Revista Segurança Eletrônica | Edição 51
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EM FOCO
Autodefesa Nelson Santini Neto CEO da Autodefesa Brasil
Segurança 360º
Abril
BANCO SANTANDER REDUZ EM 98% OS CRIMES NAS AGÊNCIAS EM APENAS DOIS ANOS
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Autodefesa Nelson Santini Neto CEO da Autodefesa Brasil
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BANCO SANTANDER REDUZ EM 98% OS CRIMES NAS AGÊNCIAS EM APENAS DOIS ANOS
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Editorial
Solução em nuvem e outras tendências
S
e a pandemia de COVID-19 nos mostrou algo, é que a capacidade de acessar e gerenciar remotamente os equipamentos de segurança será um recurso obrigatório no futuro para uma parte considerável do mercado e as soluções em nuvem têm fornecido essa funcionalidade com sucesso. No entanto, mesmo antes de o coronavírus levar o mundo à paralisação, a tecnologia em nuvem – sejam verdadeiras ofertas de nuvem em que a rede inteira de um usuário final é gerenciada e arquivada na nuvem ou um ambiente híbrido que incorpora recursos locais e na nuvem – já estava influenciando uma variedade de outras tendências em todo o setor. A Eagle Eye Networks, uma das pioneiras da tecnologia de vigilância em nuvem, divulgou os resultados de seu estudo realizado recentemente, mostrando não apenas como as organizações estão aproveitando a nuvem nas operações do dia a dia, mas também como o uso de outras tecnologias de câmera estão mudando. Veja alguns pontos da análise: Nuvem x armazenamento local – Uma das descobertas do estudo é que os usuários finais estão mudando suas preferências de gravação: 63% já estão usando o armazenamento apenas na nuvem e 37% usam uma mistura dos dois. Tempo de armazenamento – Quando se trata de quanto tempo a maioria das organizações mantém o vídeo gravado, 30 dias ainda parece ser o padrão da indústria, já que 42% daquelas com configurações de armazenamento em nuvem arquivaram as filmagens por esse período de tempo. Com relação aqueles que utilizam a gravação local, o estudo descobriu que a maioria dos usuários finais reteve a filmagem por 30 a 60 dias (72%). Tendências em câmeras – O estudo também descobriu que as resoluções das câmeras têm aumentado constantemente nos últimos cinco anos, o que, dada a maior disponibilidade de conexões de internet com maior largura de banda e a queda dos preços das câmeras, não é nenhuma surpresa. Enquanto 90% das câmeras conectadas ao Eagle Eye VMS tinham resolução inferior a 2 megapixels em 2016, esse número caiu para 73% no ano passado. Olhando para o futuro – Espera-se que a evolução da inteligência artificial tenha um impacto significativo na indústria nos próximos anos, à medida que as organizações expandem cada vez mais a vigilância por vídeo para além dos aplicativos de segurança tradicionais. Há uma tendência de usar câmeras de segurança para mais do que apenas segurança. Elas estão sendo usadas para administrar negócios, verificar remotamente como as coisas estão indo, quão ocupadas estão, encontrar os horários de pico, contagem de pessoas e muito mais. A grande maioria das câmeras estão focadas na segurança; no entanto, a porcentagem para outras aplicações está crescendo e vai continuar. Fernanda Ferreira Editora
Ano 4 | N° 51 | Abril de 2021
Redação Fernanda Ferreira (MTB: 79714) editorial@revistasegurancaeletronica.com.br Colaboradores Adalberto Bem Haja Fábio Ribas Designer Gráfico Giovana Dalmas Alonso Eventos Vianne Piiroja eventos@revistasegurancaeletronica.com.br Financeiro Bruna Visval financeiro@revistasegurancaeletronica.com.br Comercial Christian Visval christian.visval@revistasegurancaeletronica.com.br 11. 97078.4460 Segurança Eletrônica Online www.revistasegurançaeletronica.com.br
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Tiragem: 16.000 exemplares
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Impressão: Gráfica Mundo
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REVISTA SEGURANÇA ELETRÔNICA
Sumário 08.
NOVIDADES
Hikvision | p. 08 10 principais tendências do setor de segurança Abion | p. 14 Grupo Neoyama lança marca Abion, para atuar no mercado de segurança eletrônica Cipher | p. 14 Cipher amplia equipe estratégica no Brasil para desenvolver novos negócios na América Latina
16.
DESTAQUES
Axis Communications | p. 16 Axis anuncia câmera dome fixa com Inteligência Artificial e Deep Learning
18.
CASE DE SUCESSO
Santander Brasil | p. 18 Banco Santander reduz em 98% os crimes nas agências em apenas dois anos
26.
EM FOCO
Nelson Santini Neto e Arnaldo Costa Vargas – Autodefesa Brasil | p. 26 Segurança 360º com foco na antecipação de riscos e redução de perda
34.
