The Magazine

OBESIDADE Inicie agora mesmo sua dieta.

PERGUNTAS exclusivas para a banda Nenhum de Nﾃｳs pg.16

Fﾃ。IO PORCHAT

ARGENTINA

O antes e o depois do Programa do Jﾃｴ pg.32

Tour gastronﾃｴmico alternativo em Buenos Aires pg.52

2 - themagazine | marรงo 2014

themagazine | marรงo 2014 - 3

Sumário 16 Balonismo - Do início aos dias de hoje

22

Fafella - Blogueira de sucesso

28

Economia Criativa - Entenda o que é

54

A história do Surf

56

Snowland - Neve o ano inteiro

David Coimbra

30

58

Nenhum de Nós- 10 perguntas exclusivas

24

52

Sancler Frantz - Miss Brasil Mundo

Buenos Aires - Tour gastronômico alternativo

44

32

Fábio Porchat - O antes e o depois do Programa do Jô

Planeta Atlântida - Público animado fez a festa

48

36 Stock Car Brasil- Um pouco da história da principal categoria do automobilismo do Brasil 4 - themagazine | março 2014

Infoobesidade - Inicie agora mesmo a sua dieta.

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Leitores TWITTER

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Olha por onde anda a TM! Com nosso amigo Rafael Deves em Nova Jérsei - EUA

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@gabriel_moura: Linda demais! RT: “@the_ magazine: Mais um mega motivo para você ler a TM! #martinaspier #musadobrasileirao

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Mande e-mail para contato@themagazine. com.br e dê sua opinião sobre a matéria de capa da edição número 3 da TM: “Infoobesidade”

Qual sua principal fonte de informação?

6 - themagazine | março 2014

@joyce_vasconcelos: Parabéns ao pessoal da @the_ magazine pelo convidado especial Fabrício Carpinejar... Muito bom o texto.

FACEBOOK Curta a nossa página no FB. facebook.com/themagazinetm

ops!

Herrar é Umano - Na edição passada da TM na matéria com o Ico Thomaz a foto do seu casamento foi clicada pelo fotográfo Emmanuel Denaui. Foi mal Emmanuel!

@nfdsgn@the_magazine_ adorei a matéria sobre as gerações!!!me identifiquei bastante...Parabéns!

Na sua opinião, o Brasil é o país do(a)?

- Carnaval - Futebol - Diversidade - Oportunidade - “Jeitinho brasileiro” - Futuro Respostas pelo site themagazine.com.br

themagazine | marรงo 2014 - 7

Redação THE MAGAZINE cores dos balões que adornam a matéria sobre o Balonismo e com a criatividade que nos brinda Fernando Volken Togni na ilustração exclusiva para a capa da revista Por fim, a diversão é garantida com o humorista, ator e roteirista, Fábio Porchat, a mágica da neve nos trópicos do Snowland, a velocidade dos super carros da Stock Car Brasil e com as palavras sempre muito bem colocadas do escritor David Coimbra.

Esperamos que a leitura desta edição seja tão construtiva e divertida para vocês, quanto foi para a nossa equipe a montagem e a produção da mesma.

Feliz 2014!

Esta edição marca o início de mais um ano de publicações da Revista “The Magazine”. Depois de um 2013 de muito planejamento, buscamos um 2014 de consolidação.

A ideia de buscar conteúdo de qualidade com informação responsável, foi o estímulo que iniciou, justificou e manteve este projeto.

Sabemos da importância de termos um ideal, mas entendemos que é a luta do dia a dia e a busca por melhorar sempre que nos define e que é fundamental.

Nossa primeira edição de 2014 esta séria, bonita e divertida! A seriedade se destaca em nosso principal assunto desta edição, que tem tudo a ver com uma das nossas grandes preocupações, que é a necessidade de bem informar. A matéria de capa fala sobre a Infoobesidade deste nosso tempo digital, globalizado e instantâneo. A beleza esta estampada nas fotos do ensaio da nossa Miss Brasil Mundo Sancler Frantz, nas 8 - themagazine | março 2014

Equipe The Magazine.

Redação: Diretor Geral: Rodrigo da Luz Diretor Administrativo: Oziel Meurer Diretor de Redação: Maurício Rocha Diretor de Arte: Neto Freitas e Luciano da Luz Gerente Comercial: Lucas Salin Autor Corporativo: Rodrigo da Luz Colaboradores desta edição: David Coimbra, Mariana Simionato, Tony Ademo, Prof. Dr. Oscar Rudy Kronmeyer Filho, Berenice Taboada Díaz e Paula Rondinelli.

Comercial: Rodrigo da Luz e Lucas Salin A revista The Magazine é bimestral.

Todas as opiniões de matérias são de inteira responsabilidade de seus autores.

Impressão: Gráfica Pallotti Tiragem: 5000 exemplares Contato Para anunciar ligue: Rodrigo da Luz 51 8157.8516 rodrigoluz@themagazine.com.br Lucas Salin 51 8157.8513 lucas@themagazine.com.br Para assinar ligue: 51 8157.8516 comercial@themagazine.com.br Para se corresponder com a redação: redacao@themagazine.com.br Rua João F. Schneider - 1044 Lajeado/RS Sugestões e correções: contato@themagazine.com.br Volume 1 - N° 3 - 2014 Editora The Magazine - Rua João F. Schneider - 1044 - Lajeado/RS www.themagazine.com.br

themagazine | marรงo 2014 - 9

Cinema / Elenco

12 Anos de

Escravidão

1841. Solomon Northup é um escravo liberto, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos ele passa por dois senhores, Ford e Edwin Epps, que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

Elenco: Chiwetel Ejiofor, Michael Fassbender, Benedict Cumberbatch, Paul Dano

Capitão América 2

Capitão América 2 - O Soldado Invernal se passa dois anos após os eventos mostrados em Os Vingadores - The Avengers. Steve Rogers (Chris Evans) luta para cumprir seu papel no mundo moderno, em parceria com Natasha Romanoff (Scarlett Johansson), também conhecida como Viúva Negra, para derrotar um poderoso e misterioso inimigo na cidade de Washington dos dias atuais.

Elenco: Chris Evans, Scarlett Johansson, Sebastian Stan, Anthony Mackie

O Lobo de Wall Street 10 - themagazine | março 2014

O filme é adaptação do livro de memórias de Jordan Belfort, que no Brasil ganhou o nome de “O Lobo de Wall Street”. Belfort foi um corretor de títulos da bolsa norte-americana que entrou em decadência nos anos 90. Sua história envolve o uso de drogas e crimes do colarinho branco.

Elenco: Leonardo DiCaprio; Jonah Hill; Margot Robbie; Matthew McConaughey; Kyle Chandler; Rob Reiner; Jon Bernthal; Jon Favreau

themagazine | marรงo 2014 - 11

Game / Lançamentos

Game of Thrones

Metal Gear Solid 5

The Order: 1886

A famosa série literária As Crônicas de Gelo e Fogo - mais conhecida como Game of Thrones dará origem agora à um game de RPG.

Depois dos eventos de Metal Gear Solid V: Ground Zeroes, Snake cai num coma, depois da destruição da Base Mãe, base de operações da MSF.14. Nove anos mais tarde, Snake finalmente acorda do seu coma e forma um novo grupo mercenário, os Diamond Dogs. Agora com o nome Punished Snake (Snake Punido), ele entra no Afeganistão durante a guerra Soviética para perseguir os homens responsáveis pela destruição dos MSF.

Em The Order: 1886 o jogador controla um grupo de cavaleiros conhecidos como The Order - uma força de indivíduos dedicados, fundada à séculos pelo Rei Artur para confrontar criaturas.

PS3 | X360 | XBO | PS4

PS4

O game contará com a presença dos atores da série, como o Comandante da Patrulha da Noite, Lord Mormont, o eunuco Lord Varys e muitos outros, cenários conhecidos dos fãs da série como A Muralha e Porto Real também marcarão presença.

PC | XBOX 360 | PS3

12 - themagazine | março 2014

O jogo decorre em 1886, em que Sir Galahad é um dos mais respeitados cavaleiros da The Order. Sir Galahad e três dos seus mais leais parceiros, irão precisar de toda a ajuda para lutar contra os rebeldes e outras ameaças que espreitam Londres.

themagazine | marรงo 2014 - 13

Livros / Lançamentos

Bel Pesce Procuram-se super heróis O nosso dia a dia é feito de um passo após o outro. Mas o que poucos de nós sabemos é que, na verdade, também podemos voar.

Pois é: somos super-heróis. Seja porque damos exemplos de vida todos os dias, seja porque aconselhamos, escutamos, conversamos ou, simplesmente, temos coragem de mudar as coisas para melhor.

Desenvolver super-poderes é uma forma de entendermos os outros e descobrirmos mais sobre nós mesmos.

Editora: Leya Brasil

Paulo Coelho Manuscrito encontrado em Accra 14 de julho de 1099. Enquanto Jerusalém se prepara para a invasão dos cruzados, um grego conhecido como Copta convoca uma reunião com os jovens e velhos, homens e mulheres da cidade.

A multidão formada por cristãos, judeus e muçulmanos chega à praça achando que irá ouvir uma preleção sobre como se preparar para o combate, mas não é isso o que Copta tem a lhes dizer. Tudo indica que a derrota é iminente, mas o grego só quer instigar as pessoas a buscarem a sabedoria existente em sua vida cotidiana.

Editora: Sextante

David Coimbra Uma história do mundo Você já parou para pensar por que o homem abandonou centenas de milhares de anos de vida nômade e decidiu se fixar num único lugar na Terra? Por que as pessoas se juntam em cidades? Por que o homem moderno vive como vive, com suas crenças, medos e culpas? Uma história do mundo foi escrito para responder a essas e a outras tantas perguntas.

Editora: L&pm

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Música / Nenhum de Nós

Nenhum de Nós Uma das bandas mais respeitadas do cenário pop-rock brasileiro.

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Foto: Moises Bettim

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Em 2014 o Nenhum de Nós completa 28 anos de carreira, com uma legião de fãs espalhados por todo o país.

Sady Homrich - Bateria

Fotos: Divulgação

Mantendo a mesma formação desde seu início, a banda foi pioneira no rock brasileiro ao incorporar acordeon entre seus instrumentos. É, sem dúvidas, uma das bandas mais respeitadas do cenário pop-rock brasileiro.

