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Expediente A revista Ser Mais é uma publicação mensal. Ano 4 | Nº 51 Diretor Editorial: Mauricio Sita Diretora Executiva: Julyana Rosa Redator: Carlos Dias Diretora de Operações: Alessandra Ksenhuck Gerente de Projetos: Gleide Santos Projeto Gráfico: Danilo Bianchini Direção de Arte: Estúdio Mulata (www.estudiomulata.com.br) Relacionamento com o cliente: Claudia Pires Serviço ao Assinante: [11] 2659-0964 e [11] 2659-0968 assinaturas@revistasermais.com.br Cartas para a redação: Rua Antônio Augusto Covello, 472 São Paulo - CEP 01550-060 redacao@revistasermais.com.br Orientamos para que as cartas com a opinião e crítica do leitor estejam assinadas e contenham nome e endereço completos, telefone e e-mail. A Ser Mais reserva-se o direito de selecionar e editar aquelas que poderão ser publicadas. O pedido de edições anteriores poderá ser feito através de qualquer uma das informações de contato supracitadas (carta, fax, telefone ou e-mail); e será atendido desde que haja disponibilidade de estoque. Central do Anunciante: publicidade@revistasermais.com.br [11] 2691-6706 Representante Comercial – Região Sul: Beth Meger Rua Cândido de Abreu, 140 - 5º andar / Cj. 509 Curitiba – Paraná – CEP: 80.530-901 [41] 7812-2898 Ser Mais é a revista oficial da AAPSA (Associação Paulista de Recursos Humanos e Gestores de Pessoas). Distribuição Exclusiva: Fernando Chinaglia Comercial e Distribuidora S/A Cadastre-se no site www.revistasermais.com.br para receber nossa newsletter. Impressão e Acabamento: Vox O conteúdo de artigos produzidos pelos especialistas são de inteira responsabilidade dos próprios autores. É proibida a reprodução total ou parcial de informações sem autorização e os devidos créditos.
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Editorial Como você fala com as pessoas e consigo mesmo? Investir em capacitação é o caminho para o crescimento em 2014 Metodologias, modelos e processos em Ciências Sociais são de aplicação universalizada ou requerem redução sociológica? Neuroanatomia do desempenho: a descoberta do sucesso em você! Up 2 date Adaptabilidade: uma competência essencial de sobrevivência Cidadão 21 Moda, Beleza e Estilo 2.0 Desafiando crenças limitantes Ciclos para o sucesso MANUAL DO SUCESSO A sua carreira está no passado ou no futuro? Boa comunicação é caminho para o sucesso A resposta é: depende! O vendedor energético. Eu sou, e você? Liderança Transformacional Fun Learning Coloque mais motivação em seu trabalho Prospectando Mercado No alvo Vitrine de sucessos Trocar de profissão ao longo da carreira requer coragem e determinação Gaudencio responde +Expressão – Pronto para falar bem em 15 minutos
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Especialistas nesta edição André Percia
Heloísa Capelas
Allan Rodrigues
Jansen Irlei 4 editorasermais.com.br Wiesel
de Queiroz
Ana Gomes
Jean Oliveira
Cersi Machado
Leila Navarro
Cida Montijo
Orlando Rodrigues
Cintia Tunger
Daniela Mello
Paulo Gaudencio
Reinaldo Polito
Danilo Olegario
Rosana Braga
Douglas De Matteu
Rosangela Souza
Marcelo Ortega
Tiago Carvalho
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Por seu futuro melhor
Superar-se. O motivo é todo seu
Jogo Rápido Viviane Senna
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Fala-se muito em sustentabilidade, mas pouco se faz. Como mudar isto?
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CAPA O Dress Code nas organizações
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Quer aprender inglês?
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EDITORIAL Caro leitor, Estamos perto de um dos principais eventos que a humanidade costuma acompanhar e festejar a cada quatro anos. Ainda que o clima em nosso país não seja tão favorável a ele, gostaria de pedir a você que olhasse agora para as oportunidades que traz. Todos sabemos que, apesar dos pesares, dos superfaturamentos, de toda a problemática envolvida na preparação do mundial, a vinda de turistas para o País é bastante benéfica à economia. Por este motivo, nesta edição, preparamos alguns textos especiais para a época, para que o estimado tenha um pouco mais de informação para poder receber bem e fazer bons negócios com quem estará por aqui. De olhos no presente e no futuro, quero indicar já um artigo que tem tudo a ver com o momento, o “Investir em capacitação é o caminho para o crescimento em 2014”, de nosso colaborador e escritor Jean Oliveira. Nele, o articulista fala sobre o quão importante é saber lidar com o público e que, para isso, é preciso cuidar da capacitação dos colaboradores. Imagine se, por acaso, algum estrangeiro vem ao Brasil e não é tratado bem? Podemos não estar lá com fama boa no exterior, mas devemos prezar pelo bom atendimento no setor de serviços, em especial nas áreas ligadas ao turismo, pois trata-se de uma receita importante para nós. O texto de Oliveira propõe dicas para alcançarmos a excelência e fica como dica para todos os profissionais. Outro texto muito importante à época é o “Prospectando mercado”, da escritora Daniela Mello Ferreira e trata das estratégias que devem ser colocadas em prática para ter sempre clientes e, o mais importante, um excelente relacionamento com eles. No artigo, Daniela propõe uma reflexão a respeito dos caminhos para prospectar e também sobre o poder de 6 editorasermais.com.br
adaptação que um dono de negócio deve ter em relação ao seu mercado; seus clientes. Vale muito a leitura, em especial se você é dono do próprio empreendimento e ainda estuda algumas ações para atingir mais clientes durante este período. Por fim, para deixá-lo à vontade a percorrer as próximas páginas da sua revista, quero falar sobre o artigo “Quer falar inglês?” da especialista em Gestão Empresarial e professora da FGV, Rosangela Souza. Nem preciso falar que é importante, né? Mas o que desejo destacar são os toques para a correta escolha
de um profissional gabaritado, experiente e até da escola certa para cada tipo de necessidade, que a autora enfatiza. Leitura imperdível e de excelente conteúdo! Aproveite! Um forte abraço e até a próxima!
Julyana Rosa Diretora executiva Editora Ser Mais julyana@editorasermais.com.br
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ARTIGO Rosana Braga
Como você fala com as pessoas
e consigo mesmo?
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nome técnico para estes dois tipos de comunicação é inter e intrapessoal. E, na prática e no dia a dia, trata-se de uma dinâmica mais importante do que imaginamos. O modo como nos expressamos revela ao outro e a nós mesmos o que pensamos, sentimos, queremos e é determinante para o nosso sucesso e, especialmente, para a nossa sensação de bem-estar, alegria, satisfação e felicidade. Sobre o modo como você fala consigo mesmo, gosto de ilustrar com uma piada. Um rapaz falava sozinho quando seu amigo se aproxima. Estranhando a cena, o amigo questiona “ei, você está falando sozinho?”. O rapaz pede um minuto, como quem não quer ser interrompido, e continua a calorosa conversa. Ao terminar, o rapaz responde “adoro fazer isso por dois motivos!”. O amigo fica cada vez mais intrigado e arrisca pergun-
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tar quais são. Ao que o rapaz se enche de orgulho e explica “é que adoro falar com pessoas inteligentes!”. “E o outro motivo?”, pergunta o amigo sem nem pensar. “Ah, é que também adoro ouvir pessoas inteligentes!”. Pois é assim que deveria ser essa conversa interna que temos conosco o tempo todo – inteligente! Já reparou que tem uma voz que fala dentro de sua mente o tempo todo? Muita gente nunca reparou. Talvez, você mesmo, nunca tenha se dado conta de que você não é, necessariamente, essa voz. Enquanto fica inconsciente, a voz fala por si. Manda em você muitas vezes. Conduz seus pensamentos, influencia significativamente seus sentimentos e, se deixar, dita suas atitudes e escolhas! Há gente, inclusive, que tem insônias terríveis por causa da voz que resolve “gritar” em sua mente exatamente na hora em que ela se deita para descansar. Como tem sido a sua comunicação
intrapessoal? Para fazer essa avaliação, você precisa refletir sobre o que tem alimentado a sua mente. O que você tem assistido? Programas que falam de mentiras, intrigas e desrespeito? E o que tem ouvido? Músicas e sons que falam de traição, abandono e solidão? Esses têm sido os nutrientes que têm fortalecido a sua voz interna? É sobre isso que ela conversa com você? É assim, inconsciente, sem autonomia, como se você fosse escravo desta voz que tem sido o seu relacionamento consigo mesmo? Quer mudar isso? Quer melhorar consideravelmente a qualidade do seu conteúdo interno? Quer investir em qualidade e sabedoria para que sua conversa interna seja altruísta e positiva? Para que sua voz fale apenas quando realmente tiver algo importante e válido para dizer? Para que o silêncio seja a sua paz e que seu mundo interno seja de bem-estar e satisfação? Pois então, comece a selecionar me-
Rosana Braga Jornalista, consultora em relacionamentos. Conferencista, escritora, graduanda em psicologia. Escritora dos livros Felicidade 360° e Damas de Ouro pela Editora Ser Mais. www.rosanabraga.com.br rosana@rosanabraga.com.br
Quando temos o que dizer e temos domínio sobre o que pensamos e sentimos, qualquer ambiente se torna uma possibilidade de sucesso e alegria. E essa troca tem tudo a ver com o que você fala e ouve. Ou melhor, com o que escolhe ouvir. Escolhe considerar. Por que agora, depois do que sabe sobre comunicação intrapessoal, certamente vai escolher com muito mais cautela o que vai servir como alimento para sua voz interior. Mas, veja! O modo como você se expressa também é muito importante. Saber expressar o que você pensa, sente e faz é fundamental para que toda essa comunicação seja eficiente e esteja a serviço de fazer você chegar mais rapidamente onde deseja. Para realizar suas metas e sonhos, para se relacionar de modo harmonioso e equilibrado com quem você ama, no ambiente de trabalho e com seus amigos e familiares. Sendo assim, é extremamente importante que você se conheça e exercite a comunicação. Que a cada conversa que tiver com alguém ou consigo mesmo, você possa observar
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seu tom de voz, as palavras que usa, a intenção ao dizer e o objetivo que tem ao falar. Às vezes, sem se dar conta, algumas pessoas falam com o intuito de ter razão ou de mostrar que sabem mais que o outro, ou ainda de se fazerem de vítimas ou até com o intuito de seduzirem seu interlocutor, de convencê-lo a fazer o que elas querem. E você, com que intuito fala? Essa percepção pode revelar muito a respeito da qualidade de suas relações. Quanto mais espontâneo e verdadeiro você conseguir ser, melhores serão seus resultados. Quanto mais íntegro e coerente com o que realmente deseja forem suas expressões, seu tom de voz e suas palavras, mais rapidamente você se dará conta de que é muito possível ser bem mais feliz do que tem sido. E o que terá se transformado em sua vida serão a sua atenção e o seu nível de consciência sobre a qualidade da sua voz interna. É ela, em princípio, que aponta o caminho pelo qual você vai seguir – se de fracassos e frustrações ou de felicidade e realizações.
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lhor as sintonias que você faz ao longo do dia. Comece a escolher, conscientemente, os temas sobre os quais quer ouvir e ver, os livros, as músicas e os filmes que quer consumir. Comece você a conduzir a sua voz, a estabelecer sobre o que quer falar e quando quer calar. Mas, para isso, precisa estar atento e saber que você não é esta voz. Você está além dela. É muito maior e mais forte do que ela. Você é o dono dela e não o contrário! Quando se dá conta desta dinâmica, passa a notar que seus olhos ganham novas lentes. Que seus ouvidos selecionam com muito mais cuidado e respeito o que quer ouvir e o que não quer. Seus dias ganham um ritmo muito mais interessante. Sua comunicação consigo mesmo se torna bem mais inteligente, criativa e produtiva. Daí, para revolucionar a sua comunicação interpessoal, é apenas uma gostosa consequência. Pense comigo: é por meio da comunicação com as pessoas que podemos estabelecer relações mais saudáveis e mais coerentes com quem realmente somos, não é?
O modo como nos expressamos revela ao outro e a nós mesmos o que pensamos, sentimos, queremos e é determinante para o nosso sucesso.
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ARTIGO Jean Oliveira
Investir em capacitação é o caminho para o crescimento em 2014
E
ra sábado quando liguei para um conhecido hotel no litoral nordestino e busquei uma cotação de hospedagem. Logo quando perguntei sobre os valores, o atendente me disse: -”Olha, não sei se vai ficar interessante não, nesta época de férias eles aumentam muito o preço”, com uma leve risada continuei a perguntar qual seria o valor para faturar para pessoa jurídica, ao que ele respondeu: - “Ah, aí a coisa muda, o valor cai para R$ 110,00, mas não posso dizer se tem vaga, me ligue segunda-feira que a moça da reserva vai estar aqui e pode lhe informar melhor...”. Frustrado com a falta de profissionalismo e total informalidade do rapaz, tornei a ligar dois dias após para
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conferir a disponibilidade e o resultado foi outra decepção, pois o valor seria bem superior ao informado pelo atendente, sem falar que não havia apartamentos para a data. A medida do sucesso e prosperidade de uma empresa deixou de ser avaliada apenas pelo seu faturamento e passou a ser definida também pela QUALIDADE de todos seus processos, e em um mundo corporativo em que tudo encontra-se muito semelhante, são os “detalhes” que realmente farão com que sua empresa ou seu serviço seja lembrado pelo cliente intensamente disputado. Uma empresa hoje não pode dar-se ao luxo de, simplesmente, substituir seu determinado produto por uma quantia de dinheiro. Tudo deve ser entregue acompanhado de um serviço extremamente encantador e de
muita criatividade, que nada mais é do que a sensibilidade que o empresário, vendedor ou atendente deve ter para identificar as lacunas não preenchidas ou as necessidades não atendidas pela concorrência. A capacitação contínua é a chave para o crescimento de qualquer empresa, e quando falo “empresa” afirmo que cada colaborador deve também se entender como uma, digo que as corporações devem treinar toda sua equipe para garantir seu sucesso, mas que cada um não deve esperar que o investimento por capacitação parta dela e busque desenvolver seus talentos e maximizar seu potencial. Venho treinando várias empresas dos mais diversos segmentos sempre com cursos ou palestras voltadas a cada necessidade, a cada realidade, pois devido às dimensões
de nosso país, vender no norte e nordeste é muito diferente de vender no centro-sul do Brasil, devido aos regionalismos, às prioridades e outros fatores. Os valores investidos em capacitação não devem ser chamados de custos, pois o retorno seja pessoal, emocional ou financeiro sempre é garantido e sempre é mais fácil justificar um preço alto apresentando todos os benefícios que o cliente irá receber do que se desculpar por um erro ou falha de qualidade, pois desta forma, o cliente não retorna à sua empresa e ainda comenta negativamente. As empresas e profissionais de alta performance notaram que para garantir resultados satisfatórios, precisam mais do que números e faturamento. Precisam expandir o conhecimento e agregar novas competências para aumentar sua carteira de clientes satisfeitos e isso só é adquirido com o real interesse em ajudá-los aliado às técnicas e habilidades aprendidas e/ou de-
senvolvidas durante as capacitações, esses resultados são claros e imediatos para ambos os lados pois é um excelente meio de reter talentos e aumentar a produtividade, além de ampliar o desenvolvimento profissional do colaborador. Atualmente, as empresas buscam profissionais com visão e atitude de especialistas que sejam generalistas, ou seja, devemos ser muito bons em algo e mesmo assim não fazer “feio” nas áreas vizinhas. As organizações procuram executivos com percepção globalizada de mercado aptos a definir estratégias, doando-se para sair à frente da concorrência mundial, fazendo mais do que aquilo para o qual são pagos, afinal quem trabalha apenas para garantir seu salário, recebe muito mais do que vale. A ausência de profissionais competentes trava o crescimento de diversos setores no Brasil como, por exemplo, o de cosméticos que cresce vertiginosamente e nos aponta como um
dos países mais vaidosos do mundo. Este, ainda assim, sofre com a falta de mão de obra qualificada. Outros setores ainda prejudicados são o do corretor de imóveis e o de representação comercial que dividem mercado com pessoas sem nenhuma preocupação real com o correto desempenho de suas atividades. Neste primeiro semestre de 2014 acontecerá uma onda de treinamentos de última hora na intenção de fazer bonito para a copa do mundo de futebol. Lanço aqui então um desafio: todas as empresas e profissionais precisam tornar estes eventos de capacitação permanentes, pois se sua empresa não é a maior, ela precisa ter as melhores pessoas e capacitá-las, ou seja, incorporar técnicas e habilidades adequadas ao melhor desempenho de cada função. Nosso país tem um potencial de negócios enorme e seria uma pena ser desperdiçado por pessoas mal preparadas.
