Revista Très #16 - Junho.Julho

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Tile A m

ato

Da Redação

X a s n e r p m i e d e d a d r e b Li e d a d r e b i l e d o ã s s e r p im

D

ia 7 de junho é comemorado no Brasil o Dia da Liberdade de Imprensa, que tem por princípio a responsabilidade do Estado democrático em assegurar liberdade de expressão aos seus cidadãos e respectivas associações, principalmente no que diz respeito às publicações que estes venham a pôr em circulação. Mas que garantias práticas têm os jornalistas? Será seguro, em um país como o Brasil, gozar de fato dessa tal liberdade de expressão e exercer a profissão com toda imparcialidade necessária? Relatórios recentes revelam a crescente violência contra jornalistas e a falta de diversidade na mídia quando entidades de defesa da classe divulgam relatórios denunciando represálias e assassinatos impunes de profissionais da imprensa pelo mundo. O país caiu uma posição no ranking de Impunidade do Comitê de Proteção aos Jornalistas (CPJ) e entrou para o grupo dos dez países mais perigosos para esses profissionais (medo!). O cálculo leva em consideração a população e o número de casos de morte não solucionados de jornalistas em decorrência da profissão entre 1º de janeiro de 2003 e 31 de dezembro de 2012. Somente em 2013, 4 jornalistas foram mortos no país, segundo a ONG. Esse relatório aponta também que os casos não são exclusivos de repórteres da grande mídia, mas envolvem profissionais de pequenos veículos fora dos grandes centros e blogueiros. Ainda, segundo o Estadão, o Brasil ficou em 91º lugar no ranking

de liberdade de imprensa organizado pela entidade internacional Freedom House, divulgado no dia 1º de maio. Com pontuação 46, o país foi classificado como “parcialmente livre”, atrás de outros países latino-americanos como Peru, Chile e Uruguai. Noruega e Suécia dividiram a primeira colocação. A ONU lançou um site sobre a segurança dos jornalistas e nele reúne informações de diversas ONGs. De acordo com a organização, o país é marcado por diversos desequilíbrios e ressalta que as mídias regionais são ainda muito dependentes do poder político estadual. Apesar de há mais de 28 anos vivermos em uma democracia, nós, jornalistas brasileiros, ainda encontramos dificuldades para exercer livremente a profissão. Que a liberdade de imprensa deixe de ser apenas uma impressão. Boa leitura

Claudia Junqueira Jornalista Responsável


Perfeito para quem namora e para quem prefere uma ajudinha na hora da conquista.

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Exclusivo

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A Très no Instagram

Como já era de se esperar, a galeria bombou mais uma vez! E desta vez, transbordou amor... Muito amor! Com o tema mais romântico do ano, em comemoração ao Dia dos Namorados, o Instagram da revista Très elegeu as cinco fotos mais bacanas marcadas com a hashtag #instatreslove, que reuniu participantes do Brasil todo. Fique de olho, pois sua foto pode ser publicada aqui! Aguarde o próximo concurso e participe!

SIGA @revistatres Pablo Bayeux, prudentino, 34 anos. É representante comercial e participante assíduo dos nossos concursos no Instagram. @pablobayeux

Sergio Saad é publicitário, paulista e tem 39 anos. @sergiosaad

Bruna Andreotti tem 22 anos, é designer de moda e proprietária da empresa Soufi em Presidente Prudente. @brunaandreotti

Matheus B. Passos é de Araraquara. Administrador, 24 anos e sortudo (namorado da modelo Andi Rosés que embelezou nossa edição passada). @mbpassos

Bruno Salomão tem 22 anos e atua no mercado publicitário em Presidente Prudente. @bruusalomao

Revista Très - Junho.Julho / 2012


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Colaboradores do mês

Bruna Cindy é jornalista, graduada em 2009 pela Unoeste. Entre 2010 e 2013 atuou como repórter do jornal O Imparcial. Colabora nesta edição com a história impressionante de Marina Silva na seção Mulher Forte.

Entre em contato com a nossa redação. disque: (18) 3222-0435 (18) 9791-8477 ou envie um e-mail para: contato@revistatres.com.br Todas os textos e imagens utilizados em nossas matérias são cedidas e de responsabilidade de seus autores ou representantes do conteúdo. Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução parcial ou total sem autorização. Errata Na edição anterior, houve um erro de marcação no sumário que indicava o Bate-papo com o jornalista Roberto Mancuzo. Pedimos perdão pelo transtorno. Na mesma edição, na coluna Bonsoir, quem aparece na foto número 06 é a decoradora Valéria Coelho.

Edilson Satoru Yoshida é diretor da agência de viagens Fronteira Ásia Turismo e colabora mensalmente com o Jornal Chá da Tarde Estilo. Nesta edição fala sobre o Tango em Buenos Aires, uma sugestão para um Dia dos Namorados mais que romântico.

Lucas Miolla é publicitário formado pela Unoeste, e atua como diretor de arte e redator na Duplamente Propaganda. Imerso nos mais variados assuntos, ele se dedica à escrita de livros e nesta edição colaborou com a matéria “Na Palma da Mão” e com a crônica “Par Perfeito”.

Janaina Scorpioni é a responsável deste mês por nossa seção de moda. É formada em Engenharia de Produção com ênfase em Confecção Industrial na UEM e MBA em Gestão Empresarial na FGV. Atualmente atua na área fashion à frente da marca feminina de roupas Le Papillon – www. lepapillon.com.br

Mayara Arrais Tolotti é jornalista formada pela Unesp de Bauru. Trabalhou por mais de três anos com produção de revistas. Gosta de escrever sobre assuntos variados, principalmente entretenimento e comportamento, e entrevistar pessoas. Atualmente, mora em Presidente Prudente, e nesta edição colaborou para a seção O Famoso Quem.

Colaboradores fixos

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01-Danuza Azevedo 02-Maristela Coimbra 03-Eliane Gushiken 04- Priscila Nascimento 05- Camila Galindo 06- Tile Amato 07- Antonio Cezar Leal 08- Paulo Brazyl 09- Henrique Chagas 10- Luiz Dalle

Expediente: · Publicação: Grupo Très · Jornalista: Eliane Gushiken · Jornalista Responsável: Claudia Junqueira · Revisão de texto: Lucas Miolla · Fotografia: Amanda Carvalho · Proj. Gráfico e Direção de Arte: Daniel Franco Luizari - ID Design



SUMÁRIO ESPECIAL : TRÂNSITO IMPRUDENTE

32 ESPECIAL DIA

26 EDITORIAL 52DE MODA:

“reservado” - Quarto 1.206

DAS MÃES:

A vida imita a arte

36 BATE-PAPO:

Marcelo Junqueira conversa com a Très sobre cinema nacional

40 ESPECIAL:

Na palma da mão - Como os relacionamentos e o ser humano se adaptam à tecnologia

Foto Capa: Estúdio Triz Tiragem: 3000 un.

SEÇÕES:

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POLÍTICA: 10 anos do PT -

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SAÚDE: TDAH - De que lado

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GASTRONOMIA:

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FAMOSO QUEM:

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MODA:

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COLUNA BONJOUR

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SUA HISTÓRIA EMPLACOU:

Inclusão social e suas formas está o Déficit de Atenção? Você conhece o kebab? Entrevista com o Coronel Alcarria Get the look: mix de estampas!

R. Maestro Francisco Fortunato

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MULHER FORTE:

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MEIO AMBIENTE:

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A TRÈS CURTE ISSO: Ah, o amor...

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COLUNA BONSOIR

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ENSAIO FOTOGRÁFICO: Curitiba

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CRÔNICA: Par perfeito

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#ASSISTA

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#LEIA

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#ESCUTE:

66

Marina Osmarina Silva de Souza

Entrevista com a cantora Aline Muniz

#EXPLORE:

Tango Passion

Vivemos uma mudança climática?

22 UM POUCO MAIS: Contém 1g make-up. Muito mais luxo no seu dia-a-dia


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Política

Por: Priscila Nascimento - Ilustração: Id Design; Rafael Loureiro

Inclusão

social e suas diferentes formas Há 10 anos que o verde e amarelo do Brasil mudou para vermelho e branco. Agora, comemoramos um país do consumo e do assistencialismo

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Com uma economia estável e uma moeda mais valorizada, o mundo vê o Brasil como um país de oportunidades e de investimento altamente seguro

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m 2013 o Partido dos Trabalhadores comemora dez anos de poder no Brasil. Entre todas as marcas que foram deixadas, a principal delas foi a inclusão social. Já são mais de 50 milhões de pessoas que subiram da classe D e E, e foi recriada uma classe que consome, que dita regras e que tem voz, a tão sonhada e almejada classe C. Hoje a mais numerosa e prioritária classe entre as classes. Durante todos esses anos de governança, o combate à miséria foi uma bandeira erguida pelos petistas e apoiada pelos demais partidos. Para isso, o PT utilizou armas expressivas para vencer esta batalha: Bolsa Família, Bolsa Escola, Bolsa Universitária, entre muitas outras. O pacote assistencialista do governo auxiliou na redução da miséria e, também, no reconhecimento popular e na perpetuação do partido no poder. As combinações de politicas públicas fizeram que o Brasil se firmasse entre as maiores economias do mundo. Hoje, está em sexto lugar. Outro reconhecimento internacional conquistado ao longo dos anos foi a solidez econômica que foi conquistada em 2008. Esse status sinaliza a investi-

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dores estrangeiros que é seguro aplicar dinheiro no país e que, principalmente, tem condições de quitar e pagar suas dívidas através de arrecadações eficientes. Essa mudança guinou não somente o Brasil, mas também a América Latina. Hoje o Brasil integra o grupo de credores do Fundo Monetário Internacional e consegue bater recordes em exportação, chegando a mais de U$ 350 bilhões em 2011. Produzimos minério, petróleo, soja, açúcar, etanol, carne e celuloses. Segundo o governo, essas metas só foram alcançadas devido a um rígido controle de inflação, câmbio flutuante, manutenção do desemprego e, claro, aumento de poder de compra. Apesar de tudo isso, ao logo dessa década de poder, nunca se falou tanto em corrupção e nunca os políticos brasileiros estiveram tão desacreditados e junto com eles, o sistema judiciário com a sensação de impunidade que pulsa em nosso sistema estressado de tão nervoso. A população perdeu a esperança de se ter um governo correto e ético. Para os próximos 10 anos desejamos que acabe a frase: “Rouba, mas faz”.