18 - themagazine | março 2014

The Magazine: Lá no final da década de 80, até aquele show do DeFalla na praia de Imbé, que vocês abriram, imaginavam que a Banda chegaria onde chegou e que vocês poderiam viver da música?

Sady Homrich: Nunca poderíamos imaginar a importância daquele show.

Nos atrasamos pra tocar e acabamos subindo ao palco depois do DeFalla, numa atitude altruísta do empresário que nos contratou e do produtor do DeFalla, um tal Tonho Meira, que nos tranquilizou. Depois do show ele veio falar conosco e perguntou se tínhamos empresário. Ele é o nosso manager até hoje!

Thedy: O sonho de toda a banda é conseguir viver de sua própria produção.

Não creio que a gente pensasse que fosse tão rápido, sabíamos que teríamos muito chão até alcançar um ponto onde pudéssemos nos sustentar e/ou nossas famílias. Desde de 87 isso vem acontecendo. Acho que é mais uma prova de sucesso.

The Magazine: Com a música “Camila, Camila” vocês estouraram no Brasil inteiro. Como foi essa experiência de passar de uma Banda de Rock Gaúcha pra uma Banda reconhecida no País inteiro?

alcançou um patamar de popularidade só semelhante ao sucesso do início.

Sady Homrich: Nosso primeiro cartão de visitas, a canção Camila Camila, nos catapultou do mais absoluto anonimato às rádios e TVs de todo o Brasil. Não éramos conhecidos nem em Porto Alegre!Tivemos que nos estruturar e correr atrás da máquina.

Carlos Stein: Me pegou de calças curtas. As coisas foram simplesmente acontecendo. Eu ainda cursava a faculdade e logo constatei que ia ser impossível levar as duas coisas adiante.

Foi absurdo ter um grande sucesso justamente quando o mercado do rock estava num de seus melhores momentos.

Mas teve seu lado difícil, também. Fazer shows diante de plateias imensas com apenas um sucesso e no primeiro disco foi complicado.

The Magazine: “Enquanto conversamos”, gostaríamos que vocês nos contassem “Uma Pequena História”. Onde vocês estavam em 93?

Carlos Stein - Guitarra Base Carlos Stein: Estávamos tentando nos redescobrir. Foi uma fase difícil, quando ficamos sem gravadora. Mas nos ajudou a re encontrar a nossa voz.

The Magazine: O Lançamento do primeiro álbum Acústico coincide com a fase independente da Banda. O que foi que mudou exatamente pra decidirem por esse caminho?

The Magazine: Antes mesmo da onda das Redes Sociais e You Tube vocês já investiam em vídeo clipes, tanto que em 92 A banda foi escolhida pelo público da MTV como tendo o melhor vídeo Clipe do Brasil. Na época a Banda representou o País no MTV Video Music Awards em Los Angeles.

Como foi essa experiência e qual a diferença entre fazer vídeo Clipes na Década de 90 e hoje em dia?

Sady Homrich: O investimento financeiro que se fazia em clipes hoje é inviável. As produções atuais devem investir em ideia, conceito, como as faixas do DVD Contos Acústicos de Água e Fogo, que é uma obra de arte do diretor Cláudio Veríssimo.

Carlos Stein: A constatação de que tudo dependia de nós. Foi um pouco assustador, no início, mas nos deu uma saudável sensação de que tínhamos o nosso futuro em nossas mãos.

Thedy: Não foi exatamente assim. Nosso primeiro acústico saiu pela Universal Music. O princípio do pensamento de banda independente foi com esse projeto e, passamos a planejar nossa carreira com a pauta de artista independente desde então.

Veco Marques - Guitarra Solo

The Magazine: Qual o momento mais marcante da Banda?

Sady Homrich: Foi um período de incertezas. Havíamos saído de uma gravadora depois de 4 discos, fizemos um bom contrato com a Polygram. Daí o diretor artístico ouviu 17 canções em uma fita demo e não gostou de nenhuma.

Estávamos prontos a desfazer o contrato até que apareceu a oportunidade de fazermos o primeiro CD acústico do Brasil dentro do Teatro São Pedro.

Gravamos de forma independente, da maneira que quisemos. A Polygram ouviu e gostou. Na virada para o século XXI resolvemos dar aquela demo de presente aos fãs.

Sady Homrich: O Acústico ao vivo DOIS, pois adquirimos um nível de cumplicidade do público poucas vezes vista. A turnê foi extensa, mas foi ótima.

Dá saudade de tocar aqueles arranjos lapidados.

Thedy: Foram vários momentos marcantes. O primeiro disco, por ser o início de tudo. O primeiro acústico, onde a banda teve que pensar o projeto como artista independente. O disco Mundo Diablo, onde tivemos que reinventar nossa sonoridade. Nosso primeiro DVD – do Acústico 2 – onde a banda themagazine | março 2014 - 19

Carlos Stein: Tudo era um pouco mais difícil, naqueles dias, mas tivemos a sorte de ter uma boa música, uma boa ideia, o investimento da gravadora e uma equipe excelente que nos ajudou a concretizar nosso projeto. Ter ido a Los Angeles em 92, representando a MTV Brasil com os colegas da banda foi inesquecível. Ainda hoje me parece um sonho.

Thedy: Estávamos inventando um jeito de fazer as coisas sem orçamentos gigantes. Fomos perseguidores de boas ideias toda nossa vida e com os clipes não poderia ser diferente. Para nós isso ainda vale pois não trabalhamos em função de orçamento e sim de ideias.

The Magazine: Depois do lançamento do álbum Pequeno Universo em 2005, a Banda ficou 6 anos sem lançar novas composições. O que aconteceu nessa época até 2011 com o lançamento de Contos de Água e Fogo?

Sady Homrich: Não lançamos ‘discos de estúdio’ com músicas novas, mas havia faixas inéditas nos trabalhos que lançamos nesse período.

Thedy: Não foi bem assim. Nosso projeto “A céu aberto” tinha duas composições inéditas (Santa Felicidade e Desejo) que foram selecionadas entre um bom número de canções novas. Algumas foram aproveitadas depois, outras não. O processo de criação nunca para.

The Magazine: O que vocês escutavam e que influenciou a banda no começo e quais são suas influências musicais hoje?

João Vicenti - Teclados, Acordeon

Carlos Stein: No começo foram Paralamas, Legião, The Clash, Bowie, Iggy Pop, Duran Duran entre outros.

Hoje o elenco é bem mais amplo. Nem conseguiria citar. Não deixamos de usar nossas antigas influências e trazemos muitas outras para dentro de nosso trabalho mas agora acho que já podemos dizer que temos uma identidade sonora própria e, quem sabe, até influenciamos alguém.

Thedy: No início o Paralamas foi um norte de conduta e planejamento de futuro. Também como sonoridade.

Mas a influência mais constante para nós – até hoje – é o rock inglês, seja de bandas novas ou novíssimas (como Artic Monkeys) até as consagradas como Beatles, Smiths, Oasis – para citar de várias décadas.

The Magazine: Um dos integrantes da equipe “The Magazine” nos confidenciou que quando casou, ele e a esposa saíram da Igreja com flores na cabeça e com os pés descalços, e cantando, junto com todos os convidados, o refrão de “Paz e Amor”. Isso teria marcado a vida da família. Vocês tem ideia de como a música da banda influencia a vida das pessoas?

Thedy: É muito comum que relatos semelhantes a esse cheguem até nós.

Costumamos dizer que nossas músicas são a trilha sonora da vida de muitas pessoas e isso é um enorme privilégio.

Sady Homrich: É o maior legado que podemos ter. Quando uma banda vira ombro amigo, referência para as pessoas,

20 - themagazine | março 2014

é sinal que está cumprindo sua missão.

The Magazine: Depois de quase 30 anos, mais de 1700 Shows, mais de um milhão de álbuns vendidos o que os fãs podem esperar do Nenhum de Nós?

Sady Homrich: Sinceridade, dedicação e respeito. Abraço do batera SADY Carlos Stein: Mais músicas e mais shows. É o que amamos fazer.

Thedy: Que a gente não desista! (risos)

Thedy Corrêa - Vocal e Violão, Harmônica

themagazine | marรงo 2014 - 21

Hobby / Balonismo

Balonismo Do inĂ­cio aos dias de hoje

Fotos: Banco de images

22 - themagazine | março 2014

Em 1709, o Padre Brasileiro Bartholomeu de Guzmão fazia ao Rei de Portugal, João V, a primeira demonstração de voo de um balão. Infelizmente, naquela ocasião o balão subiu cerca de 4 metros e incendiou ao se chocar com o teto causando muita correria e desconfiança. Por conta do incidente o projeto de Bartholomeu de Guzmão perdeu credibilidade e ele a chance de ser reconhecido como o “Pai dos Balões”, Mais de 70 anos depois, exatamente no ano de 1783, o teste com Balão realizado pelos irmãos Etienne e Joseph Montgolfier, na França, no qual realizaram um voo levando abordo alguns animais que retornaram ao solo em perfeitas condições, assistidos atentamente pelo Rei Luiz XVI e pela maioria da população parisiense da época, marcou o surgimento oficial do Balão.

Somente um século depois os Brasileiros retomam seu protagonismo na história dos Balões com o Paraense Júlio Cezar Ribeiro de Souza, que em 1884, patenteou, em Paris, o Dirigível Victória, que voou contra o vento e em linha reta. Em 1893 foi construído, em Paris, o Dirigível “Bartholomeu de Gusmão”, em homenagem ao Padre Brasileiro, por Augusto Severo de Albuquerque Maranhão. O balão, de cerca de 2.000m3, medindo 60m de comprimento, chegou ao Brasil em março de 1893. No Campo de Tiro de Realengo no Rio de Janeiro, foi construída uma usina para a produção de hidrogênio, e a Estrutura em Treliça do Balão, que foi projetada para ser executada em alumínio. Porém, a falta deste material, fez com que Severo Alterasse o projeto, construindo a parte rígida do aparelho com Bambu.

Finalmente, o Grande Santos Dumond, que com seu aprendizado em construção de aeronaves, vez vários dirigíveis. A construção de um Balão de 186 Metros quadrados com hélice, por Dumond, serviu de base para o Famoso 14 Bis. Em 1898 Santos Dumond fez o Primeiro Voo com o Balão que batizara de Brasil.

Partindo daí, veio a era dos Voos comercias de Dirigíveis Zeppelin que transportaram cerca de 10.000 pessoas em 1.600 Voos.

