Editorial
Deepfake: a nova preocupação da
segurança cibernética
Q
uando um executivo-chefe ligou para um funcionário da área financeira para exigir que ele fizesse uma transferência bancária urgente de 10 milhões de dólares para um fornecedor, esse funcionário executou prontamente a tarefa, mesmo que ela fosse contra os protocolos da empresa. Afinal, era o chefe no telefone. Mas foi? Ao menos três empresas nos Estados Unidos no ano de 2019 já foram vítimas de criminosos que usaram uma mídia manipulada para tentar convencer executivos a fazerem transferências de fundos. O Deepfake, conteúdo manipulado estranhamente realista, mas que na verdade é falso, atrai cada vez mais a atenção online com o surgimento de vários vídeos virais, como o ex-presidente Barack Obama fazendo uma série de afirmações falsas, Mark Zuckerberg admitindo que “quem controla os dados controla o futuro” e a atriz Gal Gadot estrelando uma cena pornográfica. A técnica pode envolver uma “troca de rosto” - substituindo o rosto de uma pessoa pelo de outra - ou “sincronização labial”, na qual a boca de um indivíduo é vista movendo-se junto com uma faixa de áudio que foi colocada sobre ela. O áudio também pode ser falsificado treinando programas de inteligência artificial para imitar as gravações existentes de uma pessoa. Como as técnicas desenvolvidas por meio da aprendizagem profunda se tornaram mais baratas e mais disponíveis online, elas estão começando a ser adotadas por fraudadores em ambientes comerciais. E como resultado, várias empresas de segurança cibernética estão preocupadas e correndo para encontrar maneiras de impedir ataques em potencial nas empresas. Manipulação de mercado com um vídeo sobre uma fusão ou ganhos falsos para mudar o preço da ação ou ainda sabotagem da marca, são algumas das possibilidades que os especialistas em cibersegurança estão prevendo. Usar a inteligência artificial para detectar discrepâncias em mídias falsas, como alterações nos pixels ao redor da boa ou inconsistências na geração de sombras ou nos ângulos do rosto de uma pessoa, é um bom começo. Com esse novo cenário de possibilidades, as empresas devem ficar em alerta máximo e os especialistas em segurança devem explorar técnicas para combater essa nova ação criminosa.
Ano 4 | N° 36 | Janeiro de 2020
Redação Fernanda Ferreira (MTB: 79714) editorial@revistasegurancaeletronica.com.br Colaboradores Adriano Oliveira Kleber Reis Designer Giovana Dalmas Alonso Eventos Vianne Piiroja eventos@revistasegurancaeletronica.com.br Financeiro Bruna Visval financeiro@revistasegurancaeletronica.com.br Comercial
Fernanda Ferreira Editora
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R. Narciso Sturlini, 302 - Osasco - SP, CEP 06018-090 -Torre do Paço - Sala 511
Tiragem: 20.000 exemplares
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Impressão: Duograf
REVISTA SEGURANÇA ELETRÔNICA
Sumário 08.
NOVIDADES
Abese | p. 08 Mercado de segurança eletrônica no Brasil faturou R$ 7,17 bilhões em 2019 WDC Networks | p. 12 WDC Networks anuncia revalidação do Certificado de Registro para comercialização de câmeras térmicas ISC Brasil | p. 12 ISC Brasil 2020 apresentará Pavilhão Inovação com tecnologias que chegarão ao mercado nos próximos anos
14.
22.
EM FOCO
Cristian Aquino – Camerite | p. 22 Monitoramento simples e inteligente
DESTAQUE
Came | p. 14 Came apresenta linha de automatizadores de portões Johnson Controls | p. 15 Johnson Controls lança plataformas de hardware que oferecem experiência superior de gerenciamento de vídeo
16.
EVENTOS
Fronteira Tech | p. 16 Ponte da Amizade ganha monitoramento inteligente CES 2020 | p. 20 As novidades da feira de tecnologia mais importante do mundo
28.
CASE
Condomínio Jardim Leopoldina | p. 28 Assistente virtual para controle acesso de visitantes e encomendas UFMT | p. 30 Universidade Federal de Mato Grosso reforça cibersegurança
34.
ARTIGOS
Mergulhando nas vendas em 2020: aprendizados, dicas e estudo de caso | p. 34 10 dicas para proteger seu sistema de CFTV contra hackers | p. 42 06
SAFETY INSTINCT
Novidades
Abese
Mercado de segurança eletrônica no Brasil faturou R$ 7,17 bilhões em 2019
O
setor de segurança eletrônica terminou 2019 otimista. O segmento espera a aprovação do Estatuto da Segurança Privada para o início do ano e, com isso, a abertura de novos mercados ao setor - que é responsável por gerar mais de 250 mil empregos diretos e mais de 2 milhões indiretamente. A retomada do crescimento econômico, baseado nos indicadores ascendentes também reforçam o otimismo cauteloso com que o mercado entra em 2020. Para a presidente da Abese - Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, Selma Migliori, que esteve no Senado Federal para defender o setor e a aprovação do novo estatuto, o projeto de lei oferecerá amparo legal às empresas de segurança eletrônica que, finalmente, poderão concorrer em posição de igualdade em licitações públicas e de instituições financeiras. “O Estatuto da Segurança Privada insere definitivamente a segurança eletrônica como um pilar independente dentro da segurança privada e possibilitará a livre iniciativa e concorrência. Assim, se um grande empreendimento ou o setor público desejar contratar um projeto de sistema eletrônico de segurança isoladamente, estarão amparados pela nova lei”, explicou Selma. Assim, o mercado de Segurança Eletrônica, que compreende mais de 26 mil empresas e cresce em média de 8% ao ano, sendo 10% em 2019, espera atender à demanda reprimida da segurança pública e privada por soluções que utilizam inteligência artificial, sensores, Internet das Coisas (IoT) para ajudar a evitar ou solucionar ocorrências sem o uso de armas letais - que ficam restritas às autoridades policiais ou empresas de vigilância autorizadas. Os condomínios e empreendimentos que gradativamente investem em portarias remotas também estão entre os principais catalisadores do crescimento esperado para o próximo ano. Em busca de mais segurança e economia, uma vez que este tipo de tecnologia custa cerca de 30% a 40% do que uma portaria tradicional e gera uma economia que pode chegar a 70%. O segmento é exemplo da incorporação das soluções de segurança eletrônica ao dia a dia e oferecerá novas oportunidades de negócios e de geração de empregos para a área de TI e atendimento. Um levantamento realizado pela Abese com empresas de segurança que trabalham com portarias remotas em 2019 mostrou 08
