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Hospital adapta equipamentos e implanta tecnologia remota para segurança contra incêndio
Painéis de incêndio da Bosch e adaptação e integração de equipamentos de prevenção existentes completam a segurança de todo o complexo hospitalar
Por Redação
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OHospital Centro Médico Campinas é um dos mais renomados hospitais de clínica geral localizado em Campinas, a 100 km da cidade de São Paulo. O hospital foi fundado em 1973 e desde então tem sido um importante provedor de serviços de saúde nesta região metropolitana. A operação contínua das atividades diárias do hospital e os cuidados com os pacientes são vitais. As medidas de segurança contra incêndio incluíram uma brigada de incêndio no local e a instalação de painéis de incêndio a serem monitorados e mantidos em todos os edifícios do hospital, entretanto, conforme as construções envelhecem e exigem atualizações, as disposições de proteção contra incêndio também precisam ser revisadas para garantir respostas rápidas e eficientes aos princípios de incêndio.
O sucesso e a necessidade dos serviços prestados pelo hospital fizeram com que suas instalações fossem ampliadas em diversos prédios nas últimas cinco décadas para atender à demanda. A reforma do prédio incluiu mudanças de layout. Novos painéis de controle de alarmes de incêndio exclusivos, produzidos por di- ferentes fabricantes, foram instalados em cada etapa da reforma do prédio ou nas novas construções. No final, havia 11 painéis de alarme de incêndio diferentes, todos operando separadamente. Cada um exigia monitoramento, limpeza e manutenção individual e alguns deles necessitavam de peças de reposição ou suporte ao serviço que nem sequer estava disponível no Brasil. Todos esses conflitos de sistema e outras incompatibilidades entre as plataformas mais antigas e as mais novas resultaram em um sistema de alarme de incêndio parcialmente desconectado e, portanto, cheio de riscos.
Eduardo Riguetti, responsável pela segurança contra incêndio do complexo hospitalar, entrou em contato com o especialista em projetos da Bosch em Campinas, Renato Lima, para encontrar uma solução viável.
“Ao longo do tempo, o hospital passou por diversas mudanças de layout e ampliações em pleno funcionamento, o que dificultou a readequação/ampliação do painel inicialmente instalado, pois resultaria em alterações na infraestrutura que acarretaria na inter- dição de setores e, assim, transtornos. Desta maneira, para manter o funcionamento do hospital e agilizar as implementações dos sistemas foi definida a instalação de novos painéis para cada nova área construída. Até que chegou ao ponto de o hospital ter mais de 10 painéis de alarme de incêndio independentes um do outro, dificultando assim o processo de monitoramento de eventos e a manutenção dos mesmos. Diante deste fato, o hospital buscou soluções no mercado que atendessem a necessidade do momento em termos de capacidade e monitoramento centralizado de todo o sistema. Além da necessidade de suportar alterações e ampliações futuras já previstas. Foi um processo de substituição desafiador, pois, foi necessário planejar o trabalho em cada setor do hospital devido a demanda, a infraestrutura teve que ser readequada e, principalmente, tanto os sistemas antigos quando o sistema Bosch implementado deveriam funcionar em paralelo até o final da obra para garantir a segurança de todos”, explicou Renato Lima, gerente de Marketing de produto da linha de incêndio da divisão Bosch Building Technologies América Latina.
O objetivo principal era revisar e desenvolver um novo projeto que atendesse a configuração complexa dos alarmes de incêndio no hospital para fornecer segurança e tranquilidade para todo o pessoal no local, incluindo funcionários e pacientes. O maior desafio a ser superado pela equipe do projeto foi a integração e a consolidação de todos os dados e configurações dos painéis de controle de alarmes de incêndio separados em um único painel. Felizmente, a cooperação eficiente entre todas as partes envolvidas e a tecnologia de ponta da Bosch conseguiram resolver este dilema.
A rede de controle de incêndio tem um painel de incêndio modular da série 5000/8000, que centraliza os detalhes de todos os outros dispositivos de detecção, com operação e manutenção aprimoradas pelo usuário. Isso torna as atualizações do sistema e os tempos de reação a incidentes muito mais rápidos do que antes, otimizando enormemente a segurança contra incêndio em todo o hospital. O novo sistema modular pode ser configurado com capacidade de expansão específica conforme necessário para o layout exclusivo das instalações.
