Revista Segurança Eletrônica - Edição 57 - Outubro de 2021

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Revista Segurança Eletrônica | Edição 57

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Editorial

Revolucionando o mercado de segurança perimetral

N

o último editorial, edição de setembro número 56, falamos sobre o uso de drones nos projetos de segurança e como essa solução tem mudado a forma de fazer vigilância, com recursos como ronda automatizada, pronta resposta, inspeções, etc. Nessa edição trazemos mais uma solução que tem revolucionado a área de segurança perimetral: os radares. Essa tecnologia consegue reduzir drasticamente o número de equipamentos (câmeras, sensores) utilizados nos projetos, entregando uma performance muito melhor, uma vez que são dispositivos que funcionam perfeitamente a noite e em condições climáticas extremas, ao contrário das câmeras, por exemplo, que acabam tendo o desempenho comprometido, de acordo com a luminosidade e o tempo, como tempestades, neblina, etc. Além disso, os radares conseguem detectar alvos (pessoas, veículos, animais) mesmo que estejam a uma distância longa, proporcionando uma tomada de decisão preventiva ao invés de reativa, uma vez que os operadores conseguem impedir ou interromper a ação. Para falarmos detalhadamente desse assunto, convidamos a Ôguen, uma empresa que importa tecnologias israelenses e trouxe para o Brasil os radares da marca Magos. Boa leitura!

Fernanda Ferreira Editora

Ano 4 | N° 57 | Outubro de 2021

Redação Fernanda Ferreira (MTB: 79714) editorial@revistasegurancaeletronica.com.br Colaboradores Fernando Só e Silva Luciano Caruso Marcos Serafim Designer Gráfico Giovana Dalmas Alonso Eventos Vianne Piiroja eventos@revistasegurancaeletronica.com.br Financeiro Bruna Visval financeiro@revistasegurancaeletronica.com.br Comercial Christian Visval christian.visval@revistasegurancaeletronica.com.br 11. 97078.4460 Segurança Eletrônica Online

Avenida Eusébio Matoso 650 - Pinheiros, São Paulo/SP - CEP 06018-090

www.revistasegurançaeletronica.com.br Tiragem: 16.000 exemplares

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REVISTA SEGURANÇA ELETRÔNICA

Sumário 08.

Destaque

Performancelab | p. 08 CT Segurança implanta solução Solicita Fácil da Performancelab em todas as áreas do centro de treinamento

11.

Novidades

Dahua Technology | p. 11 Dahua Technology anuncia lucro de US$ 254 milhões no 1º semestre WDC Networks | p. 12 WDC Networks anuncia Marcelo Rezende para o cargo de Diretor de Operaçõe

14.

Case

Centro de Segurança e Inteligência (CSI) | p. 14 Hikvision participa do projeto de cidade inteligente com 1.000 câmeras em São José dos Campos

16.

Em Foco

Hen Harel e Kleber Reis – Ôguen| p. 16 Segurança Perimetral 3D: tecnologias israelenses para prevenção em qualquer condição Ramses Vidor – Cardano | p. 26 Blockchain e o mercado de segurança

34.

Artigo

GSX 2021: o maior evento mundial do setor de segurança | p. 34

06


07


Destaque

Performancelab

CT Segurança implanta solução Solicita Fácil da Performancelab em todas as áreas do centro de treinamento Tecnologia irá transformar e agilizar a comunicação da empresa com todos os públicos, como membros, visitantes e expositores

Por Fernanda Ferreira

B

uscando aperfeiçoar ainda mais a experiência dos visitantes, membros e expositores, o CT Segurança acaba de implementar a solução Solicita Fácil, do Performancelab, que irá abranger todas as áreas do centro de treinamento. Trata-se de um novo módulo da plataforma Performancelab que facilita a comunicação dos usuários com a empresa, permitindo que essa pessoa que está na ponta consiga, por exemplo, solicitar uma demanda, um contato específico, mais informações sobre um determinado produto ou serviço, enviar um feedback, entre outros. Por meio de um QR Code, o indivíduo tem acesso a um formulário simples, curto e personalizado, que após preenchido é enviada automaticamente para a plataforma Performancelab, onde são registrados em um painel de eventos para serem resolvidos no prazo determinado. “Hoje, tanto os membros e expositores como as pessoas que querem ser membros ou participar dos nossos eventos, normalmente entram em contato por e-mail ou pelo nosso WhatsApp. Consequentemente essas pessoas conversam com diversos colaboradores diferentes e todas as informações acabam ficando dispersas, sem qualquer tipo de rastreabilida08

de e, principalmente, podem não ser devidamente tratadas. Com o Solicita Fácil, tudo fica estruturado, porque as pessoas são direcionadas para as áreas corretas e todo o histórico fica registrado, nos permitindo com esses dados gerar informações que irão nos ajudar a melhorar nossos processos”, disse Christian Visval, fundador do CT Segurança. “Apenas escaneando o nosso QR Code, nossos visitantes e membros poderão, por exemplo, solicitar mais informações sobre as nossas soluções, se inscrever nos eventos e treinamentos, falar diretamente com nossos expositores e muito mais”, explicou Christian. Todas as informações preenchidas são enviadas para o painel de gerenciamento com um SLA (Compromisso com o Prazo de Atendimento do Serviço) customizado para cada tipo de demanda. Ao final de um período, o dashboard da plataforma apresenta um relatório completo, mostrando a quantidade de solicitações recebidas por cada área, em quanto tempo foram respondidas, quais foram as questões etc., trazendo métricas e a medição do desempenho do CT Segurança. “O Solicita Fácil foi uma forma de coletarmos dados da maneira mais simples possível. A pessoa não precisa se cadastrar, não precisa baixar aplicativo, basta apontar a câmera do celular para o QR Code, preencher o formulário com a solicitação e


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Destaque

a área operacional vai receber e atender a demanda. Isso faz com que a empresa fique próxima do cliente, construa pontes de contato direto com ele e transforme tudo isso em conhecimento para melhorar cada vez mais todos os processos, tanto operacional como de atendimento”, falou Fernando Só e Silva, CEO da Performancelab. O QR Code do Solicita Fácil pode ser instalado estrategicamente em locais como no hall de um edifício, no banheiro de um shopping, na recepção de uma empresa, nos elevadores, em equipamentos, em condomínios residenciais ou mesmo em um post eletrônico, estabelecendo assim um contato constante com o cliente e gerando indicadores valiosos para tomada de decisão. “Temos um cliente de logística que conta com milhares de motoristas nas ruas distribuindo mercadorias. Esses motoristas colocam os eventos, por meio de preenchimento dos formulários gerados pelos QR Codes, diretamente na plataforma, disponibilizando-os para a retaguarda operacional. Dessa forma, caso aconteça algum problema no caminho, como furar o pneu, gerando um atraso na entrega, esse profissional informa o ocorrido, a plataforma recebe essa informação e encaminha automaticamente para a pessoa responsável em tratar essa situação. O atendente pode comunicar o cliente que ao invés de receber a encomenda às 10h, ele irá receber às 12h. Olha a agilidade que isso permitiu. Se ele envia por WhatsApp, a mensagem chega, mas com o Solicita Fácil vai para um painel de eventos dentro da sala de operações, dali já sai automaticamente para quem tem que tratar a não conformidade e o Sistema, assim, fornece toda a jornada dessa informação que se transformará em conhecimento”, contou Fernando. 10