que 34,5% das empresas que atuam com portaria remota realizam a requalificação dos porteiros para as áreas de atendimento, assistentes de manutenção, operadores remotos, seguranças, ou até mesmo para compor portarias híbridas - que operam com o profissional local junto ao sistema remoto. “A Abese entende que as portarias remotas têm gerado novas oportunidades de emprego e aprendizado aos profissionais dos condomínios e para o próximo ano a tendência é que este modelo se consolide. Muitas empresas do setor de segurança eletrônica têm contratado porteiros para trabalharem em centrais de videomonitoramento, além de outras ofertas de trabalho para atividades pertinentes ao atendimento, ao monitoramento externo, instalações de sistemas, desenvolvimento de softwares, dentre outras funções”, afirmou Migliori. É importante ressaltar que o crescimento na procura por portarias remotas também aquece o mercado de tecnologias complementares, como internet, geradores de energia, infraestrutura, entre outras. Ainda de acordo com a pesquisa realizada pela associação, para 22,7% dos entrevistados a expectativa de crescimento da tecnologia para o próximo ano supera 30%, e a alta poderá refletir em todo o ecossistema de segurança eletrônica. No entanto, o ano de 2020 reserva também desafios. Assim que aprovado o Estatuto da Segurança Privada, a Abese terá em média 90 dias para apresentar propostas para a regulamentação da Lei e as empresas prestadoras de serviços de monitoramento e rastreamento terão três anos para se adequarem às novas exigências. Assim, a associação já realiza encontros com empresários, representantes da Polícia Federal, entidades representativas e especialistas para debater as mudanças e como esta adequação será realizada pelo segmento. Contudo, para os empresários do setor, as expectativas de crescimento do mercado justificam o esforço coletivo. A combinação entre regulamentação e a maior disponibilidade de novas tecnologias poderá transformar o ano de 2020 em um marco para segurança eletrônica. “A integração entre diferentes tecnologias e a popularização da colaboração entre segurança pública e privada também podem estar entre os catalisadores de bons resultados. A palavra de ordem para 2020 é integração”, finalizou Selma. SE
Novidades
WDC Networks
WDC Networks anuncia revalidação do Certificado de Registro para comercialização de câmeras térmicas
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WDC Networks anuncia ao mercado a revalidação do seu Certificado de Registro (CR) de Produtos Controlados pelo Exército. O documento, concedido após rigorosa vistoria realizada por fiscais militares, é validado até 27 de outubro de 2021 e permite à WDC Networks prosseguir na comercialização de câmeras térmicas. “Todo esse processo não nos surpreende, pois já atuamos com a importação e distribuição de câmeras térmicas há alguns anos. Ter o CR renovado é uma vantagem competitiva importante para os nossos clientes parceiros, que seguem tendo a opção de uso das câmeras térmicas em seus projetos de monitoramento com total garantia e segurança”, afirmou Rafaela Macedo Silva, diretora de Soluções da WDC. De acordo com a executiva, os altos custos deste tipo de produto, mais os complexos trâmites burocráticos para comercialização muitas vezes inviabilizavam o uso desses equipamentos, mas atualmente os valores não são mais um impeditivo, pois a tecnologia
está muito mais barata e acessível. “O Exército ainda controla toda a cadeia por onde passa a câmera térmica, desde a licença prévia de importação do produto até a entrega ao cliente final. Com o Certificado de Registro estamos em conformidade com as exigências do governo e temos capacidade para realizar o transporte, manter em estoque e, finalmente, comercializar”, declarou Rafaela. A WDC Networks é uma das poucas empresas do segmento no Brasil com expertise em projetos que preveem o uso de câmeras térmicas, e há anos ajuda seus parceiros a viabilizar esses projetos. “Trata-se de uma solução única, já que a câmera térmica é a única tecnologia disponível hoje no mercado que consegue funcionar com ausência total de iluminação. E, com ela, resolvemos uma série de problemas em perímetros críticos, tais como subestações de energia, barragens de mineradoras, condomínios em área de vegetação ou sem iluminação, presídios e aeroportos, já que o contraste dos pixels torna muito mais efetiva a aplicação de analíticos”, exemplificou. SE
ISC Brasil
ISC Brasil 2020 apresentará Pavilhão Inovação com tecnologias que chegarão ao mercado nos próximos anos
A
ISC Brasil 2020 – Feira e Conferência Internacional de Segurança terá pela primeira vez um pavilhão focado em inovação. O espaço de 200m² reunirá soluções inéditas para o mercado de segurança como: Segurança Conectada, Tecnologias Emergentes, IoT, Inteligência Artificial, Reconhecimento Facial, Biometria, Big Data, Analytics e Predictive, Nuvem, além de Drones e Robôs. A curadoria selecionará showcases de apenas oito fabricantes nacionais e internacionais com soluções inovadoras, assim, o foco é permitir uma imersão do público na vanguarda da tecnologia do setor da segurança eletrônica. Organizada e promovida pela Reed Exhibitions Alcântara Machado, a ISC 2020 prevê movimentar mais 12
de R$ 800 milhões em novos negócios para o setor. O evento acontece entre os dias 30 de junho e 2 julho de 2020, no Expo Center Norte, em São Paulo, e espera reunir cerca de 200 expositores. Para os três dias de exposição, devem circular aproximadamente 20 mil visitantes, 10% acima do público registrado em 2019. De acordo com os organizadores, esse aumento esperado se dará em virtude do conteúdo das palestras e das novas atrações que serão apresentadas na edição comemorativa de 15 anos da feira, entre as quais se destacam a área de Inovação e Tecnologia e o novo programa de relacionamento Premium Club, com as rodadas de negócios. SE
Destaque
Came
Came apresenta linha de automatizadores de portões
Com as novas soluções a empresa busca atender a todos os fluxos e tamanhos de portões
P
ensando em todas as necessidades de segurança, desde grandes indústrias até residências, a Came do Brasil apresenta para o país uma linha completa de automatizadores de portões deslizantes, pivotantes, basculantes e de enrolar. As soluções tecnológicas da marca buscam atender a todos os fluxos e tamanhos de portões. “Na hora de comprar o motor de portão para sua residência ou empresa, é preciso analisar peso, tamanho e velocidade. Se isso não é observado, com certeza você terá problemas e o barato sairá caro. Um portão pesado para um motor mais básico precisará de mais manutenção. Consequentemente, um portão quebrado gera falta de segurança e facilita a entrada de criminosos. Portanto, é importante estar atento às especificações”, explica o diretor da Came do Brasil, Marco Barbosa. Para os portões pivotantes, há três opções de motores: Axo, Stylo e Frog. Todos oferecem a possibilidade de controle de desacelerações. Para os basculantes, a tecnologia é o Emega, que apresenta um visor de programação das funções com LED para 14