ARTIGO
Até que ponto as pessoas estão realmente dispostas a abrir mão da conveniência em favor da segurança? | p. 34 A regulação de dados pode impulsionar a inovação dos negócios? | p. 40
Novidades
Hikvision
10 principais tendências do setor de segurança
A
pesar de o ano de 2020 ter sido extremamente atípico, a transformação constante no setor de segurança não parou. Várias mudanças significativas no uso da tecnologia estão até mesmo se acelerando. Por exemplo, o aumento de tecnologias de multipercepção, a convergência de sistemas de segurança, a popularidade da inteligência artificial e o surgimento de soluções em nuvem. Essas mudanças estão expandindo e remodelando o escopo da indústria de segurança, desde manter pessoas e ativos protegidos até a criação de ambientes mais seguros, eficientes e inteligentes. Olhando para o futuro, temos grandes esperanças e a Hikvision gostaria de compartilhar algumas ideias acerca das principais tendências que podem afetar o setor de segurança tanto a curto quanto a longo prazo. 1. Tecnologia de vídeo inteligente ajudando durante a pandemia Diante da pandemia, as empresas estão priorizando encontrar maneiras de retomar as operações com segurança. A tecnologia de vídeo inteligente tem mostrado grande potencial para ajudar as companhias a manter seus funcionários e clientes seguros ao retorno do trabalho. Alimentadas por Inteligência Artificial, as câmeras de segurança monitoram locais com diversas pessoas para garantir que os 08
funcionários sigam as precauções vitais de segurança – incluindo distanciamento social, uso de máscara e controle de fluxo – e fornecem rastreamentos iniciais de temperatura. Os funcionários estão evitando contato físico desnecessário nesta época tensa graças ao hardware compartilhado, acelerando a tendência de sistema de controle de acessos sem toque que vimos no mercado. Vários modos de verificação sem toque – reconhecimento facial, reconhecimento de impressão palmar, códigos NFC e QR – estão sendo fortemente promovidos. 2. Uma percepção multidimensional Por muito tempo a captura de imagens visuais foi o núcleo e a única capacidade de percepção dos sistemas de segurança por vídeo. Mas com o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias de detecção, computação de ponta mais avançada e algoritmos inteligentes, dispositivos e sistemas de segurança integrados que empregam vários sensores estão se tornando possíveis. Agora mais recursos de percepção como detecção por radar, imagens multiespectrais, medição de umidade e temperatura e detecção de pressão de gás estão sendo incluídos a câmeras de vídeo e sistemas. Essa inclusão estende os recursos de percepção dessas câmeras e sistemas de vídeo e amplia seus aplicativos, permitindo a coleta e o uso de informações multidimensionais. Por exemplo, uma abordagem promissora agora integra câmeras com tecnologia de radar de ondas centimétricas e milimétri-
Novidades
cas que pode estender a percepção além do alcance visual para detecção de objetos e rastreamento de movimentos até 100 metros de distância. Imagens multiespectrais são outra boa abordagem para as câmeras perceberem as informações do espectro de luz não visível. Por exemplo, a inovadora detecção por ultravioleta (UV) aumenta a capacidade de percepção das câmeras a ponto de capturar fenômenos de arco elétrico invisível. Esta tecnologia encontra uma aplicação importante em verificações de segurança em redes elétricas antigas. Os recursos de percepção multidimensional desempenharão um papel fundamental para levar o setor de segurança por vídeo para o próximo nível e vemos um número crescente de dispositivos e sistemas de segurança integrados com vários sensores. 3. Visibilidade – A qualquer momento e sob quaisquer condições Os usuários esperam desempenho ininterrupto de suas câmeras de vídeo, independentemente da estação, do clima e certamente da hora do dia. É vital ter câmeras que possam responder de forma eficaz para capturar imagens claras, não importando a hora do dia ou da noite ou se o tempo estiver ruim. Atualmente, a tecnologia de imagem em baixa luminosidade que fornece imagens coloridas em ambientes escuros e à noite está se tornando popular no setor de segurança, e os clientes têm demonstrado preferência por câmeras com imagem colorida 24 horas por dia e 7 dias da semana. Agora mais câmeras front-end estão equipadas com tecnologia de imagem em baixa luminosidade para garantir que possam “ver” e reproduzir as cores da imagem durante o dia e à noite. E em outras condições extremas como chuva forte, neve, nevoeiro ou poluição atmosférica como as câmeras garantem a visibilidade? Os profissionais do setor tendem a escolher imagens térmicas que medem o calor – ou radiação térmica – para 10
gerar imagens a partir de seu campo de visão. Com a geração de imagens térmicas a imagem renderizada é muito menos afetada, mesmo pelas condições mais obscuras de luz. 4. Tecnologia 5G para UHD e segurança com vídeo sem fio A tecnologia 5G pode trazer grandes mudanças para o setor de segurança. A maior largura de banda e a menor latência de 5G tornam possível a transmissão regular de imagens de alta qualidade e, com a adoção generalizada de câmeras de ultra-alta definição (UHD), podem apresentar novas oportunidades para segurança por vídeo. Além disso, a transmissão sem fio confiável sobre a tecnologia 5G revolucionará o mercado de segurança de vídeo atualmente conectado. Nas próximas redes 5G as câmeras sem fio proliferarão e mais dispositivos de ponta serão conectados em locais remotos. Isso também facilitará a implantação ampla e rápida de aplicativos com IA em dispositivos de ponta. 5. Convergência de vários sistemas de segurança Operamos em um setor onde os usuários esperam soluções abrangentes. O conceito de sistemas funcionando perfeitamente em conjunto há muito é desejado pela grande maioria dos profissionais de segurança. Os benefícios de convergir vários sistemas de segurança – incluindo vídeo, controle de acessos, alarme, prevenção de incêndio e gerenciamento de emergência – em uma plataforma unificada são múltiplos, sendo a eficiência e a relação custo-benefício os principais. Por exemplo, quando um alarme dispara, um sistema integrado vincula automaticamente esse alerta à saída da câmera mais próxima para que toda a situação possa ser facilmente testemunhada a partir da central de monitoramento. Isso se tra-
Novidades
duz em uma redução considerável de tempo e esforço e, o mais importante, de custos. Gera economia na equipe, tempo do instalador, custos de manutenção separados, licenças de software separadas etc., tudo se soma para criar um pacote atraente para os clientes. Além do mais, a convergência aumenta a escala das soluções de segurança. A infraestrutura existente atenderá e gerenciará as necessidades futuras na mesma plataforma central. 6. Transformação digital de empresas habilitada por sistemas de segurança por vídeo Além de segurança e proteção, a oferta de sistemas de segurança por vídeo com valor agregado se expandiu para ajudar as empresas em nível corporativo em seus processos de transformação digital e para que obtenham percepções acerca das oportunidades de desenvolvimento. Capacitadas por análises de IA, as soluções inteligentes de segurança por vídeo da atualidade são projetadas para aprimorar a automação e a eficiência operacional em vários mercados verticais, incluindo tráfego, varejo, fabricação, construção, educação e muito mais. Os varejistas, por exemplo, entendem melhor o tráfego de pedestres em suas lojas e otimizam suas estratégias de merchandising com a ajuda de soluções inteligentes por vídeo. Essas soluções foram projetadas com painéis digitais para exibir dados e informações que vêm dos sistemas internos integrados de informações empresariais. Os operadores podem utilizar esses sistemas para obter atualizações de status em tempo real para ajudá-los a tomar as melhores decisões para seus negócios. A tendência de transformação digital em muitas empresas apresenta grandes oportunidades para as empresas de segurança expandirem seu escopo e desempenharem um papel importante no futuro de um mundo inteligente. 12
