos ter mais tranquilidade em saber quem está acessando o condomínio, para onde vai, quanto tempo permaneceu e caso algo aconteça, temos as imagens das câmeras gravadas para apuração”, disse Diego.

Outro ponto positivo ressaltado pelo síndico é a manutenção preventiva de todos os equipamentos. A Folk realizada a análise preventiva de todas as soluções para evitar possíveis falhas repentinas dos equipamentos. “No passado enfrenta-

Após a instalação da portaria remota, a Folk realiza o seu processo de pós-venda para mensurar a qualidade do serviço, como a satisfação dos moradores, o fluxo do condomínio, o tempo de atendimento, etc. “Acredito que um dos nossos diferenciais é que trabalhamos com um software que faz a análise das imagens do edifício, ou seja, se tem uma movimentação estranha em certas áreas, a câmera envia para o operador, dessa forma conseguimos garantir a segurança do perímetro também. Monitoramos cerca elétrica, barreira, temos sensores nos portões que identificam dupla passagem veicular, botão de pânico tanto na biometria, como no TAG, no controle veicular e no aplicativo do celular e isso até foge do contexto do condomínio, porque se uma pessoa está em qualquer lugar que tenha internet, ela pode acessar o botão de pânico no celular e o operador da central, sabe por geolocalização onde aquela pessoa acionou o chamado e há todo um procedimento de ação. Trabalhamos com tático também para fazer o pronto atendimento e a manutenção 24h”, relatou Cassio. SE 21


Case de Sucesso

Edifício Serra Azul

Edifício paulistano aumenta segurança e reduz custos condominiais pela metade após adoção de portaria virtual Todo o controle de acesso do condomínio é realizado remotamente 24 horas por dia por empresa especializada Por Redação

C

om o aumento do mercado de portaria virtual, os condomínios brasileiros começam a aderir de forma mais assertiva essa novidade. Um exemplo disso, é o Edifício Serra Azul, localizado na região da Av. Paulista, em São Paulo. Há quase dois anos, o local conta com serviços da empresa FortServ e já conseguiu diminuir em 50% suas taxas condominiais, além do aumento da segurança em suas dependências. De acordo com o síndico Claudio Câmera, o condomínio contava com a portaria convencional por muitos anos, mas resolveu inovar recentemente. “No começo houve um pouco de estranhamento com a portaria remota, mas os moradores se adaptaram bem ao novo conceito”, explicou. Para ele, o serviço, além de gerar economia, facilita bastante nas questões internas do condomínio. “Conseguimos ter um controle melhor das pessoas e veículos que circulam pelo prédio”, complementou. Bruno Neves, diretor de Operações da FortServ, explica que, no serviço de portaria virtual, todo o controle de acesso de moradores, visitantes, prestadores de serviço e veículos é feito remotamente por funcionários que monitoram o local 24 horas por dia, por meio de câmeras, alarmes e áudio dos interfones. “O sistema também dispõe de dispositivos de pânico que podem ser acionados pelo morador a qualquer hora, sendo ideal em situações críticas”, disse Bruno. Para o profissional, por mais que a portaria convencional ainda seja maioria nos edifícios do País, ainda possui alguns gargalos que prejudicam a segurança do prédio. “Na maioria dos assaltos a condomínios, os bandidos se utilizam da ingenuidade e falta de preparo dos porteiros que acabam liberan22

do a entrada dos meliantes de forma equivocada. Além disso, ainda há muita falta de qualificação de profissionais dessa área, sendo que muitos dormem no serviço, abandonam o posto para realizar outras tarefas que não os competem ou se distraem com televisão ou outros dispositivos eletrônicos”, explicou Neves. SE



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Portaria Remota

Portaria Remota: como funciona e quais são as suas vantagens Considerada uma tendência no segmento de segurança, mercado prevê crescimento de 30% em 2020 Por Fernanda Ferreira

A

portaria remota é uma alternativa para os condomínios que buscam mais segurança – uma vez que a tecnologia contribui para automatizar a vigilância, reduzindo a vulnerabilidade de porteiros e condôminos –, e reduzir despesas, principalmente com a folha de pagamento de funcionários, já que a substituição da mão de obra humana pela tecnologia pode diminuir 50% dos gastos mensais, segundo a Abese. Entretanto, essa tendência também sofre algum tipo de resistência por parte dos condomínios em relação à nova tecnologia,

uma vez que a solução representa uma quebra de paradigma, e também levanta o debate sobre os profissionais da área que temem ficar sem emprego. Para aprofundar mais sobre o tema, alguns dos principais especialistas do setor responderam importantes questões sobre portaria remota, como os benefícios dessa modalidade, os principais erros cometidos e que devem ser evitados, o impacto da portaria remota no mercado de trabalho, custos de investimento, entre outros tópicos.

Como funciona uma portaria remota? Seventh Ivo Junkes, diretor Comercial Seventh. A portaria remota é um sistema de segurança que dispensa a necessidade da presença física de um profissional no local a ser atendido. A necessidade de identificação de quem chega e da confirmação da liberação do acesso junto ao morador é mantida, mas este recurso permite o gerenciamento à distância, usando câmeras e interfones integradas a um software especializado. O processo é simples e inicia quando o visitante ou entregador chega ao prédio. Depois de apertar a campainha, ele conversa com a portaria eletrônica por meio do interfone, o funcionário da central responsável notifica o morador (pelo telefone, interfone ou até pelo celular) e aguarda a autorização para liberar o acesso. O controle e a segurança são feitos 24 horas por dia, usando sistemas integrados a câmeras e outros equipamentos. 29


Caderno Especial

Portaria Rem ota

Nice André Dini, gerente Comercial da Nice Brasil para Controle de Acesso e Segurança Eletrônica. Portaria remota é o serviço prestado por uma empresa de monitoramento com o qual, por meio de equipamentos de Controle de Acesso, CFTV e Interfonia, é possível fazer acompanhamento, triagem e verificação remota de moradores, visitantes e prestadores de serviço.

CondCenter Leonardo Simonetti, gerente da CondCenter. Portaria Remota é a mutação da portaria física de um condomínio ou empresa, que conta com uma operação de controle de acesso e segurança perimetral local, sem supervisão, muitas vezes insalubre, para um local seguro, controlado e preparado para essa finalidade, onde é possível concentrar pessoas com expertise para desempenhar a mesma função, só que baseado em protocolos e procedimentos bem definidos com redundância na operação.