Jean Oliveira Vendedor, palestrante de vendas, negociação e atendimento ao cliente com MBA em Estratégias de Negócios. Escritor dos livros Ser+ em Vendas II e Ser+ com Excelência no Atendimento ao Cliente pela Editora Ser Mais. contato@jeanoliveira.net
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ARTIGO Jansen de QueirOZ
Metodologias, modelos e processos em Ciências Sociais são de aplicação universalizada ou requerem
redução sociológica?
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or que escolheu cursar faculdade de Administração? Por que avalia ser mais fácil de concluir o curso? Por que acredita que não precisa estudar e ler de forma contínua? Se responder sim a uma das perguntas, você não se informou bem, ou não analisou em profundidade as atividades do administrador. A Administração é uma das atividades humanas mais complexas, por que requer, para o exercício pleno da profissão, o uso intensivo da razão e da emoção, de estudo continuado, experiência fundamentada em teoria testada e insights para facilitar e trabalhar com a ambiguidade, com a velocidade das mudanças, com a qualidade exigida pelo mercado, com pressões, inclusive com tensões, com tomadas de
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decisão sem ter cem por cento dos dados e informações necessárias para minimizar os riscos. Acha exagero? Perceba que não indiquei o dilema financeiro básico que é decidir investir em ações de curto e/ ou de longo prazo. O gestor precisa ter capacidade de discernimento, de julgamento para não embarcar em modismos sem consistência teórica e coragem para romper hábitos e procedimentos que nada ou quase nada contribuem para o lucro, à perenidade da organização, ao desenvolvimento do negócio, das pessoas, dos produtos e da estrutura organizacional. Assim como cada pessoa é um indivíduo, as organizações são únicas. Daí a recomendação do professor Alberto Guerreiro Ramos que se faça a devida redução sociológica, quando importamos modelos, metodolo-
gia e processos. O mestre Peter Drucker reforça: “De modo geral, não há como importar ideias sem modificá-las. A cultura e outros aspectos da liderança e da gestão são diferentes em cada lugar.” In A liderança segundo Peter Drucker de Wlliam A. Cohen, Ph.D – Editora Campus. A origem do coaching e do mentoring pode ser encontrada na Bíblia e na maiêutica socrática. Existem várias correntes que a atribuem modernamente ao treinador esportivo. Fato é que se deu em outra cultura que não a brasileira. Mesmo que tivesse origem na nossa, ao serem aplicados em culturas organizacionais diferentes, teriam que passar pelo filtro da redução sociológica. Existem inúmeros cursos de formação em coaching no Brasil. Com o falso raciocínio que a certificação é bastante e suficiente para garantir
Jansen de Queiroz Administrador e pós-graduado em RH e Finanças pela FGV. Experiência de dez anos em Coaching Executivo com empresários, executivos e jovens profissionais. Escritor do livro Manual Completo de Coaching pela Editora Ser Mais. jansen@gestaopolifocal. com.br
ência necessárias para entender os dilemas, as dúvidas, as incertezas do cliente e suas necessidades presentes de desenvolvimento pessoal, comportamental e gerencial. Fiz esta introdução para tentar explicitar o elevado grau de exigência e pré-requisitos que são exigidos de todos que pretendem trabalhar com o coaching executivo. Veja alguns fatores culturais que interferem na dinâmica do coaching executivo: 1 – Fatores culturais nacionais: nada mais prático do que uma boa teoria testada na dura realidade do dia a dia. No Brasil, diz-se sem corar de vergonha, que a teoria na prática é outra coisa. Consequências: na primeira situação os alunos vão à instituição de ensino para aprender, na segunda, vão à faculdade, com o autoengano, de que precisam apenas do diploma, por que o que vale mesmo é a experiência. Esquecem ou não sabem que os conhecimentos vendem os profissionais. Se não possuem, apelam para a embromação, sobrecarregam-se de insegurança, rebaixam a qualidade de vida própria e dos que com eles trabalham. É consultar as estatísticas de quantos livros
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são lidos fora e quantos por pessoas são lidos aqui, por ano. Saúde e tempo não devem ser objetivos, por que são condições essenciais para que realizemos qualquer atividade. Na origem do coaching, acredita-se que tempo é dinheiro, aqui que tempo é um recurso abundante e elástico. Na realidade, tempo é o recurso mais escasso, é tão relevante que podemos afirmar que tempo é vida! 2 - Fatores culturais organizacionais: o pressuposto básico dos gestores é a teoria X ou a teoria Y de Douglas Mcgregor? Se o pressuposto foi a teoria X, não ocorrerá delegação e pouco desenvolvimento, se for teoria Y haverá grande possibilidade de delegação e de desenvolvimento pessoal e profissional. Estes dois tipos de estilo gerencial já são suficientes para demonstrar a necessidade de que eu tenha cautela ao tentar trazer uma metodologia, um método ou um processo de uma empresa para outra. Por isso que os modismos duram pouco, por que não dá para simplesmente copiar. Até para copiar precisa-se de competência conceitual.
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uma prestação de serviço de coaching eficaz, a maioria dos cursos de formação não exigem pré-requisitos dos candidatos e oferecem o mesmo programa, com a mesma carga horária para pessoas de diversas formações acadêmicas que vão desde exatas às esportivas, passando pelas que cursaram especialidades classificadas na categoria de Ciências Sociais. Há ainda candidatos sem formação acadêmica e muito jovens, isto é, sem experiência significativa de vida e de profissão. As ferramentas oferecidas por esses cursos de formação são de fácil compreensão: perguntas “poderosas”, feedback, esta não é tão simples. Há pessoas que mais acham do que sabem ou que realmente dominam as técnicas em dar e em receber feedback; apoiar o cliente a elaborar sua missão e sua visão de vida; estabelecer objetivos; apresentar-lhe para preenchimento a roda da vida. Tenho encontrado tanto “coach” com este tipo de formação, com foco exclusivo em ferramentas, como clientes deles insatisfeitos com os resultados. A insatisfação é maior quando tentam realizar coaching executivo, que tenham a formação e a experi-
O gestor precisa ter capacidade de discernimento, de julgamento para não embarcar em modismos sem consistência teórica e coragem para romper hábitos e procedimentos.
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ARTIGO Tiago Oliveira
NEUROANATOMIA DO DESEMPENHO: A DESCOBERTA DO SUCESSO EM VOCÊ!
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uantas vezes você retornou para casa após um dia intenso de trabalho, imaginando o que poderia fazer para melhorar seu desempenho e construindo inúmeras justificativas para tudo aquilo que não foi feito? Lembre-se também de como se sentiu ao adiar um trabalho ou evitar “aquele” esforço adicional para atingir suas metas. É, não espante caso você se reconheça em poucas linhas e, acredite, que essa condição também é parte do que chamamos de Ser Humano. Você detém o controle do equipamento mais moderno e eficaz que até hoje o homem não conseguiu reproduzir: O CÉREBRO! Fazê-lo trabalhar a favor ou contra o seu desempenho é uma decisão que
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somente você poderá tomar. O Sistema Nervoso Central (SNC) é um conjunto de unidades funcionais que trabalham ininterruptamente para registrar tudo aquilo que vivemos. São um bilhão de neurônios e cinco divisões (lobo frontal, parietal, temporal, occipital e sistema límbico) operando simultaneamente para registrar todos os estímulos. Não é meu objetivo aqui detalhar a anatomia do cérebro, entretanto, é importante que saiba quais são as áreas ativadas e suas funções cada vez que você pensa ou sente algo: lobo frontal - executa e planeja movimento, linguagem, comportamento e personalidade; lobo parietal - produz imagem corporal, sensibilidade do corpo e interpretação dos estímulos; lobo temporal - audição e interpretação da linguagem falada; lobo occipital - visão, receptor de estímulos visuais e reconhecimento de
imagens; sistema límbico - comportamento emocional e memória. O sistema límbico atribui para a situação vivida, em si, uma carga emocional que tem a mesma função do fixador daquele perfume que você tanto gosta. É graças a ele que sentimos uma emoção para cada situação enfrentada, principalmente nas atividades profissionais em que somos expostos aos mais diversos modelos de avaliação, olhares e julgamentos em nome do resultado do negócio. Você já imaginou mudar seu comportamento, a estratégia do trabalho, a postura em reuniões e foi invadido por um receio maior do que a própria vontade de mudar? Inevitavelmente a resposta é SIM! Isso ocorre a partir do funcionamento do sistema límbico, que faz você recordar uma sensação semelhante do passado – possivelmente vivida na infância – impedindo
uma ação mais corajosa frente à mudança de atitude e, em nome do conforto emocional, faz com que se permaneça fixado no comportamento já adquirido. Quem disse que ter sucesso não exige coragem? Então, arregace as mangas e mãos à obra para descobrir o sucesso em você! Seu primeiro passo é fazer uma autoavaliação sobre as percepções que tem em seu ambiente de trabalho. Observe se aquilo que julga impossível de realizar/ produzir é realmente pertinente ao cenário em que está inserido ou apenas mais uma de tantas referências emocionais que você ainda não elaborou. Esteja disponível para se sentir desconfortável em alguns momentos e, acima de tudo, disposto a analisar suas percepções de formas diferentes de como você habitualmente faz. Para fundamentar seu novo comportamento, tenha absoluta clareza de onde deseja
chegar e o que precisa ser feito para atingir o resultado que tanto almeja. Os primeiros ensaios para a mudança emocional são sempre desafiadores e para ajudá-lo nesta empreitada – se necessário - convide sua liderança para tomar um café, fale do seu desejo de promover a mudança e escute a opinião sobre seus aspectos comportamentais a serem trabalhados e seus pontos fortes. Esse processo trará motivações para seguir até o fim, portanto, construa um vínculo emocional e firme um compromisso com seu líder. Apoiar a descoberta do seu sucesso também é um indicador de sucesso do seu gestor. Liste todos os aspectos comportamentais que você trabalhará e lembre-se de promover uma autorreflexão, assegurando que aquela emoção “paralisante” ganhe um novo sentido em sua atuação profissional. Periodicamente, recorde todas as situações vividas, principal-
mente aquelas que evidenciam uma nova postura emocional, mapeando seu modelo de sucesso. Por vezes, você poderá assumir comportamentos limitantes, para evitar o enfrentamento do novo, que o levará a esquecer que novas atitudes são sempre produtivas. Ao invés de classificar um comportamento em certo ou errado, classifique como resultado dentro ou fora do esperado. Dessa forma, você ficará mais disponível para “recalcular a rota” toda vez que perceber que produziu um resultado fora do esperado e poderá tentar novamente, sem culpa. A capacidade de reprogramar sua condição emocional frente às demandas de trabalho é tão forte quanto a condição de criar emoções paralisantes. Construir o sucesso e encontrar soluções inovadoras para seus desafios diários só dependerá da sua disponibilidade para mudar e vencer!
Tiago Oliveira Doutorando em Ciências Biomédicas, coach, psicanalista, palestrante e diretor de O Novo Tempo – Psicoterapia & Coaching. Escritor do livro Coaching para Alta Performance e Excelência na Vida Pessoal pela Editora Ser Mais. www.onovotempo.com.br tiago@onovotempo.com.br
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^ SE ATUALIZAR UP 2 DATE NOVIDADES PARA VOCE
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1 - Anel controle remoto
Por meio de gestos pré-programados, você é capaz de controlar até três gadgets cadastrados, desde smartphones, tablets e até TVs que tenham conexão bluetooth. Tudo o que você precisa fazer para aumentar volume, trocar de canal, mudar a música ou ativar apps são gestos com o polegar. É possível também cadastrar novos gestos e associá-los com outros comandos por meio de um aplicativo que acompanha o anel. US$120.
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2 - Teclado com touchpad
A Logitech anunciou o seu mais novo teclado, é o KTK820. Acessório bastante compacto com uma superfície sensível ao toque acoplada a ele, o produto funciona sem fio e tem um design ultrafino que ocupa menos espaço na mesa e ainda oferece a praticidade de se conectar por meio de tecnologia wireless, facilitando a utilização do usuário em três aspectos: menos espessura, menos fios e também ausência de mouse. US$ 100.
3 - Action Cam
Este modelo da Sony, o HDR-AS15, grava vídeos em resolução Full HD, possui uma série de características interessantes para os usuários. A cam quer entrar em um mercado atualmente dominado pelas máquinas GoPro. O modelo vem equipado com poderosas lentes Carl Zeiss, é resistente não só à água, como também à lama e ao gelo. Sua portabilidade também é interessante, com o peso sendo de apenas 90 gramas. R$ 999,99
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4 - Celulares simples e baratos
A Nokia anunciou no início de 2014 o lançamento dos Nokia 207, 208 e 208 dual-chip. Ideal para os usuários que ainda não se acostumaram aos smartphones e desejam opções de aparelhos mais simples, mas com funções de entretenimento, tela de 2.4 polegadas QVGA, conexão 3G+, entre outros. A grande diferença entre os modelos 207 e 208 é que, este último, possui uma câmera de 1.3 megapixels. Ainda sem valor no Brasil, nos EUA, esses aparelhos saem por US$ 68.
5 - Impressora Samsung
A impressora a laser super veloz é produzida no Brasil e conta com velocidade de impressão de até 28 páginas por minuto. Ela pode ser controlada por meio do aplicativo Samsung Mobile Print, que permite a reprodução a partir de smartphones e tablets Android, iOS, digitalizar documentos diretamente para os aparelhos móveis nos formatos PDF, JPG e PNG, além de buscar e configurar a impressora que está na rede. R$ 599.
6 - VivoMouse
A Asus apresentou o primeiro híbrido de mouse com touchpad, segundo a companhia. O aparelho apresenta conexão sem fio, aceita multitouch e também pode ser usado como controle remoto, ativado pelo polegar na área circular. Além de leve, pode ser utilizado quando se está no ar, usando dois dedos para zoom ou rotação. Ainda não foram divulgadas informações sobre data de início de vendas e preço.