7. Soluções de segurança aceleradas com base em nuvem A tendência de “mudança para a nuvem” para empresas de todos os tamanhos se acelerou em todo o setor de segurança em 2020. Dos mercados de pequenas empresas ao nível empresarial, mais e mais empresas estão aproveitando atualmente os serviços em nuvem econômicos para estender a flexibilidade de suas operações, implementação e gerenciamento. Os sistemas de segurança com base em nuvem, que reúnem segurança, rede, armazenamento, análises e gerenciamento, estão tornando a implementação muito mais fácil, pois não há necessidade de servidores e software locais. Isso economiza uma quantidade significativa de tempo e custos enquanto amplia ou reduz seus sistemas de segurança. Por meio de uma infraestrutura de hospedagem em nuvem essas soluções também beneficiam os clientes com operações e manutenção remotas, alertando-os rapidamente acerca dos principais eventos de segurança e permitindo que se mantenham atualizados com as últimas versões de firmware, atualizações e serviços. 8. Maior computação de ponta para colocar IA em todos os lugares A computação de ponta cada vez mais avançada tornou-se disponível para câmeras de segurança e vemos continuamente algoritmos mais inteligentes encontrando aplicações mais amplas. Isso nos faz acreditar que a computação de ponta tem uma boa chance de “colocar a IA em toda parte”. O reconhecimento automático de números de placas de veículos (ANPR), alerta automatizado de eventos, contagem de pessoas, mapeamento térmico, detecção de estacionamento ilegal e detecção de capacetes, bem como uma série de outras aplicações de IA, estão se tornando populares no mercado de segurança. Com o aumento da computação de ponta e algoritmos
Novidades
de Inteligência Artificial otimizados será normal ver câmeras de segurança assumirem tarefas mais inteligentes em um futuro próximo para ajudar a aprimorar a segurança nas comunidades locais e a eficiência dos sistemas de dados. 9. Ecossistemas de aplicativos com IA aberta Com os aplicativos com IA sendo utilizados em muitos campos novos, os requisitos de mercado para algoritmos de IA estão se tornando mais diversificados e a demanda por customização também está aumentando. Temos visto mais colaboração em todo setor e novos ecossistemas para satisfazer as várias necessidades do mercado. Vários fabricantes ligados a segurança lançaram programas para manter seus dispositivos de ponta abertos para aplicativos com IA de terceiros. Isso traz uma maior variedade de funcionalidade inteligente enquanto os parceiros de desenvolvimento também se beneficiam da abertura. Fornecer plataformas abertas de treinamento com IA para que os clientes criem e treinem diretamente seus próprios algoritmos é uma prática bastante comum em outros setores e agora está surgindo no campo da segurança física. Os clientes têm um entendimento mais profundo acerca de seus próprios negócios e será mais eficiente e eficaz para eles com plataformas de treinamento com Inteligência Artificial abertas e fáceis de utilizar para
desenvolver seus próprios algoritmos com base em seus dados e necessidades específicas de segurança e negócios. 10. Ênfase na segurança cibernética e privacidade de dados A segurança cibernética e a proteção da privacidade de dados têm sido um desafio para o setor de segurança desde o momento em que o primeiro dispositivo de segurança foi conectado à internet. Impulsionados pelo aumento das soluções com base em nuvem e uma série de tecnologias inovadoras como IoT, Big Data, 5G e IA, milhões de dispositivos e sistemas de segurança agora estão se juntando a essa rede conectada. Proteger os dispositivos e sistemas de segurança contra ataques cibernéticos e estabelecer a privacidade dos dados são questões mais importantes do que nunca. A segurança cibernética continuará a ser uma preocupação para o setor em todas as etapas do processamento de dados, desde geração, transmissão e armazenamento até os aplicativos de dados e, finalmente, a exclusão. “Confiança Zero” tem sido um conceito popular no campo da segurança cibernética e está pode ser uma ideia inspiradora para as empresas de segurança criarem padrões de segurança cibernética de alto nível com a postura de “nunca confie, sempre verifique”. O tempo dirá. SE
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Novidades
Abion
Grupo Neoyama lança marca Abion, para atuar no mercado de segurança eletrônica
A
conteceu no dia 01 de março o lançamento da marca Abion, localizada em Joinville, Santa Catarina. A empresa que atua com tecnologia biométrica, segurança eletrônica, controle de acesso, auto atendimento e automação comercial, foi criada através de um spin-off do Grupo Neoyama, empresa de automação industrial. Referência com anos de experiência em inovação dentro do grupo, a marca oferece em seu portfólio, mais de 100 produtos
de alta qualidade e tecnologia de ponta. A Abion se destaca no mercado através de uma equipe técnica altamente qualificada, com engenheiros especializados para prestar o suporte e o apoio no desenvolvimento de aplicações exclusivas. “A Abion é uma empresa nacional que nasceu dentro do grupo Neoyama, totalmente focada na distribuição de soluções de identificação para os segmentos de controle de controle de acesso, ponto, autoatendimento e automação comercial. O objetivo principal da Abion é tornar os mais diferentes tipos de biometria totalmente acessível para todos! Dentre os nossos principais produtos estão: leitores biométricos embarcados e desktop de impressão digital, leitores biométricos e API’s de reconhecimento facial, leitores QR code, mini pc’s, panel pc’s, dispositivos programáveis IOT, impressoras térmicas para totens e registradores de ponto, impressoras para cartões, dentre outros produtos”, disse Fábio Faria, Product Manager da Abion. A missão da Abion é democratizar e simplificar a aplicação de tecnologia de ponta nos mercados de atuação. Hoje, a empresa conta com mais de 8 mil clientes que utilizam seus produtos e soluções, além de disponibilidade de estoque a pronta entrega para Brasil e América Latina. SE
Cipher
Cipher amplia equipe estratégica no Brasil para desenvolver novos negócios na América Latina
A