diagnóstico do estado do portão. Já para os portões deslizantes, os tipos são: BXV, BKV e BY-3500, todos com automatização com controle de movimento. E para o portão de enrolar, o automatizador é o CBX, utilizado principalmente para movimentar portões pesados. Todas as linhas possuem acesso ao Came Connect. O aplicativo de celular, exclusivo da marca, integra o proprietário com o produto. Com o sistema, o dono pode liberar a entrada de pessoas e carros, e até fazer ou agendar uma manutenção pelo celular. Outra vantagem do aplicativo é que, caso algum problema no equipamento seja detectado, o Came Connect avisa instantaneamente o proprietário, que pode, inclusive, na hora, já agendar a visita de um técnico. A Came trabalha com diversas linhas de produtos e atende desde residências a empresas de pequeno, médio ou grande porte. As soluções da marca são usadas atualmente no mundo todo, inclusive, na Torre Eiffel, Pentágono, Canal do Panamá, entre outros importantes pontos acessados por milhares de pessoas. SE
Destaque
Johnson Controls
Johnson Controls lança plataformas de hardware que oferecem experiência superior de gerenciamento de vídeo
A
Johnson Controls apresenta a mais nova geração de clientes victor da American Dynamics, da Tyco, agora com uma opção compacta que ocupa pouco espaço. Os usuários poderão escolher a plataforma ideal para seu ambiente entre os modelos de servidores Compact, Standard, Performance e High Performance. Esses clientes fornecem a escalabilidade necessária para uso tanto em instalações pequenas de local único como em implantações de nível empresarial. O hardware traz o sistema de gerenciamento de vídeo (VMS) victor e possui processadores de alta qualidade que asseguram velocidade e confiabilidade, além de compatibilidade com aplicativos com alto uso de memória, sendo ideal para implantações exigentes que precisam de flexibilidade de instalação e serviço no local no próximo dia útil. O cliente High Performance é personalizado para instalações com uma grande quantidade de atividades de eventos e alertas, enquanto os modelos Standard e Performance são mais adequados para exibição de vídeo. Quando combinados com monitores, como aqueles oferecidos pela American Dynamics da Tyco, esses clientes admitem de um a quatro monitores com resolução de até 4K. Isso permite sua implantação para uso por agentes individuais ou centros de comando totalmente funcionais, conforme necessário. O victor Compact economiza espaço e aumenta o tempo de atividade com o cliente victor pré-instalado em uma plataforma de hardware pequena e versátil que pode ser implantada em ambientes restritos. O VMS completo pode ser usado para visualizar e reproduzir vídeo em tempo real, sem ocupar a quantidade de espaço exigida pelos clientes tradicionais de PC. É uma excelente opção para instalações menores ou complexas, em que um servidor em torre adicional ocupa espaço demais no ambiente físico e em rede. SE
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Cobertura de Eventos
Fronteira Tech
Ponte da Amizade ganha monitoramento inteligente Parceria entre a Receita Federal e sociedade civil, com apoio do Governo do Estado, vai melhorar o controle da fronteira entre o Brasil e o Paraguai com reconhecimento facial e de placas, Inteligência Artificial, IoT e Big Data
A
fronteira mais movimentada do Brasil, em Foz do Iguaçu, ganhará mais tecnologia para o controle aduaneiro, com intuito de inibir crimes. O governador Carlos Massa Ratinho Junior e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, participaram no dia 16 de dezembro de 2019 do lançamento de um pacote de segurança de 70 novas câmeras com capacidade de reconhecimento facial e identificação de placas de veículos, softwares de inteligência artificial (para ampliar o controle) e big data (para armazenar informações). Passam pelo local, diariamente, cerca de 100 mil pessoas e 40 mil veículos. Os equipamentos foram adquiridos pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) - ligada ao Ministério da Economia, a Receita Federal em Foz do Iguaçu e o Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT). Na primeira fase, ainda neste ano, serão instaladas 36 câmeras. O Fronteira Tech na Ponte Internacional da Amizade, que liga Foz do Iguaçu à Ciudad del Este (Paraguai), se soma a diversas iniciativas de segurança na área, como o Centro Integrado de Operações de Fronteira (Ciof) e cooperação com os países do Mercosul para operações integradas. As imagens e informações colhidas no Fronteira Tech serão disponibilizadas para o Ciof. O governador destacou que Foz do Iguaçu merecia receber reforço tecnológico na fronteira para manter o ritmo de expansão 16
do turismo e da atividade comercial. “Essa tecnologia vai ajudar muito as polícias. Foz do Iguaçu merecia há muito tempo, e veio em momento ideal porque a cidade vai mudar de patamar devido aos investimentos planejados como a nova ponte e o aumento da pista do aeroporto”, afirmou. Ele citou, ainda, que o Estado trabalha para reforçar a segurança na chamada “zona secundária”, entre Foz e um perímetro de cidades na região, para manter o bom desempenho fiscalizatório da fronteira. O ministro Sergio Moro ressaltou a vocação da cidade para o comércio legal e a geração de intercâmbio cultural entre os países, e disse que as regiões fronteiriças têm que ser mais assistidas. “O projeto não é meu, é do Ministério da Economia, mas tem tudo a ver com o Ciof. Não é meu, mas já vou querer ‘roubar informação’. Foz do Iguaçu é uma região importante para o País, é uma caixa de ressonância, então temos como intenção gerar valor para a região”, falou. Fronteira tech O Fronteira Tech envolve uma rede de iluminação pública inteligente, com duas câmeras em cada um dos 33 postes nas entradas e saídas da Aduana; quatro câmeras fixas em pontos estratégicos; 11 sensores de tiro, que captam o áudio de disparos e a partir disso
Cobertura de Eventos
Fronteira Tech permite reconhecimento facial e das placas de veículos na área da Ponte da Amizade. Sistema foi inaugurado em dezembro, com a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro
calculam a localização do tiro; sistema de identificação facial e reconhecimento de padrões, softwares e big data. Além disso, serão 15 luminárias de LED com telegestão – sobre as quais o operador recebe informações em tempo real – e GPS. O software de inteligência artificial identifica padrões e gera dados que ajudarão no combate a crimes como contrabando, descaminho e tráfico de drogas e armas. Se um carro for roubado e passar pelo local, por exemplo, o sistema é capaz de identificar rapidamente a placa e emitir um alerta. O mesmo ocorre com a identificação facial para procurados da Justiça. Segundo Igor Calvet, presidente da ABDI, é a primeira vez que esse sistema de luminárias com tecnologia é usado em prol de um serviço público no País. “O Fronteira Tech nasceu há um ano e visa aplicar tecnologia para melhorar a vida da sociedade, e, nesse caso, a segurança pública. As luminárias não precisam de cabeamento e conseguem transmitir as informações em tempo real para o controle aduaneiro, então o fiscal recebe a informação antes mesmo do carro chegar na fiscalização”, afirmou. “Essa tecnologia foi incubada e estamos trazendo para o serviço público, indiretamente. É uma das três maiores fronteiras do mundo e estamos dando um passo preventivo”, acrescentou. Esse sistema foi testado no Living Lab, inaugurado em janeiro de 2019 através de uma parceria entre a ABDI e o Parque Tecnológico de Itaipu (PTI). O Living Lab foi montado para demonstrar e avaliar soluções para Cidades Inteligentes. Segundo Marcelo Vendramini, auditor fiscal da Receita Federal e coordenador do Fronteira Tech, o projeto aplica o conceito de integração entre as entidades na prática, de usar outros bancos de dados para a central da fronteira e compartilhar as informa18
ções dela para outros bancos. “As câmeras possuem analíticos com imagens, o sistema tem capacidade de identificar placas, rostos, e a partir dessas informações acionar as equipes. Essa troca acontecerá em tempo real. Vamos qualificar o trabalho, ganhar em produtividade e segurança, entregar um melhor resultado para a sociedade”, afirmou. A expectativa é a de que o projeto possa ser replicado em outras Aduanas brasileiras de fronteira, em postos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), em municípios com elevados índices de criminalidade ou mesmo na segurança de empresas e parques industriais. O investimento na aquisição, instalação e operação dos equipamentos e softwares na Ponte da Amizade foi de R$ 5 milhões. Presenças Participaram da solenidade o secretário de Estado da Segurança Pública, Romulo Marinho Soares; os deputados federais Sargento Fahrur, Vermelho, Evandro Roman, Diego Garcia, Marcel Van Hatten e Alexis Fontaine; o superintendente de Governança da Casa Civil, Phelipe Mansur; o superintendente de Inovação da Casa Civil, Henrique Domakoski; o comandante-geral da Polícia Militar do Paraná, Coronel Pericles de Mattos; o superintendente do Parque Tecnológico de Itaipu, general Eduardo Garrido; o diretor-geral brasileiro de Itaipu, Joaquim Silva e Luna; o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado; o superintendente da PRF no Paraná, Ismael de Oliveira; o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo; o superintendente da Receita Federal da 9ª Região, Luiz Bernardi; e o secretário-adjunto da Receita Federal, Décio Rui Pialarissi. SE
Cobertura de Eventos
CES 2020
As novidades da feira de tecnologia mais importante do mundo Sistema para burlar reconhecimento facial, drones autônomos que fazem a segurança residencial e carros voadores estão entre os destaques Por Fernanda Ferreira
M
ais de 175 mil pessoas acompanharam a CES 2020, maior feira de tecnologia do mundo, realizada em Las Vegas, nos Estados Unidos, entre os dias 7 e 10 de janeiro. Cerca de 4.500 empresas levaram suas novidades para o evento, que giraram em torno de inteligência artificial, casas conectadas, velocidade dos celulares 5G, aparelhos dobráveis, robótica e é claro, segurança. A Revista Segurança Eletrônica resumiu as principais novidades que podem ser interessantes para o mercado de segurança. Smart homes Em sua estreia na feira, a Nice apresentou o ecossistema Yubii, que traz automação residencial inteligente e controle pelo smartphone por meio do MyNiceApp. Com ele, é possível controlar iluminação, persianas, venezianas, toldos e portões, que também podem ser integrados aos assistentes virtuais Google Home e Amazon Alexa. É o primeiro sistema de segurança residencial completo no conceito DIY que pode ser usado como uma solução independente ou integrado aos sistemas de segurança residencial existentes. 20
Robô assistente
Já a Samsung anunciou a Ballie, uma espécie de robô inteligente que segue o dono pela casa e fica atenta às necessidades cotidianas que precisem de solução. De acordo com a Samsung, a Ballie terá diversas funções, como segurança, assistente fitness e até uma companhia para crianças e animais de estimação. No vídeo de apresentação do novo produto, Ballie aparece seguindo sua dona por toda a casa, atuando como câmera de segurança e ativando e desativando um robô aspirador conectado à rede depois que um cachorro derruba uma tigela de cereais. De acordo com Sebastian Seung, chefe de pesquisa e ciência na
Cobertura de Eventos
Samsung, a Ballie é uma “evolução dos dispositivos” e vai “patrulhar nossas casas para nos manter seguros”. Segundo ele, a experiência do dispositivo é tão próxima que guardará até nossos segredos e por isso terá proteção e segurança de dados estritos. Por enquanto, a Samsung não anunciou preço ou data de lançamento do produto.
Segurança rodoviária
Imagens sem impressão facial
Pensando na prevenção de acidentes devido a luz solar intensa no rosto do motorista, a Bosch levou para a CES o Visor Virtual. A solução utiliza um painel LCD transparente e uma câmera inteligente, em vez da pala de sol comum, e assim rastreia a posição da cabeça do motorista. Os algoritmos de inteligência artificial ajudam a determinar a localização dos olhos, nariz, boca e outros recursos importantes. O painel LCD obscurece apenas uma pequena área do rosto, onde os raios ofuscam a visão do motorista e a posição é ajustada com base nas informações da câmera. A D-ID apresentou a proposta de proteger a identidade do rosto dos sistemas de reconhecimento facial. O programa faz pequenas mudanças nas fotos e vídeos que compartilhamos na Internet e impedem que computadores, mas não os olhos humanos, reconheçam as pessoas. “O mercado de reconhecimento facial está crescendo exponencialmente e fez dos nossos rostos os nossos identificadores. A proteção de identidade da D-ID atua como uma solução de reconhecimento facial para tornar as fotos e vídeos das organizações irreconhecíveis pelas ferramentas de reconhecimento facial”, disse a empresa.
Carro voador
Drone para segurança residencial
Anunciado como o primeiro drone de segurança residencial totalmente autônomo do mundo, o Sunflower Home Awareness System consiste em unidades terrestres chamadas Sunflowers, que se parecem com luzes de jardim e usam sensores de movimento e vibração para detectar o movimento no quintal. Eles podem detectar e diferenciar os movimentos de pessoas, animais e carros e exibir essas informações em um mapa em tempo real. A ideia é que os Sunflowers detectem atividades inesperadas perto da casa e enviem um alerta ao smartphone do morador. Em seguida, o usuário pode optar por iniciar o drone para obter uma visão clara dos acontecimentos em sua propriedade. Entretanto a solução não é barata. O preço anunciado é de 9.950 dólares (cerca de 40 mil reais).
