Revista Très Agosto/11

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Carta Verão 2012ao leitor

Agosto / 2011

Nosso intuito é trazer para você, leitor, uma

revista diferente, com mais informação, mais notícias, mais arte, mais dicas.

C

aro leitor, é com muito prazer que lançamos uma revista inovadora, com perfil jovem, moderno, informativo. Uma revista cheia de matérias interessantes e muita novidade. O intuito da revista é trazer para você, leitor, uma revista diferente, com mais informação, mais notícias, mais arte, mais dicas.

Reservamos e planejamos cada sessão desta revista mensal pensando em como fazer para que o leitor leia mais, se informe mais, crie gosto pela notícia, pela arte popular, local, mundial. Como já dizia um velho ditado, aquele que não lê é igual àquele que não sabe ler. O Brasil é um pais rico em literatura mundialmente conhecida e pobre em leitores. Seu analfabetismo chega a níveis alarmantes e assustadores, quase irreversíveis. O avanço de um pais se dá pela sua educação, e em um pais onde há cerca de 16 milhões de analfabetos fica muito difícil vencer o atraso social. Acreditamos que o pais está em plena fase de mudança social, mas claro, há muito por fazer. Mas também acreditamos que a educação é a chave desta mudança. O futuro de nosso pais está cada vez mais nas mãos dos jovens, que vêm com idéias inovadoras para livrar-se daquela mancha velha e corrupta que nos assombra. Um novo Brasil está se formando e é com esse ar inovador que a “Très” quer introduzir em Presidente Prudente um novo conceito de “pocket magazine” ou revista de bolso. Uma revista para você carregar no bolso ou na bolsa. É prática, é moderna, é “très” legal! Por quê “Très”? O nome surgiu da idéia de unir um nome curto, simples, e de duplo sentido. Très de “muito” em francês, e em português, porque somos em três sócias; uma Jornalista, uma Fotógrafa e uma estudante de Publicidade.

Ilustração: Tile Amato


Colaboradores

Agosto / 2011

Camila Castelane Galindo. Formada em gastronomia pela Anhembi Morumbi, fez estágio em restaurante superviosionada pelo Chef Mellão, na confeitaria Jean et Marie e trabalhou com a Chef Pâtissier Adriana Carioba no buffet Divani e Fusco, especializando-se em doces e eventos. Maria Fernanda Constantino Oishi Pires. Formada em gastronomia pela Anhembi Morumbi, auxiliou chefs no evento Boa Mesa, estagiou no extinto restaurante Madeleine e na confeitaria do Hotel Gran Meliá. Especializou-se em chocolates com o Chef belga Philippe Vancayseele. Nosso colaborador de artes gráficas para a carta ao leitor é o artista plástico Tile Amato. Tile estudou desenho publicitário na EPA - Escola Panamericana de artes de São Paulo. Fez curso de pintura no MUB - Museu de Escultura Brasileiro também em São Paulo. Na capital, trabalhou durante 6,7 anos com o artista multimídia Fábio Delduque em cenografias, design de interiores, shows, etc. Retornou a Prudente recentemente onde cursa atualmente Arquitetura na UNOESTE. Nosso colaborador da coluna de Esportes é o jornalista Ricardo Schwarz. Formado pela Universidade do Oeste Paulista - UNOESTE desde 2009, Ricardo trabalhou na assessoria de imprensa da prefeitura da cidade e no extinto Grêmio Prudente. Atualmente é repórter colaborador da Folha de S. Paulo e acredita que o esporte, mais que saúde, é instrumento de inclusão social. Para escrever sobre moda, contamos com estilista Catarina Cunha. Sua história com a arte começou cedo, quando aos 15 anos iniciou um curso de História da Arte em Florença, Itália. No ano seguinte fez intercâmbio no Canadá onde estudou arte moderna. Com seu trabalho de desenhar camisetas para a IT-SHIRT, conseguiu reunir suas duas paixões: arte e moda. Hoje, Catarina tem seu próprio site sobre moda e em breve inaugura sua loja, a Zeta. Convidamos Olavo Diniz para escrever sobre Política. Paulistano graduado em História e Ciências Políticas pela Universidade de Tufts (Medford, EUA), Olavo fez diversos cursos em Economia e Sociologia na Harvard. Nos Estados Unidos trabalhou para o Senador Democrata Edward Kennedy, o Prefeito de Boston e o Prefeito de Medford. No Brasil trabalhou no Banco do Povo Paulista e foi assessor do Secretário do Emprego e Relações do Trabalho. Hoje trabalha no maior administrador de fundos imobiliários do pais, o Grupo Ourinvest S. A. EXPEDIENTE:

Publicação: Grupo Très (Claudia Junqueira, Lígia Camarini e Amanda Carvalho) ** Jornalista Responsável: Claudia Junqueira

Fotografia: Amanda Carvalho ** Proj. Gráfico e Diagramação: Daniel Franco Luizari ** Entre em contato com a nossa redação. disque: (18) 8118-4040 / (18) 9737-7566 ou envie um email: revistatrespp@gmail.com Todas as imagens utilizadas em nossas matérias são cedidas e de responsabilidade de seus autores ou representantes do conteúdo. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total sem autorização.


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Sumário

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Dicas de Viagem: A nova Riviera européia: Croácia Ensaio fotográfico: Verbo, um conto de fadas

Um pouco mais

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De Roma para o mundo: o grafite

22 O mistério de Anastácia 42 Música Sustentável 52 Uma guerra civil ainda não civil 54 Mania de “aportuguesar”

2 Notícias 4 Política 6 Saúde 8 Quem 10 Gastronomia 14 Ócio criativo 16 Moda 26 Artes 38 Cinema 40 Música 46 Meio Ambiente 58 Esporte 60 Coluna Social 64 Crônica


Locais

Notícias

Locais, Nacionais e Mundiais

Basquete da Semepp em duplo desafio

Grafite legal no Matarazzo

A equipe de basquete Tênis Clube/Funada/Andorinha/ Semepp, de Presidente Prudente, teve duplo desafio quando no último dia 6 disputou o Campeonato Paulista de Basquetebol Masculino - categoria sub-19. O time encarou duas fortes equipes fora de casa, em São Paulo. A partida foi diante da Associação Metodista em São Bernardo do Campo e no dia seguinte contra a Sociedade Esportiva Palmeiras, em Barra Funda.

Lançado oficialmento no último dia 6 de agosto no Centro Cultural Matarazzo, o projeto Grafite Legal vem para promover e valorizar a arte de jovens que muitas vezes é confundido com vandalismo. A iniciativa é da Assessoria Municipal da Juventude em parceria com as secretaria municipais de Assistência Social, Cultura e Turismo e Obras e Serviços Públicos.

Mundiais

Nacionais

Jornalista troca carro por bicicleta em São Paulo

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A jornalista Natália Garcia, cansada de enfrentar 4 horas de engarrafamento por dia na cidade de São Paulo, decidiu fazer um ótimo negócio: trocar seu carro por uma bicicleta. Natália entendeu que a melhor maneira de fazer com as pessoas se envolvam é fazê-las também ocupar o espaço público. Vários metrôs da capital permitem que o ciclista embarque com sua bicicleta, o que é mais rápido, ecologicamente correto e barato. Além da iniciativa, Natália criou um blog onde produz matérias sobre mobilidade urbana.

Divórcio coletivo Setenta casais de baixa renda se inscreveram neste mês em um proprama de divórcio coletivo promovido pela Justiça gratuita na cidade de Araputanga, Mato Grosso. O projeto é destinado a casais da cidade e que querem a separação de mútuo acordo. Segundo o juiz responsável pelo programa, Jorge Alexandre Martins Ferreira, “A ideia é ajudar a regularizar a situação da pessoa pois verifiquei que em muitos casos o casal enfrenta dificuldades para se divorciar oficialmente. Desta forma a pessoa fica livre para novas bodas”.

Papa Bento XVI pela paz na Síria e Líbia Com os constantes episódios de violência durante a crise na Síria e Líbia, o papa Bento XVI fez recentemente um apelo ao regime do líder Bashar al Assad e à população da Síria para que se restabeleça a convivência pacífica no país árabe. O papa também pronunciou palavras sobre o conflito líbio e exigiu aos organismos internacionais o relançamento de um plano de paz por meio da negociação e do diálogo.

Revista Très - Agosto / 2011

Bye bye Amy Morre a cantora britânica Amy Winehouse que, junto com Robert Johnson, Brian Jones, Jimi Hendrix, Janis Joplin, Jim Morrison e Kurt Cobain, entra para a lista dos grandes nomes de músicos que deixaram uma legião de fãs aos 27 anos de idade. O famoso “clube dos 27”. Amy faleceu no dia 23 de julho em Londres deixando apenas dois álbuns e muita polêmica.


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Política

Quando a política é demais

Quando a

Política é

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uito se fala dos graves problemas que assolam o Brasil como a pobreza, a miséria, o alto nível da criminalidade, o trânsito caótico, a falta de infraestrutura, a baixa escolaridade do brasileiro etc. Tudo isso fica muito mais latente nas principais cidades do pais. Porém, existe algo muito mais forte por trás de tudo isso, o problema da cultura política brasileira. Esse sim é o principal problema deste pais. Pare para pensar por um minuto. O Brasil tem território, recursos, um povo trabalhador, uma economia estável e que está em crescimento, um clima invejado no mundo inteiro dentre outras coisas. Porém, mesmo assim, nosso pais é mundialmente conhecido como o pais do “futuro”. Sempre que se fala no Brasil, seja nos Estados Unidos, na Europa ou na Ásia a opinião é a mesma, “temos tudo para ser em 10 anos uma potência mundial”. Isso não seria de todo ruim se não fosse pelo fato de ser repetido, quase que como um mantra, há décadas. O grande problema que assola o Brasil é a sua cultura política. Tudo desanda por causa disso, ela é o grande vilão, o grande dragão que precisamos vencer. Aqui o Revista Très - Agosto / 2011

D e m a i s

técnico não é valorizado. Como diria o ex-ministro e economista Delfim Netto, “se o governo comprar um circo o anão irá crescer”. Vivemos em uma sociedade que valoriza o apadrinhamento político em detrimento a colocação técnica. As decisões que norteiam o curso do Brasil são tomadas por pessoas que se quer tem uma formação profissional adequada para isso. Ter um

O grande problema que assola o Brasil é a sua cultura política. Tudo desanda por causa disso, ela é o grande vilão. Texto: Olavo Diniz Ilustração: arquivo

bom padrinho é muito mais importante do que ter uma boa formação profissional técnica. Estamos sendo nivelados por baixo. Ser político no Brasil virou uma profissão lucrativa. Em vez de servir aos interesses do povo que o elegeu, ele serve aos seus. Graças ao inchaço da máquina pública que foi exacerbado pelo governo petista, o Brasil tem hoje centenas de milhares de apadrinhados políticos ocupando cargos que deveriam ser de pessoas qualificadas técnicamente.

Temos tudo para ser em 10 anos uma potência mundial.