O Americano Ed Yost, construiu um Balão de 230 metros cúbicos que voava com o auxílio de um maçarico, marcando o ano de 1953 como o da invenção do Balão movido a ar quente. Na década de 60 o Balonismo surge como um esporte.

O pioneiro do Esporte no Brasil foi Victorino Truffi, que fez seu primeiro voo em Araraquara, São Paulo em 1970.

O esporte balonismo se regulamentou no país em 1987 quando a fundação da Associação Brasileira de Balonismo que viria a realizar seu primeiro campeonato brasileiro já no ano 1988.

O principal Campeonato de Balonismo é o Mundial que já é realizado desde 1973 e que em 2014 será realizado pela Primeira vez no Brasil, na Cidade de Rio Claro em São Paulo.

Entre os Festivais, o mais importante e badalado é o Festival Internacional de Albuquerque, no México.

A altitude acima de 1500 metros, tornando o ar menos denso, grandes espaços abertos e muito sol, fornecem as condições ideais para a prática de balonismo, além de reunir cerca de 700 balões do mundo inteiro e um público de mais de 1 Milhão de pessoas.

No Brasil os principais eventos do Balonismo são: O Festival Internacional de Balonismo de Torres, a Copa Brasil de Balonismo, o Campeonato Brasileiro de Balonismo, o Campeonato Sul Brasileiro de Balonismo, o Campeonato NipoBrasileiro de Balonismo de Maringá e o Campeonato Paulista de Balonismo.

Atualmente, no mundo, existem cerca de 15.000 balões, sendo que a grande maioria está nos Estados Unidos.

O Brasil tem cerca de 140 pilotos com aproximadamente 200 Balões.

themagazine | março 2014 - 23

Ensaio / Sancler Frantz

Miss Brasil Mundo Sancler Frantz Könzen, gaúcha nascida em Arroio do Tigre, em 9 de abril de 1991, é modelo, miss e jornalista. Inicialmente conhecida como apresentadora de TV no Rio Grande do Sul e vencedora de muitos concursos de beleza. Ganhou fama nacional ao vencer o Miss Brasil Mundo em 2013. Além disso, foi uma das finalistas e a favorita do público de um importante reality show no ano anterior.

The Magazine: Quando foi que você começou a acreditar que podia ser Top Model?

Sancler: Com quinze anos comecei a participar de concursos de beleza, e nessa época vieram os primeiros trabalhos como modelo, mas nunca foi meu foco.

Sempre gostei mais de televisão, por isso preferi ficar no Rio Grande do Sul e iniciar minha faculdade de jornalismo ao invés de viajar pelo mundo como modelo.

24 - themagazine | março 2014

The Magazine: Tu és dona de uma coleção invejável de faixas de Rainha, Princesa, Garota e Miss. Qual delas foi a mais gostosa de ganhar?

Sancler: Ganhei mais de 20 concursos de Beleza, cada um deles foi uma experiência diferente e que ficou marcada na minha vida. Não tenho como citar um como melhor, todos foram diferentes e especiais.

The Magazine: Tu cursas, ou cursou Jornalismo na Universidade. Pretendes investir nesta carreira também? Como conciliar o Jornalismo com a vida de Top Model?

Sancler: Tive que trancar a faculdade por que não tive tempo nesse ano, me dediquei muito para o concurso. Como Miss Brasil busquei trazer o melhor resultado para o nosso país na etapa mundial. Mas pretendo ainda esse ano voltar à faculdade e seguir minha carreira como jornalista.

Foto: Edu Fuica

The Magazine: Em 2012 participaste do Programa Top Model, o Reality.

Gostaríamos que nos contasse um pouco sobre esta experiência.

Sancler: Em 2012 tive a experiência mais diferente da minha vida até hoje. Ficar confinada em uma casa cheia de modelos, todas com o mesmo objetivo, algumas com anos de experiência já, sem celular, internet e comunicação com as pessoas, passando por provas malucas todos os dias e sendo rigorosamente avaliada, foi uma experiência incrível.

Foto: Flávio Florido

Aprendi a controlar as emoções, la precisávamos ter muita força de vontade, foco, porque acordávamos muito cedo sem saber o que ia acontecer naquele dia, sem saber se continuaríamos na casa.

O mais maravilhoso foi o carinho das pessoas comigo, fiquei muito feliz com as mensagens que recebi durante o programa. Fiquei em terceiro lugar, mas a aceitação do público foi o meu maior presente, na votação popular venci com mais de 80%.

The Magazine: Em 2013 veio a Faixa de Miss Brasil World. Consegues descrever a sensação de vesti-la?

Sancler: Realização de um sonho e extrema alegria. Passei alguns dias sem acreditar que havia vencido! Foi um concurso com lindas meninas de todo o Brasil, então foi muito gratificante vencer, foi o resultado de muita dedicação. themagazine | março 2014 - 25

Foto: Edu Fuica

26 - themagazine | marรงo 2014

Foto: Rogério Tonello

The Magazine: Como parte do Concurso Miss Brasil World, tivestes que desenvolver um Projeto Social.

Como foi desenvolvido este Trabalho e você já participou de outros projetos ou campanhas?

Sancler: O Miss Mundo Brasil tem esse diferencial, que é o Beleza com Propósito, lema do concurso. Cada miss desenvolve ou abraça algum projeto social, e eu como Miss Brasil dei continuidade ao trabalho que foi iniciado em 2012, a luta contra a hanseníase no Brasil.

Tem a coordenação da dermatologista Alicy Raquel Scavello, e tem como objetivo promover ações sociais e campanhas de conscientização e informação.

O Brasil é o segundo país com maior número de casos no mundo, primeiro em número de casos nas Américas, por ano 35 mil pessoas são diagnosticadas com a doença e mais de 3 mil sofrem danos irreversíveis.

ainda recebestes o título de corpo mais bonito do mundo. O que significou isso pra você?

Sancler: Resultado de muito trabalho e dedicação, não só meu, mas também das pessoas que estiveram envolvidas durante meses na minha preparação. Foi uma alegria muito grande trazer esse resultado para o Brasil. 2013 vai ficar marcado como um ano maravilhoso, onde pude realizar vários sonhos e viver o que nunca imaginei viver.

The Magazine: O que podemos esperar da Sancler Frantz num futuro a curto prazo e quais são seus planos fora da carreira?

Sancler: Acredito que tudo na vida tem um ciclo. Fui Miss Brasil, estou ainda na fase de aproveitar todas as oportunidades e tudo de bom que esse título proporciona, mas quero focar na minha faculdade e na minha carreira.

Tem algumas novidades, mas não posso contar ainda!

Trabalhamos em parceria com o MORHAN, entidade que luta contra a doença desde 1980, fazendo ações sociais em todo o país.

The Magazine: Representastes o Brasil na etapa mundial do Concurso Miss World 2013 ficando entre as 5 finalistas.

Foste eleita a Rainha das Américas e themagazine | março 2014 - 27

Moda / Fafella

ByFafella Seus vídeos tem cerca de 5 milhões de visualizações no Youtube e a cada Look do dia postado, ela deixa a mulherada enlouquecida.

Há quatro anos, a paraibana Rafaella Figueiredo decidiu compartilhar em um blog sua paixão pelo mundo das maquiagens. Foi um começo despretensioso, onde ela não tinha ideia de que tomaria o alcance que tomou.

A cada vídeo postado em seu canal do Youtube, Fafella como é conhecida por suas leitoras, deixa dicas de cosméticos, moda e comportamento. Para Rafaella, o grande diferencial de seu blog é o contato direto com suas leitoras. “Acho que se elas param 1 minuto do dia delas para ler meus posts e me deixar recados carinhosos, o mínimo que posso fazer é retribuir cada uma respondendo e agradecendo. Às vezes deixo a louça do almoço pra depois, só pra poder responder todos os comentários de um post”. Com a ajuda do marido Maurício, ela fotografa os looks que usa nos finais de semana, mostra o dia-a-dia de ser mãe e tutoriais de maquiagem, o que 28 - themagazine | março 2014

faz a blogueira estar conectada 24 horas por dia. “Estou sempre ligada no blog. Tenho o aplicativo no celular e sempre estou atualizando as respostas dos comentários. Faço tudo em meio a correria do dia a dia. Mas separo um dia pra gravar 2 vídeos e geralmente as fotos dos looks são feitas nos finais de semana”.

Além de blogueira e mãe, Rafaella é dona de uma loja virtual de maquiagens, roupas e produtos importados, a Safira Beauty. Assim, as leitoras que não moram nos EUA podem ter acesso aos mesmos produtos que ela encontra lá.

A intenção dela é sempre servir de inspiração para suas seguidoras.

“Minhas roupas não são de difícil acesso e nem muito caras para o lugar onde vivo, que é nos Estados Unidos. Mas para algumas leitoras do Brasil, fica difícil ter exatamente as mesmas peças, por isso meus looks sempre são compostos de leggings, blazers, jaquetinhas, etc. Peças que podem ser substituídas facilmente, caso alguém queira se inspirar e criar looks parecidos. Pelo feedback que recebo das leitoras, os meus looks

geram influências positivas por serem peças curingas que elas já possuem no vestuário ou que podem comprar numa fast fashion com mais facilidade, por exemplo”. Para 2014, Rafaella pretende transformar o blog em uma revista virtual, alinhando moda com autoestima e até dicas de culinária.

“

“

A brasileira, que mora nos Estados Unidos há mais de 10 anos, encontrou nos tutoriais de maquiagem a maneira de influenciar mulheres do mundo todo.

Comecei 2014 com muitas ideias novas, abordando todo o tipo de assunto.

O endereço de seu blog é byfafella.com Mariana Simionato Jornalista de Moda pela EnModa de SP, Consultora de Moda pela Universidade de Caxias do Sul e Senac. Editora do blog www.marianasimionato.com

themagazine | marรงo 2014 - 29

Lazer / Snowland Gramado

Em Gramado neva o ano inteiro Fotos: Vinícius Costa / Pressphoto

30 - themagazine | março 2014

As primeiras coisas que costumamos pensar relacionadas as férias de verão no Brasil são, praia, mar, areia, balneários, pouca roupa e parques aquáticos. Porém o SnowLand, vai por um caminho diferente e completamente novo.

Recentemente inaugurado em Gramado, RS, o lugar tem toda sua estrutura focada na neve, tendo inclusive, a primeira e única pista de esqui indoor da América Latina. Com um aporte de R$ 60 milhões o Parque se tornou o maior investimento Privado das região das Hortências.