Quais as vantagens da portaria remota para o condomínio e moradores? Haganá Tecnologia Luciano Caruso, diretor Geral da Haganá Tecnologia. As principais vantagens são: redução no custo das taxas condominiais – os especialistas garantem que é possível reduzir o valor do condomínio em 40% até 50% utilizando o serviço; não possuir um porteiro físico no local, o que evita que o profissional seja rendido por assaltantes; terceirizar a portaria e a empresa de segurança, o que diminui o risco de o condomínio ter problemas com ações trabalhistas; economia de tempo e dinheiro em treinamento de porteiros e vigilantes; o condomínio contará com um aparato maior de segurança e controle já que serão instaladas câmeras nas entradas e áreas comuns; desvios de função e conflitos entre porteiros e moradores são reduzidos; a portaria virtual funciona 24 horas por dia.

Minha Portaria Walter Uvo, diretor de Operações da MinhaPortaria.Com A primeira vantagem é o aumento efetivo de segurança, uma vez que os controles e os acompanhamentos passam a ser feitos de forma eletrônica e 100% registrados, permitindo consulta e acompanhamento futuro das ações relacionadas a controle de acesso do condomínio. A segunda vantagem é que o acompanhamento 24 horas é feito remotamente, o que permite ao operador tomar as medidas necessárias independente dos efeitos psicológicos de possíveis situações, caso o porteiro estivesse presente. A terceira vantagem é a redução de custo, uma vez que 70% da arrecadação do prédio está ligada a folha de pagamento do prédio.

Atende Portaria Denis Perdigão, CEO da Atende Portaria. Entre as principais vantagens, listo o serviço de gerenciamento de acesso a distância com tecnologia e segurança; registros de todos os eventos de entradas e saídas, com data, hora e imagem; gestão de todas as pessoas que acessam o condomínio; mais segurança e tranquilidade com redução de até 60% nos custos; função pânico para os moradores; centralização dos serviços de manutenção em um único prestador de serviço; e localização de morador estando ou não em sua unidade.

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A portaria remota é ideal para qual tipo de projeto? Plena Facilities Vanley Monteiro Soares, sócio fundador da Plena Facilities. Há a necessidade de uma avaliação preliminar que considera fatores como: número de unidades do condomínio, número de moradores, condições dos limites da área do condomínio, condições dos portões de pedestre e de veículos e a predisposição da maioria dos moradores em se adaptar a uma nova rotina. Não há uma forma única de definir o melhor projeto, pois deve-se avaliar essas condições e como elas interagem entre si. De uma forma geral, quanto menor o número de unidades, mais a redução do custo influencia no projeto, pois o valor do condomínio reduz de uma forma mais sensível para os moradores e o controle de acesso pela central de atendimento torna-se mais fácil.

Kiper Odirley Rocha, diretor Comercial da Kiper. A portaria remota se encaixa em todos os condomínios residenciais, nós atendemos complexos com 500 apartamentos, por exemplo. O principal é: tem que ser feito uma análise de risco do condomínio. A portaria remota não é um produto que pode “copiar e colar”, o síndico tem que exigir da empresa de portaria remota um projeto, uma análise de risco, para só depois aplicar.

Minha Portaria A portaria remota se adequa a qualquer tipo de estabelecimento que tenha a necessidade de se ter um profissional de portaria 24 horas, porém existem projetos mais aderentes como prédios residenciais, verticais ae até 80 apartamentos. Mesmo assim, qualquer tipo de condomínio ou estabelecimento comercial ou industrial cabe a implantação de solução de portaria remota. Como, por exemplo, temos em nossa base condomínios com 200 apartamentos, condomínios comerciais e polos industriais.

Quais são os tipos de controle de acesso que devem ser utilizados nos projetos de portaria remota? Plena Facilities Vanley Monteiro Soares, sócio fundador da Plena Facilities. O controle de acesso deve abordar cinco tipos de usuários: moradores pedestres – para este grupo são instalados dispositivos como biometria, reconhecimento facial, leitores de cartão, leitores de QR Code ou receptor de senha para abertura do portão; moradores em veículos – para este grupo são instalados leitores de TAG veicular ou dispositivo de abertura por controle remoto para abrir o portão de veículos, podendo também optar pelos mesmos leitores dos pedestres, instalados em totem na entrada dos veículos; visitantes – podem ter seus acessos liberados pelo leitor de QR Code, cujo passe é disponibilizado pelo morador ou são liberados mediante consulta do operador da central de atendimento ao morador procurado; prestadores de serviço – são também liberados pela central de atendimento, após consulta ao morador interessado, que caso desejar, pode autorizar a entrada com antecedência junto à central de monitoramento; entregadores/correio/outros – são normalmente recebidos por um zelador ou por um funcionário do condomínio direcionado para tal atividade. 31

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Walter Uvo, diretor de Operações da MinhaPortaria.Com




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Portaria Rem ota

One Portaria Renato Rodrigues, diretor Geral da One Portaria. Existem diversos dispositivos para a liberação do morador, mas os mais usados hoje são as TAGs (chaveiros), biometria, controle remoto para veículos e etiqueta veicular (Sem Parar).

Édige Service Thiago Compri, diretor Comercial da Égide Service. Controle biométricos, RFID, aplicativo celular, porém na minha opinião os mais utilizados devem ser a biometria e reconhecimento facial. Algumas empresas utilizam senhas e RFID periodicamente, porém o uso indevido pode colocar em risco a segurança do condomínio.

Nice André Dini, gerente Comercial da Nice Brasil para Controle de Acesso e Segurança Eletrônica. Os mais comuns e utilizados são a Portaria Automatizada e Inteligente, onde há uma central de monitoramento que faz a parte da triagem e do acompanhamento dos eventos. Há a Portaria Mista, onde em um determinado intervalo do dia há a presença humana e local do porteiro e em outro intervalo de tempo é usada a Portaria Remota. E, por fim, há a Portaria Automatizada, com menor valor agregado e a menos segura, pois a triagem de entrada é feita pelo próprio morador.

Como funciona a central de atendimento? Édige Service Thiago Compri, diretor Comercial da Égide Service. Deve ser altamente qualificada com redundância de internet e energia para que o atendimento nunca seja interrompido. Todas as entradas, saídas, entregas e correspondências são controladas e monitoradas 24 horas por dia, durante sete dias da semana. O controle é feito por profissionais que ficam disponíveis em uma base de atendimento remota para resolver as demandas condominiais. O sistema também realiza o registro dos áudios, vídeos e informações dos usuários que autorizam o acesso de pessoas não cadastradas e das ações do profissional que monitora de forma remota a portaria.

