Revista Segurança Eletrônica - Edição 02 - Março de 2017

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Case de Sucesso Ponto de Vista Em Foco - Vigia Online Ted Ricardo Chief Executive Officer

Projeto SegD’Boa - Vila Madalena

Março

Modelo de Carnaval Seguro

Ano 1 | Edição 02 | Março/2017

Revista Segurança Eletrônica | Edição 02

Destaque




Editorial

Ano 1 | N° 02 | Março de 2017

Expectativas, Clientes e Mercado

O

ano começou em janeiro, mas é agora no mês de março, que efetivamente as feiras e eventos começam no setor de segurança. Já temos em vista para os próximos meses a ISC West - Las Vegas, ISC Brasil, Laad Defence & Security (no Rio de Janeiro) e a Exposec. Veremos que o foco nesses eventos serão projetos com a proposta de integração, softwares inteligentes e tecnologias que podem ser administradas na palma da mão. O lado de capacitação do profissional também não será deixado de lado. A ISC Brasil, por exemplo, investiu mais em conteúdo técnico e educacional na edição desse ano, separando dois auditórios dentro do pavilhão para palestras e fóruns. Falando em capacitação, nesta edição você poderá ler artigos que falam da importância em investir na formação do profissional, tanto para realizar uma prestação de serviço excelente como para manter uma relação pós-venda consiste, e dessa forma, fidelizar o cliente e criar oportunidades de novas vendas de produtos e serviços. E a importância de se reter o cliente já conquistado nunca fez tanto sentido, visto o cenário de recessão econômica que o nosso país se encontra. Para os economistas, parece que o pior já passou. A inflação e os juros estão caindo, a política monetária está mais flexível e o câmbio se encontra sem grandes oscilações. Há o consenso de que o crescimento será lento, mas consistente, e com expectativa de retomada do mercado no começo do segundo semestre, com o PIB fechando o ano com alta entre 0,5% e 1%. É importante observamos, que mesmo com a deterioração da economia e do mercado de trabalho o ano passado, o segmento de segurança eletrônica cresceu 5% em 2016 e começou 2017 com 26 mil empresas de sistemas eletrônicos de segurança instaladas em todo o Brasil. O nosso papel, é continuarmos firmes e mantermos o mercado aquecido independente das perspectivas para esse ano. Veremos nos próximos meses como as empresas estão se reinventando, criando novas soluções e trazendo novidades. Cabe a todos, fornecedores, distribuidores, integradores, profissionais de segurança, deixarmos mais uma vez a nossa marca e fazer com que 2017 seja um ano de sucesso!

Boa leitura!

Redação Fernanda Ferreira (Mtb: 79714) editorial@revistasegurancaeletronica.com.br Colaboradores Adriano Oliveira Fernando Giroto Fernando Só e Silva Elisandro Panisson Michel Pipolo de Mesquita Nilton Souza Designer Giovana Dalmas Alonso Eventos Vianne Piroja eventos@revistasegurancaeletronica.com.br Financeiro Bruna Visval financeiro@revistasegurancaeletronica.com.br Comercial Christian Visval christian.visval@revistasegurancaeletronica.com.br 11. 97078.4460 Segurança Eletrônica Online www.revistasegurançaeletronica.com.br Tiragem: 20.000 exemplares

R. Narciso Sturlini, 302 - Osasco - SP, CEP 06018-090 -Torre do Paço - Sala 511 11. 9 7078.4460 www.revistasegurançaeletronica.com.br

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Impressão: Duograf Foto Capa: Luiz Guadagnoli/ SECOM/ PMSP (07/02/2015)


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Sumário - Revista Segurança Eletrônica -

Sumário 08

Novidades

26

Multilaser | p.08

Ted Ricardo – Vigia Online | p.26

Grupo Multilaser anuncia a aquisição da Giga Security

Nova forma de empreender no mercado de segurança

TechnoAware | p.08

Selma Migliori – ABESE | p.32

Humberto Macedo é nomeado Regional Manager Latin America

Mais qualidade, capacitação e regulamentação

38 09

Em Foco

Destaque de Produtos

Case de Sucesso Projeto SegD’Boa - Vila Madalena | p. 38 Carnaval sob Vigilância

SCATI | p.09 Novos gravadores Vision Pro visam simplificar a instalação do sistema de CFTV

Condomínio Maria Isabel/Campinas | p.42 Portaria à distância

Dahua | p.12 Câmeras Wi-Fi para vigilância domiciliar monitoram a casa em tempo real diretamente do smartphone ou computador

44

A importância do investimento em capacitação no segmento de segurança eletrônica | p.44

Intelbras | p.14 Linha de incêndio endereçável e software programador exclusivo

Axis | p.16 Dinamarca instala câmeras em ambulâncias e avalia pacientes em tempo real

48

Artigos Principais oportunidades nas vendas nas empresas de segurança eletrônica | p.48

PGB Security | p.18 Sistema de segurança baseado em fumaça impede roubos e vandalismos

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Ponto de Vista

A escassez de endereços IP: porque estamos migrando para o IPv6 | p.52

Cobertura de Eventos

Emissão instantânea alavanca negócios no Varejo | p.56

Satis 5 anos | p.20 Parcerias, treinamentos e atendimento personalizado

Kick-off Plantec Distribuidora | p.22 Tendências e apostas para 2017

Lançamento Vigilância Solidária | p.24 Olhos das Polícias

06

57

Na Íntegra Segurança eletrônica, necessidades e expectativas de seus clientes Modelo dos 5 Gaps | p.57


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Novidades

Giga Security

Grupo Multilaser anuncia a aquisição da Giga Security

A

Multilaser, uma das principais fabricantes de produtos eletrônicos do Brasil, anuncia a aquisição da Giga Security. A estratégia adotada pelas fábricas, genuinamente brasileiras, é de manter a marca Giga Security para o setor de segurança eletrônica, combinando as linhas de produtos das duas empresas e compondo uma oferta variada de produtos para segurança, como CFTV, controle de acesso, interfonia, alarme, racks organizadores, cabos e baterias. Com a nova aquisição, a Multilaser aumenta mais de 4 vezes sua fatia neste segmento. Os fundadores da Giga Security, Bruno e Gustavo Gouvea, continuarão à frente dos negócios da companhia, agora como parte do Grupo Multilaser. Segundo eles, o alto padrão de qualidade dos produtos e o respeito da marca por seu canal serão integralmente mantidos. “Segurança é coisa séria e é um assunto para profissionais, por isso manteremos os mesmos padrões atuais de qualidade Giga em todo o portfólio de produtos, além de mantermos o mesmo respeito de sempre ao nosso fiel canal de distribuição”,disse o Diretor da Giga, Bruno Gouvea.

Os planos de investimentos na marca Giga Security são bastante arrojados, os empresários esperam em dois anos triplicar o faturamento atual da Giga. “A Multilaser é uma gigante do setor de eletrônicos, com faturamento bilionário, o que nos trará muito mais poder de investimentos. Vamos aumentar bastante nossa competitividade adotando uma atrativa política comercial com ganhos em marketing e atendimento para o canal de segurança, e também desenvolvendo um amplo mix de produtos de segurança. Tenho total convicção de que serão enormes as oportunidades para os parceiros que apostarem na marca Giga”, destaca Bruno. Para Alexandre Ostrowiecki, fundador e Presidente da Multilaser, há uma química muito potente na combinação de competências das duas empresas: “O excelente mix de produtos, o profundo respeito do canal e a competência no mercado de segurança por parte da Giga, somados à eficiência e força nas operações de fabricação, de venda, de suporte, de assistência e de garantia da Multilaser formam uma química vencedora para deixar a vida das pessoas cada vez melhor através da segurança”. SE

TechnoAware

Humberto Macedo é nomeado Regional Manager Latin America

A

A nomeação de Humberto faz parte da estratégia da companhia para impulsionar e consolidar sua presença regional. 08

TechnoAware ampliou sua participação global alcançando presença em 116 países e o reposicionamento do executivo, que já exercia o cargo de Business Development Manager na TechnoAware há três anos, faz parte da estratégia da companhia para impulsionar e consolidar sua presença local com a abertura gradativa de mais escritórios em vários países da América Latina. Humberto é o responsável pela gerência das operações da TechnoAware em 29 países da América Central, Caribe e América do Sul. Graduado em Engenharia Elétrica e Direito, e Pós-Graduado em Direito Público, com foco em licitações públicas, atuou na Administração Pública Federal e Municipal, e acumula experiência profissional em empresas privadas em Tecnologia da Informação desde 1981. Também é autor do livro “Internet e Direito do Consumidor”, publicado em 2002 pela Editora Lumen Juris, do Rio de Janeiro, que é parte do acervo da biblioteca do Institut Suisse de Droit Comparé (Swiss Institute of Comparative Law) da Université de Lausanne, Suíça, além de outras publicações científicas. “A partir de um modelo estratégico já implantado com sucesso, nosso propósito é estarmos cada vez mais próximos dos nossos clientes para desenvolver e apoiar projetos, criar e propor soluções adequadas, e tomada de ações céleres de acordo com suas necessidades”, ressalta o executivo. SE


Destaque

SCATI

Novos gravadores Vision Pro visam simplificar a instalação do sistema de CFTV

Gravadores vem com switch integrado para 8 e 16 câmeras IP

A

SCATI, empresa especializada em soluções inteligentes de segurança, apresenta ao mercado sua nova linha de gravadores de vídeo. As novas inserções no catálogo incluem gravadores IP e híbridos com Switch PoE integrado de até 16 conexões IP que facilitam e simplificam a instalação do sistema de CFTV proporcionando uma importante diminuição nos custos. Os novos gravadores de vídeo, D400 e H400, são compatíveis com as potentes ferramentas de gestão de vídeo da suíte da SCATI e permite a gestão remota a partir de um centro de controle. Os D400 são gravadores de vídeo com switch integrado

para 8 e 16 câmeras IP e com capacidade de armazenamento de até 18 TB. É a opção perfeita para instalações distribuídas como agências bancárias, estações de serviço ou varejo. O H400 é o novo gravador de vídeo híbrido que permite gerir até 8 câmeras IP Megapixel, através de seu switch PoE integrado e 16 câmeras analógicas simultaneamente com total estabilidade. Sua capacidade de armazenamento de até 24 TB, ideal para lugares onde se quer realizar uma migração progressiva para IP, sem necessidade de adquirir dispositivos adicionais (codificadores, switchs, etc.). O H400 é ideal para instalações como hotéis, centros comerciais, empresas financeiras e edifícios corporativos com um custo mínimo garantido. SE 09


Já pensou em criar a sua rede de monitoramento compartilhado e obter uma renda mensal recorrente? Com a Tecvoz é possível. Ofereça a solução Tecvoz Nuvem como ferramenta para um grupo de vizinhos promoverem ações objetivas de monitoramento e proteção a sua rua através do acesso compartilhado. Consulte um distribuidor autorizado para mais informações ou acesse o site www.tecvoznuvem.com.br

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Destaque

Dahua

Câmeras Wi-Fi para vigilância domiciliar monitoram a casa em tempo real diretamente do smartphone ou computador

Câmeras com resolução de até 3 Megapixels, visão de 120 graus e áudio bidirecional.

C

resceu a necessidade de investir em vigilância domiciliar, as câmeras de videomonitoramento asseguram a proteção do ambiente, mas também ajudam a acompanhar o cotidiano das crianças, os animais de estimação e o trabalho de prestadores de serviço, é uma maneira de estar presente, mesmo à distância. A Dahua Technology, líder na fabricação de produtos para videossegurança, desenvolveu a linha de câmeras Wi-Fi, “Eyes in your home”, de fácil instalação e que permite acompanhar as imagens em tempo real diretamente de qualquer dispositivo com acesso à internet. Os equipamentos ainda oferecem recurso infravermelho, para imagens noturnas. Com o modelo IPC-A15/35, por exemplo, ideal para o uso em casa, é possível alcançar até 10 metros de visão no escuro. Com resolução de até 3 Megapixels, basta conectar a câmera ao APP Easy4ip para controlar e assistir à gravação, que fica salva em armazenamento local. E, além de acompanhar à distância, a tecnologia Dahua permite intervir diretamente na cena e se comunicar com quem quer que esteja no local através do áudio bidirecional. Além disso, as câmeras mandam 12

alerta quando detectam qualquer atividade, ideal para casas de praia ou campo. Sem cabos ou fios, basta posicionar os equipamentos no local desejado e conectá-los à rede para começar a obter visão de até 120 graus, com detalhes claros e imagem de qualidade. Com design compacto e elegante, os aparelhos podem ser posicionados em qualquer lugar sem destoar da decoração, inclusive de escritórios ou salas de espera. Outros modelos da linha são: IPC-C15/35, IPC-K15/35, IPC -HFW1120/1320S-W, IPC-HDBW1120/1320E-W, SD22204T-GN -W, SD29204T-GN-W. “Trabalhando em conjunto com o Easy4ip APP, podemos enviar vídeos para o celular ou tablet quando o alarme é acionado. Nós oferecemos aos consumidores a escolha ideal de segurança inteligente e abrangente, mas também de valor agregado e possibilidade real de gerenciamento”, explica Bruce Wu, Diretor Geral da Dahua Brasil. O processo de certificação na Anatel terá início neste mês (março) e a linha de produtos Home estará disponível para comercialização no Brasil no quarto trimestre de 2017. SE


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A referência em software de vídeo-monitoramento inteligente (VMS).