Saúde

Por: Maristela Coimbra - Foto: Arquivo

TDAH

De que lado está o Déficit de Atenção? Doença descrita desde o séc. XVIII, ainda é desconhecida nos dias atuais e esconde atrás de si a necessidade de revisão na nossa forma de educar

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e um lado a família, do outro a escola, e no meio, o mundo contemporâneo cheio de novidades e informações que mudam com a velocidade da luz. Formas alternativas fazem parte do processo educacional, como por exemplo, instituições, associações de bairros, igrejas, meios de comunicação de massa como cinema, rádio, televisão e internet. Uma tendência à refle-

xão sobre a forma mais eficiente de se educar, que não seja simplesmente por uma metodologia em série ou tradição de família! O TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade é descrito por médicos desde o século XVIII (Alexander Crichton, em 1798), mas desde os anos 80 vem ganhando forma com as novas gerações. Caracterizado por um desequilíbrio químico no cérebro, ainda sem causa conhecida, não afeta apenas o comportamento da criança, mas também sua capacidade para a aprendizagem. A maior dificuldade de uma criança com TDAH é lidar com suas próprias limitações sem a devida atenção de seus educadores, mas espera lá, de que lado está mesmo o Déficit de Atenção? (Fica a dica!). A sistematização de fracassos, até o diagnóstico, podem gerar consequências para a vida toda. “Tudo começa na pré-escola, com distúrbios de aprendizagem. Na idade

1902 - Primeira publicação sobre o tema

Seu reconhecimento precoce é muito importante, e depende da família e escola

Seus principais sintomas são desatenção, hiperatividade e impulsividade

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escolar, devido à baixa autoestima, as crianças começam a desenvolver distúrbios de comportamento, que se acentuam na adolescência, gerando distúrbios mais complexos de aprendizagem, gravidez indesejada, tabagismo e alcoolismo. Na idade adulta, fracasso acadêmico, dificuldades profissionais, problemas de relacionamento, traumas físicos, acidentes e abuso de substâncias”. Na verdade, é uma sigla que assusta mais os adultos do que as crianças e adolescentes, pois estes, devido a sua capacidade de recomeçar, se reinventam. Os educadores, por sua vez, não encontram tempo e se perdem na agitação e rotina de seus dias. Essa é a chave: precisamos acompanhar essas crianças. O TDAH é só uma patologia de muitas outras que virão dessa nova era, então devemos evoluir, individualizar sem excluir! “Não queremos privilégios, queremos apenas um pouco mais de tempo do que o ‘normal’ considerado por alguém, que um dia, desconheceu o TDAH” – Desiree Bosso, 17 anos. Vale lembrar: não nascemos ‘sendo’ e o que nos tornamos é o que nossa bagagem nos permite ser! É isso que chamamos de educação! Certo?!

Esforços não devem ser poupados para individualizar sem excluir

O TDAH é uma patologia ainda em estudo Aproximadamente 5% das crianças em idade escolar e adolescentes têm TDAH, com prevalência de 2 meninos para uma menina, sendo que 50% continuam apresentando os sintomas na idade adulta

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Gastronomia

Por: Camila Galindo - Foto: Arquivo

Você conhece o

Para todos que adoram a cozinha árabe, a matéria desta edição é um prato cheio! O kebab já tomou conta do mundo e aqui no Brasil é encontrado nas grandes cidades. Um prato simples, cheio de história e com um sabor delicioso!

kebab?

O

Kebab é um prato de origem turca. Existem registros que noticiam o surgimento do Kebab no século XIV, quando o Império Turco Otomano saía com seus homens em busca de novos territórios. Eles faziam esse lanche com alguma carne obtida pela caça (geralmente cordeiro), que era assada em espetos ou até mesmo nas espadas e às vezes levavam legumes entremeados. Essa carne era servida em pães, pita ou folha. Logo após a Segunda Guerra, o Kebab chegou à Europa. Entrou pela Alemanha e França. Ali houve algumas alterações de temperos e ingredientes. Depois disso, se espalhou pelo mundo todo! Aqui no Brasil e no resto do Ocidente, por

ser geralmente servido enrolado em um pão, por muito tempo acreditou-se e, ainda há quem não saiba, que o Kebab não é um sanduíche, mas sim o recheio dele! Hoje em dia há pelo mundo inúmeras “kebaberias” onde podemos encontrar diversos tipos de carnes e acompanhamentos. Ele pode ser servido enrolado em um pão, dentro ou fora dele e pode acompanhar algum tipo de molho, geralmente à base de tahine (molho de origem árabe feito de gergelim). O kebab é um prato nutritivo, leve, delicioso e não pesa no bolso! Na cidade de São Paulo há algumas casas especializadas nesse prato que vale a pena conhecer! 18

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O Famoso Por: Mayara Arrais Tolotti Foto: Estúdio Triz

Coronel

Alcarria

“Proporcionar a uma pessoa viver novamente não tem preço!”

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Coragem, desafio e adrenalina: palavras que representam bem a vida de um bombeiro! Aproveitando que no dia 2 de julho comemora-se o dia desse profissional, a Très entrevistou o Coronel Alcarria, que trabalhou por 33 anos na Polícia Militar – sendo 26 no Corpo de Bombeiros – e, hoje, já aposentado, leva uma vida um pouco diferente. Ninguém melhor que ele para estampar o “Famoso Quem” desta edição

Très: Como é sua vida agora? Tenho um espírito aventureiro “danado”! Gosto bastante de mergulho. No Corpo de Bombeiros, inclusive, fiz um curso de instrutor de mergulho. Estou me dedicando a isso agora. E minha mulher sempre quis morar na praia, então, mudamos para lá para atender o gosto dela. Também sou surfista e tenho como hobbie andar de kart.

Très: Como foi essa mudança?

Très: O que mais te marcou em sua carreira?

Très: Como surgiu a vontade de seguir essa carreira? Quando comecei a sentir vontade de entrar para a polícia eu queria ser policial rodoviário, pois na época que eu era criança passava um seriado do Vigilante Rodoviário e isso me inspirava. Entrei na Academia de Formação de Oficiais em 1979, mas mudei de ideia depois que fui para o Batalhão. Lá, tinha o Corpo de Bombeiro ao lado. Eu via o pessoal treinando, descendo da torre e, como eu tenho um espírito meio aventureiro, isso me motivou.

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Foram dois momentos. Quando eu era tenente em Marília, houve um soterramento e conseguimos desenterrar dois funcionários, mas um senhor ficou preso na terra. Começamos a fazer os trabalhos para removê-lo e, de repente, houve um desbarrancamento e o sargento que estava atrás de mim teve tempo só de me puxar, senão eu tinha morrido, mas perdemos a vítima. E outro momento foi o acidente da Andorinha, em 2005, com 32 vítimas fatais. Na época, eu era major e comandei as operações. Très: Indicaria essa profissão para alguém? Sim, eu indiquei. Tenho três filhas, falei para elas da profissão, mas nenhuma se animou a seguir. Elas partiram para o lado artístico, de dança do ventre. Mas incentivei um primo que já era meu “fã” (risos).

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Um choque! Fiquei 33 anos sob o regime militar, tinha que acordar cedo, engraxar o sapato, manter o cabelo cortado e a barba feita. Agora, faço o que quero, estou meio revoltado com esses 30 anos de regras (risos). É pequena a porcentagem dos militares que se aposenta e faz isso, usa tatuagem, deixa o cabelo crescer, brinco... A maioria ainda mantém costumes bem arraigados, já eu fujo um pouco da normalidade. Très: Sente falta da rotina antiga? Sinto. De vez em quando, bate uma saudade. Às vezes, acordo de manhã, até penso em colocar a farda e ir para o quartel... Mas agora é outra fase, não posso ficar com reminiscências do passado. Très: Uma frase... Viva a vida intensamente em cada momento que ela te possibilita, porque a gente não sabe quando vai embora.


Um pouco Mais fotos: Cedidas

Muito mais luxo no seu

dia - a - dia

Batom Mate Alta Cobertura Lady Victory Mate: Batom com um vermelho vibrante que harmoniza perfeitamente com um look clean e sofisticado, mantendo o visual de força e intensidade.