One Portaria Renato Rodrigues, diretor Geral da One Portaria. A central de atendimento funciona 24 horas por dia e fica a distância, os operadores podem atender vários condomínios ao mesmo tempo, por isso existe a redução de custo, estes operadores são treinados para dar o melhor atendimento aos visitantes e moradores do condomínio.

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Kiper Odirley Rocha, diretor Comercial da Kiper. A central de atendimento de portaria remota tem que ser supervisionada 24h por dia com vídeo e com áudio. Se na portaria presencial o porteiro falta ou chega atrasado, gera um grande estresse para o síndico e isso não acontece na portaria remota, porque na ausência de um atendente o coordenador da base assume o posto. Portanto, na portaria remota não existe problema com férias ou problemas de saúde, e todos os atendimentos são gravados com câmera, áudio e registro dos eventos. Hoje a nossa médica de atendimento no Brasil é de um milhão de toques de interfones por mês.

Quais são as soluções necessárias para estruturar um sistema de portaria remota? Seventh As novas tecnologias de software e hardware estão cada vez mais acessíveis para condomínios residenciais e comerciais, permitindo que as portarias remotas funcionem ainda melhor. Os equipamentos necessários para o funcionamento de uma portaria virtual variam muito de local para local. Abaixo alguns equipamentos que fazem a diferença na segurança de ambientes com portaria remota: Videomonitoramento – As câmeras são grandes aliadas quando o assunto é portaria remota. Um sistema de videomonitoramento garante a transmissão de imagens para a central responsável pelo controle de acesso, alguns modelos também têm áudio, analítico embarcado e visão noturna que são facilmente conectadas à internet. Sistemas de controle de acesso – O uso de TAGs, biometria digital e facial é muito utilizado para liberar a entrada e saída. No caso de um condomínio, por exemplo, a entrada de moradores é feita a partir da identificação em um desses dispositivos. Abertura e fechamento remotos – Este tipo de recurso permite que o operador, na central, possa abrir ou fechar portões e cancelas, controlando o acesso para pedestres ou a garagem à distância. Gerador ou sistema de nobreak – No caso de queda de energia é muito importante ter uma outra fonte de energia, para manter os recursos básicos como portões e equipamentos de segurança operando. Backup das imagens – O armazenamento de imagens e dados do dia a dia da portaria é de grande importância para acompanhamento de tudo que acontece no local e também facilita o compartilhamento fácil deste material quando necessário. Além disso, softwares como o D-Guard e o D-Cloud também verificam os status de todos os equipamentos conectados, emitindo alertas em caso de falhas ou desconexões, detecções de movimento por horário ou análise de vídeo e também iniciam gravações em caso de disparo de alarmes, por exemplo. VoIP – A integração VoIP conecta os interfones do condomínio à central de monitoramento e a central aos interfones, permitindo a realização do trabalho de portaria remota sem a necessidade de chamadas para telefones externos. Softwares como o Situator permitem ainda que o VoIP seja usado no atendimento automático, ou seja, o operador não precisa selecionar e clicar em nenhum local do sistema para realizar a chamada, pois ela é iniciada automaticamente.

CondCenter Leonardo Simonetti, gerente da CondCenter. Deve-se trabalhar com cinco verticais: proteção perimetral, vídeo monitoramento, controle de acesso, interfonia e gestão de energia. É importante sempre buscar utilizar o que há de mais moderno no mercado. A CondCenter por exemplo, utiliza produtos que, além de serem homologados pelo Inmetro e Anatel, são homologados pelo seu setor de engenharia, que realiza testes de esforço para suportar a implantação em um local de grande fluxo sem interrupção.

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Ivo Junkes, diretor Comercial Seventh.


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Nice André Dini, gerente Comercial da Nice Brasil para Controle de Acesso e Segurança Eletrônica. Um bom projeto de portaria remota deve conter um hardware de controle de acesso (módulo guarita, placa controladora, leitores RFID, leitores biométricos, controle remoto, entre outros); uma solução de voz (baseada em interfonia IP); uma solução de imagens (câmeras e gravadores digitais); um sistema de automatizadores de portão (cancela e motores de portão); e um bom link de internet, tudo gerenciado por um software controlador.

O que os síndicos devem levar em conta antes de implantar o serviço? Kiper Odirley Rocha, diretor Comercial da Kiper. O síndico deve visitar a empresa de portaria remota que deseja contratar e permanecer na central de atendimento por pelo menos uma hora ouvindo as chamadas, porque será desta forma que o morador, visitante e prestador de serviço do seu condomínio serão atendidos. Deve também pedir a relação de todos os clientes que a empresa atende e escolher pelo menos três para visitar e conversar com o síndico, interagir com os moradores, verificar a qualidade da instalação, dessa forma ele consegue mensurar a qualidade dos serviços prestados pela empresa.

Atende Portaria Denis Perdigão, CEO da Atende Portaria. É importante que o síndico esteja ciente que o preço não é fundamental, e sim a qualidade do serviço prestado. Os moradores devem se sentir seguros para decidir pela migração da portaria tradicional para a portaria remota. É importante visitar a central de monitoramento, visitar algum condomínio que já usa o serviço, ter a certeza que a empresa está apta a resolver os problemas que podem surgir no decorrer da implantação e durante todo o período do uso do sistema.

Haganá Tecnologia Luciano Caruso, diretor Geral da Haganá Tecnologia. Aderir ou não a portaria remota é um assunto de larga escala, que interfere na vida de todos os moradores do condomínio. Verifique a convenção para conferir se há necessidade ou não de fazer uma convocação de assembleia para realizar esse tipo de mudança no condomínio. Caso seja necessário, a instalação da portaria remota no condomínio só poderá ser feita com aprovação da maioria dos moradores. Quando for apresentar os orçamentos de prestadores de serviço na reunião de assembleia, o síndico deve munir-se com todas as informações possíveis. Como trata-se de uma tecnologia que ainda é novidade no país, quanto mais informações o síndico passar para os moradores, melhor será o processo de decisão. Em termos gerais, pode-se dizer que a portaria remota é um meio termo entre não ter uma portaria tradicional, mas ainda contar com um ser humano controlando a entrada e saída do condomínio. 36



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Portaria Rem ota

Nice André Dini, gerente Comercial da Nice Brasil para Controle de Acesso e Segurança Eletrônica. Um bom projeto de portaria remota deve conter um hardware de controle de acesso (módulo guarita, placa controladora, leitores RFID, leitores biométricos, controle remoto, entre outros); uma solução de voz (baseada em interfonia IP); uma solução de imagens (câmeras e gravadores digitais); um sistema de automatizadores de portão (cancela e motores de portão); e um bom link de internet, tudo gerenciado por um software controlador.