Um dos maiores exemplos disso é o que acontece na principal empresa nacional, a Petrobrás. Seu comando é político, suas diversas diretorias foram repartidas e entregue aos vários grupos políticos da base aliada assim como todos os outros cargos do chamado “segundo escalão”. O pior disso tudo é que estamos vendo um continuísmo nessa política, que mesmo sendo comprovadamente atrasada foi aprovada nas urnas ano passado. Quem acha que o governo Dilma é “técnico” está muito enganado. As constantes brigas e desentendimentos com a base aliada, principalmente

cargos em comissão seus apadrinhandos que também são seus afilhados. Além de isso ser antiético, é um ato que deveO Brasil cada vez mais ria ser considerado um crime. Digo isso porque é está virando uma terra sem Lei. A culpa é nossa. notório a prática do dízimo petista. Ela consiste em o afilhado contribuir com um percentual do seu salário todo dinheiro, muito dinheiro, mês para ou o Diretório Central ou seu que vem do meu e do seu Diretório Local Petista. Isso não seria um bolso! Graças ao aumenproblema caso o salário não fosse pago to abusivo da máquina pelo contribuinte. pública essa prática está Vamos recapitular. O PT preenche mi- aumentando dia a dia. lhares de cargos nas diversas esferas do Estamos sendo assaltados poder público com seus afilhados sem todos os dias na cara dura, Quem acha que o governo obedecer qualquer tipo de critério téc- sem perdão. Dilma é técnico está O Brasil cada vez mais nico, apenas político. Todo mês esses muito enganado. servidores tiram parte do seu sálario e o está virando uma terra doa ao PT, sendo que o dinheiro vem do sem Lei. A culpa é nossa. Está mais do que na hora pagamento dos nossos impostos! com o PMDB por cargos e nomeações Essa é provavelmente a maior lavagem de nós mostrarmos nossa tanto do primeiro quanto do segundo de dinheiro do nosso pais! E tudo dentro indignação com tudo isso escalão comprovam isso. O que pouca da nossa estranha legalidade que dificil- e mandar um claro recado gente sabe é como funciona o mecanis- mente pune a classe detentora do poder. de “chega” a classe polítimo petista de alocação de cargos. É em grande parte graças a todo esse din- ca! Sem a priorização da Pior do que os propinodutos que insis- heiro que o PT conseguiu estabelecer formação e do conhecitem em permear a política brasileira é um uma forte base de atuação política por mento técnico, o Brasil vai partido político como o PT nomear para todo o Brasil. Todo esse aparato custa continuar a sempre ser, “o país do futuro”.

5 Agosto / 2011 - Revista Très


Saúde

Texto: Cláudia Junqueira

Doença afetiva bipolar e criatividade

Doença Afetiva Bipolar e Criatividade Por: Dr. Pedro Carlos Primo Psiquiatra/Psicanalista, membro titular da Associação Brasileira de Psiquiatria e da International Psychoanalytical Association. Mestre em Saúde Mental pela Universidade de León - Espanha. Fotos: Amanda Carvalho / arquivo.

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omo esta é uma revista nova e diferente e que pretende pautar as suas páginas com literatura e saúde, etc. informando e levando conhecimentos sobre estas áreas, senti-me vocacionado a escrever sobre um tema médico que está muito atual - a doença afetiva bipolar - e sua relação com a personalidade do artista – do criador, pois parece existir uma correlação muito forte entre criatividade literária, musical e artística e a incidência de transtornos bipolares entre os artistas (em alguns estudos chegando a ser muito superior à média na população). Muitos artistas famosos, escritores, literatos e músicos sofreram de transtornos de humor. A lista é enorme e citarei apenas alguns. O compositor alemão romântico Robert Schumann (1810-1857) é um deles, viveu um inferno psicológico durante quase toda sua vida adulta. Sofria de doença afetiva bipolar (antigamente Revista Très - Agosto / 2011

chamada de psicose maníaco-depressiva), a qual afetou de forma notavelmente cíclica a sua produtividade musical. Conseguiu a sonhada inspiração por meio de turbulências emocionais e de sofrimento no amor. Seus altos e baixos psicológicos que alternavam períodos de intensa produtividade com momentos de profunda depressão, levaram-no a uma eterna instabilidade emocional e, paradoxalmente, consagraram-no como um dos maiores músicos de todos os tempos Tentou duas vezes o suicídio, como muitos depressivos graves.

Outro gigante da música que sofreu de doença afetiva bipolar foi Gustav Mahler. Desde pequeno teve de enfrentar uma série de crises maníaco-depressivas, desencadeadas pelas circunstâncias nas quais viveu. Outro foi Hector Berlioz, “supremo arquiteto do gigantismo musical”. Viveu toda sua vida tomado por estados de humor inconstantes. Segundo sua própria análise, sofria de dois tipos de melancolia: uma ativa, dolorosa e tumultuada; e outra caracterizada por tédio, solidão, letargia e ausência de sentimentos. Na literatura citarei três exemplos clássicos de doença afetiva bipolar, por sinal, três gigantes da literatura universal: Ernest Hemingway, Virgínia Wolf e Leon Tolstoi. Em uma tarde de 1961, Ernest Hemingway, ainda sob tratamento de depressão psicótica, tipo bipolar, levantou-se da cama, pegou a chave de uma


adega, abriu-a, escolheu uma escopeta de cano duplo, carregou-a, subiu até o vestíbulo, apontou para si mesmo e disparou. Esse foi o dramático fim de uma existência entre dois extremos: um eufórico cheio de energia e outro de depressão com frustração e desalento. Virgínia Wolf escreveu sobre as suas constantes mudanças de humor que a levaram ao suicídio (sofria de bipolaridade): “a beleza do mundo é uma faca de dois gumes: um de risos e outro de angústia e ambos partem nossos corações em dois”. Leon Tolstoi cresceu sem nunca ter conhecido os sentimentos normais de uma criança por seus pais, que morreram em acidente quando ele ainda era pequeno. O tédio existencial e a melancolia lhe acompanharam como uma sombra por toda a vida. Apesar de rico, famoso, saudável e respeitado, sentia-se profundamente infeliz. Era um bipolar típico, fazia da literatura seus momentos catárticos diários. Podemos afirmar que o relato: “A Morte de Ivan llich”, é uma obra auto biográfica da vida do próprio Leon Tolstoi. No mundo do cinema temos exemplos típicos de celebridades que sofreram de transtorno bipolar, um dos mais conhecidos é o da estrela hollywwoodiana Marilyn Monroe. Filha de uma mãe pobre e mentalmente desequilibrada que ganhava a vida como ajudante de costureira nos estúdios R.K.O. Abandon-

1- Hector Berlioz 2- Virgínia Wolf 3- Marilyn Monroe 4- Ernest Hemingway 5- Gustav Mahler 6- Leon Tolstoi

ada pelo pai aos quatro meses de idade, teve uma infância sombria que lhe deixou marcas indeléveis em sua mente. As profundas depressões de sua mãe e periódicas temporadas em clínicas psiquiátricas a obrigaram a viver em casa de parentes, orfanatos e lares substitutos. Durante anos não teve por quem chamar de “mamãe” e foi vítima de maus tratos e também de abusos sexuais por parte de seus pais adotivos. Sua baixa auto estima, apesar de sua beleza, começou a produzir os primeiros sintomas de uma depressão bipolar já na adolescência, que a acompanharia pelo resto da vida. No dia 4 de agosto de 1962 Marilyn transpassou o limite de símbolo sexual mais aclamado do mundo e acabou com a sua vida, ingerindo um frasco de tranquilizante. Sua morte comoveu o mundo inteiro e, com certeza, foi a maneira que ela encontrou para terminar com sua atribulada existência, sempre arrasta-

da por violentas oscilações de humor. O que é bom de tudo o que foi exposto sobre a Doença Afetiva Bipolar, é que a mesma, na atualidade, pode ser tratada. Se não tratada, pelo menos controlada com estabilizador do humor, antipsicóticos mo-dernos e antidepressivos.

Agosto / 2011 - Revista Très

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Quem

O famoso quem

O famoso

Très: O Sr. é casado? Jaílson: Sim. Tenho 4 filhos. A Priscila, a Cristina, a Rosana e o Fernando. Très: Onde o Sr. nasceu? Jaílson: Nasci em Pernambuco, mas me mudei para Prudente em 1961. Très: Qual a sua profissão? Jaílson: Sou vendedor de balas e pregador da palavra de Deus. Très: O que o Sr. mais gosta na sua profissão? Jaílson: Gosto de tudo, mas gosto mesmo é de pregar a palavra de Deus.

Foto: Amanda Carvalho

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intuito desta sessão é entrevistar uma personalidade da cidade que seja conhecida, independente de sua posição social, classe, idade ou religião. Nesta primeira edição, entrevistaremos uma figura bem conhecida em Prudente. O Sr. Jaílson, que vende doces e prega a palavra de Deus no cruzamento da Rui Barbosa com a Coronel Marcondes.

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Très: Qual seu nome completo? Jaílson: Jaílson Nascimento Pereira. Revista Très - Agosto / 2011

Très: E o que o Sr. menos gosta na sua profissão? Jaílson: Para mim o mundo acabou. Vivemos em um mundo de angústia e sofrimento. Não tem nada que eu não goste na minha profissão pois eu gosto muito do que faço. Très: Qual o seu maior sonho? Jaílson: Trazer a minha família para o lado de Deus. Très: E seu maior medo? Jaílson: Medo? Medo de quê? “Nada temerei diante de meu adversário”, disse o Senhor. Très: Uma frase: Jaílson: “Sou o caminho, a vida e a verdade”.


7 Agosto / 2011 - Revista Très


Gastronomia

Cupcake, whoopie e popcake

• Cupcake • Whoopie • Popcake

•Cupcake

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O cupcake surgiu para facilitar a vida das donas de casa, que usavam a xícara para medir e para assar os bolinhos, daí o nome cupcake(bolo de xícara). No início, com receitas simples, eram destinados às crianças. Com o passar do tempo, ganhou popularidade e transformou-se em febre mundial, agradando também aos adultos. Atualmente, encontram-se com receitas inovadoras e decorações variadas. Devido a sua versatilidade, o cupcake pode ser considerado uma forma de presentear ou simplesmente uma guloseima.

Por: Bien Gourmand Gastronomia Fotos: Amanda Carvalho

Após o reinado solitário do cupcake, o quase esquecido whoopie (pronuncia-se uúpi) foi redescoberto e ganhou espaço nas principais confeitarias do mundo. Diz a lenda, que as mães da antiga comunidade Amish norte-americana, preparavam como merenda escolar pequenos “bolinhos” de chocolate recheados com marshmallow, formando um sanduíche. As crianças exclamavam: “WHOOPIE” (oba!) quando abriam suas lancheiras, daí a origem do nome. Foram feitas diversas variações da receita original e hoje existem incontáveis opções para esse bolinho recheado, que parece um cookie macio e lembra o famoso e francês macaron . Apesar de serem feitos com os mesmos ingredientes, não é possível fazer comparações entre essas delícias. Cada um tem seu charme e encanto. Pegando carona nessa moda de criar com bolinhos, chegou o Popcake ou Cake Pop. Trata-se de um bolo de massa úmida e densa, banhado em chocolate, fondant, pasta americana ou glacê. Encontra-se em diversos formatos, como: animais, personagens de filmes e desenhos, objetos ou até em forma de cupcake. Esta delícia, que está chegando de mansinho, já conquistou seu espaço ao lado dos cupcakes e whoopies. Escolha o seu favorito e bon appétit!