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ARTIGO Danilo Fernando Olegario
Adaptabilidade
É
Uma competência essencial de sobrevivência
da natureza humana adaptar-se aos diversos ambientes, afinal somos seres que evoluímos ao longo da história, e se não tivéssemos essa capacidade não estaríamos aqui hoje. Essa é uma condição biológica, o nosso mecanismo de defesa é ativado quando nos deparamos com uma condição adversa, por exemplo, o frio ou o calor, a fome, o medo, para nos adaptarmos a tudo isso exercemos uma condição natural de sobrevivência humana: buscar o prazer e evitar sofrimento. Buscamos o prazer nas coisas. Gostamos de fazer e evitamos sofrimen-
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to nas coisas que não gostamos de fazer, e assim por diante. Ao considerarmos que essa capacidade de adaptação vai além de uma condição biológica, é também uma característica comportamental, uma competência que desencadeia comportamentos (positivos ou não) diante das situações adversas que enfrentamos no dia a dia. Percebemos ainda que essa capacidade de adaptação libera ou bloqueia todas as outras qualidades comportamentais do ser humano. Se partirmos da analogia da adaptabilidade dos seres vivos, veremos que “Uma adaptação é qualquer característica ou comportamento natural evoluído que torna algum organismo capa-
citado a sobreviver e a se reproduzir em seu respectivo habitat”. Traduzindo esse conceito para nossa realidade, nós somos o “organismo” que necessita sobreviver e principalmente reproduzir (ter desempenho satisfatório) nos mais variados tipos de habitats (ambientes). Quanto maior for a velocidade da nossa capacidade de adaptação, mais rápido desbloquearemos outras competências e aumentaremos nossos resultados. Muitos dos entraves comportamentais que bloqueiam a nossa performance estão relacionados à nossa disposição de adaptação. Quando nos deparamos com uma mudança, seja em qualquer área da
vida, o bom desempenho será uma consequência dessa flexibilidade, parece óbvio e é, porém não é fácil. Muitas vezes é um processo de ressignificação mental, de mudança de comportamentos e hábitos. É comum vermos pessoas talentosas no âmbito profissional fracassarem com todas as suas qualidades por não conseguirem diante de uma nova situação exercer a competência de adaptação, logo todas as outras características ficam bloqueadas. Isso acontece nas pequenas e grandes empresas, no mundo da música, nas artes, nas famílias e em qualquer outro ambiente que tenha pessoas. Quando conseguimos explorar com intensidade essa capacidade de adaptar as diversas mudanças nos damos bem em todas as demais áreas, a experiência de um novo emprego, uma nova carreira, uma mudança de gestão no ambiente de trabalho, mudança de cidade, um novo chefe reluzem bem esse exemplo. Quanto mais rápido nos adaptamos
à situação, mas rápidos desencadeamos outras competências e assim vale para as demais áreas da vida. Afinal o que é uma relação conjugal e uma base familiar senão um longo processo de adaptações? Essa capacidade de adaptação se dá quando conseguimos diante da adversidade exercer o autocontrole emocional daquilo que está sobre a nossa responsabilidade, pois certos acontecimentos não dependem em nada das nossas escolhas ou decisões, mas podem ou não nos afetar conforme o nosso poder de resposta. Não podemos evitar uma decisão estratégica de movimentações e mudanças na empresa, nem mesmo que um chefe mal-humorado nos trate com deselegância, mas o modo como reagimos a essas (e outras) circunstâncias determinam ou não a nossa disposição de adaptação. Se observarmos o mundo corporativo, as empresas que conseguiram construir longevidade e se destacam no mercado até hoje, são aquelas que
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foram acompanhando as mudanças globais e se adaptando às características das diversas gerações de consumidores, a exemplo da Microsoft, Apple, Starbucks e tantas outras, ao contrário de muitas companhias que simplesmente deixaram de existir. Essa adaptabilidade não tem a ver com aceitação passiva de tudo que acontece, a ponto de abrir mão de propósitos e crenças do tipo o famoso sujeito que nunca diz não para as pessoas, aceita tudo para agradar ou para se promover, mesmo que isso contrarie suas opiniões. Ser adaptável nos dias de hoje é conseguir visualizar oportunidades diante de cenários improváveis, estabelecer a sobrevivência dentro de um ambiente e ainda assim gerar resultados. É perceber nas crises oportunidades para extrair aprendizados, criar soluções e, assim, permanecer competitivo nos mais variados ambientes. Talvez essa competência de adaptabilidade seja a primeira área em que o ser humano deveria investir.
Muitos dos entraves comportamentais que bloqueiam a nossa performance estão relacionados à nossa disposição de adaptação.
Danilo Fernando Olegario Coach Self e Professional e Analista Comportamental (Behavioral Analyst) com certificação internacional pelo IBC. Escritor do livro Team e Leader Coaching pela Editora Ser Mais. dfolegario@yahoo.com.br.
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ARTIGO Heloisa ´ Capelas
Por seu futuro melhor Não basta estipular um objetivo; é preciso compreender o tempo e a dedicação necessários à sua concretização. Diante dos obstáculos, o autoconhecimento afastará a sensação de frustração e o ajudará a responder: se um caminho não deu certo, quais outros podem ser percorridos em direção ao seu real desejo?
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enho observado que muitas pessoas cultivam o imediatismo em suas vidas e acabam frustradas diante dos desejos não realizados. Comecei a refletir profundamente sobre esse assunto justamente num momento em que concretizei uma antiga vontade e, por isso, gostaria de compartilhar essa reflexão. Afinal, somos imediatistas por natureza ou a velocidade imposta pela modernidade nos trouxe até aqui? Como e por que essa tendência pode atrapalhar nosso caminho? É inegável que a evolução da tecnologia e a consequente agilidade na troca de informações têm contribuído imensamente para acelerar nossos anseios. De 1950 para cá, esse novo padrão comportamental ganhou força em todas as partes do mundo. Munidos das
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vontades imediatas, começamos a acreditar que cada uma delas deve, pode e precisa ser concretizada agora, já, no exato momento em que brotam de nós. Esse pensamento é perigoso. Ao cultivá-lo, ignoramos o tempo, a persistência e o planejamento necessários para transformarmos um desejo em realidade. O tempo intelectual e presente, no qual manifestamos nossa vontade, não corresponde ao tempo psíquico – ou seja, ao momento em que estamos de fato prontos para receber aquilo que desejamos. Mais que isso, devemos ter em mente que nosso comportamento, no intervalo entre um e outro momento, determinará se e quando alcançaremos o sucesso. Costumo dizer que nosso tempo psíquico – ou tempo da alma ou, ainda, pertencimento ao universo – é tão perfeito que cada um de nós só
recebe e conquista aquilo que deseja quando realmente está pronto para tal feito. Mesmo porque, se nossas vontades se dessem de forma imediata, correríamos o risco de perdê-las, afinal, estaríamos ainda inaptos a reconhecê-las ou mesmo a usufruí-las. Em suma, as nossas vontades nem sempre se dão da forma como esperávamos ou no momento em que desejávamos. E há boas razões para que isso seja assim. Movimento da alma Gostaria de compartilhar uma história que acabei de vivenciar. Por mais de uma década, tenho nutrido um grande desejo: tornar-me fluente na língua inglesa. Assim como qualquer pessoa que cultive a mesma vontade, fui atrás desse objetivo. Matriculei-me em escolas de inglês, mas, por diversos motivos e vezes, interrompi o curso. Procurei professores parti-
culares e, também, não consegui dar continuidade ao aprendizado. Estudei sozinha e, então, percebi que somente uma imersão no idioma permitiria que esse antigo sonho se transformasse em realidade. Foi assim que vim parar na Inglaterra, de onde escrevo agora, cerca de 12 anos depois de identificar e manifestar o meu desejo inicial. Ao longo de todos esses anos, não apenas o nutri, como, principalmente, planejei-me para que pudesse realizá-lo. No início de 2013, percebi que estava na hora de dar um passo importante nesse sentido e adquiri as passagens. Tempos depois, fiz a matrícula no curso e encontrei a hospedagem ideal. Às vésperas do embarque, cheguei a pensar se poderia, mesmo, partir para essa missão – o que significava, também, ter a confiança e a segurança de que minha ausência no Brasil não traria resultados negativos à minha empresa ou família. E conclui que, enfim, estava pronta para alcançar meu sonho. Esse processo, como disse, foi lento – ou melhor, não foi imediato. Em algum momento no passado eu desejei estar aqui. Depois, quis, planejei e, enfim, pude buscar meu sonho e concretizá-lo de forma saudável. A reflexão a que me propus quando compreendi essa trajetória foi a de que, assim como eu, todas as
pessoas têm planos, sonhos, desejos e vontades. Mas, quantas realmente compreendem a necessidade de trabalhar para realizá-los? E quantas observam o movimento da alma, ou seja, os comportamentos, pensamentos e ações necessários à concretização de cada vontade? Teimosia ou persistência? A sensação de frustração decorrente dos sonhos não realizados surge da não aceitação do esforço e tempo a serem conjugados naquela direção. E, ainda, da incapacidade de avaliar quais comportamentos devem ser modificados até que se esteja, de fato, pronto a alcançar tal realização. Com frequência, a busca pela concretização de uma meta esbarra em obstáculos e, diante deles, cabe a cada um de nós avaliar o que deu certo e ou errado. Essa trajetória, por vezes, nos proporciona aprendizados únicos, ainda que não nos leve diretamente ao objetivo esperado. Sendo assim, a verdadeira questão é: o que você aprendeu com isso? Se esse caminho não deu certo, qual outro pode percorrer em direção ao seu real desejo? Observe que essa é a diferença entre a teimosia e a persistência. A primeira fará com que repita as mesmas ações incessantemente em busca do
seu objetivo; a segunda o levará a encontrar meios e possibilidades diferentes para alcançá-lo. Lembre-se que, consciente ou inconscientemente, cada pessoa planeja a própria trajetória. O que você vive hoje é fruto das decisões que tomou no passado. Da mesma forma, as escolhas que fizer no momento presente determinarão como será seu futuro. Onde, como e com quem você deseja estar em alguns anos? O autoconhecimento pode ajudá-lo a se livrar da sensação de frustração que o impede de seguir em frente e permitirá que encontre essas respostas. A partir dele, poderá identificar com clareza quais ações e pensamentos o ajudarão a caminhar com plenitude em direção às suas verdadeiras vontades. Se quiser começar essa jornada, aproveito para lhe fazer um convite. Preparei um curso de autoconhecimento online e gratuito dividido em quatro vídeo-aulas. Participe e me conte o que achou! Basta acessar o site www.cursodeautoconhecimento.com.br. Espero você por lá!
Heloísa Capelas Diretora do Centro Hoffman. Conferencista, aplica a metodologia Hoffman, considerada por Harvard um dos trabalhos mais eficazes de mudança de paradigma para líderes. Escritora dos livros Ser+ Inovador em RH, Ser+ em Gestão de Pessoas e Master Coaches pela Editora Ser Mais. www.heloisacapelas.com.br
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ARTIGO Cintia Tunger
Fala-se muito em SUStentabilidade, mas pouco se faz. Como mudar isto?
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ocê sabe quanto a conta de luz da sua residência representa no custo fixo das suas despesas mensais? E a conta de água ou gás? Acredito que um valor razoável e aposto que frequentemente você, assim como eu, pensemos em como diminuí-la. Correto? E certamente este pensamento se estende a todas às demais despesas; no supermercado com preços em promoção, se utiliza o transporte público ou o carro próprio, aquela negociação com os serviços de telefonia, hum... aquele sapato! E sempre que possível rearranja seu orçamento, correto? Pois bem, no âmbito pessoal, tudo isso representa pensar em sustentabilidade. Você já deve ter lido ou ouvido falar sobre o conceito do tripé da sustentabilidade: social, econômico e ambiental. No âmbito empresarial significa produzir com menos recursos (matéria-prima, água, energia) produtos mais baratos, respeitando o meio ambiente. Sustentabilidade para as empresas significa sobrevivência! Se a inovação é o que traz vantagem competi-
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tiva, como continuarei no mercado, mantendo e prospectando novos clientes se não repensar meus custos? As analogias se equiparam. A dinâmica de nossa vida pessoal, guardadas as devidas proporções, é igual a de uma empresa. Tanto nós (pessoa física) quanto as empresas (pessoa jurídica) estamos pensando em como economizar ou deixarmos de gastar com despesas supérfluas e, consequentemente, não nos endividaremos com os juros exorbitantes das instituições financeiras. Estudos apontam que perdemos cerca de 10% da safra anual de grãos do país durante o transporte da carga, 40% da água tratada por infiltrações ou vazamentos e cerca de R$ 930,00 com gastos adicionais de combustível perdido no trânsito. Pergunto a você: quem vai pagar todas essas contas? Pensar em sustentabilidade antes de mais nada é criar a cultura do pensamento, é sinônimo de consciência. Pensar nela não pode ser nada tão distante de mim, construir a crença que posso ser um agente de transformação e que a mudança é gradativa. Sustentabilidade é mudança de hábito, de atitude, sejam nas ações do
nosso dia a dia, quanto para as empresas, em suas avaliações dos processos internos, nos atendimentos à legislação, nas formas de se fazer negócio, no clima organizacional e nas relações justas de trabalho com seus empregados e fornecedores. E, jamais, perder como base que os valores genuínos da sustentabilidade de qualquer relação, sejam entre pessoas, empresas e o meio ambiente, são a ética e responsabilidade. A mãe natureza está nos debitando séculos de degradação desenfreada, causados pela espécie humana, e nos devolvendo a má qualidade de vida em que nos encontramos hoje. Pensemos... a preocupação é urgente, a necessidade é mandatária.
Cintia Tunger Profissional da área de sustentabilidade e responsabilidade social corporativa. Trabalha com auditoria de código de conduta e resp. social de programas nacionais e internacionais. Diretora do Grupo de Responsabilidade Social e Sustentabilidade da AAPSA.
´ Por um planeta sustentAvel
Bicicleta que purifica o ar
Se a “magrela” já é considerada, por muitos, o meio de transporte mais ecológico disponível, um projeto desenvolvido na Tailândia pode fortalecer ainda mais essa ideia: a bicicleta purificadora de ar. Um filtro instalado no guidão transformará ar poluído em limpo. Ela funciona a partir de um sistema semelhante à fotossíntese. Por meio da reação entre água e energia elétrica vinda de uma bateria de íons de lítio, o veículo será capaz de gerar oxigênio.
FRUKI Semeadora de sustentabilidade
A Fruki, empresa de bebidas do Sul do Brasil, faz incentivo a ações sustentáveis, o que é uma realidade dentro da empresa há muitos anos. A empresa implementou práticas e tecnologias de produção para minimizar a emissão de resíduos no meio ambiente e na atmosfera. Inclusive, há a disposição de seus clientes um download contendo uma cartilha de preservação ambiental.
Jeans reciclado A H&M anunciou uma nova coleção com etiqueta sustentável. É uma linha completa feita a partir de roupas usadas. A linha Denim, composta por calças jeans, coletes e jaquetas com diversas lavagens, será confeccionada com 20% de algodão reciclado, que é a quantidade máxima que pode ser usada sem comprometer a qualidade do tecido. As fibras recicladas são resultado do programa de doação de roupas criado em 2012, no qual o cliente trocava uma roupa usada por descontos nas lojas da rede.
Programa CATA AÇÃO
O projeto é um modelo de intervenção socioeconômica local, realizado a partir de ações de integração social e organização produtiva. Suas ações visam contribuir para a sustentabilidade econômica e a cidadania plena de catadores e suas famílias, por meio de uma integração na cadeia produtiva, do desenvolvimento de opções de geração de trabalho e renda, e pelo fortalecimento dos laços comunitários. Para saber mais, acesse: www.cataacao.org.br
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ARTIGO Orlando Rodrigues
Superar-se
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O motivo é todo seu
lanejar, estabelecer objetivos, propor desafios, romper barreiras e alcançar resultados, são verbos sempre presentes no dia a dia das empresas que precisam ser competitivas para continuarem atuando no mercado; enfrentando a concorrência; inovando e encantando sempre mais os seus clientes. O líder, evidentemente, tem papel primordial, pois precisa realizar todas essas ações a partir do envolvimento de todas as pessoas que compõem a organização. Afinal, é sua missão realizar coisas por meio de pessoas, de modo eficiente e eficaz. Todavia, para que isso ocorra, faz-se necessário interpretar adequadamente os objetivos estabelecidos no topo da
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pirâmide organizacional, transformando-os em ação e resultados. Cabe ao líder estabelecer um clima de confiança no ambiente organizacional de modo a obter o comprometimento de todos; atuando como um grande estimulador das ações individuais de cada indivíduo, permitindo a cada um sentir-se parte integrante de cada etapa que compõe o planejamento da empresa. Entretanto, o líder, qualquer que seja ele, e independente de seu estilo de conduzir, inspirar e comandar as pessoas não é um super-herói dotado de poderes extraordinários. O líder é um indivíduo tal como outro qualquer que também necessita de inspiração; que também precisa estar encorajado e confiante para que juntos, líder e liderados produzam a sinergia
necessária ao alcance dos objetivos. Superestimar o papel do líder no contexto organizacional, suprimindo o fato de que todos os indivíduos são extremamente importantes, é aniquilar com a capacidade de cada um em buscar sua própria superação e seus próprios motivos necessários à satisfação de suas necessidades. Motivação é exatamente isso. É o estímulo necessário para a realização de uma ação a partir da decisão tomada pelo próprio indivíduo em relação aos seus anseios particulares. Isso significa que todo o indivíduo é capaz de tomar decisões e agir em função dos estímulos que recebe. Decidir levantar-se de manhã e dar o primeiro passo para a realização das ações diárias é o motivo que cada indivíduo dá para agir.