Uma alternativa segura, confiável e competitiva à estações de trabalho para o monitoramento de vídeo a 1080p.

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Alertas em tempo real, busca de vídeo inteligente e relatórios. Os analíticos da Aimetis mudam a forma que organizações capturam e usam o vídeo em rede.

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Destaque

Intelbras

Software gratuito para o endereçamento e a instalação do sistema de incêndio.

Três novos modelos para atender aos projetos: CIE 1125 (até 125 dispositivos), CIE 1250 (até 250 dispositivos) e CIE 2500 (até 500 dispositivos).

Linha de incêndio endereçável e software programador exclusivo

O

sistema é inteiramente projetado para grandes ambientes, pois é capaz de detectar o local onde está ocorrendo o princípio de incêndio e agir pontualmente. Entre os seus diferenciais está a instalação flexível, ou seja, em sistemas classe A ou B, simplificando o produto. As novas centrais querem atender a demanda de produtos de incêndio com tecnologias atualizadas e preços competitivos, assim, chega ao mercado com excelente custo benefício. São três novos modelos para atender às diversas necessidades e projetos, sendo um deles a CIE 1125 que comporta até 125 dispositivos em seu laço, a CIE 1250 que comporta até 250 dispositivos e a CIE 2500 que comporta até 500 dispositivos divididos em dois laços. Outras características das centrais endereçáveis são proteção contra surtos na rede elétrica, fonte chaveada, gabinete exclusivo, painel com display, software de programação, instalação em Classe A ou B, setorização de ambientes, nível de acesso por senha, bivolt automático. 14

A nova linha conta com dispositivos que complementam a solução, entre eles, Acionador Manual Endereçável (AME 520), Detector de Fumaça Endereçável (DFE 520), Detector de Temperatura Endereçável (DTE 520), Sinalizador Audiovisual Endereçável (SAV 520E), Módulo de Entrada ou Saída (MIO 520), Isolador de Laço (IDL 520) e Módulo de Entrada (MDI 520). Além das novas centrais e dispositivos, a empresa está lançando um aplicativo exclusivo para o endereçamento e a instalação do sistema de incêndio, o programador para centrais de incêndio endereçáveis Intelbras. Trata-se de um software gratuito e simples de usar: após o download no site, basta selecionar o modelo da central e começar a utilizar. “A nova linha de incêndio endereçável possui instalação simples e de fácil interface com o usuário. O acesso ao programador pode ser realizado através de notebook. Com esse programador a configuração ficou muito fácil”, disse José Carlos Viana, Diretor de Novos Negócios da Intelbras. SE



Destaque

Axis

Dinamarca instala câmeras em ambulâncias para antecipar o cuidado ao paciente e evitar viagens desnecessárias

Mesmo com a vibração da ambulância em movimento as câmeras conseguem gerar imagens de alta resolução.

A

região de Nordjylland, localizada ao Norte da Dinamarca, instalou câmeras de videomonitoramento no interior de ambulâncias para melhorar os recursos de atendimento à saúde da população. Os pacientes são avaliados em tempo real por uma equipe médica remota, que acompanha todo o atendimento emergencial através de câmeras IP de alta resolução da Axis Communications. Isso permite resolver alguns casos ainda na ambulância, e o paciente volta para casa sem ter passado pelo hospital. Além de reduzir custos para a administração pública, a nova solução diminuiu o número de visitas desnecessárias aos centros de saúde. Os médicos dão sugestões de como tratar o paciente antecipadamente, identificam a eventual necessidade de especialistas e indicam quais hospitais estão mais aptos a tratar aquele caso. As câmeras, instaladas no teto de onze ambulâncias, são pequenas e geram imagens de alta qualidade mesmo com a vibração do veículo em movimento. O modelo escolhido, AXIS M5014, permite visualizar todo o corpo do paciente e ainda aproximar a imagem em partes específicas para assegurar a boa visualização pela equipe médica. Para transmitir o vídeo à distância, a região de Nordjylland utilizou a tecnologia Radiocamm, instalada nas câmeras Axis, que permite a comunicação wireless entre dois pontos. A 16

transmissão pode se adaptar a diferentes tipos de rede para proporcionar banda larga otimizada. Além disso, a comunicação pode ser via 3G ou 4G, sem interrupções. “Esse tipo de instalação envolve grandes desafios tecnológicos. Inclui conexão suficientemente rápida para a alta taxa de quadros e imagem de qualidade para que a equipe hospitalar remota possa realizar o atendimento correto ao paciente. No Brasil, a equipe da Axis também está disponível para colaborar no desenvolvimento de projetos semelhantes”, declara Andrei Junqueira, Gerente de Vendas para a América do Sul. O recurso é ideal para ambulâncias que atendem a zonas afastadas de centros urbanos, ou para municípios que não possuem atendimento especializado. Mesmo nas grandes capitais, a avaliação remota pode agilizar o atendimento nos hospitais e diminuir o tempo de espera. Na experiência dinamarquesa, que inicialmente seria voltada ao atendimento de crianças e vítimas de derrame, a proposta foi expandida para os mais de 600 mil usuários do serviço de saúde local. A maior barreira encontrada pelo projeto foi a falta de costume de médicos e enfermeiras, o que foi superado ao ser constatada a efetividade do sistema. “Do ponto de vista do paciente, o streaming de vídeo das ambulâncias é muito positivo. Esse é o futuro, o médico pode cuidar do paciente ainda na ambulância”, diz o Consultor Sênior de Nordjylland, Søren Aagaard Christiansen. SE



Destaque

PGB Security

O recipiente contém uma substância completamente inofensiva a saúde

Sistema de segurança baseado em fumaça impede roubos e vandalismos

U

m levantamento realizado pela NTC (Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística) mostra que o roubo de cargas em caminhões no Brasil aumentou 42% entre os anos de 2009 e 2014. O prejuízo total causado chegou a dois bilhões de reais em todo o país. Esses constantes roubos também acontecem nos Estados Unidos, que alcançou perdas entre 10 a 30 milhões de dólares e na Europa, registrando mais de oito milhões em roubos. Pensando nisso, a PGB Security, braço da dinamarquesa PROTECT A/S no Brasil, irá apresentar na 12ª Feira e Conferência Internacional de Segurança – ISC Brasil 2017 – o LOAD SAFER, um sistema de segurança baseado em fumada. A solução foi projetada especificamente para evitar possíveis roubos ou vandalismo em transportes e em pequenos espaços, como estoques, quiosques e comboios. A LOAD SAFER baseia a sua operação em um dispositivo pequeno que dispara 110m³ de fumaça branca mediante a um impulso elétrico que obstrui a visão e irrita as mucosas enquanto o invasor permanecer no ambiente. O equipamento é ativado quando alguém tenta ganhar acesso a uma zona

protegida, preenchendo imediatamente o espaço com uma fumaça de baixa densidade que em poucos segundos irá inibir a visão do ladrão e reduzir significativamente a capacidade de um roubo. A fumaça gerada é completamente inofensiva, limpa e não mancha ou deixa resíduos. Para atender o setor, a solução é composta por até 16 dispositivos de fumaça que serão distribuídos ao longo do baú de carga e controlados por uma central eletrônica. Opera em cinco frequências (GPS, GPRS, 3G, WIFI e Bluetooth), garantindo a localização da carga e a posição do veículo através do celular. Os dispositivos podem ser instalados em ambientes onde não há alimentação de energia, pelo próprio usuário, sem a necessidade de técnico especializado. Também é possível ligar a um alarme ou operar de forma independente. A solução foi criada para ser usada em uma ampla gama de espaços, além do mercado de transporte de cargas, como cofres, máquinas de autoatendimento, pequenos escritórios, sala de medição de energia elétrica, arquivos, residências, salas de ferramentas, máquinas de venda automática, caixas eletrônicos, entre outros. SE

Para mais informações consulte o site: www.loadsafer.com/br

18


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Cobertura de Eventos

Você faz parte dessa história – Satis 5 anos

Parcerias, treinamentos e atendimento personalizado

Crédito das fotos – Cesar Araújo

A distribuidora Satis completa cinco anos com o objetivo de consolidar a marca no mercado em 2017

Nathalie Watanabe e os parceiros da Satis

Colaboradores, instaladores e fornecedores estiveram presentes na festa

Por Fernanda Ferreira

A

Satis, distribuidora de equipamentos de segurança eletrônica, comemorou no dia 16 de fevereiro o aniversário de cinco anos da empresa. O evento aconteceu na sede da Satis em São Paulo e contou com a presença dos colaboradores, instaladores e de alguns fornecedores, como Tecvoz, JFL Alarmes e Condutti Cabos Especiais. “Em todos esses anos contamos contamos com fornecedores de ponta, que nos trouxe uma base para que pudéssemos atender cada dia melhor nosso cliente. Expandimos de forma sólida e fechamos 2016 com a nossa maior marca de crescimento desses cinco anos”, comemora Nathalie Watanabe, Diretora da Satis. A Satis atua no mercado priorizando o atendimento personalizado e de consultoria de segurança aos diversos parceiros. 20

Segundo Nathalie, o objetivo para 2017 é instruir, certificar e treinar os profissionais da área de segurança eletrônica, mantendo sempre o padrão de qualidade em atendimento. “Queremos consolidar o nome da nossa distribuidora, trazendo sempre o melhor atendimento e equipamentos aos nossos clientes. Nos aperfeiçoarmos cada dia mais, queremos trazer e viabilizar negócios aos nossos parceiros de forma antecipada”, explica. Com o tema “Você faz parte dessa história – Satis cinco anos”, a festa foi toda personalizada com a marca em balões, brindes e bolo. Durante os parabéns, a diretora agradeceu o empenho de todos que ajudaram a empresa a crescer. “Muito obrigada a todos que fizeram com que o nosso sonho se tornasse realidade. E nos próximos cinco anos, seremos a maior e melhor distribuidora do país”, disse Nathalie. SE



Cobertura de Eventos

Kick-off Plantec Distribuidora

Tendências e apostas para 2017 Plantec planeja investir em tecnologia IP, nuvem e cabeamento estruturado

Ricardo Torres, Diretor de Marketing da Plantec, apresentou as tendências de mercado e o planejamento para 2017

Ricardo Wasserman, Channel Partner Manager da CommScope, falou sobre o impacto da infraestrutura de cabeamento em redes convergentes

Debora Santin, Leasing Comercial do Banco Daycoval, palestrou sobre Soluções Financeiras para os Negócios

R

eunir fabricantes, distribuidor e integradores em um só lugar e alinhar as expectativas e planos para 2017, esse foi o objetivo do kick-off realizado pela Plantec Distribuidora no dia 15 de fevereiro no Hotel Panamby em São Paulo. Durante o evento, a Plantec apresentou as tendências de mercado e os investimentos que farão ao longo do ano. “Vamos apostar em CFTV IP, tecnologia em nuvem, cabeamento estruturado e telefone IP. Vamos aumentar o nosso portfólio, investir em marketing, divulgação e treinamentos. Queremos crescer 20% este ano”, disse Ricardo Torres, Diretor de Marketing da Plantec. As empresas Banco Daycoval, Commscope, IDT, Intelbras, Grenke e Panasonic também estiveram presentes e palestraram no evento. Na parte da manhã, Ricardo Wasserman, Channel Partner Manager da CommScope, falou sobre o impacto da infraestrutura de cabeamento em redes convergentes e a Analista de Marketing da Panasonic, Fernanda Boragini, apresentou o programa de canais Panasonic. Christian Visval, Diretor 22

Comercial da Revista Segurança Eletrônica, também marcou presença e contou as ações e eventos programados para o mercado de segurança eletrônica em 2017. No período da tarde, Eliseu Carnizello, Gerente Geral Nacional da IDT BRASIL, falou dos investimentos no setor, as projeções de vendas da IDT PABX e compartilhou cases de sucesso dos Estados Unidos. A equipe de Marketing de Produto da Intelbras, Ismael Linhares e Leandro Eustáquio, palestraram sobre o mercado e soluções IP da Intelbras; o Diretor de Vendas da GRENKE, Sergio Mattos, apresentou os benefícios da venda e serviços através da locação e a Leasing Comercial do Daycoval, Debora Santin, falou sobre soluções financeiras para os negócios. O kick-off encerrou o ciclo de palestras com a apresentação dos cenários de crédito de 2017 pelo Diretor de Financeiro da Plantec, Rodrigo Perrella. “Queremos que os integradores conheçam todo o nosso planejamento para saberem que podem contar com o apoio do distribuidor e dos fabricantes que estão aqui”, explica Torres. SE



Cobertura de Eventos

Lançamento Vigilância Solidária – CONSEG Belém

Olhos das Polícias Moradores de São Paulo poderão acessar as câmeras e monitorar ruas e avenidas do bairro Belém e relatar a polícia crimes e movimentos suspeitos

O projeto é organizado pela comunidade do bairro do Belém e já conta com mais de 30 câmeras instaladas nas principais ruas e avenidas.