S

em muita novidade para o make ou interessada no que há de mais moderno quando o assunto é maquiagem? A reportagem da Très irá te ajudar. Separamos alguns produtos que fazem a diferença no look com a nova coleção da Contém 1g make-up. A marca lança em junho produtos com temática militar. A “Loja Luxo” da Contém 1g make-up chega em Presidente Prudente com um espaço sofisticado, interativo e lúdico, onde as clientes se aproximam do mix de produtos da marca de forma prática e agradável. No novo ambien-

te, a consumidora encontra à sua disposição produtos para experimentação, além da consultoria das vendedoras, que agregam a experiência de mais de 150 horas de treinamento por ano, transformando-as em verdadeiras ‘make-up artists’, ou seja, maquiadoras profissionais e especialistas em beleza feminina. Dessa forma, elas estão aptas a realizar todo tipo de look facial, analisando o perfil de forma personalizada e ensinando cada mulher a valorizar suas melhores características físicas. Tudo para aproximar as consumidoras e fazer com que elas desfrutem de momentos felizes e únicos. 22

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Sombra Compacta Golden Safari Acetinado: Essa sombra nude faz referência à moda e contexto histórico do período da década de 40, aliando o estilo militar ao glamour intelectual da época.

Sombra Compacta Military Green Cintilante: Em diferentes nuances de verde para intensificar o olhar e deixar o make com um ar contemporâneo.

Sombra Compacta Under Cover Acetinado: Sombra que transmite um visual de uma diva firme, com os olhos intensos e boca expressiva, em looks cosmopolitas que se destacam com elementos ricos e refinados por meio dos brilhos.

Desert Tan Opaco - Duo Blush: Esse Blush simula o bronzeado alaranjado do deserto. Com fácil aplicação e boa durabilidade, é uma tendência forte que vem para o final do Outono Inverno. A “Loja Luxo” da Contém 1g make-up está localizada na ala nova do Prudenshopping Piso WL (Expansão).

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Moda

Por: Janaina Scorpioni - Fotos: arquivo

Get the look: MIX DE ESTAMPAS! Multiplique seu guarda-roupa nesse inverno

V

amos aproveitar as noites frias para nos aquecermos nos braços da nossa paixão. Pois bem, há quem se apaixone por corações e há quem se apaixone por tendências, roupas, sapatos e até mesmo por corações estampados em vitrines. Afinal, que mulher não ama uma bela vitrine? Se olharmos pelo ponto de vista feminino, há uma justificativa. Investimos em nós mesmas quando compramos algo para nos apresentarmos melhor. Pensando nisso, que tal fazermos investimentos duradouros que venham a multiplicar as interfaces de nosso guarda-roupa? Nesse inverno nota-se uma marca forte nas coleções dos tecidos estampados. Estampas de lenço, de animal, florais, etc. Já nos looks, uma tendência ousada: o mix de estampas. A coordenação da mesma estampa em conjuntinhos como top cropped e saia longa, casaquinho e calça, terni-

nho e mini-short. E até mesmo a coordenação de estampas diferentes no top e bottom. Nesse último caso, valem algumas dicas valiosas para não errar nem sobrecarregar o visual: escolha estampas diferentes com duas ou mais cores em comum; opte por estampas que tenham os desenhos praticamente do mesmo tamanho , assim uma não chamará mais atenção que a outra e a produção fica harmoniosa; combine também os listrados com as estampas, fica lindo! A melhor parte das roupas estampadas não poderia faltar aqui: é seu melhor investimento, pois podem ser usadas no inverno e no verão, diferentemente do preto que é lindo e elegante, mas que nosso verão não comporta devido às altíssimas temperaturas da nossa terrinha. Caso ache muito arriscado investir em todas as peças estampadas, comece usando com uma terceira peça lisa e um acessório poderoso, mas não deixe de ousar, você vai se surpreender. E aí, já decidiu como vai se esquentar nesse inverno? 24

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R. Belo Horizonte, 136 | Jd. Paulista | 18 3222.0707 | 18 3221.0372


Editorial de Moda

Ela: Vestido DONA MILA Brinco e anel VILLA VALENTINA Ele: Look total HENRO DONA MILA: 8153-1000 / 8813-6222 VILLA VALENTINA: 3222-2548 HENRO PRUDENSHOPPING: 3223-6335 HENRO CENTRO: 3903-9626


RESERVADO QUARTO 1.206 O romantismo é uma das modas que abriga mais adeptos. Seu charme traz os ares clássicos e calorosos de hóspedes tais como Otelos e Desdêmonas, Bentos e Capitus, Elizabeths e Mr. Darcys. Portanto seja bem-vindo a um passeio pelas inspirações da Revista Très para o Dia dos Namorados, com looks que expressam, em bordôs e pastéis, toda a ternura e entrega de visuais apaixonantes.

Fotos: Amanda Carvalho e Thyane Brito – Estúdio Triz Texto: Lucas Miolla Modelos: Camila Rogel e Raphael Profeta Make: Isabella Carvalho Hair: João Vitor Andrade Agradecimento: Aruá Hotel - www.aruahotel.com.br

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Editorial de Moda

Ela: Top cropped e saia FOR YOU STORE Colar, anel e ear cuff FERNANDA COIMBRA Ele: Calça e Camisa FOR YOU STORE e Sapato HE FOR YOU STORE: 3221-5640 FERNANDA COIMBRA: 3916-5921 HE CALÇADOS: 3222-1315

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Colar MORANA Short doll HOPE MORANA: 3903-7823 HOPE: 3901-1418

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Editorial de Moda

Joias MARISA CLERMANN Camisola HOPE MARISA CLERMANN: 3222-9009 HOPE: 3901-1418

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Look total 474 3223-2322

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Editorial de Moda

Ele: Look total ZetA Ela: Vestido ZetA e joias NAIA CUNHA ZetA: 3222-0707 NAIA CUNHA: 3221-0372

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Ela: Camisa, blazer e calça Dudalina, da HENRO Colar e brinco MORANA Ele: Camisa Dudalina, blazer, suéter e calça HENRO HENRO PRUDENSHOPPING: 3223-6335 HENRO CENTRO: 3903-9626 MORANA: 3903-7823

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Editorial de Moda

Ela: Look total ELLUS Ele: Look total COLCCI ELLUS: 3221-1027 COLCCI: 3221-7355

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Bate Papo

Por: Paulo Brazyl - Fotos: Guilherme Nabhan

Marcelo

Junqueira

FORMADO EM PUBLICIDADE PELA FAAP EM 2005, O PRUDENTINO EDITOR DE VÍDEO

MARCELO JUNQUEIRA, QUE ATUALMENTE TRABALHA COMO FREELANCER PARA GRANDES PRODUTORAS COMO A O2 FILMES, PARANOIDBR, PRODIGO E JONATHAN POST, FOI O ESCOLHIDO PELA TRÈS PARA HOMENAGEAR O DIA DO CINEMA NACIONAL, COMEMORADO NO DIA 19 DE JUNHO. ELE JÁ TRABALHOU E ATUALMENTE TRABALHA COM GRANDES NOMES DO CINEMA NACIONAL COMO FERNANDO MEIRELLES, CÉSAR CHARLONE, NANDO OLIVAL, LUCIANO MOURA, PAULINHO CARUSO, RENATO AMOROSO, CAITO ORTIS, ANDRÉ GODOY, ENTRE OUTROS, E CONCEDEU UMA ENTREVISTA EXCLUSIVA À TRÈS.

Très - O cinema nacional, na minha opinião, teve bons períodos, sejam eles relacionados à estética ou à qualidade técnica de produção. Fora isso, caminha a passos lentos dando a impressão até mesmo de que está “sem rumo”. Gostaria de saber se você concorda com isso e que comentasse acerca dessa “falta de rumo” Marcelo Junqueira – A falta de rumo do Cinema Nacional não vem de hoje e se relaciona diretamente com um parâmetro maior, a questão da identidade nacional. Somos um país de quase 200 milhões de habitantes, espalhados em uma área de 8.500.000 km2. Ou seja, não faz muito sentido querer que exista um único rumo para toda a produção cinematográfica brasileira. Atualmente vejo alguns rumos se consolidando. O rumo do cinema pernambucano, mais autoral presente em “O Som Ao Redor”, o rumo do cinema carioca, mais comercial e popular que vem dando retorno

de bilheteria, e o rumo do cinema paulista, esse talvez o mais confuso, justamente por tentar caminhar entre o autoral e o comercial. Mas essa confusão é saudável e também não vem de hoje. Basta lembrar da cena antológica que Glauber Rocha protagoniza em “Le Vent d’Est” do Godard. Glauber aparece de braços abertos cantando Divino e Maravilhoso enquanto sugere a uma jovem os eventuais rumos para o Cinema, Nacional e Mundial. Em 1970 Glauber deixava claro que era preciso antes de tudo construir o nosso cinema para depois o desconstruir. O fato é que até hoje continuamos nesse mesmo ponto, basta olhar para as leis de incentivo ainda presentes e infelizmente necessárias. 36

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Bate Papo

Très - Nomes como o do argentino Gaspar Noé, com um estilo de produção bastante definido, são apontados pela crítica internacional como a vanguarda do cinema latino-americano. A produção cinematográfica brasileira atual, diferente do que víamos na década de 60, deixou mesmo de ser vanguarda da América Latina?