Uma vez tomada essa decisão há que se estabelecer as metas diárias necessárias ao cumprimento de seus objetivos pessoais, rompendo barreiras e superando desafios. Sendo assim, o motivo é de cada um. Não se deve esperar que uma pessoa motive a outra; que um chefe motive sua equipe. A motivação está no próprio indivíduo que é capaz a cada dia de tomar sua própria decisão de levantar-se da cama para construir o seu próprio dia. Interesse, desejo, necessidade e vontade todos nós temos e isso é o maior estímulo que recebemos para agir e mudar os dias de nossas vidas. Melhor ainda quando temos pessoas que nos auxiliam e nos inspiram; que nos dão a confiança necessária para superarmos as dificuldades. Pessoas que podem ser nossos chefes, gestores, líderes, qualquer que seja a nomenclatura que se dá àquele que nos inspira no ambiente organizacional; até mesmo nosso pai, nossa mãe, esposa(o), filhos, amigos(a); enfim, aquela pessoa especial que surge em nossas vidas para estabelecer conosco uma parceria incondicional para crescermos e nos desenvolvermos. Tal qual um coach.
As empresas desejam que as pessoas levem para dentro das organizações a energia que elas têm para suas próprias vidas. E isso independe do nível hierárquico que ocupam. O espaço de ação dos trabalhadores é ampliado, ganha importância em relação às qualificações intelectuais e sociais, por meio de uma maior necessidade de comunicação e cooperação. Estar comprometido com os objetivos empresariais é estar, também, com seus próprios anseios construindo uma energia comum ligando a pessoa à organização e que reflete positivamente para o sucesso de todos. Daí a noção de empoderamento capaz de dotar cada indivíduo de capacidade para agir, mudar e transformar. Esse poder precisa ser estimulado a partir da criação de um ambiente favorável à cocriação em que cada um assume o seu grau de responsabilidade em relação ao futuro. Crescer, desenvolver e melhorar sempre requer aprendizado e dedicação constante. Exige superação de obstáculos e desafios. É o combustível de nossas vidas. Por isso, cabe a cada pessoa superar-se. Afinal, o motivo é todo seu.
Orlando Rodrigues Benedito Milioni Formado em Administração de Empresas com especialização em Recursos Humanos e mestrado em Ciências da Educação, palestrante e proprietário da empresa OR Coach Orlando Rodrigues, coach, cursos, treinamentos. Escritor do livro Coaching - O Segredo pela Editora Ser Mais.
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MODA, BELEZA E ESTILO
Anéis a partir de moedas O designer Nicholas Heckaman procurava o anel perfeito e criativo para pedir a namorada em casamento. Foi quando ele olhou para uma moeda de prata e, então, veio a ideia de transformá-la em um anel. Depois de várias tentativas, ele, enfim, conseguiu criar um anel que mantém as características e informações da moeda escolhida.
Salto em 3D Ainda seguindo a linha do 3D, a empresa norte-americana Continuum Fashion desenvolveu modelos de sapatos feitos com impressoras tridimensionais. Eles são feitos com nylon impresso em 3D, possuem formas delicadas, mas são bem resistentes e, ao mesmo tempo, leves. Possuem uma sola de couro na parte interna e são revestidos com uma borracha sintética na parte inferior para proporcionar tração. US$ 900.
Para que serve o bolso pequeno da calça jeans? Muitas calças jeans são fabricadas com um pequeno bolso em cima do bolso lateral (padrão). Mas, você já imaginou por que existe esse bolsinho? Ele foi desenvolvido, inicialmente, para os antigos relógios de bolso. Atualmente, as marcas ainda fabricam calças com esse pequeno bolso para as pessoas guardarem pequenos objetos como moedas, isqueiros e outros itens.
A bolsa estilo mensageiro para mulheres Prática, cabe tudo, tem estilo, com modelagem mais quadrada e em tons terrosos. Algumas vêm com “jeito” envelhecido ou até mesmo imitando pele de animais! A bolsa em destaque é uma PS1 Bag da Proenza Schouler que custa, em média, no Brasil R$ 7.650. Mais modelos e novidades, confira em www.farfetch.com.br
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NOVIDADES DO MUNDO DA WEB
Garage band
App Menthal
O app transforma seu iPad, iPhone ou iPod touch em uma coleção de touch instruments e em um estúdio completo de gravação, para você compor onde quiser. Faça movimentos Multi-Touch para tocar piano, órgão, guitarra e bateria. Os instrumentos têm o mesmo som que os reais e o melhor, é grátis!
Esse app para Android foi desenvolvido com o objetivo de monitorar o tempo que você passa no telefone ao longo do dia. Basta clicar em “Time on Phone” pra ter a informação precisa de quantos minutos ou horas do seu dia você passou com o smartphone em mãos. Já na aba “Me”, você fica sabendo o que tem exigido mais do seu tempo, quanto gastou em ligações recebidas ou feitas e até quantas vezes chegou a tirar o seu aparelho da tela de bloqueio.
My Fun City
Bump
O aplicativo foi criado para que, cada pessoa, possa avaliar como está a cidade em que vive. Funciona assim: o usuário cria um cadastro e um perfil, depois disso, o GPS é acionado e o app localiza automaticamente o local em que o usuário está. A partir daí, é possível avaliar o lugar, como educação, saúde, trânsito, lazer, segurança, entre outros. Também é possível adicionar comentários e ver a avaliação dos outros moradores.
Esse aplicativo transfere fotos, apps e contatos entre smartphones, ou entre eles, tablets e computadores. Recentemente, adicionou a funcionalidade de transferir qualquer tipo de arquivo entre esses aparelhos, o que o deixou ainda mais útil.
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´ PERCIA COACHING ANDRE
DESAFIANDO CRENÇAS LIMITANTES
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mundo moderno nos desafia ou mesmo nos cobra mudar. Muitas vezes nós somos aqueles que mantemos inconscientemente com crenças que nos limitam. O assunto é vasto e pode ser abordado por vários ângulos diferentes. No entanto, no presente artigo, gostaria de ir mais “direto ao ponto” do “desmonte” de tais crenças limitantes onde pessoas acreditam que se algo está ocorrendo, outra coisa, então, está destinada a ter um final específico, ou seja, ela faz em Programação Neurolinguística (PNL) aquilo o que chamamos de equivalência complexa: isso equivale àquilo. As perguntas e colocações abaixo são padrões linguísticos avançados pela “linha” de Robert Dilts na PNL, os quais vão desafiar crenças limitantes. Vamos dizer que você ainda mantenha alguma crença limitante do tipo “eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não con28 editorasermais.com.br
seguiram (Y – Suposto motivo para manter minha crença)”. Logo: é “X”, pois existe “Y”. O Motivo de eu acreditar em X se deve ao fato de Y ter acontecido, sido observado ou ter ocorrido com alguns. No nosso exemplo, vamos tomar apenas por base que eu quero algo, mas sei que muitos não conseguiram. Experimente pegar um problema ou desafio e estruturar dessa forma para nosso exercício. Processe, deixe a mente trabalhar e escreva em seu diário. Exemplo: “não vou conseguir emagrecer (X). Muitos, afinal, não conseguiram (Y)” ou “não vou conseguir me recuperar dessa condição física (doença, sequela etc. = X) muitos, afinal, não conseguiram (Y)” ou “não vou conseguir ser promovido na empresa(X). Muitos, afinal, não conseguiram (Y)”. Seja qual for o desafio que ainda enfrenta, repita-o todas as vezes antes que o padrão abaixo venha e o desafie: 1 – “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal não consegui-
ram”. Você acredita nisso por quê? a) Está colocando o foco apenas em um grupo de pessoas que respondeu às circunstâncias de certa forma. b) Pergunto-me se sabe ou investigou sobre quem já conseguiu. O que sabe sobre isso? O que poderia saber? Onde? Como? Com quem? c) Você acredita nisso por que não aprendeu ainda operar processos de construção de metas e resultados num nível que gera excelentes resultados. Quais os conhecimentos, ferramentas e tecnologia disponíveis no mercado para isso? O que sabe ou já pesquisou sobre isso? d) Você acredita nisso por que estava até então com foco no problema. Como pode focalizar mais em solução? Seria divertido e prazeroso experimentar? Como, especificamente? 2 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal não conseguiram”. a) Como você pode estabelecer que alguns não terem conseguido significa que você não vai conseguir?
b) Já esteve enganado antes? Quantas vezes tinha certeza de algo e se enganou sobre isso? Ache três exemplos. 3 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) Para suas referências até então, pouco conhecedoras dos recursos da mente inconsciente, poderia haver um equívoco sobre não acreditar nas mudanças em andamento. b) Onde pode buscar as referências sobre os que conseguiram? O que fizeram, como se explica seu sucesso? 4 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) Sabia que repetir esse tipo de coisa só reforça esse padrão de derrota? b) O que precisa ver, ouvir e sentir para se aproximar cada vez mais daquilo o que deseja? c) O que precisa fazer para se lembrar todos os dias quem precisa ser e quem precisa deixar de ser? 5 – “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) Você estranha que pessoas possam conseguir agora, mas com o passar do tempo saberá reconhecer a importância de tentar, em vão, deixar fluir recursos inconscientes para sua mudança imediata. b) O que poderia fazer AINDA HOJE para buscar e dar fluência a seus recursos inconscientes?
André Percia Psicólogo clínico e hipnoterapeuta com formação internacional em Coaching. Coordenador de livros da Editora Ser Mais. youtube.com/Andrepercia apercia@terra.com.br
6 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram” a) Você sabia que muitas coisas que levariam anos em terapias tradicionais são resolvidas bem mais rapidamente com recursos modernos como a PNL, coaching e a hipnoterapia? Como, por exemplo, recursos utilizados neste artigo? c) O que depende só de você para otimizar resultados sobre aquilo o que deseja conseguir? d) Como já começar, ainda hoje, a colocar em prática? 7 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) O que esta parte que produz a crença na possibilidade de “não conseguir” está fazendo lá no fundo por você? b) O que ela pode mostrar a você, dizer, fazer sentir, perceber e aprender? 8 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) A PNL, a hipnose e os estudos das dinâmicas corpo x mente x campo vêm desafiando noções pré-concebidas de limitações. O que sabe sobre isso? c) Como pode integrar aquilo o que existe em sua mente? d) Como quer que fique mais claro e específico? e) Como pode agregar emoções poderosas que vão alavancar o processo? f) Como interagir com o que vai além de você para agregar valor ao seu processo de construção de resultados? 9 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) Não é que as pessoas NÃO CONSEGUIRAM, elas ainda não haviam tentado o suficiente com as ferramentas e recursos mais eficazes. O que pode tentar com novas ferramentas e conhecimentos?
b) O sucesso não tem a ver com conseguir ou não conseguir, tem a ver com fazer e pôr em prática aquilo que realmente funciona! O que pode funcionar para você? 10 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) Conheço muitas pessoas que conseguiram o que parecia ser impossível. Você também conhece? b) Você realmente acha que todos que não conseguiram, tentaram tudo? O que você poderia achar interessante e/ou eficaz tentar? 11 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) O que na fala dessas pessoas que disseram não conseguir fez você acreditar que realmente nada foi alcançado? E se esse segmento específico não pudesse explicar todo o resto? 12 - “Eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram”. a) Você poderia dizer que todos os estudantes que não tiveram acesso ao que existe de mais moderno falharam em algo? b) Você pode afirmar que indivíduos que falham ou não conseguem realmente fazer algo podem definir o que é possível ou não sobre alguma coisa? Agora volte a considerar a equivalência que estava fazendo antes: “eu não vou conseguir (X = o que desejo). Muitos, afinal, não conseguiram” (razão para minha crença = Y). Ela ainda se sustenta da mesma forma? Você ainda insiste nessa crença limitante da mesma maneira? O que aprendeu com todas essas reflexões? Em seu diário, escreva todos os insights e aprendizagens, assim como ideias para passos que poderá dar, os quais poderiam fazer uma diferença para interferir de forma positiva e construir melhores resultados para lidar com essa questão.
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CAPA CARLOS DIAS
O Dress Code NAS Organizações
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O estilo ao vestir-se e o trabalho hoje
arba feita, cabelo cortado e penteado adequado. Sapatos alinhados e cinto nas mesmas cores. Ou sapatênis e calça jeans, saias longas e sandálias, barba por fazer ou cabelos com outros tons além dos “normais”. Será que, dependendo da empresa e seu ramo, a vestimenta ou aparência da pessoa realmente influencia o trabalho? Quando pensamos na maneira certa ao nos vestirmos para uma ocasião, independente de qual seja, devemos levar em consideração vários fatores, dentre eles, nossa marca pessoal e isto torna-se ainda mais relevante no ambiente de trabalho. Diante disso, a imagem se torna cada vez mais importante no mundo corporativo e as organizações começam a se preocupar com a apresentação dos seus profissionais, como reflexo e extensão da própria empresa. Mas de uns
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anos para cá, o que mudou com as novas tendências? Quais são as vantagens e desvantagens que a “liberdade de expressão” trouxe nesse novo conceito de vestir-se e apresentar-se? Por que as empresas estão investindo na imagem dos profissionais e até contratando serviços de personal stilyst? Hoje, temos dois vieses: o formal tradicional e o informal. Se por um lado, podemos perceber que, com o passar dos anos, as pessoas conseguiram ser mais autênticas ou menos “reprimidas” no jeito de vestir suas roupas e ir ao trabalho, por outro, existe uma falta de parâmetro que, muitas vezes, causa preocupação às organizações que recorrem à nova tendência: o Dress Code. Esse termo nada mais é do que um código de vestimenta, que serve tanto para a vida social, como profissional. Atualmente, podemos notar que as empresas estão investindo nessa prática para que os profissionais entendam os valores e conceitos da
organização onde trabalham e consigam traduzir a imagem da empresa na maneira de se vestir. E isso vai dos cargos de níveis mais baixos até os executivos. A apresentação pessoal pode ser fator determinante para se transmitir uma imagem positiva, tanto do próprio profissional quanto da empresa que está sendo representada. Para a gestora de carreira e imagem, Waleska Farias, a imagem pessoal é resultado da combinação entre conteúdo e apresentação que está diretamente associada à aparência que os outros fazem de você pelo modo como se comporta. “Em tempos de redes sociais e marketing viral, tudo o que o profissional faz ou deixa de fazer pode depor contra ou a favor da construção da sua imagem”, revela. Isso pode impactar diretamente o sucesso da sua trajetória e o resultado dos negócios. “Frente a uma concorrência crescente e demandas cada vez mais complexas no mercado de trabalho, explorar da melhor maneira possível o recurso da imagem pessoal tornou-se, hoje, um grande diferencial”, complementa a gestora. Já para a escritora e consultora de imagem pessoal, Cristina Gontijo, a aparência é fundamental para o primeiro impacto de um relacionamento comercial, por exemplo. Ela estabelece a confiança inicial e, a partir daí, o caminho fica mais fácil. “Após essa primeira impressão, temos que nos preocupar ainda com to-
Será que, dependendo da empresa e seu ramo, a vestimenta ou aparência da pessoa realmente influencia o trabalho? das as outras coisas, competência, com certeza, é uma delas”, analisa. Mas e nos dias de hoje, o que é ter uma boa imagem pessoal perante as empresas? Segundo Waleska, as preferências de cada pessoa “dita” seu perfil perante as demais e ajudam a formar uma impressão a seu respeito na mente das pessoas, como por exemplo: os locais que frequenta, os tipos de leitura, estilo de música, modo como se veste, forma como reage às situações e inclusive as companhias que seleciona. O somatório de todos esses aspectos influencia a percepção das pessoas sobre a sua imagem pessoal. Portanto, é preciso manter a coerência entre o falar e o agir, aperfeiçoar seu estilo em linha com os roteiros de ação, direcionando-os à criação de uma identidade forte em convergência com quem você é e com o que quer conquistar. “Uma boa imagem pessoal requer uma postura diferenciada que gere credibilidade e agregue valor em garantia da sustentabilidade da imagem do profissional”, constata. Já para Cristina, “A imagem pessoal é composta por três pilares: o que vemos; o que ouvimos e como ouvimos. O ideal é o equilíbrio desses três pontos e principalmente entendermos que nossa atitude perante o mundo é fundamental para termos credibilidade no que oferecemos”. Alguns estudos indicam que são necessários apenas três segundos para
que alguém forme uma impressão a seu respeito. Nesse curto espaço de tempo, a primeira percepção construída baseia-se principalmente na sua apresentação pessoal - O modo como se veste – suas roupas, calçados e acessórios, além da sua expressão visual. “Se causamos uma boa primeira impressão, tudo ficará mais fácil. No entanto, não podemos ficar só nela, temos que aliar a isso uma atitude de respeito em relação ao outro e ainda pensar no coletivo”, destaca a escritora que, inclusive, lançou o livro Imagem Pessoal e Etiqueta – o caminho mais curto para o sucesso. Com base na importância da apresentação pessoal no processo de formação de uma boa imagem, fica claro perceber que o modo como nos vestimos influencia a percepção das pessoas a nosso respeito. Nesse contexto, as empresas estão aderindo à contratação de especialistas em consultoria de moda para adequar o estilo de vestir ao “dress code”. Para a diretora e proprietária da Dresscode International, Silvana Bianchini, existem diversos motivos para essa preocupação das companhias, como a competitividade no mercado, as mudanças na forma de as pessoas se comunicarem e até mesmo a diversificação no vestuário. “A consultoria de imagem traz aos profissionais o autoconhecimento de suas habilidades e atributos, além de decodificar seu vestuário e usá-lo para atingir seus objetivos”.
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CAPA
De acordo com o ambiente Você pode até não se importar com as regras ditadas pelo mundo da moda, mas se o assunto for roupa de trabalho, é importante dedicar-se ao tema. O uso de vestimentas adequadas também é um requisito essencial ao comportamento humano nas organizações. Boas práticas vão influenciar diretamente o marketing pessoal, já que a maneira de vestir-se é um critério de avaliação na carreira profissional. Segundo Silvana, existem várias políticas de vestimenta dentro das empresas, algumas mais flexíveis outras mais formais, irá depender do ramo de atuação. Mas seja qual for o mercado, as pessoas devem olhar para você e achar que está indo trabalhar e não passear. “Mesmo se vestindo casualmente não se deve perder a credibilidade. Para as mulheres, nível alto de exposição do corpo não é adequado, assim como peças muito da moda, maquiagem carregada e para os homens tênis, boné, camiseta estampada, são os grandes pecados”, justifica. Saber escolher as peças corretamente inspira profissionalismo e respeito aos colegas, chefes e clientes. Muitas vezes, a contratação também é ou foi influenciada pela roupa apresentada durante a seleção de emprego. Por isso, é importante que a primeira impressão deixada naquela ocasião seja mantida no cotidiano das atividades laborais para o desenvolvimento da carreira. Existem empresas extremamente clássicas, que exigem uniforme padrão ou roupas mais formais como o caso de terno e gravata para homens e tailleur para mulheres, por outro lado podemos encontrar empresas mais flexíveis, que permitem o uso de vestimentas menos tradicionais e tudo isto também está relacionado ao tipo de trabalho exercido. Veja a seguir algu-
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mas dicas e descubra como vestir-se de acordo com os ambientes. Muito formais Normalmente são mais “sisudos”, onde a seriedade prevalece. Escritórios de advocacia (principalmente os mais tradicionais) de finanças, áreas executivas de grandes bancos (exceto caixas) e financeiras. Como vestir-se: sua imagem deve projetar seriedade, sobriedade e, principalmente, credibilidade. As peças mais indicadas são os modelos clássicos de ternos e terninhos, no caso das mulheres, de cores escuras, lisos ou de risca de giz. Formais São ambientes de empresas cujo código é estabelecido como formal. É um executivo ou consultor da área jurídica, financeira ou de atendimento ao cliente (por exemplo, gerente de contas). O clima é menos sisudo como o anterior, mas ainda é sério e formal. Como vestir-se: deve-se projetar seriedade e credibilidade, com um toque de receptividade. As peças mais indicadas são ternos e terninhos de tons médios ou escuros, lisos ou com texturas discretas e sua modelagem pode ser um pouco mais moderna. Casuais São empresas nas áreas de comunicação, marketing, tecnologia, moda, design, arquitetura ou outra área em que a descontração ou a criatividade estejam presentes no cotidiano. Como vestir-se: a imagem da pessoa deve projetar criatividade, descontração e flexibilidade, sem deixar a credibilidade de lado, parecer imatura ou “desleixada”. As peças indicadas são ternos mais modernos ou casuais como calças, saias, camisas e blusas de tecidos mais descontraídos. As cores podem ser mais vivas, mas lembre-se: você é o foco das atenções e não sua vestimenta.
Você pode até não se importar com as regras ditadas pelo mundo da moda, mas se o assunto for roupa de trabalho, é importante dedicar-se ao tema. Smart casual (conceito com um pé no formal e outro no casual) São empresas de grande porte (nacionais ou multinacionais), escritórios (de contabilidade, comércio exterior, etc), consultorias de médio porte, entre outras. O clima é mais descontraído e os profissionais são menos expostos à presença de clientes. O jeans normalmente só é permitido às sextas-feiras no famoso casual day. Como vestir-se: como as demais, sua imagem deve projetar credibilidade, capacidade de decisão, discrição e receptividade. As peças mais indicadas são roupas um pouco mais esportivas, camisas polos, por exemplo, ou com algumas texturas para quebrar a seriedade. O que não vestir ou evitar Como as demais formas para vestir-se citadas, vale ressaltar alguns itens que podem “arranhar” a sua imagem. Veja algumas dicas: Calça justa – Além de ser desconfortável, pode chamar mais atenção do que deveria. O ideal é usar uma calça nem muito justa e nem muito larga, os extremos, neste caso, podem não cair bem e comprometer sua imagem profissional. Transparências – Nem toda transparência pode ser considerada demasiadamente informal, ou sexy demais. Usar uma camisa transparente, com outra roupa por baixo pode até deixar o visual mais elegante.
O problema está em mostrar mais do que deveria, desviando a atenção do que realmente importa, no caso, o resultado do seu trabalho. É preciso ficar claro que toda transparência desperta curiosidade e a forma como utilizá-la é a grande questão. Decotes ou camisa aberta – Outro fator de dúvida no ambiente de trabalho são os decotes para mulheres ou camisa demasiadamente aberta para homens, independente do calor que esteja, é inadequado utilizar roupas com estas características, pois mais uma vez, acaba chamando a atenção mais para atributos físicos do que para as competências profissionais. Roupas muito gastas – Existem roupas com as quais acabamos nos apegando sentimentalmente, por serem confortáveis e parecerem combinar com tudo. Talvez aquela calça jeans que você comprou anos atrás e que parece cair como uma luva na hora em que não se quer pensar muito no figurino de trabalho deve ser reconsiderada e analisada de forma mais crítica. Pois como falado anteriormente, por mais confortável que você acredite ser, pode estar passando uma mensagem de descuido com a aparência. Com uma pitada de bom senso, percepção e análise do ambiente, a famosa frase: com que roupa eu vou? Acaba ficando menos preocupante.
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JO GO RÁ PI DO 34 editorasermais.com.br
Viviane Senna
Paulistana, psicóloga, empresária e presidente do Instituto Ayrton Senna, ao qual se dedica por 20 anos. Viviane é uma brasileira que ama seu país e acredita em grandes transformações ao garantirmos educação de qualidade para as crianças e jovens brasileiros. Confira na íntegra a entrevista exclusiva e conheça mais sobre os projetos do IAS. Por Carlos Dias
O seu irmão, Ayrton, tinha um amor especial pelo País. A desigualdade social o incomodava e ele nutria um profundo desejo de ajudar a transformar essa realidade por meio de ações efetivas junto às novas gerações. A partir de que momento ele sentiu que queria ajudar essas crianças? Não sei precisar quando ele começou a ter esse olhar sobre as crianças e os jovens brasileiros, mas imagino que tenha sido cedo, na juventude. Quando ele ganhou o mundo, sendo conhecido nos quatro cantos do planeta, Ayrton percebeu que usar a sua imagem em favor de uma causa social traria bons resultados, já que ele tinha, como ainda tem, o respeito e a admiração dos fãs. Por isso a ideia de protagonizar uma ação ampla, com o objetivo de gerar oportunidades a crianças e jovens de baixa renda, que ele compartilhou comigo em março de 1994 e foi a semente para a minha família resolver fundar o Instituto, em novembro do mesmo ano. No começo de 1994, foi lançado o personagem “Senninha”. Após sua morte e a criação do IAS, havia a ideia de utilizar a imagem do Ayrton associada ao licenciamento de produtos para gerar fundos para o Instituto?
Hoje, além do licenciamento, quais são as outras fontes de recursos do Instituto? O uso das marcas Ayrton Senna e Senninha para dar sustentabilidade aos programas educacionais do IAS foi uma resolução logo no começo da organização. Hoje esse licenciamento representa cerca de 50% dos recursos da instituição para realizar um trabalho que a cada ano beneficia dois milhões de alunos com educação pública de qualidade em todas as regiões do País. Empresas socialmente responsáveis aportam recursos nas nossas ações, outras doam a sua expertise para a disseminação da causa. Contamos com a contribuição de pessoas físicas que são doadoras do IAS e para outras possibilidades, que estão descritas no nosso site (www.ias.org.br). Quais são os critérios utilizados na seleção dos locais de aplicação dos projetos? O que faz o IAS investir num Estado, município ou numa determinada escola? Nós não escolhemos a cidade ou o Estado. Na verdade, prefeitos, governadores ou secretários de educação chegam até nós porque souberam das experiências de outras cidades conosco. Normalmente são gestores que sabem da realidade da educação em suas localidades e querem mudá-la. A consultoria que fornecemos, gratuitamente, é para toda a rede de ensino, seja ela municipal ou estadual. Isto porque as mudanças no ensino só acontecem para valer no “atacado” e não no “varejo”, ou seja, nossa atuação é em grande escala. Como foi para o IAS receber da UNESCO a chancela para a Cátedra de Educação e Desenvolvimento Humano? Por um lado foi uma honra e uma alegria, afinal, somos a única ONG no mundo a fazer parte do grupo de cátedras da Unesco e, com essa menção, nos tornamos referência internacional na construção de conhecimento e práticas em educação e desenvolvimento humano. Por outro, ampliou a nossa responsabilidade e compromisso com as novas gerações e com a missão de ajudar o País a prover os seus alunos com uma educação que, de fato, transforme. Há alguma ação especial ou homenagem em memória dos 20 anos do acidente do Ayrton? Tudo o que for realizado durante o ano terá o mote “Ayrton Senna Sempre”. As ações levarão um selo comemorativo para marcar os 20 anos do legado de Ayrton, que são os valores que ele vivenciava, como determinação, superação, coragem e orgulho de ser brasileiro, e a sua maior vitória fora das pistas, o IAS. Tudo isso contribui para a sustentabilidade das soluções educacionais do Instituto, espalhadas em mais de 1.300 municípios de todas as regiões do Brasil.
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ARTIGO Rosangela Souza
Quer aprender inglês? Veja abaixo cinco dicas do que você NÃO DEVE fazer:
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uitas pessoas têm a vontade e precisam aprender o idioma inglês para seus trabalhos e profissões. Mas como acertar na escolha de uma boa escola se não temos conhecimento técnico para avaliar a qualidade? Pensando nisso, para ajudá-los, vejam a seguir algumas dicas que darão um norte para essa escolha: 1) Não escolha a escola mais barata. Curso de inglês não é como uma camiseta ou cafezinho que você compra porque está barato e se não for de boa qualidade, paciência. Muitas vezes, o contrato que assinou prende você por anos, e se o curso não for bom, sua escolha será entre sair e perder dinheiro, ou ficar e não aprender muita coisa. O que acha mais inteligente: economizar para fazer um bom curso e resolver o assunto em poucos anos ou gastar pouco, terminar um curso, e depois o mercado fazer você perceber que não é fluente? O único tes-
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te de inglês que conta na sua vida é a entrevista de emprego que seu futuro chefe americano, daquela empresa dos sonhos, fará com você por Skype. É para uma situação assim que você precisa se capacitar, e não para tirar nota na prova final e ganhar um certificado de Advanced. Ou só para colocar no currículo – hoje em dia o empregador não acredita no que você coloca – ele contrata consultorias especializadas para checar. Você pode argumentar: “ah, mas a escola é para meu filho, não tem pressa.” Se não tem pressa, guarde o dinheiro e contrate uma boa escola um pouco mais tarde. Assim você não corre o risco de desmotivá-lo para este aprendizado já no início de sua vida escolar. Se ele for mais um que “odeia inglês”, terá mais dificuldades para aprender e, pior, para se destacar na vida profissional. Não existe “bom, barato e rápido” para praticamente nada – você tem de escolher duas dessas características para seu curso, de acordo com sua expectativa e abrir
mão de uma delas. Qual escolhe? 2) Não escolha a escola mais próxima da sua casa, necessariamente. Mais importante que a conveniência, é a segurança de obter o resultado esperado, que é a fluência. Então, é melhor rastrear todas as escolas de seu trajeto casa/escola/trabalho. Pode ser que valha mais a pena estudar perto do trabalho, aproveitando o período de pico de trânsito, por exemplo. Ou optar por uma escola um pouco mais longe, fazer o curso aos sábados, mas ter a certeza de que ficará menos tempo lá e obterá melhores resultados. O ideal sempre é unir qualidade à conveniência, mas qualidade é mais importante. Uma escola que contrata e acompanha professores particulares que vão até você é a melhor opção, se você puder pagar por isso, faça esta escolha. E se for para seu filho, não opte necessariamente pela comodidade de um convênio com a franqueada que atende na própria escola. Faça a pesquisa no bairro, leve-o para aulas grátis, veja em qual delas ele é mais feliz e se sente mais confortável.
3) Não confie cegamente na indicação do seu vizinho Método de ensino é algo pessoal. Seu amigo pode se adaptar muito bem a um método mais visual, por exemplo. E você não, pois seu jeito de aprender é muito diferente do jeito dele. Uma escola pode dar muito certo para um aluno, mas não necessariamente para todos. Antes de fazer sua escolha, pense em como você aprenderia melhor: gosta de música? Gramática? Jogos? Depois, faça uma lista de perguntas para a hora das visitas às escolas. Visite pelo menos seis, e faça perguntas. Instalações e número de salas são indicadores irrelevantes. Qualidade dos professores e método alinhado com a forma como você aprende são fundamentais. É claro que existem escolas ruins, com metodologias inconsistentes, cursos excessivamente padronizados e simplistas e professores inexperientes. Mas mesmo dentre as escolas de qualidade (geralmente, aquelas que não são franquias), é preciso verificar se o aluno se adapta bem ao método e se ele reproduz mesmo a forma mais natural de aprendizado para ele.
Rosangela Souza Fundadora e sócia-diretora da Companhia de Idiomas e do portal ProfCerto. Especialista em Gestão Empresarial com MBA pela FGV e Professora de Estratégia na Pós-Graduação da FGV.
4) Não acredite em fórmulas mágicas Você já viveu bastante para saber que não se aprende a dirigir em quatro horas lendo o livrinho da autoescola. Que não se emagrece de forma saudável em uma semana, tomando remédio. E que não se aprende inglês em poucas semanas. Há coisas que requerem tempo e se você subverter a ordem buscando resultado imediato, pode pagar um alto preço. Na dúvida sobre a capacidade de cumprimento da promessa, consulte sites de reclamações de consumidores, como o ReclameAqui. E tenha bom senso. Aprendizado depende 50% do aluno e 50% da escola (professor+método). Se não tiver vontade ou tempo disponível para fazer a sua parte, não se engane. Não comece! 5) Não ache que é bom só porque é famoso Sabemos disso, mas a fama nos causa uma admiração, e começamos a achar que se é famoso, é bom. Vivemos em um país cujo consumo e publicidade são voltados geralmente para as massas: há cantores, músicas, programas de TV, lojas de roupas, redes de restaurantes, todos muito famo-
sos e não exatamente de qualidade. Uma marca pode se tornar famosa simplesmente porque pertence a um grande grupo e porque tem grandes investidores cuja estratégia é investir em propaganda para obtenção de lucro imediato. Não há nada de errado nisso, mas entenda que uma empresa não precisa ter qualidade para ser famosa ou existir. Alguns investidores não buscam a perenidade de um negócio – eles querem realizar lucro imediato, e quando os consumidores começarem a reclamar demais a ponto de manchar a marca, a mesma é descontinuada e substituída por outra. Difícil de acreditar que lucro não está relacionado com qualidade, mas no ensino isso é até bem comum, veja as faculdades com marcas famosas e superlotadas. Você também já deve ter percebido que há hamburguerias desconhecidas e excelentes, muito melhores do que aquelas redes famosas. Não é tudo igual, e qualidade tem preço superior, essa é uma regra do mercado. Curso de inglês não é diferente. Fique atento.
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ARTIGO irlei wiesel
CICLOS PARA
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O SUCESSO
iariamente enfrentamos dificuldades de toda ordem, não é mesmo? Temos necessidades físicas, mentais, espirituais, entre outras. Geralmente diante de algum obstáculo, a vida coloca em nosso caminho alguém disposto a ajudar, certo? É como se fosse um trabalho temporário, assim que executado o personagem retira-se do cenário. Penso que é assim que se dá a relação do ser humano na interação com as pessoas. Algumas entram e saem da nossa vida, repentinamente, meramente com o intuito de auxiliar. Chamo este movimento de ciclo da razão: racionalmente quem recebe ajuda consegue superar o que parece impossível. A solução, às vezes, em conta-gotas, serve de bússola para uma escolha equilibrada. Quantas pessoas você já conheceu e como num passe de mágica desapareceram? Às vezes, nos lembramos delas, por vezes, nem sequer temos tempo de agradecer o bem que realizaram, não é? A saída delas de nossa vida sinaliza que a lição foi aprendida, portanto, outro ciclo começa. Ciclo merecedor: é quando a pessoa inicia o convívio com a finalidade de aprender, crescer e dividir. Onde se recebe o benefício da aprendizagem, identifica-se o valor daquele conhecimento adquirido na presen-
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ça daquela pessoa que entrou em nossa vida, que o faz crescer a nível inconsciente e a vontade irresistível de dividir com quem precisa. Quando estivermos evoluídos a ponto de auxiliar, é sinal claro que saímos de uma ignorância específica, seja ela emocional, financeira, psicológica, familiar, entre outras. Lembre-se: sempre haverá alguém mais desenvolvido do que nós. Os encontros e desencontros refletem claramente o estágio evolutivo no qual nos encontramos. Há uma frase antiga que diz: “diga-me com quem andas que lhe direi quem és”. Arrisco-me a acrescentar: “que te direi o que precisas”. A nossa necessidade atrai o professor. Mesmo que não estejamos matriculados em uma escola formal, somos gentilmente conduzidos a encontrar o mestre pertinente para o que emanamos. Como será que o mestre sabe que é hora de agir? Simplesmente ele ouve, uma vez que é mestre em ouvir pensamentos. Sendo assim, a gente pensa, sente, deseja e alguém se dirige ao nosso encontro. Observe se isso já não aconteceu com você? Quando esse encontro acontece, a identificação é instantânea e estar junto fica muito prazeroso. Uma união perfeita entre necessidade, conhecimento e mudança. Eu, pessoalmente, adoro encontrar quem
necessito. Quando vai embora, é sinal que o meu ciclo merecedor está realizado. Então é hora de respirar, deixar partir e esperar o novo. Ele, o novo, estará sendo arquitetado mesmo sem ter consciência. Lembre que o pensamento já está buscando novos encontros. Portanto, aceite o movimento, de idas e vindas, somos resultado dos próprios. Desapegue-se e deixe que a vida flua. Abra espaço para o movimento dos ciclos. Hora de deixar para receber. Afinal, a mudança de ciclos é a resposta de que somos flexíveis, dinâmicos e inteligentes. Pergunto: -Você prende ou solta? Você agarra ou deixa ir? Sufoca ou relaxa? Permite que o ciclo seja seu mestre ou você se recusa a entender isso? Seja o que for, é sempre hora de partir para algum lugar ou chegar! Boa sorte!
Irlei Wiesel Personal & professional coach, conferencista, palestrante, empresária no segmento do agronegócio e educação corporativa. Escritora do livro Damas de Ouro pela Editora Ser Mais. www.irleiwiesel.com.br contato@irleiwiesel.com.br
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LEILA NAVARRO
Comportamento
A sua carreira está no passado ou no futuro?
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aça um teste. Chegue para um colega de trabalho e diga: “fale sobre sua carreira”. Sou capaz de apostar que você ouvirá uma história que começa alguns anos atrás, quando o colega se formou na faculdade. Depois ele falará sobre o primeiro emprego, a promoção para supervisor, o segundo emprego, o terceiro, a promoção para gerente e por aí vai! Isso se repete com a maioria das pessoas. Em geral, os profissionais tendem a falar sobre sua carreira olhando para trás, para o caminho percorrido, os cargos
ocupados, as habilidades desenvolvidas e a experiência acumulada. Mas será que carreira é isso – o que já foi feito? Penso que não. Carreira é o caminho que se tem pela frente. Não é o passado, é o futuro! O problema de fazer carreira olhando para o passado é que isso limita o profissional. Ele terá a tendência de trilhar um caminho que seja a continuação do que tem trilhado, no qual possa usar o conhecimento e a experiência que adquiriu. Isso pode restringir suas possibilidades de carreira àquilo que já conhece, além de dificultar suas iniciativas em áreas completamente novas.
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Comportamento
Imagine alguém que se formou em marketing e sempre trabalhou nessa área, cuidou de vários produtos e tudo o mais. Se esse profissional projeta sua carreira olhando para trás, sua tendência será continuar no marketing. Então, se aparecer uma oportunidade para trabalhar com publicidade, pode ser que não aceite o desafio, pois vê a si mesmo como profissional de marketing. Ele, provavelmente, nem enxerga oportunidades fora de sua área. Enquanto isso, o mundo se transforma numa velocidade cada vez maior e novas oportunidades surgem todos os dias. Para aproveitá-las, é comum que os profissionais, de quaisquer áreas, tenham de se aventurar a fazer o que nunca foi feito antes, nem por eles, nem por ninguém! Mais do que nunca, precisamos nos atualizar, perceber para onde o mundo está indo e nos adaptarmos, mesmo que isso signifique mudar de área ou profissão. Ter no currículo uma só ocupação, exercer a mesma profissão por muito tempo ou fazer carreira longa será, cada vez mais, coisa do passado. Estamos em plena “era da multifuncionalidade”, conceito difundido pelo economista norte-americano Jeremy Rifkin e pelo sociólogo italiano Domenico De Masi, entre outros. Eu mesma estou em minha quarta car-
reira profissional. Sou graduada em fisioterapia e, por alguns anos, exerci a profissão em um hospital. Depois abri uma clínica de fisioterapia e me tornei empresária. Mais tarde, fiz um curso do método Rolfing de terapia corporal e atuei como terapeuta. Nessa época, comecei a dar palestras sobre qualidade de vida e, quando dei por mim, já havia virado palestrante profissional. E sei que não vou parar por aí! Agora, pode alguém que faz carreira olhando o passado ter a ousadia de experimentar algo completamente novo? Dificilmente. Isso é muito mais fácil para quem faz carreira olhando para o futuro. Costumo dizer que o profissional que deseja ser bem-sucedido, hoje em dia, tem que ser “paranormal” e tentar perceber para onde o mundo está indo. Partindo das tendências de comportamento, estilo de vida e problemas que temos hoje, como você se projeta em cinco, dez, vinte anos? De que maneira isso impactará os negócios de sua empresa e o seu trabalho? O que você pode fazer agora para aproveitar as oportunidades que surgirão amanhã? Pensar assim é dirigir a carreira olhando para a frente, para o futuro, atento ao que vem por aí – e não ao que já passou. Com certeza, uma trajetória profissional desenhada dessa maneira tem muito mais futuro.
Leila Navarro Palestrante motivacional, autora de 14 livros, entre eles, “Talento para ser Feliz”, “Talento à prova de crise” , “O poder da superação”, “Obrigado, equipe” e “Autocoaching de Carreira & de Vida”, pela Editora Ser Mais. leilanavarro.com.br
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Douglas DE matteu
OTIMISTA
Boa comunicação é caminho para o sucesso
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sucesso pessoal e profissional está atrelado a sua capacidade de se comunicar. Imagine como seria conhecer as poderosas técnicas para potencializar sua comunicação e alcançar o sucesso. Leia este artigo e desfrute do que existe de mais moderno e poderoso em estratégias para uma comunicação eficaz! Independente de sua área de atuação pessoal ou profissional, a comunicação representa um fator crítico para o sucesso. Por exemplo, é possível imaginar um líder que não consegue se comunicar? Para alcançar o sucesso, é necessário aprender a se comunicar com clareza, isto é, dominar as técnicas que envolvem a comunicação eficaz para poder alcançar a mente e o coração dos ouvintes, mais do que isso, instalar sua mensagem em níveis conscientes e inconscientes, acessar diferentes públicos é conseguir capturar a atenção deles. O processo de comunicação: emissor, canal, mensagem, receptor e feedback, é o ponto de partida para comunicar-se de forma eficaz. É importante também escolher um código apropriado para usá-lo. Mas lembre-se, isso
representa apenas a ponta do iceberg, ou seja, o poder das pessoas influentes, das pessoas de sucesso está muito além do que é descrito no processo básico. Há anos tenho estudado de forma intensa as principais variáveis que compõem essas técnicas avançadas, que são mobilizadas em discursos, palestras e por outros comunicadores. Os estudos estão alicerçados principalmente na área do marketing, persuasão, programação neurolinguística, modelagem, semiótica, neurociência, hipnose entre outras. Alcançar maestria na comunicação demanda experiência e técnicas apuradas. Uma não anula a outra, ambas se fortalecem quando casadas de forma harmoniosa. Descubra os sete segredos para potencializar o seu sucesso e sua comunicação: 1 – Autoconfiança: é um fator determinante para pessoas de sucesso e também para potencializar sua comunicação. Ausência de autoconfiança neutraliza a fala, aprisiona pensamentos e pode congelar a nossa capacidade de nos comunicarmos. Sem comunicação não há sucesso. Sem autoconfiança não existe energia que acenda a lâmpada das
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OTIMISTA
ideias, que ilumine a fala dos comunicadores de sucesso. 2 – Pensamento e emoção: entenda que a comunicação é um processo, com começo, meio e fim. Todo processo para ser potencializado, precisa ser planejado, pensado e repensado. A grande maioria das pessoas de sucesso pensa antes de falar, considera as consequências de suas palavras, que preferencialmente devem ser elaboradas, estruturadas e lapidadas para alcançar a mente e o coração do público. É relevante ter cuidado para que a emoção não transponha a razão. Recomenda-se o uso da lógica, mas também que o comunicador explore a emoção do ouvinte. 3 – Objetivo: todo processo de comunicação deve possuir uma meta e um foco. No coaching utiliza-se o termo “estado desejado”, ou seja, o que você deseja que o seu ouvinte entenda ou faça. 4 – Conecte-se com o ouvinte: obtenha atenção, desperte a curiosidade. Deixar o ouvinte curioso é fundamental para ser eficaz na comunicação. No recente livro “FOCO”, o Dr. Goleman (2013) destaca que aproximadamente 40% das pessoas não mantêm foco em suas atividades. Logo, a melhor comunicação começa com atenção efetiva do ouvinte. Grandes oradores desenvolvem habilidade de gerar rapport com o público, ou seja, se conectam com as pessoas, tal estratégia também pode ser realizada nas conversas individualizadas, ao espelhar o tom de voz, a velocidade, o vocabulário e até a respiração. Essa estratégia da PNL pode conectar você com seu ouvinte, o que potencializará a comunicação.
5 – Fale corretamente e use as técnicas de comunicação e persuasão: ter sucesso e ser um grande comunicador é para poucos. Logo, escrever e falar corretamente, conhecer as sutilezas da comunicação subconsciente também contribui. A Programação Neurolinguística pode ser vista como a ciência que estuda a linguagem, sua estrutura e a conexão com o cérebro. Pode ser valioso também utilizar técnicas para moldar o seu discurso, acessando de maneira imediata ou profunda o ouvinte, conectando-o a você imediatamente. 6 – Conte histórias e crie metáforas: uma estratégia poderosa para se comunicar e atingir níveis inconscientes do seu interlocutor é por meio de histórias. Nosso cérebro é neurologicamente estruturado para prestar atenção nelas desde a infância. Até mesmo na pré-história, as histórias eram registradas por meio de gravuras nas paredes das cavernas. Outro grande exemplo vivo é a bíblia que transmite profundos ensinamentos por meio de parábolas. 6 – Ousadia: vença seus medos e encare seus fantasmas. Coloque-se diante das pessoas e fale o que pensa, sente e acredita. Guie seu discurso pautado pela ética, integridade e verdade, mantenha sempre a congruência entre seu discurso e a sua prática. Para finalizar, a dica de ouro: “o sucesso é constituído por 1/3 de conhecimento, 1/3 de ousadia e 1/3 de persistência”. Então, o que você aprendeu com esta leitura? Quando e como vai ousar utilizar seu conhecimento? O que fará para persistir na aplicação dele?
Douglas De Matteu PhD(c), Master Coach, escritor de diversos livros da Editora Ser Mais e Presidente do Instituto Evolutivo. douglasmatteu@institutoevolutivo.com.br www.institutoevolutivo.com.br
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Ana gomes
Corporativo
A resposta é:
depende depende A resposta é:
V
Nem sempre a grama do vizinho é mais verde que a sua. Às vezes, é só uma questão de aplicabilidade
ocê deve achar esse título estranho, não é? E, ele é mesmo! Mas essa é a resposta ideal para quem pergunta se vale a pena importar executivos ao invés de contratar aqui. O brasileiro ainda tem a mania de achar que tudo o que vem de fora é melhor: a escola, a saúde, a segurança, etc. Menos o carnaval e o futebol – porque aí já ia ser demais, convenhamos. Tudo isso para dizer que não, nem sempre um profissional do exterior é a melhor escolha. E, também, para dizer que sim, muitas vezes pode ser. Continua confuso, eu sei. Venha agora comigo.