Benefícios do Solicita Fácil • Fácil de implantar e de ser utilizado pelo cliente; • Não necessita aplicativo e de usuário cadastrado; • Concentra todos as informações recebidas por meio dos formulários em um único painel; • Definição de SLA de atendimento para cada evento; • Workflow para resolução e acompanhamento de cada solicitação; • Livre criação dos formulários; • Pode disparar um SMS ou e-mail para o usuário que preencheu o formulário, certificando que sua demanda foi recebida e será atendida; • Está em conformidade com os parâmetros da LGPD. “É muito comum nas empresas a falta de informação, de dados para tomada de decisão. De onde que está vindo? Por onde entrou esse problema? Quem está tratando? Em qual tempo foi resolvido? Para as empresas que tem vários braços, é essencial que a demanda seja direcionada para a área correta, para que um problema grave não seja tratado da mesma forma que algo mais simples. Na maioria das vezes, as empresas centralizam tudo em um e-mail genérico, como contato@empresa.com.br, assim, um cliente que quer processar a empresa e o outro que sugeriu colocar uma planta na recepção, estão no mesmo canal de atendimento. Essa diferenciação que a Solicita Fácil faz com SLA customizável faz toda a diferença na operação na prática e é essa solução que estamos trazendo para o CT”, disse Caio Monte Claudio, CEO do CT Segurança. SE


Novidades

Dahua Technology

Dahua Technology anuncia lucro de US$ 254 milhões no 1º semestre

A

Dahua Technology anuncia seus resultados financeiros no primeiro semestre de 2021. Durante o período do relatório, a empresa alcançou uma receita operacional de US$ 2.09 bilhões, com um aumento de 37,27% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da empresa listada em bolsa totalizou US$ 254 milhões, indicando um crescimento de 20,03%, na comparação com 2020. No primeiro semestre de 2021, o mercado externo da empresa alcançou uma receita operacional de US$ 886 milhões, com um aumento anual de 41,48%, respondendo por 42,41% da receita total. O investimento total em P&D atingiu US$ 217 milhões, representando 10,41% da receita operacional. As principais estratégias comerciais incluem aumentar continuamente o investimento em P&D, melhorar a capacidade de inovação e a força técnica central, desenvolver constantemente negócios inovadores de alta qualidade, otimizar a construção da rede de marketing e fortalecer a coordenação entre tecnologia e negócios, manter a estabilidade da cadeia de fornecimento, melhorar a capacidade global de fornecimento e serviços, além de promover eficiência operacional para o desenvolvimento constante. SE

*O valor em US$ da receita operacional, lucro líquido atribuível aos acionistas da empresa listada e investimento em P&D da empresa neste artigo é baseado na taxa de câmbio de 1º de setembro de 2021 (6,4679) para fins de referência.


Novidades

WDC Networks

WDC Networks anuncia Marcelo Rezende para o cargo de Diretor de Operações

Executivo com mais de 20 anos de experiência vem para reforçar as operações da empresa após IPO

A

WDC Networks anuncia o executivo Marcelo Rezende para o novo cargo de COO (Chief Operating Officer). Essa mudança tem como objetivo auxiliar na crescente expansão da empresa, com as novas operações e contratos do período pós abertura de capital na bolsa. O executivo, com mais de 20 anos de experiência no mercado de distribuidores e fabricantes, já trabalhou em empresas de renome nacional e internacional da área de tecnologia. Rezende também tem dois mestrados voltados para administração de empresas com foco em comércio exterior, na UNIP (Universidade Paulista) e na USP (Universidade de São Paulo), além de um certificado em negócios focado em empreendedorismo, pela Universidade da Califórnia, em Los Angeles. “Conseguimos trazer um profissional completamente aderente às nossas necessidades de crescimento e de melhoria da nossa eficiência operacional, pois o Rezende agrega experiência gerencial e conhecimento do nosso mercado. A WDC pós-IPO está focada não apenas em crescer receita, mas melhorar lucratividade e assim agregar valor aos acionistas. A entrada desse profissional vai trazer uma nova dinâmica para nossas áreas de negócio, melhoria dos processos, otimização de recursos e principalmente suportar nosso crescimento exponencial. Entendemos que passamos de fase, e a profissionalização da empresa precisa seguir o ritmo do 12

nosso crescimento”, comenta o CEO e fundador da empresa, Vanderlei Rigatieri. “Acredito que por já ter trabalhado em todas as frentes, tanto como fabricante, quanto como distribuidor e vendedor, consigo focar na visão geral do problema e em como ele pode ser resolvido da melhor forma para todos os setores envolvidos. Minha expectativa dentro da empresa é ter a chance de fazer as coisas pelo propósito de criar a vivência de oportunidades que podem ser resolvidas, através da tecnologia. Com esse crescimento que a WDC vem passando é natural a necessidade de pessoas focadas em operações. Entendo que o sistema de qualquer distribuidor é híbrido, por isso meu objetivo é focar no mapeamento de processos e na automação do fluxo de trabalho, criando oportunidade e ganho com a inteligência artificial. Assim, conseguimos agregar valor e agilidade aos processos pavimentando o futuro da WDC”, explica o novo COO da WDC Networks, Marcelo Rezende. “O Marcelo é um executivo completo, já trabalhamos juntos no passado e que vem num momento que precisamos de executivos com capacidade de planejamento, com senso de urgência e foco na execução de prioridades, um profissional que vai cuidar do cotidiano e na solução dos problemas reais do dia a dia e na satisfação dos clientes”, conclui o CEO da WDC Networks. SE



Case de Sucesso

Centro de Segurança e Inteligência (CSI)

Hikvision participa do projeto de cidade inteligente com 1.000 câmeras em São José dos Campos

A

Hikvision participou com seus equipamentos e soluções do projeto para o Centro de Segurança e Inteligência (CSI), localizado em São José dos Campos (SP), um sistema de monitoramento inteligente que capta imagens de toda a cidade 24 horas por dia. O CSI iniciou suas operações no dia 06 de abril de 2021, e conta com 1.000 novas câmeras inteligentes da Hikvision, com reconhecimento facial, que foram implementadas em toda a cidade com o objetivo de garantir mais segurança e qualidade de vida à população. O projeto também teve a participação da empresa Americanet, agregadora de operadoras móveis virtuais, que apoiou com internet de alta velocidade. Segundo Bruno Santos, Secretário de Proteção ao Cidadão de São José dos Campos, com a mudança do sistema, o número de câmeras aumentou de 493 para 1.000 equipamentos. “São José dos Campos sempre teve em seu DNA a tecnologia e a inovação. O CSI e as mil novas câmeras de segurança têm contribuído para garantir mais segurança e qualidade de vida aos moradores da cidade e visitantes. Desde 2019, a cidade registra os menores índices de criminalidade dos últimos 20 anos. Com esta nova ferramenta de segurança e tecnologia, a tendência é de que as taxas 14

de violência sejam ainda mais reduzidas”, comentou. Profissionais da área de segurança pública fazem o monitoramento das imagens capturadas pelas câmeras que ficam centralizadas no CSI e funcionam 24 horas por dia. As câmeras são totalmente analíticas para leitura de placa, identificação de atitude suspeita, pichação, monitoramento de cruzamento ilegal, ou seja, o veículo atravessou ou fez uma invasão de perímetro etc. “Ficou muito simples fazer toda a gestão da cidade. É possível descobrir em fração de segundos, por exemplo, se aconteceu um atropelamento e o carro envolvido não parou para ajudar a vítima. As câmeras conseguem identificar perfeitamente a placa do veículo e assim acionar um policial para ir até esse fugitivo”. A Hikvision foi capaz de desenvolver uma solução completa, de baixo custo e totalmente funcional para as prefeituras, comenta Lucas Stange, Gerente de Pré-Vendas Nacional da Hikvision Brasil. No CSI, as equipes da Guarda Civil Municipal, Polícia Militar, Defesa Civil, Secretária de Mobilidade Urbana e Secretária de Apoio Social ao Cidadão atuam em trabalho integrado por meio do programa São José Unida, que reúne as forças de segurança com o objetivo de evitar a violência e reduzir os índices de criminalidade. SE



Em Foco

Ôguen

Segurança Perimetral 3D: tecnologias israelenses para prevenção em qualquer condição Com soluções inéditas no Brasil, a Ôguen tem mudado a forma de fazer segurança no país

Por Fernanda Ferreira

C

om um novo conceito em segurança perimetral, a Ôguen – empresa que importa e distribui tecnologias israelenses e realiza apoio em projetos de segurança – tem introduzido nos últimos anos no Brasil tecnologias totalmente inovadoras, de alta performance e que garantem a segurança de negócios, propriedades e pessoas. Para falarmos mais profundamente sobre o assunto, conversamos com Hen Harel, CEO da Ôguen e com o Engº Kleber Reis, CCO da Ôguen. Os profissionais possuem anos de atuação no mercado de segurança brasileiro e israelense.