N

o dia 21 de fevereiro a CONSEG (Conselho Comunitário de Segurança) do bairro Belém, em São Paulo, lançou oficialmente o projeto Vigilância Solidária na comunidade. O evento contou com a presença dos moradores do bairro, Guarda Civil, Polícia Militar, Tecvoz e convidados. O projeto, que é uma evolução do Vizinhança Solidária criado pela Polícia Militar, consiste em unir os moradores da região para realizem um policiamento preventivo com a ajuda de câmeras de alta resolução instaladas no bairro e fornecidas pela Tecvoz. A Polícia e os moradores que participam do projeto possuem acesso 24h por dia a todas as imagens ao vivo e gravadas. As imagens ficam disponíveis por sete dias em um sistema de armazenamento em Nuvem, dessa forma, todos os moradores têm acesso as imagens e não há o risco de perda do material. “Achei a iniciativa muito interessante, não só para as pessoas do bairro, mas para os policiais também, porque é mais um instrumental a serviço da polícia. A PM tem as ferramentas de inteligência que são próprias da nossa atividade e as câmeras instaladas nas ruas são mais um adicional para recorrermos e para nos ajudar no nosso planejamento operacional. Podemos reunir os dados coletados por intermédio da câmera com o que nós temos nas nossas bases de informações e que está dentro desse contexto de inteligência policial. Sob a ótica da 24

O projeto Vigilância Solidária é uma parceria do CONSEG Belém, Polícia Civil e Militar e Tecvoz.

polícia preventiva, essa nova tecnologia adquirida pelo bairro é muito útil e positiva”, disse o Comandante da 1ª Cia do 51º batalhão, Capitão Cícero Mesquita. A Tecvoz apresentou a solução Tecvoz Nuvem no lançamento, explicou como o sistema funciona, como operar a ferramenta e compartilhar imagens e as vantagens de ter um armazenamento em Nuvem. “Com a Tecvoz Nuvem os moradores não vão precisar se preocupar com roubo de gravadores ou com HD danificado. As gravações são armazenadas em servidores espalhados por quatro continentes, o acesso é simples, rápido e pode ser feito de forma remota via smartphone”, explicou Ricardo Luiz, Consultor Comercial da Tecvoz. Já foram instaladas mais de 30 câmeras pelas principais ruas e avenidas, o objetivo final é instalar até 300 câmeras por todo o bairro. Esse é o início do projeto que começará a expandir para diversos bairros de São Paulo. O próximo a receber a tecnologia Tecvoz Nuvem para realizar o monitoramento de ruas e avenidas é o bairro do Pacaembu. “Nós da CONSEG Belém conseguimos fazer todas as adaptações ao projeto para ficar exatamente como precisávamos e queremos que o Vigilância Solidária possa ser distribuído a todos os bairros de São Paulo”, falou Norberto Mensório, presidente do CONSEG Belém. SE


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Em Foco

Vigia Online

Nova forma de empreender no mercado de segurança Única franquia de segurança eletrônica do Brasil associada a ABF, a Vigia Online já marca presença em sete estados com uma linha de trabalho segmentada na locação de câmeras e equipamentos de alta qualidade a preços atrativos. Nesta entrevista, Ted Ricardo, CEO da Vigia, conta como é a relação franqueador e franqueado, a forma de trabalho dessa modalidade, os planos de crescimento e as novidades da marca Ted Ricardo – CEO Vigia Online

Por Fernanda Ferreira

S

egurança Eletrônica: Como surgiu a ideia de criar uma franquia de segurança eletrônica? Ted Ricardo: Há 10 anos entrei como sócio em uma empresa de terceirização em Alphaville (São Paulo) e quando comecei a fazer a gestão da companhia, identifiquei diversos erros nos sistemas de segurança dos meus clientes, mas como eu não tinha conhecimento técnico dos produtos e equipamentos, comecei a estudar o mercado de segurança, fazer diversos cursos disponíveis a época e visitar as empresas do setor. Depois desse período, comecei a receber uma demanda grande de condomínios e empresas que queriam um sistema de segurança como prestação de serviço, ou 26

seja, queriam pagar mensalmente para ter os equipamentos e o suporte, mas não conseguiam encontrar isso no mercado. Comecei então a alugar os equipamentos ao invés de vender, embutia o valor mensal dentro dos custos da prestação de serviço, e isso começou a dar muito certo, tanto que temos clientes que continuam conosco desde aquela época e a cada três anos fazemos a substituição dos equipamentos, colocando produtos mais modernos. A formatação do negócio nasceu dessa forma. Paralelamente a isso, a Vigia Online faz parte de um grupo chamado Rocket Holding, que tem como uma das formas de expansão de negócio, o modelo de franchising. Depois de analisarmos e estudarmos a melhor for-


Em Foco

ma de crescimento, optamos por fazer o modelo de franquia, com equipamentos próprios voltados para a linha de HD e IP. Segurança Eletrônica: Qual o conceito da Vigia Online? Ted Ricardo: Nós desenvolvemos um conceito pensando no cliente final. Ao invés do cliente se descapitalizar para comprar os equipamentos à vista, nós dividimos esse valor em 36 meses e durante esse período ele tem a garantia estendida de todos os produtos. Após esse tempo os aparelhos são dele, e ele pode renovar o contrato e substituir todos os equipamentos ou permanecer com os mesmos produtos, fica a critério do cliente. O grande diferencial é o nosso preço, temos kits de quatro câmeras, kits de 16 câmeras a preços baixíssimos por mês. Para o franqueado, desenvolvemos o conceito de não se preocupar com estoque de equipamentos, nós fornecemos todas as soluções e ele consegue focar nas vendas e no atendimento. O incrível é que o franqueado fica com 43% de todo o faturamento, já contando os custos com equipamentos e os custos operacionais. Segurança Eletrônica: Como é a estrutura da empresa? Ted Ricardo: Como fazemos parte do Grupo Rocket Holding – que está localizado em Orlando, nos Estados Unidos – desenvolvemos boa parte dos processos por lá. No Brasil, temos sede própria em Alphaville/São Paulo, que é a base do su-

LVSuporte_21x14cm_Cuva_Final.pdf

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“Nossa meta é alcançar 120 franquias no Brasil até o fim do ano.” porte e acompanhamento do franqueado, e a unidade modelo, que é o nosso centro de treinamento. Além disso, temos uma agência de publicidade que trabalha em tempo integral conosco, um escritório de advocacia de alto nível com duas advogadas dedicadas para a franqueadora, a parte contábil que tem toda a questão de assessoria para o franqueado tirar dúvidas, e para a parte de processos e formatação, temos no nosso time o Marcio Carboni, que tem muitos anos de experiência em multinacional na área de qualidade e processos com base na ISO. Ter uma equipe dessa evita retrabalhos. Segurança Eletrônica: A Vigia Online é a única franquia de segurança eletrônica que está associada a ABF (Associação Brasileira de Franchising). Qual a importância desse selo? Ted Ricardo: A diferença de quem está na ABF é a credibilidade. Para você se tornar um associado existe um extenso processo, em que eles analisam toda a parte jurídica, contábil e fiscal da empresa, tanto que existe um índice de rejeição muito grande da ABF, não é simples franquear. As franquias


Em Foco

“Estatisticamente, a cada 10 empresas próprias que abrem no Brasil sete fecham as portas, já no modelo de franquia, para cada 10 inaugurações apenas três fecham. Isso acontece porque o franchising preza colocar a mentalidade empresarial.”

precisam estar pautadas dentro da lei n.8.955/94, específica para o ramo de franchising, grandes marcas como Casa do Pão de Queijo, CCAA e Havaianas tem o selo da ABF, é um processo a mais que garante ao franqueado que houve uma análise e a empresa está aprovada. Diversas companhias se denominam franquias, mas não estão regularizadas, o selo da ABF vem para afirmar e garantir que as empresas associadas a ela estão em conformidade com a legislação. Segurança Eletrônica: Como funciona a relação franqueador e franqueado? Ted Ricardo: Muitas vezes, quando alguém compra uma franquia, pode ocorrer dois tipos de pensamentos equivocados. O primeiro é achar que vai ser um empregado da franqueadora e o outro é achar que a franqueadora será empregado dele, que não precisa trabalhar e que o negócio vai gerar dinheiro sozinho. Eu costumo dizer para a minha rede que a franqueadora é uma reunião de CEOs em que eu presido um conselho, é como entrar em uma reunião com vários presidentes da República, não existe um senhor da razão e sim um bom senso. Meus franqueados tem um relacionamento muito bom com a franqueadora, porque desde o início transmitimos essa essência, não somos patrões e nem funcionários, somos parceiros. A franqueadora precisa somar e buscar o equilíbrio no relacionamento. Segurança Eletrônica: Qual é o público alvo da franqueadora? Ted Ricardo: Nosso público é tanto o integrador como aquele que não conhece o mercado de segurança e quer entrar no ramo, 28

até porque temos um suporte completo para quem não faz parte do segmento poder tirar dúvidas e pedir ajuda quando necessário. Não somos pautados apenas em segurança e sim em uma visão empresarial. Queremos pessoas que querem atender bem ao cliente, essa é a nossa filosofia. Segurança Eletrônica: Qual é o critério de seleção de um franqueado? Ted Ricardo: Seguimos alguns processos, como verificar se a pessoa tem o perfil para o negócio, avaliar a região que o candidato quer atuar, a idoneidade, se é uma pessoa que sabe ouvir e sabe se impor nos momentos certos. Como é uma parceria precisamos escolher bem com quem vamos caminhar. É como um casamento, há o tempo da paquera, do namoro, do noivado e finalmente do casamento, é esse o tempo que você conhece a sua futura esposa e no nosso processo é a mesma coisa, durante esse percurso nós conhecemos o candidato, vemos o que cada uma das partes pode se adaptar, ceder para chegar a mesma essência e sintonia. Segurança Eletrônica: Como funciona a qualificação e os treinamentos que a franqueadora dá ao franqueado? Ted Ricardo: O franqueado recebe treinamento teórico e prático na unidade modelo com duração de sete dias. Os treinamentos são aplicados por grandes parceiros, grandes cases do mercado, engenheiros formados, técnicos gabaritados que as empresas hoje contratam para certificar os seus produtos. O franqueado também acompanha de perto um projeto em execução para aprender como todo o processo funciona.


Em Foco

A Vigia Online já está presente em sete estados brasileiros expandindo no modelo de franchising.

Segurança Eletrônica: Qual a vantagem de ser um franqueado da Vigia Online? Ted Ricardo: Estatisticamente, a cada 10 empresas próprias que abrem no Brasil sete fecham as portas, já no modelo de franquia, para cada 10 inaugurações apenas três fecham. Isso acontece porque o franchising preza colocar a mentalidade empresarial. A Vigia Online acompanha o franqueado em todas as etapas, desde o processo de abertura da empresa até a assessoria jurídica, contábil, ensinamos a fazer a gestão financeira do negócio, fornecemos um software de gestão administrativa, transferimos todo o nosso conhecimento técnico e experiência que conquistamos em 10 anos de trabalho. O franqueado também não precisa se preocupar em buscar as novidades do mercado ou melhorias, temos uma equipe especializada que está antenada realizando esse trabalho. E o mais importante, ele não precisa investir em estoque, nós fornecemos todos os equipamentos, dessa forma, ele consegue focar nos seus clientes, em vender e prestar um ótimo atendimento. O franqueado tem acesso a prestadores e produtos de alto nível que provavelmente não teria se não estivesse na nossa rede. Segurança Eletrônica: Em quais estados a Vigia Online atua? Ted Ricardo: Hoje estamos presentes em sete estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Ceará, Pernambuco, Pará e Paraná. Segurança Eletrônica: Com quais as principais verticais de atuação da Vigia Online? Ted Ricardo: Nossos principais produtos são a linha de câmeras HD, que são câmeras próprias que fazemos a montagem em Manaus e Ilhéus, temos também uma linha completa de HVR, câmeras IPs e estão chegando agora câmeras de 180 e 360 graus. Também contamos com ótimas parcerias, trabalhamos com software analítico do Digifort, fazemos controle de acesso para projetos especiais, também temos plataforma para gestão de ponto, gestão de pessoas e gestão de tarefas, entre outros produtos. Estamos sempre buscando inovar e

trazer novas tecnologias para o mercado. Nesse momento, nossa área de desenvolvimento está trabalhando em um produto que será uma grande novidade no mercado e será voltado para a área de alarme. Segurança Eletrônica: Como o produto de vocês estão sendo recebidos no mercado? Ted Ricardo: A aceitação tem sido excelente, por conta da qualidade e do baixo custo. Temos o menor custo de locação do Brasil. Segurança Eletrônica: Quais são os objetivos da Vigia Online para 2017? Ted Ricardo: Nosso principal objetivo é lançar o nosso novo produto ainda no primeiro semestre, pois temos certeza que ele irá revolucionar o mercado; e alcançar a meta de 120 franquias no Brasil até o fim do ano. Segurança Eletrônica: Quais são as estratégias utilizadas para aumentar a participação da Vigia Online no mercado? Ted Ricardo: Estamos fazendo um trabalho muito forte com a nossa agência de propaganda, temos trabalhado muito com o Google, com mídia impressa e com o Facebook. No segundo semestre iremos lançar uma campanha em forma de vídeos voltado para a Internet. E também fazemos bastante patrocínio em eventos e feiras do segmento. Segurança Eletrônica: Acredita que a aprovação do Estatuto da Segurança Privada pode contribuir para o crescimento da franqueadora? Ted Ricardo: Essa lei precisa ser aprovada para existir uma regulamentação para o nosso mercado e para as pessoas entenderem que existe um jeito certo de trabalhar. Essa lei vem para dar uma diretriz e ela vem ao encontro com todo o processo da franqueadora. A Vigia Online está muito pautada em cima do Estatuto e essa lei vem para fortalecer a franqueadora e o nosso formato de trabalho, e mais do que isso, ela vem para fortalecer o mercado e dar credibilidade para o nosso ramo. SE 29