Em quatro anos, o número de vistos de trabalho para estrangeiros no Brasil cresceu 66%. Eram mais de 43 mil em 2008 e que passaram a ser 73 mil em 2012 (os números de 2013 estão sendo fechados pelo Ministério do Trabalho). Isso quer dizer alguma coisa. Não à toa, São Paulo concentra 38% desse contingente, o que nos leva a uma conclusão quase óbvia – a de que, quase todo mundo, está fazendo carreira e fortuna em terras paulistanas. Não é bem assim. Uma pesquisa realizada pelo Vagas Tecnologia em 2013 apontou que, dos 7,6 mil currículos cadastrados em sua base, um em cada quatro estrangeiros que vi-
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vem no Brasil está desempregado. Estamos falando de cargos operacionais, sim, mas também de coordenação, gerência e diretoria. Os motivos podem ser diversos se analisarmos as vantagens e desvantagens de contratar um profissional de fora. A questão cultural, por exemplo, pode ser boa e ruim ao mesmo tempo, afinal, traz uma oxigenação de novas informações, mas, também, pode emperrar em algum momento importante. Leva mais tempo se familiarizar com muitos detalhes brasileiros, principalmente se a função for mais relacionada às nossas leis e tributos. O idioma, também, pode ser uma
Corporativo
barreira: em um mundo de comunicação plena em milhares de plataformas, a clareza, objetividade e argumentação são muito importantes para o desenvolvimento de uma carreira de sucesso. Um estrangeiro sente dificuldade aqui e os brasileiros... Bem, não estamos muito “bem na foto” quando o assunto é fluência em outras línguas, o que nos tira pontos na disputa por uma vaga. Nessa mesma pesquisa, 90% dos estrangeiros declara fluência no inglês. Começa a ficar desigual. A formação também é um ponto a favor deles. Entre mestrado, doutorado, MBA e outras especializações, 57% alega possuir, pelo menos, um título de pós-graduação. Em geral, em instituições do exterior, claro, o que torna um currículo icialmente muito mais interessante. Então, afinal, é melhor ou não contratar de fora? Depende. Para os casos de muita especialização técnica em áreas como petroquímica, energia e engenharia, entre outras, pode valer a pena trazer
alguém para somar experiências e compartilhar melhores práticas. O mesmo com professores bilíngues, auditores de clientes globais, executivos de grandes contas do segmento da indústria e serviços. Esse intercâmbio anda tão aquecido que os grandes escritórios de hunting colocaram, definitivamente, o Brasil no mapa. Já há algum tempo, as vagas relevantes no país são publicadas também no exterior e ganham um impulso de uma economia ainda emergente em relação a outras do mundo. Some-se a isso a boa reputação de uma democracia, a alegria das festividades, a percepção de tolerância aos imigrantes e pronto: questões como segurança precária, alta carga de impostos e outros pontos negativos acabam sendo superados, fazendo do país o destino de muitos europeus, americanos, africanos, asiáticos. Avaliar os impactos individuais também é importante. Antes de sair contratando, é recomendável esmiuçar o perfil, elencar competências, habilidades e atitudes
profundas, sempre considerando os públicos de interface com uma análise SWOT da vaga, como ilustração. Quais as ameaças, oportunidades, forças e fraquezas de um estrangeiro nessa posição? E de um brasileiro? A resposta pode ajudar a esclarecer muitos pontos cegos dessa reflexão. O que não se deve perder de vista é o contexto. Há profissionais brasileiros muito capacitados para as mais diferentes posições e especializações, assim como há estrangeiros que parecem ter nascido para uma determinada vaga e empresa por um determinado período. Tudo vai depender da necessidade e, muitas vezes, daquilo que não se quer, o que já é um começo interessante. Estratégia, parcimônia e parceria com uma área estruturada de recursos humanos são o segredo para tomar essa decisão. Afinal de contas, não queremos ser lembrados eternamente só como o país do carnaval e do futebol. Ou queremos?
A resposta
depend Ana Gomes
Atua como Coordenadora do grupo de Executivos de RH da AAPSA e está Gerente Sênior de RH na Universal Saúde. www.aapsa.com.br
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MARCELO ORTEGA
VENDAS
O vendedor energético Eu sou, e você?
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que seria do vendedor se não fosse a sua capacidade de reverter os “nãos” que enfrenta todos os dias. Ligar e não ter a atenção do cliente; fazer uma visita “fria” e tomar um “chá de cadeira” de horas para ser atendido, etc. Não vender é desmotivador. Mas para um vendedor energético, que se alimenta de seu entusiasmo, de sua automotivação, isso não é problema. O “não” o motiva, o faz realmente mostrar que sabe vender. A sua atitude positiva ao sair de casa influencia o mundo a sua volta. Ele se contagia com a energia do bem, com o alto astral de sua forma de falar e agir, e acaba conseguin-
do abreviar o tempo de decisão dos clientes em comprar ou, pelo menos, em atender seu pedido de tempo para uma conversa. A energia só é perdida quando não temos resultados, por isso, tenho consciência de que a motivação sem preparação não é nada. Motivar-se depende de si, mas manter-se motivado depende de conseguir uma boa notícia, todo dia. Temos boas notícias? É assim que deve questionar o líder de uma equipe de vendas, a cada dia ou hora. Ouvir coisas boas faz as pessoas pensarem que podem, conseguem e que são capazes também. Por isso, recomendo sempre ao líder de vendas, estimule todos a contarem exemplos de sucesso, logo cedo, antes do início dos trabalhos. Aqueles que não veem seus líderes ou colegas, ou trabalham sozinhos, de-
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Fotos: Lethicia Galo
VENDAS
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Nele, você vai identificar dicas úteis para jamais esmorecer, desanimar ou até sentir-se cansado mentalmente. É um livro de automotivação, autoajuda, ou seja como quiser classificar. Mas certamente é um livro feito por um vendedor, que sabe o que é acordar desempregado todo dia, ter que atender clientes e atingir metas por duas décadas, liderar pessoas e ajudá-las a ter resultados. Eu não falaria de vendas ou liderança se não vivesse disso há tanto tempo. A energia é o que diferencia vendedores comuns de profissionais de sucesso. Espero que se motive ainda mais. Energia total pessoal!
Motivar-se depende de si, mas manter-se motivado depende de conseguir uma boa notícia, todo dia. Marcelo Ortega Vendedor, treinador, palestrante e fundador do Instituto Marcelo Ortega. Autor dos Best-Sellers: Sucesso em Vendas e Inteligência em Vendas – Ed. Saraiva www.institutomarceloortega.com.br - Formando Treinadores e Líderes Educadores. www.marceloortega.com.br
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vem lembrar-se de momentos de conquistas individuais em que venderam, repassando assim, em sua mente, a atitude positiva e a sensação vivida para atuarem com a energia certa para a venda. Reúna argumentos novos a cada ligação, atendimento ou visita. Não desanime, você trabalha para levar as pessoas a conquistarem algo bom para suas empresas ou para as suas vidas. “Aja com entusiasmo e será um entusiasta” – Dale Carnegie. Com esse pensamento, vivendo de vender há mais de 20 anos, eu decidi lançar o meu livro chamado RedBook – O livro energético das vendas. Ele é fácil de ler, cheio de exemplos, ferramentas e histórias de vendas e liderança de equipes.
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Allan rodrigues Alves
DESENVOLVIMENTO HUMANO
Liderança
Transformacional
A
virtude na arte de liderar é condição primordial no dia a dia das organizações, nos lares e na sociedade. Podemos admitir que a liderança possui a capacidade de ser aprendida e aprimorada. Não por acaso cito “a virtude na arte de liderar”, pois adquirindo sensibilidade e harmonizando-se com o ambiente, o líder percebe o que é importante para si e para o grupo alinhar: razão, emoção e espiritualidade. Há diversas propostas recentes sobre
a liderança, mas uma especificamente está em sintonia com as mudanças organizacionais e os novos contextos, que é a liderança transformacional. As características fundamentais do líder transformacional são: • Carisma – É definida como uma atração irresistível, o que impulsiona as pessoas seguirem o líder; • Visão – Os líderes transformacionais têm a capacidade de articular uma visão de mudança que os seus liderados podem identificar; • Inspiração – Capacidade de inspi-
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rar os outros a fazer o seu melhor, buscando desafios e atingir resultados extraordinários; • Consideração individualizada Prestar atenção, respeito e responsabilidade aos liderados; • Estimulação intelectual - Proporciona novas ideias e enfoques. Dentre as características, a liderança transformacional é capaz de engajar uma ou mais pessoas, tanto líderes ou liderados, para que juntos elevem o seu nível de motivação e moral. O líder procurará motivos potenciais
DESENVOLVIMENTO HUMANO
nos liderados no sentido de satisfazer necessidades de alto nível e assumir o liderado como uma pessoa total. É por esse motivo que a liderança transformacional tem sido considerada como um modelo pertinente ao atual contexto organizacional, tendo em vista o fato das empresas viverem intensamente em contextos turbulentos, marcados por grande complexidade ambiental, bem como por uma crise de comprometimento de seus trabalhadores e de credibilidade das organizações perante a sociedade (Warren Bennis e Burt Nanus). É possível citar alguns exemplos de liderança transformacional, mas posso afirmar que eles estão em todas as partes de nosso cotidiano. Para um melhor entendimento, um líder transformacional pode ser encontrado nos lares, com os pais que possuem a tarefa de desenvolvimento de crianças para que se tornem adultas ou até mesmo um treinador de futebol ou um líder religioso, que usam as características do líder transformacional para moldar os liderados. Vale ressaltar que quando tratamos do desenvolvimento moral, o líder possui a capacidade de levar os seus liderados a transcender os seus próprios interesses em nome do interesse de toda equipe e organização. Sendo assim, utiliza-se de capacidades e competências como inspiração visionária, o excelente poder de comunicação e uma abordagem a projetos de trabalho que se baseia na delegação de poderes de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das empresas. A liderança transformacional por líde-
res na prática: • Estimula o interesse entre os colegas e os liderados de forma a encararem o trabalho a partir de novas perspectivas; • Gera consciência da missão ou da visão da equipe e da organização; • Desenvolve elevados níveis de capacidade e de potencial nos colegas e nos liderados; • Motiva os colegas e os liderados a “olharem” para além dos seus próprios interesses em direção ao que pode trazer benefício para o grupo. A liderança transformacional é uma expansão da liderança transacional. A liderança transacional enfatiza a transação ou a troca que ocorre entre o líder e os liderados, na qual o líder oferece recompensas e os seus liderados cumprem com as suas obrigações. Esta troca é baseada na discussão entre o líder e os seus liderados, na qual se especificam as condições e as recompensas que podem receber, caso alcancem os requisitos definidos. Esta dimensão de liderança parte do princípio que as pessoas só seguem um determinado caminho caso obtenham algum benefício com isso. Os líderes transformacionais não substituem o processo transacional, mas aumentam os seus efeitos. Portanto, a grande contribuição da liderança transformacional é na promoção da cultura organizacional. Esta contribuição gera uma grande percepção do papel que o líder possui no compartilhamento de sua visão, como liderar e, com isso, encoraja todos os escalões até atingir a base.
Allan Rodrigues Alves Fundador da RHSG Gestão de Pessoas e Soluções, docente no ensino superior pela FGV com especialização em gestão de recursos humanos, graduação em marketing, consultor e palestrante. Escritor do livro Consultoria Empresarial pela Editora Ser Mais. www.rhsg.com.br
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Aqui você aprende inglês e se diverte. A cada edição são novas piadinhas e vocabulários diferentes para enriquecer o seu outro idioma.
Business English abonar - guarantee; warrant abordagem baseada em formulários - form-driven approach abordagem comprobatória - substantive approach abordagem da diretoria executiva - top management approach abordagem descendente -top-down approach abordagem empresarial - business approach abordar -approach abrir um processo - filing of a lawsuit absenteísmo, absentismo - absenteeism ação - stock (USA), share (UK) ação civil - civil action ação coletiva - class action adequação - adequacy adequado - adequate, fair, suitable adesão - adhesion adiamento - deferment baixa - write-off baixa de item do ativo imobilizado - retirement of fixed asset items baixar (portaria, regulamento) - enact (an ordinance) baixar, dar baixa (item) - write off baixas para despesas, retiradas, vendas (de itens do imobilizado) - retirement (disposal of property and equipment) baixo risco - low risk balança - comercial trade balance balança comercial favorável - favorable trade balance balancear - offset; balance balancete - trial balance balancete de verificação - trial balance balancete final - closing trial balance balanço de pagamentos - balance of payments balanço intermediário - interim balance sheet balanço patrimonial - balance sheet balanço patrimonial preliminar - preliminary balance sheet
cadeia de lojas, cadeia de restaurantes - chain store, chain restaurant caderneta de depósito em poupança - passbook (for savings account) caducado - lapsed caducar (patente) - forfeit, lapse caducidade - lapse caixa - cash; cashier caixa automático em banco - automatic teller machine - ATM caixa de banco - bank teller caixa de sugestões - suggestion box caixa dois - black cash, unrecorded funds caixa e bancos - cash and banks Caixa Econômica Federal - CEF - Federal Savings and Loans Bank - CEF caixa em mãos - cash in hand caixa pequeno - petty cash caixa-forte - strong-room caixa-forte subterrânea - vault calcular - calculate; figure out calcular mal - miscalculate cálculo das probabilidades - probability cálculo do preço dos riscos de seguros - pricing of insurance risks câmara de comércio - chamber of commerce, board of trade câmara de compensação - clearing house câmbio - exchange câmbio bloqueado - blocked exchange câmbio contratado - contracted exchange
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ARTIGO Cersi Machado
COLOQUE MAIS MOTIVAÇÃO
EM SEU TRABALHO
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omo está a sua motivação para encarar os desafios deste ano? Ela é fundamental para o desenvolvimento profissional, pois influencia diretamente os resultados. Quando nos sentimos desmotivados, diminuímos as perspectivas de crescimento, ficamos com pouca energia para colocar mais dedicação no que fazemos. Não tem jeito, a motivação é um grande acelerador do nosso potencial. Porém, é evidente que o estímulo sempre será diferente para cada pessoa. O que motiva um indivíduo pode não ser motivador para outro. A automotivação está relacionada à conquista de objetivos, pois são eles que nos colocam em movimento. Todo empenho para se fazer algo começa com um objetivo,
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um desejo, uma realização que se pretende alcançar. Mas, não basta somente focar no objetivo final, ou seja, não adianta olhar somente para o resultado, é preciso se dedicar e colocar alegria em cada fase que vai conduzir ao resultado. Muitas pessoas acabam desanimando e até se estressando de forma excessiva quando vão à busca dos objetivos, porque ficam olhando somente para o final do percurso e não entendem que o êxito é construído em cada etapa. A forma como uma pessoa enxerga e constrói seus resultados determina o nível de satisfação. Se não soubermos praticar cada tarefa com alegria e entusiasmo, com certeza, o nível de estresse será elevado. Imagine um artista que fica meses pintando um único quadro ou um cientista que faz centenas de experimentos para obter um resultado.
Eles se dedicam em cada ação que constituirá o resultado final. Não adianta ficar totalmente focado no objetivo final, isso vai gerar um desgaste muito grande. Claro que é preciso ter um quadro mental do sucesso, ou seja, imaginar-se conseguindo, pois o cérebro ativa substâncias que nos impulsionam à ação quando visualizamos mentalmente o que queremos. Mas, é fundamental se concentrar em cada etapa alimentada pela energia do desejo de realizar o objetivo. Se uma pessoa escolhe escrever um livro, por exemplo, ela não deve ficar concentrada somente nele exposto na prateleira da livraria, mas deve se entusiasmar para executar cada tarefa que vai completar o objetivo final. Olhar para o objetivo no futuro é importante, gera energia, mantém a chama da motivação acesa, mas o êxito só acontece com ações empreendidas realizadas no aqui e agora. Um resultado sempre será a consequência de cada ação empreendida no presente. Então, quando se propor a fazer algo, faça com dedicação e entusiasmo. Tente ficar num estado emocional positivo para agir com mais qualidade. Aprenda a trabalhar com pequenas metas. Crie recompensas para si mesmo quando conquistar cada pequena meta, isso pode servir de “trampolim motivacional” para se manter firme na busca de um objetivo maior. Não seja mais um que fica esperando que o mundo venha motivá-lo. Tenha atitude e dê o seu melhor em cada decisão. A motivação nasce dentro de você e a partir de suas decisões. Mantenha o foco no resultado de cada tarefa e termine o que começa. Lembre-se que o sucesso inicia com algo pequeno. Ele está em cada ação que você executa para chegar a algum lugar. Então, faça da motivação o principal combustível para o êxito e conquiste muito mais. Pense nisso!