Quais os principais erros que devem ser evitados em um projeto de portaria remota? Seventh Ivo Junkes, diretor Comercial Seventh. Não ter boas práticas definidas – É preciso estabelecer um fluxo de atendimento padronizado, respeitando o perfil do condomínio e moradores, assim, evita-se pontos de vulnerabilidade. É fundamental que sejam estabelecidas regras para o controle de entrada de condomínio, como o cadastro de moradores, visitantes, prestadores de serviço, organização do recebimento de encomendas. Problemas de estrutura – Condomínios e espaços mais antigos foram construídos em uma época diferente, que abrigava métodos diferentes de trabalho e não exigia as mesmas medidas para a segurança do local. É importante pensar a estrutura para evitar problemas como baixa visibilidade da portaria, ausência de guaritas e eclusas, muros baixos ou facilmente escaláveis. Postura inadequada dos moradores – Além dos funcionários, os moradores também precisam estar familiarizados com o funcionamento e regras da portaria remota e respeitar os procedimentos definidos. Problemas na estrutura tecnológica – Ausência de câmeras, hardwares de controle de acesso, internet ruim, tecnologia ultrapassada, etc.

Plena Facilities Vanley Monteiro Soares, sócio fundador da Plena Facilities. 1- Considerar que a portaria remota é uma solução independente e que as outras atividades do condomínio permanecem como antes. Um condomínio é local de convergência de necessidades e o controle de acesso está relacionado com a zeladoria, manutenção, limpeza, recolhimento de lixo, enfim, com todas as atividades que permeiam o dia a dia de um condomínio. Por isso, empresas que integram tais serviços são mais atentas aos detalhes que, juntos, contribuem para uma solução mais completa. 2- Não considerar todas as variáveis de um condomínio. O conhecimento do dia a dia de todo o complexo é fundamental. 3- Não dar a devida atenção ao processo de transição entre a portaria física e a portaria remota. A implantação deve ser feita aos poucos e com muita informação para os moradores, pois eles são parte direta da solução. 4- Confundir portaria remota com solução que vai resolver o problema da segurança do condomínio. Uma coisa é adotar medidas que melhorem a sensação de segurança outra é achar que a portaria remota é uma solução de segurança por si só. Condomínios com grande número de unidades ou que apresentem condições não satisfatórias para a implantação de portaria remota podem implantar medidas constantes da solução de portaria remota, mesmo mantendo a portaria física, tendo também assim, a melhoria da sensação de segurança.

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Kiper Odirley Rocha, diretor Comercial da Kiper. O principal erro é o síndico fechar pelo preço, porque nem sempre o melhor preço é o melhor valor. As vezes escolhem uma empresa com o melhor preço, mas que não tem o menor valor de entrega de solução, de serviço, e o problema acaba sobrando para o síndico.

Atende Portaria Denis Perdigão, CEO da Atende Portaria. Utilizar produtos de má qualidade, contratar link de internet fora das especificações necessárias, não preparar os usuários para esse sistema são erros que devem ser completamente evitados.

Minha Portaria Um dos erros clássicos que o condomínio comete é assumir uma fidelidade, ou seja, um tempo de obrigatoriedade contratual com 24, 30 ou até 60 meses para esse tipo de prestação de serviço e, ao longo do tempo, a relação se desgasta, os problemas acontecem e o condomínio fica refém de uma multa contratual. Não se atentar as cláusulas com as exigências técnicas do condomínio, como por exemplo, senhas dos equipamentos e dados cadastrais existentes dos moradores e sistemas em geral. Outro erro é trazer a responsabilidade do link de internet pra si, ou seja, quando há um problema de internet a empresa se exime e o condomínio assume a dor de cabeça, como interagir com as empresas de internet e até mesmo custear o contingenciamento com um porteiro presencial caso o serviço demore para se reestabelecer.

Qual o real impacto da portaria remota no mercado de trabalho? Seventh Ivo Junkes, diretor Comercial Seventh. Um dos principais argumentos para a adoção da portaria remota em um condomínio é a redução dos custos com recursos humanos. A questão é tema de inúmeras discussões pelos sindicatos profissionais e também entre os moradores. Mas uma pesquisa da Abese mostra que 34,5% das empresas que atuam com portaria remota já estão realizando a requalificação dos porteiros para as áreas de atendimento, assistentes de manutenção, operadores remotos, seguranças ou até mesmo para compor portarias híbridas – que operam com o profissional local junto ao sistema remota.

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Walter Uvo, diretor de Operações da MinhaPortaria.Com




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Nice André Dini, gerente Comercial da Nice Brasil para Controle de Acesso e Segurança Eletrônica. A Portaria Remota é uma realidade, uma maneira mais eficaz, segura e economicamente viável de controlar o acesso. O profissional da área que hoje trabalha através de portaria presencial ou local, deverá se atualizar e se aperfeiçoar para atender a esse segmento. Acredito que haverá uma migração de um formato de trabalhar para outro, e o profissional deve acompanhar esse movimento e se adaptar a isso. Vale lembrar que isso é irreversível, e já ocorreu em outros segmentos de trabalho, como automação bancária, linhas de produção em indústria, entre outros.

CondCenter Leonardo Simonetti, gerente da CondCenter. Hoje nós não desempregamos, o que fazemos é remanejar o porteiro para uma central segura. Além disso, temos técnicos de automação, alarme, câmeras, serralheiros, profissionais de TI, inspetor, operadores, supervisores, coordenadores, gerentes e outros profissionais engajados de forma direta e indireta. Nossa empresa participa ainda de projetos sociais onde os profissionais que desejarem podem realizar cursos profissionalizantes em diversas áreas pelo Instituto Ative em parceria com a CondCenter. A evolução é necessária, foi assim com os bancários, vídeos locadoras, motoristas de taxis, entre outras profissões.

Égide Service Thiago Compri, diretor Comercial da Égide Service. Está havendo uma profissionalização voltada para o atendimento da portaria remota, os colaboradores dos condomínios estão passando por uma reciclagem para acompanhar as mudanças do mercado e serem contratados para trabalhar nas centrais de monitoramento. Nossa empresa trabalha em cima desse projeto, pois sabemos que toda experiência que esses profissionais possuem na área e com o conhecimento tecnológico haverá um “casamento” perfeito.

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Quanto um condomínio precisa investir para implantar um sistema de portaria remota? Haganá Tecnologia Luciano Caruso, diretor Geral da Haganá Tecnologia. Um condomínio com uma torre e até 60 aptos investirá aproximadamente 60 mil reais e terá uma mensalidade de aproximadamente 5.500 a 7 mil reais (média de mercado).