Em Foco

ABESE

Mais qualidade, capacitação e regulamentação A ABESE (Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança) tem desempenhado ao longo dos anos um importante papel no mercado de segurança eletrônica, fornecendo cursos de capacitação, colaborando em projetos de lei ligados ao setor e realizando a EXPOSEC há 20 anos, importante feira de segurança que vem se tornando uma vitrine tecnológica da América Latina. Nesta entrevista, Selma Migliori, Presidente da ABESE, fala sobre mercado, novas verticais, expectativas de faturamento para os próximos anos, EXPOSEC e Estatuto da Segurança Privada Selma Migliori – Presidente da ABESE

Por Fernanda Ferreira

S

egurança Eletrônica: Poderia nos dar um balanço de como foi o desempenho do mercado de segurança eletrônica no ano passado? Selma Migliori: O setor de segurança eletrônica fechou 2016 crescendo 5%, alavancado pelo crescimento médio de 15% da indústria nacional (em especial os segmentos de sistemas de intrusão e videomonitoramento), que protagonizou a oferta de novos produtos no mercado e também foi favorecida pelo aumento do câmbio. Houve uma retração com relação ao crescimento deste mercado em anos anteriores, cuja média tem sido de 8% nos últimos 5 anos. Outro fator que influenciou neste crescimento foi o surgimento de novas pequenas 32

e médias empresas. O faturamento do setor foi de R$ 5,7 bilhões no ano passado. Segurança Eletrônica: E qual a expetativa para esse ano? Selma Migliori: Iniciamos 2017 com mais de 26 mil empresas de sistemas eletrônicos de segurança instaladas em todo o Brasil; a perspectiva é a de que neste ano o setor cresça mais de 5%. Nossa visão é otimista com relação ao cenário econômico. Neste ano, o empresariado de sistemas eletrônicos de segurança está reinventando seu negócio, buscando tecnologias avançadas e disponíveis no mercado a custos bastante competitivos, e a indústria deverá apresentar solu-


Projetos de controle de acesso SMB já tem solução:

A Trilobit é especializada no desenvolvimento e fabricação de sistemas integrados de segurança eletrônica e conhece as necessidades e tendências do mercado. Por isso lançou o sistema T-Plus: com uma arquitetura integrada e ferramentas poderosas para a gestão de segurança, que atende as funcionalidades essenciais para os planos. A versão de entrada, T-Plus Start Edition, é escalável e conta com pacotes na medida para cada necessidade. Sendo uma plataforma robusta, ficou completa com a controladora , um hardware com alto nível de confiabilidade, aliado à funções de alto desempenho.

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Em Foco

“A aprovação do Estatuto da Segurança Privada pela Câmara dos Deputados representa uma vitória para o setor de segurança eletrônica. Sem dúvida ele dará mais transparência e confiabilidade para o segmento de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança, o que significa mais qualidade ao consumidor.” ções alternativas e aprimoradas para os prestadores de serviços. O redirecionamento das empresas trará frutos em 2018. Segurança Eletrônica: Quais são os potenciais de novas verticais? Selma Migliori: Com a crise que enfrentamos nos últimos anos no país, soluções tecnológicas foram criadas e se destacam por proporcionar redução de custos operacionais para os estabelecimentos que as recebem, profissionalizar o atendimento e aumentar o nível de segurança do local, tais como as portarias remotas. As empresas de monitoramento 24h aproveitam toda a estrutura técnica e operacional existente e criam células específicas de atendimento de portaria remota, com o objetivo de controlar o acesso a distância e registrá-los por meio de gravação de áudio e imagens integrados aos procedimentos de segurança do local. Segurança Eletrônica: Em 2014 foi realizado uma pesquisa que a estimativa de faturamento para o setor de segurança eletrônica em 2020 será de R$ 50 bilhões. Você acredita que o mercado de segurança tem potencial para chegar a esse número, levando em conta a retração do mercado? Selma Migliori: O mercado cresceu em média 8% nos últimos 5 anos, mesmo sem contar com nenhum tipo de ordenamento jurídico, por lidar com tecnologias disponíveis para prover informações e auxiliar os órgãos públicos no combate à violência. Fizemos uma pesquisa junto à Universidade de São Paulo, que comprovou que este mercado regulamentado 34

poderá atingir um crescimento de mais de 20% ao ano. Além disso, devemos contar com avanços tecnológicos com o desenvolvimento da Internet das Coisas (IoT), a conectividade e outros fatores. Portanto, creio que este patamar pode vir a ser atingido, mas após 2020. Segurança Eletrônica: Quais os principais desafios e dificuldades de quem atua no setor enfrenta? Selma Migliori: Um dos principais desafios é a profissionalização do setor, a necessidade de mais capacitação técnica; outro é a ausência de regulamentação e de normas técnicas. A ABESE tem se empenhado historicamente nestas frentes, promovendo cursos através de seu Centro de Capacitação Profissional, influindo na elaboração de projetos de lei, como o do Estatuto da Segurança Privada e o projeto específico da ABESE nº 1759/2007, e aproximando-se da ABNT para a elaboração de normas técnicas específicas do setor. Segurança Eletrônica: Em sua opinião, como a EXPOSEC contribui para o desenvolvimento do setor? Selma Migliori: A EXPOSEC vem evoluindo, crescendo a cada ano, e hoje está consolidada como o grande palco tecnológico da segurança eletrônica, a maior feira da América Latina deste segmento. E em 2017 a EXPOSEC completa 20 anos, o que significa que há exatamente 20 anos a ABESE realiza a feira. Isso é um marco para nós e também para o setor. A ABESE foi fundada em novembro de 1995 e seu primeiro grande projeto, em 1997, foi a EXPOSEC, com o intuito de fo-



Em Foco

"Iniciamos 2017 com mais de 26 mil empresas de sistemas eletrônicos de segurança instaladas em todo o Brasil; a perspectiva é a de que neste ano o setor cresça mais de 5%." mentar negócios, principalmente para seus associados indústria e distribuidores. Naquele momento queríamos criar um espaço para que os visitantes da feira pudessem conhecer as mais recentes tecnologias possíveis de serem aplicadas, para que se pudesse levar ao consumidor final produtos com mais qualidade e segurança. A feira continuou desenvolvendo-se nessa direção, gerando consequentemente um grande volume financeiro em negócios. Penso que esta tem sido a grande contribuição da EXPOSEC para o desenvolvimento do setor de segurança eletrônica e para a sociedade. Segurança Eletrônica: O modelo de negócio de locar câmeras e cobrar uma mensalidade do cliente final é uma pratica cada vez mais recorrente. Como você vê essa modalidade? Selma Migliori: A locação de câmeras pode parecer um excelente negócio, porém a prática mostra que há empresas que não atualizam seu acervo de equipamentos com as últimas tecnologias existentes e usam máquinas obsoletas, deixando a desejar a qualidade de imagens gravadas e comprometendo a credibilidade deste segmento específico de mercado. O ideal é que o consumidor certifique-se de que a empresa que está locando as câmeras é idônea, e que a empresa contratada faça uma análise real de risco do local e a elaboração de um projeto adequado para atender às necessidades específicas do cliente. Segurança eletrônica não se compra no balcão. Segurança Eletrônica: Quais serão as novidades que os visitantes poderão conferir, entre lançamentos, novas tecnologias e serviços? Selma Migliori: A feira exibirá uma tendência forte na área de conectividade e aplicativos, a tecnologia será apresentada “na palma da mão” do consumidor. Dentre as novidades, destacam-se os softwares inteligentes; as soluções são utilizadas para diversas aplicações, como projetos integrados de segurança, segurança das informações, tecnologia de segurança eletrônica aplicada à conectividade, projetos de integração das áreas de segurança da informação e do patrimônio e integração da segurança eletrônica com automação e internet. Segurança Eletrônica: Quais as expectativas para a feira em 2017, em relação a números, público e desempenho? 36

Selma Migliori: A EXPOSEC 2017 deverá receber mais de 42 mil visitantes e teremos aproximadamente 800 marcas expositoras. Não medimos esforços para melhorar a feira a cada ano, para que ela se torne cada vez mais uma referência para a América Latina e para o mundo. Segurança Eletrônica: Sobre o Estatuto que regulamenta a atividade de segurança eletrônica no país e que está para aprovação do Senado. Qual é a importância dessa aprovação para o mercado de segurança privada? Acredita que o mercado pode crescer com a regulamentação? Selma Migliori: A aprovação do Estatuto da Segurança Privada pela Câmara dos Deputados representa uma vitória para o setor de segurança eletrônica. Sem dúvida ele dará mais transparência e confiabilidade para o segmento de monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança, o que significa mais qualidade ao consumidor. Toda a tramitação do Estatuto foi acompanhada de perto pela ABESE, que também contribuiu para a sua elaboração, um trabalho que estamos realizando há 10 anos. Certamente o mercado crescerá com esta regulamentação; no entanto, é necessário que fiquemos atentos neste momento, pois há alguns pontos no projeto de lei que necessitam de alterações, pois podem vir a prejudicar o segmento de segurança eletrônica. Estamos trabalhando no sentido de acompanhar sua tramitação e propor alterações ao texto. Segurança Eletrônica: Quais serão os possíveis impactos e o que muda com a aprovação do Estatuto? Selma Migliori: Os principais pontos que impactam diretamente o setor de segurança eletrônica, e que chamam a nossa atenção, são os seguintes: • O Estatuto da Segurança Privada estabelece uma clara distinção entre os três segmentos da área de segurança privada, uma conquista extremamente positiva para a segurança eletrônica , e no texto são divididos por: serviços de segurança privada, onde se inserem as empresas de vigilância; monitoramento de sistemas eletrônicos de segurança, representados pela ABESE; e prestadores de serviços de segurança privada, e neste item é que os perfis dos profissionais das centrais de monitoramento são claramente definidos; • Ele cria uma definição sobre o que é prestação de serviço de monitoramento, compreendendo a locação, comercialização, instalação dos equipamentos, assistência técnica e inspeção técnica; • Fixa um capital social mínimo de R$ 100 mil para o estabelecimento de empresas de monitoramento, e este é um ponto de atenção para o setor, pois a ABESE defende que este capital social mínimo seja de R$ 50 mil para as empresas do segmento de segurança eletrônica, porque as tecnologias avançam e hoje não há mais necessidade de servidores para manter a redundância das informações, uma vez que tudo é armazenado em nuvem. Vamos continuar trabalhando por esta mudança; • A possibilidade de mais empresas do segmento passarem a monitorar bancos e grandes eventos; • A renovação de autorização de funcionamento das empresas de segurança eletrônica a cada 5 anos. A ABESE vai continuar acompanhando de perto a tramitação do Estatuto da Segurança Privada. SE


Selma Migliori

Presidente – ABESE

A ABESE realiza eventos em todo o Brasil buscando atualizar os empresários do setor de segurança eletrônica sobre tendências do mercado, promover debates, fomentar negócios, fortalecer as lideranças regionais e estimular ações conjuntas do empresariado local, como a criação de ABESEs regionais e de sindicatos patronais do setor, os SIESEs.