Marcelo Junqueira - Gaspar Noé faz um cinema europeu, não latino. Da mesma forma que hoje o Fernando Meirelles faz um cinema mundial e não nacional. A real vanguarda latino-americana ainda está por vir. Nomes da nova geração como Paulinho Caruso e Luis Carone (ambos diretores), Teodoro Popovic e Felipe Braga (ambos roteiristas) e Pierre Kerchove e Alexandre Ermel (ambos fotógrafos) prometem e muito. O cinema libertário dos anos 60 não existe mais porque o cinema não é mais libertador. Quem liberta hoje é a internet. O longa do “Porta dos Fundos” vai ser vanguarda, o resto é o mesmo cinema dos anos 60 se repetindo, com pequenas mudanças em uma mesma fórmula.

O cinema libertário dos anos 60 não existe mais porque o cinema não é mais libertador. Quem liberta hoje é a internet.

Très -Por outro lado, a produção nacional, praticamente toda, objetiva a “telona”. Diferente de muitos outros países onde a indústria cinematográfica há muito se organizou de forma eficiente para a produção voltada especificamente para a televisão. Em sua opinião, seria essa a estratégia a ser adotada aqui com o objetivo de reorientar o mercado, fortalecendo, inclusive, a relação entre a produção nacional e o próprio brasileiro?

Très -O Brasil, já na primeira metade do século XX, se destacou na produção televisiva. Numa linguagem ainda muito nova aquela época, conquistamos estratégias e logísticas eficientes de “produção de externas” capazes de agregar valores ímpares às telenovelas e até mesmo ao teleteatro. O cinema brasileiro continua refém do nosso próprio formato televisivo?

Marcelo Junqueira - Atualmente vivemos uma transformação no mercado e na indústria em função da nova Lei da TV Paga. Com ela surge a esperança de se fazer televisão com um acabamento superior, próximo ao cuidado estético do cinema. Basta ver as séries produzidas pela HBO como “Destino SP” ou “Filhos do Carnaval”. Infelizmente, tem se produzido muito, mas a qualidade muitas vezes ainda deixa a desejar. Não adianta preencher a grade com qualquer coisa e esperar que o público aceite. Estamos no começo, espero que essa lei aproxime a televisão do cinema.

Marcelo Junqueira - Sem dúvida a Rede Globo implementou um padrão e uma estética muito forte que muitas vezes se faz presente no nosso cinema. Muitas vezes é a própria Globo que produz os filmes, portanto a relação entre o cinema e televisão no Brasil é muito forte. Onde essa relação se faz mais presente é no cinema carioca, mas não necessariamente isso é algo ruim. É apenas umas das estéticas possíveis para o nosso cinema. 38

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Especial

Por: Lucas Miolla - Ilustração: Estúdio ID; Rafael Loureiro Foto: Thyane Brito

NA PALMA DA MÃO Os relacionamentos e o comportamento humano se adaptaram a novas extensões por causa da tecnologia. Confira nesta matéria como a identidade virtual pode dar rumos a nossa personalidade

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ome um minuto de seu tempo para selecionar em seu ambiente alguns objetos sem os quais você jamais poderia viver. Entre eles, invenções e elementos que fazem parte primordial de nossas vidas. Feito isso, enumere e organize esses itens por ordem de importância. São grandes as chances de seu celular estar entre os primeiros da lista. E há duas décadas era comum que se perguntasse como a humanidade pôde viver por tanto tempo sem geladeira, televisão ou lâmpada. Mas agora a questão é o que você faria se ficasse 24h sem seu celular. O que explica a importância da comunicação móvel e da internet, tal qual a de necessidades básicas do nosso dia-a-dia? É que a tecnologia, hoje, funciona como uma extensão do ser humano. Assim como asas são extensões das aves que as permitem voar, nadadeiras são extensões dos animais aquáticos, entre outras características adaptativas, a tecnologia vem para suprir o que a humanidade não tem alcance. Isso se cumpriu nos aviões e submarinos, em cujas asas e lemes estão a possibilidade de superar barreiras. Da mesma forma, o celular e a internet móvel vêm trazendo a possibilidade de extensão dos limites sociocomunicativos, elevando-nos a um patamar nunca antes experimentado, ainda mais agora que celular e internet estão inseparáveis nos smart phones.

Tal realidade culminou numa sociedade que depende e muito da tecnologia para suas funções mais importantes. No mercado, poucas empresas que prestam serviços comerciais persistem sem acesso à internet. Da mesma forma, os alunos ficariam perdidos se para uma pesquisa escolar fossem obrigados a ir à biblioteca fazer pequenas consultas que seriam facilmente sanadas por um site de busca. Também como exemplo, a rotina de uma família ficaria seriamente comprometida sem a comunicação móvel. O resultado desses fatores é que sair de casa sem celular é considerado tão trágico quanto sair sem roupas. Recentemente, uma pesquisa encomendada pela Mobile Insurance, uma empresa de seguros de celular do Reino Unido, apontou que 65% dos britânicos afirmam que “não poderiam viver” sem seu

Os entrevistados surpreenderam e 94% afirmaram preferir abrir mão do sexo com seus parceiros por uma semana do que abrir mão de seus celulares 40

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Facebook

Likes A quantidade de amigos e curtidas indica a aprovação dos contatos para uma publicação. Entre os usuários mais criteriosos, curtir o próprio status é como fazer autoelogios.

Instagram

aparelho e 22% se consideram “muito dependentes”. Os entrevistados surpreenderam e 94% afirmaram preferir abrir mão do sexo com seus parceiros por uma semana do que abrir mão de seus celulares. Assim, a importância de estar conectado virtualmente, muito mais do que afetivamente, nunca foi tão grande, o que caracteriza a tecnologia como uma dimensão humana, a se enraizar e criar rumos para sua personalidade. E esse nosso jeito de ser se manifesta muito na rede. Estar conectado significa estar em companhia, pois só os brasileiros já somam 95 milhões de internautas, segundo o IBOPE. Mas a interação virtual não proporciona o contato visual, o cheiro, o toque do abraço e tudo o que configura uma relação plenamente humana. Dessa forma, como se estivéssemos sozinhos, cercados por uma multidão de desconhecidos, a tecnologia vem suprir a carência social, mas deixa a desejar por não suprir a carência emocional, e isso exige cada vez mais aprovação e agrados dos contatos para trazer contentamento.

Dimensão Existencial

A busca por “corações” nessa rede social leva muitos usuários a encherem as legendas de suas fotos com hashtags, palavras-chave que quanto mais numerosas, mais atrairão visualizações e prováveis likes.

Twitter

Seguidores

A tecnologia como extensão nos atribui também um novo lado, porque flui nas redes sociais a formulação de uma constante propaganda de si mesmo. Há na foto de perfil uma espécie de cartão de visita, acompanhada nos álbuns e publicações do que pode se considerar publicidade pura. Conta também a restrição de informações a contatos específicos e a habilidade Très - Junho.Julho / 2013

Likes

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Um indicador de popularidade e influência na rede é a quantidade de seguidores no microblog para quem quer ser ouvido. Há quem comece interações anunciando que está seguindo alguém na esperança de ser seguido de volta.


Especial

Isto é, a tecnologia não é de todo uma vilã, e as redes sociais não são maléficas quando o usuário tem consciência da hora de se desvencilhar e o hábito não afeta outras atividades do seu dia-a-dia

de edição de quais verdades da nossa vida off-line podem aparecer na vida on-line. Desse modo, qualquer inconveniência que nos ocorra antes de dar cliques e deslizes no touch screen, pode ser ignorada e esquecida durante a experiência virtual – o que não evita que elas venham à tona por outros meios. Esse universo paralelo deu vida a inúmeros personagens assumidos ou não por seus executores. Entre os mais famosos perfis falsos da internet está o @mussumalive, que através da linguagem homenageia e representa o saudoso humorista Mussum. É notável também a popularidade da @hebecamargo e da homenagem não póstuma ao Papa Francisco, que angariou mais de cem mil seguidores desavisados que acreditavam que ele fosse o verdadeiro Jorge. E é aí que mora o perigo da superficialidade das relações virtuais: elas são uma dimensão apenas visual, o que propicia a construção de imagens irreais ou definitivamente falsas de seus usuários. Enquanto se vive um personagem de maneira consciente, informada tanto para o público quanto reconhecida pelo próprio usuário, a “segunda vida” virtual tange o artístico. É como um teatro divertido para ambas as partes: quem produz e quem assiste. O problema é quando o indivíduo forma um personagem no exercício de construção da própria imagem, que acontece na definição de fotos que aparecem, nomes que se usam, momentos que aparecem em álbuns e publicações que faz. Isso pode resultar numa segunda versão da identidade, que não é fiel à personalidade formada ao longo da vida do usuário e que pode fazê-lo refém para não ser desmentido. Psicologicamente, a imagem de si mesmo é construída a partir do exercício da percepção. A formação da identidade é influenciada pelas capacidades da personalidade do indivíduo (fatores intrapessoais), identificação com outras pessoas (fatores interpessoais) e os valores que nos cercam (fatores culturais). Ou seja, o que está na moda, aquilo pelo que se é cobrado e até mesmo as autocobranças formam uma “linha editorial” a ser seguida nas redes sociais.

De acordo com Karine Dassie Pedrosa, psicóloga clínica e psicóloga institucional no Hospital Psiquiátrico Allan Kardec, na construção da autoimagem, o indivíduo veste outro personagem, na maioria das vezes, para se proteger da realidade que nem sempre é boa de viver. “Ele pode ter dificuldades em lidar com frustrações e tentar pela internet ‘fugir’ da realidade, dando vazão à fantasia, ao princípio do prazer”, explica. A pessoa pode desenvolver dificuldades em estabelecer vínculos reais, o que pode gerar muita angústia, transtornos, resistência a enfrentamentos de problemas. Mas isso não significa que qualquer pessoa que se renda às permissões virtuais se tornará inapta para o convívio real, e sim que uma personalidade frágil que já existia tende a se prejudicar com a ausência de contato humano. “A internet é uma importante aliada, desde que o indivíduo tenha uma vida plena em sociedade para poder brincar com a fantasia sem obstruir suas vias de acesso real”, acrescenta Karine. Isto é, a tecnologia não é de todo uma vilã, e as redes sociais não são maléficas quando o usuário tem consciência da hora de se desvencilhar e o hábito não afeta outras atividades do seu dia-a-dia. Melhor do que se imagina, a velocidade de interações e filtros de interesse permitem que uma pessoa se situe em grupos e dialogue com indivíduos de personalidade parecida, o que fará com que ela se sinta incluída e participativa numa comunidade, o que é muito saudável para o ego. Contudo, as pessoas adoecidas pelo vício na internet dificilmente conseguem se observar ou ter percepção dessa dependência, o que reforça a importância que os pais e amigos procurem algum profissional capacitado para lidar com essas questões, como quando o indivíduo deixa que sua frequência nas redes afete negativamente outras atividades importantes ou que o exclua do convívio real. É notável, ainda, que esse convívio real parece ter vindo depois do virtual, o que traz uma questão também importante sobre a prioridade da tecnologia na sociedade. As amizades ou namoros, quando acabam por conta de uma briga ou consentimento, encontram no gesto simbólico da exclusão ou bloqueio o rompimento definitivo. Se fulano e sicrano não são amigos nas redes sociais, dificilmente serão amigos pessoalmente, o que mostra que a internet já precede o percurso das relações interpessoais, como se sempre tivesse existido, antes mesmo do desenvolvimento da linguagem.

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Especial

Quanto tempo você aguenta longe do celular? O objetivo é que a tecnologia seja uma extensão da humanidade, e não a humanidade uma extensão dela. Porém parece tarde para subverter a ordem dessa dependência, uma vez que ela se instaurou sem sintomas. E para comprovar essas informações de maneira conclusiva, a Très saiu em busca de candidatos que experimentassem ficar 24 horas sem internet e celular. O resultado foi quase uma unanimidade, até que a advogada e empresária do Espaço Herbalife Bongiovani, Aischa Luizari, aceitou o desafio. Ela, que confessou até acordar de madrugada para fazer atualizações em suas redes sociais, consentiu em abrir mão de seu notebook e celular por um dia e teve um bate-papo conosco quando devolvemos seus aparelhos.

Entrevista: Très: Ninguém além de você topou ficar off-line por 24 horas. Por que você aceitou? Aischa: Eu uso a internet o dia inteiro por causa do meu trabalho e para me comunicar com meus amigos e família, então quis provar para mim mesma que conseguiria ficar sem! Très: E conseguiu? Aischa: Consegui, mas foi muito difícil! Só não pensaram que eu morri porque pude avisar minha família antes de entregar os aparelhos, porque eu estou SEMPRE on-line! Très: Você pensou em desistir? Como fez para controlar a ansiedade? Aischa: De início foi tranquilo, e procurei dormir para me distrair no tempo em que normalmente estaria on-line. Acabou que saí para ver minha irmã, coisa que normalmente só faço nos fins de semana, porque durante, sempre nos falamos via

Ao lado um print da tela do celular da entrevistada mostra a quantidade de mensagens após um dia sem uso.

Aischa Luizari WhatsApp. Só comecei a ficar nervosa um pouco antes de vocês devolverem meu celular! (risos) Très: Como você reage quando fica sem sinal ou quando a bateria do celular acaba? Aischa: Quando não tem sinal, fico possessa! (risos) Também ficaria se acabasse a bateria, mas ando com um carregador na bolsa e outro no carro ligado via USB! Très: Você considera que depende do seu celular? Isso já chegou a te atrapalhar? Aischa: Dependo, em termos. Como eu trabalho com comércio, eu preciso dele para fazer pedidos, falar com clientes, sem falar que me mantenho em contato com todas as minhas amigas via celular. Mas sei a hora de deixar ele de lado e curtir a vida, por exemplo, numa ida à praia. Deixo ele no quarto do hotel (e quando volto, vou correndo checar as atualizações!) 44

Très: Com que frequência você atualiza seu status? Aischa: Só quando acho ou penso alguma frase que vale a pena compartilhar, ou uma foto de algum momento com as minhas amigas. Acho que tem muita gente que força a barra, publicando quando acordou, quando comeu, tira foto no espelho, e acho isso muito solitário, é para chamar atenção. Mas confesso que às vezes curto uma foto antiga das minhas para ela “voltar aos holofotes” no feed de notícias. (risos) Très: Para finalizar, amizade para você tem que começar no mundo real para depois ir para o virtual? E se uma grande amiga excluir você do Facebook? Aischa: Acho que a amizade tem que começar ao vivo, para depois ir para as redes sociais. Por outro lado se uma amiga me excluir, vou tirar satisfações. Se uma pessoa não tem a outra no “face”, elas não são amigas! (risos) Très - Junho.Julho / 2013



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Por Danuza Azevedo

Coluna Bonjour

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01 - Uma das equipes do Grupo Cris-

tão Operação Alegria, que é constituído por voluntários, realiza um trabalho de evangelização e humor em alguns hospitais de Presidente Prudente. Parabéns pela iniciativa, que contribui para a recuperação de muitos pacientes!

02 - A enfermeira Daniele Silva, a

auxiliar de enfermagem Leila Martins e os também enfermeiros Eveline Bano e Gilmar Ribas, idealizadores da Campanha Lavagens de Mãos, reali-

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foto cedida

foto: claudia junqueira

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zada de 6 a 9 de maio pela Comissão de Segurança do Paciente e pelo Serviço de Controle de Infecção Hospitalar da Santa Casa de Misericórdia, de Presidente Prudente. A atividade teve o objetivo de aumentar a adesão dos colaboradores do hospital a esse hábito, que previne e reduz infecções, promovendo a segurança de pacientes, profissionais e demais usuários dos serviços de saúde.

05- Família reunida: Eduardo Andre-

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O casal Bárbara e Douglas Kanashiro durante as férias nas belas praias de Punta Cana, no Caribe.

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- De férias nos EUA, os irmãos Denis e Márcio Oki nos estúdios da Universal, na Flórida. 46

otti e a esposa Carol Andreotti com os filhos Bruna e Guilherme e sua namorada Amanda, em tarde de lançamento de inverno da coleção Soufi de Bruna Andreotti. - Daniel Hirota, Felipe Fernandes Vieira, Leandro Dundes, Gabriel Martins, Fernando Lacerda e Leandro Luizari em Amsterdã, na Holanda, no passeio ‘Heineken Experience’ na fábrica da Heineken. Très - Junho.Julho / 2013


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foto: miguel toninato

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07 -O empresário Alessandro Gime-

nes, da Village Veículos, fascinado pelas aeronaves expostas na Aviashow 2013. A Feira de Aviação Esportiva, que ocorre há 12 anos no Aeródromo José Martins da Silva, em Regente Feijó, onde funciona o Aeropark Clube de Voo Desportivo, é uma das mais conceituadas do Brasil no meio aeronáutico.

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empresária Dirce Zamora recebeu amigas e clientes para o lançamento do catálogo da Monalisa Joias.

08- Os amigos Fabiano Ventura Oli- 11 - Renata, Rosangela Calveira Ventura, Juliano Gaspar Piccolo e Macoot Ribas também prestigiaram o evento.

za e Adriana Carla na Maison Monalisa.

09- Direto de Foz do Iguaçu, no Paraná, os pilotos Adriano Sabiao e Luiz Antônio, que vieram voando para o evento. Très - Junho.Julho / 2013

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Sua História Emplacou!

Por: Eliane Gushiken - Fotos: Estúdio Triz / Arquivo

Ele escreveu a própria biografia. Para concluir suas 119 composições, teve que adaptar a mão esquerda após sofrer um AVC (Acidente Vascular Cerebral) e ter os movimentos do lado direito comprometidos. Exclusividade foi uma palavra muito associada aos seus trabalhos de alfaiate e músico. É sob a batuta do Maestro Francisco Fortunato que as partituras, ou melhor, os parágrafos compõem a matéria de homenagem da Très. Acima, o entrevistado Dr. Fernando Fortunato e ao lado seu avô, Maestro Francisco Fortunato

Rua

Maestro Francisco Fortunato Jardim Bela Dária 48

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a confortável sala da residência do casal Fernando e Regina não é o home theater ou o charme da decoração que interfere a visão de quem conhece o ambiente. Um mural com fotos e instrumentos musicais emoldurados e alocados na parede reflete o carinho e o valor preservado pela família Fortunato. “Nasci dois dias após seu falecimento. Conheci as histórias engraçadas comentadas nas refeições da minha casa, mas foi o suficiente para admirá-lo! Numa época com poucos meios de comunicação, ter feito tantas composições como ele fez é simplesmente fantástico!”, revela Fernando. Fortunato nasceu em Spezzano Albanese, localizada na região da Calábria, no sul da Itália. Veio ao Brasil com quatro meses de idade, morou em Mococa-SP, Poá, Santa Cruz das Palmeiras e São Paulo até chegar em Prudente em 1933 com a esposa Elvira e os dois filhos, José e Ercilia. Começou a laborar como alfaiate, inaugurou a Casa das Louças na Maffei e depois se dedicou apenas à música. Foi componente e regente das bandas Recreativa Mocoquense e Filarmônica Mocoquense por 25 anos e da Banda 7 de Setembro durante três décadas. Com a última banda, Fortunato fez apresentações à frente dos Cines João Gomes e Fênix, nas praças da Matriz São Sebastião e Nossa Senhora Aparecida e no bairro Vila Marcondes. O espetáculo era composto por um repertório de diversos gêneros, como marchas, dobrados, valsas, fado, cateretê, polka, fox-trot, samba e marchinha de carnaval. Suas composições ainda incluíam músicas sacras, hinos, ladainhas e outros cânticos religiosos. A sua inspiração número 56 “Dr. Getúlio Vargas” – Grande Marcha Sinfônica (1941) foi encaminhada ao ex-presidente e executada na Hora do Brasil, programa de rádio no período do Estado Novo. A música é considerada uma obra de arte por combinar som e silêncio. O maestro compreendeu e dedilhou o significado. Durante a sua vida, entre 9 de maio de 1894 e 12 de fevereiro de 1963, utilizou o som para traduzir as melodias. Hoje, o silêncio ecoa nos pensamentos de quem o conhece ou tem ciência de sua história. Abaixo, um Mural de recordações da família feito pela artista plástica Carol Andreotti. E ao lado, Uma das composições do Sr. Francisco Fortunato.

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Mulher Forte

Por: Bruna Cindy - Fotos: Arquivo

Marina

Maria Osmarina Silva de Souza


Do Acre para o mundo, Marina Silva traz uma história marcada por superações. Apesar da educação tardia, a menina nascida no seringal voou longe e conquistou diversos feitos que a tornaram símbolo da luta ambiental. Incansável, está há mais de três décadas na política, na qual atuou como vereadora, deputada estadual, senadora e ministra do Meio Ambiente.

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Hoje ícone da luta pelo meio ambiente, Marina cresceu no seringal com oito irmãos, ficou órfã de mãe e sonhou em se tornar freira na adolescência. Na foto, ela de azul com 14 anos.

uperação é a palavra-chave para definir Maria Osmarina Silva de Souza, mais conhecida como Marina Silva, que precisou encarar dificuldades desde pequena. Filha de seringueiro, a personagem desta edição do “Mulher Forte”, nasceu no dia 8 de fevereiro de 1958 e foi criada no seringal Bagaço, que fica a 70 km da capital do Acre, Rio Branco. Cresceu com oito irmãos, ficou órfã de mãe aos 15 anos e sonhou ser freira durante a adolescência. Em busca de estudos, seguiu para a capital do Estado e trabalhou como empregada doméstica para se sustentar. Em apenas dez anos, aprendeu a ler, escrever e se formou em História. Posteriormente concluiu pós-graduação em Psicopedagogia. Mesmo marcada pela pobreza e diversos problemas de saúde, como hepatite e leishmaniose, enfrentou obstáculos, alcançou lideranças políticas e foi candidata à presidência do País em 2010, através do Partido Verde (PV). Apesar de não vencer a eleição, tornou-se a concorrente mais votada na história da legenda.

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Mas o que a levou a ser cotada para o cargo mais importante de uma república foram suas quase três décadas de dedicação à vida pública, na qual ficou conhecida em diversas partes do mundo por sua luta em prol de causas ambientais. Sua trajetória política inclui mandatos como vereadora, deputada estadual, senadora e ministra do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008, período no qual instituiu trabalhos como o Plano de Ação para Prevenção e o Controle do Desmatamento da Amazônia Legal. Em plena atividade, busca atualmente apoio para a criação do partido Rede Sustentabilidade, lançado em 16 de fevereiro deste ano, para o qual precisa coletar 500 mil assinaturas. Marina reúne também muitos prêmios ligados a projetos para o meio ambiente, como o Champions of the Earth, recebido da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, e o prêmio Mudanças Climáticas, oferecido pela Fundação Príncipe Albert II de Mônaco, em 2009. No mesmo ano, foi considerada um dos 100 brasileiros mais influentes pela Revista Época.


Ah, o amor...

A Très Curte Isso

Já dizia Shakespeare que o amor não se transforma de hora em hora. Antes se afirma para a eternidade. Se isso é falso, e que é falso alguém provou, então ele não

seria poeta, e ninguém nunca amou! Mas... Como ninguém provou ser falso e Shakespeare foi um grande poeta, o amor sempre existiu, e foi para isso que neste mês especial do Dia dos Namorados, a Très foi à caça de itens para você presentear o seu amor com criatividade e muita paixão!

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»·« 01- Tênis Kheff 474 r$ 189,90 »·« 02- Kit Sexy Cacau Show r$ 49,90 »·« 03 e 04- Calça Jeans e camisa Aramis Henro r$ 299,00 e r$ 279,00 »·« 05- Cupcake de baunilha / doce de leite Bien Gourmand r$ 3,50 »·« 06 e 07- Ankle Boot e bolsa com detalhe em metais Carmen Steffens r$ 399,90 e r$ 599,90 »·« 08- T-Shirt r$ 147,00, Blazer Paetê Pink 3x r$ 172,00 e Short Jeans 3x r$ 66,00, Dona Mila »·« 09-Colar Love - Ouro Amarelo e Rubis Monalisa Pq. do Povo e Prudenshopping 10x r$ 211,00 »·«

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»·« 10- Relógio Victorinox Monalisa Prudenshopping 10x r$ 202,00 »·« 11 - Tênis Coca Cola feminino Galeria do Chinelo r$ 129,90 »·« 12 - Camisas Polos 474 r$ 7 9,90 »·« 13- Conjunto Gisele Bündchen “Boudoir” Sutiã r$ 247,00 e Calcinha r$ 110,00 Hope »·« 14- Brinco de esmeralda cravejado de zircônia negra Villa Valentina r$ 498,00 »·« 15- Mini Bolo Kit Kat Coração - 500g Companhia do Brigadeiro r$ 30,00 »·« 16- Conjunto de caixas revestidas em tecido Casa dos Mimos r$ 50,00 »·« 17- Colar Morana r$ 139,00 »·« Très - Junho.Julho / 2013

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Ensaio Fotográfico

Curitiba

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uando fui para Curitiba em Dezembro de 2012, sem muitas ideias na cabeça, disse aos meus primos que queria fotografar alguns lugares da cidade. Sugeriram-me o Jardim Botânico e outros pontos turísticos. Minha resposta? Não. Queria mesmo era fotografar o centro da cidade. Creio que a maioria dos centros das capitais concentra muitas culturas, trabalhadores, empresários, turistas, vendedores, gente à procura de emprego,

tudo. Buzinas, congestionamento, fumaça, diversidade de cores e toda aquela, vamos dizer, “poluição visual” também caracterizam o centro de qualquer metrópole. Fotografar pessoas e lugares do cotidiano é uma paixão, e a possibilidade de criar com o inusitado, com o real, traz uma sensibilidade a mais na hora do clique. 54

Fotos / Texto: Igor Takahashi

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Ensaio Fotográfico

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Ensaio Fotográfico

“ Making Of

Igor Takahashi Igor Takahashi, 22 anos, de Dracena, é estudante do curso de Jornalismo da Facopp. Começou com fotografia há três anos, quando comprou sua primeira câmera.

Eu já gostava de fotografia desde o ensino médio, comecei a fotografar com minha ‘cybershot’ em preto e branco e a partir daí surgiu o interesse. Foi nas aulas do Paulo Miguel na faculdade que decidi mesmo que eu queria seguir para esse meio. Hoje sou um mero aprendiz.” 58

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#Assista

Por: Luiz Dalle

Filme:

Filme:

» Obra-prima do cinema francês

» O cessar fogo natalino

Amor

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mor é apavorante em sua sinceNota: 10 ridade cruel e conclusiva. É um chute no estômago capaz de Título derrubar o mais forte, o mais român- Original: tico, o esperançoso escasso. É um filAmour, França, me que propõe um caminho reflexivo 2012 sobre os dissabores da terceira idade. A francesa Emmanuelle Riva desem- Direção: penha uma das mais fortes interpreMichael Haneke tações dos últimos tempos ao viver Anne, uma senhora aposentada que Drama/Comédia: 125 minutos. sofre um derrame durante o café da manhã, um dos momentos mais revigorantes do filme. Com uma parte do corpo paralisado, seu marido Georges – belissimamente interpretado pelo veterano Jean-Louis Trintignant – decide ficar ao lado da esposa e o casal inicia uma dolorosa caminhada de provações. É preciso cuidado ao assistir a Amor, pois exige rigor no olhar e cautela com o coração. Existe um excesso cortante de pessimismo, comum nas obras de Michael Haneke, mas que neste último trabalho causa um desconforto sem precedentes. Possui uma direção elegante, requintada, mas que em nada ajuda a amenizar o final desesperador, frio e primitivo, quase perturbador. A obra é um ponto alto do cinema moderno, um cinema muito preocupado com suas jornadas redentoras, mas Amor é um filme doído, de gosto amargo, intragável, uma experiência quase impossível. Assista sozinho, escondido, trancado em seu quarto.

