Revista Segurança Eletrônica - Edição 26 - Março de 2019

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Revista Segurança Eletrônica | Edição 26

E m F oco Hikvision Brasil

Jefferson Timo Vertical Business Development Manager

E m F oco Control ID

Diego Santos Gerente Comercial da Divisão de Controle de Acesso

Living Lab Florianópolis

Março

FLORIANÓPOLIS INVESTE PARA SER UMA CIDADE INTELIGENTE


A escolha Nยบ1 dos maiores integradores do Brasil

Alta tecnologia, qualidade e credibilidade


Credibilidade e transparência: Dahua Technology Respeitar o canal de vendas é a nossa maior meta de negócio. A Dahua Technology preza por uma relação transparente com a sua rede de canais, com o objetivo de sempre ser a melhor escolha para soluções inteligentes de videomonitoramento de médio e grande porte.

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Editorial

Ano 3 | N° 26 | Março de 2019

As cidades

À

do futuro

medida que as megacidades crescem, gerenciar de maneira inteligente a crescente densidade populacional e a rápida urbanização, tornou as Cidades Inteligentes um tópico de discussão. Segundo o Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, estima-se que até o ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará vivendo em áreas urbanas. A superlotação, o congestionamento de veículos, as preocupações com segurança e a crescente demanda por serviços públicos, estão impulsionando o mercado a investir em soluções e tecnologias inteligentes. Um grande foco desses investimentos está em câmeras, sensores, Internet das Coisas (IoT) e plataformas baseadas em nuvem que podem capturar dados, analisá-los e fornecer informações em tempo real que podem aumentar a segurança. É a tecnologia sendo utilizada para conectar dados de forma inteligente. Nesta edição da Revista Segurança Eletrônica, abordamos esse tema de forma profunda, trazendo um projeto de Smart City que está sendo implementado na cidade de Florianópolis, Santa Catarina, uma entrevista completa com o especialista em projetos de cidades da Hikvision Brasil, Jefferson Timo, além de diversos artigos sobre o tema. As Cidades Inteligentes não são mais uma simples opção, mas uma escolha indispensável para otimizar a utilização dos recursos naturais e o consumo de energia, reduzir ao máximo a produção de poluentes, aumentar a segurança e proporcionar um eficiente serviço urbano, melhorando drasticamente a qualidade de vida dos cidadãos.

Redação Fernanda Ferreira (Mtb: 79714) editorial@revistasegurancaeletronica.com.br Colaboradores Paulo Ramos Paulo Santos Renan Antoniolli Selma Migliori Thiago Vasconcelos Designer Giovana Dalmas Alonso Eventos Vianne Piiroja eventos@revistasegurancaeletronica.com.br

Fernanda Ferreira Editora

Financeiro Bruna Visval financeiro@revistasegurancaeletronica.com.br Comercial Christian Visval christian.visval@revistasegurancaeletronica.com.br 11. 97078.4460 Segurança Eletrônica Online

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Impressão: Duograf



REVISTA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Sumário 08.

NOVIDADES

Trilobit | p. 08 Trilobit expande atuação para a América Latina Nice | p. 09 Nice anuncia compra da canadense Micanan BYCON | p. 12 BYCON reforça equipe comercial para atender objetivos de 2019

14.

24.

EM FOCO

Jefferson Timo – Hikvision Brasil | p. 24 Cidades Inteligentes: conceito, oportunidades e desafios Diego Santos – Control ID | p. 28 Controle de acesso com tecnologia, design atrativo e preço competitivo

DESTAQUE

Johnson Controls | p. 14 Johnson Controls apresenta nova câmera Illustra Flex IR PTZ Intelbras | p. 16 Intelbras lança kit conexão sem fio para CFTV IP ideal para Smart Cities

18.

EVENTOS

Nice Brasil – Lançamento da nova planta | p. 18 Nice inaugura nova fábrica em Santa Rita do Sapucaí Road Show Destaques da Segurança – São Paulo | p. 20 Um dia de imersão no mundo da Segurança Eletrônica Soluções de Segurança para Condomínios | p. 21 Soluções que ampliam a segurança e impulsionam o setor condominial

30.

CASE

Living Lab Florianópolis | p. 30 Cidade de Florianópolis cria laboratório a céu aberto para soluções que visam tornar a cidade mais inteligente San Miguel – Argentina | p. 38 Cidade Segura: Resposta policial em tempo real

42.

ARTIGO

Inteligência Artificial aplicada às Smart Cities | p. 42 Como as câmeras podem melhorar a mobilidade urbana | p. 46 A importância de conectar pessoas e tecnologias para cidades mais seguras | p. 48 Vencendo o trânsito com tecnologia de videomonitoramento inteligente | p. 50

54.

NA ÍNTEGRA

Os perfis ONVIF e o novo protocolo de vídeo ONVIF Profile T | p. 54

06



Novidades

Trilobit

Trilobit expande atuação para a América Latina

Mauro de Lucca, que foi o primeiro brasileiro a receber a certificação internacional PSP da ASIS em 2004, terá a missão de levar ao mercado externo os valores da Trilobit, ressaltando o respeito à cadeia de negócios e o foco no desenvolvimento e personalização de soluções.

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Trilobit anunciou a expansão da sua política comercial B2I (Business to Integrator) para a América Latina. Este é o início da internacionalização da empresa que completa 16 anos no mercado nacional este ano. A área de negócios da empresa ficará sob a responsabilidade do executivo Mauro de Lucca, que assume o cargo de CBDO LATAM – Chief Business Development Officer Latin America. Com 26 anos de experiência no mercado de segurança eletrônica e passagens marcantes por empresas como Telemática, G4S, Head e Apollo Security, além de sua própria integradora, a FMB Sistemas, entre 2004 e 2010, Mauro reúne condições ímpares, pois acumula experiência internacional, vivência como empreendedor e tem profundo conhecimento de dois pontos fundamentais da cadeia: fabricante e integrador. Isso permite imprimir uma filosofia que se beneficia do profundo conhecimento de ambos os papéis, possibilitando falar a língua de ambos e conhecendo as dificuldades e oportunidades desses dois elementos. Além disso, sempre focou a visão de soluções na segurança, e por isso já em 2004 tornou-se o primeiro brasileiro a obter a certificação PSP, Physical Security Professional, concedida pela ASIS, o 08

que lhe dá também, a condição de conhecer as necessidades dos usuários finais. De Lucca também é membro fundador da ABSEG (Associação Brasileira de Profissionais de Segurança). “Mauro terá a missão de levar ao mercado latino-americano soluções que tenham uma aderência de 100% das necessidades dos clientes. Grande parte deste novo setor é servida por produtos desenvolvidos para outros mercados, com estrutura que dificulta customizações, personalizações e o atendimento a características regionais. Como a estrutura de soluções da Trilobit é flexível, o mercado pode ser melhor servido. Mesmo os pacotes padrão da Trilobit não encontram similares para atendimento ao mercado latino-americano. O WinSpector, ferramenta de gestão da Trilobit, por exemplo, possui 40 módulos para atendimento de necessidades específicas, como integração com vários sistemas de chamada antecipada de elevadores, módulo campus para atendimento de escola e outros. O grande desafio será quebrar, pelo atendimento pleno das necessidades, o hábito que o mercado desenvolveu de aceitar soluções que tem aderência apenas parcial às necessidades particulares”, disse Luiz Henrique Nunes, CEO da Trilobit. SE


Novidades

Nice

Nice anuncia compra da canadense Micanan

Nice confirma expansão internacional com aquisição de empresa especializada em automação de portões de garagem.

A

Nice deu mais um passo no plano de expansão internacional da empresa com a compra da Micanan, companhia canadense de sistemas para automação de portões de garagem para uso comercial e industrial. Com sede em Montreal, em Quebec, Canadá, a Micanan tem forte atuação nos Estados Unidos, com filiais americanas em Chicago, no estado de Illinois, em Atlanta, na Geórgia e na cidade de Phoenix, no Arizona. A empresa projeta e faz a produção de soluções personalizadas para a automação de portões de garagem. “Estamos felizes em começar 2019 com o anúncio desta operação internacional. A aquisição está alinhada com a nossa trajetória de crescimento, especialmente no mercado norte-americano, região que consideramos estratégica para o desenvolvimento do grupo”, afirmou Lauro Buoro, fundador e presidente da Nice. “Aumentamos nossa capilaridade na América do Norte e contamos atualmente com seis unidades de operação. Elas se juntam à plataforma tecnológica e comercial online de Abode, recentemente adquirida pela Nice. Trabalhamos para ter casas conectadas e protegidas”, ressaltou. A Nice S.p.A adquiriu 100% do capital social da Micanan por 8 milhões de dólares canadenses, sem qualquer dívida da empresa adquirida. A aquisição foi concluída com recursos próprios e com linhas de crédito que estavam disponíveis para

a empresa. O portfólio de clientes da Micanan inclui trabalhos personalizados para a Apple, Tesla, SpaceX, a Marinha dos Estados Unidos e a Reserva Federal dos Estados Unidos, oferecendo uma automação segura com velocidade de abertura e fechamento duas vezes mais rápida que os padrões de mercado. Os principais produtos da Micanan são as centrais de comando sem fio, que oferecem uma experiência de instalação e uso simples, cômoda e funcional. Além disso, os dispositivos de controle de velocidade prolongam significativamente a vida útil do sistema, reduzindo a necessidade de assistência. Em 2017, a Micanan obteve receitas consolidadas de 16,6 milhões de dólares canadenses e um EBITDA ajustado de aproximadamente 1,2 milhão de dólares canadenses. “Temos orgulho de integrar um grupo sólido e internacional como a Nice, caracterizada pela constante capacidade de crescimento nos mercados estrangeiros e pela extensa gama de produtos e serviços”, disse Mike Apergis, vice-presidente da Micanan. “A operação oferece a sinergia tecnológica e comercial, com foco no cliente especialista a quem ofereceremos, também, a possibilidade de planejamento e desenvolvimento conjunto dos sistemas adaptados às exigências específicas de instalação”, completou. SE 09


O que diz a lei sobre câmeras de segurança no ambiente de trabalho?