Programação Evento • 2017

O

calendário de eventos da ABESE em 2017 está intenso. Teremos simpósios acontecendo em vários Estados ao longo do ano e em novembro realizaremos um congresso em São Paulo que vai tratar, mais especificamente, de tendências de mercado. Além disso em maio acontecerá a Exposec, a maior feira do setor de segurança eletrônica da América Latina, que completa 20 anos nesta edição. Associados ABESE têm vantagens e descontos participando dos simpósios e do congresso. E na Exposec, ele também conta com benefícios especiais. Veja então, a seguir, o nosso calendário de eventos para 2017! Programese e participe conosco! Selma Migliori (Presidente – ABESE) Março 22/3 | Curso Pré-venda de projetos e serviços de sistemas eletrônicos de segurança . São Paulo - SP 28/3 | Simpósio Regional ABESE . Ribeirão Preto - SP 29/3 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Ribeirão Preto – SP Abril 19/4 | Encontro Regional - O impacto do Estatuto da Segurança privada para o setor de segurança eletrônica . Pelotas - RS 25/4 | Simpósio Regional ABESE . Goiânia - GO 26/4 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Goiânia - GO Maio 9/5 | Curso Planejamento do processo de comissionamento em projetos . São Paulo - SP 11/5 | Encontro Regional - O impacto do Estatuto da Segurança privada para o setor de segurança eletrônica . Caxias - RS 23 a 25/5 | 20º Exposec – Feira Internacional de Segurança . São Paulo - SP

Inscrições e Informações:

(11) 3294 8033 |

Junho 8, 9 e 10/6 | Curso Monitor interno e externo . São Paulo - SP 27/6 | Simpósio Regional ABESE . Belo Horizonte - MG 28/6 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Belo Horizonte - MG Julho 13/7 | Curso Projeto de videomonitoramento . São Paulo - SP 25/7 | Simpósio Regional ABESE . Santos – SP 26/7 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Santos - SP Agosto 10/8 | Curso Automação . São Paulo, SP 14/8 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Porto Alegre - RS 29/8 | Simpósio Regional ABESE . Recife - PE 30/8 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Recife - PE Setembro 12/9 | Simpósio Regional ABESE . Bauru - SP 26/9 | Simpósio Regional ABESE . Belém - PA 27/9 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Belém - PA Outubro 5/10 | Curso Pré-venda de projetos e serviços de sistemas eletrônicos de segurança . São Paulo - SP 24/10 | Simpósio Regional ABESE . Salvador - BA 25/10 | Curso Projetos de segurança eletrônica: como usar o poder criativo para desenvolver soluções . Salvador - BA Novembro 7/11 | Curso Planejamento do processo de comissionamento em projetos . São Paulo - SP 14 a 18/11 | Missão empresarial Itália - visita à Sicurezza 30/11 | Congresso ABESE . São Paulo - SP Dezembro 12/12 | Curso Planejamento do processo de comissionamento em projetos . São Paulo – SP *programação sujeita a alteração sem aviso prévio

comercial@abese.org.br | www.abese.org.br


Case de Sucesso

Projeto SegD’Boa - Vila Madalena

Foto: Leon Rodrigues/ SECOM (14/02/2015)

Carnaval sob vigilância Vila Madalena utiliza câmeras de moradores e comerciantes para monitorar o Carnaval de rua e conter vandalismos, brigas, assaltos e tráfico de drogas. Câmeras doadas também fizeram parte do projeto que vai continua funcionando mesmo depois das festas Por Fernanda Ferreira

O

famoso Carnaval de rua que acontece no bairro Vila Madalena, em São Paulo, começou há alguns anos e contava com a participação de aproximadamente 50 mil pessoas todos os anos. O evento cresceu, e em 2017 registrou a passagem de mais de 100 blocos e 250 mil pessoas na região de Pinheiros. Com tanta concentração de pessoas, o risco de roubos, brigas e irregularidades aumentou consideravelmente. Diante desse cenário, a Associação de Moradores de Pinheiros se uniu ao setor público e privado para reforçar a segurança no bairro durante as festas. Dessa união, nasceu há três anos a SegD’Boa, empresa querealiza monitoramento de ruas e avenidas por meio de câmeras dos próprios moradores, comerciantes e companhias da região que cedem as imagens para o projeto, além de câmeras doadas por grandes empresas de segurança para serem usadas durante o Carnaval. Neste ano, a operação contou com 20 câmeras, sendo que 12 foram doadas pela Dahua Technology, principal fabricante chinesa de soluções de segurança. São câmeras IP, no modelo Speed Dome e Bullet, que possuem um poderoso zoom óptico de 30x 38

que permite ver com nitidez detalhes dos rostos das pessoas e possíveis tumultos, durante o dia e na escuridão. “As Speed Domes ajudam muito na identificação das pessoas e na operação de dispersão dos foliões. A Polícia Militar pode tomar ações precisas baseadas nas informações ao vivo de cada local monitorado”, explica o Consultor de Tecnologia do projeto SegD’Boa, Roberto Rocha. As imagens capturadas pelas câmeras durante o Carnaval foram monitoras através de um container posicionado entre as ruas Mourato Coelho e Inácio Pereira, que serviu como central de vigilância. As imagens ao vivo e gravadas foram compartilhadas com a Polícia Militar, Guarda Civil, Defesa Civil, CET (Companhia de Engenharia de Trafego), Prefeitura Regional de Pinheiros e moradores do bairro. “As câmeras são sociais, os moradores e comerciantes cedem para o container. Eles compraram os equipamentos, colocaram energia, internet e disponibilizaram para o projeto, que disponibiliza para o Estado; seja para CET ver o trânsito, para a PM ver a área de segurança, para a GCM fazer a segurança local e para a fiscalização, cada um tem um tipo de


Case de Sucesso

Polícia Militar e CET utilizam as imagens privadas da Associação dos Moradores para auxiliar no monitoramento e na precisão das ações.

Câmeras Dahua foram instaladas nas principais ruas e avenidas por onde os bloquinhos e foliões passaram.

Em destaque, equipe Dahua Technology: Bruce Wu, Diretor Geral Dahua Brasil, Gisleine Cardoso Frascetto do Marketing e Rodrigo Sagaseta do Suporte Técnico Sênior.

preocupação e todos utilizam a mesma câmera. É a democratização da imagem”, explica Roberto. Os pontos de concentração de câmeras foram nas ruas Mourato Coelho, Rua Aspicuelta, Rua Fradique Coutinho, Rua Belmiro Braga, Rua Wisard e Rua Inácio Pereira, locais onde a população se concentra nos bares tradicionais do bairro Vila Madalena. Além delas, lugares como Avenida Nova Faria Lima e Largo da Batata também foram monitorados. “Estes locais foram escolhidos levando em consideração a quantidade de pessoas em horário de pico e, principalmente, no momento de orientação deste público ao melhor deslocamento para alcançarem a Estação do Metrô mais próxima”, diz Rocha. O produtor Victor Varella esteve presente nos blocos de Carnaval desse ano na Vila e achou a iniciativa ótima. “Eu acho totalmente válido qualquer tipo de ação que possa impedir assaltos, brigas e badernas, e aumentar a segurança nos blocos“. Durante os três anos de atuação do projeto, já foram detectados tráfico de drogas, brigas, roubos, problemas de trânsito, pessoas que precisam de atendimento do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), entre outras situações. Para a Presidente da AMEPI (Associação de Moradores e Empresários de Pinheiros), Ana Maria Mortari, a situação do bairro melhorou muito. “Até 2014, o Carnaval estava transformando a Vila Madalena em um caos para os moradores e empresários da região, havia muita queixa e confusão. Esse é o terceiro ano que a gente faz o projeto SegD’Boa e de lá para cá estamos melhorando a cada ano. As câmeras inibem uma série de vandalismo, assaltos, badernas, depredações, elas têm ajudado a PM a verificar a região e evitar tráfico de drogas, brigas e roubos”, conta. O projeto continua Segundo Ana Mortari, os moradores e empresários gostaram tanto do monitoramento, que estão procurando a Associação para manter as câmeras da Dahua em suas casas e comércios; e outros membros da comunidade de Perdizes já solicitaram a instalação dos equipamentos em suas residências e estabelecimentos. “Com a permanência do monitoramento podemos vigiar diversos pontos da cidade, teremos câmeras em cruzamentos importantes, lugares que podem haver inundações, riscos de acidentes e assaltos, qualquer coisa que acontecer as câmeras vão passar em tempo real para a PM e para a CET, que podem realizar um atendimento imediato. Está sendo muito positiva para a gente e vamos continuar dando esse apoio para a comunidade”, disse Mortari. A Associação de Moradores e a SegD’Boa tem o papel de fazer a conexão dos moradores com os órgãos públicos. Os moradores pagam para a Associação uma manutenção mínima para manterem o sistema funcionando, qualquer problema ou roubo nas câmeras, a SegD’Boa realiza a manutenção ou troca dos equipamentos. ‘’A SegD’Boa se tornou uma empresa que trabalha somente com as Associações de Moradores. Ela nasceu na Vila Madalena para dar suporte para o Carnaval, e hoje já está presente em outros bairros, como no Brooklin para o Brooklin Fest e no Planalto Paulista para combater o alto índice de prostituição na região. O trabalho social é que está por trás de tudo isso. Temos a tecnologia, mas para fazer segurança para a socie39


Case de Sucesso

Para realizar o monitoramento foi utilizado o sistema Digifort, que é compatível com todas as câmeras dos moradores e comércios da região.

dade”, conta Roberto. Segundo Rocha, esse ano eles irão expandir para novos bairros e cidades de São Paulo. Tecnologia e parceiros Para realizar o projeto, tanto na Vila Madalena como em outros bairros, a SegD’Boa faz parcerias com grandes empresas do mercado de segurança, como Dahua, Digifort e AlphaDigi. “O Digifort participa desde o início no projeto por acreditar que esta iniciativa traz grandes frutos para a população. Mais segurança, agilidade na identificação dos eventos, redução de vandalismos e outros benefícios. Este projeto tem todas as possibilidades de se expandir para qualquer cidade de São Paulo e o grande benefício é que, seja onde for instalado, suas imagens poderão estar sendo monitoradas pela PM paulista através do Detecta, cujo sistema já está totalmente integrado com o Digifort. Além das imagens, o projeto SegD'Boa contempla também a leitura de placas de automóveis, tudo gerenciado por nosso software, cujas placas são passadas automaticamente para o sistema Radar da PM onde as restrições são analisadas. Além da parte técnica do projeto, enfatizamos ainda o baixo custo da implantação e manutenção do sistema, porém com excelente qualidade nas imagens, graças a grande parceria entre os fabricantes envolvidos, permitindo assim uma expansão rápida do projeto para outras localidades”, explica Carlos Eduardo Bonilha, CEO do Digifort. A Dahua participa fornecendo câmeras com tecnologia avançada, zoom óptico e sistema de busca automática. “Com a tecnologia adotada no Carnaval, foi possível não apenas acompanhar a multidão em tempo real, mas também aproximar as imagens e seguir suspeitos, pois as câmeras da Dahua contam com recurso de auto-tracking”, afirma Bruce Wu, Diretor Geral da Dahua Technology Brasil. Outro grande parceiro é a distribuidora AlphaDigi, que auxilia na elaboração dos projetos. “Nosso papel é definir os produtos, a melhor forma de executar, as especificações e até mesmo a implementação do projeto. É um trabalho da parte técnica apoiando os integradores nos diversos planos. Vejo essa parceria da comunidade com as empresas de tecnolo40

gia como uma das soluções mais importantes, porque todo mundo se movimenta para resolver um problema que existe no bairro, todo mundo está entendendo a tecnologia e está começando a se viabilizar. É o início de um grande movimento, o futuro vai ser esse, todos se ajudando para que a gente tenha como objetivo final a segurança”, disse Sérgio Menke Coimbra, Diretor da AlphaDigi. Além dessas tecnologias, foi utilizado o sistema de contagem de pessoas, carros e motos, e o sistema VPN, rede virtual privada dentro da Polícia Militar que permite a SegD’Boa falar diretamente com a PM sem passar por nenhuma instituição pública. Também foi testado esse ano – como plano piloto – o recurso de leitura de face. O recurso está sendo avaliado e será disponibilizado no Carnaval de 2018, como parte do projeto de segurança. A SegD’Boa também contou com a parceria das empresas Advantech, All Tech, BRF, DMA, Gazeta de Pinheiros, INADEM, Izakaya, Stamp Já, SISCOMSEG e Torus. Jovem aprendiz Para expandir o projeto para outros bairros e cidades, a SegD’Boa criou o programa Jovem Aprendiz, que tem como objetivo formar jovens empreendedores que queiram trabalhar em conjunto com a associação de moradores do seu bairro ou cidade, mas com um conceito social. A primeira turma do Jovem Aprendiz será formada em abril. Eles receberão treinamento na Dahua e no Digifort para conhecer os produtos e serviços dos parceiros e para entender a visão da SegD’Boa. “Estamos formando jovens aprendizes microempreendedores, ensinando a instalar as câmeras e mexer no sistema, mas tudo isso na visão social”, esclarece Roberto Rocha. Os jovens irão instalar os equipamentos nas associações e realizar a manutenção quando for necessário, mas os preços cobrados para as comunidades são inferiores aos praticados no mercado, pois o foco do projeto é ajudar a sociedade civil. “Com o trabalho conjunto entre a sociedade organizada, poder público e iniciativa privada, fica melhor e mais fácil atingir os objetivos comuns. A zeladoria e a segurança são desejadas por todos”, finaliza Roberto. SE