Égide Service Thiago Compri, diretor Comercial da Égide Service. Em média de 50 mil reais, mas também existe a possibilidade de contratos com comodato, nos quais somente pagam a mensalidade em um período estipulado pela empresa, sendo todos os itens em caráter de locação.

Seventh Ivo Junkes, diretor Comercial Seventh. Os custos de implantação de uma portaria remota variam de acordo com o número de unidades no condomínio, localização e custos de adaptação. Geralmente, o serviço “se paga” entre cinco meses e um ano. O custo para implantar essa tecnologia em condomínios pode girar em torno de 20 mil a 30 mil reais, e pode ser feito em comodato com a prestadora de serviço. Depois de quitar o investimento inicial, o condomínio gasta, em média, 40% do valor dos salários dos porteiros com a prestadora de serviço. Assim, incluindo os valores da instalação e equipamento, adquirir portaria remota ou virtual, acaba saindo por um preço entre 4.500 a 7 mil mensais.

Plena Facilities Vanley Monteiro Soares, sócio fundador da Plena Facilities. Esta é uma questão que varia muito. A primeira variável é se a portaria física é terceirizada ou própria, pois se for própria, haverá a necessidade de calcular todo o passivo trabalhista. O segundo ponto a se considerar é se haverá a necessidade de obras estruturais, como novos portões e sistema de clausura. Uma terceira variável diz respeito a instalação dos equipamentos necessários para implantar o sistema de portaria remota. Este último custo, que gira entre 15 a 30 mil reais, pode estar inserido nas parcelas mensais a serem pagas à empresa que realizará a portaria remota.

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Portaria Rem ota

Quais as expectativas de crescimento desse segmento a curto, médio e longo prazo? CondCenter Leonardo Simonetti, gerente da CondCenter. A portaria remota é um caminho sem volta e o crescimento é acentuado. Acredito que a médio e longo prazo possamos estar atendendo também aos moradores de forma individual, integrando nosso sistema à porta das residências, rastreando veículos com funções de inteligência artificial que nos permite interagir de forma ainda mais proativa em comportamentos que fujam no padrão, refletindo em um aumento na segurança e na comodidade do cliente.

Haganá Tecnologia Luciano Caruso, diretor Geral da Haganá Tecnologia. São Paulo possui aproximadamente 50 mil condomínios, sendo que muito pouco desse mercado foi explorado. Há previsão de crescimento de 30% neste mercado para o ano de 2020.

One Portaria Renato Rodrigues, diretor Geral da One Portaria. O segmento de portaria remota ainda é relativamente novo e atualmente o mercado está em plena expansão; a aceitação do serviço está cada vez maior em todas as cidades do Brasil, temos muito o que fazer ainda por esse setor.

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Qual o impacto da portaria remota na segurança do condomínio? Atende Portaria Denis Perdigão, CEO da Atende Portaria. Imagine que o porteiro que está na guarita, pode ser rendido, sequestrado, dormir ou abrir o portão para alguém que ele acha que é o morador. Na portaria remota temos a tecnologia como aliada, só entra quem tem acesso liberado, cadastrado e devidamente documentado.

MinhaPortaria Walter Uvo, diretor de Operações da MinhaPortaria.Com O impacto é total, uma vez que você implanta um sistema eletrônico e passa a ter como única alternativa o acesso ao condomínio por meio do sistema de segurança implementado e, obrigatoriamente, os processos e procedimentos precisam ser seguidos, se não os moradores não conseguem adentrar ao condomínio. Todo acesso ao condômino precisa seguir um procedimento claro que é checado e validado eletronicamente, isso garante uma assertividade na ordem de 95% de acesso aos condomínios.

Plena Facilities Vanley Monteiro Soares, sócio fundador da Plena Facilities. A portaria remota é uma solução que possui medidas que contribuem para uma melhoria da sensação de segurança, mas não resolve o problema por si só. A redução do erro humano na avaliação da liberação da entrada de visitantes, o gerenciamento de imagens realizada de forma mais moderna, a gravação dos diálogos com a central de atendimento são exemplos dessas medidas. No entanto, os moradores devem aceitar conviver em um novo paradigma de atitudes. Continuar permitindo que o delivery das pizzas suba até a unidade, em vez dos moradores irem buscá-las no portão, por exemplo, parece ser uma decisão incompatível de quem quer melhorar a segurança do condomínio.

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Sistema de controle de acesso integrado

Por Renato Martins

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controle de acesso é um sistema que permite a gestão da entrada e saída de pessoas em determinado local. É uma solução ideal para projetos como clubes, prédios e estabelecimentos comerciais, controle de áreas administrativas ou cofres, condomínios verticais e horizontais, onde hardwares comunicam-se com a plataforma Segware Sigma que, além de registrar os acessos, faz a liberação remota de uma porta, catraca ou portão. Estes acessos podem ocorrer de diversas formas: através de uma TAG, um aplicativo, biometria, senha e entre outros. Funciona assim: as centrais de monitoramento 24h – que já possuem a infraestrutura necessária e operadores experientes para operar o controle de acesso – recebem as requisições de entrada no sistema e tomam as decisões remotamente. Hoje um operador consegue tratar de 5 a 7 estabelecimentos, dependendo do número de unidades de acessos. Para utilizar uma solução de controle de acesso, o estabelecimento precisar possuir em sua estrutura física espaços para comportar catracas ou portas específicas. Também é necessário escolher hardwares compatíveis com o sistema – hoje o controle de acesso da Segware possui integração com a Intelbras, Siam, Linear, Control ID e ZK Teco, e estamos sempre em busca de novas integrações, em parceria com as melhores soluções para oferecer a plataforma mais completa aos nossos clientes. Além disso, pode-se optar pela instalação de câmeras ou DVRs apontados para locais estratégicos para o registro de 46

imagens, bem como sistemas de telefonia através de uma solução VoIP, que serão registradas e vinculadas na mesma ocorrência no Segware Sigma. Assim é possível ter um sistema completo com integração de acesso, imagem e voz. Para o mercado, a contratação de sistemas de controle de acesso possui um impacto significativo; uma vez que terceirizando e profissionalizando o sistema, a incidência de “furos” tende a diminuir, pois os processos burocráticos que antes envolviam porteiros ou vigilantes, passam a ser registrados através do uso da tecnologia. O controle de acesso veio para tratar entradas e saídas de estabelecimentos de uma forma mais profissional, tendo, acima de tudo, um impacto positivo de maior controle de segurança em qualquer local. SE

Renato Martins Executivo de Vendas EUA da Segware.