•Whoopie

Revista Très - Agosto / 2011

•Popcake


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Um pouco mais

De roma para o mundo: o grafite

De Roma para o mundo:

o grafite

Das favelas das cidades aos museus, o grafite

Acima, muro do Centro Cult.

marca uma era de movimentos culturais.

Prudente. Abaixo foto do

Matarazzo, em Presidente muro de Berlin, grafitado

Texto: Claudia Junqueira Fotos: Amanda Carvalho / Claudia Junqueira / arquivo

P 12

ichação ou arte? Seja em um muro aqui em Prudente ou em muro em Berlim, o grafite tomou conta da cultura urbana mundo afora. Apesar de algumas pessoas ainda confundirem sua arte com o piche, sua história resgata fatos desde os homens primitivos. A produção artística foi sem dúvida o vestígio mais fascinante deixado pelo homem através dos tempos. E sua manifestação mais antiga, com certeza foram os desenhos das cavernas. Aquelas pinturas rupestres são os primeiros exemplos de grafite que Revista Très - Agosto / 2011

encontramos na história da arte. Elas re-presentam animais, caçadores e símbolos muitos dos quais, ainda hoje, são enigmas para os arqueólogos, mas que de fato foram significantes aos seres daquele contexto, como uma forma de expressão ou talvez transcrição do momento histórico. Não sabemos exatamente o que levou o homem das cavernas a fazer essas pinturas, mas o importante é que ele possuía uma linguagem simbólica própria. Nessa época os materiais utilizados eram terras de diferentes tonalidades, sucos de plantas, ossos fossilizados ou calcinados, misturados com água e gordura de animais. Hoje, usamos tintas em spray ou mesmo em latas, e não pintamos cervos e bisões, mas sim idéias, signos, que pas-

após sua queda em 1989.


sam a compor o visual urbano, talvez o contexto atual, decorrente de uma evolução, participante da arte também. Grafite ou grafito (do italiano graffiti, plural de graffito) é o nome dado às inscrições feitas em paredes, desde o Império Romano. Considera-se grafite uma inscrição caligrafada ou um desenho pintado ou gravado sobre um suporte que não é normalmente previsto para esta finalidade. Por muito tempo visto como um assunto irrelevante ou mera contravenção, atualmente o grafite já é considerado como forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais, mais especificamente, da street art ou arte urbana - em que o artista aproveita os espaços públicos, criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, equiparando o valor artístico do grafite ao da pichação, que é bem mais controverso. A partir do movimento contracultural de maio de 1968, quando os muros de Paris foram suporte para inscrições de caráter poético-político, a prática do grafite generalizou-se pelo mundo, em diferentes contextos, tipos e estilos, que vão do simples rabisco ou de tags repetidas, como uma espécie de demarcação de território, até grandes murais executa-

dos em espaços especialmente designados para tal, ganhando status de verdadeiras obras de arte. Os grafites podem também estar associados a diferentes movimentos e tribos urbanas, como o hip-hop, e a variados graus de transgressão. Dentre os grafiteiros, talvez o mais célebre seja Jean-Michel Basquiat, que no final dos anos 1970, despertou a atenção da imprensa novaiorquina, sobretudo pelas mensagens poéticas que deixava nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan. Posteriormente Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi

Acima, o artista francês Jean-Michel Basquiat

reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX. No Brasil, os grafiteiros mais conhecidos são os Gêmeos, que é uma dupla de irmãos gêmeos idênticos de grafiteiros de São Paulo, cujos nomes reais são Otávio e Gustavo Pandolfo. Começaram a pintar grafites em 1987 no bairro que cresceram, o Cambuci, e gradualmente tornaram-se uma das grandes influências mais importantes na cena paulistana. Os trabalhos da dupla estão presentes em diferentes cidades dos Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Grécia, Cuba, entre outros países. Os temas vão de retratos de família à crítica social e política; o estilo formou-se tanto pelo hip hop tradicional como pela pichação.

Do lado direito, grafite dos artistas pauslistanos “os Gêmeos”

13 Agosto / 2011 - Revista Très


Ócio criativo

Artfield the band

ArtField The Band Da esquerda para a direita: William Alkema, Gabriel Vasques, Gabriel Lino e Guilherme Lino.

Texto: Claudia Junqueira Fotos: Amanda Carvalho / Artfield

N 14

o dia em que eles receberam o primeiro CD - mil cópias, de produção independente, a banda Artfield nos condeceu a entrevista. Com um ano e meio de existência, eles fizeram três apresentações na cidade: uma na antiga La Vitte, uma no Tênis Clube e outra de maior público na festa de 50 anos da Faculdade Toledo de Presidente Prudente. A banda é composta pelo Promotor de Justiça Gabriel Lino (vocal e guitarra base), seu irmão Guilherme Lino, que é comerciante (baixo), Wiliam Alkema que é analista e trabalha no Ministério Público (guitarra solo) e Gabriel Vasques cursa o último ano de Engenharia Cartográfica Revista Très - Agosto / 2011

na Unesp (bateria). As composições são todas de autoria própria, músicas inspiradas no rock dos anos 70. Todos sempre escutaram muito rock então veio a idéia de criar uma banda e começar as composições. Quando perguntados como é ter uma atividade artística paralela à suas atividades profissionais, eles responderam que não é fácil, pois eles gostariam de dispor de mais tempo para os ensaios. Hoje em dia eles ensaiam apenas uma noite por semana. Pergunto à eles se algum deles já tinha pensado em ser músico alguma vez na vida, antes de pen-

sar em ter a sua profissão atual. Wiliam responde que sim, que já pensou quando era mais novo, mas que não seguiu adiante. Depois pergunto se eles largariam suas profissões atuais para seguir a carreira artística. Um sorriso largo e um grande brilho nos olhos dos integrantes responde com um: Depende! Wiliam diz que a carreira artística é um “sonho maior”. Para eles ter a banda paralela à atividade profissional é uma terapia e também uma realização pessoal. Entre uma brincadeira e outra, a banda resume dizendo que a carreira artística em Prudente ainda é pouco explorada, e cantar músicas próprias em inglês é muito difícil para se começar uma carreira. Pelo sim ou pelo não, a bela capa do recém-lançado CD, intitula-se “The Universe Conspires” ou seja, O Universo Conspira... Para quem quiser conhecer mais sobre a banda, o site no myspace é o: WWW.MYSPACE.COM/ARTFIELDTHEBAND.


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Moda

Verão 2012

Verão 2012 Se tem um assunto pertinente ao universo feminino, este com certeza é moda. Está na lista dos assuntos preferidos de 9 entre 10 mulheres, dos mais diversos lifestyles. Não importa como e nem por que, mas todas sempre querem saber o que usar para estar na moda. E você quer saber quais serão os HITS do próximo verão? A Très acompanhou as tendências dos desfiles nas últimas semanas de moda e vamos contar tudo para você! Texto: Catarina Cunha Blog: www.catarinacunha.com

Deu branco?: Fauna e Flora:

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As estampas vêm super alegres, variando entre aves, folhagens e até frutas. Aposte sem medo! Revista Très - Agosto / 2011

Sem medo de ser confundida com qualquer profissional da área da saúde, invista nos looks “branco total”. São frescos e a cara do verão. Mescle com acessórios


Super Phyna! Esqueça os saltos grossos e invista nos finíssimos.

Jeans: O clássico nunca saiu e nem vai sair de moda. Entra estação, sai estação e lá está ele, firme e forte! Aposte em looks com composições de diferentes lavagens.

Color Blocking: A tendência que virou mania na ultima estação, continua forte no verão. As cores da vez são as da nossa bandeira: verde, amarelo, azul e branco.

Chapados: Quem é adepta a escova progressiva, já pode ficar muito feliz. Os cabelos lisos voltaram com tudo!

17 Agosto / 2011 - Revista Très


Verão 2012

The 60’s are back!: Uma das peças mais marcantes dessa década está de volta às passarelas. As cigarretes são um clássico que pedem túnicas ou tops estruturados para uma combinação perfeita.

Ponto daVovó: Aposte em trabalhos artesanais como o Macramê. As peças handmade, são o hit da estação.

Transparência: A transparência esteve muito evidente nos desfiles, principalmente em vestidos e saias longas. Use com forros aparentes bem mais curtos.

18 Revista Très - Agosto / 2011

Corda nos pés: As antigas espardilles com certeza vão marcar esse verão. Algumas marcas já invistiram no modelo clássico e outras em versões mais modernas.





Um pouco mais

O mistério de Anastácia

O Mistério de

Anastácia As lendas por trás do

Na foto: Grã-Duquesa

assassinato da última

Anastasia Nikolaevna

dinastia Romanov.

Romanova da Rússia (1901 1918), quarto filho e filha

Texto: Claudia Junqueira

mais nova do

Fotos: arquivo

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esde a primeira vez que li o livro “Nicolau e Alexandra” de Robert Massie, um livro dessas seleções, aos 13 ou 14 anos, fiquei fascinada pela história da Rússia. Sua revolução, seus Czares, Rasputim, a doença incurável (hemofilia) de Alexis, o herdeiro do trono da Rússia e seus mistérios que vão muito além dos montes Urais. Mas uma questão que sempre me instigou foi o assassinato brutal e misterioso dos Czares pelos Bolcheviques em 1918. Conta a lenda que a filha mais nova, Anastácia, teria sobrevivido ao massacre e viveria ainda hoje nos Estados Unidos. Esta foi apenas uma de muitas lendas que surgiram após o massacre. Dentre vários artigos que já li a respeito, encontrei um interessante com a provável história do assassinato. Anastácia Romanov era a filha mais nova de Nicolau II e Alexandra da Rússia, Revista Très - Agosto / 2011

último czar da Rússia, Nicolau II. Diferentemente do que muitos ainda pensam,

nascida a 18 de Junho de 1901 no Palácio de Peterhof. Anastácia tornou-se famosa após a sua morte devido às inúmeras mulheres que se fizeram passar por ela ao longo do século XX e também à atenção da qual foi alvo por parte da Cultura Popular de todo o mundo. A esperança no nascimento de um herdeiro para a dinastia Romanov foi adiada com o nascimento de Anastácia. Quando recebeu a notícia de que tinha sido pai da quarta filha consecutiva, o czar Nicolau II foi dar um longo passeio sozinho para se acalmar antes de visitar Alexandra e a nova bebê. Durante a Primeira Guerra Mundial, Anastácia, juntamente com a irmã Maria, visitava soldados feridos num hospital privado em Tsarskoye Selo, onde também trabalhavam a mãe e as irmãs mais velhas Olga e Tatiana. Após a abdicação do pai em Março de 1917, Anastácia foi presa com o resto da família, primeiro em Czarskoe

ela nunca escapou do massacre de 1918, mas morreu com sua família quando ela tinha 17 anos.