O castelo de neve e a montanha nevada recriam clima europeu em Gramado.

Em uma área de 8,1 mil metros quadrados dedicados ao frio, o empreendimento recria um vilarejo encantado, onde a neve brinda seus convidados todos os dias, proporcionando um clima europeu e uma paisagem fantástica.

Entre as muitas atrações que o Snowland oferece, além da primeira pista de esqui e

snowboard indoor das Américas, estão: a Escola de Esqui e Snowboard , local para caminhadas na neve e exploração à montanha nevada, tobogãs, pista de patinação e praça de alimentação. Mas muitos querem somente brincar com a neve fazendo guerras com bolinhas de neve, aprendendo a construir um iglu ou decorando seu próprio boneco de neve.

Outra atração que encanta os visitantes do parque, são os 30 bonecos mecatrônicos que interagem com o público. Destaque para o mamute de 3,5 metros de altura, como era há 10 mil anos

atrás, e também para as moto-neves, que andam por elevações, túneis e curvas em um trajeto de 330 metros de distância que cria um clima de aventura.

Os pinguins e os mamutes gigantes encantam os visitantes.

Outro ponto alto do projeto é a área de alimentação, que tem aproximadamente mil lugares, e o espaço onde estão instaladas as 18 operações comerciais como, lojas de chocolates, artigos de couro, roupas infantis e calçados, além de jogos eletrônicos, pipocas e fondue express, entre outras.

São disponibilizados pacotes distintos para o Parque Snowland, que levam em conta os períodos de alta e baixa temporada, o tempo de permanência na montanha de neve e que incluem: tour na neve, acesso à Snow Arena e aluguel de roupas de neve. Os pacotes mais completos dão direito à patinação no gelo e alimentação, entre as quais um que inclui o tradicional fondue.

O Parque Snowland não pretende ser uma cópia de outros parques indoors já existentes no mundo, que focam prioritariamente as atividades nas pistas esportivas. Ele busca despertar a magia dos filmes e o encantamento das histórias infantis.

A qualidade das instalações do Snowland já está ganhando o reconhecimento de importantes instituições esportivas.

No final do ano passado, a Federação Internacional de Ski – FIS publicou uma notícia sobre “Onde esquiar em novembro” e citou diversos lugares no mundo, dentre eles, o Parque Snowland, nas Américas.

Quem diria, que num país tropical, “abençoado por Deus e bonito por natureza”, teríamos um lugar com neve o ano inteiro?

Não me surpreende que seja em Gramado, que sempre teve uma relação de amor com a neve e que agora, com o Snowland, poderão ser felizes o ano todo e para sempre!

Mais informações Snowland Gramado RS 235 - 9009 - Gramado - RS - Brasil Central de reservas: 51 3295.6000 contato@snowland.com.br

themagazine | março 2014 - 31

Personalidade / Fábio Porchat

Fabio Porchat é considerado um dos nomes mais conceituados do humor brasileiro, desponta agora, junto ao grande público, por seu trabalho frente às telas, no cinema e na TV, e como um dos idealizadores do portal de humor Porta dos Fundos.

Mas como tudo aconteceu?

Fábio Porchat, aos 19 anos era um jovem estudante de administração que gostava muito de imitar o Rui e a Vani, personagens da série brasileira “Os Normais”. Na época, o garoto Fábio divertia os colegas durante os intervalos das aulas na Universidade.

Em 2002, quando os alunos da ESPM, onde Fábio estudava, resolveram participar da plateia do Programa do Jô, na Rede Globo, a vida do rapaz mudou completamente.

Fábio Porchat

O antes e o depois do Programa do Jô

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O Fábio resolveu escrever um bilhete ao Jô Soares pedindo uma chance de se apresentar no programa fazendo aquela encenação dos Normais que ele costumava usar para entreter os colegas.

O Jô aceitou, o Fábio falou, a plateia riu, o Fábio se descobriu, o humorista surgiu.

Depois desta rápida aparição no Jô, o garoto Fábio virou Fábio Porchat. Foi convidado para testes na Rede Globo, mudou-se para o Rio de Janeiro, largou o Curso de Administração e passou a estudar Artes Cênicas na Casa de Arte das Laranjeiras, onde se formou.

Em 2006 começou a participar do Grupo Comédia em Pé, um dos Principais espetáculos de Stand Up no Brasil, e Pioneiro do Gênero.

Fotos: Divulgação-29Horas

themagazine | março 2014 - 33

Entre 2007 e 2009, atuou no curtametragem “O Lobinho Nunca Mente”, produziu e dirigiu a montagem de “Pic Nic no Front”, de Fernando Arrabal, se apresentou no maior Festival de Humor do Japão e ainda escreveu,produziu e dirigiu a peça “Palavras na Brisa Noturna”.

2010 foi o ano da volta ao Stand Up, agora com um espetáculo solo chamado “Fora do Normal”, que continua em cartaz até hoje rodando o Brasil e o mundo. Na Televisão, criou o quadro EXAGERADOS, no Fantástico, em que trabalhou também como ator e redator.

No mesmo ano participou atuando e escrevendo o programa JUNTO & MISTURADO, ao lado de Gregorio Duvivier, Bruno Mazzeo e Fabíula Nascimento, entre outros.

Participou como protagonista, em 2011, do Primeiro Longa Brasileiro lançado exclusivamente para Internet, “Teste de Elenco- O Filme”.

Foto: Dalton Valério-Divulgação

34 - themagazine | março 2014

fenômeno de audiência e inscrições no Canal do Grupo no Youtube com 6.300.000 inscritos e 500.000.000 de visualizações. Com este números o Porta dos Fundos se torna o Grupo com o maior canal de humor do mundo.

O Sucesso do Porta dos Fundos contribuiu muito para alavancar a carreira do Fábio Porchat no cinema e,

Foto: Isac Luz

Numa entrevista do Fábio, recentemente, então como convidado do Programa do Jô, ele confidenciou:

“

Naquele dia eu descobri o que eu queria da minha vida...e um mês depois já estava morando no Rio de Janeiro

“

Seguindo este currículo já extenso, dado o curto espaço de tempo, em 2012 passou a fazer parte do elenco do programa A GRANDE FAMÍLIA e participou da criação do Porta dos Fundos, do qual foi fundador juntamente com Ian SBF, Gregório Duvivier, João Vicente de Castro e Antônio Tabet.

O Porta dos Fundos se tornou um

de lá pra cá, foram 4 longas metragem: “Totalmente Inocentes”, dirigido por Rodrigo Bittencourt, “Vai Que Dá Certo”, dirigida por Maurício Farias, “O Concurso”, dirigido por Pedro Vasconcelos e “Meu Passado me Condena”, primeiro longa da diretora Júlia Rezende, em cartaz nos cinemas e derivado da série homônima do canal Multishow, lançada em 2012, em que atua com Miá Mello.

themagazine | março 2014 - 35

36 - themagazine | marรงo 2014

HIPERCONEXÃO

INFOOBESIDADE OU

?

TECNOLOGIA LIBERTADORA

FAÇA A SUA ESCOLHA.

Ilustrações: Fernando Volken Togni Texto: Prof. Dr. Oscar Rudy Kronmeyer Filho themagazine | março 2014 - 37

Capa / Infoobesidade

O cenário atual e futuro

Em 2013, o Brasil fecha o ano com mais de 100 milhões de brasileiros conectados, e mais da metade dos aparelhos telefônicos vendidos são smartphones.

Em 2017, haverá 3,6 bilhões de usuários de internet no mundo, praticamente a metade de população prevista para aquele ano, conforme estudo da empresa americana de tecnologia Cisco. Segundo a companhia, o tráfego anual de dados por dispositivos fixos e móveis deverá chegar a aproximadamente 121 exabytes por mês até 2017. Para dar uma ideia do que isso representa, 121 exabytes equivalem a 30 bilhões de DVDs, ou 750 quatrilhões de mensagens de texto.

(FONTE: http://blogs.estadao.com.br/ link/a-sabedoria-dos-dados/).

Os números dão a dimensão do futuro de nossa sociedade conectada. Hoje, já somos bombardeados por informações a todo o momento. Diante disso, cabe a reflexão: como lidar com essa explosão de dados? Qual o impacto desta hiperconexão na vida das pessoas? É possível extrair daí inteligência que auxilie políticas públicas ou estratégias de negócios? Tratamos um pouco destas questões neste artigo.

38 - themagazine | março 2014

O impacto da hiperconexão na vida das pessoas Estas armadilhas da hiperconexão, que podem levar a uma expectativa de quase conexão perpétua, podem atingir a todos. As pessoas começam a ficar mais ansiosas, menos atentas, com menos tempo disponível para prestar atenção com qualidade, menos sociáveis, mais gordas, e possivelmente com menos saúde! É comum que, por esta overdose de conexão e dados que nos bombardeiam todo o tempo, pensemos em demonizar a tecnologia que a propicia. Mas a culpa é da tecnologia? Afinal, não preciso ir mais ao banco pessoalmente, posso economizar viagens para tratar de negócios, não preciso visitar todas a lojas de eletrodomésticos para escolher uma lavadora de roupas, ou para comparar preços...

Steve Jobs afirmava que “a boa tecnologia é a que está basicamente invisível”. A boa tecnologia é um meio, não um fim em si mesma. Pedro Burgos, em sua obra “ “Conecte-se ao que Importa”, confirma que as tecnologias estão lá o tempo todo, mas elas realmente são valiosas quando nos conectam ao que importa. A tecnologia em si é neutra. É preciso saber usa-la, e isto pode ser para o bem, ou pode ser um problema. Vamos examinar estas questões um pouco mais de perto.

Como evitar a infoobesidade?

Como consumir somente a informação que me interessa?

Talvez Lewis Carroll, em seu livro “Alice no País das Maravilhas” (Alice in Wonderland), possa nos ensinar algo a respeito: quando Alice pergunta ao gato na encruzilhada qual caminho deve seguir, e o gato lhe pergunta onde quer ir, Alice responde que não sabe, e recebe a resposta: Para quem não sabe onde ir, qualquer caminho serve.

A questão é: para selecionar o que interessa, é preciso ter um propósito.

Para selecionar e priorizar, preciso fazer escolhas, preciso optar. Impossível ter tudo. Na Bíblia, demonstrando quão antiga é a questão, o livro de Eclesiastes registra a busca de Salomão por significado e propósito na vida. Ele buscava valor real em todas áreas, mas o resultado final era deprimente. “Vaidade de vaidades, diz o Pregador; vaidade de vaidades, tudo é vaidade” (1:2). E afirma que quem tudo quer age como o louco que busca caçar o vento: nunca consegue pegá-lo.

A tecnologia é libertadora Meu testemunho é que a tecnologia é libertadora. Hoje, graças a tecnologia, eu posso estar conectado e disponível

Excesso de informações Jon Stewart afirma:

“

se amplificarmos tudo, não ouvimos nada. Hoje produzimos tanta informação que é humanamente impossível consumir. Se não tivermos mecanismos de filtros para estas informações, o que temos é ruído ambiental, pois elas não fazem sentido.

“

esteja onde estiver, não é mais o meu escritório o centro. Eu sou o centro, você é o centro. Isto é profundamente libertador, e multiplica a nossa capacidade realizadora. É por isto que posso ter uma vida mais holística, mais integrada, onde esta separação artificial e imposta entre o que é vida profissional e o que é vida pessoal se dilui. Afinal, somos uma única pessoa, mas exercemos múltiplos papéis. A tecnologia permite que estes múltiplos papéis convivam simultaneamente de forma mais harmoniosa e com menos conflitos.

E isto é um ganho sem precedentes históricos. E com importantes impactos potenciais na produtividade das pessoas, das empresas, das nações.

Mas, afinal, não sejamos ingênuos: não existe almoço de graça (no free lunch), e toda moeda tem duas faces. Da mesma forma que posso assistir a apresentação de balet da minha filha na quinta-feira a tarde, sem culpa, pois estou conectado com os interesses da minha organização, e posso ser localizado imediatamente e entrar em ação se necessário, também posso ser alcançado no final de semana por questões profissionais que exijam minha atenção. E é esta integração de papéis que o uso inteligente da tecnologia viabiliza.

Por outro lado, pois toda moeda tem sua outra face, sabemos que existe gente que

hoje dorme com o smartphone sobre o peito, para não perder nada do que está acontecendo na sua rede social, gente que sofre crises de abstinência quando não está conectado, com sudorese, gente que desenvolve uma espécie de autismo social, levando o PhD em Psicologia americano Larry D Rosen a batizar de iDisorder esta patologia de uso excessivo das tecnologias conectadas, e que pode potencializar distúrbios psíquicos.

Portanto, sem tecnologia, esta história de bombardeio de informações é bobagem: sem um sistema para filtrar o que existe de relevante e de significativo neste universo de dados, todo este volume de

informações é puro ruído ambiental.

Uma das coisas irritantes neste mundo conectado é esta “cultura da interrupção”. Está cada vez mais difícil se concentrar, condição necessária para qualquer criação de qualidade.

Afinal, se temos tecnologia disponível, ficamos expostos, e muitos de nossos interlocutores se sentem a vontade em nos cobrar onipresença em todos os canais que estamos conectados.

Isto custa muito caro. Precisamos ter disciplina para administrar a exposição que nos interessa, e a quem nos interessa estar disponíveis.

Não deveríamos nos queixar deste excesso de informação, assim como eu não posso me queixar de que estou fora do peso, pelo fato de que temos muita comida disponível. É preciso disciplina para tratar disto... Não posso reclamar do excesso, pois afinal eu tenho a opção de não me conectar a tudo que existe !!! Afinal, como no caso da comida, tenho que melhorar os meus hábitos de consumo !!!

Charles Duhigg, repórter investigativo do New York Times, no seu livro “O poder do hábito”, diz que hábitos resultam de escolhas deliberadas, que a partir de um certo ponto acontecem de forma automática, sem reflexão e sem escolhas. Somos escravos de nossos hábitos. Precisamos cultivar bons hábitos informacionais.

themagazine | março 2014 - 39

Como estabelecer sua dieta de informações – combatendo a infoobesidade Pedro Burgos relata que Clay Johnson, no seu livro “Information Diet”, faz paralelo com o junk food, ingestão de comidas pouco saudáveis, e afirma que

é possível estabelecer uma infodieta, definindo o seu perfil de consumo de informação. Distribuir notebooks ou baratear a banda larga não vai resolver o problema do consumo inadequado da informação, se não há educação para guiar o seu uso, segundo Burgos.

Como isto trata de um grande problema para as empresas, e para o foco e produtividade dos executivos, e impacta na eficiência empresarial, muito se tem escrito sobre a construção desta DIETA DA INFORMAÇÃO. O nome é novo, mas a preocupação é antiga. Um dos primeiros artigos que trata disto foi publicado na Harvard Business Review, 40 - themagazine | março 2014

em 1979, por John Rockart, sob o título “Chief Executives define their own Data needs”. Neste artigo, Rockart estabelece a metodologia dos Fatores Críticos de Sucesso, elegendo as áreas onde deveria se concentrar a atenção dos gestores.

E argumenta que cada negócio precisa estabelecer quais seus Fatores Críticos de Sucesso (FCS) que são as poucas áreas chave das organizações onde as coisas precisam ir muito bem, reconhecendo que as organizações admitem muitos erros no plano operacional, desde que a orientação estratégica esteja correta. Naturalmente, as informações de interesse dos executivos estarão focadas nestes FCS. Esta é a primeira

nesta caminhada foi o livro “Gerencia de uma Página: finalmente um Sistema de Informações Simples que Funciona”, de Riaz Khadem e Robert Lorder, hoje esgotado. A proposta básica e desafiadora desta obra é: tudo o que você precisa saber sobre uma empresa tem que caber em uma folha de papel. Baseada na metodologia dos FCS, durante muito tempo em minhas aulas para as turmas de Ciência da Computação e Sistemas de Informações Gerenciais, esta foi uma obra norteadora da busca de metodologias e tecnologia para ser simples e dominar a complexidade. Escrita na forma de uma business nouvelle, o livro relata a saga de Brian Scott, que assume a Presidência

tentativa séria de se estabelecer uma disciplina para não se afogar num oceano de dados irrelevantes. É a primeira proposta consistente na construção do que eram conhecidos como Sistemas de Informações Gerenciais, que hoje prefiro denominar Painéis de Pilotagem Empresarial. É o esforço de dar disciplina e método na seleção daquilo que verdadeiramente interessa ao gestor.

E fica evidente que a informação a ser fornecida a cada consumidor depende dos interesses deste consumidor, e do uso que pretende dar a estas informações. Cabe a cada um definir o que lhe interessa.

Uma das obras que muito me apoiou

da XCORP, uma grande organização em dificuldades, com a missão de recuperála, e se defronta com a completa ausência de informações confiáveis sobre o desempenho da mesma.

Na evolução desta caminhada, Vicente Falconi Campos traz sua obra “Hoshin Kanri – Gerenciamento pelas Diretrizes”, uma nova visão desta mesma abordagem, num clássico muito utilizado nas organizações em todo o mundo. Na continuidade desta evolução, o estado da arte neste processo de pilotagem de empresas está hoje no Balanced Scorecard, proposto por Kaplan e Norton, da Harvard Business School, que propõem uma filosofia vencedora

no estabelecimento e gerenciamento das estratégias organizacionais. Como resultado, temos hoje os Painéis de Pilotagem de Empresas (Enterprise Management Cockpit), inspirados na metáfora da aviação. O piloto, assim como o administrador, tem que levar sua aeronave com segurança a seu destino, a partir de um plano de voo preestabelecido, e para isto precisa de um conjunto de instrumentos e indicadores para manter a aeronave no rumo, estabelecendo correções de rota na medida das dificuldades e problemas inesperados encontrados em sua trajetória original. Os instrumentos da aeronave são os objetivos estratégicos,

de dados, pois informação, afinal, não é o dado requerido para responder a uma pergunta, mas sim a resposta à pergunta feita. No minuto em que definimos informação como resposta à pergunta feita significa que a informação não é a entrada para o processo de decisão, e sim o resultado deste. Aceitar esta definição implica que o próprio processo de decisão deve ser encaixado no sistema de informação. Vejam quantos sistemas que se autodenominam Sistemas de Informação são na realidade sistemas de dados, ou seja, armazenam dados e delegam para seus usuários a combinação e computação destes dados para obter informação.

Esse campo da tecnologia refere-se ao conjunto de técnicas desenvolvidas a partir do momento em que se tornou possível processar quantidades gigantescas de informações. Caio Cicero Gomes (http://blogs.estadao.com.br/ link/a-sabedoria-dos-dados/) avalia que praticamente todas as áreas de atividade econômica geram grandes volumes de dados, que acabavam descartados. O Big Data permite aos governos e às empresas extrair conhecimento desse universo escondido. Agora, em vez de apenas ter acesso ao número de visitantes de uma loja, quem foi até lá e quais equipamentos despertaram interesse, essa nova tecnologia possibilita às

indicadores e metas de uma empresa.

Ambos precisam buscar manter a trajetória planejada, e precisam reconhecer dificuldades e estabelecer correções de trajetória ao longo da rota.

Eliyahu Goldratt, o físico israelense com exitosa incursão na disciplina da gestão estratégica, um dos criadores da Teoria das Restrições, vai nesta mesma linha, e publica o livro “A Síndrome do Palheiro: garimpando Informação num Oceano de Dados”, onde debate o tema do excesso de dados e pouca informação útil, afirmando: “Estamos afogados em oceanos de dados; todavia parece que raramente temos informação suficiente”.

E faz uma pertinente crítica aos sistemas de informação, argumentando que muitos deles são na realidade sistemas

Pedro Burgos relata que Barack Obama comentou, num discurso a graduandos da Hampton University em Virginia, que a informação pode virar distração, tirar do foco, ao invés de ser uma ferramenta para emancipação.

companhias conhecer tão bem os hábitos do consumidor que é possível indicar novos produtos, fazer recomendações exclusivas ou, até mesmo, entender por que um determinado lançamento não alcançou o resultado esperado. Cada vez mais deixamos rastros informacionais de nossas atividades no cotidiano, profissionais ou pessoais, publicas ou privadas, que podem ser acessadas para gerar informações úteis para as empresas.

As redes sociais estão sendo objeto de pesados investimentos, por parte das empresas, para levantar e sistematizar o uso das informações que podem ser obtidas a partir dos hábitos, escolhas e posicionamento de seus participantes.

Isto poderá dar à empresas interessadas

E o Big Data?