A Hyundai anunciou durante a feira que firmou uma parceria com a Uber para o projeto Uber Elevate. A montadora será responsável por fabricar o “carro voador”, chamado de S-A1 eVTOL. Trata-se de um veículo elétrico de decolagem e aterrissagem vertical com visual simples e capacidade para cinco pessoas, contando o piloto/motorista. O veículo foi projetado para ter uma velocidade de cruzeiro de 290 km/h, voando a uma altitude máxima de 600 metros e a uma distância de voo de até 100 km. Ele será inicialmente conduzido por humanos, mas a ideia é que ele se torne autônomo no futuro. A Intelbras também marcou presenta no evento por meio do colaborador Aluísio Serafim, gerente do segmento de produto de Redes Home & Office e um dos responsáveis pelas iniciativas de inovação da Intelbras. Segundo o executivo, uma das principais tendências da CES desse ano foi a interoperabilidade entre marcas – maior interação entre equipamentos de marcas diferentes –, entregando de fato, mais facilidade na vida das pessoas de forma inteligente. “Além de conferir todas as tendências e novidades da CES, aproveitei a minha ida à feira para encontrar parceiros e fomentar novas oportunidades. Sempre nos relacionando com profissionais e empresas que agregam soluções e tecnologia ao nosso portfólio. Já não se faz pesquisa e desenvolvimento sozinho, se faz em conjunto com todo o mundo. Tenho certeza que a inspiração e novas ideias que trouxemos conosco serão muito produtivos para a Intelbras”, falou Serafim. SE 21
Em Foco
Camerite
Monitoramento simples e inteligente Plataforma realiza a gestão do monitoramento em nuvem com recursos de leitura de placas de veículos e reconhecimento facial
Por Fernanda Ferreira
A
postando na inovação com base na simplicidade, a Camerite criou um software que facilita a operação de segurança de órgãos públicos, empresas e pessoas físicas. Nesta entrevista, Cristian Aquino, CEO da Camerite, fala sobre a nova forma de ver a segurança eletrônica, a parceria com a Microsoft e como tornou a empresa a maior franquia de monitoramento colaborativo da América Latina.
disso, todos os franqueados possuem acesso aos nossos serviços de inteligência artificial (leitura de placas, mosaico dinâmico, linha do tempo). Para auxiliar nossos clientes a crescerem, disponibilizamos um time de gestão de franquias, que fica responsável por ajudá-los a escalarem negócios através do Monitoramento Colaborativo em quatro esferas: Governos, Vizinhanças, Comércios e Condomínios.
Revista Segurança Eletrônica: Sabemos que a Camerite oferece solução em gestão de monitoramento. Entretanto, vocês não entregam apenas a plataforma para o cliente, correto? Poderia explicar como funciona a solução completa da empresa? Cristian Aquino: Exatamente! A Camerite aprendeu muito nos últimos anos, por isso eu costumo dizer que entregamos tudo que o franqueado precisa para que o sucesso dependa somente da capacidade dele de desenvolver negócios na sua região. Hoje entregamos o que chamamos de “solução completa”, que seria a plataforma completa, com a possibilidade de cobrança de usuários, emissão de boletos, etc. Além
Revista Segurança Eletrônica: Qual a diferença da solução Vizinhança Colaborativa x Cidades+Seguranças? Cristian Aquino: Apesar das duas estarem sempre conectadas, a principal diferença é o público alvo. A vizinhança colaborativa é uma oportunidade para que pessoas que antes tinham de investir um dinheiro considerável em um sistema fechado de CFTV, que por muitas vezes era inacessível, possam por um pequeno valor mensal ter acesso a tecnologia de ponta para monitorar a frente de suas casas, e não só isso, mas compartilhar com seus vizinhos o acesso às imagens e por consequência criar uma rede de vizinhos mais seguros. Já a solução de Cidades+Seguras surgiu de uma necessidade
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Em Foco
do mercado de segurança pública, uma vez que logo depois de implantarmos o projeto City Câmeras, muitos municípios passaram a nos procurar para implantar projetos semelhantes em suas cidades. Então passamos a desenvolver uma solução que pudesse ajudar ainda mais os municípios brasileiros a evoluírem no setor de tecnologia para segurança. Mesmo assim as câmeras usadas nas vizinhanças sempre são úteis para o poder público na hora de tratamento de ocorrências. Revista Segurança Eletrônica: A Camerite passou a trabalhar no modelo de franquia. Por que decidiram atuar dessa forma e como funciona o modelo de negócio? Cristian Aquino: Esse foi um ponto muito importante para nós como empresa, pois sempre tivemos o desejo de entregar sucesso na ponta para nossos parceiros de negócios. Muitos deles levantaram pontos importantes sobre o negócio e sobre a importância de se destacar como marca de tamanho global. Por isso, respeitando a vontade de vários parceiros e ajustando pontos que eram importantes para eles, nós entendemos que a melhor forma de continuar seria como uma franquia. Como empresário, eu passo diariamente pelos desafios que é empreender, o que estamos fazendo para nossos franqueados é dar todo o apoio para que eles foquem no que mais importa para o negócio deles, que é conseguir escalar suas vendas e negócios, e fazer a gestão de sua carteira de clientes. Hoje o franqueado Camerite atua com preferência de exclusividade em sua região. Revista Segurança Eletrônica: Quais as vantagens para o cliente final em ser um franqueado da Camerite? Cristian Aquino: Hoje o franqueado Camerite está apoiado em uma marca que já atendeu a mais de 800 municípios com projetos de Monitoramento Colaborativo. Nosso franqueado 24
recebe acesso a parcerias exclusivas, preferência de exclusividade em sua região, acesso a conteúdo exclusivo testado e validado na prática pelo nosso time, todos os processos já estruturados pela Camerite, produtos exclusivos para franqueados, entre outros analíticos e features que estão sendo desenvolvidos continuamente. Revista Segurança Eletrônica: A Camerite é parceira da Microsoft há um tempo. Do que se trata essa associação? Quais os benefícios para os clientes? Cristian Aquino: Construímos uma parceria muito sólida com a Microsoft nos últimos anos. Temos engenheiros no mundo inteiro da Microsoft desenvolvendo soluções de inteligência artificial em conjunto com a Camerite. Além disso, a Microsoft tem nos apoiado com vendas para governo de forma global. Revista Segurança Eletrônica: A Camerite cresceu muito nos últimos dois anos e atingiu a marca de 2500 parceiros e mais de 300 mil usuários, além de mais de 600 cidades monitoradas por meio do software da empresa. A que se deve esse sucesso tão grande em tão pouco tempo? Cristian Aquino: Um time forte com foco no franqueado é nossa chave para o crescimento acelerado. Revista Segurança Eletrônica: O que podemos esperar da Camerite em 2020? Temos novidades chegando? Cristian Aquino: Teremos muitas novidades em 2020. Vamos dobrar o nosso investimento em tecnologia em relação aos últimos anos, o que irá nos ajudar a acelerar ainda mais no desenvolvimento de soluções de alto impacto para o mercado de segurança. Nosso objetivo é revolucionar o mercado de segurança entregando valor para sociedade. SE
Case de Sucesso
Condomínio Jardim Leopoldina
Assistente virtual para controle acesso de visitantes e encomendas Sabrah atende os moradores do condomínio por meio do WhatsApp
Por Fernanda Ferreira
N
ão é segredo para ninguém que o mundo está em processo de transição rumo a transformação digital. O avanço de tecnologias como inteligência artificial, aprendizagem profunda e reconhecimento facial está mudando a maneira como vemos e lidamos com as informações geradas por esses recursos. Uma das tecnologias que tem contribuído bastante com essa mudança – e que tem um futuro promissor – é o assistente virtual. Sistemas como Google Assistente, Siri (Apple), Cortana (Microsoft) e Alexa (Amazon) estão entre os assistentes mais populares do mundo. Trata-se, basicamente, de um software que acessa um banco de dados e rapidamente consegue gerar uma resposta para a solicitação do usuário. E agora essa novidade também pode ser aplicada em projetos de segurança eletrônica. A TovTec, empresa de desenvolvimento de tecnologia e parceira do Grupo Haganá, disponibilizou no mercado a Sabrah, uma assistente virtual que atende aos moradores de condomínios residenciais e comerciais por 28
meio do WhatsApp – o cliente final não precisa instalar nenhum outro aplicativo, tudo é realizado através do famoso “Zap Zap”, que nos últimos anos tornou-se o app mais popular no mundo.