Embora a hipótese de que alguém tivesse conseguido escapar na noite de 17 de Julho nunca tivesse sido levada a sério, existem alguns relatos de que seria possível um ou mais membros da família fugir com vida. Quando o túmulo dos Romanov foi aberto em 1989, depressa chegou-se à conclusão de que faltavam dois corpos. Recorrendo às maiores tecnologias da altura, duas equipes de cientistas (uma russa e uma america-

Anastácia Romanov e sua irmã mais velha; Olga.

Selo, depois em Tobolsk e, finalmente, em Etkaterinburgo. O stress e a incerteza sobre o seu destino, afetaram tanto Anastácia como o resto da família. A lenda de Anastácia começou na noite de 17 de Julho de 1918. A Grã-Duquesa seguiu o resto da sua família para a Casa Ipatiev onde todos teriam sido executados. De acordo com o Relatório de Yurovsky, o homem que comandou o fuzilamento, após a primeira vaga de disparos, balas fizeram ricochete nas jóias que as Grã-Duquesas tinham cosido nos seus corpetes. Pouco depois Olga e Tatiana teriam sido esfaqueadas com as baionetas dos soldados, enquanto que as outras duas foram executadas com balas dos soldados. Havia rumores de que Anastácia tinha sido salva por um dos guardas, quando este reparou que ela estava viva, de que tanto ela como a irmã Maria, tinham sido salvas por um padre em 1919 e que viveriam como freiras num convento nos Montes Urais até à morte de ambas em 1964. Os rumores chegaram também à Bulgaria onde um homem chamado Peter Zamiatkin, que se dizia ser um guarda da família imperial, contou a um paciente de 16 anos de um hospital que tinha levado Anastácia e Alexis para Odessa e, mais tarde conseguiu escapar para Alexandria de navio.

Acima: última família imperial da Rússia. Imperador Nicolau II, a imperatriz Alexandra, Tsarevich Alexei Nikolaevich e Grand duquesas Olga, Maria,

na) começaram a analisar os corpos. Quando chegou a altura de apresentar as conclusões, as duas equipes mostraram-se em desacordo quanto aos corpos que faltavam. Os americanos diziam ser os de Alexis e Anastácia, enquanto que os russos afirmavam serem os de Alexis e Maria. Sem que esta polêmica fosse de fato resolvida, o corpo de uma das Grã-Duquesas foi enterrado sob o nome de Anastácia Romanov em 1991. Finalmente, no dia 30 de Abril de 2008, após 8 meses de análise a dois corpos encontrados em Agosto do ano passado, chegou-se à conclusão que todos os membros da família foram mortos na mesma noite. Anastácia morreu aos 17 anos de idade.

Anastácia e Tatiana

Fonte: http://romanov.blogs.sapo.pt/3668.html

em 1913.

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Artes

Locais, Nacionais e Mundiais

Artes - Local Do dia 26 de agosto ao dia 3 de setembro acontece o XVIII FENTEPP, Festival de Teatro de Presidente Prudente. Segue abaixo algumas programações que a Très separou para você: Dia 26/08 : 21h00 - Das Saborosas Aventuras de Dom Quixote de La Mancha e seu Fiel Escudeiro Sancho Pança (tds públicos) Grupo Teatro que Roda – Goiânia-GO Dia 29/08: 14h00 - Mágico Por Acaso (criança) Teatro de La Plaza – São Paulo-SP 20h00 - Sobre Anjos e Grilos (adulto) Cia de Solos e Bem acompanhados (Porto Alegre-RS) 22h00 - Ninguém Falou que seria Fácil (adulto) Cia Foguetes Maravilha – Rio de Janeiro-RJ Dia 31/08: 10h00 14h00- Lampiãozinho e Maria Bonitinha- (criança) Cyntilante Produções- Belo Horizonte-MG 22h00 - Antes do Fim Marcos Damaceno Cia de Teatro – Curitiba-PR Dia 02/09: 10h00 e 14h00- Anjo de Papel (criança) Cia Fios de Sombras-Campinas-SP 15h00 - Este Lado Para Cima – Isto Não é Um Espetáculo (todos os públicos) Brava Companhia – São Paulo-SP 20h00 -2º D. Pedro 2º (adulto) Cia Les Commediens Tropicales 22h00 - Drive Thru (todos os públicos) Teatro Enlatado – São Paulo-SP Dia 03/09: 11h00 - Columpio (todos os públicos) Cia Rebote – Brasília-DF 20h00 - A Mar Aberto Atores à Deriva Coletivo Artístico – Natal-RN 22h00 - A Pena da Galhofa e a Tinta do inconformismo -Pausa Cia – Curitiba-PR

• Estão abertas as inscrições para o 1º FENAPP “Festival Nacional de Artes Plásticas de Presidente Prudente” SP Edição 2011. A mostra dos artistas selecionados ocorrerá entre 01/12/2011 e 18/12/2011 na Galeria Takeo Sawada, no Centro Cultural Matarazzo. As inscrições vão do dia 01 de agosto ao dia 30 de setembro de 2011.

• Acontece no dia 23 de agosto às 20h no Teatro 22

Paulo Roberto Lisboa/Centro Cultural Matarazzo, o III Concerto entre amigos. Os convites podem ser adquiridos na secretaria da Escola Municipal de Artes pelo telefone 3222 1882. Revista Très - Agosto / 2011

• O Spart Cultural é um espaço de divulgação da arte

contemporânea sem fins lucrativos. É formado pelas artistas plásticas e arte-educadoras Carmo Malacrida e Zenilda Pasquini. No momento o Spart Cultural expõe trabalhos de Adão Francisco, Carmo Malacrida, Takeo Sawada e Zenilda Pasquini. Fica na Rua Dona Militânia, 359 Vila Claudia Glória. Fone: 3223 4599 Horário de funcionamento: ter. à sex. das 13h às 18h e sáb. das 11h às 18h.


Artes - Nacional • Mariko Mori, uma das artistas japonesas • Acontece em São Paulo no Sesc São Carlos dia 31 de agosto a

partir das 11h, a Mostra “Desenhando o Corpo”. Será uma mostra de trabalhos realizados por artistas de diferentes formações que se reúnem semanalmente para a prática de desenho de modelo: os artistas são Adriana Ferla, o prudentino Andre Almeida, Carolina Gay, Karina Busquets, Livia Ribas, Mirella Marino, Paulo Leme, Renata Buena, Roberto Fabra, Sara Goldchmit e Sílvia Amstalden.

• Para quem estiver em Porto Alegre, O Espaço IAB - que foi

a primeira galeria da capital Rio Grandense, conta com a programação que retoma a tradição da galeria, que nos anos 60 foi pioneira como espaço de lançamento de jovens artistas. Em exibição até 17 de setembro, a mostra “Mil Mãos - Uma ação entre artistas” tem coordenação da artista Rosana Almendares. Visitação de segunda a sexta-feira das 9h às 21h30.

contemporâneas de maior visibilidade no Ocidente, expõe suas obras no Brasil pela primeira vez. A mostra “ONENESS” traz dez obras, entre vídeos, desenhos e instalações. A exposição passa por Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, entre janeiro e novembro. Em Brasília terminou em abril, Rio terminou em julho, agora é a vez de São Paulo: Quando: 22 de agosto a 23 de novembro de 2011 – de terça a domingo, das 10h às 20h Onde: Centro Cultural Banco do Brasil São Paulo – Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo (SP) Quanto: Entrada gratuita Informações: (11) 3113-3651

Artes - Mundial • Nos Estados Unidos, em Baltimore, do dia 25 ao

dia 28, haverá exposição de antiguidades, a “BALTIMORE SUMMER ANTIQUES SHOW”, que acontece apenas uma vez por ano.

• Começou no dia 4 deste

mês de agosto e vai até o dia 27 de novembro o “Yokohama Triennale” do Japão. O jeito ímpar de abordar a arte pelos japoneses vale a pena conferir ao menos pelo site, já em inglês. http://yokohamatriennale.jp/en/

• Em Biarritz, na França, aconteceu do dia 11 ao dia 15

deste mês o “SALON DES ANTIQUAIRES”, também uma exposição de antiguidades raríssimas, estilo Luís XV, entre outras, que ocorre duas vezes por ano.

• Acontece do dia 24 ao dia 26 de agosto em Helsinque na Finlândia uma Conferência Internacional de artes chamada “Imaginando Espaços / Lugares “. A Conferência procura produzir um diálogo entre a História da Arte, Literatura e estudos do gênero.

• Começou no dia 4 de Junho e vai até o dia 27 de Novembro a 54ª Bienal Internacional de Veneza. São inúmeros artistas de várias modalidades como música, cinema, arquitetura, teatro, entre outras. Informações pelo site da Bienal www.labiennale.org/it/Home.html

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Ensaio Fotográfico

Verbo, um conto de fadas

Ensaio

Fotográfico Verbo, um conto de fadas. A constante pluralidade entre a confusão proposta: CONTEÚDO X ESTÉTICA, ainda existe uma saída a tempo; O VERBO. Poder dominar esta imensidão de conjugações é necessário. eu confundo, tu confundes, nós confundimos! Este editorial retrata a confusão humana depositada diariamente no ego e na alma. Vire as páginas a seguir, conheça as frações humanas e sinta-se mais confuso(a) do que nunca! Um brinde à pluralidade e ao verbo, onde podem existir beleza em todos os poréns, pela sensatez contemporânea, vamos lá!

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Coluna Social

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Verbo, um conto de fadas

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Verbo, um conto de fadas

Making Of Release: Guilherme Nabhan, 22 anos é formado em Teatro. Residiu 1 ano em São Paulo onde estudou cinema e 8 meses no Rio de Janeiro onde estudou TV e cinema.

Foto e direção de arte: Guilherme Nabhan Produção : Claudia Junqueira Lígia Camarini Bárbara Besouchet Jazzie Moyssiadis Modelos: Jaqueline Fernandes Marina de Oliveira Lima Victoria Oliveira Di Colla Edição de imagens: Félix Marinho Fotos Making Of: Claudia Junqueira Agradecimentos : Dromo Tecidos * Catarina Cunha * Naia Cunha Mariana Corte Ferrari * Victoria Di Colla * André Mori João Emílio Zolla Neto * Marina de Oliveira Lima

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Cinema

Dicas de filmes

Dicas de

Filmes Adeus Lenin by Wolfgang Becker Texto: Claudia Junqueira Fotos: arquivo

N 38

esta primeira edição, a minha dica de filme vai para “Adeus Lenin”, do diretor alemão Wolfgang Becker, que ganhou vários prêmios nacionais e internacionais como o Globo de Ouro para melhor filme estrangeiro, European Film Awards de melhor ator para Brühl, mellhor filme, melhor roteirista para Lichtenberg. Ganhou também o German Film Awards várias nominações, dentre Revista Très - Agosto / 2011

Acostume-se: aqui você encontra dicas especiais que podem fazer muita diferença na hora de escolher um filme.

elas melhor trilha sonora, que está fantástica com produção de Yann Tiersen, o mesmo de “O fabuloso Destino de Amelie Poulain” de Jean-Pierre Jeunet. Adeus Lenin é uma tragicomédia alemã lançada originalmente em 2003. Dirigido por Becker, o cast tem artistas de peso como Daniel Brühl, Katrin Sass, Chulpan Khamatova, e Maria Simon. A trama acontece pouco antes da

queda do muro de Berlim, onde uma mulher entra em coma e desperta dias depois, após a vitória capitalista. Temendo que as mudanças políticas no pais agravem seu estado de saúde, seu filho elabora um plano para que ela acredite que tudo continua exatamente como antes. Quando ela desperta, em meados de 1990, sua cidade, Berlim Oriental, está sensivelmente modificada. Seu filho Alexander (Daniel Brühl), temendo que a excitação causada pelas drásticas mudanças possa lhe prejudicar a saúde, decide esconderlhe os acontecimentos. Enquanto a Sra. Kerner permanece acamada, Alex não tem muitos proble-


mas, mas quando ela deseja assistir à televisão ele precisa contar com a ajuda de um amigo diretor de vídeos. Becker usa da sátira para retratar suas posições políticas, porém com uma sutilidade ímpar e um humor implacável. Com cuidado para não tomar nenhuma posição, o diretor consegue transmitir muita emoção com inteligência e sensibilidade. Adeus, Lênin! é um filme, também, bastante humano. O filme tem alguma semelhança com “A Vida é Bela” no sentido de que há uma pessoa querendo ocultar a verdade para outra de forma a protegê-la, mas aqui o assunto é tratado com uma leveza bem maior, sem falar que o próprio desenrolar da história é muito mais real do que a saga de Roberto Benigni e seu filho em um campo de concentração nazista. Logo de início, temos uma visão de como era a vida na Alemanha Oriental, com o processo de reunificação também sendo detalhado já nos primeiros trinta minutos do filme.

Qualquer gato vira lata Direção: Tomás Portella

E

ssa sessão é reservada para um lançamento. Um dia antes de fechar a revista, resolvi assistir este recém-lançado filme baseado na peça de Juca de Oliveira com roteiro de Claudia Levay e Júlia Spadaccini. O filme conta a história de Tati (Cléo Pires), uma estudante de Direito que, cansada de ser ignorada pelo namorado playboy e mimado Marcelo (Dudu Azevedo), procura um professor de Biologia, Conrado (Malvino Salvador), que estuda uma tese maluca sobre o relacionamento humano baseado nos animais na qual chama de “Biologia Revolucionária”. Conrado defende que as mulheres, ao irem para cima dos homens, estão acabando com anos de história evolutiva, deixando os homens perdidos. O certo, diz ele, é a mulher ficar na sua e deixar o homem tomar a iniciativa.

O filme começa quando Tati, após levar um pé na bunda no dia do aniversário do namorado em frente a um bar, sai atrás do namorado aprontando uns barracos até encontrar por acaso o professor de Biologia na rua, que oferece carona com o intuito de desabafar sua situação conjulgal e pedir conselhos até convencê-lo de que ela, Tati, é a sua tese. Conrado aceita Tati, que segue à risca os conselhos seus para ter seu namorado de volta, ou seja, ignorando-o. O filme mostra com humor o que acontece na vida real de vários casais que brigam e onde entra o jogo da sedução novamente, o jogo da “reconquista”. O lance do “não ligar de volta”, “não atender a chamada dele”, e outras dicas que as mulheres estão carecas de saber mas muitas acabam fazendo tudo ao contrário. O filme tem a participação especial de Rita Guedes como a ex-mulher de Conrado, que entra em cena para apimentar a já turbulenta história de Tati, que no fim acaba a história com seu professor. É uma comédia romântica gostosa de assistir, cativa pela graça e beleza de Cléo, peca um pouco pela dureza de Malvino, um pouco caricato demais, e encanta pelo enredo divertido e a música agradável de Pedro Bromfman, o mesmo que fez a trilha do Tropa de Elite 1 e 2. Agosto / 2011 - Revista Très

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Música

The Knife

The

Knife Texto: Claudia Junqueira Foto: arquivo

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Como dizia Nietzsche, “Sem música a vida seria um erro.” Essa sessão que virá mensalmente recheada de novidades, cada mês uma banda nova, inclui não só a dica de uma banda como a história, curiosidades, melhores músicas, fotos. Chega de ter sempre as mesmas músicas no pen drive ou no cd! Nessa primeira edição trazemos para vocês esse duo eletrônico chamado ‘The Knife’. A banda é relativamente nova, formou-se em 1999. The Knife é um duo formado por Karin Dreijer Andersson and Olof Dreijer, que juntamente também administram sua própria gravadora, a Rabid Records. Eles ficaram mais conhecidos após sua música “Heartbeats”, que é na minha opinião uma de suas melhores composições. A música apareceu em um comercial da Sony. Depois de “Heartbeats” seu maior sucesso foi “Silent Shout”, que também ganhou muitos Grammis, porém, Karin e Olof se recusaram a comparecer às premiações, ou quando compareciam, usavam essas máscaram venezianas. São aversos à publicidade e à mídia. Entrevis-

Revista Très - Agosto / 2011

tas com eles é coisa rara de se conseguir. Citando como influências em sua música, o duo referiu-se a David Lynch, Aki Kaurismäki, o cinema Coreano, Trailer de Park Boys, Donnie Darko, and Doom. Em adição, citou também a música techno, o grime e o hip-hop do sudeste enquanto Karin citou Sonic Youth, Kate Bush, Bob Marley, Le Tigre and Siouxsie and the Banshees.

Em 2008, Karin anunciou que ela lançaria seu álbum solo com o nome de “Fever Ray” em março de 2009. O álbum foi lançado digitalmente (no iTunes e outras mídias) antes dessa da ta a ambos como DJ Coolof e Oni Ayhun. Suas músicas misturam um pouco do eletrônico com um vocal distorcido, a maioria das músicas são cantadas por Karin. Dica das melhores músicas para você procurar: “A lung”, “Heartbeats”, “Parade”, “Kino”, “We share our mother’s health”. Mas sinceramente, todos os álbuns são demais!

Eis a discografia completa desse duo que é sucesso na Europa toda: The Knife (2001) Deep Cuts (2003) Hannah med H Soundtrack (2003) Silent Shout (2006)



Um pouco mais

Música sustentável

Música Sustentável

Como um prudentino mudou a história de várias crianças e adolescentes de Curitiba Texto: Claudia Junqueira Fotos: Daniel Devereck e Raphael Umbelino

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Em “À Procura do Tempo Perdido” o autor Marcel Prost, que aborda extensamente sobre música, cita uma frase muito interessante sobre a forma como a música interage em nossas vidas: “A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido - se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das idéias - a comunicação das almas.” Marcel Prost exprimiu nesta frase toda intensidade e emoção que a música transmite se nenhum tipo de comunicação houvesse sido inventado. Haveria apenas a música e seria ela nosso meio de comunicação. Talvez tivéssemos um mundo mais feliz. Estudos comprovam que a música relaxa, acalma, e traz diversos benefícios para a saúde. César Augusto Crepaldi é um estudioso de música que pode afirmar isso. Prudentino formado em Educação Musical

Revista Très - Agosto / 2011

pela UFPR em 2005, estudou Violão pelo Instituto EMG em São Paulo em 1994, fez especialização em construção de instrumentos musicais alternativos e especialização em construção de instrumentos de corda clássicos, ambos na UFPR. Há 25 anos como músico profissional, multi-instrumentista, compositor e arranjador, produtor musical de shows, cds e trilhas sonoras para teatro, vídeos e musicais, César Augusto Crepaldi atuou como professor de música no Projovem, Instituto HSBC Solidariedade, Uniarte, Rede Esperança, Fundação de Ação Social de Curitiba e outras organizações. Ganhou Globes Awards na categoria Prata, pela AMPRO-Assoc. de Marketing Promocional. Este ano já estão programadas mais 25 apresentações no território nacional. Seu projeto “Construindo a Música” chamou a atenção de “TRÈS” pela inicia-


tiva criativa e educativa de levar a música à jovens e crianças de todo o Brasil utilizando instrumentos ecológicos. O projeto começou na disciplina de Construção de Instrumentos Musicais Alternativos do curso de música na UFPR, onde segundo César Augusto, os professores observaram que os alunos adquiriram uma grande identidade com os instrumentos construídos, o que motivou o estudo técnico e teórico da música. Primeiramente, como metodologia de ensino da música, foi aplicado na Rede Esperança (ONG italiana com unidade em Curitiba), onde jovens em situação de risco contruíam seus instrumentos ecológicos, aprendiam fundamentos de música e integravam-se socialmente. Diante dos resultados positivos, ele foi estendido aos projetos da Fundação de Ação Social (Projovem e Fazer Futuro), Uniarte (projetos diversos), Instituto HSBC Solidariedade (Brinquedoteca) e Comunidade Escola 2010 e 2011. O projeto foi convidado pelo Centro Cultura Brasil Cabo Verde (da embaixada brasileira) a ser apresentado durante duas semanas na

República de Cabo Verde, onde alcançou seus objetivos e aprovação da comunidade local. Teve repercussão também no vigésimo primeiro Festival de Inverno de Antonina da UFPR (2010). A essência do projeto é dar acesso aos instrumentos quase nunca disponíveis nas salas de aula, prover conhecimento musical e principalmente senso crítico artístico. Segundo César Augusto, os instrumentos são confeccionados com materiais recicláveis, renováveis e reaproveitamento de materiais cotidianos diversos como tubos de papelão e pvc, sobras de ferro de construção, lona plástica de banners reaproveitados, garrafas pet, rolhas, cabaças, bambus e objetos domésticos. São construídos a partir de manuais descritivos e com acompanhamento da equipe de professores que orientam todos durante as etapas. O projeto “Construindo a Música” trabalha com empresas e Ongs” e é aplicado, segundo o músico, em ações temporárias junto a órgãos estatais e ongs que atuam

no segmento sócio cultural. As ongs e demais entidades apresentam seus projetos (onde quase sempre a equipe Construindo a Música elabora a parte de ensino musical) em editais abertos como Projovem, Secretarias de cultura estaduais, Projeto Não Violência, Fundação Cultural de Curitiba, e outras instituições oficiais e privadas. Uma vez aprovados, o projeto Construindo se encarrega dos aspectos pedagógicos e didáticos, apoiado logisticamente pelas entidades responsáveis. O projeto também é solicitado a se apresentar junto a universidades (cursos de extensão, festivais, etc.)