Uma conexão com os interesses de empresas e da administração pública.

themagazine | março 2014 - 41

em aumentar o acerto em suas ofertas de produtos e serviços instrumentos valiosos para antecipar tendências e aumentar o grau de sucesso de seus investimentos. Aqui, um alerta para seus usuários: cuidado, as redes sociais não esquecem. Uma busca ao seu perfil pode revelar aspectos do passado que podem não ser motivo de orgulho.

As primeiras aplicações de Big Data foram destinadas à publicidade. A internet possibilitou avanços na personalização de exibição de anúncios publicitários, permitindo, por exemplo, que a publicidade que chega até você seja direcionada conforme a localização indicada pelo dispositivo localizador de seu smartphone.

Na política, um bom exemplo se deu com o Twitter. No final de 2012, o microblog foi utilizado como uma alternativa às pesquisas de intenções de voto na eleição presidencial americana. Analisando 400 milhões de mensagens diárias, a quantidade de votos pôde ser estimada, além das flutuações diárias. Aqui no Brasil, a Maplink utiliza o Big Data em seus índices de trânsito, que conseguem assim mensurar a situação em qualquer ponto da cidade. Esses mesmos dados, posteriormente, são indicadores dos padrões de movimentação das pessoas, o que pode auxiliar a prefeitura na formulação de políticas de mobilidade urbana.

Caio Gomes também destaca que é possível combinar esses dados com a base do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) e dos preços de imóveis para dar pistas sobre as áreas que mais vão se desenvolver numa região. E mesmo negócios de grande porte começam a ser fechados de olho no Big Data. É o caso este ano da compra pela Monsanto da Climate Corporation, uma empresa especializada em cruzar informações climáticas e de situação do solo com informações das colheitas, de modo a prever a qualidade e quantidade das colheitas.

O ano de 2013 foi o da consolidação do Big Data, e o ano de 2014, um ano de eleições, pode repetir o efeito que 2012 teve para o público americano: a utilização do Big Data pelo marketing 42 - themagazine | março 2014

político pode estimular mais pesquisas, projetos e investimentos nessa que é uma dos ramos mais promissores da tecnologia na atualidade.

A busca da simplicidade, ou, a simplicidade é o topo da maturidade Acredito que a simplicidade é o topo da maturidade. A busca pela simplicidade é o resultado de uma longa caminhada pela busca da essência, daquilo que verdadeiramente interessa, do núcleo elementar de tudo. As pessoas realmente sábias são simples, vão direto à essência, não são perdulárias com tempo, palavras ou conceitos irrelevantes.

Mas é preciso muito esforço para ser simples. Boa parte dos meus anos recentes tem sido dedicada à esta volta a simplicidade. Afinal, houve tempo eu que me parecia importante ser complexo, parecer sofisticado. Quanto tempo perdido nesta rota. Mas a maturidade tem seus encantos, e voltamos ao que de fato importa.

E a simplicidade convém às pessoas, e convém às organizações. Complexidade, imaturidade, têm custos muito elevados.

Mas é preciso lembrar Duhigg e desenvolver o hábito da simplicidade.

Não podemos complicar a comunicação num mundo de tantas sobrecargas cognitivas, num mundo onde vivemos a nova “economia da atenção”. A moeda passa a ser a atenção do usuário. Quando mais atenção conseguir, maior o preço e o valor. É tentador colocar-se como vítima deste intenso mundo de estímulos permanentes, mas na verdade a opção é de cada um. Talvez a inteligência hoje seja a capacidade de ignorar coisas irrelevantes!

Mas, afinal, e paradoxalmente, nesta selva de dados e informações, precisamos de tecnologia para lidar com o excesso, para separar joio do trigo. Tecnologia digital e tecnologia de gestão.

Prof. Dr. Oscar Rudy Kronmeyer Filho tem 60 anos, é Doutor em Controle de Gestão / Pilotagem de Empresas pelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção da UFRGS, Mestre em Administração de Empresas pelo PPGA-UFRGS, Pós-Graduado em Ciência da Computação pelo CPGCCUFRGS, Pós-Graduado em Gestão Empresarial pela mesma escola e graduado em Engenharia Metalúrgica pela Escola de Engenharia da UFRGS. É Sócio Diretor da Kronmeyer Tecnologia Empresarial e Consultor em Gestão Estratégica e Sistemas de Avaliação de Desempenho e Informação Executiva. É Professor da UNISINOS na área de Sistemas de Informação e Gestão Estratégica, coordenador dos MBA em Gestão da Tecnologia da Informação (ATI), MBA em Gestão de Negócios da TI - GNTI e MBA em Business Process Management - BPM da UNISINOS, Professor e Pesquisador do MPGN - Mestrado Profissional em Gestão e Negócios da UNISINOS e Gerente Regional da ABINEE - Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica no RS.

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Especial - Evento/ Planeta Atlântida

Planeta Atlântida 2014

O Planeta Atlântida é o maior festival de música do Sul do país , realizado anualmente pela Rede Atlântida, rede de rádios do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina.

Teve seu início em 1996, no Rio Grande do Sul, no balneário de Atlântida e desde 1998 acontece também em Santa Catarina.

O evento recebe um público aproximado de 70 mil pessoas por noite, no Rio Grande do Sul, e 65 mil em Santa Catarina. O último Planeta Atlântida aconteceu nos dias 17 e 18 de janeiro de 2014, em Florianópolis, e 07 e 08 de fevereiro de 2014, em Atlântida, RS. A Equipe da The Magazine participou durante os dois dias do Festival em Atlântida para trazer aos seus leitores um pouco do que aconteceu por lá. Estiveram presentes Rodrigo da Luz, o leitor Canaã Weber, Maurício Rocha e o fotógrafo Ricardo Comel.

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A Equipe TM também marcou presença na festa buscando os melhores momentos.

A Diva, Ivete Sangalo, foi energia pura.

Levantou poeira, levantou o Planeta.

Skank incendeia a plateia e as torcidas unindo as paixões da música e do futebol.

Armandinho levanta a galera do Planeta.

Gabriel o Pensador, segue cantando, pensado e fazendo pensar.

Ne-Yo embala os planetários.

Claus e Vanessa foram só carisma.

themagazine | março 2014 - 45

Donavon Frankenreiter se diverte no palco

Depois de uma pausa na carreira, a Cidadão Quem abriu o segundo dia de shows.

O Rappa, levantou o público já na primeira música

Fotos Vinícius Costa, Itamar Aguiar, Jefferson Bernardes e Emmanuel Denaui

Jota Quest bota todo mundo pra dançar.

The Offspring agita a roda punk no Planeta 46 - themagazine | março 2014

Preview - Banco de Imagens é uma empresa com mais de dez anos de atuação no mercado brasileiro, oferecendo estrutura completa para atender aos pedidos de assessorais de imprensa, clientes corporativos e agências de publicidade.

Isto significa que você pode obter o conteúdo para web, para uso em publicações impressas, bem como conteúdo de vídeo que pode ser usado para outras necessidades promocionais e editoriais. Destaca-se pela produção de retratos corporativos, cobertura e divulgação de eventos para assessorais de imprensa especializadas e banco de imagens. Em um mundo onde atingir o seu público requer que você pense em maneiras novas e criativas, a Preview – Banco de Imagens está dedicada a usar as melhores ferramentas para transmitir a sua mensagem e definir você como uma empresa ou publicação.

themagazine | marรงo 2014 - 47

Veículos / Stock Car

Stock Car Brasil

Fotos: Stock Car image bank

48 - themagazine | março 2014

A Stock Car Brasil é uma modalidade de automobilismo criada em 1979 pela General Motors, que queria uma categoria que mostrasse desempenho e sofisticação. O nome STOCK CAR foi uma grande ideia, emulando o nome da famosa categoria americana, NASCAR. Em seus 35 anos de história, a competição se notabilizou como vitrine para os melhores pilotos da história das categorias de turismo do automobilismo brasileiro.

A primeira prova ocorreu em 22 de abril de 1979, no Autódromo de Tarumã, no Rio Grande do Sul. A pole position da estreia foi do carioca José Carlos Palhares, o Capeta, com o tempo de 1min23s. Além deste, outros 18 pilotos em seus Opalas com motores 6 cilindros alinharam para a primeira corrida da história da categoria, vencida por Affonso Giaffone.

O rápido desenvolvimento da categoria durante a década de 80 atraiu o piloto Ingo Hoffmann, o “alemão”. Ele retornou da F1 e passou a dominar a Stock Car.

Acumulou títulos consecutivos entre 1989 e 1994 e até hoje é o maior recordista da categoria, com 12 campeonatos de pilotos.

A primeira grande mudança da Stock Car ocorreu em 1987. Foi adotada uma carenagem, criada e montada pela Caio, fabricante de carrocerias de ônibus, que era inserida em cima do chassi do Opala.

O carro ganhava na aerodinâmica e no desempenho, ficando muito parecido com um protótipo, mas sem a marca da GM. Além disso, os equipamentos de segurança ficaram ainda mais sofisticados.

na Stockcar.

A Vicar assumiu como promotora do evento e a parceria institucional com uma das maiores redes de Televisão do País proporcionou uma visibilidade até então inédita para categorias 100% nacionais. Para modernizar a competição e melhorar a segurança dos pilotos, a Stock Car passa a utilizar um chassi tubular e também estreia a nova carroceria do Vectra produzida em plástico reforçada com fibra de vidro.

Em 2004 a competição passa a utilizar

Na Década de 90 a GM volta a investir pesado na categoria, passando a organizar e construir em sua fábrica um protótipo monobloco. Sem grande apelo do público e perdendo espaço para categorias mais baratas, a categoria passa por nova transformação em 1994, quando é adotado como veículo o Omega de rua, adaptado para competição.

A virada para o terceiro milênio coincidiu com uma verdadeira revolução themagazine | março 2014 - 49

equipes sobre o comportamento do carro. O veterano Ingo Hoffman venceu a última etapa do ano em Interlagos e completou cem vitórias na carreira.

O piloto Cacá Bueno conquistou seu primeiro título na categoria, após três vices-campeonatos seguidos.

a carroceria do Astra com motor V8 Chevrolet 350 importado dos Estados Unidos e usado já desde a temporada de 2003.

Em 2005 além da categoria ter se tornado multimarca, pela primeira vez os Mitsubishi Lancer correram ao lado dos Chevrolet Astra. No dia 30 de outubro, 40 carros da Stock Car V8 realizaram uma inédita corrida fora do Brasil, valendo pontos para o campeonato. Foi uma rodada ao lado da TC 2000, a principal categoria da Argentina, realizada no Autódromo Oscar Gálvez, que recebeu um público de 70 mil pessoas.