Revista Segurança Eletrônica: Vocês chegaram ao mercado há alguns anos com soluções nunca vistas no país. Como vocês avaliam a recepção do mercado quando começaram e agora? Tenho a impressão de que os profissionais de segurança estão cada vez evoluindo mais nos últimos tempos no 16

sentido de saírem do arroz e feijão e enxergarem que é possível implantar tecnologias transformadoras em seus projetos. Hen Harel: Durante muitos anos trabalhei como consultor de segurança no Brasil e vi que quando havia demanda para segurança de perímetros e grandes áreas, as possibilidades eram muito limitadas. Precisava instalar uma grande quantidade de câmeras e sensores, que requerem manutenção constante e um grande investimento em infraestrutura. Mesmo assim, essas soluções não garantiam a detecção de invasores e funcionavam de forma limitada e com queda significativa de performance a noite e quando a visibilidade era restrita pelas condições climáticas, como neblina e chuva. Como resultado, muitos projetos não saíram do papel ou foram executados de forma parcial para evitar uma solução cara e ineficaz. Nossa visão era de que podíamos mudar esta situação para fornecer mais segurança ao mercado. O começo foi duro. As pessoas não entendiam o valor que nossas tecnologias entrega-



Em Foco

O começo desta mudança – há cinco anos – e o desafio de sermos pioneiros e disruptivos, certamente daria um livro (risos), pois não foi nada fácil, mas sempre acreditamos de fato na transformação, na entrega, no valor agregado e fomos muito resilientes, chegando hoje no patamar de maior referência do país e líderes em projetos de proteção perimetral de alta performance, mas absolutamente conscientes de que ainda é só o começo e ainda há muito trabalho pela frente. Sobre os gestores e decisores estarem mais receptivos à tecnologias transformadoras como você citou, temos acompanhado há muito tempo a evolução da tecnologia e percebemos de fato, nos últimos dois anos, uma melhor receptividade do cliente que quer resolver seus problemas, que começa a não mais comparar apenas custo de aquisição, mas que olha a linha do tempo do projeto, os custos de mobilização, de manutenção, o Retorno Sobre o Investimento (da sigla em inglês ROI), o custo efetivo total versus a entrega efetiva, e o próprio formato de System as a Service ou SaaS que também tem colaborado para isso. Paralelamente, também acredito que a profissionalização e notoriedade da área de segurança dentro das organizações está contribuindo muito com esta mudança, saindo “debaixo da escada” – como diz nosso querido amigo Gustavo Dietz – e se sentando na mesa com os stakeholders, agregando assim cada vez mais valor ao negócio como um todo em todas as áreas da companhia, como tem feito com maestria gestores como Antonio Neves da Heineken Company e tantos outros competentes profissionais da nossa área. Desta forma a segurança tem deixado de ser vista apenas como custo, um “mal necessário” ou ainda apenas como uma área de gestão de postos de vigilância, e os gestores da área passam a ter melhores orçamentos e condições de aplicarem soluções tecnológicas mais avançadas que os ajudam de fato a ter sucesso nesta missão entregando melhores resultados.

Radar Magos protege uma usina de biocombustível em MT. Melhor custo-benefício por m² monitorado do mercado de segurança.

Radar SR1000 instalado no agronegócio. Cobertura maior que 600 mil m². Substitui dezenas de câmeras, reduz drasticamente a quantidade de infraestrutura e não requer manutenção.

vam, mas com muito trabalho e bons resultados nas condições mais desafiadoras conseguimos mostrar aos clientes que com essas tecnologias aumentamos muito a segurança de forma mais fácil, rápida, com muito menos falhas e ainda com boa economia em instalação e manutenção. Em muitos casos o arroz e feijão pode ficar bem caro, e vale mais a pena investir em um bife bom para matar a fome (risos). Kleber Reis: Complementando a fala do Hen, eu fui integrador por 26 anos antes de encarar este desafio na Ôguen, e estava em campo, sentindo essa dor que o Hen comentou na prática, no dia a dia, sofrendo primeiro para conseguir implantar, depois realizar os ajustes mínimos e conseguir um termo de aceite do cliente, depois minimizar a quantidade de falsos alarmes gerados, necessitando de uma manutenção insana cuja conta não fechava, e fazendo assim com que grandes sistemas ficassem desativados pouco tempo depois de sua implantação. Graças à evolução tecnológica e ao amadurecimento do nosso mercado este cenário está mudando. 18

Revista Segurança Eletrônica: Quais são as soluções que a Ôguen disponibiliza para o mercado? Hen Harel: Temos atualmente a representação de três tecnologias israelenses que se complementam para entregar a proteção perimetral com a melhor relação custo-benefício do país. Os radares de segurança de longo alcance da Magos são ideais para áreas grandes e abertas, capazes de detectar pessoas, veículos e embarcações. São quatro modelos na família, o menor deles cobre uma área de 23.500 m² e detecta uma pessoa a 150 metros e o maior modelo detecta essa pessoa a 1 quilômetro de distância e cobre mais de 600 mil m². Usando radares Magos você consegue reduzir drasticamente a quantidade de infraestrutura, câmeras e equipamentos necessários para cobrir a mesma área e garantir a segurança em qualquer condição de luz e clima. Eles são muito fáceis de instalar, não requerem manutenção e tem durabilidade de muitos anos sem falhas. As minas terrestres eletrônicas são sensores pequenos, instalados na profundidade de 50cm e detectam passos humanos, carros e impactos no solo. Como são invisíveis elas podem ser instaladas em áreas de preservação ambiental e funcionam em áreas de vegetação densa. Elas completam muito bem os radares onde não têm linha de visão suficiente para antecipar uma invasão. Este ano adicionamos uma linha de sensores sem fio para muitas aplicações táticas sem ficar limitado por falta de infraestrutura. A SensoGuard, o fabricante israelense das minas eletrônicas, recebeu da Frost & Sullivan o prêmio “2021 European