A equipe “Construindo a música” com o projeto: “Quero ser grande” que reuniu uma média de 700 crianças em diferentes estados do Brasil.

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Música sustentável

e corporações empresariais (em cursos de desenvolvimento humano e similares) com construção de instrumentos ecológicos, práticas, criação musical coletiva e apresentação pública final. O grupo de professores e músicos se apresenta voluntariamente também em asilos, hospitais, creches e instituições de assistência. Perguntado de que maneira esse projeto atinge o futuro dessas crianças, César Augusto diz que diversos estudos e a aplicação deste projeto comprovam os benefícios que as atividades musicais devidamente direcionadas proporcionam às pessoas de todas as idades. Segundo o especialista em música, estas atividades permitem ativar uma área de conhecimento específico (a da inteligência musical), que proporcionam o acesso ao nosso vasto patrimônio musical. Além dos aspectos formativos, permitem o desenvolvimento atitudinal através do equilíbrio psico-social, o aumento da auto estima e confiança, percepção e sensibilidade sensóreo cor-

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Acima e abaixo, fotos do projeto se apresentando na cidade de Ponta Grossa-PR.

poral, desenvolvem o trabalho de equipe, organização, capacidade de projeções e busca de soluções equilibradas. De acordo com o especialista em música, essas crianças e jovens são muito carentes de encaminhamentos culturais, onde possam se ocupar positivamente e desenvolver a criatividade inerente ao seu povo. O projeto cumpre também o papel de detectar aptidões musicais e prover uma reflexão ética e ambiental, além do conhecimento adquirido que pode ser multiplicado junto às comunidades onde vivem os participantes.Muitos jovens e crianças desenvolvem plenas condições de prosseguir em seus estudos musicais e se dedicar a uma profissão na área como professor de música, instrumentista de orquestra, luthier, etc. O projeto Construindo a Música viaja o Brasil todo onde ministra palestras, oficinas e apresentações. Além de ter sido apresentado em diversos locais em Curitiba e no Paraná, também já foi apresentado em outros estados e países como Chile, Argentina e Cabo Verde. O maior público participante foi durante a turnê nacional do musical “Quero Ser Grande, Uma Construção Musical” pela Help Comunicação Conceitual e Editora Positivo, com a participação estimada de 15.000 crianças nos estados do Paraná, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro e São Paulo. Para conhecer mais sobre o Projeto Construindo a Música, o endereço do blog é http://construindoamusica.blogspot.com.


PAG. INTEIRA 183 X 229 mm

Atenção para sangra e margem de segurança. A arte final deve ser fechada em formato bitmap: TIFF, EPS ou JPG no modo de cor CMYK 300dpi

margem de segurança: 173 x 219mm Agosto / 2011 - Revista Très área da página: 183 x 229mm

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Meio Ambiente

Educação ambiental nas universidades brasileiras

Educação Ambiental nas

Universidades

Brasileiras Texto: Claudia Junqueira Fotos: Amanda Carvalho

“A importância da orientação nas Instituições de Ensino”

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É

impressionante o quanto estamos atrasados ecologicamente em relação aos países de primeiro mundo. Os europeus, por exemplo, jovens, adultos e idosos, todos têm o ótimo costume de reciclar tudo. Sem contar que é muito fácil o sistema de reciclagem em qualquer cidade européia. Não é como no Brasil que o caminhão da reciclagem vem quando quer (quando vem) ou mal possuem centros de reciclagem na maioria das cidades. Outra coisa que chega a revoltar é que são pouquíssimos ou cursos superiores com a matéria de Educação Ambiental na grade curricular das Universidades Brasileiras. Cursos como o de Engenharia Civil e Biologia apenas por exemplo, possuem algumas matérias de Meio Ambiente na grade curricular. O curso de Comunicação Social, como exemplo quase dramático deste quadro, não possui na grade nem um conhecimento sobre Educação Ambiental, o que na minha opinião, é de fundamental importância, já que o jornalista tem como uma de suas funções informar a sociedade. Concordo que educação ambiental deveria ser aprendida no ensino médio. Mas reforço que uma matéria no curso de jornalismo para formar profissionais atualmente mais bem orientados em


” questões ambientais é primordial. Estamos em pleno século XXI, o mundo está se acabando em devastações e poluições ambientais e o jornalista atual ao invés de informar, por exemplo, de que é possível recompensar o uso de combustíveis fósseis plantando árvores, perdem tempo discutindo quantas árvores temos que plantar para recompensar um vôo de avião. A educação é a chave do desenvolvimento sustentável, auto-suficiente – uma educação fornecida a todos os membros

da sociedade, segundo modalidades novas e com a ajuda de tecnologias novas, de tal maneira que cada um se beneficie de chances reais de se instruir ao longo da vida. Devemos estar preparados, em todos os países, para remodelar o ensino, de forma a promover atitudes e comportamentos que sejam portadores de uma cultura da sustentabilidade. É aí que entram em jogo as universidades, assim como todos os estabelecimentos de ensino superior, que assumem uma responsabilidade essencial na preparação das novas gerações para um futuro. Nos últimos anos, a preocupação em defender a natureza passou a ser mundial, devido a afirmações aterradoras como:

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Nosso planeta está poluído, sua temperatura se eleva, as erosões progridem, as áreas agrícolas irrigáveis diminuem, a população aumenta e os ecossistemas sofrem efeitos devastadores. Mudar a economia mundial, de acordo com o novo modelo de desenvolvimento ambientalmente mais adequado, é a única alternativa para a sobrevivência a longo prazo da humanidade. Os países desenvolvidos têm hoje menos de 25% da população mundial, mas consomem 75% de toda a energia produzida, 70% dos combustíveis comercializados, 85% dos produtos da madeira e 72% do aço.

Portanto, fica clara a importância da questão ambiental em qualquer discussão e também dentro dos debates da sociedade, no sentido de enfatizar a consciência de preservação do meio e a evolução para a gestão da sustentabilidade, porque, a cada dia, ficam evidentes as conseqüências das agressões que o homem comete contra a natureza. Os professores são a peça fundamental no processo de conscientização da sociedade dos problemas ambientais, pois buscarão desenvolver, em seus alunos, hábitos e atitudes sadios de conservação ambiental e respeito à natureza, transformando-os em cidadãos conscientes e comprometidos com o futuro do país. Sendo assim, as Universidades Brasileiras deveriam rever esse conceito e adotar como matéria obrigatória, assim como Sociologia ou Filosofia, Educação Ambiental em sua grade curricular. Fonte: http://ambientes.ambientebrasil.com.br/educacao/artigos/a_universidade_ do_seculo_xxi_rumo_ao_desenvolvimento_sustentavel.html

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Dica de Viagem

A nova Riviera Européia: Croácia

A nova Riviera Européia:

Croácia

•L

ingua Oficial é a croata,

de origem eslava como o russo e o sérvio, mas que usa o alfabeto romano.

•P

aís com aprox. 4,8

milhões de pessoas.

•N

ão é membro da

União Européia.

Texto: Mariana M. Marcato Fotos: Mariana M. Marcato /arquivo

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istoricamente faz muito pouco tempo que a Croácia tornouse uma nação independente, já que fazia parte da Iugoslávia até 1991 e apenas em 1995 finalizou a guerra da qual sobreviveu. Com todos estes fatos, o turismo no pais continua muito barato. Passado este tempo, suas ilhas tornaram-se a mais nova riviera européia, freqüentada, principalmente, por suecos e italianos, disputando espaço com as riveras francesa e italiana. Revista Très - Agosto / 2011

Chegar ao país, no entanto, não é tareMoeda oficial é o fa fácil, uma vez que não existem vôos diretos do Brasil e são pouquíssimas as Kuna - 1US$=5,96K cidades européias que permitem esse - R$1,00=3,25K. tipo de acesso. Brasileiros não precisam Fui de Barcelona para Dubrovnik, a primeira cidade dessa incrível experiência. de visto para ficar até 90 Impossível descrever perfeitamente dias a turismo no país. a sensação da minha chegada; a maneiClima Mediterrâneo ra mais fácil é explicar que Dubrovnik é dividida entre a cidade velha e a nova, sen- na costa e Continendo a velha inteira murada por uma cons- tal no interior. trução que chega a 25 metros de altura. Várias regiões com vinícuNão é à toa que se tornou em 1979 um dos Patrimônios da Humanidade pela las. Produz ótimos vinhos nacionais com preços baixos. UNESCO.

• • •


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A nova Riviera Européia: Croácia

O que tem de mais gostoso por lá é explorar as pequenas vielinhas que chegam a parecer um labirinto. Por todo esse centro histórico, rodeado pela muralha, há diversas construções com sinais dos tempos de bombardeios pelas forças sérvias. Seu povo, apesar de sofrido, é educado; os mais velhos têm dificuldade em falar inglês e tratar os turistas com muita gentileza, mas os jovens, acostumados com a nova onda de turismo, falam inglês e sorriem o tempo todo. Não é preciso mais de um dia para

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mesmo tempo, qualquer morador saberá explicar como chegar. Há dois Buza diferentes e um é pouco maior que o outro. Bom, imagine um lugar com um paredão de pedras sobre o mar, com mesas espalhadas pelas pedras maiores, onde se tem uma vista perfeita e única para o Adriático! De dia, há feirinhas com barracas que vendem especiarias croatas, como lavanda e azeite ou, ainda, com colares, pulseiras e brincos feitos por pedras super diferentes. Tudo muito barato. O Palácio que hoje contempla pontos de diversão, já fora usado até como gueto no século passado. Entre as partes que continuam com sua Acima, foto do Parque Nacional Plivtice, arquitetura original, há os um paraíso no coração dos Balcãs. seus quatro portões: um de ouro, um de bronze, conhecê-la, mas de lá, é possível pegar um de prata e outro de os “táxi-boats” que levam às Ilhas Mljet ferro. Bem em frente a um e Lokrum. A primeira é um lugar cheio deles se encontra um dos de trilhas e mergulhos no mar Adriático e a segunda, onde fica localizado um mosteiro beneditino do século 12. Entre os diversos pontos imperdíveis do lugar, indico: - Restaurante Gil’s, que fica em cima da muralha, proporcionando uma vista incrível dos telhados de cor vermelha e simétricos da cidade velha. - Buza Bar, que é um tanto difícil de ser encontrado, já que está em uma passagem secreta da muralha, mas ao Revista Très - Agosto / 2011

Ao lado, foto da rua de Dubrovnik. Passear por suas vielas que parecem um labirinto é dica imperdível enquanto estiver na cidade.

mitos de Split – a estátua de Gregório, a qual garantirá o seu retorno à cidade se o visitante esfregar o dedão dela. Split, no entanto, não se trata apenas do Palácio. Por lá também há praias, um pouco diferente das brasileiras, mas com um azul do mar estonteante. A praia considerada mais bonita chama-se Bacvice, e sua maior diferença com o que estamos acostumados, é que não há sequer uma areinha para contar história, já que é toda de concreto e para entrar no mar, você deve utilizar uma escadinha de piscina. A noite, é divertidíssima, cheia de boates, sendo que a minha predileta chama-se Tropic. Meu roteiro termina, na ilha de Hvar, depois de pegar um ferry boat por uma hora saindo de Split. O agito começa mesmo às 5 horas da tarde, quando o “beach club” Hula Hula, enche de gente para assistir ao pôr-do-sol e começa a animar! O lugar torna-se uma boate a céu aberto, com direito a muita música e gente bonita! Por volta das 22 horas, quando escurece, as pessoas retornam aos seus hotéis e é a partir de uma hora da manhã, que o agito recomeça.