Cipher, empresa global de segurança cibernética do grupo Prosegur, anuncia mudanças no board da companhia com o objetivo de desenvolver novos negócios e integrar soluções entre a Cipher e o Grupo Prosegur para toda a América Latina. As novidades envolvem a promoção do executivo David Tudino, que há três anos liderava a área de MSS (Managed Security Services), para o cargo de Business Developer Director. Em seu lugar assume Marco Alexandre Garcia, recém-contratado pela companhia. Tudino atua na Cipher há 10 anos e assume a nova função com a meta de expandir os negócios da Cipher em toda a região LATAM. “Ao subir mais um degrau na minha carreira, considero que o maior desafio será expandir fronteiras, tornando o programa Cipher Prosegur xSell uma referência para o Grupo ao redor do mundo”, disse Tudino. “David é um profissional experiente, acumula profundo conhecimento sobre a Cipher e suas soluções e agrega o perfil que buscamos para esse novo momento de expansão global da Cipher junto à Prosegur”, comentou Paulo Bonucci, VP da Cipher para a América Latina. Já o novo diretor de MSS da Cipher, Marco Alexandre Garcia, será responsável pela gestão de aproximadamente 90 pessoas e tem como principal objetivo incrementar os serviços já oferecidos pela empresa no mercado de Cibersegurança, agregando novas tecnologias, processos e conhecimento à área. “Vamos fomentar o desenvolvimento dos colaboradores nas habilidades de automação e aplicação de Machine Learning, de modo a nos posicionar como geradores de valor diferenciado junto ao mercado”, afirmou. SE 14
Destaque
Axis Communications
Axis anuncia câmera dome fixa com Inteligência Artificial e Deep Learning
A
Axis Communications anunciou o lançamento da câmera dome fixa versátil AXIS P3255-LVE, plataforma avançada para análises baseadas em inteligência artificial (IA) com aprendizado profundo (Deep Learning). A câmera IP conta com chipset duplo que cumpre com a tarefa de classificar até mesmo objetos altamente granulados e cheios de nuances. O segredo por trás dos recursos de classificação de objetos baseados em Inteligência Artificial (AI) do equipamento é a combinação entre o chip duplo e o chip ARTPEC-7, patenteado pela Axis, com uma Unidade de Processamento de Aprendizado Profundo (DLPU). O hardware de alto desempenho também permite utilizar aplicativos de terceiros, personalizados e baseados em IA. O chipset duplo permite que o AXIS Object Analytics pré-instalado detecte e classifique pessoas ou veículos, além de distinguir entre diferentes modelos - como carros, ônibus, caminhões, bicicletas e motocicletas. A dupla função garante a capacidade de executar análises na câmera (localmente), possibilitando um sistema mais rápido e escalável. Outros benefícios são o processamento em tempo real e a redução de custos e complexidade. Também são menores as ne16
cessidades de armazenamento e largura de banda, bem como as preocupações com a privacidade, porque apenas o vídeo relevante é transferido pela rede. Principais características: • Inteligência Artificial e Deep Learning potente • Classificação de objetos granulados • Compatibilidade com aplicações AI de terceiros • Processamento local que favorece a escalabilidade • Lightfinder 2.0, WDR Forense, OptimizedIR A câmera externa com classificação IK10 possui um recurso de segurança aprimorado para impedir o acesso não autorizado e preservar o sistema. Além disso, oferece excelente qualidade de imagem em resolução HDTV 1080p e, junto ao Axis Lightfinder 2.0 e o Axis Forensic WDR, oferece cores realistas e excelentes detalhes em condições de pouca luz ou na escuridão quase total. Entre os recursos está OptimizedIR, que garante imagens nítidas e sem brilho na escuridão completa, sem a necessidade de iluminação adicional. SE
Case de Sucesso
Santander Brasil
Banco Santander reduz em 98% os crimes nas agências em apenas dois anos Segurança preventiva, com redução de perdas e mitigação dos riscos foram a chave para um projeto de segurança eficaz Por Fernanda Ferreira
O
Santander, um dos maiores bancos do mundo e o terceiro maior banco privado do Sistema Financeiro Nacional, estava vivendo um terror por conta do caos em seus sistemas de segurança. Todos os anos o banco registrava um prejuízo na casa das centenas de milhões devido a assaltos e furtos ocorridos nas agências. A gota d’água aconteceu em setembro de 2016: em apenas um mês foram perdidos mais de R$ 12 milhões. Entre os problemas que tornavam a segurança ineficiente, estavam a quantidade de soluções eletrônicas implantadas sem organização ou lógica. Muitos equipamentos CFTV, diversos tipos diferentes de alarmes, ferramentas que não funcionavam, entre outros. Como consequência, a sala de monitoramento recebia mais de 7 milhões de disparos falsos por mês e o Santander pagava mais de 400 multas para a Polícia Militar por ter chamado viaturas sem realmente ter acontecido um incidente. “As ocorrências que aconteciam no final de semana, nós ficávamos apurando até quarta-feira da semana seguinte. Todos os 18
casos que não eram comunicados pela sala de monitoramento, nós chamávamos de surpresinha ruim, porque é horrível você ser informado por terceiros que uma agência foi atacada, quando é uma obrigação sua o monitoramento. Entretanto, nós não tínhamos o que fazer, eram milhões de disparos de alarmes todos os meses, era humanamente impossível fazer gestão de segurança da forma como tudo estava”, relatou Douglas Prehl, Superintendente do Santander Brasil. Para mudar essa situação, o Santander começou a transformar a forma como faziam a segurança. O primeiro passo foi alterar o modelo de contratação, passando de CAPEX (compra de bens) para OPEX (aluguel de bens), dessa forma a empresa conseguiria locar as soluções ao invés de gastar com a compra dos equipamentos. Na sequência, em 2017, o banco fez a primeira implantação de novas soluções, instalando geradores de névoa da Protect nas agências de todo o Brasil. “Por um lado, começamos a reduzir a questão das explosões, mas por outro eu continuava vulnerável
Case de Sucesso
Central de monitoramento da Autodefesa Brasil.
porque não tinha uma série de gravações, não conseguia visualizar e continuava com um volume expressivo de disparos de alarmes”, disse Douglas. Ataques terroristas Como os números de perdas do Santander eram assustadores, empresas de segurança em todo o mundo não aceitaram fazer a reconstrução das agências e recomposição das soluções eletrônicas. “Nós entramos em contato com as sete maiores empresas de segurança do mundo e com uma grande empresa do Brasil e todas revogaram, porque de fato os números eram muito pouco promissores e também porque o Brasil é considerado um local terrorista para ataques a bancos; é o único local no mundo que se usa explosivos para subverter valores”, explicou Prehl. Diante desse cenário, as empresas Grupo CAMPSEG e o Grupo Esparta, que já tinham um histórico de atendimento ao Santander na área de segurança patrimonial, decidiram se unir e formar uma única empresa, a Autodefesa Brasil, para atender as necessida-
des de renovação tecnológica e de segurança do banco. “Por já fazermos parte de alguns projetos do banco, nós já tínhamos a dimensão do que precisava ser realizado, mas para isso ser possível precisávamos unir as nossas empresas para termos mais potência financeira, administrativa e de expertise”, explicou Nelson Santini Neto, presidente da Autodefesa Brasil. “Quando assumimos a segurança do Santander, a perda financeira era monstruosa, os criminosos chegavam com dinamite, pé de cabra e serras, arrebentavam os cofres, faziam assaltos a mão armada, parecia um cenário de guerra, somando perdas de milhões e milhões de reais. Não conseguíamos fazer a gestão porque a infraestrutura não nos dava informações suficientes, então decidimos primeiro estudar o modo de operação dos ataques e customizar as agências de acordo com suas peculiaridades e localização; modernizamos a infraestrutura elétrica e de rede e renovamos toda a parte tecnológica, estabelecendo um padrão de soluções para todo o Brasil”, falou Santini. Para o novo projeto de segurança ser eficiente, a Autodefesa 19
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Case de Sucesso
Algumas das soluções de segurança que são aplicadas nas agências do Banco Santander.