Em Foco

Product Leadership Award” (em tradução livre, Prêmio Europeu de Liderança de Produto) por seu uso revolucionário de tecnologia sísmica e pela criação de uma linha robusta de aplicação para vários produtos. Os drones autônomos da Easy Aerial são a terceira tecnologia que veio para completar a proteção em todas as áreas, foi lançada pela Ôguen em parceria com a Aeroscan durante esse ano. Disponível em formatos cabeados, voo livre e a primeira configuração híbrida “cabeada e voo livre” do setor, os sistemas Easy Aerial de drones-na-caixa portáteis são personalizáveis para atender às necessidades exclusivas de segurança, mapeamento e inspeção de empreendimentos no Brasil. Juntas, essas tecnologias israelenses permitem a criação de modelos de proteção perimetral 3D, funcionando 24 horas por dia, independente da condição de clima e iluminação. Revista Segurança Eletrônica: Quais são as vantagens em utilizar radares para a segurança perimetral ao invés das soluções tradicionais? E quais são os benefícios dos Radares Magos? Hen Harel: Os radares Magos são sensores IP pequenos que cobrem uma área gigante. Funcionam em áreas secas e molhadas e detectam invasões mesmo na ausência absoluta de luz, coberto com neblina e durante chuva ou granizo, com baixíssimos índices de falsos alarmes. Cada radar substitui dezenas de câmeras e outros sensores e consegue detectar até 100 alvos simultaneamente, resultando na solução de melhor custo-benefício por m² monitorado do mercado de segurança. Ele é fácil de instalar e não precisa de manutenção preventiva. Possui recursos avançados, entre eles, quantidades ilimitadas de zonas de pré-alarme e inteligência artificial para distinguir entre humanos e animais e com isso configurar notificações de detecção só de alvos válidos para facilitar a operação do cliente. Os benefícios são muitos, mas na minha opinião o maior deles é a existência de uma segurança contínua e efetiva com mínimo esforço e com retorno de investimento garantido. Isso gera uma tranquilidade para o cliente que fica protegido 24h e para o integrador de sistema que se beneficia com um projeto bem-sucedido. Kleber Reis: Estrategicamente falando, os radares israelenses da Magos, diferente de qualquer outra tecnologia de proteção perimetral existente, conseguem ampliar o primeiro anel de segurança de uma instalação e assim detectar uma ameaça muito antes dela entrar na propriedade ou na área restrita. Desta forma trazemos o elemento surpresa para o nosso lado, diagnosticando a tentativa de invasão antes dela acontecer e já disparando de forma automática providências para dissuadir o invasor da continuidade de sua ação delituosa. Os radares são IPs nativos (IOT), consomem menos da metade de energia de uma câmera fixa, quase não consomem banda e protegem de forma eficaz grandes áreas mesmo em regiões remotas ou de difícil acesso. Comandam automaticamente câmeras speed domes de qualquer fabricante sem uso de presets – como se fosse um operador no joystick – e se integram aos principais VMS do Brasil e do mundo, podendo ser instalados e configurados em poucas horas, sendo assim uma solução mágica, que encanta e surpreende positivamente o cliente dado que entrega mais do que promete. Nossos radares trabalham em uma frequência que nos permite atingir grandes distâncias com precisão, fazendo correção altimétrica do terreno; podem trabalhar de forma síncrona sem que um interfira na performance do outro. O algoritmo israelense trata os 20

ruídos de forma única para reduzir a geração de falsos alarmes e o software israelense MASS possui uma interface web com mapa dinâmico que otimiza absurdamente a operação de um centro de controle operacional (CCO) ou uma central de monitoramento, seja local ou remota. Enfim, eu sou suspeito de falar dos radares israelenses da Magos, pois eu era conhecido pelo mercado como um engenheiro exigente e detalhista, e no primeiro momento nem eu mesmo acreditei em tudo que o sistema conseguia entregar. Hoje virei fã e uma das minhas missões na Ôguen é disseminar este conhecimento através dos nossos treinamentos e certificações. Revista Segurança Eletrônica: A Ôguen firmou esse ano uma parceria com a Easy Aerial, que como vocês detalharam acima, são drones cabeados inéditos no Brasil que podem fazer proteção perimetral 24 horas. Como surgiu a ideia de trazer essa solução para o país? Hen Harel: Os radares Magos e as minas eletrônicas SensoGuard focam na prevenção e na detecção antecipada de invasões. Sentimos a necessidade de oferecer uma camada adicional de prevenção, que servisse também para reação. Os drones comuns de mercado na segurança tem um tempo limitado de voo e precisam voltar para o operador para trocar a bateria. Buscamos uma solução autônoma que pudesse operar a distância em áreas remotas e atuar mesmo em condições extremas. A escolha da Easy Aerial não foi fácil. Avaliamos muitos fabricantes entre as startups israelenses e chegamos a conclusão de que a EA entrega o melhor valor para o mercado brasileiro e suas particularidades com essa linha autônoma de drones-na-caixa. A primeira delas é a possibilidade de ficar 24 horas no ar com o drone cabeado, sem precisar pousar para recarregar ou trocar a bateria, já que o drone recebe alimentação contínua através do cabo que conecta o mesmo com a sua base. Ele fica a uma altura de até 100 m (equivalente a um prédio de 33 andares!) e fornece um “olho no céu” constante com uma câmera poderosa de dia e de noite. Temos também um modelo de drone de voo livre com autonomia de voo de até 55 min, um dos mais prolongados da indústria de drones. Este drone pode fazer muitas missões autônomas nas áreas mais complexas e de difícil acesso e pode ampliar sua área de cobertura por muitos quilômetros, “pulando” entre diferentes bases para carregar de forma autônoma entre uma missão e outra, seja de segurança ou de inspeção. O terceiro modelo é o drone híbrido, com tempo de voo ilimitado enquanto cabeado com a opção de soltar o cabo de forma segura e voar 45 minutos adicionais com uma bateria própria. Essa capacidade é fantástica para quem precisa de monitoramento contínuo e ainda quer ser capaz de enviar o drone para o local da ocorrência na forma mais rápida para receber imagens em qualidade HD em tempo real. Todos os drones da EA são autônomos. Possuem certificação militar STD 810 e voam em condições de chuva, neblina e ventos fortes. Têm recursos avançados, inclusive inteligência artificial que permite auto-tracking de objetos, leitura de placas e uma capacidade revolucionária de detecção de incêndios. O sistema é integrado com o sistema de segurança existente. Eles podem, por exemplo, receber notificação de intrusão dos radares no meio da noite e voar diretamente ao local da invasão, recebendo as coordenadas em tempo real do sistema, sem precisar de um piloto para guiá-los até lá. São capacidades inovadoras que aumentam a eficiência da solução, reduzindo também o risco para a equipe de segurança que


Em Foco

não precisa mais enfrentar fisicamente um agressor. O exército de Israel está utilizando os drones da Easy Aerial na proteção da fronteira com Gaza, isso é a maior prova de qualidade que podíamos ter para confiar nesta solução. Apesar de ser uma empresa bem jovem, a EA já ganhou vários prêmios por essa inovação e opera fortemente ao redor do mundo. Kleber Reis: Uma observação importante é que a legislação no Brasil é diferente de outros países, como Israel, nesta questão de voos de drones. Por isso a importância da nossa parceria com a Aeroscan para atuação neste mercado, somando a força e o know-how das duas empresas para a melhor entrega. É engraçado que nas apresentações, quando o Hen fala sobre o drone cabeado híbrido e explica que a partir de um comando remoto o equipamento se solta do cabo, que é recolhido de volta na caixa de paraquedas de modo seguro, e o drone sai em voo autônomo para a missão, nós sempre precisamos explicar de novo e mostrar o vídeo da solução funcionando (que inclusive está no nosso site www.oguen.com) e só então as pessoas entendem de fato o quão incrível é esta solução e já começam a imaginar sua aplicação para resolver vários problemas da operação, inspeção e segurança. Revista Segurança Eletrônica: As soluções da Ôguen são ideias para quais nichos? Kleber Reis: Já temos muitos cases de sucesso no Brasil em diferentes tipos de negócios, inclusive em um condomínio que já foi capa desta revista há uns três anos, e é bacana enfatizar que nossas soluções são passíveis de aplicação em qualquer negócio que tenha grandes áreas perimetrais a serem protegidas. Hen Harel: Como o Kleber disse, as nossas soluções são eficien-

tes para muitas verticais de negócios, entre elas um setor que se destaca é o de energias tradicionais e renováveis, eletricidade, linhas de transmissão e subestações elétricas, hidrelétricas, parques eólicos, usinas fotovoltaicas, biocombustíveis entre outros, sendo que o maior projeto desta área no Brasil usa nossas soluções israelenses. Também já temos muitos projetos no agronegócio, na área de logística e armazenamento, em portos marítimos, em aeroportos, em parques logísticos, em centros de distribuição, na indústria, em condomínios horizontais, em fazendas, em mineradoras, na indústria automobilística, em pátios de estacionamento, em presídios e outros mais. Revista Segurança Eletrônica: O mercado tem mudado aos poucos a forma de atuar, buscando ter um sistema de segurança preventivo (que antecipa os riscos) ao invés de reativo (que só age depois que a ocorrência já aconteceu). Como vocês enxergam essa transformação e como a Ôguen atua nesse sentido? Hen Harel: A Ôguen é brasileira, mas tem filosofia de segurança israelense. Se você quer ter uma boa prevenção, você deve ser proativo no tratamento dos seus riscos para identificá-los ainda longe da sua propriedade, criando um conceito de anéis de segurança que devem apoiar um ao outro e cada um deve existir como se os outros não existissem para diminuir a chance de falhas. Os anéis externos devem detectar o agressor ainda longe da área crítica para dar tempo aos anéis internos de tomar medidas preventivas e reagir da melhor forma possível. Em nossos projetos o pensamento é sempre como detectar uma invasão ainda longe do perímetro dos nossos clientes para que eles possam tomar medi21