M

esmo aqueles que não possuem um comércio, sabem da importância de ter câmeras de segurança instaladas para monitoramento de todo o movimento que acontece no dia a dia. Seja em grandes locais, como em pequenos estabelecimentos, a proteção do patrimônio nunca é demais. Esse que é considerado um dos meios mais eficazes para inibir qualquer atividade suspeita em ambientes abertos ao público para compras e prestações de serviço tanto no meio externo quanto interno. Quem costuma se sentir muito seguro com esses dispositivos eletrônicos são os clientes e colaboradores, já que podem também serem alvo de situações constrangedoras como furto e roubo, além de constituir provas para futuros problemas. No entanto, existem locais que, por lei, são proibidos de serem vigiados por diversas questões. Pensando nisso, mostraremos quais lugares podem ser colocadas e o motivo. Acompanhe com a gente!

A Lei e os limites para a instalação de câmeras de segurança

O monitoramento eletrônico se tornou vantajoso após empreendedores perceberem que contratar vigilantes ou seguranças estava se tornando algo inviável para o sustento de um negócio, pois não era possível estarem em todos os lugares ao mesmo tempo, principalmente quando o estabelecimento for mais extenso e complexo que o normal. Assim, o uso da tecnologia teve um importante papel para vigiar e prevenir, estando presente em todas as situações ao mes-

mo tempo, inclusive em ambientes escuros e/ou noturnos. Com esse advento, funcionários pararam de manusear equipamentos de modo imprudente, diminuíram os delitos dentro do local e nos arredores, melhorou o controle de ponto, entre outras situações. Entretanto, o fato das imagens serem gravadas e aonde as câmeras são instaladas começou a ser objeto de discussão entre os legisladores, pois a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) previu em seu Artigo 2º que o empregador poderia utilizar-se desses meios para monitoração, já que o risco da atividade econômica é total e diretamente dele, mas não haviam ressalvas. Assim, sobrevieram normas posteriores para impor um limite a elas, a fim de que o direito de liberdade e privacidade não fossem violados. Isto porque a segurança do ambiente de trabalho e dos bens da organização não podem ultrapassar a intimidade das pessoas que ali transitam. Por essa razão, colocar dispositivos de vigilância em banheiros, por exemplo, ofende diretamente garantias individuais resguardadas pela Constituição Federal de 1988, como a dignidade do ser humano e o direito à intimidade. Mesmo que seja visualizado somente o espaço coletivo (lavabo e vestiário), pode vir a constranger um colaborador ou cliente. O Art. 5º da Constituição deixa isso claro em seu inciso X quando fala: “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito à indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.” Dessa forma, para que o dono do negócio possa evitar problemas com a Justiça e respeitar a privacidade alheia, sem que se deixe de utilizar esse recurso fundamental para o trabalho da


polícia e dos gestores do estabelecimento, essas dicas são essenciais: • Criar normas internas estabelecendo e avisando sobre os procedimentos de segurança adotados; • Ser lógico e objetivo quando for dispor as câmeras, procurando alcançar o máximo de visão de um mesmo ambiente; • Informar a todos os clientes sobre o monitoramento constante de todos; • Não fazer focalizações em áreas ou pessoas específicas; • Disponibilizar os registros somente às autoridades e pessoal responsável. É importante dizer que a inobservância dessas regras básicas de conduta pode trazer prejuízos desnecessários ao empregador, pois, caso o indivíduo que foi acusado de fazer ou deixar de fazer algo conseguir provar o contrário, a indenização será muito maior que o valor que se pretendia recuperar. Em decisão recente do TST (Tribunal Superior do Trabalho — instância superior na Justiça brasileira), uma empresa no ramo de fabricação de bebidas teve que pagar a um funcionário a quantia de R$10 mil reais por danos morais causados, pelo fato do gestor ter instalado o equipamento eletrônico dentro de um banheiro. Essa condenação foi alvo de reflexão, fazendo os empregadores analisarem qual o limite e necessidade de influir na vida pessoal de alguém. Por isso, as vezes é mais viável demitir um colaborador sem justa causa quando a suspeita é quase nenhuma, do que correr esse risco provável. Todavia, se o fato for nítido e as imagens precisas e dentro da legalidade, poderá ocasionar a justa causa tranquilamente, ou no caso de um consumidor, uma denúncia embasada em provas consistentes para posterior reclamação trabalhista ou criminal. Foi justamente para evitar que a pessoa escape de uma possível sansão, que meios alternativos são mais interessantes

quando há suspeita de crime, como vistoriar o armário interno na presença do responsável por ele, devendo estar expresso no regimento interno essa revista esporádica, com o fim exclusivo para tal ocorrência. Lembrando que quem deve abrir o armário e identificar os pertences é o próprio funcionário, sempre garantindo seus direitos e sem constrangê-lo em momento algum, como fazer isso quando todos os outros colaboradores estiverem presentes no local.

Os locais permitidos e os não recomendados

Como podemos perceber ao longo do texto, não há legislação no Brasil que diga especificamente onde pode ou não ser instalada uma câmera de segurança dentro e nas dependências de um estabelecimento. Portanto, o que vai contar será o bom senso do gestor e tino para os locais que não violarão nenhum direito ou garantia constitucional e trabalhista. Assim, a empresa pode tomar cuidados como não colocar equipamentos com microfones próximos de banheiros, áreas de descanso, refeitórios, vestiários e afins. Já lugares de acesso irrestrito de livre passagem de consumidores e colaboradores, como o hall de entrada, recepção, estacionamento e estoque dos produtos, são bem mais permissíveis e liberados de serem vigiados, até pelo fato de estarem mais suscetíveis de acontecer situações corriqueiras e que infringem a lei. Chegando ao fim de nosso conteúdo, fica claro a importância de donos de empreendimentos ficarem atentos às regulamentações e entendimentos do ordenamento jurídico sobre a instalação de câmeras de segurança. Afinal, ninguém quer ter inconvenientes por questões fáceis de resolver como essa, não é mesmo? Agora que já sabe como agir dentro de uma empresa, que tal saber mais sobre o assunto? Aprenda como sair do local de trabalho com segurança e tranquilidade, logo após o expediente!

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Novidades

BYCON

BYCON reforça equipe comercial para atender objetivos de 2019

Demyz Hauk

A

Marcos Terron

BYCON realizou uma série de contratações para reforçar a equipe comercial da empresa. O objetivo é atender as metas e objetivos traçados para o ano de 2019, que são liderar o mercado de geradores de neblina no Brasil, expandir a receita com linha gravadores de segurança corporativos e soluções de CFTV e aumentar a participação no mercado de segurança logística. O primeiro profissional apresentado foi Marcos Terron, que conta com mais de 20 anos no mercado de Security e Tecnologia. “Nestes 20 anos fiz parte de times bem posicionados, atuando pelos principais distribuidores, integradores e fabricantes de soluções mundiais, sedimentando conhecimento do mercado em todas suas variáveis, criando do mesmo modo uma identificação muito forte com o segmento e um relacionamento diferenciado com cada parceiro de negócio. Nesta nova posição na BYCON a expectativa é de somar com o time e chegar em um crescimento significativo já no primeiro semestre”, disse Terron. Wagner Camponez registra mais de 30 anos de experiência em empresas de grande porte, como ITAUTEC E OKI Brasil, voltada aos segmentos de automação bancária, comercial e computação. Possui uma carreira trilhada com ênfase na área comercial, gestão de clientes, gestão de fornecedores e coordenação de equipes. “Meu objetivo é expandir a comercialização dos produtos BYCON em segmentos ainda não explorados, bem como apoiar o time comercial a alavancar as vendas no ano de 2019”, explicou Wagner. Demys Hauk possui sólido conhecimento na área comercial 12

Wagner Camponez

no mercado de tecnologia (telecomunicações) em vendas e gerência de contas enterprise. Conta com experiência em vendas consultivas, projetos e atendimento customizados, retenção e gestão de relacionamento com clientes. “Quero fornecer um bom atendimento comercial a uma carteira de clientes de pequeno, médio e grande porte. Nossa meta é conquistar novas receitas, integradores, revenda e consumidor final, através de desenvolvimento de ofertas”, falou Demys. “Visando atender diferentes demandas e aplicações, a BYCON já possui mais de 20 modelos diferentes de geradores de neblina em seu portfólio. Em 2019 estão previstos ainda mais lançamentos que serão apresentados na ISC Brasil. Já com forte liderança na vertical de varejo, cooperativas de crédito e transportadoras de valores, as novas contratações têm o objetivo expandir e crescer substancialmente nestes segmentos. O investimento na área comercial também tem por propósito expandir e explorar verticais nas quais já lideramos. A qualidade e superioridade dos geradores de neblina URFOG, distribuídos no Brasil exclusivamente pela BYCON, tem conquistado grande parte do mercado corporativo. Muitos segmentos que ainda não se utilizavam desta tecnologia para proteger os seus ativos e seus estoques, passaram a enxergar o gerador de neblina URFOG da BYCON como a solução que faltava na sua segurança. Estamos treinando diversos parceiros em projetos e instalações e convidando novos integradores a se juntarem a nós neste promissor segmento do mercado de segurança eletrônica”, disse Antônio José Claudio Filho, diretor comercial da BYCON. SE



Destaque

Johnson Controls

Johnson Controls apresenta nova câmera Illustra Flex IR PTZ

As câmeras para ambientes internos e externos têm ampliação óptica de 30x e digital de 12x, oferecendo resolução detalhada de cenas até 1000 pés.