Brasil aplicou uma metodologia chamada de Segurança 360º, em que a empresa fica responsável por todos os âmbitos da segurança, como a área de tecnologia, gestão, integração, manutenção, monitoramento, treinamento, segurança física, segurança eletrônica, etc. Dessa forma, se o Santander precisar de uma nova solução, se um equipamento parar de funcionar ou se precisar de um vigilante extra, a empresa de segurança realiza todo o trabalho, assim o banco não precisa mais comprar câmeras ou contratar um vigilante por hora, ele loca os equipamentos e terceiriza o monitoramento. “As pessoas estão habituadas a fazer um orçamento e olhar somente para um pedacinho; quando você olha o todo e percebe tudo o que perde, acaba entendendo que qualquer projeto que montar e pagar por locação, vale muito mais a pena. Não temos mais despesas por decomposição ou por recompra de equipamentos”, explicou Douglas. “Somente de vigilantes extras nós gastávamos mais de R$ 4,5 milhões por mês. Ao deixarmos esse serviço com a Autodefesa, gastamos menos de R$ 100 mil, ou seja, uma economia de 45x. Quando analisamos tudo o que existia e tudo o que existe hoje, reduzimos nosso orçamento em 35%”, completou o superintendente. Além disso, a Autodefesa Brasil também assumiu os riscos de todo o projeto, o que significa que se uma agência for roubada ou um prédio danificado, todo o prejuízo será coberto por eles. “O nosso contrato com a Autodefesa é de não sofrer nenhum impacto nas agências. Quem faz isso no mercado? Ninguém! A diferença de fazer segurança e fazer segurança de forma inteligente é a maneira como eles prestam serviço para o banco”, falou Douglas Prehl. Modernização em 365 dias Ao todo, 2.700 agências em todo o Brasil foram revitalizadas em menos de um ano. Todas as unidades foram padronizadas e receberam centrais de monitoramento da Bosch; NVRs e DVRs da SCATI; câmeras da Intelbras, Dahua Technology e Hikvision; geradores de neblina da Protect; sirenes de alerta da Rontan; analíticos da Intelbras e Hikvision e controle de acesso facial da Hikvision. 22
Douglas Prehl, Superintendente do Santander Brasil.
Após tudo uniformizado, a Autodefesa Brasil encontrou um obstáculo: encontrar um software que gerenciasse todo o parque (80 mil pontos de alarmes e 50 mil câmeras) e que fosse capaz de analisar e dar prioridade nos eventos. Após diversas pesquisas, não encontraram nenhuma plataforma suficientemente ágil disponível no mercado e passaram então a desenvolver um software próprio em parceria com a empresa NextStep Software. “Nosso objetivo maior sempre foi não ter mais ocorrências no Banco Santander, mas nosso objetivo secundário era termos informação on-time. E para conseguirmos isso, precisávamos de um software robusto que conseguisse fazer a gestão de todos os eventos com Inteligência Artificial e Machine Learning. Assim, se uma pessoa entra na agência às 22h, é uma prioridade; e se entra meia-noite, é outra prioridade, dessa forma o sistema escalona para o analista por ordem de urgência. Nosso objetivo é que se um criminoso encostar em um cofre de alguma agência, nós saibamos no mesmo instante, até para podermos ter um tempo de resposta, porque cada segundo faz diferença”, disse Nelson Santini. Com o novo software implantado, o número de disparos mensais passou de 7 milhões para 25 mil. Também reduziram para praticamente zero o acionamento da polícia por disparos falso positivos. Agora, se houve um chamado de alguma agência, realmente está acontecendo uma ocorrência no local. O volume de perda financeira do Santander também surpreende: passou de centenas de milhões de reais por ano para praticamente nada, apenas após dois anos de projeto implementado. “A Autodefesa Brasil entendeu o modus operandi dos ataques, implantou as soluções de acordo com a necessidade de cada agência, revitalizou todo o parque e nos entregou. Consequentemente meu volume de perda reduziu em 98%. Se um matemático ver nosso gráfico de queda de prejuízo, vai achar que é impossível”, falou Douglas. “Acredito que a chave do sucesso deles, além de assumirem o risco, fazerem a proteção e manutenção e cumprirem o SLA, é saberem o que instalar em cada ponto das agências e não deixar nenhuma ponta solta”, concluiu o executivo.
Em Foco
Autodefesa Brasil
Segurança 360º com foco na antecipação de riscos e redução de perdas Empresa tem como metodologia oferecer aos clientes uma prestação de serviço 100% segura, em que assumem totalmente os riscos em caso de falhas
Por Fernanda Ferreira
A
Autodefesa Brasil surgiu em 2018 por meio da união das empresas de segurança já consolidadas no mercado: Grupo CAMPSEG e Grupo Esparta. Com o objetivo de proporcionar uma segurança 360º para os seus clientes, a Autodefesa Brasil prioriza a habilidade de antecipação de riscos e redução máxima de perdas. Para falar mais sobre esse consórcio de empresas e como é a atuação deles no mercado, conversamos com os sócios da companhia Nelson Santini Neto (CEO) e Arnaldo Costa Vargas.