Tecnologia inteligente

para monitoramento de imagens e acesso

Sistema PSIM com novos recursos de Controle de Acesso à Distância

Sistema de Controle e Gerenciamento de Imagens (VMS)

Controle de Acesso à Distância (Biometria, senha e cartão)

Gerenciamento de Câmeras (IPs, DVRs, NVRs e placas de captura)

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Case de Sucesso

Condomínio Maria Isabel

Portaria à distância Condomínio de Campinas, São Paulo, troca portaria convencional por remota e reduz os custos operacionais em 30%

Monitoramento online dos equipamentos Kiper, que avisam a central se estão operando normalmente, antecipando a resolução de problemas antes da percepção

Por Fernanda Ferreira

O

condomínio residencial Maria Isabel, localizado em Campinas, São Paulo, precisava reduzir os custos do condomínio e melhorar a segurança do prédio. Além disso, a administração enfrentava problemas com a gestão de pessoas da portaria. Ao buscar uma solução para resolver esses três problemas, o condomínio encontrou o Kiper, empresa de controle e gerenciamento de acesso à distância, que contém um sistema composto de software e hardware para condomínios de até 150 unidades. A solução funciona da seguinte forma: ao invés de um porteiro permanecer no prédio realizando o controle de acesso, os próprios moradores passam a ter autonomia para entrar e sair do condomínio, por meio de uma chave eletrônica (TAG) ou QRCode instalado no celular. Essa tecnologia é utilizada tanto para o acesso de pedestres como para acesso veicular. Já os visitantes e prestadores de serviços acionam o serviço de controle de acesso por meio de um interfone inteligente, que se comunica com a central de atendimento 24 horas das empresas parceiras do Kiper, que no caso da região de Campinas, é a Mais Alerta, empresa que implanta, opera e faz a manutenção do sistema nos condomínios. É feita a identificação do visitante e comunicação com o morador, via celular, telefone ou ramal do apartamento, para conseguir a autorização de entrada. 42

“O sistema Kiper trabalha com o conceito de eventos, que direcionam o operador para atuar no que realmente é importante em determinado momento. Quando um interfone toca, um evento é gerado e as câmeras do portão onde o interfone foi acionado são destacadas para o operador, que é direcionado para realizar o atendimento. O mesmo ocorre para incidentes como disparo de alarme, pânico e carona. Com isso, os operadores não perdem nenhum detalhe do que está ocorrendo no condomínio”, disse Odirley da Rocha, Diretor Comercial do Kiper. O projeto foi implantado no condomínio Maria Isabel em um mês e meio. Foi feito a renovação da rede elétrica do prédio para proteção energética, com instalação de gerador e nobreaks. Ao todo foram colocadas 16 câmeras para vigiar o acesso de pedestre, garagem e o perímetro. Os motores da garagem foram trocados por modelos mais modernos, rápidos e robustos. O condomínio fez a eclusa de pedestre, onde foram instalados os interfones, leitoras de TAG e automatizadores de portão. Uma nova central de alarmes foi adquirida e interligada à cerca elétrica que já existia no perímetro do condomínio, sendo que a frente foi protegida por barreiras infravermelho. Para comunicação, foi contratado um link ponto a ponto e feita a integração da central com o sistema de interfone e ramais do prédio.


Case de Sucesso

“Estamos muito satisfeitos com os serviços prestados. Eles são eficientes e eficazes e o sistema atendeu 100% às nossas necessidades. Sempre somos atendidos praticamente em tempo real. Nos sentimos totalmente protegidos com o sistema de monitoramento de perímetro. Em relação ao custo, conseguimos reduzir em 30% com o sistema, gerando um aumento de 100% na segurança e no serviço prestado. Nosso condomínio tem uma população idosa grande e, mesmo assim, eles estão muito contentes com o resultado do trabalho”, conta Orcidia Gaeta de Mattos, Síndica do Condomínio Maria Isabel. Até o momento, foram registrados 1.679 atendimentos via interfone para visitantes e prestadores de serviços, 2.763 acessos ao condomínio por moradores utilizando o Controle de Garagem e 6.235 utilizando o TAG. “Quando um condomínio instala a solução de portaria remota, ele aumenta a segurança, porque a responsabilidade do controle de acesso passa a ser feito por uma equipe profissional e preparada, sem risco de ser coagida em intrusões no condomínio e com apoio da tecnologia para detectar situações de risco; ele também economiza, pois elimina os custos de salários e encargos de funcionários, substituídos

por uma mensalidade do serviço de portaria mais em conta do que portaria própria ou terceirizada. Além disso, é possível melhorar o processo de atendimento, porque o serviço de portaria deixa de ser executado por um empregado do condomínio para ser executado por uma empresa especializada com padrões de qualidade, garantindo todos os direitos de consumidor para os moradores”, explica Rodrigo Zabotto, Diretor Operacional da Mais Alerta. Além dos equipamentos do sistema Kiper, a solução completa de portaria remota e monitoramento perimetral do condomínio utiliza automatizadores de portão de pedestre, fechaduras magnéticas de portões com sensores de abertura e fechamento, automatizadores de portão de garagem de modelo e marca específicos, sensores IR15 de carona antiesmagamento e de abertura e fechamento, câmeras HD com infravermelho para imagens noturnas e DVR, central de alarme, sensores IR15 para barreira perimetral ou cerca elétrica, nobreaks e baterias para proteção do sistema elétrico, gerador e placa automatizadora para acionamento automático e switch para distribuição da rede interna do condomínio e funcionamento dos equipamentos. SE

COMO FUNCIONA • O acesso de pedestre é feito por meio de uma eclusa (ou clausura), onde os dois portões funcionam com automatizadores (motores) para garantir a abertura e fechamento automático. Estes portões possuem sistema de intertravamento, ou seja, o segundo portão abrirá somente quando o primeiro se fechar por completo, permitindo o acesso seguro das pessoas e impossibilitando a entrada de oportunistas na “carona” de alguém autorizado. • Os portões de pedestre são abertos por TAGs individuais e identificados dos moradores ou QRCode disponibilizado no celular dos condôminos, ou por meio de comando remoto da equipe de portaria localizada na central de atendimento para entrada de visitantes, ou QRCode liberado pelo morador no celular do visitante. Com isso, é possível saber quem e quando entrou e saiu do condomínio, por meio do sistema. Os acessos podem ser limitados para determinado dia e horário, bem como bloquear o acesso de alguém. • O acesso de veículos é feito por meio de portões veiculares que utilizam motores mais rápidos e configuráveis, permitindo o mínimo tempo de exposição do condomínio pela abertura do portão. Além disso, os portões possuem sensores de antiesmagamento e anticarona, que informam à central quando um veículo ou pessoa não autorizado entra ou sai do condomínio junto com um morador. • Os portões de garagem são abertos por comando remoto da central de atendimento ou por meio dos controles de garagem individuais e identificados dos moradores. Estes também permitem o registro de quem entrou e quem saiu do condomínio, bem como possuem proteção anticlonagem que avisam a central sobre tentativas de acesso com controles não autorizados. • O sistema possui mecanismos de pânico silencioso, onde o morador pode avisar a central que está em situação de risco. • Tanto para entrar como para sair do condomínio, os visitantes entram em contato com a central de atendimento pelo interfone, que fazem a abertura remota dos portões. As conversas entre os operadores da central, visitantes e moradores e os vídeos do acesso de pessoas e veículos ao condomínio são gravados em local seguro para auditorias. • A central e o condomínio são interligados por meio de uma conexão ponto a ponto. A solução Kiper não utiliza internet para esta conexão, garantindo estabilidade e baixa probabilidade de queda do link. • Toda solução é instalada em rede elétrica protegida por nobreaks, baterias e geradores, para garantir o funcionamento do sistema por determinado tempo quando ocorrer queda de luz.

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Ponto de Vista

A importância do investimento em capacitação no segmento de segurança eletrônica

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ão restam dúvidas de que estamos presenciando um dos ciclos de maior evolução tecnológica da raça humana. Todos os dias surgem novas tecnologias que prometem facilitar nossa relação com o mundo e resolver alguns dos problemas que certamente ajudamos a criar. Aqui mesmo, nesta publicação, podemos observar vários anúncios de equipamentos, para os mais diversos fins e todos prometendo a mais avançada tecnologia, desenvolvidos por um time dos sonhos de engenheiros e que certamente farão a diferença no mercado. A indústria tem feito sua parte, investindo pesadamente em pesquisa e desenvolvimento. Tenho observado, principalmente nos últimos 10 anos, que um elo essencial para o processo não tem se desenvolvido com a mesma velocidade das indústrias: as equipes técnicas responsáveis pela instalação e configuração desses equipamentos. Infelizmente, me parece que a maioria das empresas que atuam no segmento de segurança eletrônica ainda acredita que investir em treinamentos especializados seja um gasto e não um investimento. Vejo no dia a dia vários exemplos de instalações sem o menor critério técnico, feitas de qualquer jeito, dando a impressão que os únicos critérios utilizados são o do menor esforço e do menor tempo de execução. 44

Sou “manezinho”, nativo de Florianópolis/SC, e lá usamos a expressão cavalo de padeiro (faz sempre o mesmo trajeto, sozinho, sem a intervenção de um condutor) quando queremos demonstrar algo que está imutável, que não se altera, que faz tudo sempre da mesma forma, “porque foi assim que me ensinaram e não vou mudar”. É assim que muitos dos nossos técnicos pensam, e claro, influenciados pelo pouco ou praticamente nulo investimento dos seus empregadores em formação e qualificação. Quando falo em qualificação, estou falando não apenas em qualificação técnica, mas também humana, principalmente em relacionamento interpessoal. Já presenciei inúmeros episódios em que os problemas poderiam ter sido evitados ou minimizados se os profissionais estivessem melhor preparados emocionalmente para se relacionar com os clientes. Muitas vezes basta apenas ouvir e estar disposto a entender a essência do que os clientes querem informar. Acredito que toda empresa de segurança eletrônica deveria dispor de uma sala de formação, um local apropriado com infraestrutura mínima para treinar e principalmente formar novos profissionais. Não basta ter um cantinho com uma mesa velha que chamam de bancada de testes, com apenas um multímetro e um ferro de solda. É preciso tratar a formação de forma


Ponto de Vista

"Já presenciei inúmeros episódios em que os problemas poderiam ter sido evitados ou minimizados se os profissionais estivessem melhor preparados emocionalmente para se relacionar com os clientes. Muitas vezes basta apenas ouvir e estar disposto a entender a essência do que os clientes querem informar." séria, afinal, sem a formação adequada, como garantir a eficiência dos equipamentos que são comercializados? Quando falamos da importância da qualificação de empresas que prestam o serviço de monitoramento o assunto é ainda mais sério. Já imaginaram o tamanho da redução dos chamados disparos falsos se os equipamentos fossem dimensionados (após uma análise de risco, realizada por um consultor/vendedor verdadeiramente habilitado) e instalados de forma adequada? Os gastos com deslocamentos desnecessários e manutenções constantes certamente cobririam o investimento na qualificação da equipe técnica. Já visitei várias feiras setoriais, e percebo cada vez mais que apenas os proprietários das empresas estão presentes, que erro! Eles devem sim continuar participando e visitando essas feiras, porém, deveriam levar consigo pelo menos dois membros da equipe técnica, para que todos percebam as evoluções do segmento. Não resolve mais chegar na empresa com várias sacolas de catálogos e algumas canetas e bonés, é preciso inserir a equipe técnica neste processo, eles precisam entender que não podem ficar parados no tempo,

precisam respirar esse ambiente de inovação. A falta de qualificação das equipes técnicas acaba atingindo também a indústria, que ao invés de seguir no desenvolvimento de soluções inovadoras, precisa dar sobrevida a tecnologias ultrapassadas. Basta pensarmos no vídeo analógico. Qual foi o fator determinante para não aposentarmos de vez os cabos coaxiais? Exatamente, a falta de capacitação das equipes técnicas em implantar sistemas de vídeo digital. Por isso apareceram os HD-TVI/HD-CVI que temos em nossos mercados hoje. Felizmente o cenário está mudando, já temos diversos centros de formação com propostas sérias de qualificação profissional em nosso país. Tenho convicção que em um futuro próximo teremos uma mão de obra mais comprometida com o desenvolvimento de boas práticas de instalação, melhor preparadas para lidar com os mais exigentes clientes e que tenham consciência de que a participação em cursos de certificação e qualificação é o único caminho para atingirmos a excelência na implantação de sistemas de segurança eletrônica. SE

Nilton Souza Consultor na área de tecnologia, gestão de pessoas, rastreamento veicular e segurança eletrônica com 16 anos de experiência. Palestrante em eventos regionais. Atua também como Gestor no Grupo Zanardo e Instrutor na Treinavil – Centro de Formação de Vigilantes.