Em Foco

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Em Foco

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Em Foco

Drone autônomo Osprey pousando na caixa. Capacidade de voar na chuva e a noite mesmo em condições extremas.

das de emergência e com isso frustrar uma invasão em curso. No negócio de segurança cada segundo na prevenção salva vidas e essa é a nossa primeira missão. Kleber Reis: Só complementando o que o Hen citou, no slogan da SensoGuard temos a frase: “Every second counts” ou “cada segundo conta”, ou seja, isso está no DNA das nossas soluções. Revista Segurança Eletrônica: A Ôguen distribui suas soluções por meio de uma rede de integradores credenciados. Para aqueles que desejam se cadastrar como integrador, existe algum tipo de pré-requisito? Como se tornar um integrador? Kleber Reis: O primeiro passo é se cadastrar na área do integrador no site da Ôguen (www.oguen.com) possuindo um CNPJ do segmento. Na sequência assinamos um NDA e disponibilizamos acesso aos treinamentos, que inclusive possuem versão em EAD (www.oguen.eadplataforma.com). Então o parceiro integrador entende o que são os sistemas, onde se aplicam e onde não se aplicam, como projetar e como precificar, as modalidades de negócios (revenda, faturamento direto, locação) e já pode iniciar os trabalhos técnicos/comerciais e registrar suas oportunidades, contando com nosso suporte de engenharia, comercial e administrativo. Hen Harel: O pré-requisito é que o integrador parceiro seja ético e respeite a política comercial. A Ôguen é reconhecida pelo exemplo da cultura de respeitar os parceiros, da confidencialidade das informações e pela excelência das suas soluções. Existem muitas oportunidades para inovar e convidamos os integradores para se juntarem a nós. Revista Segurança Eletrônica: Quais são as vantagens em ser um integrador da Ôguen? 24

Kleber Reis: Temos mais umas 10 páginas? (risos). Vamos lá: sair da briga sangrenta de preços e focar em soluções de alto valor agregado; entregar sistemas de altíssima performance em pouco tempo e poder assim ter mais volume de trabalho com margens melhores; saber que, diferente do mercado de commodities, não tem distribuidores, marketplaces ou o próprio fabricante atravessando seu negócio ou sua oportunidade, tendo assim a tranquilidade de trabalhar com uma empresa que respeita e aplica sua política de verdade; ter equipamentos e suporte para realizar provas de conceito (POCs) e mostrar na prática para seus clientes que a solução de fato é fantástica e resolve o problema; dar um salto para o atendimento de grandes projetos, com tickets médios acima dos 100 mil reais e chegando na ordem de dezenas de milhões de reais. Hen Harel: Kleber, lembrando ainda que na nossa política temos diversos níveis de integradores, Esmeralda, Safira, Rubi e Diamante e que estamos abertos para receber e ajudar boas empresas integradoras que podem inclusive receber leads da Ôguen no nosso programa Ôguen Opportunity. Revista Segurança Eletrônica: Gostariam de deixar uma mensagem final para os leitores? Kleber Reis: Primeiro agradecer a oportunidade da entrevista nesta revista que é a maior referência do nosso segmento, agradecer aos parceiros de negócios (consultores, especificadores, integradores, distribuidores e fabricantes) por termos chegado juntos até aqui e por estarmos construindo esta história de sucesso, e terceiro, se me permitir, para finalizar a entrevista, contar uma história. Há uns dois meses, após a transmissão que fiz do Café com Segurança presencialmente no CT Segurança, vi que um profissional do segmento passou em frente do expositor da Ôguen no CT, viu um radar da Magos exposto e disse: esta tecnologia israelense é sensacional, mas é muito cara! Eu me aproximei, pedi desculpas pela intromissão, me apresentei como sócio da Ôguen e perguntei a ele: muito cara em relação a quê? Você sabia que ela resolve problemas que nenhuma outra solução é capaz de resolver, antecipando o diagnóstico da invasão? Você entende que se o cliente fizer a conta do metro quadrado protegido ele vai descobrir que é a solução mais barata do mercado? Que se você pensar só em PREÇO e não em VALOR você vai continuar brigando com concorrentes por centavos de reais e vai acabar com soluções “baratas” que não resolvem os problemas? Você sabia que o custo de infraestrutura e mobilização muitas vezes é mais caro que o produto aplicado? Você percebe que está perdendo uma oportunidade incrível de sair da vala comum, parar de reclamar da concorrência por preços e poder resolver o problema dos seus clientes com equipamentos diferenciados de forma rápida e eficaz? Estas provocações que o fizeram mudar de ideia e se tornar um parceiro Ôguen acontecem diariamente com empresas do segmento, a diferença é que agora os clientes finais satisfeitos estão pedindo e especificando as nossas soluções, e é só o começo. As portas da Ôguen estão abertas e você será muito bem-vindo. Hen Harel: Agradeço e convido a todos a visitarem nosso site www.oguen.com, assistirem os vídeos, conhecerem nossas soluções e se tornarem parceiros da Ôguen para trazer mais segurança com maior eficácia. SE


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Blockchain e o mercado de segurança Entenda o que é blockchain e como ele pode ser aplicado no mundo da segurança

Por Fernanda Ferreira

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os últimos anos temos nos deparado com diversas notícias sobre bitcoin, criptomoedas, blockchain e esses tópicos têm estado cada vez mais frequentes nas plataformas de notícias. Mas afinal, o que é esse tal de blockchain? E o que isso tem a ver com o setor de segurança? Para falar sobre esse assunto, convidamos o empresário e especialista em blockchain Ramses Vidor para um bate-papo. Ramses atua nesse mercado há cinco anos e atualmente trabalha em um projeto internacional que está construindo um sistema de blockchain de identidade nacional em toda a Etiópia, sendo considerado a maior implantação de entidade de blockchain de todos os tempos. Revista Segurança Eletrônica: Primeiramente, gostaria que você se apresentasse para os nossos leitores, compartilhando a sua formação e trajetória profissional. Ramses Vidor: Eu sou engenheiro de software, trabalho com desenvolvimento de aplicações há 21 anos e o blockchain 26

entrou na minha vida há cinco anos. Na minha entrada no mercado de blockchain, fundei a maior mineradora de bitcoin da América Latina da época. Atualmente, atuo como especialista de blockchain para empresas do setor financeiro e faço parte do time de engenharia da IOG, empresa que mantém o blockchain Cardano. Revista Segurança Eletrônica: Muitas pessoas ouvem falar sobre blockchain, mas não sabem verdadeiramente do que se trata essa solução. Poderia explicar o que é o blockchain e como ele surgiu? Ramses Vidor: O blockchain, na verdade, é a tecnologia subjacente do Bitcoin e recebeu essa denominação por sua característica de registro e verificação de blocos sequenciais de transações financeiras e de dados, processados em uma rede distribuída e descentralizada. Em uma analogia bem simplificada, seria um banco de dados descentralizado para registro de transações, armazenado de forma pública na internet.