Case de Sucesso
“Criamos a Sabrah para humanizar as tecnologias de ponta para o usuário. O nome Sabrah foi inspirado na fruta, que cresce nos cactos dos territórios de Israel – por dentro essa fruta é macia e tem o sabor doce, mas por fora é dura e espinhosa –, e é exatamente assim que o controle de acesso deve ser: cordial e ao mesmo tempo rígido”, explicou Wilton Hirose, diretor de Negócios e co-fundador da TovTec Sistemas e Soluções. A assistente virtual é representada por um avatar feminino que realiza ações após receber comandos. Uma das funções do software é o controle de acesso ao condomínio. Toda vez que um visitante chega, ela entra em contato com o morador, via WhatsApp, e envia uma foto para solicitar a autorização. Com comandos simples como SIM ou NÃO, o morador pode interagir com ela, autorizando ou não a entrada do visitante.
Além disso, o morador pode compartilhar antecipadamente com a Sabrah o convidado que ele irá receber. Nesse caso, o morador compartilha o contato com a assistente virtual, que irá mandar um convite para esse visitante, pedir para tirar uma foto, devolver essa foto para o morador confirmar, e assim o visitante recebe um QR Code da Sabrah, facilitando a entrada dele no condomínio, já que o porteiro também recebe um aviso com a foto do visitante informando que ele está liberado. O Condomínio Jardim Leopoldina, localizado na região de São Paulo, é um dos condomínios que tem a assistente virtual Sabrah implantada no seu sistema de segurança. O complexo conta com 396 apartamentos distribuídos em quatro torres, somando um total de 1600 moradores (em média). “Nós contamos com dois porteiros de dia e dois a noite que realizam o controle de acesso de todo o complexo, e consideramos a Sabrah como mais uma funcionária, porque ela facilita muito a vida dos condôminos e das pessoas que trabalham no condomínio”, falou Maria Idalina Machado, síndica profissional do Condomínio Jardim Leopoldina. “A Sabrah também é uma forma de implantar segurança, uma vez que o porteiro não precisa mais falar com o visitante, depois ligar para o morador para pedir liberação. Tudo isso demanda tempo e desvia a atenção do controlador de acesso que está ali para observar tudo o que acontece. Quando ele está preocupado em ligar para o apartamento para ver se pode liberar, ele perde a atenção na segurança”, completou a síndica.
Em caso de festas no condomínio, o morador pode enviar toda a lista de convidados previamente para a assistente virtual. Ela envia para cada convidado um QR Code e o mapa com a localização do condomínio. Quando o visitante chega só precisa validar o QR Code, o sistema de controle de acesso do condomínio faz a liberação automática através do sistema da Sabrah. Já o porteiro, recebe no seu sistema a foto desse convidado e confere se a pessoa da imagem é a mesma pessoa que está validando o código de acesso. Outra função disponível na Sabrah é o envio de notificações quando uma encomenda chega no condomínio. “Aqui nós temos uma mensageria, onde recebemos todas as encomendas – correio, transportadora, office boy –, a Sabrah avisa ao morador que chegou à encomenda e junto com essa mensagem vai um QR Code para a pessoa ir até a mensageria retirar o pacote. Não tem mais aquela coisa de ficar pegando caderno, protocolando, assinando, isso facilita muito a vida das entregas das encomendas. Tudo fica registrado no sistema, é bem seguro”, falou a síndica Maria Idalina. A assistente virtual Sabrah pode ser instalada em qualquer condomínio residencial ou comercial que possua controle de acesso em sua portaria. Caso a estrutura tenha o recurso de reconhecimento facial, o QR Code não é utilizado, e a liberação é feita pelo reconhecimento do rosto do visitante. SE 29
Case de Sucesso
UFMT
Universidade Federal de Mato Grosso reforça cibersegurança Quase 30 mil alunos e colaboradores da instituição contam com sistema de proteção avançado composto de firewalls de próxima geração e software de gerenciamento
Por Redação
A
Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), referência em ensino e pesquisa na região Centro-Oeste, implantou soluções da Palo Alto Networks, empresa global em cibersegurança, para reforçar a segurança da rede da instituição. A UFMT foi fundada em 1970 e conta com quatro campi por todo o estado: Cuiabá (o principal), Araguaia, Sinop e Várzea Grande, e a Universidade Federal de Rondonópolis, tendo em vista a tutoria da UFMT sobre essa instituição. De acordo com o Relatório de Gestão 2016-2018, publicado em 2019, a UFMT possui cerca de 25 mil estudantes, 2,4 mil docentes e 1,3 mil técnicos-administrativos. Tais números são muito significativos do ponto de vista de cibersegurança, e a necessidade de se contar com uma rede segura é primordial. Antes, a UFMT era protegida por software livre, o que trazia diversas limitações. A mais preocupante era a demora na identificação de ameaças. Para adequar a proteção à importância da Universidade, a UFMT estudou as soluções de firewall disponíveis no mercado e a partir de um estudo técnico preliminar, compreendeu que a solução da Palo Alto Networks atenderia as suas necessidades. Logo, a solução foi adquirida por meio da integradora parceira, Approach, a qual deu todo o suporte durante o processo 30
de implantação. Na orquestração da nova arquitetura de cibersegurança, foi aplicado o firewall de próxima geração PA-3250, que classifica todos as aplicações, em todas as portas, o tempo todo e aplica políticas de segurança para qualquer usuário e em qualquer local, bloqueando ameaças conhecidas e desconhecidas. O WildFire, que entrega por nuvem análise de malwares, também foi aplicado, bem como o Panorama, software que gerencia devices e armazenamento de logs em toda a rede. “Hoje quando temos alguma demanda de segurança, a resolução é bem mais rápida do que antes, quando usávamos uma solução gratuita. Isso nos ajuda muito e nos dá uma sensação de segurança muito boa”, declarou Hernane de Paula Ferreira Junior, coordenador de Infraestrutura e Gestão de Segurança da Informação da UFMT. “Estarmos presentes na cibersegurança de uma instituição tão importante e tradicional nos deixa muito contentes”, disse Marcos Oliveira, country manager da Palo Alto Networks Brasil. “O objetivo da nossa empresa é sempre tornar o dia seguinte mais seguro do que o anterior, e com isso podemos possibilitar que os alunos e colaboradores desfrutem de um ambiente seguro para realizar suas tarefas”. SE