Revista Segurança Eletrônica: Por que decidiram criar a empresa Autodefesa Brasil? Nelson Santini Neto: A Autodefesa Brasil é formada por duas empresas – Grupo CAMPSEG e o Grupo Esparta (totalizam juntas 8 mil funcionários) – que já tinham histórico de atendimento ao Banco Santander na parte de segurança patrimonial, e 26
ao longo dos anos começaram a surgir outros projetos para o banco, como assumir a central de monitoramento que controla a parte de segurança de todas as agências do Brasil; realizar a renovação de todo o parque tecnológico, como câmeras, controle de acesso e alarmes; refazer toda a parte estrutural como parte elétrica e de rede; entre outros. Para conseguirmos modernizar todas as agências e reduzir ao máximo as perdas que o banco vinha constantemente sofrendo – prejuízo na casa das centenas de milhões devido a assaltos, furtos e explosões – nós criamos o Autodefesa Brasil. Fizemos aportes financeiros, juntamos nossos conhecimentos – cada um em uma área específica – e assim, após dois anos de projetos, conseguimos praticamente zerar as perdas do Santander em todo o país. Começou como um consórcio de empresas para atender o Banco Santander e hoje já contamos com dezenas de outros proje-
Em Foco
Arnaldo Costa Vargas - Diretor
tos na área de segurança. É uma parceria que deu muito certo. Revista Segurança Eletrônica: Quais outros projetos vocês realizaram como Autodefesa Brasil? Nelson Santini Neto: Hoje temos diversos projetos, inclusive com outros bancos, condomínios, prédios comerciais, etc. Nós estamos focados realmente em ser a maior empresa do Brasil de segurança eletrônica, e para isso atuamos de forma estratégica nas empresas, entregando um trabalho de excelência, desde a infraestrutura até a parte comercial e relacionamento. Temos muitas empresas boas no mercado, mas acredito que muitas pecam na qualidade da entrega, por isso nós já começamos um projeto com tudo muito bem definido, investimos na área de engenharia para a parte de tubulação, de dimensionamento correto de infraestrutura de rede e elétrica e instalação das soluções; planejamos de uma forma que conseguimos colocar a melhor solução com o melhor custo. Revista Segurança Eletrônica: Qual o diferencial da Autodefesa Brasil para outras empresas de segurança que atuam no mercado? Nelson Santini Neto: O nosso grande diferencial é o nosso modelo de gestão 360º. Nós fazemos uma projeção e mensuração tão bem feita que assumimos o risco de reembolsar o cliente caso ele tenha alguma perda por qualquer falha na segurança. Assim é o nosso contrato no Santander; se algum 28
Nelson Santini Neto - CEO
criminoso entrar na agência e roubar R$ 1 milhão, nós pagamos a quantia de volta. No mercado hoje, quem tem coragem de assumir o risco do cliente? Arnaldo Costa Vargas: O que nós fazemos é pedir a “chave do prédio” do cliente e assumir toda a responsabilidade da segurança. Nós instalamos os equipamentos, fazemos a manutenção das soluções, o monitoramento, a segurança patrimonial, tudo. Aplicamos equipamentos de ponta para obtermos um resultado melhor; temos uma equipe de manutenção qualificada para manter o padrão de atendimento e correção das soluções; temos uma pronta resposta 100% efetiva, treinada e que sabe o que deve ser feito. E por fim, se algo acontecer em qualquer ocorrência que coloque o patrimônio ou a segurança de nossos clientes em risco, nós atuamos prontamente e sempre que possível preventivamente. Pois o risco do nosso cliente é nosso. Se algo acontecer, porque não pudermos evitar, estaremos no local para entender o que aconteceu e estudar o crime; estamos constantemente estudando o modus operandi da criminalidade para que nós possamos adaptar o nosso equipamento eletrônico de uma maneira que fique mais efetivo. Revista Segurança Eletrônica: Dentro dessa visão 360º, tem alguma área que vocês não atuam, como segurança cibernética, por exemplo?
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Nelson Santini Neto: Em relação a segurança cibernética, depende do nível. Nós fazemos a segurança cibernética por meio do nosso software, mas para fraudes eletrônicas nós não temos contrato ainda. O nosso software está pronto para isso, mas a segurança cibernética é uma outra variável. Arnaldo Costa Vargas: Nós estudamos várias soluções. Hoje nós somos o único Grupo que monitora material bélico de porte no Brasil, além do monitoramento de dinheiro, joias, etc. Realizamos tudo o que podemos para proteger o ativo, como aplicar a melhor câmera, o melhor alarme e, se mesmo assim, o criminoso transpor tudo isso e levar o objeto de valor, nós recuperamos, porque conseguimos integrar justamente esse monitoramento bélico, de dinheiro, joia, junto com nosso software, junto com os produtos do Autodefesa Brasil. Nelson Santini Neto: Para ficar claro, o Grupo Esparta desenvolveu um rastreador inovador para ser colocado nos ativos. Nas ocorrências que tivemos nos últimos anos, alcançamos uma taxa de 90% de êxito na recuperação de ativos com a prisão de quadrilhas. Lógico que com a ação da Polícia Militar e Civil, mas nós avisamos onde exatamente estava o produto roubado, com uma margem de erro de 1,5 metros. É uma solução desenvolvida dentro do Grupo Esparta e que hoje incorporamos na Autodefesa. Revista Segurança Eletrônica: E como funciona esse software próprio da Autodefesa Brasil? Nelson Santini Neto: O nosso software é uma plataforma integradora que absorve qualquer VMS. É focado na gestão de tudo o que acontece, na maneira de escalonar, na forma de dar inteligência e velocidade de resposta para qualquer 30
tipo de ocorrência. Revista Segurança Eletrônica: Em relação a verticais, tem algum nicho que vocês não atendem? Nelson Santini Neto: Existem verticais que não atendemos ainda, mas não quer dizer que não podemos atender; nossa metodologia nos permite receber todos os nichos, o difícil é fazer o cliente mudar a sua mentalidade, que normalmente é viciada em comprar equipamentos e não soluções. O mercado está acostumado a ver o preço, pagar, instalar e ficar com um patrimônio que daqui uns anos será jogado fora. Na nossa metodologia nós assumimos o risco do negócio, compramos o parque, fazemos a manutenção, prestamos os serviços de segurança e entregamos para o responsável um relatório completo que lhe dará poder de gestão. A nossa proposta é, além de fazer o que o mercado já faz, que eu acho que é a nossa obrigação realizar com qualidade, é propor para o cliente olhar para a despesa, o quanto ele gasta com a compra de equipamentos, ao invés de alugar; o quanto ele tem de perda na operação e como podemos reduzir isso gastando bem menos e tendo praticamente zero perdas ao longo do caminho. Revista Segurança Eletrônica: Vocês acabaram de realizar um grande investimento no escritório da empresa, qual o objetivo de vocês com esse novo prédio? Nelson Santini Neto: Sempre foi o nosso sonho ter um prédio próprio onde o cliente tenha a experiência completa da parte de segurança eletrônica e acesso. O cliente fica muito na expectativa do projeto, por isso a nossa ideia é que o nosso prédio