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Johnson Controls desenvolveu uma câmera IR PTZ competitiva e de grande capacidade com zoom e controles potentes capazes de atender até mesmo às condições mais desafiadoras de baixa iluminação. As câmeras para ambientes internos e externos Illustra Flex IR PTZ têm ampliação óptica de 30x e digital de 12x, oferecendo resolução detalhada de cenas até 1000 pés (cerca de 300 metros). No modelo para ambientes externos, os iluminadores IR avançados oferecem iluminação noturna em até 150 metros. Com um design sem bolhas, vedado e resistente a vandalismo, a Flex IR PTZ aumenta a qualidade do vídeo em qualquer ângulo de inclinação. Para registrar imagens nítidas de dia e de noite, as câmeras Illustra Flex contam com o recurso Dia/Noite Real e com a tecnologia WDR, gerando imagens equilibradas em condições de pouca iluminação. Também estão incluídas a gestão de largura de banda com a tecnologia IntelliZip da Illustra e redundância de failover do VideoEdge. “Com as câmeras Flex IR PTZ, não é necessário arriscar as classificações ambientais e antivandalismo PTZ para garantir iluminação IR e conseguir vídeos de alta qualidade com qualquer ângulo de inclinação”, explicou Nick Benkirane, diretor de Produtos de Segurança da Johnson Controls. Principais recursos e benefícios • IR integrado de 25 metros no modelo para ambientes internos e de até 150 metros nos modelos para ambientes externos garantem visão nítida em ambientes completamente sem iluminação. 14

• Zoom óptico de 30x e zoom digital de 12x permitem que os operadores se concentrem em detalhes importantes a grandes distâncias. • Alojamento sem bolha para garantir a vedação ambiental e resistência a vandalismo, oferecendo vídeos de alta qualidade em qualquer ângulo de inclinação. • O TrickleStor VideoEdge permite que a gravação de vídeo continue no terminal em caso de queda de energia. Se a comunicação entre o NVR e as câmeras for interrompida, a câmera detecta a anomalia e começa a gravar vídeo no cartão SD. Quando as conexões são restauradas, o vídeo gravado é transferido de volta ao disco rígido do NVR e pode ser visualizado mais tarde. • A tecnologia de compressão de vídeo IntellZip da Illustra melhora os parâmetros de fluxo H.264 e H.265 otimizando a taxa de bits com base na complexidade da cena. Isso reduz custos de armazenamento e amortiza a largura de banda necessária para videovigilância 4K em determinados cenários. • Segurança aprimorada para atender aos requisitos de clientes com alta exigência de segurança de rede em ambientes complexos e integrados. Entre os recursos, estão proteção multinível por senha, filtro de endereço IP, logs de acesso do usuário e gestão de certificados. A linha de produtos Flex cumpre os estritos padrões do Programa de Proteção Cibernética de Produtos de Segurança da Tyco. SE


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Destaque

Intelbras

Intelbras lança kit conexão sem fio para CFTV IP ideal para Smart Cities

A versatilidade dos equipamentos potencializa a aplicação para Smart Cities, Indústria 4.0, portos e aeroportos, além de se adequar perfeitamente para necessidades do agronegócio.

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Intelbras lançou o kit conexão sem fio para CFTV IP APC 5A-15 no mercado brasileiro. A solução é a primeira do tipo no país, com equipamentos pré-configurados que criam uma conexão sem fio a distância para a transferência de imagem, apenas ligando os equipamentos na tomada. A praticidade do produto quebra o estigma da complexidade nas instalações de sistemas de segurança profissionais. A novidade vem para completar a linha de rádios IP outdoor da Intelbras, que possui produtos ideais para sistemas de segurança nos quais a passagem de cabos é um problema, como em elevadores, grandes áreas externas, praças, fazendas, etc. Além disso, a robustez e versatilidade dos equipamentos potencializa a aplicação para Smart Cities, Indústria 4.0, portos e aeroportos, além de se adequar perfeitamente para necessidades do agronegócio. Um perfeito exemplo para a aplicação de Smart Cities é o monitoramento de espaços públicos, como ruas e praças, pois geralmente são locais distantes das centrais de monitoramento e tornam difícil e caro o acesso por cabos. Até mesmo em curtas distâncias o rádio pode ser vantajoso, como nos casos em que é necessário atravessar uma rodovia, e o cabeamento se tornaria inviável. O conceito de Smart City ganhou atenção nos últimos anos por conta do aumento da urbanização global – em 2014, o equivalente a 54% da população mundial vivia em cidades, com tendência a crescer 1,84% por ano até 2020 – o que cria demanda por serviços mais eficientes. Em uma pesquisa, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) detalhou que o uso das tecnologias da informação e comunicação – parte integrante das Smart Cities e indústria 4.0 – pode melhorar a entrega de serviços públicos e os resultados das políticas públicas em áreas como segurança, mobilidade, melhor uso de recursos e desenvolvimento sustentável. A utilização de rádio para esse fim tem várias vantagens, como a redução da necessidade de cabos e os custos com instalação, e a garantia de qualidade de imagem em altíssima definição para conexões a quilômetros de distância. A alta velocidade de transmissão 16

de dados ainda permite o suporte de diversas câmeras IP simultaneamente. Para quem se preocupa com a segurança, pode ficar tranquilo, pois a solução oferece alta proteção de dados, já que blinda os sistemas contra ataques externos: a conexão wireless dos rádios IP é protegida por criptografia, impedindo o acesso aos dados, tornando a solução perfeita para cidades digitais. Sobre o Kit O kit conexão sem fio para CFTV IP é composto por duas unidades do compacto rádio APC 5A-15. Um dos diferenciais do novo kit, entretanto, é a praticidade, já que os equipamentos que compõem a solução são pré-configurados de fábrica, dispensando que o instalador tenha conhecimentos avançados em redes, o que torna a tecnologia mais acessível. “A Intelbras valoriza em seus produtos o que seu cliente valoriza no dia a dia, que é a praticidade nas instalações e a oportunidade para agregar mais valor ao seu serviço”, afirmou Amilcar Scheffer, diretor da unidade de Redes da empresa. “Às vezes percebemos que alguns profissionais têm a visão de que os produtos de redes são complexos, por isso a nossa missão é simplificar a tecnologia para torná-la mais acessível”, completou. Um exemplo em que o novo kit da Intelbras se sai muito bem é na utilização em elevadores onde o desgaste de cabos é um constante problema devido ao sobe e desce do equipamento. Com a utilização do kit Conexão Sem Fio para CFTV IP APC 5A-15 este problema deixa de existir, já que toda a conexão é baseada na tecnologia wireless, e não existe a necessidade de instalação de fios. O kit também possui um ótimo custo-benefício, já que poupa em gastos com cabos e conversores e ainda reduz o custo de trabalho: a partir de 250 metros de distância, em geral, os rádios são a opção mais econômica. Além disso, a solução permite a flexibilização das instalações de câmeras pois, quando necessário, é só mudar a câmera de local e realinhar as antenas, sem depender da infraestrutura de cabeamento. SE


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Cobertura de Eventos

Nice Brasil – Lançamento da nova planta

Nice inaugura nova fábrica em Santa Rita do Sapucaí Com investimento de R$ 20 milhões, fábrica no ‘Vale da Eletrônica’ aumenta capacidade produtiva da multinacional italiana de automação residencial no Brasil

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Nice, multinacional italiana reconhecida no segmento de automação, segurança e inteligência residencial, inaugurou no dia 21 de fevereiro a sua nova fábrica na cidade de Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. O lançamento faz parte de um plano de investimento mais abrangente no país, que nos próximos dois anos contará também com a renovação da fábrica de São Caetano do Sul (SP) e com mais um lançamento em Limeira (SP). A planta em Santa Rita do Sapucaí possui 6,2 mil metros quadrados e foi construída com um investimento de cerca de R$ 20 milhões. A fábrica será o coração da produção de componentes eletrônicos para a Nice, cujo portfólio inclui automação de portões, segurança eletrônica e soluções de controles de acesso no Brasil. “Estamos orgulhosos de celebrar este marco importante”, afirmou o CEO global da Nice, Roberto Griffa. “Nós temos uma relação próxima com a região, pois o Brasil representa um mercado-chave para nossa estratégia e para o crescimento do grupo. É por isso que investimos no país. Nosso objetivo é oferecer tecnologias inovadoras e impacto positivo do ponto de vista ambiental e social, agregando valor a um país que oferece grandes oportunidades”. O novo local aumentará a capacidade de produção da empresa no Brasil. Além do setor de produção, a fábrica conta com uma área administrativa - incluindo vendas, RH, planejamento e pesquisa e desenvolvimento - e com uma divisão destinada a clientes, com auditório, centro de treinamento e showroom. É um lugar projetado para receber parceiros, empresas e clientes para experimentar soluções inovadoras e ter uma imersão no mundo da automação residencial. Com o lançamento, a Nice está preparada para produzir produtos eletrônicos de última geração para o 18

grupo em todo o mundo. Segundo o diretor geral da Nice no Brasil, Leonardo Sanchez, a nova planta segue um padrão internacional e atenderá primeiramente ao mercado brasileiro. A unidade tem como base três pilares: processos robustos, tecnologia de ponta e pessoas – esse último considerado o mais importante pela empresa. “Nossa planta em Minas Gerais representa um marco importante para a Nice dentro da estratégia global do grupo, que tem o Brasil como um centro relevante de competência tecnológica para produção, pesquisa e desenvolvimento de produtos com excelência em eletrônica. A inauguração é apenas a etapa inicial de um grande projeto, que contará com novos investimentos, em busca de um aprimoramento contínuo dos processos e de níveis crescentes de qualidade e produtividade”, falou o executivo. Lançamento de novos produtos Um dos lançamentos da Nice fabricados na nova unidade é o Cloud Alarm Ethernet-Wifi, sistema integrado de alarme e automação, via aplicativo na nuvem, que permite ao usuário comandar e receber todos os eventos do seu sistema de alarme em tempo real, na tela do celular. Outra novidade é a linha Nice Hi-Speed de automatizadores que, no Brasil, além da alta velocidade, ganhou também uma versão dedicada aos condomínios chamada de HSC (Hi-Speed & Cycle). Com versões para as mais diversas aplicações, como residências, condomínios e indústrias, o sistema conta com central inversora trifásica – que permite a abertura e o fechamento de portões em até quatro segundos – além de um sistema inteligente de programação automática. SE


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Cobertura de Eventos

Road Show Destaques da Segurança em São Paulo

Um dia de imersão no mundo da Segurança Eletrônica O primeiro Road Show do ano aconteceu na cidade de São Paulo trazendo palestras e exposição de produtos com tecnologia de ponta aos participantes

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tour de Road Shows de 2019 organizado e realizado pela Revista Segurança Eletrônica começou pela cidade de São Paulo, no dia 19 de fevereiro, no Novotel São Paulo Center Norte. O evento tem como propósito oferecer aos participantes de diversas regiões do Brasil um dia de imersão no mundo da Segurança Eletrônica, por meio de palestras, exposições e networking com os principais players do mercado. Marcaram presença no evento a Distribuidora Cybershop, Seventh, Moni, Radioenge, Fulltime, Tyco, Scond Condomínios Inteligentes, Proimage, Systemsat, Giga Security, Nice, TS Shara e Somaseg. Além disso, o Road Show recebeu o apoio da ACATE Segurança, ZKTeco, Égide Central de Monitoramento, One, SDC, Hikvision, Legrand, Optex, Aliara Brasil, Control ID, Dealer Shop, 20