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Segurança no condomínio: seu síndico investe no controle da entrada e saída de pessoas?

Por Intelbras

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egurança é uma constante preocupação dos brasileiros, principalmente quando falamos da proteção de residências e de condomínios. Este medo é totalmente justificado: segundo os últimos dados da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, os números de roubos e furtos a condomínios cresceram 56% em 2018. Muitas vezes, os condomínios priorizam a instalação de câmeras em todo o perímetro, até mesmo nos arredores do terreno, e deixam para depois uma parte fundamental na segurança de todos os moradores: o controle de acesso de visitantes e prestadores de serviços. Incrementar e profissionalizar o sistema de controle de pessoas em condomínios pode ser uma tarefa simples, que certamente trará o aumento da segurança. Seguem algumas dicas de como realizá-la: 48

O controle começa do lado de fora Controlar a entrada e saída de visitantes precisa ser uma atividade rigorosa. Todo visitante deve se identificar, ser cadastrado pela portaria e sua presença deve ser autorizada previamente pelo morador. Entrada e saída de prestadores de serviços No caso da entrada de prestadores de serviços, como eletricistas, instaladores, entregadores e outros profissionais, o controle deve seguir as mesmas regras, e sua entrada precisa ser ainda mais rigorosa, exigindo cadastro e acompanhamento da saída do profissional até a portaria. O mais indicado é, ao cadastrar o visitante, solicitar informações como nome e número de algum documento e registrar um vídeo ou foto para que fique gravado no banco de dados do condomínio. Isso gera



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Cadastro de visitantes é feito a distância Há três anos, o condomínio instalou um sistema que permite fazer toda a comunicação com os visitantes a distância. Quem quer entrar no local, não vê o porteiro. A câmera embutida no próprio sistema registra uma foto ou faz um vídeo da pessoa, enquanto o funcionário solicita os dados e informa o morador pelo interfone. O sistema de vídeo IP é completo e tem um design diferenciado. Hoje, os porteiros utilizam tanto a câmera do próprio sistema, quanto a câmera IP que está na guarita do prédio e que possui um SD Card que armazena a gravação, que pode ser utilizada para cadastro posterior. O monitoramento faz a gravação das imagens enquanto o visitante está se identificando. São 30 apartamentos no imóvel, a maioria de moradores idosos que não saem muito de casa, mas precisam se sentir seguros dentro dela e hoje pedem por essa atualização nas reuniões de condomínio.

histórico para eventuais consultas e a identificação acaba por inibir a ação de assaltantes que costumam falsificar uniformes e documentos para facilitar sua entrada. Portanto, é fundamental que o controle de acesso seja feito por profissionais treinados para realizar os procedimentos com tranquilidade e discrição necessárias para não constranger as pessoas que pretendem acessar as dependências do condomínio, mas também para que seja possível minimizar os riscos aos moradores. A guarita A guarita é um ponto de grande importância. Seu local deve ser estratégico, sem contato direto com os visitantes, além de permitir que o zelador ou porteiros tenham boa visão do espaço ao redor. A guarita deve estar localizada em passagem obrigatória do meio externo para o interno, e vice-versa, dando acesso ou impedindo a entrada. O ideal é que não se possa observar o interior da guarita pelo lado de fora e que ela sempre esteja com um ou mais funcionários, a fim de inibir a ação de assaltantes. Em um condomínio de São Bernardo do Campo (SP), o zelador revelou que são três colaboradores que trabalham na guarita 24 horas por dia. Segundo ele, os porteiros não saem da guarita para nada, ficam direto monitorando as câmeras e o acesso dos moradores e visitantes, tem até banheiro para ninguém deixar o local. O zelador contou que nem sempre foi assim: os porteiros tinham que fazer contato pessoal com quem chegava para poder cadastrar e permitir a entrada e, era nessa hora que, se fossem bandidos, teriam muita facilidade em entrar. Atualmente, o prédio possui mais de 20 câmeras de monitoramento e os moradores e funcionários conseguem acompanhar tudo pelo monitor que fica na guarita.

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Acompanhamento pelos moradores No condomínio de São Bernardo, o sistema de controle de acesso não é exclusivo da portaria, cada morador tem um módulo interno do sistema (SVIP) o chamado popularmente de ‘interfone’, equipamento com acesso a até oito câmeras IP, e podem acompanhar seus visitantes pelas imagens. Além disso, se o morador sair de casa, pode consultar pelo seu módulo interno recados em áudio ou vídeo deixados pelos seus visitantes ou por aplicativo no smartphone. E o melhor, consegue abrir a porta de onde estiver pelo celular, caso queira. Com o sistema PVIP, o visitante pode gravar um recado em vídeo ou áudio para o morador e, caso a visita opte por não gravar a mensagem, o PVIP 1000 vai fotografar quem esteve lá deixando o registro para consulta do morador. A atualização para o sistema de porteiro de vídeo IP PVIP foi muito positiva. O zelador afirmou que a maioria dos condôminos tem mais idade e que, no começo, ficaram reticentes em mudar o velho interfone que tinham em casa. Mas após muita conversa e, como o sistema é intuitivo e simples de mexer, aos poucos entenderam que a mudança seria melhor. O sistema permite que, com apenas um toque, o morador atenda às chamadas de áudio e vídeo, liberem o acesso ao condomínio, registre fotos ou façam gravações. Incrementar e profissionalizar o sistema de controle de pessoas em condomínios só trará benefícios. A utilização de novos equipamentos e soluções tecnológicas tornam a tarefa mais simples e acessível, sendo fundamental o envolvimento dos porteiros, zeladores e dos próprios moradores. Espero que as dicas acima possam te auxiliar nesta ação. SE

Intelbras Escrito por especialista em soluções de segurança para condomínios da Intelbras, indústria brasileira desenvolvedora de soluções tecnológicas.