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seja vivo. Quando o cliente vier nos visitar, ele poderá ver qual e como será a câmera que vamos instalar no seu projeto, como será o alarme, como ele vai tocar, como vai ser a fumaça do gerador de neblina, etc. A ideia é que qualquer tipo de cliente que venha aqui tenha a experiência na prática. Para se ter uma ideia, quando um cliente chegar na nossa estrutura, o carro dele já estará cadastrado na garagem, o portão vai ser aberto com leitura de placa, ele irá subir no elevador com controle de acesso integrado, na recepção já vai estar os dados dele cadastrados com um QR Code ou Secretária Virtual nos totens de autoatendimento, vai subir para uma sala de reunião e a porta irá abrir automaticamente com sistema de controle de acesso identificado por uma inteligência artificial, ou seja, a ideia é que além de ser nosso escritório administrativo, seja também um prédio vivo para que o cliente tenha a experiência dentro da sala. Também faremos um showroom para que nossos parceiros possam enviar suas soluções e as pessoas possam ver esses equipamentos funcionando na prática. Revista Segurança Eletrônica: Que estratégias irão fazer em 2021 para aumentar a presença da Autodefesa Brasil no mercado de segurança? Nelson Santini Neto: O nosso planejamento estratégico está em nos consolidarmos no mercado bancário. Acredito que o nosso case com o Banco Santander seja um projeto de sucesso, com redução de 98% de perdas financeiras e acreditamos que podemos contribuir com qualquer outra instituição financeira em sua melhoria de performance e redução de riscos. Então nossa intenção é nos manter e consolidarmos nos outros ban-
cos, além de cooperativas de créditos, empresas de câmbio, casa de penhores e etc. Revista Segurança Eletrônica: Vocês resumiram que a metodologia da Autodefesa Brasil é reduzir perdas e antecipar riscos aplicando uma segurança 360º? Nelson Santini Neto: Exatamente. Nós entendemos o seguinte, o mercado tem muitos clientes que tratam o negócio como commodity e temos que quebrar essa metodologia, porque queremos entregar um produto de qualidade na ponta. Por isso pedimos ao cliente para deixar nas nossas mãos, nós assumimos o risco e se não funcionar, nós pagamos. É uma mudança cultural, a nossa proposta é realmente que as pessoas parem de comprar de um jeito e passem a comprar de outro. Não é do dia para noite, mas está acontecendo. Revista Segurança Eletrônica: Gostariam de deixar um recado final? Nelson Santini Neto: A nossa ideia é não ter mais um homem olhando para 200 câmeras tentando achar o erro, e sim os sensores, a inteligência e o software; o nosso futuro é não ter mais um operador de monitoramento e sim um analista de sistemas, essa é a nossa filosofia. A ideia é que a máquina faça todo o trabalho do operador e esse operador seja alguém mais qualificado, que veja se o sistema está funcionando perfeitamente, que analise a performance, os indicadores. Do que adianta uma pessoa ficar olhando centenas de câmeras? E o pior é que essa é a metodologia usada em boa parte do mundo ainda. Arnaldo Costa Vargas: Resumindo, não nos pergunte daquilo que somos capazes, apenas nos dê a missão. 31
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Até que ponto as pessoas estão realmente dispostas a abrir mão da conveniência em favor da segurança?
Por Fábio Ribas
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xistem diversas pesquisas que apontam a segurança sempre entre as principais preocupações dos brasileiros – e isso se repete há vários anos, justificando inclusive o crescimento contínuo do mercado de segurança eletrônica mesmo em períodos de crise. No ano de 2020, por exemplo, o setor de segurança cresceu 13%, superando a expectativa prevista de 12%, segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (Abese). Tecnologias são apresentadas a cada dia oferecendo novas alternativas de proteção, e elas funcionam muito bem – quando corretamente aplicadas. A visão de segurança precisa estar sempre presente e ela naturalmente interfere na conveniência e comodidade das pessoas que se dizem preocupadas nas pesquisas, mas acabam questionando e sendo resistentes às medidas necessárias quando impactadas por elas. E infelizmente observamos situações em que alguém acaba cedendo à “tentação da venda” e acaba priorizando a conveniência em detrimento da segurança, por erros conceituais. Vou dar um exemplo: o uso da tecnologia de Leitura de Placas Automotivas, normalmente conhecido como LPR (do nome original License Plate Recognition, em inglês). Sou um entusiasta dessa tecnologia, conhecedor dos desafios existentes para implantá-la adequadamente (que seriam suficientes para um artigo específico) e a recomendo e utilizo em diversos projetos. Entretanto é comum 34
observar abordagens nas quais ela é sugerida como forma de automatizar o controle de acesso, liberando uma cancela ou abrindo um portão a partir da validação da existência daquela placa na lista de permitidos, a popular “white list”. Isso sem dúvida é extremamente conveniente, mas é seguro? Se utilizado isoladamente a resposta é não, nem um pouco. Porque sabemos que não é difícil “clonar” a placa de um veículo, e então quando a sequência válida de caracteres e números fosse lida o acesso seria concedido sem problemas. Vale aqui uma curiosidade que boa parte das pessoas não se atenta: apenas algumas soluções mais recentes – e mais caras – de LPR consideram características adicionais do veículo como cor, modelo, etc. Boa parte do que temos em uso se restringe à leitura da placa em si, o que na prática significa que se você colocar a placa de uma Ferrari em um Fusca para esses sistemas o resultado será exatamente o mesmo. Notem, entretanto, que a mesma tecnologia LPR pode acrescentar segurança se utilizada como um segundo fator de autenticação. Nessa condição, ela seria utilizada em conjunto com outro método (como um cartão ou TAG, por exemplo) que somente liberaria o acesso quando a leitura de ambos somados fosse correspondente. E essa tecnologia poderia também ser utilizada para controle e indicadores de processo, medindo o tempo de deslocamento e de permanência de caminhões em uma indústria a partir da leitura de
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suas placas à medida em que passam por checkpoints durante sua jornada na área interna. Menciono ainda uma situação em que LPR pode sim ser utilizado para comandar a abertura de um portão ou cancela: quando tratamos da saída desse veículo, afinal as validações necessárias foram feitas em sua entrada – isso tornaria mais rápida e conveniente a saída, sem criar um gap na segurança. Além do contexto acima com a utilização de LPR, posso citar diversos outros exemplos do nosso dia a dia em que as pessoas renunciam à segurança, muitas vezes sem perceber: • Eclusas de veículos em edifícios, em que o intertravamento não foi aplicado ou foi desligado (!) e as pessoas abrem o segundo portão sem aguardar que o primeiro se feche, sob alegação de pressa pelo medo de serem abordadas – e criando uma vulnerabilidade para todo o edifício; • Portas com controle de acesso na entrada e com saída através de botão, em que a pessoa que sai gentilmente deixa entrar alguém que estava chegando, mesmo sem conhecê-lo; • Adição de funções “acessórias” às centrais de segurança, com atividades que relegam ao segundo plano a segurança em si; • Colocação de “peso” para segurar a porta, afinal será apenas uma atividade rápida. Observem que nenhum dos exemplos acima representa uma fraude intencional, são aspectos cotidianos, porém as vulnerabilidades criadas a partir dessas situações podem ser utilizadas para ações planejadas que colocam em risco a segurança de um local, seja corporativo ou residencial.
