5 minute read

COMUNICAÇÃO, EXPERIÊNCIA E CONEXÃO

HÁ QUASE 70 anos, a Companhia Paranaense de Energia faz parte do dia a dia do estado e, por mais de seis décadas, a empresa foi responsável por duas das matérias-primas importantes para a rotina dos paranaenses: energia e conectividade.

Em 2020, a Copel Telecom, provedora de internet, foi privatizada. A marca foi comprada pelo Fundo Bordeaux Participações — do megaempresário Nelson Tanure — por R$ 2,3 bilhões. No contrato, um desafio: o nome conhecido e popular há 65 anos precisava ser mudado.

Rocky Santos e Thiago Moro, respectivamente gerente de comunicação e marketing e diretor de marketing da Ligga, foram convidados para resolver a questão. “O objetivo era mostrar que a marca tem história, mas também está conectada ao futuro”, diz Moro.

A transição foi gradual. Em um primeiro momento, fizeram diferentes pesquisas para garantir a viabilidade do nome. No início, havia 150 palavras cotadas para isso. Nem todas foram aprovadas pelo conselho ou permitiam o registro.

Depois, foi preciso encontrar uma maneira de fazer uma transição gradual e que incluísse o público paranaense. Santos e Moro escolheram, então, o ator e apresentador Rodrigo Hilbert como embaixador da marca. Em novembro de 2021, o artista divulgou pela primeira vez aos paranaenses as possibilidades da, até então, Copel Telecom.

Quatro meses depois, em março de 2022, a também atriz e apresentadora Fernanda Lima — esposa de Hilbert — se juntou à campanha para convidar os paranaenses a escolher o novo nome da provedora: “Ligga” ou “Flui Telecom”. O primeiro, que contava com a torcida secreta da equipe de comunicação, venceu com 85% dos votos.

Santos explica os desafios da marca para 2023: estruturar a companhia na unificação de sistemas e de engenharia para um melhor atendimento, provocar um crescimento na base de clientes e reforçar a marca como uma provedora de bons momentos.

“QUEREMOS FOMENTAR A MARCA como um grande alicerce de experiências.”

O case Da Copel Telecom para a Ligga: a Transição de uma Marca Tradicional para um Branding Inovador foi vencedor da categoria “Serviços” do TOP de Marketing ADVB/PR 2022.

— Rocky Santos

“Queremos fomentar a marca como um grande alicerce de experiências”, define. Para isso, a empresa está presente na Pedreira Paulo Leminski com o Ligga Estação Primeira – que oferece uma visão única dos maiores shows no espaço – e no patrocínio dos principais times de futebol paranaenses e de eventos culturais.

FUTURO

Em uma onda de transições, Fernando Spadari assumiu o cargo de diretor-presidente da empresa em dezembro de 2022. A mudança sacramenta a troca de estatal para empresa privada – e uma possível entrada da Ligga no status de oferta pública inicial (IPO), uma empresa de capital aberto.

Além disso, a empresa prevê mais três novos espaços. O primeiro poderá ser usado gratuitamente para impulsionar a cultura no Paraná e será inaugurado ainda no primeiro semestre de 2023. Os demais criarão ligações únicas entre a Pedreira e outros locais turísticos ao redor.

Com essa visão de futuro, a Ligga Telecom busca um reforço ao sentimento de pertencimento dos clientes em relação à história da marca. x

CUIDAR DAS PESSOAS – SEJAM ELAS PARCEIROS, CLIENTES OU COLABORADORES – CONTRIBUI PARA A CONSTRUÇÃO DE UMA CORPORAÇÃO MAIS SAUDÁVEL FINANCEIRAMENTE

Um Olhar Al M Do Comum

NA LETRA FRIA da contabilidade, uma empresa saudável é aquela que respeita os pilares da boa gestão financeira, como faturamento, estrutura de custo, capital de giro e fluxo de caixa. No dia a dia de um negócio, tudo isso é fundamental, mas já não basta. É preciso olhar além da saúde financeira, porque uma empresa é um organismo vivo que reage não só aos humores do mercado, mas sobretudo às expectativas e percepções de cada pessoa – seja colaborador, cliente ou fornecedor.