Motorola Security, uTech, Protect, ABESE, ABSEG, ALAS, Papo Segurança, Siese-SP e ISC Brasil. Foram abordados assuntos de diversos nichos, como redes e telecom, rede mesh, monitoramento eletrônico, segurança para condomínios, controle de acesso, mercado de rastreamento, videovigilância, portaria virtual, alarmes sem fio, automação, monitoramento de alarmes cloud e nobreaks. Ao final do evento, houve uma mesa redonda em que os participantes tiveram a oportunidade de tirar dúvidas sobre as palestras. Os próximos destinos do Road Show Destaque da Segurança são a cidade de Maringá, no dia 02 de abril, e Vitória, no dia 16 de julho. Para ter acesso a agenda completa de eventos, acesse: www.revistasegurancaeletronica.com.br/categoria/eventos. SE


Cobertura de Eventos

Soluções de Segurança para Condomínios

Soluções que ampliam a segurança e impulsionam o setor condominial Profissionais de segurança, síndicos e gestores de condomínio tiveram a oportunidade de conhecer as soluções disponíveis para esse mercado, além de cases de sucesso e palestras com especialistas do setor

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número de roubos e furtos a condomínios tem crescido no Brasil. Somente no estado de São Paulo houve um aumento de 56% em 2018, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP). Paralelamente, cada vez mais o mercado de segurança eletrônica tem desenvolvido soluções de ponta para combater e minimizar as ações de criminosos, como portaria remota, câmeras de alta resolução com analíticos embarcados, controle de acesso, reconhecimento facial, barreira perimetral, entre outros. Para se ter uma ideia, a procura dos condomínios por segurança, com o melhor custo benefício, tem feito o mercado de portaria remota crescer 150% ao ano, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança (ABESE). É uma maneira de garantir maior segurança, evitar falhas humanas e ainda conseguir uma economia mensal que pode chegar a 50%. Para falar sobre esses e outros assuntos, a Revista Segurança Eletrônica, em parceira com o Grupo Cybershop e a Mafra & Salgado Soluções de Portaria, realizaram no dia 14 de março, na cidade de Ribeirão Preto, em São Paulo, o evento Soluções de Segurança para Condomínios. Direcionado para os profissionais de segurança, síndicos, gestores e administradores de condomínio, o evento trouxe as principais soluções de segurança que estão disponíveis no mercado para o segmento, além de cases de sucesso, palestras e debates entre os especialistas e os participantes. Entre os destaques da programação, estão Douglas Maccari, do

Grupo Cybershop, que apresentou as soluções de segurança oferecidos pela distribuidora; Aldrin Carvalho da Hikvision falou sobre as soluções de CFTV e controle de acesso para condomínios; Fabricio Junqueira da Seventh abordou o tema “Condomínios autônomos e inteligentes e suas principais funcionalidades para o setor” e André Dini, da Nice, apresentou soluções para portaria virtual e local. Já Rafael Danzi, da Moni, ministrou como reduzir custos, melhorar a qualidade e criar novas oportunidades em uma central de monitoramento. A empresa Control ID, por meio do profissional Diego dos Santos, palestrou sobre as soluções de controle de acesso para condomínios e Walter Uvo, da Minha Portaria, explicou tudo sobre portaria remota. A Resco Consultoria compartilhou a importância da integração de Segurança Eletrônica em Condomínios e a sócia-proprietária da Mafra & Salgado e síndica profissional Marcia Mafra falou sobre as principais ferramentas de um síndico profissional. O advogado, membro efetivo da equipe "Chame o síndico" do Fantástico (programa da Rede Globo) e síndico profissional Marcio Rachkorsky também esteve presente no evento e palestrou sobre normas e relatos para aumentar a segurança, suas vivências diárias como síndico, entre outros assuntos. “O evento foi nota 10! Tanto o conteúdo ministrado, como a organização do evento. Ribeirão Preto tem muito potencial de crescimento na área de segurança, a região é muito promissora, e acredito que seja muito importante debatermos sobre isso em um evento como este”, disse Marcia Mafra. SE 21




Em Foco

Jefferson Timo – Hikvision Brasil

Cidades Inteligentes: conceito, oportunidades e desafios O conceito de Smart City (Cidade Inteligente) tem ganhado cada vez mais espaço no Brasil e no mundo. Conversamos com o executivo Jefferson Timo, responsável por projetos de Cidades da Hikvision Brasil, que compartilhou a importância desse conceito no país e como a Hikvision tem atuado nesse mercado Por Fernanda Ferreira

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evista Segurança Eletrônica: Poderia nos explicar o que é uma Smart City? Jefferson Timo: Smart City é um conceito abrangente que envolve muitas tecnologias e disciplinas. No nosso segmento, a Hikvision atua com o conceito de Smart City na área de segurança pública, levando aplicações, integrações e unindo a ação do poder público e da população a esse sistema. Revista Segurança Eletrônica: Quais são os serviços que uma Cidade Inteligente oferece e que não estão disponíveis em cidades "normais"? Jefferson Timo: Hoje o Brasil passa por um processo de busca e desenho de uma Cidade Inteligente. No momento, as certificações necessárias para implementar as ferramentas de Smart City ainda não se encontram em nenhuma cidade do Brasil, porque envolvem múltiplos conceitos, desde segurança, energia, reciclagem, integração, IoTs, etc. Estamos otimistas com o potencial desse mercado no Brasil nos próximos anos e acompanhamos de perto os projetos pilotos que estão em desenvolvimento. Revista Segurança Eletrônica: Quais são os principais elemen24

tos de infraestrutura que uma Cidade Inteligente precisa ter para ser considerada “Smart”? Jefferson Timo: Podemos pensar em quatro níveis distintos. O primeiro seria a infraestrutura, que é muito importante. Muitas cidades não possuem sequer a infra necessária, seja de fibra óptica ou rádio. O segundo item seriam os sensores, a exemplo de vídeo monitoramento e câmeras instaladas em pontos estratégicos de cobertura. As aplicações são o terceiro nível, por meio do reconhecimento facial, leitura de placas veiculares e controles comportamentais. O quarto item é a inteligência artificial, que integra o sistema todo sem a interferência da ação humana. Revista Segurança Eletrônica: Do seu ponto de vista, por qual motivo o Brasil precisa de Cidades Inteligentes? Jefferson Timo: É uma tendência que vem crescendo em outros países. As aplicações facilitam muito mais a segurança e isso, ao meu ver, gera a satisfação de viver em uma cidade com mais qualidade de vida. Além do ponto de vista econômico, porque acaba atraindo investidores e, em última análise, ajuda a tranquilizar a população e otimizar a oferta dos serviços públicos que hoje são feitos ainda de forma bem básica em algumas regiões.


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“Smart City é uma tendência que vem crescendo em outros países. As aplicações facilitam muito mais a segurança e isso gera a satisfação de viver em uma cidade com mais qualidade de vida. Além do ponto de vista econômico, porque atrai investidores e ajuda a tranquilizar a população e otimizar a oferta dos serviços públicos que hoje são feitos ainda de forma bem básica em algumas regiões.”

Revista Segurança Eletrônica: Como esse novo conceito de Cidade Segura e Inteligente tem sido aplicado no Brasil? Jefferson Timo: Estamos passando por uma fase inicial aqui no Brasil. Temos alguns municípios nos procurando para a implementação apenas de videomonitoramento; outras, por sua vez, já buscam aplicações mais proativas. Neste último caso, é possível fazer reconhecimento facial de uma pessoa que está sendo procurada pela Justiça, por exemplo, ou uma carga roubada que pode ser encontrada com maior facilidade pelas autoridades. Revista Segurança Eletrônica: Como a Hikvision está se movimentando para suprir esse novo mercado no país? Jefferson Timo: Estudamos cada caso, implementando tanto o monitoramento quanto algumas aplicações. No Estado do Ceará, a Hikvision levou a leitura de placas de veículos. Sem dúvida, o poder público executivo tem manifestado interesse em buscar esse investimento em tecnologia, porque reconhece a eficiência destas novas soluções. Revista Segurança Eletrônica: Quais são as soluções que a Hikvision possui na área de Cidades? Jefferson Timo: A Hikvision é líder mundial em segurança eletrônica. As câmeras estão em nosso portfólio desde o início e estamos focando em aplicações para cidades, como o poste inteligente, onde você consegue fazer uma comunicação com o centro de controle e videomonitoramento da polícia local, aumentando a segurança e reduzindo a violência. Temos uma tecnologia de reconhecimento facial madura, leitura de placas de veículos em funcionamento há dois anos, além de scanners de carro e toda a parte de mobilidade para viaturas policiais no contexto de Cidades Inteligentes. Revista Segurança Eletrônica: Quais são os principais obstáculos para tornar uma cidade mais segura?

Jefferson Timo: Hoje a nossa grande dificuldade é a infraestrutura pública. A tecnologia da Hikvision é bem difundida, mas a infra ainda é o maior desafio. É bem verdade que observamos um avanço nos últimos cinco anos, mais ainda há muito a melhorar. Revista Segurança Eletrônica: Que tipo de desafios de segurança estão sendo enfrentados com o uso de redes em nuvem nesses projetos? Quais medidas podem ser tomadas para resolvê-los? Jefferson Timo: Atualmente, o reconhecimento facial já ocorre com a base de dados na nuvem, podendo ser compartilhado, por exemplo, por diferentes órgãos públicos, tais como Polícia Militar, Policia Civil, Ministério Público, etc. Esta questão é uma tendência que aos poucos está sendo implementada e, para a área de segurança, o potencial de efetivá-la é muito amplo, se tivermos as condições necessárias. Revista Segurança Eletrônica: O que podemos esperar da Hikvision na área de Cidades em 2019? Temos novidades? Jefferson Timo: Nosso objetivo é trazer inovações com inteligência artificial, análise forense e, inclusive, renovar o parque instalado, transformando as câmeras tradicionais “de um olho só” em sensores inteligentes. Revista Segurança Eletrônica: Gostaria de deixar um recado final para os nossos leitores? Jefferson Timo: Smart City é um conceito recente no Brasil que começa a se materializar. O poder público brasileiro precisa pensar na sua infraestrutura para poder investir melhor na tecnologia que a Hikvision oferece, isso é fundamental. Tendo isso em plenas condições, podemos entender a necessidade de cada município, estudar, implementar o projeto e fazer as aplicações necessárias para combater o crime. SE 25