Feliz Natal

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urante a Primeira Guerra Nota: 9.0 Mundial, soldados franceses Título Original: e escoceses lutam contra o Joyeux Noël, avanço do exército alemão. Ocorre que, na noite fria de natal, os soldados Alemanha, 2005 deixam suas armas e trincheiras e, juntamente com os soldados opoDireção: Christian Carion nentes, comemoram o nascimento de Jesus. O cessar fogo muda a vida de vários envolvidos na guerra que Animação/ Aventura: aproveitam os minutos de paz para, 115 minutos. por exemplo, jogar futebol, baralho e mostrar fotos das esposas e filhos para os soldados inimigos. O diretor Christian Carion cria uma bela passagem de esperança acerca das atrocidades da guerra, contando uma história que não se trata de uma lenda natalina ocorrida em algum lugar da França, mas que mostra o homem em real estado de graça deixando sua bandeira de lado para confraternizar com o inimigo. De uma maneira muito segura Carion transmite sua perspectiva redentora utilizando-se das construções mais humanas de seus personagens. Nada de cenas espetaculares de batalhas e nada de violência crua. Feliz Natal é um caso curioso de uma história bem contada sobre um lado da guerra que não conhecemos. Um belo filme, uma bela história.

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#Leia

Por: Henrique Chagas

»Pessoas que passam pelos sonhos De Cadão Volpato

Os personagens deste romance de Cadão Volpato vivem a situação política de seus países de maneira oblíqua, recebendo seus ecos, esbarrando com os fantasmas do período ditatorial. · Nº de págs:314 · Preço: R$ 39,90

»Gênesis Do fotógrafo Sebastião Salgado

“Gênesis” é o resultado de uma expedição para redescobrir as montanhas, desertos e oceanos, os animais e os povos que até agora escaparam da marca da sociedade moderna - a terra e a vida de um planeta ainda intocadas.

Sobre o céu e a terra

· Nº de págs: 520 · Preço: R$ 199,90

- papa francisco

De Jorge Bergoglio e Abraham Skorka » Justiça - O que é fazer a coisa certa Os encontros do ainda cardeal Jorge Bergoglio com o rabino Abraham Skorka são exemplares na procura de entendimento pelo diálogo e no respeito sincero pelas diferenças. Ao longo dos anos, em conversas de coração aberto que não evitaram os assuntos mais difíceis (aborto, eutanásia e etc.) - e que estão documentados neste livro ímpar, os dois líderes compartilham a fé na capacidade de suas religiões em fazer homens melhores. São diálogos entre dois homens simples e eruditos, estudiosos do catolicismo e do judaísmo, que acreditam que as igrejas precisam “sujar os pés” para ajudar quem precisa. O papa Francisco, cardeal Jorge Mario Bergoglio, e o rabino Abraham Skorka, líder judeu na Argentina, nos trazem uma leitura imperdível. · Nº de págs: 208 · Preço: R$24,90

De Michael Sandel

“Justiça” faz uma exploração investigativa e lírica do significado de justiça e convida os leitores de todas as doutrinas políticas a considerar as controvérsias familiares. · Nº de págs: 352 · Preço: R$ 39,90

» Primeiro como tragédia, depois como farsa De Slavoj Zizek

Slavoj Zizek busca sustentar a tese de que a sociedade vive em uma nova etapa do capitalismo global, analisando os valores norte-americanos garantia de liberdade individual e capitalismo de mercado. · Nº de págs: 136 · Preço: R$ 34,00

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#Escute

Por: Claudia Junqueira - Fotos: cedidas

Aline Muniz

Filha da atriz Angelina Muniz, a cantora Aline Muniz desde pequena já tinha o ouvido apurado para a música. Em entrevista exclusiva à Très, a carioca fala sobre sua carreira, influências, momento atual e sobre o seu último álbum.

Très: Embora tenha estudado teatro e ter herdado o DNA artístico de sua mãe, a grande atriz Angelina Muniz, o que te fez seguir a carreira de cantora?

Aline: Mesmo dentro das aulas de teatro, a música sempre falou mais alto. Sempre gostei de cantar nas peças. Na minha opinião a música conduz o texto. Fico muito feliz que uma arte complete a outra. Pra cantar é preciso interpretar.

Très: Sabe-se que você estudou música. Fez aula de gaita, violão e piano. Quais instrumentos você toca atualmente?

Aline: Um pouco de todos esses. Mas atualmente tenho adorado me dedicar ao instrumento que mais uso: a voz. É o mais orgânico e o que requer mais cuidados.

Très: Como está o seu momento atual na carreira de cantora?

Aline: Finalizando a turnê do meu segundo disco “Onde Tudo Faz Sentido”, que me deu muitas alegrias. Passou por 5 cidades e chega finalmente em São Paulo e Rio de Janeiro. E lógico, já preparando o terceiro!!

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Très: Quais são suas atuais influências no cenário musical?

Aline: Tudo o que ouço de uma forma ou de outra é uma influência pra mim. Acabei de voltar de uma viagem para os Estados Unidos, então ouvi muito Jazz. Ron Carter, Dianne Reeves, Lalah Hathaway por exemplo. Mas também escuto artistas que gosto muito como: Robert Glasper, Concha Buika, Dwele, entre muitos outros.

Très: Você trabalha com um excelente time de músicos. Fale um pouco sobre o processo de composição e gravação do álbum.

Aline: É realmente maravilhoso poder contar com tantos talentos. Os produtores Lua Lafaiette e Marco de Vita souberam trazer à tona o melhor de todos os integrantes. Desde as faixas gravadas fora do Brasil até as que gravamos aqui, fizemos tudo soar muito próximo. As composições da Andrea Laffa mais uma vez me surpreenderam, assim como foi maravilhoso regravar artistas que eu admiro tanto como Herbert Vianna, Moraes Moreira e Guilherme Arantes.

Très: Seu último álbum, “Onde Tudo Faz Sentido”, possui canções autorais e de outros compositores. Como se deu a escolha do repertório?

Aline: Algumas regravações já estavam praticamente escolhidas, porque eu vinha cantando nos últimos shows e sentia que tinha que regravá-las. Outras foram apresentadas durante o processo de estúdio pela Andrea e outras ainda compostas por mim e pelo Marco. Parcerias que aconteceram enquanto estávamos procurando o repertório. É muito bom quando isso acontece porque mostra a sinergia das pessoas envolvidas. A “Penso em Você”, por exemplo, foi a primeira música que o Marco fez pra mim, mas não tinha entrado no disco anterior. Enfim, cada música tem uma história.

Très: Onde você vive atualmente e o que te inspira a compor?

Aline: Eu moro em São Paulo. Tudo me inspira! Tento ao máximo ver a arte na correria do dia-a-dia. Acredito que o artista de hoje foi obrigado a isso. É muito raro poder se desconectar totalmente para poder se inspirar. Então a inspiração tem que fazer parte da sua vida. O meu trabalho é estar aberta a essas percepções e saber transformá-las em música, em canto em dança, em arte!