Artigos
Mergulhando nas vendas em 2020: aprendizados, dicas e estudo de caso
Por Kleber Reis
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ala Galera! Chegamos em 2020! Navegamos por águas turbulentas em 2019, atravessamos ventos fortes, tempestades, mar revolto, ressacas, mas também dias de sol e mar calmo que aproveitamos para dar mais velocidade ao barco. Trocamos alguns marinheiros no meio do caminho, alguns capitães mudaram de navio, outros resolveram descansar, novos marujos chegaram ao píer, alguns barcos afundaram e seus marinheiros já fazem parte de outras tripulações, mas o mais importante é que estamos todos salvos, mais experientes e já ansiosos para a próxima jornada, afinal, embarcações, assim como as empresas, não foram feitas para ficarem paradas. “O navio está seguro quando está no porto, mas não é para isso que servem os navios!” – Willian Shedd. Encerra-se assim um ano de inúmeros desafios e, com a esperança renovada e as baterias recarregadas, iniciamos um novo ciclo de metas de vendas em nossas empresas, motor que traciona todos os outros departamentos do negócio. Mas antes de falarmos do planejamento de 2020 é importantíssimo avaliarmos os erros e acertos de 2019, analisarmos se todos remaram para o mesmo sentido, no mesmo compasso, somando esforços para atingir o objetivo comum. Importante avaliar também se todos a bordo estavam cientes do destino, se as mensagens do capitão chegaram íntegras e compreensíveis para a tripulação, se todos cumpriram suas missões e, se não cumpriram integralmente, avaliar os devidos porquês para as ações de ajustes e correções.
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Se o capitão esteve por muito tempo realizando tarefas operacionais, do dia a dia, é o momento de reavaliar e corrigir, pois enquanto ajudava a realizar uma “manutenção importante” o barco pode ter saído do rumo e atrasado a viagem, gastando mais combustível e energia de todos. A função do capitão é estratégica. É dele a responsabilidade de conduzir o barco ao destino, de tomar as decisões importantes mediante os contratempos, de estar atento aos perigos e desafios da jornada, e tarefas operacionais em excesso o desviam desta importante missão. Esta analogia com o mundo corporativo traz uma boa reflexão e o olhar atento às outras empresas que competem no mesmo mercado, no mesmo período, nos dá elementos comparativos bastante importantes, pois não basta olhar somente para o que estamos fazendo, é preciso estar atento às movimentações do mercado. Mas nem sempre é simples equilibrar esta equação, pois se sua atenção estiver focada apenas indoor você deixa de ter parâmetros para avaliação de performance com relação ao mercado. Entretanto, o olhar só para fora pode desviar sua atenção e prejudicar seu desempenho, além de restringir seu potencial de inovação. Portanto a dica é equilíbrio, investir energia realizando as suas tarefas e observando o movimento de mercado. E quando o que você faz é absolutamente inovador e não há parâmetros externos de comparação? Será que isso ainda existe no nosso mercado? A resposta é sim, e neste caso é preciso uma dose extra
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de criatividade, além do entendimento pleno das necessidades do seu cliente, da sua dor e de como você pode ajudar a resolvê-la. Como case de sucesso recente podemos citar a iniciativa do CT Segurança (www.ctseguranca.com.br) que já é, por si só, um negócio absolutamente inovador no nosso segmento, uma vez que reúne os principais fabricantes mundiais em um showroom permanente em local nobre da capital de São Paulo + coworking específico para os profissionais da segurança + centro de treinamento presencial e remoto + plataforma digital que permite a propagação de conhecimento e profissionalização do mercado com membresia acessível a todos os profissionais da área em qualquer ponto do país e que em dezembro lançou uma campanha chamada Central de Vendas. A grande questão é que o CT Segurança não vende produtos, é apenas um espaço de exposição dos fabricantes. E como lançar a campanha Central de Vendas se você não vende? Qual a meta se nunca ninguém fez nada parecido? Quais as ferramentas para metrificar e avaliar resultados? O primeiro passo é conhecer muito bem seu cliente e entender as suas dores. O CT entendeu que dezembro é um mês difícil para os fabricantes, e uma forma de ajudá-los seria incentivar o cliente a antecipar pedidos e fechar projetos na cadeia de negócios, em seus distribuidores e revendas, sendo um agente catalizador para impulsionar os pedidos e assim ajudar a resolver a dor dos fabricantes. Sem pedir 1 real para nenhum fabricante, promoveu e divulgou uma campanha que movimentou mais de 10 milhões de reais em negócios em um único dia, premiando o cliente da distribuidora (maior venda do dia de um fabricante expositor) com uma viagem a Las Vegas e ingresso para a maior feira do mundo do segmento, a ISC West, além de prêmios em dinheiro para os três vendedores das distribuidoras com melhor performance no dia. Com o planejamento adequado, uma comunicação eficaz, ferramentas e critérios claros e transparentes, eles executaram a maior ação de vendas do segmento ainda que, diretamente, não vendessem nenhum produto. Neste dia eu estava a trabalho no Rio de Janeiro, mas amigos próximos me infor36
maram que o QG montado no CT Segurança parecia com um antigo pregão da bolsa de valores. E o aprendizado que extraímos deste case de sucesso em vendas é justamente pensar fora da caixa, sair da zona comum, inovar na forma de fazer, sempre com o objetivo de ajudar seu cliente a resolver algum problema, além da coragem para agir. Eu trago na palestra do projeto #MergulhandoNaVida – como um dos aprendizados para uso no dia a dia –, a “Coragem para dar o Passo do Gigante”, entrar na água após a fase de planejamento e AGIR, REALIZAR, mergulhar de cabeça, fazer de verdade, empregando nossos melhores esforços e energia para que tudo dê certo. O CT Segurança fez um mergulho noturno no seu negócio, apagou as luzes e enxergou uma nova forma de ajudar seus clientes a resolverem um problema, sob uma nova ótica, uma nova perspectiva e, com o aprendizado da primeira ação e experiência adquirida, já planeja uma nova ação para 2020 ainda mais impactante. Que possamos todos mergulhar de cabeça nas vendas neste ano próspero, semeando e colhendo os frutos de nosso trabalho, evoluindo pessoal e profissionalmente, com ética, determinação e muita coragem! Um 2020 maravilhoso para todos! E nos próximos artigos vamos falar das ferramentas de vendas que podemos usar em 2020 para melhorarmos nossa performance pessoal e de todo o time, montando uma verdadeira máquina de vendas. SE