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Como ingressar no mercado de Portaria Remota

Por Denis Perdigão

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unca se falou – e se escreveu – tanto sobre empreendedorismo e oportunidades de investimento em novos modelos de negócio como nos dias atuais. Nesse cenário de infinitas possibilidades, o mercado brasileiro de segurança eletrônica tem chamado a atenção pelo seu crescimento, ainda muito em função da violência e riscos patrimoniais presentes no nosso cotidiano atual, mas também agora pela variedade de novos produtos e aplicações com preços acessíveis, decorrente do ritmo acelerado de inovações da indústria. Como extensão natural do mercado que busca mais segurança, inteligência e economia, a demanda por serviços de portaria remota para condomínios residenciais tem experimentado um crescimento significativo ao longo dos últimos anos. Mesmo contando com grande número de soluções a preços hoje acessíveis, o ciclo de vendas de um contrato de portaria remota e a excelência na execução (projeto, implantação, operação e suporte) representam os maiores desafios para a entrada sustentável de novos empreendedores neste mercado. Nas questões do ciclo de vendas, é importante comentar que apesar da ampla divulgação e dos casos de sucesso de 54

portaria remota superarem em centenas de vezes os desafios do período inicial de aprendizado, ainda é perfeitamente normal as empresas enfrentarem falta de conhecimento e resistência durante todo o processo de relacionamento com os condomínios. Dependendo do perfil da liderança do condomínio e dos moradores, é provável que se leve de 2 a 6 meses desde um primeiro contato até concretizar o negócio, que incluirá etapas importantes como: entender as características e necessidades do condomínio, os inúmeros ciclos de desenho e ajustes da proposta técnica, negociação, aprovação passo a passo em cada instância até a assembleia, eventuais ajustes no plano de implantação e execução do projeto e da mudança conforme combinado, acompanhamento da operação remota e manutenção e suporte. Ou seja, mesmo todos conscientes e comprometidos em obter uma economia de até 60% no orçamento mensal, leva-se um tempo para que o primeiro ciclo de receitas comece a se realizar. Com relação ao desafio de execução dos serviços, é importante ter uma estratégia clara para conquistar e manter a excelência de atendimento durante todo o ciclo de vida do contrato



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de portaria remota. Para operar em patamares de excelência é preciso pelo menos três fatores críticos de sucesso: A. Pessoas engajadas e comprometidas: cultura, organização e capacitação técnico comportamental. B. Processos bem pensados: políticas, procedimentos e fluxos de trabalho. C. Infraestrutura escalável e robusta: física, equipamentos, sistemas de informação e base de fornecedores confiáveis. Para estimular a reflexão e ajudar os empreendedores que ambicionam entrar e viabilizar seu negócio nesse escopo de mercado, elaborei cinco estratégias que podem ser aplicadas por quem deseja ingressar no mercado de portaria remota: 1- Adquirir uma empresa de portaria remota já em operação Em geral é sabido que algumas empresas locais investiram prematuramente, eventualmente subsidiaram seus primeiros contratos, e até hoje não conseguem escalar e/ou atingir o retorno esperado por estes e outros fatores que não nos cabe aqui comentar. Como o mercado continua crescendo e atraindo novos entrantes, a competição por escala e eficiência (comercial, técnica e operacional) tem desafiado a todos, gerando oportunidades de alavancar nas experiências de quem já está querendo atuar nesse mercado. Entendemos que essa estratégia é possível, porém arriscada e complexa, por isso não é adequada, pelo menos para os pequenos e médios empreendedores. 2- Criar uma nova empresa de portaria remota Com marca nova ou mesmo com extensão de uma marca local de segurança e/ou segurança eletrônica. Consideramos que criar “do zero” e operar sem escala suficiente a própria central de operações 24x7 representa investimentos e custos proibitivos (área protegida, equipamentos e mobiliários, links de comunicação, licenças de software, funcionários), alta complexidade (novos procedimentos, normas técnicas, certificações e licenças) e muitos riscos de erro para quem ainda vai começar a enfrentar um ciclo de vendas longo e, ao mesmo tempo, ter que atender com excelência seus clientes. 56

3- Subcontratar um serviço terceirizado de central de operações Nesse caso o custo inicial será bem menor e variável, mas a apoio do fornecedor seria praticamente limitado às questões puramente relacionadas à operação da central. O foco em vendas e execução são igualmente partes muito relevantes para o sucesso no negócio todo de portaria remota e não estaria coberto nessa estratégia. 4- Agregar a central terceirizada a uma franquia de tecnologia e processos de portaria remota Neste caso mantém-se a vantagem de custo menor e variável com a vantagem de agregar outros componentes já testados. Os desafios aqui são o valor “constantemente reservado” para a margem da franquia de tecnologia, um eventual exagero no foco (prescrição) tecnológico, e o fato do fornecedor único de tecnologia proprietária limitar o seu acesso às inovações do mercado. 5- Adquirir uma franquia completa de portaria remota Nesta alternativa se tem o modelo de negócio pronto, a central montada e operando e o valor de recorrência competitivo. Você mesmo atende o cliente como “dono do negócio” e com gasto menor; tem auxílio em todos os processos, como homologação de produtos e fornecedores, marketing, comercial, jurídico, administrativo-financeiro, instalação, operação, manutenção, suporte e relacionamento testados e comprovados; uma marca de presença nacional; marketing ativo focado na identificação de leads qualificados; entre outras vantagens. SE

Denis Perdigão CEO da Atende Portaria.



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Tecnologia em condomínios garante segurança nas festas de fim de ano Por Walter Uvo

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uando o fim do ano se aproxima, a movimentação sobre o que fazer nos dias de folga entre o Natal e o Ano Novo é certa. Há famílias que se programam durante meses, optando por visitar os parentes, viajar para longe ou ainda ficar em casa. As crianças e adolescentes entram em período de férias escolares por mais de um mês e não são todos os pais que conseguem a mesma quantidade de dias livres, portanto é um período que mexe com inúmeras famílias. Nas comemorações de fim de ano, aumenta o fluxo de visitantes nas áreas de uso comum dos condomínios. Por isso, mesmo aquelas famílias que têm a possibilidade de fazer uma viagem se deparam com a questão de deixar o imóvel fechado, o que torna o ambiente propício para os furtos, seja por estar vazio ou pelo condomínio receber um grande número de estranhos. É evidente a necessidade de cuidado por parte da administração do condomínio, como não liberar a entrada de estranhos sem um cadastro. Essa ação deve, no mínimo, exigir uma documentação prévia dos visitantes. Porém, ainda que haja um pouco mais de cautela, é notável que o que colabora para a eficiência de ações como furtos e arrastões é ter à frente da segurança um ser humano, que fica exposto, com sua vida em risco. É no sentido de elevar a segurança do local que as portarias 60

são o item mais importante para ter um resultado efetivo de controle das situações. Quem possui uma portaria remota no condomínio tem mais tranquilidade no que se refere à entrada de estranhos quando o imóvel fica vazio. Além do mais, ainda que haja algum problema na ausência dos moradores, com o sistema de integração de imagens salvas na nuvem, todas as ações ficam registradas e não podem ser excluídas. Além desses serviços, que contribuem para preservar a segurança dos moradores, hoje existem até aplicativos que facilitam a rotina do condomínio. Destinado exclusivamente aos moradores, o aplicativo pode ser acessado de qualquer lugar, permitindo incluir solicitações no sistema, ter acesso às câmeras e até fazer cadastro de visitantes. Se a questão for a entrada de um estranho no condomínio, o morador gera pelo aplicativo um código QR e o envia ao visitante — assim, a entrada fica liberada, o que gera mais confiança de que a pessoa foi realmente autorizada para entrar. Com essa tecnologia, aliada à segurança, sair de casa por uns dias ou ficar longe dos adolescentes no período das férias deixa de ser um grande problema e leva aos moradores mais tranquilidade. Acompanhando as mudanças da revolução tecnológica, é