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Ele surgiu como uma solução financeira, mas hoje se aplica a várias implementações, como de privacidade e segurança principalmente. Tínhamos um problema nas relações de confiança na internet. Nós conseguíamos fazer transações financeiras, mas apenas através de intermediários, como bancos e emissoras de cartão de crédito. Entretanto, nem todas as pessoas que utilizam internet, tinham acesso a esses intermediários. O blockchain trouxe o acesso à recursos financeiros às pessoas em uma rede conectada, ou seja, as pessoas estabelecem relações comerciais entre si diretamente, de forma segura e sem toda a burocracia e os custos agregados dos intermediários. Revista Segurança Eletrônica: Sempre que pensamos em blockchain, automaticamente pensamos em criptoativo. No entanto, o que poderíamos aprender com essa tecnologia e em quais outros contextos conseguiríamos aplicá-la? Ramses Vidor: Existem outras características, como a questão do anonimato, segurança e informação privada. O blockchain, além de poder transacionar ativos financeiros, também é possível transacionar informações. Você consegue conceder acesso a dados privados e exclusivos pelo tempo que for necessário, podendo revogar esse acesso quando melhor convir. Além disso, é possível transacionar essas informações com máquinas, ou entre máquinas – não necessariamente com outras pessoas ou, até mesmo, entre máquina e outra máquina –, simplesmente interagindo com sistemas automatizados de segurança. Revista Segurança Eletrônica: Poderia explicar de forma prá28

tica como funciona um blockchain no cenário da segurança? Ramses Vidor: Imagine que a matéria de valor nesse caso seja os dados pessoais de alguém que necessita passar por algum controle de acesso. Essa pessoa pode conceder os dados necessários para autorização de seu acesso, transacionando suas informações privadas, como a relação que ela tem com a pessoa que está visitando, por meio de uma ação automatizada, como um QR Code em uma catraca. A pessoa está fazendo uma transação de informações pessoais com um sistema de segurança de controle de acesso. Revista Segurança Eletrônica: Quais são os benefícios que uma empresa tem ao aplicar o blockchain nos seus processos? Ramses Vidor: A grande vantagem são os custos e a manutenção da privacidade dos dados. O blockchain é uma tecnologia que substitui a força de trabalho manual, padroniza o acesso, o atendimento e proporciona uma melhor segurança, garantindo a privacidade dos indivíduos. Melhora também a auditoria, pois trata de dados imutáveis, invioláveis, sem a necessidade de outras pessoas para verificações manuais. Tudo é verificável via algoritmo. Revista Segurança Eletrônica: Esse tipo de tecnologia é uma realidade para pequenas e médias empresas ou somente para grandes corporações? Ramses Vidor: A grande vantagem do blockchain é justamente o custo reduzido que ele traz, por isso, é acessível para todos os tamanhos de empresas. Um exemplo prático é uma portaria 24h; para manter a operação são necessários ao me-


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Revista Segurança Eletrônica: Na sua opinião, porque o blockchain ainda não é algo tão difundido e aplicado no Brasil? Ramses Vidor: A maior questão no Brasil é a interferência do Estado, que é muito lento para regulamentação, para a aceitação e pouco incentivador para tecnologias mais inovadoras, então o blockchain tem muita dificuldade de entrada justamente igual a qualquer tecnologia inovadora e disruptiva. É um país que investe muito pouco em pesquisa e desenvolvimento, então a maior barreira é justamente o Governo. Eu, por exemplo, não trabalho hoje para nenhuma empresa brasileira, meus contratos são todos com empresas de fora do país. Revista Segurança Eletrônica: O Blockchain tem alguma vulnerabilidade que pode acarretar falhas operacionais? Ramses Vidor: O blockchain em si, por ele ser descentralizado, não apresenta muitas oportunidades de ataque. Somente seria viável caso mais de 50% da rede fosse invadida por um único atacante, mas isso é praticamente impossível. Para se ter uma ideia, a rede bitcoin consome atualmente o que um país do tamanho da Argentina consome de energia elétrica, o que provê uma enorme capacidade de processamento. Não existe qualquer organização hacker no mundo com condições de ter acesso a uma rede desse tamanho ou pelo menos 50% dela. Outros modos de ataques, que vemos com mais frequência, são nas tecnologias satélites. Todas as implementações que são feitas ao redor do blockchain, por exemplo, APIs de corretoras, plataformas de meios de pagamento, ou outras tecnologias onde se utiliza o blockchain como tecnologia adjacente, essas sim estão mais suscetíveis a ataques hackers. O blockchain é uma tecnologia muito incipiente, apesar de já ter 12 anos. As pessoas estão recém começando a se habituar a criar programas dentro desse ecossistema. E, como envolve valores financeiros, o que acontece é que acaba sendo muito mais visado e hackers se aproveitam para conseguir acessar estes sistemas que têm sua infraestrutura mais sensível, justamente pela utilização de todo esse novo ecossistema, então a tendência é que tenha mais vulnerabilidades.

nos três funcionários e um extra para cobrir as folgas. Com o blockchain, você consegue automatizar todo o serviço de portaria, reduzindo os turnos de pessoal. Revista Segurança Eletrônica: Empresas como Carrefour, Walmart e Nestlé utilizam o IoT integrado com blockchain para mapear, gerenciar e controlar toda a cadeira de suprimentos deles. Na área de segurança, você conhece alguma empresa que utilize o blockchain nos seus processos? Ramses Vidor: Na verdade eu conheço um país inteiro que está fazendo a implantação de blockchain para a gestão de identidades e para gestão de certificações de segurança pública e saúde, que é a Etiópia. Atualmente, eles estão implementando a solução da Atala PRISM e já migraram mais de 5 milhões de identidades de alunos da rede de ensino público para o blockchain, tendo o Governo da Etiópia como emissor oficial dessas identidades. O projeto partiu do Ministério de Educação da Etiópia, junto com a IOG e hoje eles já estão em viés de implantação. 30

Revista Segurança Eletrônica: Nesse ano já aconteceram grandes ataques hackers em milhares de empresas, como na maior empresa de oleoduto nos EUA, na JBS e na semana passada na Renner. O blockchain tem recursos para ser uma solução de combate a ataques cibernéticos como esses ou não tem relação? Ramses Vidor: Não tem muita relação. A maioria dos ataques cibernéticos são em grande parte de engenharia social (técnica que usa pessoas para invadir os sistemas). O hacker tem acesso a algum informante interno ou algum ex-funcionário e cria o ambiente para facilitar o acesso dele aos sistemas. A sociedade sempre vai sofrer esse mal. Por exemplo, um hacker pode facilmente acessar a carteira de uma pessoa que ele criou um relacionamento de confiança, conseguir ter acesso ao celular dela e assim alterar a senha ou ter acesso as informações. Outro exemplo que tem acontecido muito em São Paulo e Rio de Janeiro é de ladrões roubando os celulares de motoristas de Uber e assim conseguindo acesso as contas bancárias dos motoristas. Isso faz parte da engenharia social, não é necessariamente um ataque hacker a nível técnico. SE


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GSX 2021: o maior evento mundial do setor de segurança

Por Fernando Só e Silva, Luciano Caruso e Marcos Serafim

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omo acontece há vários anos, a comunidade de segurança internacional se mobilizou para participar do maior evento mundial do setor, o Congresso e Feira GSX (Global Security Exchange), organizado pela ASIS (American Society for Industrial Security) que aconteceu nos dias 27, 28 e 29 de setembro, na cidade de Orlando, nos Estados Unidos. Para nós, os autores deste artigo e, provavelmente, para muitos de nossos colegas da área de segurança, é um período em que nos dedicamos a ir aos Estados Unidos, na GSX, em busca de experiências práticas e teóricas. O aprendizado com nossos pares internacionais e o intercâmbio de conhecimentos em um ambiente propício e descontraído são fabulosos. A aquisição de conhecimento no estado da arte do setor é grande, incluindo as palestras, os cursos e principalmente as visitas aos estandes das empresas expondo seus produtos, suas novidades e suas mais recentes inovações, sem deixar de fora os inúmeros happy hours que acontecem e promovem o networking. A tecnologia aplicada às demandas do setor está sempre presente com o que se tem de mais atual. Como sempre recomendado, depois de participar de sessões educacionais, visitar a exposição e passear no ASIS Hub, não se deve esquecer de clicar ou visitar 34

a ASIS Store para ter acesso a vendas exclusivas de livros e mercadorias. Este ano, da mesma forma como em 2020, nos mobilizamos e optamos pela participação virtual, uma vez que o evento foi em formato híbrido. A dificuldade para a participação presencial foi muito grande em função das restrições sanitárias impostas para entrar nos EUA. Eram exigidos cerca de 15 dias de quarentena em algum país próximo, comprovação de imunização com duas doses da vacina e ter realizado um exame, com poucos dias, evidenciando a ausência de contaminação pelo vírus Covid-19. Enfim, as restrições logísticas e sanitárias impossibilitaram nossa participação presencial. Dessa forma, mais uma vez organizamos algo próximo de São Paulo, com uma casa alugada na cidade de Cabreúva para dedicação “full time” aos três dias e engajamento na programação disponibilizada pela GSX Virtual. GSX, ASIS e seus números A Global Security Exchange (GSX) é o evento para profissionais de segurança mais abrangente do mundo, há mais de 66 anos. Atendendo as necessidades da comunidade de segurança global, a ASIS projetou uma experiência pessoal e digital como