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Artigos

Principais oportunidades nas vendas nas empresas de segurança eletrônica

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tuando no mercado de segurança há mais de 10 anos, especificamente na gestão das empresas, identifico que muitas empresas estão focadas em vender da forma que for para possuir mais contas monitoradas em sua carteira. O que acontece em mais de 80% das empresas é a dispersão do foco: o gerente pressiona os vendedores para possuir, até o fim do mês, X número de contas monitoradas. Com isso, visando apenas o resultado final, acaba inserindo contas ruins na carteira, perdendo os clientes já conquistados, alavancando custos e consequentemente reduzindo a lucratividade da empresa. Por isso, quero compartilhar com vocês três situações que podem estar acontecendo nas vendas de sua empresa e que podem ser melhoradas a partir de uma visão estratégica, viável, com foco nos resultados. CUSTO DE AQUISIÇÃO DE CLIENTES Este método ajudará sua empresa a identificar o quanto de investimento está sendo realizado para conquistar clientes em um determinado período. Ou seja, quanto sua empresa está investindo em salários, comissões e treinamento da equipe de vendas; comunicação (telefone/internet); deslocamento (veículos/combustível); eventos e propaganda - esses são apenas alguns investimentos necessários para aquisição de novas contas. E é aí que a maioria dos gestores se impressionam de como é alto o custo de aquisição de um novo cliente. Outro ponto importante para aproveitar ao máximo suas vendas é ter em mãos o tempo médio de permanência do 48

cliente na carteira. Com esse dado é possível calcular o valor do tempo de vida do cliente (VTVC) que mostra qual é a lucratividade que o cliente irá gerar para sua empresa durante a vigência do contrato. Assim você pode trabalhar os custos para mantê-lo na carteira, bem como se relacionar com ele. UP-SELLING O up-selling é a prática de oferecer ao cliente da base um novo serviço que aumente o valor da mensalidade. Com certeza você já foi a uma rede de fast-food onde o atendente faz sempre aquela sugestão “batata grande por R$ 1,00 a mais?”. O que muda, praticamente, é a embalagem e mais umas 8 ou 10 batatas pelo valor. E isso é up-selling! A preocupação em aumentar cada vez mais a quantidade de clientes monitorado faz o gestor esquecer de um mercado interessante, já conquistado e que está ali, pronto para poder pagar mais. São os clientes que usam o seu serviço. Após identificar o custo de aquisição por cliente e o VTVC a “pulga atrás da orelha” se transformará em um grande elefante, pois já se sabe o custo e o quanto o cliente “viverá” em suas mãos. Agora, com a quantidade de clientes prontos para comprar mais, basta CRIAR serviços adicionais que eles possam comprar. Vamos à algumas situações: Você liga para o cliente para conferir os armes e desarmes fora do horário estipulado? E você cobra por isso? Se sim, parabéns, está no caminho certo, agora se ainda não tinha se atentado a essa possibilidade, trata-se de uma grande OPOR-


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Em 2014 a Digicon lançou o dGate, bloqueio com design de Alex Neumeister, que estabeleceu novos patamares de sofisticação no mercado. Em 2016 a Digicon lançou o dFlow, um novo paradigma em bloqueios para controle de acesso com portas normalmente abertas, sensores 3D e sistema de identificação luminosa por grupos de usuários. Em 2017 estamos lançando uma nova linha de catracas motorizadas, a CatraxGo, e um novo relógio ponto, o dClock.

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Artigos

"A preocupação em aumentar cada vez mais a quantidade de clientes monitorado faz o gestor esquecer de um mercado interessante, já conquistado e que está ali, pronto para poder pagar mais. São os clientes que usam o seu serviço." TUNIDADE de aumentar o seu faturamento sem onerar o seu custo. Em uma carteira de 1.000 contas onde este serviço seja oferecido a R$ 10 mensais, são R$ 10.000 a mais no mês, R$ 120.000 ao ano. Legal né!? Vamos a mais um exemplo. Em sua carteira de clientes existe algum com centrais monitoradas via linha telefônica e GPRS? Sua empresa cobra mensal o GRPS? Se cobra, novamente parabéns, se não cobra olha aí a grande oportunidade de aumentar a lucratividade da carteira e acabar com o custo do GPRS que sua empresa tem para manter esse cliente com essa comunicação. Esses são dois modelos de serviço s que a maioria das empresas de segurança eletrônica já presta e não é monetizado. A partir deles, você pode criar o serviço que quiser oferecer ao mercado. ANÁLISE DE VIABILIDADE DO ORÇAMENTO Como é feita a análise dos custos do orçamento quando cliente pede um desconto além do definido por sua empresa? Você sabe quanto custa cada produto e serviço de instalação

dos equipamentos para conseguir negociar com o cliente? Esse é um dos grandes ralos das empresas, pois muitas vezes este custo é deixado de lado, visando apenas o valor mensal que o cliente irá agregar na carteira. Sem considerá-lo, o cliente já entra dando prejuízo e levará mais tempo para se tornar lucrativo. Analise essa situação: Um orçamento, no valor de R$ 2.000 entre produtos e serviços, gera para sua empresa 20% de lucratividade. O valor mensal que este cliente irá pagar será R$ 200,00 e o vendedor, focado na comissão que receberá sobre o valor mensal, não se preocupa em pedir mais e mais desconto ao gerente. Orçamento fechado em R$ 1.200 e sua empresa, com um custo por cliente médio/mensal de R$ 120,00, terá lucro com esse cliente apenas a partir do 6º mês de relacionamento. E se o cliente cancelar antes? E se o equipamento instalado foi locado e não vendido? Quanto tempo esse cliente deve ficar na minha carteira para se tornar lucrativo? Isso assunto é uma outra conversa! Um ótimo mês a todos e sucesso em suas vendas e na gestão de sua empresa! SE

Elisandro Panisson Diretor Comercial da Inside Sistemas Diretor Comercial e Sócio da Inside Sistemas. Atua no segmento de gestão de empresas desde 1999 e especializado na gestão do segmento da segurança eletrônica desde 2008.

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Artigos

A escassez de endereços IP: porque estamos migrando para o IPv6

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odos os dispositivos em uma rede TCP/IP possuem um endereço IP, que serve para identificar o dispositivo na rede, seja ele um computador, um tablet ou uma câmera IP. Para acessar a Internet é necessário que se tenha um endereço IP que pode ser fornecido pelo seu provedor de acesso, bem como outros dispositivos na rede, tais como os servidores que hospedam as páginas que acessamos. Não é necessário digitar o endereço IP para acessar uma página porque usamos o DNS, que na prática permite que você digite um endereço do tipo www.hardwaremagazine. com.br e seja direcionado para um determinado endereço, mas esse é assunto para outro tópico. Por que os endereços IPv4 estão acabando? Um endereço IPv4 é formado por 32 bits, ou seja, por uma sequencia de 32 “zeros” e “uns”. Essa sequência é dividida em quatro partes separadas por pontos, formando, portanto, quatro octetos. Como por exemplo, um dispositivo na rede pode ter um en52

dereço como 11000000.10101000.00000000.00001010, em decimal, esse mesmo endereço é escrito da seguinte forma: 192.168.0.10. Como estamos falando em 32 bits, o IPv4 permite 4.294.967.296 (2 elevado à 32) endereços diferentes. Mais de 4 bilhões de endereços parece ser um número mais do que o suficiente, pelo menos era o que se pensava quando a Internet ainda não havia se popularizado décadas atrás. Se cada pessoa no mundo necessitasse de um endereço IP, não haveria endereço IP para todo mundo. Obviamente um grande número de pessoas ainda não possui acesso à Internet, mas a quantidade de endereços disponíveis está ficando escassa, porque cada usuário possui mais de um dispositivo conectado à Internet como smartphones e tablets. Além disso, temos milhares de DVRs, câmeras IPs e outros dispositivos de segurança conectados na Internet sendo acessados remotamente e transmitindo imagens ao vivo. Mas a quantidade de usuários e dispositivos acessando a Internet não é a única razão pela qual os endereços IPs estão ficando escassos, há também uma parte de endereços



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"Muitas empresas já estão usando o IPv6, inclusive algumas de “peso” como Google, Facebook, Yahoo!, Terra e UOL."

que são reservados, como por exemplo os usados em rede interna, loopback e endereços de link-local (mais comumente conhecidos como APIPA). Outra razão é a quantidade de servidores e modens que ficam usando endereços públicos constantemente. Esses endereços não podem ser compartilhados, ficam sempre “presos” a esses dispositivos. Para resolver esse problema de escassez de endereços, algumas medidas foram tomadas, entre elas: • Uso do DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol): os endereços disponíveis não ficam fixos para um determinado dispositivo, são dinamicamente distribuídos. Imagine que um servidor ou um modem tenha sido desligado, o endereço IP que havia sido atribuído a ele é liberado para ser usado por outro dispositivo. Ou seja, o endereço não fica “preso”. • NAT (Network Address Translation): em uma rede, os dispositivos usam um mesmo endereço “público” para enviar e receber dados. Por exemplo, em um escritório comercial, os computadores na LAN, usam endereços “privados” e devem usar o endereço público no roteador (ou modem) para acesso à Internet. Como o IPv6 vai resolver o problema? Um endereço IPv6 é composto por 128 bits, o que permite teoricamente uma quantidade de 2128 endereços diferentes, o que equivale à aproximadamente 3.4×1038 ! Quantidade suficiente para que cada pessoa no planeta tenha vários dispositivos conectados na Internet ao mesmo tempo! Isso é importante principalmente quando pensamos em Internet das Coisas. Estima-se que até 2.020 haverão mais de

50 bilhões de dispositivos online¹. Migrando do IPv4 para o IPv6 A ideia é que o IPv4 vá deixando de ser usado paulatinamente e vá sendo substituído pelo IPv6, porém isso não está ocorrendo como se esperava: o IPv4 já está ficando escasso e o IPv6 ainda não foi totalmente implementado. Falando em migração, existem três formas de fazer a transição do IPv4 para o IPv6: • Pilha dupla (dual stack): nesse método, o dispositivo pode usar o IPv4 e o IPv6 ao mesmo tempo. Quando o IPv4 não for mais necessário, ele deixa de ser usado e o IPv6 se torna o padrão. • Túneis (Tunneling): quando não há suporte ao dual-stack não é possível acessar sites usando IPv6. Neste caso, é usada a infra-estrutura IPv4 para transportar pacotes IPv6. • Tradução: permite a conversação de equipamentos que usam IPv6 em IPv4, por meio da conversão dos pacotes. Conclusão Muitas empresas já estão usando o IPv6, inclusive algumas de “peso” como Google, Facebook, Yahoo!, Terra e UOL. Equipamentos de rede estão sendo fabricados já com suporte à IPv6 de forma padrão, certifique-se de que seus equipamentos de segurança eletrônica como NVRs e câmeras IP já estejam preparados para funcionar em uma rede utilizando o IPv6 para não ter problemas de acesso no futuro. O IPv4 ainda é a versão do IP mais utilizado, mas aos poucos tem sido substituído pelo IPv6 que vai permitir mais acessos à Internet. SE

¹ Internet Of Things By The Numbers: What New Surveys Found

Adriano Oliveira Técnico em eletrônica, tem graduação em tecnologia com especialização em redes de computador. Atua há 20 anos na área de tecnologia como instrutor, consultor e suporte e há 16 anos na área de segurança eletrônica. Trabalha atualmente na Hikvision e mantém o Canal Hardware Magazine.

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Artigos

Emissão instantânea alavanca negócios no Varejo

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entrega imediata de cartões de débito e crédito reduz custos e aumenta produtividade de pequenos lojistas e instituições financeiras, além de proporcionar uma nova experiência para usuários Definitivamente, o brasileiro tem adotado cada vez mais o pagamento eletrônico em detrimento do dinheiro e cheque. A expansão do uso de cartões no consumo é devido ao processo de substituição de meios de pagamentos. Uma amostra do volume de vendas que reflete esse crescimento é o número de transações com cartões, que no primeiro semestre de 2016 foi superior a 6 bilhões de reais. No caso do débito, o aumento é de 13% e o crédito corresponde a 5,5%. As duas modalidades representam mais de 50% das compras em todo o país. Todos esses números fazem parte de um estudo feito pela ABECS (Associação Brasileiro das Empresas de Cartão de Crédito e Serviços), apresentado em junho de 2016, e evidenciam um crescimento que coloca o Brasil entre os 10 maiores mercados do mundo em transações feitas com cartão. Mas existem gargalos a serem superados. A lentidão da entrega dos cartões é um dos maiores desafios na relação entre empresa e cliente. Essa é uma reclamação constante de novos correntistas de bancos ou clientes que ingressam em programas de fidelização no varejo.