Engº Kleber Reis CEO da Engenharia Segura, consultor, palestrante, mergulhador, engenheiro com 30 anos de experiência no mercado de segurança eletrônica. www.kleberreis.com.br • Contato para palestras corporativas com Simone Scalise (11) 99777-2543 contato@kleberreis.com.br
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10 dicas para proteger seu sistema de CFTV contra hackers Por Adriano Oliveira
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ssim como qualquer outro dispositivo em uma rede IP, principalmente se estiverem ligados na Internet, os equipamentos de segurança eletrônica, tais como câmeras IP e gravadores de imagens, podem ser alvos de criminosos. Neste artigo, falaremos sobre dez medidas que podem ser tomadas para proteger seus equipamentos de segurança eletrônica de ataques cibernéticos. 1. Escolha de uma senha forte Seja no DVR ou na câmera IP, é importante que uma senha forte, ou seja, difícil de ser quebrada, seja utilizada para acesso ao equipamento. Essa senha pode, por exemplo, possuir pelo menos oito caracteres que misturem letras, números e símbolos. A grande maioria dos fabricantes hoje não utilizam mais uma “senha padrão”, isso porque muitos usuários não trocavam essa senha deixando o equipamento com a segurança comprometida. 2. Autenticação em dois fatores Muitos modelos de gravadores no mercado possuem mais de uma forma de autenticação e permitem que, além da senha, possa ser configurado um padrão a ser desenhado na tela com o uso de um mouse para desbloquear o aparelho. 42
Vale lembrar que a autenticação pode estar atrelada aos níveis de acesso dos usuários: independente de ser apenas uma senha ou não, é importante limitar as permissões de acordo com as necessidades de cada um. 3. Segmentação de rede É uma boa prática criar uma VLAN (Virtual Local Area Network) apenas para o CFTV – manter os equipamentos de segurança em uma rede separada pode ser uma boa opção para atrapalhar a vida de criminosos, além de ajudar na organização da rede e em seu desempenho. 4. Protocolo IEEE 802.1X O protocolo IEEE 802.1X é usado para permitir ou negar que um dispositivo se conecte em uma rede de computadores. O switch gerenciável é conectado em um servidor de autenticação (normalmente RADIUS ou TACACS+) que irá verificar as credenciais do dispositivo que se conectou no switch. Caso tenha permissão, a porta do switch onde o dispositivo se conectou funcionará normalmente, caso contrário, a porta é bloqueada impedindo que o dispositivo envie ou receba pacotes. Isso inviabiliza a conexão de um dispositivo não autorizado na rede do CFTV.
7. Educação de usuários De nada adianta ter os melhores sistemas de segurança se os responsáveis pela sua operação não forem treinados contra engenharia social ou se não seguirem uma política sobre o uso das imagens e dos equipamentos de segurança. Explicar que cada um é responsável pela sua própria senha e que a mesma não deve ser compartilhada já é um bom começo. 8. Segurança na rede e no host O uso de IDS (Intrusion Detection System), IPS (Intrusion Prevention System), Firewall, UTM e outros sistemas de segurança na rede podem ser configurados para proteger os dispositivos contra diversos tipos de ataque, que vão de negação de serviço até tentativas de invasão. Caso utilize um software VMS instalado em uma estação de trabalho e tenha também clientes acessando as câmeras, é importante proteger os terminais com antivírus, senhas seguras, etc. 9. Desabilitar protocolos e portas não utilizadas Por padrão, protocolos não utilizados são desabilitados na maioria das câmeras e gravadores, mas é sempre bom verificar, por exemplo, se protocolos como FTP e SMTP estão desabilitados caso não estejam em uso. Outra dica é sobre o uso de SNMP: caso não seja utilizado, desabilite. Caso queira usar, escolha a versão 3, se estiver disponível, pois é a mais segura.
5. Atualização de firmware Sempre existe a possibilidade de se encontrar uma vulnerabilidade no equipamento, e é por essas e outras que os fabricantes lançam atualizações de tempos em tempos. Para evitar transtornos, sempre verifique com o fabricante do produto se existe algum firmware atualizado para corrigir falhas ou possíveis vulnerabilidades. 6. Verificação de logs de auditoria Equipamentos de segurança profissionais criam logs que podem ser consultados posteriormente. Esses registros podem fornecer informações como a quantidade de tentativas de log in que não deram certo – caso o número seja muito alto, talvez seu equipamento esteja sendo vítima de alguma tentativa de invasão por força bruta. Logs podem também indicar se a quantidade de backups de trechos de imagens por um mesmo usuário seja muito grande. Pode se tratar de um segurança cuidadoso que salva todos os eventos que considera relevante, mas também pode se tratar de alguém que esteja levando vídeos da empresa indevidamente para alguma ação criminosa. 44
10. Usar HTTPS ao invés de HTTP A utilização de HTTPS garante que os dados irão trafegar criptografados e, portanto, não poderão ser visualizados se forem capturados no meio do caminho. A maioria dos dispositivos de segurança profissionais no mercado permitem que sejam criados certificados para que a comunicação entre os dispositivos ocorra de forma segura. Conclusão Com a popularização dos sistemas de segurança em rede e a disponibilização de imagens na Internet, cuidados devem ser tomados para se evitar que os mesmos sejam vítimas de ataques cibernéticos. SE
Adriano Oliveira Trabalha com segurança eletrônica há mais de 16 anos, tem pós-graduação em segurança da informação, é formado em redes, atua como gerente de produto na Dahua Technology e mantém o blog Hardware Magazine.
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*Pesquisa Nacional sobre Segurança Eletrônica, realizada pela Abese (2019)
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