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O serviço de portaria remota vai além de acessar os locais via biometria e controlá-los via imagens pela central de monitoramento

notável que ter muitas câmeras e listas imensas com nomes cadastrados não são medidas suficientes para promover a segurança se há apenas um porteiro responsável por todas as demandas do condomínio. Por isso falar em promoção da segurança nos condomínios hoje vai além da central de monitoramento e até de novidades, como aplicativos. Outro serviço que tem se popularizado é a biometria, digital do morador que fica “salva” dentro de um sistema central permitindo o registro dos acessos de qualquer pessoa que tenha entrado ou saído do prédio, inclusive dos horários exatos. Apenas em São Paulo, estima-se que apenas mil dos 35 mil condomínios existentes, os moradores usam impressão digital, senha ou controles para entrar. O que pode diminuir até em 22 vezes a probabilidade de a portaria ser enganada por alguém mal-intencionado. É exatamente a mesma medida adotada nos bancos para fazer alguma transação, saque ou qualquer outro procedimento. Importante destacar que a portaria remota (e a biometria) ajuda a reduzir os custos com a segurança, pois o sistema integrado a alarmes, câmeras e outros dispositivos permite que ocorrências de problemas em equipamentos sejam resolvidas de uma forma mais rápida. Primeiro porque a manutenção sai mais em conta por estar dentro de um mesmo plano de contrato, e segundo porque elimina a necessidade de contratar empresas terceirizadas. Para se ter uma ideia, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE), a portaria remota tem crescido no Brasil cerca de 150% ao ano, fato que contribui para o potencial dessa tecnologia ser cada vez mais utilizada e desenvolvida no país. Contudo, diante da discussão, é necessário diferenciar para

não confundir os serviços: portaria remota é diferente do sistema conhecido como portaria eletrônica ou virtual. Nesta, os acessos ao condomínio são feitos por um interfone externo, com o número do apartamento ou casa que o visitante disca e é autorizado pelo morador a entrar — o que pode fragilizar a segurança, pois o morador não é especializado no serviço e ainda pode correr o risco de uma criança atender e liberar a entrada de estranhos. Fica cada vez mais claro que o investimento em tecnologia voltada para o segmento de condomínios é capaz de otimizar as funções e atividades do porteiro. Se a questão for o aumento do fluxo de pessoas como acontece em épocas festivas iguais às de fim do ano, trazer visitas, viajar para longe ou deixar alguém nas férias em casa deixa de ser uma grande preocupação — uma vez que o morador consegue acompanhar a rotina do seu condomínio. Os residenciais que apostam na tecnologia como suporte e auxílio nas tarefas diárias do local saem na frente quando o assunto é promover o bem-estar e ter controle sobre a segurança local. SE

Walter Uvo Especialista em tecnologia de segurança de condomínios da MinhaPortaria.Com.

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Tecnologia como aliada na segurança residencial Por Leandro Martins

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á poucos anos, imaginar uma portaria que funcionasse à distância poderia soar futurista demais. Mas assim como aconteceu em outras áreas, a tecnologia chegou aos condomínios residenciais e, por mais que algumas pessoas, por falta de conhecimento, ainda sejam avessas à modernidade, não há como ir na contramão da evolução. A presença física do porteiro ainda é em muitos casos atrelada a segurança e, principalmente, comodidade, mas é, também, um elo bastante frágil na portaria residencial. Embora bastante controversos, há dois motivos que demonstram essa fragilidade: o primeiro é a ausência do porteiro que, ainda que por poucos minutos, ao deixar a portaria para auxiliar em atividades corriqueiras, como entregar a correspondência ou ajudar a manobrar o carro, deixa o condomínio suscetível. A segunda questão é a sua própria presença, que o deixa mais exposto, sendo uma presa fácil de ser rendido ou ameaçado para abrir os portões e liberar a entrada dos bandidos. A contrapartida de tais eventualidades pode ser a contratação de uma portaria remota, por exemplo. Como os atendimentos são rotativos, o próprio sistema identifica qual dos profissionais da central está disponível naquele momento para atender o chamado, mantendo a impessoalidade tão necessária nesse tipo de atendimento. As vantagens ainda vão além, alcançando também a questão financeira. Na portaria convencional, o profissional acaba, por muitas vezes, ficando ocioso a maior parte do tempo, acarretando uma despesa alta para os condôminos. Na portaria remota, os colaboradores são alocados dentro de uma central e são capazes de atender diferentes condomínios ao mesmo tempo. A consequência é que, com uma melhor gestão do tempo, é possível diminuir consideravelmente os custos da portaria, 64

uma das maiores despesas do condomínio, gerando uma redução em até 60% do total gastos com esse serviço. Outras vantagens vêm, muitas vezes, por consequência, tais como: a possibilidade da redução da mensalidade do condomínio, que pode acarretar na diminuição da inadimplência e maior facilidade na venda e locação dos imóveis ou investimento em mais equipamentos de segurança, lazer ou fachada dos edifícios. O que vale de alerta na contratação de uma portaria remota é pesquisar com bastante critério quais são as empresas prestadoras do serviço, visto que muitas passaram a ofertar esse tipo de produto sem ter estrutura capaz de atender com qualidade, seja no quesito segurança e/ou no respaldo ao cliente. Para evitar a preocupação em torno da banalização do termo, o ideal é que o síndico ou gestor administrativo se certifique das qualificações e referências da empresa no mercado, além de, principalmente, atentar-se às facilidades de comunicação com o suporte aos clientes. É preciso, no que compete a segurança, que o atendimento seja sempre no menor tempo possível, de forma eficaz e extremamente assertiva. SE

Leandro Martins CEO da Peter Graber. Administrador de empresas com MBA executivo em Gestão Estratégia e Financeira de Negócios, possui com longa experiência no setor, tendo ocupado posições de liderança nas empresas Teleatlantic e Siemens.



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