E apesar do obstáculo, existe uma grande evolução em curso no mercado. Uma das soluções mais bem sucedidas é a emissão instantânea de cartões. Essa inovação foi implementada no varejo, com seus cartões private label, e trouxe muitos benefícios para o setor. A entrega imediata permite aos lojistas aumentarem as taxas de ativação, requisição e retenção dos seus clientes. Além disso, é vantajoso para os varejistas, que ganham em produtividade, redução de custo com correios e evitam fraudes geradas por extravio dos cartões. Neste caso os altos gastos com call center são dispensáveis, uma vez que os cartões já são automaticamente desbloqueados e suas senhas definidas de forma instantânea, proporcionando ao consumidor viver uma nova experiência em serviços oferecidos pelo fornecedor. E qual o melhor modelo de negócio para atender toda essa demanda? O ideal é descentralizar as operações e criar parcerias que envolvam empresas especialistas em várias áreas. Há empresas que possuem portfólios de serviços complementares à avaliação de crédito e processamento de dados. Há também parcerias entre companhias que estão oferecendo soluções completas para emissão de cartões personalizados, que são considerados um avanço no mercado. Todas essas alternativas formam uma cadeia de parcerias que propicia a empresa focar na sua principal atividade. Essas parcerias vão permitir que bancos e varejo possam emitir o cartão de crédito para o cliente de forma imediata e segura. Além disso, vai eliminar custos com correio e fraudes geradas por extravio. Essa alternativa vai impulsionar também as vendas no varejo porque possibilita ao cliente a compra imediata de produtos e serviços. Os cartões conhecidos como “picture card” alcançam o nível máximo de personalização pois permite ao cliente gerar um “espelho” com sua própria foto ou podem optar também por sua foto preferida e tê-la impressa no cartão. Trata-se de uma solução madura e consolidada no mercado, totalmente customizável de acordo com as necessidades do consumidor, muito superior a outras ofertas de mercado que não viabilizam nenhuma interação entre cliente e empresa. Para os varejistas, a maior vantagem de aderir à essa solução é a possibilidade de aumentar o mix de produtos oferecidos pelas lojas com a finalidade de ampliar a carteira de clientes e, por consequência, elevar o fluxo financeiro. Essa iniciativa já é uma realidade no mercado brasileiro e está seguindo uma tendência mundial. SE

Fernando Giroto Formado em Administração com Ênfase em TI pela FIAP (Faculdade de Informática e Administração Paulista) com MBA Executivo em Gestão de Negócios em Vendas pela PUC-SP. Com 13 anos de experiência em estratégias de vendas, grandes projetos de identificação e meios de pagamento, gerenciamento de contas internacionais, canais de distribuição e políticas de incentivos, Fernando entrou para o time HID Global em 2016 e desde então é Diretor da unidade de negócios Secure Issuance no Brasil e Cone Sul.

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Na Íntegra

Segurança eletrônica, necessidades e expectativas de seus clientes Modelo dos 5 Gaps

Fernando Só e Silva

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o ponto de vista dos contratantes de serviços de segurança eletrônica, entendemos que, para os seus objetivos empresariais, a grande importância dada à aplicação da tecnologia é para melhoria nos processos de entregas dos serviços de segurança, aliando-a a segurança humana. A busca tem sido pela racionalização dos recursos, aumento da produtividade, redução de custos, aumento da qualidade e da satisfação dos clientes. Ou melhor, talvez a pergunta certa a ser feita para estes casos, quando tratamos de tecnologia em serviços, esteja relacionada ao como podemos entregar mais serviços de qualidade (mais segurança), com menos mão de obra agregada e mais produtividade. Em resumo, na última linha do demonstrativo de resultados, a justificativa econômica será fundamental. Para o investimento nos serviços e aparatos tecnológicos contratados, deverá haver a contrapartida, na forma de maximização dos resultados, incluindo o melhor retorno econômico possível. Assim, cada vez mais, o sucesso na prestação dos serviços é determinado pelas habilidades da empresa em conhecer as necessidades e expectativas de seus clientes, por meio da identi-

Michel Pipolo de Mesquita

ficação dos processos críticos, coleta de dados importantes, expressando-os em números e transformando-os em informações para o gerenciamento efetivo de suas atividades operacionais e realização do seu negócio da forma mais eficiente. Em outras palavras, dimensionar, medir e acompanhar o desempenho da entrega de seus serviços, assimilando rapidamente esta compreensão holística do modelo da era da informação, que também tem sido definida como “a agilidade em tempo real”, sob a ameaça de serem excluídos do mercado. Qualquer negócio que queira sobreviver a todas essas mudanças, deverá mudar a sua realidade e criar uma estratégia viável, juntando as peças para formar um excelente plano. Empresas bem-sucedidas deverão ter uma estratégia irresistível, que incorpora a incrível avalanche de tecnologias de ponta disponíveis, viabilizando-as economicamente. A “infocomunicação” integrada aos recursos humanos e aos meios organizacionais (os processos) deve proporcionar aos serviços o mais alto valor agregado possível. A medição e acompanhamento online da entrega dos serviços (SLM – Service Level Management), através de métricas definidas e funda57


Na Íntegra

mentados em um SLA (Service Level Agreement), devem ser partes inerentes e irreversíveis neste processo. MODELO DOS 5 GAPS Para a ilustração e auxílio na estruturação de atividades que estejam em consonância com as demandas desta nova ordem, a tal da “agilidade em tempo real” na prestação de serviços, apresentamos um modelo teórico que traz explicações sobre a relação entre o cliente e prestador de serviços, o qual, consideramos ser a melhor ideia sistêmica sobre o assunto. Ele ajuda a balizar para o prestador de serviço como deve ser sua atuação ao longo da fruição do serviço, para que seu cliente tenha a percepção certa do que está sendo entregue, em contrapartida do que foi contratado. O foco é a qualidade e excelência na sua entrega. Dimi-

nuir as lacunas (Gaps) é o que consideramos ser um dos grandes desafios na gestão de qualquer serviço hoje em dia, incluindo a segurança eletrônica. Devendo este conceito aparecer no projeto técnico e no operacional, nas especificações de um SLA e no monitoramento da entrega dos serviços, através de um SLM, etc. O chamado “Modelo dos 5 Gaps (das 5 lacunas)”, concebido por Parasuraman et al., ilustra como podem ser identificadas as necessidades e expectativas do cliente e a partir dessas, prover um “pacote de serviços” que lhe permita perceber que está recebendo o que esperava. Mostra também, quais as principais dificuldades no processo de concepção e prestação deste serviço, destacando que tanto as expectativas quanto as percepções dos consumidores são, até certo ponto, influenciadas pelos próprios processos de “entrega” do serviço.

CINCO GAPS O modelo dos 5 gaps pode ser compreendido da seguinte forma: 1. O que o cliente espera receber e a compreensão que os gestores, vendedores e/ou técnicos têm a respeito do que o cliente deseja. A distância é entre o que foi comprado pelo cliente e o que foi vendido pelo prestador de serviços; 2. A partir da percepção do que foi vendido são projetadas as especificações do serviço. Ela pode não traduzir corretamente as expectativas do cliente em relação as especificações do serviço; 3. Surge entre o que está especificado/projetado para o serviço e o que efetivamente é realizado, isto é, o serviço pode ter sido bem especificado, mas não é entregue de acordo com as especificações; 4. Se manifesta a partir da entrega dos serviços e de uma eventual má percepção do cliente. A empresa deve “propagandear” e evidenciar o seu desempenho, de forma a gerar expectativas e satisfação naquilo que está sendo entregue. Da mesma forma, sua comunicação ao cliente deve contemplar todas suas ações, garantindo uma boa percepção do serviço que é entregue. Em resumo, a medição do desempenho (SLM) deve estar sempre em pauta e a disposição do cliente; 5. Ocorre entre o serviço esperado e o serviço percebido pelo cliente. Segundo os autores, esta lacuna é função das outras quatros, só ocorrendo se pelo menos uma das outras ocorrer. Esta estrutura é útil para o projeto e desenho operacional do serviço, localização de problemas de qualidade no nível de entrega do serviço e sua resolução. Se a percepção do consumidor é inferior à sua expectativa o problema pode estar em qualquer um dos outros “gaps” ou em todos eles (Satisfação = Percepção – Expectativa onde P>E).

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Na Íntegra

"Diminuir as lacunas (Gaps) é o que consideramos ser um dos grandes desafios na gestão de qualquer serviço hoje em dia, incluindo a segurança eletrônica."

TRATAMENTO DOS 5 GAPS Para o tratamento dos Gaps e sua possível neutralização e/ou minimização, deve-se proceder uma análise, estabelecendo parâmetros com mais precisão que descrevam a razão do surgimento de cada um dos 5 gaps. As expectativas do cliente devem ser detalhadas de tal forma que qualquer colaborador, mesmo que não esteja familiarizado com o processo, possa avaliar se as necessidades e as expectativas estão sendo atendidas ou não. Um bom contrato de nível de serviços (SLA), desenvolvido em conjunto, fornecedor e cliente, poderá tangibilizar estas expectativas. É possível propor também, para a solução dessas lacunas, um processo de 3 fases. A primeira fase é uma análise detalhada dos gaps (lacunas). A segunda fase é a do planejamento das ações necessárias para diminuí-los ou eliminá-los. Aqui são definidas as áreas-chave de resultados que devem estar adequadamente contempladas, de maneira a minimizar ou eliminar os gaps identificados na fase anterior. Finalmente a terceira fase, trata do processo de comunicação sobre a entrega do serviço, o “bater tambor”, devendo ter o direcionamento sobre a importância do cliente satisfeito, “impregnando” toda a organização e angariando compromissos dos funcionários e lideranças. “Cliente 100% satisfeito” passa a ser lema. Outra abordagem para avaliação das lacunas descritas no modelo dos 5 Gaps, define que a qualidade percebida de um serviço pode ter duas dimensões: a dimensão técnica e a funcional.

A dimensão técnica está relacionada com o resultado do processo produzido por um determinado serviço. Esta dimensão se refere ao “o que” o cliente recebe e a “o que” fica com o cliente quando o processo de produção termina. Exemplo: sensação de segurança, menos ocorrências, menos perdas, mais prevenção, mais controles, etc. Do ponto de vista econômico, está aqui a oportunidade de retorno dos investimentos nas atividades de segurança. A dimensão funcional está relacionada ao processo de produção do serviço, ou seja, “o como” o cliente recebe e vivencia o serviço. No caso do serviço de segurança eletrônica, um bom exemplo de dimensão técnica é o sistema de câmeras ter a capacidade para monitorar todos os pontos críticos, de acordo com a análise de riscos e com as especificações contratadas (SLA). A dimensão funcional é a ação dos operadores de CFTV, intervindo ou apoiando em ocorrências e/ou não conformidades, de acordo com o plano de segurança, manual de procedimentos e mostrando o preparo sempre que necessário. A dimensão funcional deixa claro a importância do mapeamento das atividades críticas, dos procedimentos padronizados, do treinamento e das interações que acontecem durante este processo, para a devida percepção da qualidade do serviço pelo cliente. CONCLUSÕES Para finalizar, trazemos os ensinamentos do Prof. Philip Kotler: “Empresas não sobrevivem simplesmente realizando um bom trabalho, elas devem fazer um excelente trabalho se quiserem ter sucesso em mercados extremamente competitivos. Estudos recentes demonstram que conhecer e satisfazer consumidores com ofertas competitivamente superiores é a chave para um desempenho lucrativo”. Você poderá ter o melhor contrato, num excelente cliente, com o nível de entrega dos serviços estabelecido (SLA), mas caso não haja o acompanhamento dinâmico do nível de entrega (SLM), com métricas bem definidas e bem projetadas para expressar os resultados, que além de retratarem o básico contratado para satisfação das necessidades do cliente, permitem comprovar seu processo inovativo e de melhoria contínua, o sucesso será mera coincidência ou mesmo sorte. O entendimento e aplicação do modelo do 5 Gap já é um bom começo para a realização de um excelente trabalho. SE

Fernando Só e Silva CEO da Empresa PerformanceLab® Sistemas e Diretor do Departamento de Segurança da FIESP (DESEG). Membro da Diretoria da ABSEG (Ass. Brasileira de Profissionais de Segurança), Engenheiro e Mestre em Engenharia de Processos. Autor do livro “Competitividade em Segurança Empresarial”, Ed. Atlas. Oficial R2 do Exército Brasileiro. Mais de 20 anos de experiência no setor. Michel Pipolo de Mesquita Advogado, especialista em gestão de segurança empresarial e diretor da GPS.

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Surpeenda-se com o incrível e viva o futuro 18.04 | D-40

Hikvision na ISC Brasil 2017 A Hikvision, empresa líder mundial em videomonitoramento e uma das 100 empresas mais inovadoras do mundo segundo a FORBES*, estará presente na ISC BRASIL 2017 para o lançamento exclusivo de soluções que irão conectar o presente ao futuro.

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