Cersi Machado Palestrante motivacional e treinador empresarial. Especialista em Gestão Estratégica de RH. Escritor dos livros Ser+ Líder e Ser+ com Motivação, Ser+ em Excelência no Atendimento ao Cliente pela Editora Ser Mais. www.cersimachado.com.br
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ARTIGO Daniela Mello Ferreira
Prospectando
Mercado
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esquisei e li muitas matérias sobre prospecção, comprei e até um e-book sobre o assunto. Na teoria é muito simples, basta você executar e voilá! Os clientes aparecem. Na prática a história é outra, a prospecção é algo simples, porém muito trabalhoso e requer um perfil profissional adequado para exercer tal função. A primeira certeza que precisa ter é que o não você já tem como resposta. E não duvide disso! Isso já é regra! O desafio está em transformar o não em sim. As competências necessárias para se fazer uma boa prospecção e ir em frente superando todos os obstáculos é a força de vontade, foco, determinação, propósito, certeza do que quer, criatividade, acreditar no seu potencial e muita força de vontade. Prospectar clientes é um jogo de paciência, persistência e criatividade. Precisa-se reinventar até começar a ter resultados e, quando isso acontecer, começar a pensar em novas formas de prospecção.
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Muitas vezes, você pode até se frustrar, pois investiu tempo e dinheiro em uma determinada ação e não obteve o resultado desejado. Mas lembre-se: você não conseguiu ainda! Nesse momento é preciso analisar quais fatores não foram assertivos: tipo de ação, mailing, quantidade, comunicação, produto, preço, enfim, tudo o que envolve a ação. Quando falamos em prospecção, pensamos em investimento, pois é o fator mais importante, mas falo em relação ao tempo investido e persistência também. Muitas empresas não disponibilizam valores para investir em mídias e material gráfico. É nessa hora que o desafio aumenta e quem é a melhor pessoa para divulgar o seu produto? Você mesmo! Afinal, conhece, sabe o que está oferecendo para o mercado e qual tipo de cliente quer atingir. Você é a pessoa que respira e pensa o tempo integral em seu negócio! Crie necessidade nos clientes, conheça muito bem o que está vendendo e para quem quer vender. Desta forma, saberá qual é a linguagem e tipo de abordagem que irá precisar utilizar para atingir tais fins!
Com foco e perseverança irá acertar. Pense em um labirinto, você sabe que existe uma saída, mas não conhece o caminho. Se persistir e focar, irá tentar planejar, errar até acertar e encontrar uma saída. A prospecção é isso! Conhecimento + Tentativas + Planejamento + Foco = Cliente! Defina o que você quer, em quanto tempo e como irá chegar! A obra é sua!
Daniela Mello Ferreira Coach e palestrante, formada em Administração de Empresas, Pós-Graduada em Marketing, Coach, MBA em Gestão Empresarial e Coaching (em formação). Escritora dos livros Team & Leader Coach, O Segredo do Sucesso Pessoal e A Arte da Guerra pela Editora Ser Mais. www.unitasconsultoria.com.br/
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Empresa sinaliza faixas de lazer As ciclofaixas de lazer de São Paulo e de Osasco – iniciativas das prefeituras das duas cidades que contam com o patrocínio da Bradesco Seguros - ganharam placas de sinalização com dicas de segurança. O objetivo da comunicação é conscientizar ainda mais os ciclistas sobre a necessidade de estarem atentos ao longo da via.
Brahma revela sua “seleção especial” A Brahma, cerveja oficial da Copa do Mundo no Brasil, fará uma série de homenagens ao evento e à seleção brasileira. A linha limitada engarrafada em embalagens de alumínio traz uma bebida produzida com cevada plantada, cultivada e colhida no centro de treinamento, a Granja Comary.
Novos sabores e parcerias para expandir a marca A fabricante de sorvetes artesanais Diletto firmou parcerias com empresas como Kopenhagen e Casa do Pão de Queijo. Diante desses novos acordos, foi permitido fabricar sabores diferentes, como chocolate língua de gato e baunilha com cookies para atender os novos clientes.
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Dança das cadeiras Mix Telematics Alexandre Fagundes assume a gerência de vendas da empresa provedora global de gestão de frotas, segurança do motorista e de soluções de rastreamento de veículos. O desafio do executivo é desenvolver as contas globais no Brasil, além de cuidar da área de marketing da empresa.
PayPal
Odgers Berndtson
FTI Consulting
Empresa anuncia Fernando Pantaleão como novo diretor geral no Brasil. O executivo sucede Mario Mello que assumiu a função de diretor geral da empresa na América Latina.
A companhia anunciou seu novo presidente no país: André Freire, engenheiro, que deixa a presidência da Gilbarco Veeder-Root para a América Latina. Freire irá dedicar-se à liderança da operação local da empresa como seu novo sócio.
A consultoria empresarial global anuncia a nomeação de Akram Atallah, diretor sênior da divisão de apoio a litígios, como chefe da equipe de soluções em construção no Brasil.
Fonte: assessorias de imprensa das empresas.
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Marketing pessoal
A saga brasileira
Uma carreira de sucesso começa com você! Saber como “vender” a si mesmo e às suas ideias é a chave para o sucesso nos negócios e em marketing. Esse livro foi estruturado para impulsionar o desenvolvimento de um plano de marketing pessoal e de carreira.
Da hiperinflação ao plano Real, passando pelos congelamentos, planos que não passavam de um verão e o confisco do governo Collor. Miriam Leitão mostra como os brasileiros sofreram até a estabilização da moeda. Um livro definitivo sobre a história econômica recente do país – já esquecida pelas novas gerações.
Dorene Ciletti Editora: Cengage Learning R$ 51,90
Miriam Leitão Editora: Record R$ 52,00
Personal Branding construindo sua marca pessoal
Top Five - Cinco atitudes que podem mudar sua vida e alavancar sua carreira
Neste livro você encontrará propostas objetivas para administrar e potencializar sua imagem de marca pessoal, ampliar seu valor no mercado e construir aquilo que é mais sagrado no mundo das marcas: reputação. Também encontrará ferramentas, técnicas, dicas e sugestões para que você se reinvente, reimagine e se aproxime mais dos seus sonhos profissionais.
Por que algumas pessoas, apesar de bem-intencionadas e esforçadas, simplesmente parecem não sair do lugar? E por que outras pessoas, muitas vezes vindas de famílias de origem simples e ambiente adverso, conseguem fazer a diferença por onde passam e geram incríveis resultados para si e para as organizações nas quais trabalham? Segundo o autor, o método é a palavra que diferencia os dois grupos e os resultados que conseguem alcançar.
Arthur Bender Editora: Integrare R$ 39,90
Sérgio Mena Barreto Editora: Alta Books R$ 44,90
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*Fonte: assessorias de imprensa das editoras.
vitrine de sucessos
Sugestão de Sucesso
SONHO GRANDE Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira ergueram, em pouco mais de quatro décadas, o maior império da história do capitalismo brasileiro e ganharam uma projeção sem precedentes no cenário mundial. Nos últimos cinco anos, eles compraram nada menos que três marcas americanas conhecidas globalmente: Budweiser, Burger King e Heinz. Tudo isso na mais absoluta discrição, esforçando-se para ficar longe dos holofotes. A fórmula de gestão que desenvolveram se baseia em: meritocracia, simplicidade e busca incessante por redução de custos. Cristiane Correa Editora Sextante / Gmt
Todo mês, uma escolha para você ampliar seu conhecimento e Ser Mais! editorasermais.com.br 59
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ARTIGO Cida Montijo
Trocar de profissão
ao longo da carreira requer
coragem e determinação
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instabilidade e a impermanência do mercado, ambiente de trabalho, rapidez das informações, estados emocionais flutuantes, imprimem uma nova visão e uma releitura da carreira profissional do homem contemporâneo. Essa modernidade, consequentemente, altera as escolhas pessoais, fazendo gerar novas possibilidades profissionais, capazes de acolher um mundo globalizado e que leva o indivíduo a buscar seu estado de felicidade e autorrealização. Segundo as palavras de Zygmunt Bauman, em entrevista ao jornal Globo “vivemos uma terceira e relativamente nova organização do tempo, que ganha terreno no que eu chamo de modernidade líquida: uma forma de vivenciar a passagem do tempo que não é nem cíclica e nem linear, um tempo sem seta, sem dire-
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ção, dissipado numa infinidade de momentos, cada um deles episódico, fechado e curto, apenas frouxamente conectado com o momento anterior ou o seguinte, numa sucessão caótica. As oportunidades são imprevisíveis e incontroláveis”. (http://extra.globo. com/noticias/saude-e-ciencia) Com Bauman, podemos perceber que a ‘modernidade líquida’ está diretamente relacionada à brevidade, a um tempo caótico, fragmentado, ilimitado... Um tempo em que nossas decisões pessoais influenciam diretamente as profissionais, ou vice-versa, cuja instabilidade é permanente. A busca pelo reconhecimento profissional, felicidade, plano de carreira ou melhores salários, leva o indivíduo a fazer grandes alterações na sua trajetória profissional. A carreira que anteriormente era longeva dentro de uma mesma organização, hoje tem um tempo de duração bem mais cur-
to. Mudar de uma profissão à outra, embora praxe, atualmente, requer reflexões, análises, intrepidez, ousadia, resolução, afoiteza. Segundo o site Exame.abril.com.br/ carreira/noticias, Janet Napolitano (57), a oitava mulher mais poderosa do mundo, renunciou à Secretaria de Estado para Segurança Interna dos Estados Unidos para assumir a Reitoria da Universidade da Califórnia – cargo este ocupado, durante 145 anos, por homens. Conforme explicitado na reportagem, em pesquisa realizada através do site da Forbes, Janet Napolitano não tem a experiência acadêmica necessária para o mais alto cargo da Universidade. Embora sem essa vivência, como teve uma carreira pública de sucesso, sendo governadora do Estado do Arizona de 2003 a 2009 e posteriormente servindo ao Presidente Obama na Secretaria de Segurança Interna, Janet
Cida Montijo Sócia Diretora na empresa Interativa - Assessoria de Projetos e Consultoria Empresarial. Escritora do livro Coaching - A Solução pela Editora Ser Mais. www.inter-ativa.com cida@inter-ativa.com
senvolveu modelos matemáticos que podem ser usados para prevenção de riscos em operações financeiras. Em entrevista para Monica Weinberg, da revista VEJA, (http://veja.abril. com.br/idade/exclusivo/17203/entrevista_daniela_pucci.html) conta que sempre foi perfeccionista, não admitindo nota menor que 10. Dedicada aos estudos e falando três idiomas, inglês, francês e alemão, viveu uma vida normal, dançava, jogava tênis e se relaxava com Clarisse Lispector. Comenta que os interesses paralelos e os hobbies ajudaram a sua carreira - “O mercado valoriza a diversidade”. Como tinha base sólida, pois sempre estudou em boas escolas particulares, não teve problemas na Universidade de Stanford e afirma que “quanto mais você convive com bons cérebros, melhor fica o seu próprio”, diz Daniela Pucci na entrevista. Em 2006, depois de co-
nhecer o dançarino de tango Luis Bianchi, atual marido, começou a pensar no tango de forma profissional - “Percebi que era a dança que me fazia feliz”, diz. Finaliza a entrevista com os seguintes dizeres: “A diferença é que hoje tenho a satisfação de fazer o que gosto e a liberdade de escolher como viver a cada dia”. Mariá Giuliese, em seu livro “O Jogo da Transição – Sua Carreira em Movimento” (Ed. Saraiva), afirma que não há nada de errado em querer experimentar outro norte “É importante olhar para si mesmo e descobrir o que está acontecendo.” Dessa forma, a redescoberta de novos caminhos, das possibilidades que emanam do interior de cada um, a força da energia vital, da coragem e da determinação que move tudo isso, faz com que essas mudanças de carreira aconteçam de forma natural, mais leve e feliz.
Dan ilo Bian chin i
Napolitano, também com grande capacidade diplomática inquestionável, pode ter sido convidada a esse novo desafio porque a Universidade procurava minimizar as questões burocráticas na captação de recursos para a instituição por causa da tendência de alta das mensalidades. A reportagem não detalha as questões pessoais, tampouco o que está por trás de uma decisão tão importante. Mas o fato é que ela ocorreu. Daniela Pucci (38), engenheira de computação, mudou o rumo de sua brilhante carreira, como a mais jovem professora do departamento de engenharia mecânica do Instituto de Tecnologia de Massachussetts (MIT) pelo sonho de se tornar dançarina de tango. Formada pela Universidade Estadual de Campinas, concluiu um doutorado na Universidade de Stanford, cuja tese defendida foi considerada a melhor realizada nos Estados Unidos em sua área de estudos. Ela de-
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COLUNA pAULO GAUDENCIO
Sua pergunta... Acabei de me formar e nunca trabalhei na área. Devo começar a procurar trabalho logo de imediato ou faço um intercâmbio e qualifico meu currículo? Fernanda Ramos, jornalista
...GaudEncio
responde
A curto prazo o melhor é trabalhar. A médio e longo prazo, quanto mais formações tiver, será melhor. Você tem que saber qual caminho seguir: a curto ou a médio/longo prazo. A escolha deve ser sua. Boa sorte!
Paulo Gaudencio Psiquiatra formado pela Faculdade de Medicina na Universidade de São Paulo (USP). Dedica-se há mais de 40 anos à psicoterapia de grupo e à pesquisa científica.
Você também procura respostas? pergunteaogaudencio@revistasermais.com.br 64 editorasermais.com.br
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EXPRESSAO Reinaldo Polito
Pronto para falar bem
em 15 minutos
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magine que na última hora você tenha de falar em público e não sabe por onde começar. Aqui está um roteiro simples e rápido de três passos para preparar uma boa apresentação em apenas quinze minutos. 1 - Saiba qual o tema e motivo do evento Identifique de maneira clara qual o motivo do evento e o assunto que será tratado. Para ter resposta a essa questão reflita sobre os motivos que levaram as pessoas àquele encontro e qual o tema principal a ser abordado. 2 – Descubra os problemas e as soluções propostas Quase sempre as apresentações são feitas para propor soluções a determinados problemas. Esse é o alicerce da apresentação. Tudo deverá girar em torno dos problemas e das soluções. Se, eventualmente, o objetivo for discorrer sobre uma novidade, uma informação atual, faça um retrospecto, analise como foi o histórico do assunto até chegar a esse momento presente. Ao atender a esses dois pontos sua apresentação estará pronta. 3 – Estabeleça a ordem da sua apresentação Sua apresentação já está pronta, faltam apenas os detalhes. E um dos mais importantes é saber a sequência lógica da exposição. Vamos a ela:
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A – Cumprimente os ouvintes De maneira geral “Senhoras e Senhores” em casos mais formais e “Olá pessoal” nas situações mais informais serão suficientes. B – Faça a introdução Nada complicado. Agradeça o convite que recebeu para falar. Faça comentários simples sobre o evento. Pode ser uma referência a uma reunião anterior, aos planos que fizeram no último encontro, ou algum ponto associado ao público ou a algum ouvinte importante. Se tiver uma história “na manga” que possa ser associada ao evento, lance mão dela. Se estiver bem à vontade e perceber uma informação curiosa no ambiente, use a presença de espírito e brinque com a situação. C – Conte qual é o assunto Em uma frase ou duas conte qual o assunto que será desenvolvido. Essa tarefa será simples, pois você já refletiu sobre esse aspecto da apresentação antes de começar a falar.
Cabem aqui os argumentos, como estatísticas, pesquisas e exemplos. F – Conte uma história Não é uma obrigação, mas uma boa história, ligada diretamente ao assunto, além de servir como ilustração e facilitar o entendimento do ouvinte, torna a apresentação mais arejada e interessante. G – Refute as objeções Nem sempre os ouvintes terão objeções, mas se sentir que existe ou poderá existir algum tipo de resistência, defenda seus argumentos. H – Conclua Depois de ter cumprido todas as etapas, chegou o momento de concluir. A maneira mais simples de cumprir essa tarefa é pedir para que os ouvintes reflitam ou ajam de acordo com a mensagem. Parece incrível, mas em menos de quinze minutos você estará pronto para fazer a apresentação.
D – Revele o problema Conte aos ouvintes qual o problema para o qual pretende apresentar soluções. E – Apresente a solução Depois de deixar claro qual o problema, agora chegou o momento de apresentar a solução. Lembre-se de que se fez um histórico, agora vai falar do presente.
Reinaldo Polito Mestre em Ciências da Comunicação, palestrante, professor de expressão verbal e autor consagrado. www.polito.com.br
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