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Um pouco mais

Uma guerra civil ainda não civil

Uma

Guerra civil a d n ainão civil Texto: Claudia Junqueira - Fotos: arquivo

N

o dia 4 de julho os Estados Unidos comemorou sua Independência. A maior potência do mundo também recentemente comemorou os 150 anos de uma guerra inacabada - a Guerra Civil americana. O texto a seguir foi pesquisado a partir de dados da RT, site Russo de notícias internacionais que mostrou claramente a guerra que se vive nos Estados Unidos. Os Estados Unidos é um país que se reconstruiu após a Guerra Civil. A derrota dos sulistas, bem como um plano de abolição à pedido de Abrahan Lincoln marcaram essa reconstrução, mas deixaram marcas profundas na história do país. Ora, “Isto não é uma guerra civil, uma guerra civil é uma guerra dentro de um país”, argumentou Negar Myers, dono da Civil Wildman, Loja da Guerra Superávit em Kennesaw, Georgia. “Tivemos dois países aqui, nós tivemos a Estados Confederados da América e os Estados Uni-

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dos da América.” No Sul, há ainda uma rebelião contra a versão dos vencedores do Norte de eventos. E As batalhas na mente americana?” Sobre o que estava em jogo neste conflito? “Para um monte de gente aqui, eu acho que a Guerra Civil não é um tema atual de um fato histórico”, disse Robert Jones, presidente da Sociedade Histórica Kennesaw. Na Georgia sobram-se residentes na defensiva em relação a seu direito de portar armas. E na própria capital das nações, os moradores ainda estão lutando contra o governo federal para obter plenos direitos de voto e de


Unidos. É incrível ver a diversidade de ideologias que cercam este assunto. disse ela. Kasparian argumentou que algumas áreas dos EUA continuam a se concentrar mais nas idéias de direitos de arma, raça, estado de escravidão, os direitos e outros assuntos de guerra civil, enquanto alguns estados muitas vezes ignoram os problemas. Os problemas tornaram-se um um enrolado de uma questão polarizada do povo contra o governo. Enquanto isso, os Estados Unidos vive uma guerra não civil mais de 150 anos após a Guerra civil, com problemas parecidos, talvez mais agravante por estarmos em pleno século XXI e os Estados Unidos ser uma potência Mundial.

representação no Congresso. Os limites dos seus direitos resultam em parte das divisões da Guerra Civil. E os estudiosos afirmam que a guerra pode ter acabado com a escravidão mas está longe de acabar com o racismo. Com Washington DC, a grande população de recém-libertados, os cidadãos negros no final da guerra, para limitar sua influência, as elites políticas reduziram o direitos de voto para todos. Os moradores ainda lutam nessa missão até hoje. O Sul comemora a Guerra Civil de secessão do Estado, enquanto ativistas dos direitos civis modernos equacionam para comemorar a traição e a escravidão. E as pesquisas mostram um pais dividido,

E os estudiosos afirmam que a guerra pode ter acabado com a escravidão mas está longe de acabar com o racismo.

mais da metade dos americanos acreditam que a guerra civil ainda é relevante hoje, apenas uma minoria a remete para a história e o país continua dividido sobre a causa. Isso de acordo com os pesquisadores da Pew Research. Assim, enquanto as encenações literais da Guerra Civil podem ser a sobra mais visível de uma guerra que dividiu a nação, os restos da batalha estão ainda a ser combatido por muito mais, em uma guerra que vive, hoje. Ana Kasparian, dos “Jovens Turcos” disse que é importante lembrar a Guerra Civil e de que forma ela influenciou os Estados

Mais de 150 anos após a Guerra Civil Americana, o país ainda vive uma guerra interna: O separatismo.

Fonte: http://rt.com

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Um pouco mais

Mania de “aportuguesar”

Mania de

“Aportuguesar ” Texto: Claudia Junqueira Ilustração: Daniel Luizari

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Língua Portuguesa é a mais patriota que eu conheço. Uma das mais bonitas também. É romântica, poética, suave. Uma das mais bonitas para se fazer canções. Entretanto, em qualquer outra língua, as palavras de origem estrangeiras normalmente permanecem iguais, ou seja, em inglês, ou francês, por exemplo. No Brasil, ou em Portugal, a gente “aportuguesa” elas. Alguns exemplos são bizarros como o “mouse”, do computador. No Brasil a gente ainda usa “mouse”, mas em PortuRevista Très - Agosto / 2011

gal eles falam rato. Aliás em Portugal as palavras são bem esquisitas. Gol em Portugal é “Golo” que vem do inglês “Goal”. Outra palavra que esses dias li em um guia cultural aqui em Prudente e me intrigou muito foi Futebol Society escrito “Soçaite”. Todo esse Anglicismo, que são palavras de origem inglesa introduzidas à outras línguas, seja devido à necessidade de designar objetos ou fenômenos novos, para os quais não existe tradução adequada na língua alvo, caracteriza-se por vício de linguagem. Muitas palavras já foram introduzidas e adaptadas e nem percebemos que são de origem estrangeiras como piquenique, repórter, náilon, jóquei, blecaute, etc... O Brasil é um país rico de palavras, vocabulário vasto e acredito que devemos encontrar uma tradução adequada para tais palavras estrangeiras. Há tanto estrangeirismo no Brasil que vou finalizar esta matéria com a letra de uma música do Zé Ramalho intitulada “Estrangeirismo” que retrata bem como o brasileiro sofre ao se deparar num Brasil onde quase tudo vem do estrangeiro.



Mania de “aportuguesar”

Música:

Estrangeirismo Autor:

Zé Ramalho

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• Outro dia me convidaram pra ir ao Mc’Donalds, comemos X burger. • O salão estava lotado, fizemos os pedidos através de um tal de drive tru. • Os colegas percebendo a minha irritação disseram: Se tu estiver com pressa eles tem um sistema de delivery maravilhoso. • Desacustumado com esse linguajar chamei os ‘cabras’: vamos s’imbora. • Seguimos pela avenida Henrique Shaumann, onde pude observar um outdoor, que estava escrito China in box. • e uma seta indicativa parking, nós nao paramos por lá não. • Seguimos mais adiante avistamos um restaurante bonito e luxuoso e na porta de entrada uma luz neon piscando escrita: open. • quando olhei pro chão pude ver um capacho abandonado com a bandeira americana me convidando : welcome • ao adentrar aquele recinto pude observar na decoração • e nas paredes estavam escritas assim : ice cake, x egg, x burger e fast food. • Eu pensei comigo: Food na Bahia a gente usa n’uma outra situação. • Do meu lado esquerdo uma garota tomava uma cerveja numa lata vermelha e azul cuja a marca era Budwiser • o camarada que lhe acompanhava com sua long neck Heineken. • Do meu lado direito uma loira bonita, peituda falava pro cabra com uma voz sensual assim: eu trabalho numa relax for men. • e ele pergunta pra ela: fica proximo do motel my flowers? Revista Très - Agosto / 2011

• e ela disse: nao baby, fica junto a night clube wonderful penetration. • a fome aumentava juntamente com a raiva. • e eu não sabia seu eu pedia um hot dog ou um simples cachorro quente. • ‘emputecido’ mais uma vez com aquela situação chamei os caboclos : vamos s’imbora • Na saída o manobrista nos recebe e nos entraga a chave do nosso possante veículo. • um Fusca 68 fabricado em Volta Redonda na época do presidente Jucelino Kubitcheck. • ele olha pra mim e me diz :Thank you sur and have good night. • e eu usando toda minha simplicidade e educaçao que aprendi no sertão da Bahia , eu olhei pra ele e lhe disse : • ‘’ Vá pra puta que lhe pariu ‘’ • Eu gostaria de falar com presidente pra cuidar melhor da gente que vive nesse pais. • nossa gramática esta tão dividida tem gente falando happy, pensando que é feliz • Acabaria com esse tal de estrangeirismo que pertuba nossa lígua e muda tudo de vez • e os mendigos que hoje vivem nas calçadas ensinaria ao brasileiro que aqui se fala o português. • Sou simples , sou composto, oculto , indeterminado, particípio, eu sou gerúndio, fônema sim senhor, adjetivo, predicado, eu sou sujeito, ainda trago no meu peito esse pais com muito amor. • Sou simples, sou composto, oculto, indeterminado, particípio, eu sou gerúndio, fônema sim senhor, adjetivo, predicado, eu sou sujeito, ainda trago no meu peito esse país sofredor. • Lá no centro da cidade quase que morri de fome • tanta coisa tanto nome sem eu saber pronunciar: é Fast Food , Delivery , Self Service , Hot Dog, Catchup. • Eu só queria almoçar. • Lá no centro da cidade quase que morri de fome. • tanta coisa , tanto nome sem eu saber pronunciar: é Fast Food, Delivery, Self Service, Hot Dog, Catchup. • Meu Deus onde é que eu vim parar! • ‘’ Oxente problem’’



Esporte

Brasil: o país do fut Vôlei

Brasil: o pais do

Fut Vôlei! “Acho que o vôlei vem em constante evolução, graças a sua organização. “ Texto: Ricardo Schwarz

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Fotos: arquivo

uando Marcelo Negrão marcou o 15º ponto diante da Holanda, no quinto set, em 9 de agosto de 1992, tornando o Brasil medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, na Espanha, a história do vôlei brasileiro começou a tomar rumos diferentes. Desde então, o voleyball – como é originalmente chamado - cresce ano após ano no pais reconhecido mundialmente pela habilidade com outro tipo de bola, jogada com os pés. Este crescimento reflete, cada vez mais, em seleções masculinas e femininas que se tornaram verdadeiros carrascos para qualquer adversário nos quatro cantos do mundo. Revista Très - Agosto / 2011

Mas, a que ou a quem se deve esta evolução e o retrospecto impressionante de títulos alcançados pelas equipes brasileiras nas duas últimas décadas? “Acho que o vôlei vem em constante evolução, graças a sua organização. É um trabalho que não começou hoje, e sim há muitos anos, e com o passar do tempo está colhendo seus resultados com diversas conquistas internacionais”, opina o prudentino Braz Rozas Neto,

34, jogador profissional de vôlei há 20 anos com passagem por diversos clubes e seleção brasileira. Além da organização e do talento dos nossos jogadores, a evolução do vôlei no Brasil está diretamente ligada a Bernardo Rocha de Rezende, o Bernardinho, e José Roberto Lajes Guimarães, hoje técnicos das seleções masculina e feminina, respectivamente.