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Em um formato híbrido, a GSX 2021 demonstrou a força da comunidade de segurança

nenhuma outra neste setor. Todos os anos o evento é desenvolvido por profissionais de segurança para profissionais de segurança, fornecendo educação, fomentando a construção de relacionamento pessoal, habilidades para avaliação de tendências no setor, produtos e soluções. A partir daí os negócios acontecem. A GSX é composta por cursos, seminários, palestras e uma grande feira de produtos e serviços do segmento. Neste ano, mais de 300 expositores se fizeram presentes, apresentando as mais recentes soluções de segurança e com a participação de cerca de 8.600 profissionais inscritos, oriundos de mais de 80 países, superando as expectativas. Em torno de 7.200 dos inscritos compareceram ao evento de forma presencial. Fundada em 1955, a ASIS International é a maior organização mundial de profissionais de segurança. Estruturada em capítulos pelo mundo, está presente em 142 países e conta com mais de 34 mil membros. No Brasil, contamos com Capítulos em São Paulo e Rio de Janeiro. A ASIS se dedica a aumentar a formação e a produtividade dos profissionais da área, desenvolvendo programas com ênfases na educação. Abrange os temas de segurança da grande maioria dos setores da economia, incluindo os assuntos operacionais, os táticos, os estratégicos, a tecnologia e já com forte atuação no ambiente digital, com a segurança cibernética. Se destaca como a principal fonte mundial de conhecimento, aprendizagem, rede de relacionamento, desenvolvimento de padrões de desempenho e de pesquisas. Por meio de suas certificações, reconhecidas mundialmente, da premiada revista Security Management e da GSX (Global Security Exchange), a ASIS garante que seus membros e a comunidade de segurança em geral tenham acesso ao conhecimento e aos recursos necessários para proteger pessoas, propriedades e informações. Como já destacado, o ápice anual de suas atividades é consagrado na GSX, com o seu congresso trazendo conhecimento especializado, juntamente com a exposição de produtos, serviços e novidades do setor.

Evento GSX 2021 Híbrido A GSX ofereceu três dias repletos de educação e network para a comunidade de segurança global, ao vivo e sob demanda. Já antecipadamente, em 15 de setembro, como parte do evento, houve a apresentação virtual de uma sessão tratando das perspectivas futuras para o setor e para a nossa sociedade em geral: Segurança 2030 – Encruzilhada de Inovação e Transformação, conduzida pelo famoso autor best-seller e palestrante motivacional, Erik Qualman. O evento principal começou na segunda-feira, 27 de setembro. Após a apresentação classificada como Key-Note, conduzida pelo também famoso autor best-seller Daniel Pink, com o tema “Como Fazer o Tempo Seu Aliado, Não Seu Inimigo” – o salão de exposições foi inaugurado às 9h30. A partir daí o evento seguiu seu curso com as mais de 115 horas de educação, ao longo dos dias. Uma novidade deste ano na GSX foi o “SM Live”, uma transmissão diária apresentando conversas entre líderes da indústria e a editora-chefe da premiada revista Security Management da ASIS International, Teresa Anderson. Ao todo, o “SM Live” compartilhou mais de 20 discussões sobre tópicos que vão desde a transformação digital à violência no local de trabalho. As sessões diárias do denominado “Game Changer” forneceram painéis de discussão com foco em novas estratégias e no futuro, para elevar a experiência dos profissionais nas principais áreas de gestão de segurança; o enfrentamento de ameaças cibernéticas, saúde mental e bem-estar de funcionários e lições de gerenciamento de líderes militares femininas. As sessões do “Palco X”, com foco em tecnologia, abordaram questões relacionadas à automação de processos robóticos, ransomware, reconhecimento facial, segurança de veículos autônomos e muito mais. “Estou orgulhoso de meus amigos e colegas por organizarem o que é, por todas as métricas, uma GSX fantástica”, declarou John A. Petruzzi, Jr., CPP, 2021 presidente, ASIS International. 35


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A GSX disponibilizou mais de 115 horas de educação em segurança com padrão internacional, ao longo dos três dias do evento, nas seguintes áreas temáticas: • Gerenciamento Organizacional; • Desenvolvimento Profissional; • Segurança Nacional; • Segurança Física e Operacional; • Gestão de Risco; • Transformação Digital / Segurança da Informação; • Liderança. Da mesma forma que no ano anterior, embora a parte presencial do GSX tenha sido concluída no dia 29 de setembro, as transmissões sob demanda de todas as sessões estarão disponíveis para os participantes, através da plataforma digital, até o final de 2021. Também serão feitas algumas repetições, que ocorrerão em 20 de outubro e 10 de novembro. Essas sessões, com maior participação durante o evento, contarão com apresentadores presentes para responder às perguntas do público em tempo real. No próximo ano, a GSX 2022 acontecerá de 12 a 14 de setembro em Atlanta, GA. Nossos Destaques da GSX 2021 Em nossos destaques deste ano, não poderíamos deixar de iniciar mencionando os painéis de participações dos nossos colegas brasileiros, membros da ASIS. No primeiro painel José 38

Wilson Massa, gerente regional de segurança da Bloomberg, juntamente com Maria Teresa Septien, diretora da AFIMAC Global e Gabriel Torres, diretor da WSO, trataram das respostas à pandemia, do surgimento de conflitos sociais, da profunda crise econômica, das diversas eleições presidenciais e outros fatores que geraram mudanças no cenário político da América Latina. Responderam perguntas sobre os cenários políticos na região e quais as consequências para a indústria de segurança. Tivemos também Gustavo Dietz, diretor de segurança para América Latina da Philip Morris International, que em conjunto com Dora Cortes, diretora da Cargill, e Enrique Tapia-Padilla, CEO da Altair Security Consulting & Training Services, discorreram sobre os grandes desafios que enfrentam a América Latina, incluindo as suas ameaças históricas e outras novas ameaças que surgiram e levam a repensar a estratégia de mitigação de riscos. Responderam quais são os principais riscos da região que afetam as empresas e como os profissionais e empresas estão trabalhando para mitigá-los. O terceiro painel de brasileiros na GSX foi o de Eduardo Pereira, gerente de prevenção de perdas do Mercado Livre (MELI). Ele discorreu sobre o ESRM (Enterprise Security Risk Management), destacando que a implementação desta metodologia como parte de um projeto bem estruturado, permite com que os investimentos sejam baseados nos riscos reais das organizações e, também, a melhor forma de garantir o menor impacto na continuidade do negócio. Destacou que o ESRM é uma boa maneira de alavancar o negócio, com riscos conhecidos e tratados, investimentos corretos e indicadores-chave de desempenho (KPIs) mensuráveis. Ao longo de sua preleção apresentou a implantação bem-sucedida de um programa ESRM robusto em uma organização complexa e dinâmica, onde demonstrou quais os resultados auferidos e os reais benefícios ao adotar a metodologia ESRM. Também no rol de destaques para os nossos colegas brasileiros, o próprio presidente da ASIS Capítulo São Paulo, Benny Schlesinger (Gerente Sênior de Segurança na Península Participações), que esteve pessoalmente na GSX e compartilhou suas experiências no evento. “Este ano, participar presencialmente da GSX foi diferente. Uma feira menor, mas que manteve a qualidade dos produtos e serviços oferecidos. As palestras aconteciam simultâneas à feira e por conta da pandemia ocorreram em locais abertos, com distanciamento e uso obrigatório de máscaras. Um dos temas mais abordados, tanto nas palestras quanto na feira, foi o de OSNIT (Open Source Inteligence – Fontes Abertas de Inteligência) que tem como objetivo coletar informações de fontes publicadas ou disponíveis publicamente. Uma ferramenta essencial para manter o controle sobre as informações divulgadas com ou sem consentimento, seja no uso de Background Check (verificação de antecedentes) ou mesmo na busca proativa de informações sobre a sua empresa ou protegidos para mitigar riscos de Segurança”. Tudo isto tem uma conexão direta com o conceito de legado digital, parte da transformação digital, apresentado logo a seguir. Como assuntos selecionados para trazermos um pouco mais de detalhes aos leitores deste artigo, abordamos duas palestras que foram destaques pela organização do evento, tidas como Key-Notes, e já mencionadas no início do texto. A primeira tem o título de “Segurança 2030: Encruzilhada de Inovação e Transformação”, conduzida por Erik Qualman e a segunda “Como