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Por isso eu sugiro 3 passos a serem considerados: 1 – Análise e mapeamento de riscos: cada local tem características próprias que determinam sua exposição à riscos (de invasões, roubos, furtos, sabotagens, etc.) que devem ser avaliados por profissionais de segurança especializados – existem muitos consultores e gestores excelentes, capazes de identificar precisamente as necessidades de processos, pessoas e tecnologias adequadas; 2 – Aplicação das tecnologias corretas: não se trata de procurar o mais caro ou o mais recente, e sim o necessário para solucionar o desafio identificado. Atente-se não apenas ao equipamento, como também à infraestrutura e à execução. Acredite: um cabo inadequado comprometerá a performance de todo um sistema; 3 – Considere a importância de monitoramento especializado: processos bem definidos, tecnologias adequadas e pessoas conscientizadas são importantíssimos, porém é necessário que sejam constantemente revalidados para garantir a conformidade com o que foi estabelecido – e o monitoramento especializado e isento tem essa finalidade, acompanhando no dia a dia a correta execução. SE
Fábio Ribas Head de Estratégia e Inovação da C4i Inteligência em Segurança, empresa especializada em monitoramento inteligente. www.c4i.com.br
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A regulação de dados pode impulsionar a inovação dos negócios? Por Adalberto Bem Haja
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Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) já está em vigor, embora a aplicação de multas e sanções a quem não cumprir a legislação comece somente em agosto deste ano, com boas chances de serem prorrogadas. No entanto, a Associação Nacional de Proteção de Dados (ANPD), órgão que terá o poder fiscalizar o cumprimento da lei, ainda não está legalmente constituída. Isso traz muitas preocupações aos empresários, que ainda têm “medo” da LGPD. E uma das grandes dúvidas é como a regulação de dados pode impulsionar a inovação dos negócios. O que é a LGPD? A LGPD fala de segurança e integra várias áreas da ciência, porque é uma lei que fala de segurança da informação. Usa várias expressões como anonimização – que é uma técnica de processamento de dados que remove ou modifica informações que possam identificar uma pessoa –, criptografia, recursos técnicos para garantir a anonimização, e todos são elementos próprios da tecnologia da informação e não do direito. É uma lei, mas ao mesmo tempo traz questões de segurança e uma carga enorme de gestão de processos. Mas são os dados ou são as relações entre as pessoas, cujos dados são transmitidos, que merecem alguma proteção? Deveríamos estar olhando para os dados dessas relações pessoais como algo que de fato tem que ser protegido. A jornada do desconhecido leva as pessoas a taxarem a Lei como algo negativo, quando o ponto é justamente o contrário. A LGPD é uma oportunidade para que todos os empresários saibam como tratar uma boa relação de dados e tirar va40
lor disso, trazendo uma vantagem competitiva para as empresas. Mudar a forma de enxergar as coisas como empresário pode tornar a jornada mais prazerosa e financeiramente mais vantajosa. Por trás de um regime de proteção de dados há pessoas e questões delicadas, discordâncias, e por isso é essencial ter atenção especial para um processo que envolve algo que é tão caro para as pessoas: seus dados pessoais. A lei não esgota todos os pontos, porque o tema é muito volátil e ela perderia a validade rapidamente. O empresário precisa entender que cumprir a lei é o mínimo. Mas isso é suficiente para cumprir uma estratégia de governança de dados? Por isso é preciso preencher essa lacuna com ética. Outro ponto muito questionado é sobre o “guardião de dados”, o DPO (Data Protection Officer, na sigla em inglês). E qual o papel do DPO? É muito além de ser um agente de interface entre o controlador dos dados na empresa, dos tratadores de dados, dos órgãos de fiscalização e dos titulares. O DPO tem o papel fundamental na disseminação de uma cultura dentro da empresa. Proteção de dados é, sem sombra de dúvidas, uma questão tão jurídica como social e cultural. Para fazer uma mudança de paradigma e não ter o medo como regra geral, é preciso a disseminação do entendimento do tratamento ético de dados. Então sai um pouco da figura do DPO e o conhecimento sobre a LGPD fica espalhado pela organização. Se você coloca que o tratamento ético de dados fomenta a inovação e os negócios, isso pode ser uma questão da empresa, não apenas de uma pessoa só. Do ponto de vista mais prático para o empresário, nem to-
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dos precisam ter um DPO, dependendo do tamanho da empresa. A LGPD, no artigo 41, diz que “caberá às autoridades disciplinar em que circunstâncias demandarão a existência de um DPO na empresa”. Essa autoridade é a ANPD, que falamos no início desse artigo. A primeira reação do empresário é olhar para o regime de proteção de dados como um inimigo da sua atividade e isso é natural, porque o regime não é autorregulado. Mas não seria mais fácil, mais estratégico a gente fazer o bom uso de dados, usar isso a seu favor, inclusive como argumento de que é seguro, de que a sua empresa trata isso com responsabilidade? O tomador de serviços das empresas de integração de segurança vai dar muito mais valor pelo tratamento, pela política de dados que a sua empresa tem, porque isso vai ser mais um argumento na hora de fazer a venda. Quem fizer isso direito já na primeira vez e colhe tudo o que vem dessa relação dali para frente. Priorizar segurança e informação, cuidar bem dos dados é aumentar a confiança do seu cliente. Existe uma avenida de oportunidades para os profissionais de segurança de informação para que olhem esse movimento de tratamento e proteção de dados a partir de um viés técnico e que é constantemente negligenciado, não só no Brasil, mas de maneira geral. É importante que a sociedade volte a refletir sobre questões relacionadas à segurança da informação. A LGPD traz esse debate natural. Qual o dado que precisa ser protegido? O regime de proteção de dados está centrado na pessoa e não nas atividades econômicas que são subjacentes à ela.
Dado pessoal é tudo aquilo que identifica alguém, que individualiza. Então sempre que se falar em dados pessoais é preciso entender qual o contexto e se esses dados são capazes de identificar essa pessoa, como a informação, num determinado segmento, como é tratada. Todos ainda temos uma jornada de aprendizado e é importante termos um olhar positivo em relação a isso, buscar conhecimento, manter a calma e não achar que há respostas prontas para tudo. Não é o momento de olhar com descrédito para a LGPD. Existe uma grande oportunidade para empresas que estão dispostas a liderarem a transformação no tratamento de dados. O planejamento estratégico das companhias hoje, a visão delas para médio e longo prazo, terá que levar em conta também uma estratégia de governança de dados. Não podemos olhar como vilão algo que pode representar uma grande oportunidade. SE Adalberto Bem Haja CEO da BHC Sistemas de Segurança, Investidor anjo e Mentor de startups. Formado em Engenharia Eletrônica pela FESP e com MBA em Gestão Estratégica e Econômica de Negócios pela FGV. Possui larga experiência em gestão e desenvolvimento de negócios no mercado de tecnologia.
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FOCO e AÇÃO
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dos alarmes falsos podem ser filtrados. R