Très: Qual a sua música favorita em “Onde Tudo Faz Sentido” e por quê? Très - Junho.Julho / 2013

Aline: (Risos) Impossível de responder! Gosto de todas! Seria como uma mãe escolher o filho que mais ama. 65


#Explore

Texto: Edilson Satoru Yoshida - fotos: Arquivo

Tango PASSION Um acordeão solitário toca uma música triste, a voz do cantor é rouca e sensual e os casais que dançam estão absortos representando uma paixão insuportável. Aproveite o clima de Dia dos Namorados e saiba mais sobre o Tango de Buenos Aires

A

dança é requintada e os passos tão precisos que às vezes não sabemos onde começam pernas e terminam notas musicais. Na penumbra do salão esfumaçado assisto a tudo como se estivesse hipnotizado pela beleza dos movimentos que se completam e se misturam ao som que paira no ar. A música se chama tango, a dança se chama tango e quando os dançarinos se apresentam tudo passa a se chamar tango. Buenos Aires é esse ritmo, esse pecado carnal apaixonado. Nada traduz melhor a alma portenha do que o tango. Ele está em todos os lugares, no bairro La Boca misturado às cores vibrantes do Caminito, nas feiras de San Telmo e Mataderos com seus artis-

tas amadores que se apresentam por uns poucos trocados. E também nas grandes casas de dança como o Senõr Tango e El Viejo Almacén, onde turistas ávidos se emocionam aos milhares com shows grandiosos. Está ainda no Puerto Madero, onde pela manhã casais se exibem em tablados negros ao som de pequenos aparelhos de som, dançando como que saídos de uma milonga que terminou muito tarde. 66

Très - Junho.Julho / 2013


Alguns dos pontos mais recomendados para aproveitar a agitada e romântica vida noturna de Buenos Aires

Buenos Aires é essa dama eterna que parece não conseguir viver sem a presença viril da poderosa música

O tango mora oculto nessa cidade orgulhosa. É uma dança marginal que surgiu nos cabarés, dançada por vagabundos e prostitutas. Tem o cheiro dos portos, dos marinheiros e dos imigrantes. Nasceu das brigas de navalha, dos amores doentios, das trapaças, dos jogos e das apostas. Os portenhos boêmios se mudaram da famosa Avenida Corrientes, abriram suas milongas e tanguerias nos bairTrès - Junho.Julho / 2013

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ros de Palermo e San Telmo. Lá estão os pequenos salões que são abafados, quase secretos, curtidos de cigarro e frequentados em sua maioria por argentinos. Ali, dizem, se dança o verdadeiro tango de raiz e só se aventura quem sabe o mínimo dessa arte. Buenos Aires é essa dama eterna que parece não conseguir viver sem a presença viril da poderosa música. Em suas ruas cinzentas de construções imponentes, temos a impressão de que somos vigiados de perto por Carlos Gardel, um dos maiores intérpretes da música desse país. Ele nos observa do Gran Café Tortoni com seu chapéu desabado, como se seu espírito se recusasse a deixar a terra amada. A Europa Latina está muito próxima de nós brasileiros, no idioma, no clima, nos gostos e na origem desse povo altivo e mestiço. Retorno ao hotel e, antes de arrumar as malas para voltar para casa, descubro que na capital argentina a alma pode se acostumar a tudo, menos ao delicioso tormento do tango.


Meio Ambiente

Por: Antonio Cézar Leal - Ilustração: Id Design

Vivemos uma mudança climática? Essa é uma pergunta que deve ser respondida com uma afirmativa clássica: “A única coisa que é constante no mundo é a mudança”.

Colaboração: José Tadeu Garcia Tommaselli (Professor e Vice-Chefe do Departamento de Geografia da UNESP).

T

ais mudanças acontecem desde os primórdios do nosso planeta, que começa sua vida composto por materiais oriundos de estrelas que explodiram e que no momento de união desses fragmentos a energia liberada era imensa e transformada em calor. Segundo o evolucionismo, a origem do nosso planeta foi, basicamente, uma bola de fogo, que, com o passar de milhões de anos, foi se esfriando

e apresentando ciclos de oscilação de suas condições atmosféricas até atingir o atual estágio - um planeta perfeito para abrigar a vida como a conhecemos. O que ocorre é que estamos atravessando um tempo de mudança climática com conflitos na interpretação sobre o aquecimento ou resfriamento do planeta. Na história da Terra há intercalação de épocas quentes, em que as temperaturas eram muito mais elevadas do que atualmente, com épocas frias, conhecidas como glaciações. A última glaciação terrestre ocorreu há cerca de vinte e um mil anos. De lá para cá a Terra perdeu gradualmente sua cobertura de gelo, estando atualmente nas regiões polares e nas altas montanhas. A seguir a tendência de intercalação, a Terra deverá entrar em uma época fria. 68

Outro aspecto que permeia a discussão sobre as mudanças climáticas é sobre o teor de gás carbônico do ar atmosférico, um indicador das condições de temperatura do planeta. Se a Terra está quente, como nessa época atual, há bastante gás carbônico no ar; mas se está fria, há pouco. O agravante é que nunca a Terra teve uma civilização como a atual, baseada no elevado consumo de energia e na queima de materiais que despejam gás carbônico na atmosfera, tornando-a mais quente. Mas quem gerava imensos volumes de gás carbônico nos períodos anteriores da Terra, quando não havia civilização? Essa inquietação é importante para colocarmos as seguintes dúvidas para sua reflexão:

• A atmosfera está mais quente porque há mais gás carbônico nela ou porque há um ciclo natural da Terra que a aquece e, assim, ela retém mais gás carbônico por estar mais quente? • A civilização está alterando o clima da Terra ou ele está sendo alterando por causas naturais? Qual sua opinião? O debate permanece em aberto. Très - Junho.Julho / 2013



Por Danuza Azevedo

Coluna Bonsoir

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01 - A atriz Karina Bacchi esteve em Presidente Prudente para a inauguração do pet shop Meu Amigo Pet, no Parque do Povo, e claro, acompanhada de seu cachorrinho Joy, um spitz alemão que é sucesso nas redes sociais.

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cho Quarto de Milha. Na foto, com a namorada Alicia Santolini Tonon.

04 - Gabi Campos e Gabriel Henrique prestigiaram o amigo.

03 - O empresário Hique Oliveira comemorou seu aniversário e recebeu amigos na sede social do Ran-

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08 - Os estudantes de Medicina Guilherme Rozan, Cris Brogiatto e Eduardo Gama, na Espetaria - Sabor no Espeto

05 - As amigas Karen Oliveira e Sue- 09 - Nina Azevedo entre o namorado len Cruz

e futuro noivo, Alexandre Medeiros e o sogro Arnaldo Medeiros.

02- O casal Ricardo e Ju Boscoli, sem- 06 pre nos melhores eventos.

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- Show de Bola Bar, com Rafael Castro entre os amigos Lucas Lemos e Caroline Leite

07 - Na Route 270, Caroline Molina e

10 - Alunos da 25ª turma de Medicina da Unoeste realizaram uma festa à fantasia, na Route Eventos, para comemorar o final do curso.

Nathália Mendonça

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11 - Os formandos Sylvia Cerávolo e Julio Gil Yamamoto

12 -André Aragão Turesso (primeiro

da esquerda) se despede da família e dos amigos para passar uma temporada na Irlanda. Na foto, com os pais José e Sandra Maria, com o tio Ricardo, o irmão Marcelo, a cunhada Viviane e o sobrinho Felipe. Boa sorte e sucesso!

reira entrega para a aluna Fernanda, um kit da rev ista Très, uma das pat rocinadoras da 18ª Semana de Comunicação da Faculdade de Comunicação Social de Presidente Prudente.

13- O jornalista e professor da FACO-

PP (Faculdade de Comunicação Social “Jornalista Roberto Marinho” de Presidente Prudente) Homero FerTrès - Junho.Julho / 2013

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Au Revoir

Por: Lucas Miolla - Ilustração: Rafael Loureiro; Id Design

Par perfeito C

omeça uma grande história de amor. Eles são apaixonados por brincar. Os meninos resolveram improvisar um gol na quadra de areia com pares de chinelos emprestados. Porque pelada sem gol, não dá! A tardezinha de sábado estava perfeita para uma partida com os colegas da vizinhança. Então foi só colocar duas sandálias de dedo aqui e duas acolá para apitar o árbitro. Era envolvente observar como cada qual desempenhava bem sua função. No gol, ficava o grandalhão. Na zaga, os bons amigos. No meio de campo, os leva e traz. O que tivesse o corte de cabelo mais moderno era atacante. A grande final do campeonato do Jardim das Jardineiras era pura emoção. Os nervos estavam à flor da pele, a começar pelas mães que já gritavam os nomes dos filhos para que voltassem para casa, ameaçados de levar uma coça. Só que muito mais porque estava tudo empatado. Quando uma pelada fica 2 a 2, 4 a 4, 20 a 20, no último minuto, é como se fosse zero a zero. Então o piá do cabelo raspado nas laterais deu o toque para a última jogada, voltou daqui, pedalou de lá, costurou, deu pinote, driblou a vaca, deu o chapéu do vovô e se empolgou! Gol?! Não, não foi gol! Ele chutou forte demais, o filho da Jurema, e a bola caiu atrás do muro! E agora? Futebol sem bola não dá! “Pelada sem a redonda é um verdadeiro amor impossível”, dizia o olhar lamentado do baixinho magrelo, levando as mãos à cabeça com a boca franzida. E foi parar logo aonde? Na casa do vizinho com cara de chupa-cabra! O menino ali aprendia desde cedo que tem coisas na vida que nasceram pra estar juntas. Ele era novo demais pra ter ouvido “Fico Assim Sem Você” no auge dessa música, mas entenderia o que é avião sem asa e fogueira sem brasa. Bateria o pé se namorasse sem beijinho. Ou se no romance de seu Romeu e Julieta a goiabada deixasse o queijo sozinho. Isto é, as partes formam um todo. Partes diferentes, e nisso vigora a beleza: as diferenças nos tornam mais interessantes. O preto deixa o branco ainda mais belo, e o verde de nossa bandeira ficaria triste sem o amarelo. E cada um de nós, cada qual com sua essência, cada qual com sua beleza, é parte de um todo. O vizinho cara de chupa-cabra sabia, e devolveu a bola com toda a simpatia. Ainda por cima fez três embaixadinhas e conquistou a molecada. Futebol e bola já podiam namorar de novo. Portanto, abra-se um largo sorriso para as diferenças. O que não está em nós, muitas vezes nos completa. 74

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