O ano de 2006 teve mais novidades e a Stock Car V8 recebeu a terceira marca.

O Volkswagen Bora passou a ser a carenagem de dez carros da categoria.

Além disso, as equipes foram liberadas para a utilização do uso da telemetria, que permitiu um maior controle das

50 - themagazine | março 2014

O ano de 2007 ficou marcado pela entrada da quarta marca, a Peugeot, com seu 307 sedan. Além disso, a Stock Car ganhou um novo nome. Nasceu a Copa Nextel Stock Car, com uma premiação milionária: R$ 3,5 milhões em prêmios distribuídos para as três categorias ao longo da temporada. A Nextel, patrocinadora oficial do evento, também introduziu o Prêmio Velocidade para o piloto que fizesse a volta mais rápida.

Em 2008, a Volkswagen anunciou sua saída da categoria e o número de carros no grid de largada caiu de 38 para 34.

Já em 2009, foi a Mitsubishi quem deixou a categoria e os carros tiveram mudanças ficando semelhantes aos DTM alemães e o número de carros caiu outra vez, de 34 para 32. Surgiu neste ano a “Corrida do Milhão”, prova que premia o vencedor com R$ 1 milhão.

Na mais recente e profissional fase da Stock Car, o piloto de maior destaque na categoria tem sido Cacá Bueno. Entre 2006 e 2012 ele obteve cinco títulos.

A Temporada de 2013 contou com 17 equipes e 34 pilotos e marcou a estreia de Rubens Barrichello na categoria. O

recordista mundial em participações na Fórmula 1 realizou três corridas como convidado em 2012 e gostou tanto que resolveu trocar a Fórmula Indy pela principal categoria da América Latina.

A principal novidade para a temporada de 2014 é a introdução do câmbio eletrônico. Importantíssima na área de segurança. A partir de agora os pilotos não precisam mais tirar uma das mãos do volante para mudar as marchas. Atrás da direção serão instaladas duas aletas, normalmente chamadas de borboletas, que serão as responsáveis pelas mudanças de marchas.

A 36ª temporada da Stock Car terá sua primeira etapa disputada em março, no final de semana do dia 23, em Interlagos.

No entanto, os pilotos e equipes terão o primeiro contato com o carro já no mês de fevereiro, com a realização de um treino coletivo, que servirá também como primeiro teste do novo sistema de câmbio. O Autódromo Internacional de Curitiba receberá os competidores no dia 25 e 26 de fevereiro, das 8h às 17h.

A temporada será marcada por 21 corridas, sendo nove delas realizadas em rodadas duplas. A primeira, em Interlagos, terá os 34 pilotos regulares correndo em duplas com pilotos convidados. O encerramento do campeonato será em Brasília, no dia 16 de novembro.

Confira o calendário da temporada 2014: Treinos coletivos - 25/02: Curitiba-PR 1ª etapa: 23/03 - Interlagos-SP (prova em duplas) 2ª etapa: 13/04 - Santa Cruz do Sul-RS 3ª etapa: 27/04 - Goiânia-GO 4ª etapa: 1/06 - Ribeirão Preto-SP 5ª etapa: 3/08 - Corrida do Milhão (local a confirmar) 6ª etapa: 17/08 - Cascavel-PR 7ª etapa: 31/08 - Curitiba-PR 8ª etapa: 14/09 - Velopark-RS

10ª etapa: 12/10 - Curitiba/alternativa 11ª etapa: 2/11 - Tarumã-RS 12ª etapa: 16/11 - Brasília- DF/alternativa

Fotos: Stock Car image bank

9ª etapa: 28/09 - Salvador-BA/alternativa

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Viagem / Buenos Aires

Buenos Aires

opção de comer em pé, você pode ir de uma pizzaria a outra tentando todas as opções ao mesmo tempo, pois são vendidas em fatias no estilo “pizza al corte”. Entre as mais conhecidas estão a Pizzaria Guerrin (Av. Corrientes 1360), Las Cuartetas ( Av. Corrientes 838), La Rey (Av. Corrientes 965) e Los Inmortales (Av. Corrientes 1369).

Tour gastronômico alternativo

Nestes últimos anos a maior cidade da Argentina se converteu em um polo turístico, em especial pela baixa de custos, produto da constante desvalorização do peso. Por isso e pelos seus restaurantes, vida noturna, arquitetura e história, Buenos Aires é um dos destinos preferidos dos turistas brasileiros para passar férias, finais de semana e feriados.

Vamos começar pelo importante: “barriga cheia, coração contente”.

Se você é desses que adoram a comida argentina, a carne, as empanadas, bom, vai gostar do que vem a seguir. Vamos te trazer novos lugares e comidas para que você conheça.

Confira algumas dicas selecionadas pela jornalista argentina para um programa diferente na Paris da América do Sul. Para começar a percorrer a cidade, podes fazer um “tour de pizzas” pela Avenida Corrientes. Em torno de 5 ou 6 quarteirões, lá encontrará as melhores e mais grossas pizzas. Como todas tem a 52 - themagazine | março 2014

Depois do jantar, podes ficar olhando livros nas diversas livrarias, que ficam abertas até meia noite, ou assistir alguma peça de teatro (todas as peças que já estiveram em Nova Iorque ou São Paulo).

Mas se queres apenas sentar tranquilo num tradicional bairro “tanguero”, sem tanta gente nem estrangeiros e desfrutar de um bom café da manhã, o Café Margot é o que você está procurando (Av. Boedo 857). Ainda mantendo sua estrutura original, este café oferece um variado menu com suas

doce argentina.

Por último, se você deseja comprar produtos variados, frescos e com baixos preços e é fã das feirinhas gastronômicas, tem uma, muita boa, no bairro de La Boca, pertinho do “Caminito”, chamada “Buenos Aires Market”.

Com entrada livre e gratuita e mais de 600 produtos, você poderá saborear frutas e legumes orgânicos, queijos, grãos, conservas, especiarias, chás, doces, bolos, além de produtos agrícolas, entre outros.

especialidades: “sandwiches de pavita”, pastas e “empanadas a la parrilla”. Aliás, se você estiver afim, eles tem um “diário cultural” com datas de mostras de pintura e fotografia, espetáculos, etc.

Para aqueles que adoram a carne argentina, também tenho uma boa opção: comer um “choripán” como lanche. Essa famosa e deliciosa refeição rápida também chamada de “chori” pelos portenhos é um chouriço feito na churrasqueira, asado e bem dourado

entre duas fatias de pão, temperado com chimichurri (baseado em cheiro verde, pimento e orégano) ou salsa crioula (molho que acompanha o famoso “asado”). Basicamente se você não souber o que fazer a noite, quase qualquer dia da semana é garantia de que tem alguma barraca de “choripán” aberta em algum lugar da Avenida de los Italianos (ultrapassando o bairro de Puerto Madero, na Costanera Sur).

Para os vegetarianos e veganos, indico Los Sabios, um austero buffet livre ovolacto de saborosa comida chinesa do bairro de Almagro (Avenida Corrientes 3733) com vários pratos quentes, saladas e sobremesas macrobióticas, vegetarianas e veganas.

Por um precinho sempre camarada, são expedidas todas as variedades de pratos para guardar para sempre na memória. É o caso do sushi vegano, do bolo de coco, de todas as formas de soja imagináveis (pudins, tortas, pastéis, “empanadas”), além de outras delícias caseiras.

Mas se você quer sentir-se mais argentino do que nunca, podes ir à

qualquer mercadinho ou bomboniere e comprar um alfajor para comer em um dos tantos parques da cidade ou na beira do mar em Mar del Plata (preferivelmente acompanhado de “mate”). Sendo um alimento gostoso e econômico, um dois maiores jornais da nação estimou que na Argentina são consumidos seis milhões de alfajores todos os dias. Você pode escolher entre uma centena de marcas, como Havanna, Balcarce, Jorgito, Guaymallén, Cachafaz, entre outros. Composto de duas ou três camadas de massa com recheio de doce de leite, coberto com chocolate derretido, esse famoso e delicioso biscoito é um representante da culinária

O evento acontece um fim de semana de cada mês, entre as 10h e 18h, na Rua Benito Perez Galdós, entre a Ministro Brin e a Avenida Don Pedro de Mendoza, pertinho do museu “Usina da Arte”.

Então, se você está na procura de um boteco gostoso ou de pegar uma refeição rápida, aproveite tudo que está nessa lista para conhecer melhor a cidade do tango, cafés e teatros.

Berenice Taboada Díaz Jornalista argentina e estudante de arte argentina.

Escreve para mídias de Buenos Aires (Argentina), San Diego (USA), San Francisco (USA) e Yucatán (México).

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Empreendedorismo / Economia criativa

Economia criativa?

Um termo que vem chamando a atenção no mundo dos negócios.

Um termo vem chamando a atenção no mundo dos negócios. É a economia criativa. Que, segundo o autor inglês John Howkins, são processos que envolvem criação, produção e distribuição de produtos e serviços usando o conhecimento, a criatividade e o capital intelectual como principais recursos.

De onde surgiu?

Existe uma série de opiniões de onde surgiu o termo. Alguns estudiosos defendem que a primeira referência sobre o setor surgiu na Austrália, em 1994, inspirado no projeto Creative Nation.

A essência do projeto era demonstrar a importância da criatividade para a economia e o desenvolvimento de um país.

Observando esse acontecimento, em 1997 o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, convocou diversos representantes do governo e criou uma área multissetorial para descobrir quais seriam os setores mais promissores para o século XXI. Neste estudo foram identificados 13 setores, sob o slogan de “Creative Britain”, são eles: arquitetura, publicidade, 54 - themagazine | março 2014

design, artes e antiguidades, artesanato, moda, cinema e vídeo, televisão, editoração e publicações, artes cênicas, rádio, softwares de lazer e música. Em 2001, John Howkins, lançou o livro “The Creative Economy”, onde aprofundou mais o tema e definiu de forma mais clara este movimento.

Como funciona?

O que difere os produtos e serviços da economia criativa é o valor simbólico que carregam. Um filme pode ser visto em uma televisão, em um notebook ou em um iPhone. Porém, neste último, são facilmente identificáveis os atributos da economia criativa, como design e software de lazer, o que torna a experiência de ver um filme muito diferente. Há consumidores para TVs e notebooks; para os iPhones, há fãs.