“Além de ser um cara muito inteligente e competente no que faz, [Bernardin ho] conseguiu montar uma equipe de trabalho muito completa ”


Estamos no começo de um projeto, com dificuldades, mas trabalhando com muita organização”.

Guimarães comandou o time masculino de 1991 a 1996. Era ele o técnico da equipe na conquista do ouro olímpico em Barcelona-92. Desde 2003 treina a seleção das mulheres e no currículo tem, entre outros títulos, cinco Grand Prix, três Montreux Volley Masters, e a meda-lha de ouro nas Olimpíadas de Pekin, em 2008. Já Bernardinho é o técnico mais vencedor da história do vôlei no pais. Com as mulheres conquistou três Grand Prix, o bronze nas Olimpíadas de Atlanta-96 e Sidney-2000, entre outros. Está no comando dos homens há dez anos. Das nove Ligas Mundiais conquistadas pelo Brasil, ele esteve a frente da seleção em sete. São três conquistas em Campeonatos Mundiais; duas em Copas do Mundo; e

duas medalhas olímpicas, ouro em Atenas-2004 e prata em Pekin-2008. “Além de ser um cara muito inteligente e competente no que faz, [Bernardinho] conseguiu montar uma equipe de trabalho muito completa e penso que isso faz adiferença”, comenta o prudentino João Paulo Bravo, jogador da seleção desde 2009. Esses resultados fazem do Brasil o primeiro colocado no ranking mundial atualmente com as duas seleções. Além disso, resultam em campeonatos entre clubes mais fortes aqui dentro. Em Presidente Prudente, o vôlei profissional ressurgiu há um ano e meio, no projeto liderado por Rozas Neto. O time prudentino tem o apoio do poder público municipal, do Tênis Clube e de diversas empresas da cidade. “Estamos no começo de um projeto, com dificuldades, mas trabalhando com muita organização. Aprendi muita coisa extra campo no Banespa, onde joguei por muito tempo, e me faz acreditar que estamos no caminho certo”, comenta Rozas Neto. O investimento na formação de atletas é uma das saídas para manter o vôlei vivo na cidade. Segundo a prefeitura, cerca de 170 jovens entre 13 e 16 anos praticam vôlei em pólos no Ginásio de Esportes Watal Ishibashi, Parque de Uso Múltiplo e Ginásio Marcelo Siqueira. “É necessário uma maior atenção para a base, as escolinhas que são o ponto de partida. Não apenas para formar atletas, mas sim com o objetivo social de tirar as crianças das ruas, e fazer com que possam se tornar cidadãos bem sucedidos”, conclui Rozas Neto.

Na foto à esquerda com a camisa nª 13, Jõao Paulo Bravo ponteiro da seleção masculina de vôlei. À direita, a equipe brasileira comemorando mais um ponto.

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Coluna Social

Bonjour

Bonjour O mês de julho foi marcado pelas férias. O frio de quase 10 graus não espantou ninguém e encheu os bares e boates da cidade. Quem pôde, viajou, quem não pôde, curtiu o frio gostoso da cidade e programação intensa cultural que a cidade teve a oferecer. Texto: Claudia Junqueira Fotos: Claudia Junqueira / cedidas

1

1-

Vivian Armelin aproveitou o mês de julho para viajar. Na foto, em Florença, Itália, na ponte Vecchio.

2 2- A banda Eletropink comemorou no mês de julho 1 ano de existência. A vocalista da banda Chiara Mazaro levantou o público do Pub que cantou e dançou até altas horas.

3 3- Os avós João e Lélia Gasparin com os netos 60

Waldemir, Waldemir Jr, Mariana, Caroline, Gabriela, Eduardo, Jaqueline e Thammy em viagem a cidade de Ushuaia, na Argentina.

Revista Très - Agosto / 2011


4 4-

A empresária de moda e estilista Fernanda Stuani e o namorado William Seefelder marcam presença no Pub para comemorar 1 ano de Eletropink.

6

5-

José Henrique e Roseli Farina aproveitaram a neve intensa no hemisfério sul e foram esquiar em Bariloche.

5

6- A estudante de

medicina Marcela Mc Gowan aproveitou o verão europeu em alto estilo na linda cidade de Paris.

7

7- Gabriela Padilha,

Beatriz, Carolina, Adriana, Adélcio e Pedro Henrique Novo Caravina fugiram do frio e foram de encontro ao mar caribenho. Na foto, em viagem a Punta Cana, na República Dominicana.

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8

9- Marcos e Dorisa Medeiros aproveitaram

bem o inverno e seguiram para uma semana de férias em Bariloche e um dia em Buenos Aires, na Argentina. Visitaram também a bela cidade de Villa La Angostura a 80km de Bariloche.

9

8-

Catarina Cunha, recém-chegada do verão de Miami, prestigia com o namorado Daniel Gava, a Casa Bardot de Inverno que reuniu muita gente bonita e uma programação bem bacana para o fim de semana.

10-

Boaz Ordoni no Tacchino com a turma de aulas sobre iniciação aos vinhos. Boaz fez cursos de garçon e maître em Águas de São Pedro e também de Sommelier na ABS - Associação Brasileira dos Sommeliers de São Paulo e atualmente cursa Administração na Unoeste.

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Bonjour

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11- O casal de empresários 13- As amigas Chico e Sílvia Nehring partiram em julho para a Europa em visita à filha jornalista Carol que faz pós em Mídias Culturais na cidade de Siegen, na Alemanha. Da Alemanha, a família Nehring foi para Holanda, Bélgica, Luxemburgo, França e Suiça.

Dominique Athia, Maria Carolina Faustini, Isabela Prata e Maria Júlia Ribeiro curtem a noite animada do Pub Music’n Bar.

13

14 A bela Eva Matos desfila elegância em noite de flashback no Cine Bardot.

12- Ana Claudia Attab 14- Juliana Olivatti e o namorado Murilo Madeira fizeram uma super viagem para o Chile e Bolívia no mês de julho antes de retornar para Curitiba, onde residem atualmente. Na foto, o casal na salar do Uyuni na Bolívia.

mora em Toronto no Canadá onde estuda inglês e trabalha em uma empresa de Marketing. Pretende retornar ao Brasil em outubro e no mês de julho passeou pela praia de Varadero, em Cuba.

Agosto / 2011 - Revista Très

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Crônica

O Papa era pop - e não poupou (quase) ninguém

O papa era

POP

E NÃO POUPOU (QUASE) NINGUÉM Texto: Claudia Junqueira Fotos: arquivo

H

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á controvérsias, mas desconfio das controvérsias também. Era pop e a história não me deixa mentir. Infelizmente, Karol assumiu o papado na pior época do Cristianismo: guerras, AIDS, tsunamis, dilúvios, Lulas, caos, caos, caos. Ainda que o caos sempre existiu, os vinte e seis anos de seu papado foram um tanto quanto tumultuosos. Não há como negar. E ainda assim ele foi o mais pop de todos. E como era pop... Viajou mais de 120 países - sendo um deles o Brasil, na qual ficou ainda mais pop ao declarar que “Se Deus é brasileiro, o papa era carioca.”. Escreveu cinco livros, falava umas 10 línguas - sendo que proclamou 1.338 beatos e em 51 canonizações, proclamou 482 novíssimos santos, entre eles uma brasileira, madre Paulina entre vários outros feitos. Não poupou sua popularidade nem no mundo judaico, quando ousou ser o primeiro papa a entrar em uma sinagoga e muito menos no mundo islâmico, Revista Très - Agosto / 2011

quando adentrou uma mesquita. O mundo inteiro assistiu suas audácias e o admirou ainda mais. Provavelmente lamentou não haver feito sua última visita à um patriarca da Rússia (que como sabem, seguem o Catolicismo Ortodoxo, na qual não seguem a doutrina papal com os Apostólicos Romanos, e sim os patriarcas). Praticamente um “Gandhi” à serviço da Fé Cristã. Foi o papa top dos pop! Poupou os homosexuais. Mas eu duvido. Aquele homosexual Jean ter ganho um milhão de reais na quinta edição de um programa de auditório - O big brother - no maior pais cristão do mundo foi

obra do papa. Certeza! Poupou os divorciados. Mas também pudera, com esse caos do mundo o casamento virou algo tão banal quanto trocar de namorado. E falando nisso, também poupou o uso do contraceptivo. Perdeu pontos na popularidade, mas ganhou como grande seguidor doutrinário da fé cristã. Não deve ser fácil, afinal, acompanhar dois mil anos de evolução. Acompanhando ou não a evolução dos tempos, desde que nasci (há 31 anos atrás), sempre tive o papa João Paulo II como papa e, apesar de ser contra muita coisa na Igreja Católica (sem me tornar apóstata), será difícil haver outro que tenha ultrapassado tantas barreiras e conquistado tanta popularidade em tantas esferas do globo como Karol. Só me encasqueta o fato de só se poder concorrer ao papado homens. Uma papisa seria o triunfo do pop no mundo todo! Igualdade deveria ser literalmente o tema da Igreja Católica pós João Paulo II. E viva o mundo pop!


UM D OS MA I O R ES E MA I S M O D E R N O S PAR Q U E S G R Á F I CO S D O I N T ER I O R D O E S TAD O D E S ÃO PAU LO

Ao e qu a c io n a r q u a l i da de, o r i gi n a l i da de, pro fi s s i o n a l i s m o, o rç a m e nto s ju s to s, c re d ib i l i d a de e a l ta te c n o l o gi a , a I M P R E S S G R ÁF I C A E E D I TO R A co n ce i tu a s u a exce l ê n c i a e m p re s t a çã o d e s e r v i ço s grá fico s n o s s e gme nto s e d i to r i a i s e p ro m o c i o n a i s.

IMPRESSÃO COM PERSONALIDADE POSSUI MARCA REGISTRADA. A NOSSA !

L AMI N AÇ ÃO B O P P - P LA S T I F I C AÇ ÃO - R E LE V O - V E R N I Z U LT R AV I O LE TA - H OT- S TAM P I N G FAC A S ES PECI A I S - CO S T U R A D E M I O LO D E LI V R O S - P R O D U Ç ÃO D E A R AM E E M E S P I R A L COLOC AÇ ÃO D O S E S P I R A I S - CO LO C AÇ ÃO D E A N E L D U P LO ( WI R E - O) - F U R AÇ ÃO G R AMPEA D E I R A AU TO MÁT I C A PA R A R E V I S TA S E C ATÁ LO G O S - LO M B A DA Q UA D R A DA ( H OTMELT ) - A LC E A D E I R A PA R A M I O LO D E LI V R O S - D O B R A D E I R A CO M P O S S I B I LI DA D E S D E MÚ LT I P LA S D O B R A S - CO R T E E V I N CO - P R E N S A D O R A D E M I O LO D E LI V R O S .



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