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Diego Santos – Control ID

Controle de acesso com tecnologia, design atrativo e preço competitivo A Control ID está crescendo cada vez mais na área de controle de acesso e tem lançado diversas soluções com alta qualidade e preços competitivos. Para falar sobre o assunto, conversamos com Diego Santos, gerente comercial da Divisão de Controle de acesso da Control ID

Por Fernanda Ferreira

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evista Segurança Eletrônica: Como funciona a Control iD e o que a empresa oferece para o mercado de segurança? Diego Santos: A Control ID é uma empresa de tecnologia que se especializou há mais de 13 anos na fabricação de controladores de acesso. Somos uma empresa que fabrica relógio de ponto, controle de acesso, catracas, automação comercial, soluções biométricas, de proximidades, entre outros. Oferecemos para o mercado produtos intuitivos, de fácil usabilidade e com design diferenciado, que chama a atenção de quem compra. Outro diferencial é nosso algoritmo de biometria, considerado pelo NIST como o algoritmo com maior acuracidade e menor taxa de falsa aceitação e falsa rejeição, tudo isso com recordes no tempo de autenticação, onde identificamos usuários 1:1 e 1:N em menos de meio segundo. Isso facilita o reconhecimento de dedos danificados por produtos químicos, idosos, entre várias outras variáveis. Revista Segurança Eletrônica: E como funciona a política comercial da empresa? Diego Santos: Atuamos como fabricantes dentro da cadeia e temos distribuidores em todo o Brasil e também por toda a América Latina, e os nossos distribuidores atendem os integradores 28

e revendedores. Revista Segurança Eletrônica: O que uma empresa precisa ter para ser um distribuidor Control ID? Diego Santos: Precisa ser uma empresa que quer trazer para o cliente, para a revenda, uma solução que, primeiramente, atenda as demandas e anseios visuais e técnicos do produto – bonito, de qualidade e com custo diferenciado. Nossas soluções são atraentes, tecnológicas e com custo competitivo. Temos produtos high-end, que são soluções que concorrem com as marcas desse perfil, mas também temos preços e produtos para atingir o nicho low-end. Além disso, entregamos uma linha completa de controle de acesso, não só o terminal, mas também a catraca, o torniquete, e tudo plug-in-play, prontos para instalação, basta um ponto de energia e de rede e você já terá a solução em forma funcional. Toda a linha possui software web embarcado, software no sistema servidor para fazer a gestão de vários equipamentos, entre outros. Nossos parceiros gostam destas facilidades e principalmente pelo poder de customização que nossa linha possui, entregamos tanto uma solução pronta como também customizada. Um exemplo de customização aconteceu em um hospital com


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320 portas em São Paulo. O projeto precisou ter integração com os sistemas de elevadores, quando o visitante se cadastra e coloca a biometria, a catraca identifica quem é a pessoa e para qual andar ela vai; a catraca “conversa” com a placa controladora do elevador, indica qual o elevador mais próximo e no display do elevador já aparece para qual o usuário deve se dirigir, dessa forma não há necessidade do visitante apertar nada. Fizemos toda essa personalização e integração em apenas 60 dias. A possibilidade de atender demandas específicas e a nossa política comercial são alguns dos pontos que atraem os distribuidores do mercado. Revista Segurança Eletrônica: Dentro de tendências, o que vem para 2019? Diego Santos: Acabamos de lançar catracas novas, como a linha BQC, em que o braço desarma quando há uma emergência de incêndio; lançamos a catraca balcão, que conta com um display de 7 polegadas touch screen que aparece a foto da pessoa na tela, com design arrojado e um custo diferenciado; também disponibilizamos torniquetes nacionais, totalmente controlados, prontos para instalação. Além disso, lançaremos novos produtos no segundo semestre deste ano, como um controlador biométrico lite – produto low-end de biometria, pequeno, e com uma versão

IP65 para ser instalado em ambientes externos –, e uma linha facial. Vamos sair da biometria somente por digital e partiremos para a linha facial. Revista Segurança Eletrônica: Quais são as principais verticais que vocês atendem? Diego Santos: Atendemos desde uma portaria virtual, que chamamos de low-end, ou um instalador que aplica nossas soluções dentro de condomínios, até grandes integradores nacionais e internacionais. Temos produtos para cada perfil de cliente e para cada mercado. Revista Segurança Eletrônica: Gostaria de deixar um recado para quem quer conhecer a Control ID? Diego Santos: Convidamos os profissionais a conhecer e testar os nossos produtos. Às vezes ficamos apenas com uma marca na cabeça e não nos abrimos para conhecer novas empresas, por isso, se permita conhecer a Control ID. Se quiserem conhecer a nossa estrutura e testar nossos produtos, estamos abertos para recebê-los. Também marcamos presença nos principais eventos do mercado de segurança, como Exposec, ISC Brasil e nos Road Show da Revista Segurança Eletrônica. SE 29


Case de Sucesso

Living Lab Florianópolis

Cidade de Florianópolis cria laboratório a céu aberto para soluções que visam tornar a cidade mais inteligente Programa reúne empresas de diversos segmentos para implantar, testar e validar soluções tecnológicas que proporcionem melhor qualidade de vida para os cidadãos e visitantes da cidade e que tornem os serviços urbanos mais eficientes Por Fernanda Ferreira

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idade Inteligente (Smart City) é um assunto que tem sido bastante debatido em fóruns e convenções, e tem despertado cada vez mais o interesse do governo, das empresas privadas e da população. Esse conceito apresenta uma cidade conectada, tecnológica, 100% sustentável e funcional, que garante aos cidadãos qualidade de vida, crescimento econômico, melhoria da sustentabilidade e dos serviços urbanos através da tecnologia, levando em consideração principalmente os setores de mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, inovação, economia, educação, saúde e segurança. O assunto começou a ser discutido em meados de 1990 com o protocolo de Kyoto – em um momento em que municípios de diversas nações se comprometeram em reduzir a emissão de gases do efeito estufa e passaram a se apoiar em soluções de Cidades Inteligentes para concretizar suas metas 30

ligadas à sustentabilidade e aos desafios da mudança climática –, mas só ganhou destaque efetivo no ano de 2010, quando diversas empresas de TI, como IBM, Cisco, Siemens e Ericsson, voltaram seus interesses a esse nicho, criando soluções personalizadas para o mercado de Smart Cities. O aumento das taxas de urbanização também tem contribuído para a implantação de projetos de Cidades Inteligentes em diversas regiões do mundo. Segundo a ONU, estima-se que até o ano de 2050, mais de 70% da população mundial estará vivendo em cidades. Também é estimado que em menos de 15 anos, 40% das cidades sejam inteligentes. São municípios onde a tecnologia vai ajudar a melhorar a saúde, a economia, a segurança e o transporte dos cidadãos. “As Cidades Inteligentes podem ser verdadeiros laboratórios para desenvolver, testar e aperfeiçoar nosso novo estilo







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de vida”, explicou (em uma palestra para o TEDx) Renato de Castro, idealizador e CEO do projeto City SmartUp, que tem como objetivo promover promoção, negócios e investimentos entre Cidades Inteligentes. Seguindo essa tendência, Florianópolis deu um importante passo para tornar-se uma Cidade Inteligente. A Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (ACATE), a Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF) e a Prefeitura firmaram um convênio em 2017 para desenvolver um Laboratório de Inovação Urbana. A primeira etapa do projeto foi aplicada na Rua Vidal Ramos, localizada no Centro da cidade, onde foram instalados roteadores Wi-Fi e câmeras inteligentes da Intelbras, que podem ser acessadas de qualquer dispositivo pelos comerciantes e órgãos de segurança pública através do D-Cloud da Seventh, solução para armazenamento e gerenciamento de imagens em nuvem, que além de gravar, proporciona segurança em caso de falha, roubo ou sabotagem dos equipamentos, e acesso simultâneo e compartilhamento das imagens. “Inovação faz parte do DNA da Intelbras. Investimos 6% do nosso faturamento em inovação e pesquisa, resultando em produtos e soluções inovadoras e de alta qualidade como os utilizados na Rua Vidal Ramos”, afirmou Renan Antoniolli, executivo comercial de Soluções & Projetos da Intelbras. “Por sermos uma empresa catarinense, é muito gratificante trabalhar neste projeto tão importante para a capital em parceria com a ACATE, a ACIF e a Prefeitura de Florianópolis. Temos certeza que o programa continuará trazendo muitos benefícios para a cidade e os cidadãos”, complementou o executivo. Equipamentos e soluções de alta tecnologia desenvolvidos pela Intelbras e ligados à Inteligência Artificial, como câmeras que realizam reconhecimento facial e de placas de veículos e motocicletas, serão utilizados nas próximas etapas do projeto. O município de Florianópolis deve alcançar 800 mil habitantes até 2035 e hoje, com 469 mil, já enfrenta vários desafios. De acordo com o Índice de Cidades Empreendedoras 2016, da Endeavor, alguns dos principais gargalos estão relacionados a desenvolvimento urbano sustentável, mobilidade, gestão de resíduos, crise fiscal e financeira, digitalização dos serviços públicos e tempo para abertura de empresas. Sendo um dos principais polos tecnológicos do Brasil, o município tem capacidade de solucionar essas dores e ser reconhecido como uma Cidade Inteligente.

“Nós escolhemos a Rua Vidal Ramos para o projeto piloto porque seus lojistas e moradores já são muito organizados. Eles conseguiram que a rua fosse revitalizada e hoje ela é um 36

modelo de urbanismo para a cidade”, explicou Thaís Nahas, diretora de Negócios Inovadores na Prefeitura de Florianópolis e coordenadora do Programa Living Lab Florianópolis. O objetivo foi tornar a rua mais inteligente e lançá-la como um modelo para o Brasil ao implantar no local as tecnologias de ponta de empresas da região, fortalecendo também a economia local. “Foi um projeto que, além de levar os benefícios da tecnologia para os comerciantes e moradores, deu mais visibilidade para a rua, aumentando a circulação de pessoas. A iniciativa ainda visou difundir a cultura de inovação - muito forte dentro das empresas - entre os cidadãos de Florianópolis, tornando a cidade cada vez mais competitiva e com uma economia mais forte”, ressaltou Diego Ramos, diretor da Vertical Conectividade da ACATE. A primeira etapa do Laboratório de Inovação Urbana foi viabilizada pelas empresas do setor tecnológico, que cederam suas soluções ao projeto: a Unifique Telecom forneceu toda a conectividade; a Intelbras as câmeras; a Seventh concedeu as licenças do software de Gestão e Análise de videomonitoramento, além do aplicativo para que os lojistas possam se automonitorar; a Khronos prestou o serviço de instalação e a Teltec Solutions os equipamentos Access Point para o Wifi. “Utilizamos o Laboratório de Inovação Urbana, que é um projeto de Smart City de Florianópolis, para desenvolver e testar as nossas soluções, mais especificamente o D-Cloud. Para nós foi uma oportunidade de adicionar novos recursos e adaptar o sistema para a tecnologia de Smart Cities, enquanto podemos ajudar a melhorar a qualidade de vida da nossa própria cidade, onde moramos e onde fica a matriz da Seventh. Florianópolis atualmente é um importante polo tecnológico, conhecido como a “Sillicon Valley" brasileira, chamada também de “Ilha do Silício”. Para a Seventh, contribuir para que a cidade de Florianópolis seja cada vez mais uma Smart City significa estar na vanguarda da tecnologia mundial, da inovação com tecnologias recentes, que atendam à demanda desse mercado”, falou Carlos Schwochow, diretor Seventh.

Para Marcus Rocha, superintendente de Ciência, Tecnologia e Inovação de Florianópolis, o projeto é muito positivo para a Prefeitura, pois conseguiram diversas câmeras ligadas a custo quase zero, proporcionando monitoramento local onde não


“Aproveitamos a vocação que a cidade de Florianópolis tem para tecnologia para darmos oportunidade para as empresas virem para cá e testar os seus produtos em um cenário real. Muitas vezes testar a solução em um ambiente muito controlado não gera um resultado preciso”. havia acesso. "A intenção foi transformar Florianópolis em um laboratório a céu aberto para a inovação. A ação na Vidal Ramos foi o projeto piloto do atual Living Lab Florianópolis. Nosso objetivo é viabilizar mais projetos de inovação que impactem em questões urbanas da cidade", afirmou Rocha. Rosângela Macedo Coelho, diretora da Regional Centro da Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (ACIF), tem uma loja na Vidal Ramos há mais 20 anos e acompanhou todo o processo de revitalização e reforço na segurança da rua. "Para nós, que já vivemos momentos de muita insegurança, medo da violência e sofremos com os prejuízos de furtos frequentes, iniciativas como essa trazem esperança e confiança de impulsionarmos os negócios", contou. A caminho da inovação A segunda etapa do programa, chamada de Living Lab Florianópolis, foi desenvolvida em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina, sendo uma das ações estratégicas da Rede de Inovação Florianópolis, uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis (PMF) e a Associação Catarinense de Tecnologia (ACATE). No segundo semestre de 2018 foi aberto um edital público chamando soluções tecnológicas e inovadoras para serem testadas na cidade. “Aproveitamos a vocação que a cidade tem para tecnologia para darmos oportunidade para as empresas virem para cá e testar os seus produtos em um cenário real. Muitas vezes testar a solução em um ambiente muito controlado não gera indicadores e um resultado preciso”, explicou Thaís Nahas.

Especialistas em diversas áreas, acadêmicos e representantes da Prefeitura, como Guarda Municipal e Secretaria de Segurança, avaliaram e selecionaram ao longo de dois meses as soluções inscritas que fariam parte do projeto, levando em consideração o perfil do empreendedor, afinidade da solução com as temáticas do Living Lab, a viabilidade de implementação da solução para testes, capacidade de produção do piloto, entre outras características. Ao final, foram escolhidas dez empresas que introduziram suas soluções por toda a cidade e até julho deste ano, esses equipamentos serão testados e acompanhados por uma equipe de consultores e a Prefeitura. Entre as selecionadas, há empresas de segurança com ênfase em monitoramento e controle de acesso; sensoriamento para o monitoramento do tráfego de veículos e gestão de vagas de estacionamento; automação residencial e predial para monitorar incêndios e notificar autoridades responsáveis; automação para medição, corte e religamento da energia elétrica e iluminação pública inteligente; hotspot de internet com plataforma de mídia para ambientes públicos com fluxo de pessoas; veículos elétricos para aluguel e compartilhamento, entre outros. “Tentamos conectar o máximo possível de pontos, pois cada um pode colaborar de alguma maneira. Isso é muito bom, pois traz um viés de inovação. No futuro queremos colocar mais serviços, como um sistema de reconhecimento facial, para qualificar a questão da segurança, por exemplo. Há uma demanda para criarmos, por meio da ACATE e envolvendo outras entidades, um cluster de Smart City na cidade”, disse Diego Ramos. SE 37


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San Miguel – Argentina

Cidade Segura: Resposta policial em tempo real Município de San Miguel adotou um sistema de videovigilância inteligente que inclui leitura de placas veiculares para prevenir e resolver delitos

Por Redação

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município de San Miguel, na Argentina, contava com um sistema de câmeras obsoleto para promover a segurança pública. Os órgãos públicos sentiam a necessidade de ter informações sobre os fatos em tempo real para coordenar adequadamente as intervenções da equipe de segurança nas ruas. Isso permitiria acioná-la quando ocorressem esses episódios e, desta forma, devolver a tranquilidade aos moradores. Diferentemente do sistema anterior, a ideia era que o novo não se tornasse obsoleto em poucos anos. A melhor opção para permitir à polícia uma atuação mais imediata foi um sistema de videovigilância urbana inteligente baseado em câmeras da Axis Communications com análise de vídeo apresentado pela empresa Exanet. Os mais de 300 equipamentos com que hoje conta o município em toda sua área urbana se integram ao VMS da Milestone, e permitem a realização de um ótimo trabalho pelas forças de segurança locais. A videovigilância agora faz parte do chamado “Plano Operativo de Prevenção de Delito”, que consiste no monitoramento em tempo real, a partir do Centro de Operações Municipal, para detectar atitudes suspeitas e verificar placas de veículos – um dos grandes êxitos tecnológicos do projeto. O investimento levou em conta não apenas os benefícios ime38

diatos de uma gestão inteligente de segurança, mas também a economia oferecida pelo sistema a longo prazo. Graças sobretudo à análise de leitura de placas através de câmeras Axis, o sistema melhorou a capacidade de resposta das Forças de Segurança Municipais, especificando o lugar do incidente e realizando um rastreamento com câmeras no entorno para detectar os delinquentes. As imagens obtidas têm servido, inclusive, como prova forense em investigações policiais sobre crimes, identificando pessoas e veículos envolvidos, e ajudando a esclarecer os mesmos. “A robustez, durabilidade e a tecnologia de compressão Zipstream foram aspectos fundamentais para a escolha da Axis para este projeto, que melhorou amplamente o desempenho técnico do sistema anterior”, falou Juan José Esper, secretário de Segurança de San Miguel. Uma nova filosofia O município de San Miguel está integrado à zona urbana conhecida como Grande Buenos Aires. Trata-se de um território que, devido a sua população crescente e ao trânsito diário de milhares de pessoas, exigiu a reformulação de seu plano de segurança. Assim, San Miguel adotou um conceito amplo de segurança, entendendo por isso a ausência de incidentes que afetem o de-



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senvolvimento normal da vida de seus moradores na via pública, desde o corte de um cabo de tensão até o descarte do lixo em locais proibidos. E, se ocorrer qualquer episódio que altere a normalidade, o objetivo é minimizar seus efeitos negativos sobre a vida e bens das pessoas. A partir do Centro de Operações Municipais montado para realizar o trabalho de monitoramento, integram-se todas as funções preventivas e reativas contra delitos, contravenções, atos de violência, acidentes rodoviários, incidentes ambientais e contra a ordem pública. De lá, é feita a comunicação com as outras secretarias municipais e organizações públicas do Governo, como Bombeiros, Polícia de Buenos Aires, empresas de serviços públicos e de transporte, entre outros. “O objetivo neste projeto foi mudar a maneira de fazer segurança de acordo com as políticas públicas implementadas pelo município. O cliente compreendeu a importância de contar com tecnologia aberta e com o poder de integração de analíticos de vídeo conforme as suas necessidades para alcançar seus objetivos em matéria de segurança”, destacou Hugo Menegozzi, CEO da Exanet. Ênfase na prevenção Pensando em sustentar esse plano a longo prazo, na hora de abordar o projeto foi importante o enfoque no Custo Total de Propriedade (Total Cost of Ownership), levando em conta tudo o que o município poderá capitalizar com este sistema 40

digital de alta performance, aberto e escalável. Efetivamente, este projeto inclui rotinas de observação e vigilância em áreas críticas, buscando identificar situações suspeitas. Exemplo disso é a verificação de placas em veículos, com a instalação de 256 câmeras AXIS P5635-E. Esse modelo tem uma visão panorâmica de grande alcance para proporcionar excelentes resultados em avenidas e ruas muito transitadas. Essas rotinas de observação se integram às patrulhas que a equipe de segurança realiza na rua com celulares, de moto ou a pé, tendo como vantagem a economia de esforços, tempo e gastos. O armazenamento local também era um item importante. Foram utilizadas 14 câmeras AXIS P1405-E, que conta com armazenamento local, e sua qualidade de imagem em área externa é efetiva tanto de dia quanto de noite. Além disso, para aquelas zonas urbanas onde as condições de luz não são ótimas, foram instaladas 61 câmeras AXIS P1365, cuja tecnologia Lightfinder gera imagens em cores em ambientes de baixa iluminação. Também foram somados 37 Unidades Principais AXIS F44, com mais de 100 lentes, e o projeto se completa com os modelos AXIS M1125, AXIS M3004 e AXIS M1114. Entre as vantagens que oferece o sistema, destacam-se o domínio completo por parte dos operadores de todas as câmeras de segurança instaladas, medido em facilidade e rapidez de acesso; a usabilidade das imagens obtidas em tempo real por sua nitidez, cor e detecção do maior número de detalhes possível; e a durabilidade técnica dos equipamentos. SE



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Inteligência Artificial aplicada às Smart Cities Por Renan Antoniolli

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futuro está mais próximo do que imaginamos, prova disso é o crescente uso da Inteligência Artificial, ou AI – Artificial Inteligence em inglês, na rotina das pessoas. Ela possibilita que as máquinas aprendam com experiências e se ajustem a novas entradas de dados, performando tarefas como seres humanos. Muitos nem percebem, mas a AI já está presente em nosso dia a dia, por meio de aplicativos e até mesmo nas grandes cidades, em projetos que envolvem o conceito de Smart City, nos quais determinados espaços urbanos são palco de experiências de uso intensivo de tecnologias de comunicação e informações de gestão urbana. As Smart Cities ganharam atenção nos últimos anos por conta do aumento da urbanização global. Em 2014, o equivalente a 54% da população mundial vivia em cidades, com tendência a crescer 1,84% por ano até 2020, um cenário que cria demanda por serviços mais eficientes. Uma pesquisa do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) indicou que o uso das tecnologias da informação e comunicação – parte integrante das Smart Cities e Indústria 4.0 – pode melhorar a entrega de serviços públicos e os resultados das políticas públicas em áreas como segurança, mobilidade, melhor uso de recursos e desenvolvimento sustentável. Quanto mais recursos de AI integrados, mais a cidade é inteligente. Podemos afirmar que hoje 80% da AI presente nas Smart Cities são baseadas em recursos de vídeo. Além disso, uma Cidade Inteligente é baseada em diversos pilares, como segurança, 42

educação, sustentabilidade, mobilidade, entre outros, e a AI deve integrar cada um deles. Segurança

O uso da Inteligência Artificial para esse pilar é muito importante, visto que é possível realizar controle de acesso às cidades, monitoramento, reconhecimento facial na busca de pessoas desaparecidas, além da integração com a Polícia Militar, Civil e outras autoridades. O uso de viaturas inteligentes com DVR veicular também vem sendo um destaque, assim como a análise de comportamento de indivíduos a fim de evitar sequestros e roubos.