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Fazer o Tempo Seu Aliado, Não Seu Inimigo” apresentada por Daniel Pink. Em “Segurança 2030: Encruzilhada de Inovação e Transformação”, Erik Qualman iniciou sua preleção apontando o fato de não termos mais escolhas em relação a transformação digital, a não ser decidirmos o quão bem faremos isto. A chave não é apenas entender as tendências digitais e sociais, mas mais importante, entender como elas funcionam juntas. Sua ideia foi apontar como conduzir a implementação das tendências atuais e futuras para maximizar o impacto de nossas organizações no mundo, à medida que avançamos para a próxima década. Trouxe dados e informações para fundamentar seu discurso sobre a transformação digital, das quais separamos os que seguem: Em 2020, a média das pessoas falaram mais com bots do que com seus cônjuges; mais de 50% da população mundial está abaixo dos 30 anos de idade; 2 em cada 3 pessoas obtêm informações em redes sociais; 80% do consumo mobile é de vídeos; etc. Defendeu que devemos ter todos os hábitos, mas ser muito bom em um e aí cunhou um conceito 40

que denominou de “STAMP”: Simple (simples): • O mundo já é muito complexo. Precisamos fazer as coisas simples para os nossos colaboradores, clientes e líderes. Diminuir o atrito (ou resistência). • Evite a multitarefa. Apesar de parecer ser mais produtivo, seu cérebro vai priorizar uma atividade, portanto foque em uma atividade de cada vez. True (Verdade): • Qual será o seu legado? Tudo que você fez ou fará em qualquer mídia fará parte dele; seja verdadeiro em tudo. Você não conseguira apagar o seu passado. Dê importância ao seu legado digital. Act (Ação): • Você e todos nós somos imperfeitos. • Seja transparente. Admita que errou, como consertou e o


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que fez para seguir adiante. Map (Direção): • Seja persistente no seu objetivo e flexível no seu caminho. • Se você não está tendo resistência, você não está sendo pioneiro. People (Pessoas): • Não há como trabalhar sem diversidade, igualdade e inclusão. • Definitivamente o off-line se fundiu ao on-line. Não há como separar mais. Em “Como Fazer o Tempo Seu Aliado, Não Seu Inimigo”, Daniel Pink argumentou muito bem fundamentado em pesquisas por ele mencionadas que embora o senso comum traga a utilização do tempo como uma arte, ela é na verdade uma ciência e um dos problemas é que se sabe muito pouco sobre o tempo em si. Certamente com a ajuda da ciência, prosseguiu, pode-se aproveitá-lo muito melhor, estabelecendo quando devemos realizar determinadas tarefas, por exemplo, para tomar decisões mais inteligentes, para aumentar nossa produtividade e impulsionar o desempenho de nossas organizações. Com a capacidade de coletar dados e tirar padrões de comportamento daquilo que influenciam a segurança, podemos aplicar na determinação dos tão almejados padrões da consecução dos riscos e com a ajuda do “Big Data”, certamente, teremos condições de definirmos inferências para nos ajudar no dia a dia com as tarefas de mitigação dos riscos. Trouxe conhecimentos de como o padrão oculto do dia afeta nossas capacidades analíticas e criativas, recomendando, em função disto, o desenvolvimento de táticas surpreendentemente simples e comprovadas para aumentar a eficácia, despertar a motivação e fornecer um sentido mais profundo do significado de nossa atuação no local de trabalho. Fez referências às questões naturais, por exemplo, o dia, relacionado à rotação da Terra em volta do Sol, influenciando nossa natureza física o que “certamente influencia na segurança”. Fez um link de seus argumentos científicos da gestão do tempo com a área de segurança e ironizou que não podíamos pedir para os riscos aparecerem nos momentos do dia em que estivermos mais atentos e assim forneceu sugestões de como agir em função do ciclo temporal de nossa natureza física. Aproveitou e colocou em check as afirmações de que, em razão da pandemia, o trabalho no escritório seriam três dias por semana, que a semana de trabalho do futuro será composta de quatro dias e que os cinco dias semanais das 9h às 17h estão mortos, fazendo referência às grandes manchetes da atualidade. “Baseado em quê?”, perguntou ele, e logo em seguida emendou contra a tomada de decisões por intuição, uma vez que sempre podemos buscar dados e informações para fundamentá-las. Para continuidade de sua linha de raciocínio, colocou em pauta dois estudos sobre humor e dois sobre desempenho, com as suas consequências sobre as atividades de segurança e como conclusões, desenhou uma curva ao longo do dia apresentando as variações do humor, deixando claro os momentos do dia com altos e baixos e as consequências sobre o desempenho. Segurança deve estar vigilante o tempo todo, discorreu ele, e estar mais alinhado com a ciência é uma excelente ideia, principalmente na distribuição das tarefas para os momentos apropriados.

Recomendou a utilização de checklists como importantíssimo para garantir o desempenho das tarefas, principalmente durante a fase de baixo desempenho ao longo do dia. Ou melhor, ensinou: “use o tempo todo os checklists apropriados”, como uma forma de tangibilizar os processos (tal qual a metodologia Performancelab) e afastamento das improvisações. Para finalizar o resumo de suas recomendações, trazemos seus alertas para a importância das pausas ao longo do dia de trabalho, devendo serem estas verdadeiros desligamento, cujas consequências imediatas, quando aplicadas, serão melhoras no desempenho, na qualidade de vida e certamente na segurança. Fez também referências a satisfação com o trabalho e que, em estando os colaboradores mais felizes, tendem a ser mais produtivos. Como conclusões e finalização deste artigo, destacamos que é nítido o direcionamento econômico para o mundo digital e embora não tenhamos feito observações ao longo do texto sobre a convergência entre segurança cibernética e física, destacamos que o evento contou com inúmeras apresentações tratando desse assunto. Incluímos aí a percepção de grandes benefícios da adoção de uma estratégia de segurança holística, alinhando as funções de segurança cibernética e física com as prioridades organizacionais. Mais uma vez, como em outras ocasiões, lançamos mão do conceito das cinco forças disruptivas tecnológicas, compreendidas como nuvem, mídias sociais, mobile, big data e IoT, recomendando fazerem parte integrantes de qualquer análise, de forma que a organização esteja sempre preparada e aumente sua capacidade de reagir em qualquer nível, em uma eventual violação. SE

Fernando Só e Silva CEO da Performancelab Sistemas e Diretor da FIESP.

Luciano Caruso Diretor Geral da Haganá Tecnologia.

Marcos Serafim Diretor de Negócios da Performancelab Sistemas e Diretor da FIESP.

Todos são membros ativos da ASIS Capítulo São Paulo. 41


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