Cinco módulos de circuitos foram integrados para cobrir todas as áreas do Hospital Centro Médico Campinas e, dessa forma, garantir a confiabilidade na detecção. Os circuitos incluem ambientes sensíveis, como UTI, centro cirúrgico, enfermarias e laboratórios hospitalares. A conectividade inteligente da nova rede permite que a manutenção seja realizada por técnicos com o mínimo de interrupções nessas áreas.
Três teclados remotos conectados via ethernet ao painel de controle de incêndio foram configurados para as três áreas de atendimento do hospital, todas com atendimento 24 horas por dia, 7 dias por semana, ou seja, a recepção da entrada principal, o corpo de bombeiros local e o centro de operação e controle. Essa interconectividade e tecnologia remota descentralizam o controle de toda a rede de alarme de incêndio e a tornam totalmente endereçável. O corpo de bombeiros agora pode identificar rapidamente a localização exata de um princípio de incêndio ou outros incidentes de emergência.
Além disso, o sistema está integrado com a detecção de gás, sprinklers e o controle de acesso, portanto, no caso de uma ocorrência, todas as portas e portões serão destrancados e, agora com somente um painel de controle de incêndio instalado, os tempos de evacuação são muito mais rápidos e seguros.
O projeto foi visto como um grande sucesso. Graças à estreita colaboração entre os especialistas da Bosch, os instaladores da Brazcamp Tecnologia em Campinas e os clientes finais do hospital, o planejamento do projeto e a instalação do produto ocorreram sem problemas. "Um excelente trabalho de especificação e design foi realizado pelo integrador e pela equipe de engenharia da Bosch", falou Eduardo.
O Hospital agora pode garantir aos funcionários e pacientes que a segurança contra incêndio tem uma excelente cobertura para uma resposta instantânea todos os dias, 24 horas por dia, sempre que necessário. Com a flexibilidade da nova solução Bosch, há até capacidade para futuras integrações, como controle de acesso e alarmes por voz.
Renato detalhou a importância dos equipamentos de segurança contra incêndio no Brasil. “Os últimos anos foram marcados pelo aumento significativo no número de ocorrências de incêndios estruturais de grande porte no país, de acordo com o monitoramento diário de notícias de ocorrências de incêndios, realiza- do pelo Instituto Sprinkler Brasil. Somente nas edificações que prestam serviços de saúde o aumento no número de incêndios foi de 29% em 2021. Esse dado demonstra que devido a demanda maior destas instituições, principalmente em decorrência da pandemia, todos os sistemas trabalharam de maneira sobrecarregada e com falhas de manutenção por conta da possibilidade de contágio dos prestadores de serviço, gerando assim maior risco de incêndios e também que os sistemas de detecção/alarme de incêndio não estivessem em pleno funcionamento. Os equipamentos de Segurança Contra Incêndio são importantes para a detecção antecipada de um incêndio e o aviso imediato, para que os ocupantes do local possam abandonar de maneira segura e rápida o ambiente, pois temos que considerar que em um ambiente hospitalar temos pessoas com dificuldade de locomoção, dependência de aparelhos e o maior risco de morte em caso de incêndio é a inalação de fumaça. Assim a detecção/aviso claro e imediato de um incêndio é determinante para salvar vidas. Mesmo com este papel fundamental, os equipamentos de Segurança Contra Incêndio no Brasil infelizmente são muitas vezes negligenciados e tratados como uma obrigação/custo e não como um sistema de proteção à vida e ao patrimônio. Por isso, é comum a procura por sistemas simples (sem certificações), buscando redução de custo e apenas o suficiente para ser “aprovado” no dia da vistoria dos bombeiros. Diante disso, é comum encontrar muitas instalações onde grande parte dos equipamentos está fora de operação ou, em casos mais extremos, o sistema está totalmente inoperante, pois, após a aprovação dos bombeiros o mesmo é esquecido, ou seja, não é realizado o processo de inspeção/manutenção preventiva indicado na norma ABNT/NBR 17.240”, finalizou Renato. SE
Martins Atacadista