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Portaria Remota Toda sua operação numa única plataforma. O Moni faz a gestão operacional completa de portarias remotamente, é integrado a todas as tecnologias necessarias e conta com uma exclusiva gestão centralizada de eventos de monitoramento de alarmes/portaria remota.

O Moni é um software desenvolvido pela Moni Software e é voltado para monitoramento de eventos de segurança, está presente em mais de 1800 centrais de monitoramento e realiza operação de 800 condomínios em portaria remota. comercial@monisoftware.com.br

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www.monisoftware.com.br


Artigos

Gerenciamento de cidades Por meio do monitoramento das cidades, é possível gerenciar a coleta de lixo, rondas policiais, monitoramento de eventos, detectar incêndios, fogo e fumaça, vandalismo e até mesmo terremotos e inundações, evitando diversas tragédias e melhorando a qualidade e eficiência dos serviços públicos. Mobilidade urbana

A mobilidade de uma Cidade Inteligente melhora exponencialmente quando aplicamos a AI, já que é possível, por exemplo, monitorar o tráfego em tempo real, detectar acidentes até mesmo antes de acontecerem e emitir avisos e alertas às autoridades. Um exemplo dessa aplicação é a parceria entre a Intelbras e a start up Infravias, que juntas desenvolveram um ponto de ônibus que agrega segurança, acessibilidade e conforto aos usuários do transporte público, utilizando ferramentas de tecnologia, como o sistema de câmeras para monitoramento e sua interligação com a polícia e central de controle do transporte coletivo. O ponto está sendo desenvolvido como proposta para revitalização do bairro Vila A, em Foz do Iguaçu. Ele faz parte de um grande projeto de planejamento urbano focado em sustentabilidade, em parceria com a prefeitura municipal. Saúde O uso da AI traz muitos benefícios também para a área da saúde e a sua aplicação é extremamente abrangente. Um exemplo é a criação de sistemas em que o cidadão possa saber se o remédio que ele necessita está disponível na rede pública ou até mesmo se o seu médico está disponível para consultas, tornando o serviço 44

mais eficiente. Sustentabilidade O uso de novas tecnologias, como painéis solares para a captação de energia, também torna as cidades mais inteligentes e promove o uso de energia limpa, abastecendo os carros elétricos, fazendo surgir assim mais soluções para a questão da sustentabilidade nas cidades. É importante lembrar que antes de uma cidade se tornar inteligente ela precisa ser digital, isso porque para utilizar as ferramentas de AI é preciso que haja conectividade e energia. Essas áreas estão todas interligadas, pois a integração dos equipamentos, dados e informações depende da conectividade. Quanto mais inteligente a cidade, maior a quantidade de câmeras, o que gera uma demanda maior de monitoramento de todos os vídeos produzidos em tempo real. Por consequência, isso motiva um número menor de pessoas envolvidas no processo de monitoramento visual, o que é denominado de paradoxo da cegueira: quanto mais câmeras instaladas, menor a atenção humana aos eventos. É nesse caso que entra a AI, pois ela se encarrega dessa tarefa, gerando alertas do que realmente necessita ser monitorado pelos olhos humanos, facilitando o trabalho e otimizando os processos. Deste modo, percebemos que o uso da Inteligência Artificial será cada vez mais recorrente, não somente nas Smart Cities, mas também na rotina do cidadão como um todo. Investir em equipamentos e ferramentas eficientes permite que cada vez mais, a qualidade de vida das pessoas melhore e a vida nas cidades se torne mais fácil. SE

Renan Antoniolli Executivo Comercial de Soluções & Projetos da Intelbras. Formado em Engenharia de Telecomunicações pela FURB e pela Universidade do Porto, Portugal, e com MBA em Gestão de Negócios pelo IBMEC. Possui mais de 15 anos de experiência na área de tecnologia, e é especialista em projetos de cidades digitais e inteligentes.


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Como as câmeras podem melhorar a mobilidade urbana Por Paulo Santos

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tema dos engarrafamentos e acidentes de trânsito é complexo, mas na sua raiz há um princípio muito simples. A melhor maneira de fornecer ambientes seguros para os usuários da infraestrutura rodoviária e reduzir a carga de trabalho dos operadores de gerenciamento de tráfego e serviços de emergência é evitar qualquer tipo de incidente. O tráfego sem congestionamentos não é apenas mais seguro, mas também resulta em usuários mais satisfeitos, um comércio mais dinâmico e uma vida diária mais fluida. Perfeito, mas como fazer prevenção? Alguns avanços recentes já estão sendo usados, como a tecnologia de Detecção Automática de Incidentes (DAI), para melhorar toda a rede de gerenciamento de ocorrências nas principais avenidas. A forma como funciona é muito clara: o sistema alerta os operadores de gerenciamento de tráfego para a presença de veículos quebrados ou parados para que possam enviar ajuda rapidamente e, além disso, permite que eles forneçam vídeo e imagens para apoiar os serviços de emergência. Essa agilidade no atendimento também minimiza interrupções na circulação, o que evita acidentes em cadeia e o agravamento da situação. Nesse sentido, as câmeras inteligentes podem fornecer uma análise precisa do fluxo dos veículos, identificando os fatores que podem se tornar uma fonte potencial de engarrafamentos ou retardar o tráfego. Com essas informações em mãos, que incluem a contagem de veículos e até o tipo em cada faixa (carro, caminhão, ônibus...) os operadores de gerenciamento de tráfego podem modificar a sincronização dos semáforos e, assim, evitar que uma pequena fila se torne um congestionamento de tráfego monumental, por exemplo. Outra forma de agilizar o trânsito é utilizar câmeras inteligentes nos cruzamentos. Esses sensores calculam continuamente o volume de veículos esperando o semáforo ficar verde. É comum o acúmulo de veículos à espera em uma das vias enquanto a via que cruza, com sinal verde, permanece sem veículos ou com fluxo muito baixo. As câmeras resolvem isso ao regular os semáforos de acordo com essa demanda. Além desses ganhos mais evidentes para o motorista, a tecno46

logia hoje permite outras melhorias para os gestores. As próprias câmeras são capazes hoje de detectar algumas infrações graves, como veículos que trafegam na direção oposta. Tampouco é necessária a presença de agentes de segurança no local para determinar se alguém cometeu uma infração ou para provar isso em tribunal, graças à tecnologia de reconhecimento de placas e à confiabilidade das evidências em vídeo. Sem dúvidas, uma opção mais eficiente e econômica do que expandir a presença de agentes de trânsito no local. O sistema não se limita a detectar ações localizadas, mas permite uma vigilância completa das infrações, que a longo prazo ajudará os usuários a serem melhores condutores. Essa afluência de dados permite até mesmo informar melhores rotas ao motorista, em tempo real, através de painéis de mensagens variáveis (PMVs). A revolução em curso tem a ver com a transformação de câmeras em sensores de detecção de tráfego, capazes de determinar os tipos de veículos, velocidades, número de ocupantes ou placas. É a tradução, no trânsito, do conceito de Internet das Coisas (IoT), que está mudando a forma de se deslocar em uma cidade. Com essas informações, fica muito mais fácil saber como e quando as vias são utilizadas, o que permite otimizar os cronogramas de manutenção, priorizar corretamente novos investimentos e melhorar a sensação de bem-estar nas cidades. Tudo isso terá, no futuro, um impacto significativo no fluxo de veículos e na redução de acidentes de trânsito. SE

Paulo Santos Gerente Regional de Desenvolvimento de Negócios da Axis Communications.



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A importância de conectar pessoas e tecnologias para cidades mais seguras Por Selma Migliori

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s câmeras de videomonitoramento estão espalhadas por estabelecimentos comerciais, instituições financeiras, hospitais, casas e já criaram uma rede de dados que cobre praticamente todas as cidades do Brasil – o próximo passo é agora conectá-los. A câmera do estabelecimento vizinho se tornou essencial para resolver uma ocorrência no outro quarteirão. Cada vez mais chega-se ao consenso que é fundamental conectar tecnologias e, mais do que isso, conectar pessoas interessadas em colaborar ativamente para a segurança do bairro. Em resumo, o videomonitoramento de uma residência, por exemplo, não é apenas importante àquela família, mas também para toda vizinhança, bairro ou cidade. Os dados compartilhados ganham força e resolvem mais rapidamente quebra-cabeças que antes seriam impossíveis. As cidades cresceram de tal forma que a colaboração de todos os setores é essencial para manter a ordem e segurança dos cidadãos. Na capital paulista já existem esforços nesse sentido. O programa São Paulo Inteligente, conecta os gestores de grandes estabelecimentos engajados em investir em tecnologia de videomonitoramento e compartilhar as imagens com o Detecta, programa da Polícia Militar de São Paulo. Em troca, a melhoria na segurança beneficia a cidade como um todo, assim como shoppings, hospitais, 48

mercados e outros estabelecimentos que participam da iniciativa. O modelo de compartilhamento de dados com as autoridades policiais é relativamente novo e possível após a popularização dos equipamentos IP. Na vanguarda deste novo marco na segurança pública e privada, a ABESE está ajudando através de um grupo de trabalho e do próprio programa a abrir um canal entre empresários e o município para integrar recursos em prol do bem comum. Mais do que uma evolução tecnológica, a missão é aproximar pessoas e transformar o olhar do setor privado para além da calçada. A tecnologia permitiu que, ao olhar a cidade como responsabilidade também de cada cidadão, indivíduos pudessem colaborar com a segurança pública ou mesmo com a segurança de um estabelecimento do outro lado da cidade – conectados por uma rede de tecnologia e solidariedade. SE