No nosso caso em particular, em que o business é a comunicação, estamos sob o escrutínio constante de milhões de leitores, ouvintes e telespectadores. E vejo que, quanto mais nos empenhamos em cumprir nossa dupla missão, mais saudáveis somos: ser porta-vozes da gente do Paraná – com uma proposta de jornalismo de resultados – e um dos motores do crescimento econômico do estado – à medida em que movimentamos o ambiente de negócios, aproximando marcas e consumidores.

A TOPVIEW deste mês traz essa provocação. Fala de saúde, em diferentes abordagens: do corpo, da mente, do espírito, das relações, dos negócios. Tudo está interligado. Uma dimensão precisa da outra.

Vejo que a trajetória do Grupo Ric me ensina muito sobre uma empresa saudável. No ano passado, a jornalista Marguerite Clark, da revista francesa Redtech, que cobre o mercado internacional de radiodifusão, entrevistou-me sobre o papel do Grupo Ric nesse cenário, diante da explosão tecnológica que reconfigura o mundo da comunicação.

“Acreditamos que aqueles que são mais relevantes para sua comunidade serão os vencedores. As grandes redes se tornarão grandes tecnologias por meio de seus OTTs e plataformas de streaming (OTTS e streaming são mídias distribuídas pela internet). No entanto, acreditamos firmemente que as redes regionais, como a nossa, continuarão – por meio de todas as tecnologias disponíveis – a prestar um serviço valioso à comunidade, com jornalismo factual e informação necessária ao cotidiano, para que a comunidade se identifique e confie em nós. O avanço tecnológico no Brasil vai capacitar novos players e estamos nos preparando para ser um dos maiores do país.”

“Vejo que a trajetória do Grupo Ric me ensina muito sobre uma empresa saudável.”

Foi essa uma das reflexões que fiz durante a entrevista e que está na edição de julho da publicação. Ela acrescenta componentes interessantes para o debate sobre saúde empresarial: a busca pela conexão com nosso público, o investimento em inovação tecnológica e a incorporação do talento dos jovens – sempre audaciosos e alinhados ao futuro. São elementos que estão também na nossa vida pessoal: conexão com a família e amigos, manter-se atualizado e usufruir das facilidades trazidas pelas novas tecnologias, desfrutar da convivência com os jovens, o que nos renova e alegra… ram tanto a barreira de entrada como a da mídia. No passado, montar uma emissora de televisão requeria investimentos vultosos em equipamentos, estúdios, antenas e licenças de operação. Hoje, um canal aberto de graça no YouTube cumpre o mesmo papel de entreter a audiência. Com tecnologia, um negócio até então essencialmente territorial, como o da televisão, perdeu fronteiras — vide o apelo global de streamings como Netflix e Amazon Prime. À luz disso tudo, o empresário paranaense Leonardo Petrelli vem apostando alto em novas tecnologias para reforçar o apelo regional da mídia.”

Em seguida, a matéria da Exame mostra que o Grupo Ric, fundado em Curitiba em 1987, gera uma audiência mensal de 190 milhões de impactos só no Paraná, na soma de todas as suas plataformas. Também destaca que a inovação no modelo de negócios colaborou para a Ric ter aumentado receitas no meio da pandemia de Covid-19.

“(...) fico feliz de ver que nossa trajetória é de reconhecido sucesso. Os resultados contábeis são consequência de várias frentes de cuidados (...)”

Também em julho, estive em São Paulo conversando com Léo Branco, editor da revista Exame, um jornalista catarinense que ama televisão e acompanha esse mercado bem de perto.

Alguns insights dele a partir da nossa conversa durante um almoço agradável e produtivo: “Poucas indústrias perde -

Relendo essas reportagens recentes sobre o Grupo Ric, fico feliz de ver que nossa trajetória é de reconhecido sucesso. Os resultados contábeis são consequência de várias frentes de cuidados: com as pessoas que trabalham conosco, com o público, que nos é fiel, com os parceiros comerciais, que confiam em nós, com a ética, a transparência e a responsabilidade social, que nos faz abraçar as boas causas.

Tudo isso vale um brinde. Saúde!!! x

This article is from: