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A EDUCAÇÃO DIANTE DA VIOLÊNCIA

Ultimamente muito se tem falado de violência, até porq infelizmente, esta passou a fazer arte do nosso cotidiano E motivação é comprovada em pesquisa realizada recenteme pelos meios de comunicação, sobre os problemas que m preocupam a população A violência, dentre outros, foi destac por pessoas de diferentes níveis de escolaridade e camadas soc como um dos principais problemas, principalmente aquela atinge a vida e a integridade física

Para entender melhor os determinantes da violência e o pape educação, algumas questões são fundamentais: De que form violência se manifesta na sociedade? Quais os valores que norteado as diferentes práticas sociais e entre estas educacional? Qual o papel da educação, da escola, família, poder público e da sociedade como um todo, num ambie marcado com características violentas? Estas são pergun fundamentais de serem feitas para encaminhar alternativas enfrentamento do problema

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Hoje, a violência está presente nas pequenas cidades e nos grandes centros do nosso país e se apresenta de variadas formas. Por isso, é mais fácil se falar de violências no plural, ou seja, a violência física, a psicológica, a policial, a familiar e a escolar Embora considerando que todas essas manifestações de violência estão articuladas, darei maior destaque neste texto à violência escolar, sobretudo a que se manifesta de forma subjetiva nas relações sociais no interior da escola.

Este problema tomou tamanha proporção que está ocorrendo em abrangência mundial e também como uma questão de utilidade pública, pois sua manifestação se propaga em proporções semelhantes às das doenças infecciosas, uma vez que afeta em escala planetária Portanto, esta problemática não é uma caraterística apenas da sociedade brasileira Outras sociedades da América Latina e da América Central também vivem experiências de violações dos direitos humanos, inclusive a violação do direito à vida é muito frequente, como é o caso do Peru, Colômbia, Bolívia, El Salvador e Guatemala. Em relação ao Brasil, não podemos desconsiderar a história da formação do nosso povo, com a escravidão gerando comportamentos de servidão, de mando e de submissão, em que o indivíduo é desrespeitado na sua condição fundamental de pessoa humana e tratado como “objeto” de manipulação dos seus “proprietários” É preciso lembrar do fato de que, durante o período monárquico, a sociedade brasileira resolvia os seus conflitos relacionados à propriedade, ao monopólio do poder, e à raça, utilizando o emprego da violência E este era considerado um comportamento normal, legítimo e por ser rotineiro passava a ser institucionalizado É como se fosse um processo natural, justificando até uma certa “aprovação” da sociedade

Ao longo da história do nosso país, o que se tem observado é que mesmo com a implantação do regime republicano, que preza pelo bem comum, esse quadro de violência pouco se modificou, até porque no campo político convivemos com várias alternâncias de regimes autoritários, ditatoriais, que implodiram o direito de liberdade dos indivíduos

Esta triste realidade serve para desconstruir a imagem tradicional de que o brasileiro é um povo sentimental, ordeiro e pacífico Claro que temos essas características, mas elas não nos definem como sociedade

O fato de a sociedade brasileira ser organizada e determinada por um modelo econômico capitalista extremamente excludente, caracterizado por uma grande concentração de renda, aliás, uma das maiores do mundo, este se constitui em um dos principais fatores da desigualdade e da violência. Segundo um Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD ,1994) cerca de 50% da renda do país fica nas mãos de 10% da população, enquanto que os 20% da população mais pobres detém apenas 2,1% dessa renda. As relações são profundamente desiguais Essas grandes diferenças geram privilégios para alguns e, consequentemente, a ausência de direitos para muitos

É a sociedade do mundo capitalista que valoriza, essencialmente, o consumo, as coisas materiais, a aparência em detrimento da essência do ser humano É um total desvirtuamento do significado de ser gente, ser sujeito, ser pessoa. Valores como solidariedade, diversidade humildade, companheirismo, respeito, tolerância são pouco estimulados nas práticas de convivência social, quer seja na família, na escola, no trabalho ou em locais de lazer. A inexistência dessas práticas dá lugar ao individualismo, à lei do mais forte, à necessidade de se levar vantagem em tudo, e daí a brutalidade, a violência e a intolerância Termino manifestando meu desejo de que Poder público e os diferentes atores sociais, principalmente as escolas, reflitam sobre essas questões na busca de uma sociedade não violenta e menos desigual

Abraços e cuidem-se!

Prof Moacir Castro @moacirprofessor

Coluna escrita por Érica da Moraes

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