Selma Migliori Presidente da ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança)



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Vencendo o trânsito com tecnologia de videomonitoramento inteligente Por Paulo Ramos

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m todo o mundo, são inúmeros os transtornos decorridos do intenso tráfego de carros nas grandes metrópoles. Os longos atrasos para os motoristas, aumentam a ansiedade e reduzem a produtividade, além dos riscos à saúde pública em decorrência, por exemplo, da má qualidade do ar. Juntos, os efeitos do trânsito excessivo impactam negativamente na qualidade de vida dos cidadãos e a sustentabilidade das grandes cidades. Dessa forma, o tráfego se torna uma dor de cabeça para os administradores da cidade, particularmente onde a rápida urbanização e o crescimento econômico levaram ao aumento do número de veículos. De acordo com dados de uma pesquisa realizada pelo Ibope Inteligência, moradores da cidade de São Paulo passam em média quase três horas por dia no trânsito, além de 44% da população já ter tido problemas respiratórios devido à poluição do ar. O ônibus é a opção mais usada por 49% da população, seguido pelo carro com 23%. Em muitas cidades, a construção de novas vias não é uma opção, seja por causa do espaço disponível ou pelas restrições nos orçamentos municipais. Nessas circunstâncias, as autoridades estão começando a procurar tecnologias inteligentes para tornar as viagens cada vez mais rápidas e seguras. Tecnologias de vídeo com inovações em Inteligência Artificial e machine learning são opções bastante viáveis, porque têm a capacidade de transformar o monitoramento de vídeo padrão com recursos que alertam os operadores sobre problemas no trânsito em tempo real. Isso permite a tomada de medidas imediatas para manter as pistas livres e o tráfego fluindo. A orientação de tráfego com a utilização de câmeras inteligentes, integradas aos sistemas e algoritmos instalados nos cruzamentos é uma das possíveis saídas. Essa visão do trânsito permitiria que as operadoras resolvessem problemas para reduzir as causas do congestionamento, como o uso indevido de faixas de ônibus, estacionamento ilegal, além de orientações para motoristas em vias com acidentes. Outra solução seria o controle de semáforos com o objetivo de manter a circulação de veículos fluindo o mais livremente possível. Eles consomem dados dos sistemas de orientação de tráfego para 50

entender onde há pontos de congestionamento. Em conjunto com câmeras inteligentes que contabilizam veículos, compartilha-se simultaneamente os dados em tempo real com o sistema de sinal de trânsito. Com base nesses dados, os semáforos podem ser coordenados automaticamente para nivelar o fluxo, dando prioridade conforme necessidade, estendendo ou reduzindo o tempo disponível para cruzar a interseção. Em outros casos, o congestionamento é causado por estacionamento ilegal e uso de faixas de ônibus. Com soluções de vídeo, como detecção de direção incorreta, inversão de marcha ilegal e detecção ilegal de estacionamento, esses incidentes podem ser identificados em tempo real, permitindo que os operadores nos centros de controle alertem as autoridades imediatamente. Isso faz com que seja mais rápido reagir a casos de direção ilegal ou irresponsabilidade e remover obstáculos em vias urbanas, além de responsabilizar os motoristas. A gestão do tráfego urbano está no topo da agenda da maioria das autoridades municipais e a tecnologia de vídeo inteligente é uma grande aliada para administrar esta situação. À medida que mais governantes começam a ver o enorme valor das soluções de vídeo de última geração no gerenciamento de tráfego, a adoção vai acelerando. As cidades têm conseguido implementar uma estrutura regulatória e de financiamento adequadas para apoiar a implementação dessas soluções. SE

Paulo Ramos BDM de Transportes da Hikvision Brasil





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Os perfis ONVIF e o novo protocolo de vídeo ONVIF Profile T

Por Thiago Vasconcelos

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m setembro de 2018 um novo protocolo de vídeo foi lançado pelo Forum ONVIF: o ONVIF Profile T (Perfil T). Mas o que é o ONVIF? ONVIF é o Open Network Video Interface Forum, que na tradução significa: “Fórum Aberto de Interface de Vídeo em Rede”. É uma organização privada, internacional e independente que foi criada pela Axis, Bosch e Sony em 2008 com o objetivo de criar um protocolo padrão de interoperabilidade entre dispositivos de áudio e vídeo com softwares. Atualmente o ONVIF possui 486 fabricantes membro. O Comitê-Diretor é composto pelos seguintes fabricantes: Axis, Bosch, Honeywell, Pelco Schneider Electric e Sony. Os perfis ONVIF, que também podem ser chamados de protocolos, completaram 10 anos e evoluíram de tal forma que praticamente todos os softwares abertos já são compatíveis com eles. Atualmente, quase todos os fabricantes de hardware implementam Profiles ONVIF em seus produtos de áudio ou vídeo, inclusive os nacionais. Para que os recursos do Profile funcionem, o dispositivo de áudio ou vídeo e o respectivo software devem ser compatíveis com o Perfil (protocolo). Mais de 10 mil dispositivos já são compatíveis com Profiles ONVIF. A lista completa pode ser verificada no site onvif.org. É mais rápido, prático e barato configurar uma câmera IP ou encoder via ONVIF no software do que desenvolver uma integração por dispositivo. 54

Atualmente temos 6 perfis ONVIF em operação, que são: A, C, G, Q, S, e T.

O Perfil ONVIF mais conhecido mundialmente é o “S”, que possibilita que os recursos convencionais de uma câmera sejam compatíveis com o software de monitoramento sem necessidade de desenvolver uma interação via API. Alguns recursos implementados neste profile são: parâmetros de visualização, parâmetros de gravação, compatibilidade com codecs de compressão padrões de mercado (MJPEG, MPEG4 e H.264) e utilização do PTZ de câmeras móveis. O Profile G foi lançado em junho de 2014 e permite a integra-



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ção da câmera ou encoder com o software e a utilização do recurso de gravação denominado edge storage (gravação na borda). Este recurso permite armazenamento e recuperação dos vídeos com ou sem áudio diretamente na câmera, gerenciado via software, sem necessidade de NVR ou servidor. O Profile Q, que foi lançado em julho de 2016, é um Perfil que permite configuração rápida da câmera ou encoder (quick installation), fácil descoberta de dispositivos na rede (network discovery) e controle dos dispositivos via software. A integração desses recursos via ONVIF é importante, pois elimina a necessidade de configurar a câmera via WEB, otimizando o tempo na implantação do sistema. Este Perfil ainda não foi amplamente difundido e apenas 10 fabricantes implementaram, totalizando 138 dispositivos conformes. O Profile C, lançado em dezembro de 2013, é um protocolo de controle de acesso básico, que permite a integração via ONVIF de controladoras e/ou leitores com softwares. É um protocolo relativamente novo, onde apenas cinco fabricantes de hardware desenvolveram produtos compatíveis com ele. A Axis e Dahua são as que atuam no Brasil e possuem hardware compatíveis com este Perfil de controle de acesso. Este ainda não é tão conhecido como o Profile S, que já é amplamente difundido em videomonitoramento. Dessa forma, outros protocolos predominam no mercado de controle de acesso, como Wiegand e OSDP. O Profile A também é um protocolo de controle de acesso e foi lançado em junho de 2017. É avançado para este nicho, em comparação com o Profile C, e integra alguns recursos adicionais, como: status de dispositivo, configuração de regras de acesso, configuração de credenciais e agendamentos. Dessa forma, o Profile A complementa o Profile C, tratando-se de controle de acesso.

O Profile T é um Perfil de streaming de vídeo avançado, lançado em setembro de 2018, que complementa o Profile S e possui diversos novos recursos, como: • Permite a integração dos analíticos de vídeo entre a câmera e o software por meio de metadados e imagens. • Suporta áudio bidirecional. • Suporta configuração de parâmetros de imagens. • Suporta compressão H.265 e H.264. • Suporta configuração de alarmes de detecção movimento (motion detection) e alarmes de intrusão (tampering). • Permite conexão entre software e hardware via HTTPS (protocolo de comunicação criptografado). A integração de analíticos de vídeo é importante, pois atualmente, quando utilizamos uma câmera IP via Profile S, os analíticos de vídeo são “perdidos” e não funcionam no software, mesmo a câmera possuindo analíticos embarcados nativamente. Sem o Profile T implementado o cliente paga pela câmera com os analíticos e não pode utilizá-los, a não ser que a integração dos analíticos da câmera seja realizada via API, por meio da parceria entre o fabricante do hardware e do software VMS (Video Management System) ou PSU (Plataforma de Segurança Unificada). Por ser um Perfil novo, com base em informações no próprio site do ONVIF, apenas o VMS da AxxonSoft, o Next VMS, possui compatibilidade com o Profile T. Dessa forma, os demais softwares terão de correr para acompanhar a AxxonSoft e compatibilizar seu software com este novo Profile. Quanto as câmeras ou encoders, com base no site do ONVIF, há 522 produtos compatíveis com o novo Profile T. Seguem a lista dos fabricantes que já possuem soluções compatíveis com este protocolo: ACTI, Avigilon, Axis, Bosch, Dahua, Dynacolor, Eneo, Flir, Hikvision, Honeywell, Infinova, Pelco, Sony, TRENDnet e Uniview. E aí, quais serão os próximos softwares e fabricantes de hardware a compatibilizarem seus produtos com o novo ONVIF Profile T? Os que realizarem esta integração, permitirão a utilização dos recursos da câmera de forma mais plena, viabilizando a utilização dos analíticos de vídeo no software, entre os outros recursos citados. As referências das informações no presente artigo encontram-se em documentação oficial baixada do site onvif.org. SE

Thiago Vasconcelos CEO, Projetista, Consultor e Instrutor da Primustech, possui mais de 19 certificações internacionais, é Bacharel em Sistemas de Informação com experiência em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) desde 2004 e Segurança desde 2011, com foco em Plataforma de Segurança Unificada. Possui diversas premiações da Microsoft e Petrobras. E-mail: thiago@primustechglobal.com.

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