Mais do que produtos e serviços, a economia criativa se preocupa com a experiência, tanto para quem produz, quanto para quem consome. É uma leitura dos novos tempos: a necessidade de produzir comercialmente, criando experiências criativas e atrativas, com valores singulares para as pessoas.

Economia criativa = Economia colaborativa O cerne da economia criativa é procurar revelar modelos de negócios inovadores, mas não é só isso. “Além do olhar amplo para inovações, é importante atentar à inovação aberta, que faz girar a economia colaborativa que deveria ser o modus operandis da economia criativa”, destaca o empreendedor Tomás de Lara, Co Fundador da Goma Espaço Colaborativo, no Rio de Janeiro.

Isto significa abrir o desenvolvimento da empresa para o público, permitindo que as pessoas opinem e trabalhem junto dela em um sistema de troca de valor.

Tudo isso é facilitado hoje em dia, em um ambiente no qual o empreendedor, por meio de sua rede e da tecnologia, pode chegar a um pequeno grupo interessado em um assunto específico e propor um negócio baseado nesse tipo de colaboração. “Desta forma a economia criativa se beneficia de um dos princípios da economia colaborativa que é a co-criaçao”, define o empreendedor.

Futuro O setor vem ganhando destaque na economia brasileira. As empresas da economia criativa já movimentam R$ 381 milhões, ou 2,6% do PIB brasileiro, segundo mapeamento da Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). Inclusive o Brasil possui desde 2011 um órgão na estrutura do Ministério da Cultura que pensa e propõe políticas públicas para a área, a Secretaria da Economia Criativa. A tendência é que esse setor seja cada vez mais explorado e difundido no país. Por isso, é importante ficar atento a ele e aproveitar suas oportunidades.

Tony Ademo Sócio-diretor da 3Life. Consultor, coach e palestrante certificado pelo John Maxwell Team, com sede nos EUA. Entusiasta de assuntos sobre liderança, comunicação, desenvolvimento pessoal e colaboratividade. É apresentador do programa “Um Vale de Oportunidades” na RBS TV, afiliada da Rede Globo e também de programas de rádio sobre empreendedorismo. Como orador internacional, já esteve em Porto Rico, Colômbia, Guatemala, México ,​​China​ e EUA​.

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Fotos: Banco de Imagens

Esporte / Surf

A história do surf

56 - themagazine | março 2014

A origem do surfe é bastante incerta, porém indícios remetem o seu início a algumas ilhas do Pacífico, especificamente as da Polinésia central. A prática teria sido derivada da necessidade de sobrevivência: como uma das técnicas de sobrevivência era a pesca, os nativos utilizavam-se de um barco bastante tradicional. Para voltar à terra firme, eles deslizariam sobre as ondas para retornar com maior rapidez.

Essa prática teria se perpetuado até o Havaí, permanecendo restrita entre a realeza local. No contexto havaiano o surfe era praticado como ritual de oferenda, apresentando relações diretas com agradecimento pelos coqueiros e seus frutos. O modo pelo qual o surfe era praticado se dava de acordo com a estrutura hierárquica da sociedade: a posição em pé era permitida apenas aos reis e seus filhos, que surfavam em pranchas de aproximadamente dois metros de comprimento. Outras pessoas vinculadas à realeza podiam praticar o surfe, desde que em pranchas menores e que nunca ficassem em pé na prancha.

Ao restante dos nativos era proibida a prática.

Assim, o surfe ficou restrito às ilhas havaianas até o início do século XX. Sua divulgação se deu a partir do ex-nadador olímpico havaiano Kahanamoku, que sempre levava sua prancha para os lugares em que tinha competição.

O ingresso do surfe no Brasil se deu por meio dos trabalhadores de companhias aéreas que, ao entrar em contato com o surfe fora do país, trouxeram o esporte para nosso país. Iniciando pela praia paulista de Santos e logo caindo nas graças dos cariocas, o surfe rapidamente se espalhou pelo litoral brasileiro. As primeiras pranchas utilizadas eram de madeira, até que em meados da década de 1960, passaram a ser utilizadas as pranchas de fibra de vidro.

do campeonato nacional. Já no feminino, duas mulheres conseguiram igualmente o tetracampeonato brasileiro: Tita Tavares, do Ceará, e Andrea Lopes, do Rio de Janeiro.

Os benefícios do surfe são os mesmos de qualquer atividade aeróbica, mas com um diferencial delicioso: o contato com a natureza.

Além de ser um excelente exercício cardiorrespiratório, o surfe trabalha todos os grupos musculares, além de propiciar o desenvolvimento da coordenação motora e do equilíbrio do praticante.

A primeira organização voltada ao surfe no Brasil foi a Associação de Surfe do Rio de Janeiro, fundada em 1965. No entanto, o órgão máximo dos esportes no Brasil, a Confederação Brasileira de Desportos, apenas reconheceu o surfe como esporte no ano de 1988, após a realização do primeiro campeonato brasileiro de surfe.

Como a grande maioria dos esportes, o surfe também tardou a incorporar as mulheres na sua disputa. Enquanto o primeiro campeonato brasileiro masculino aconteceu em 1987, o primeiro campeonato brasileiro feminino de surfe ocorreu apenas em 1997, dez anos mais tarde. No cenário masculino, destacase principalmente o surfista Peterson Rosa, Paranaense, vencedor três vezes

Paula Rondinelli Colaboradora Brasil Escola Graduada em Educação Física pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” – UNESP Doutoranda em Integração da América Latina pela Universidade de São Paulo - USP

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David Coimbra

David Coimbra O Passeio do Filósofo

apoiado em sua bengala, sabiam que eram exatamente 15h30. Kant estava começando a infalível caminhada de todos os dias. Se o tempo ameaçava chuva, Lampe, o fiel criado do filósofo, corria aflito atrás dele, com um guardachuva a postos. Kant levava os passeios muito a sério, como medidas profiláticas.

Aos setenta anos, escreveu Sobre o poder da mente para dominar a doença pela força de vontade, título que talvez não seja lá muito atraente, mas que ao menos diz o suficiente a respeito do livro.

Este Espinosa. Levaria quase um século para que a Humanidade reunisse no mesmo cérebro massa cinzenta tão poderosa. O que aconteceu em Königsberg, cidade de quatrocentos mil habitantes então situada na Alemanha, mais precisamente na Prússia, a Esparta germânica. König, em alemão, é rei. Berg, montanha. Königsberg: montanha do rei.

O rei desta montanha foi um frágil professor nascido no século XVIII. Immanuel Kant. Ainda hoje, nessa cidade que os russos tentaram exterminar na Segunda Guerra Mundial, existe uma alameda flanqueada por tílias que é chamada de “O Passeio do Filósofo”.

Porque nesse aprazível corredor Kant passeou durante todas as tardes de sua longa vida. Ou quase todas, pois Kant dificilmente saia de Königsberg, apesar de ter recebido várias e tentadoras propostas de emprego de importantes universidades alemãs.

Os vizinhos de Kant acertavam seus relógios por ele. Quando o viam sair de casa dentro de seu casaco cinza e 58 - themagazine | março 2014

Um dos principais conselhos de Kant para uma pessoa manter a saúde sólida feito os exércitos de Bismarck era respirar só pelo nariz. Quando fazia frio durante suas caminhadas, ele não respondia a nenhuma pergunta, de nenhum ser vivente, exatamente para não ter que haurir o oxigênio pela boca.

Todo dia ele fazia tudo sempre igual.

Acordava sempre à mesma hora, vestiase da mesma forma, comia a mesma comida, frugal, prussiana. Tinha pouco mais de metro e meio de altura, era modesto, tímido e hesitante com relação às mulheres. O que talvez não passasse de ladinice do professor. Cogitou casar duas vezes. Mas pensou tanto que ambas as pretendidas se cansaram. A primeira se casou com outro, e a segunda mudou-se de Königsberg. Kant, assim, comprovou na prática que o adágio popular “quem pensa não casa” pode ser vulgar, mas que funciona, funciona.

Aos 57 anos, depois de uma década e meia de trabalho, Kant publicou um livro que revolucionaria a filosofia, Crítica da razão pura. Em oitocentas ásperas páginas, o professor de Königsberg criticava a filosofia racionalista que vinha se desenvolvendo no Europa desde Espinosa. Estavam equivocados os eu diziam que o cérebro é uma massa disforme pronta para ser moldada pela experiência mundana, e exclusivamente pela experiência mundana. O exterior molda-nos o cérebro e a alma, sim, mas o homem tira conclusões qualificadas das suas impressões. O homem seleciona suas experiências, a fim de extrair deduções delas. São milhares os sons captados pelo ouvido humano mas

só alguns são os escolhidos para ser escutados. O tique-taque do despertador não é percebido, a não ser que se preste atenção nele. O gotejar da torneira da cozinha não incomoda, desde que não se lhe dê importância. Assim acontece com tudo o que o homem vê, ou sente pelo tato, ou pelo olfato. O homem cataloga suas sensações, decide quais são as mais úteis e as utiliza de acordo com critérios que exigem a priori, ou seja, antes da experiência. Quer dizer: existe algo além do cérebro, da experiência e da razão pura.

Esse “algo” é a moral. Kant era uma pessoa boa. Acreditava que, acima da razão e acima da religião, estaria a moral, incitando o homem a fazer o certo, mesmo que isso lhe acarretasse desvantagem pessoal. O homem intuiria que, para viver em sociedade, para que a própria vida fosse possível, teria de respeitar certas regras intrínsecas a todo grupamento humano.

Isso grosso modo. É um tanto injusto e impreciso resumir o trabalho de uma vida em dois parágrafos. A solução é ler Kant.

Bem, talvez você não queira encarar as oitocentas páginas que consumiram quinze anos da vida do pequeno filósofo de Königsberg, e ninguém ira criticá-lo por isso. Quando concluiu o original, Kant entregou-o a um amigo de quem respeitava a opinião. Passados alguns dias, o amigo devolveu-lhe o cartapácio alegando temer que, se prosseguisse com a leitura, poderia enlouquecer. Se você não quiser correr o mesmo risco, apele para alguns bons resumos, como a ótima coleção que a Editora Abril lançou sobre filosofia nos anos 80, “Os Pensadores”.

Deve haver em algum sebo.

Kant trabalhou até muito depois dos setenta anos de idade. Morreu aos oitenta, no início do século XIX, atacado por uma demência suave que o fez se evolar desse mundo na paz dos filósofos.

Crônica do livro “Jogo de Damas David Coimbra Editor de Esportes e cronista do jornal Zero Hora.

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