Revista Vida bebê-02

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Pr Ediç im ão av de er a

Ano I - n. 2 setembro / 2009 R$ 4,90

Música Como ela pode estimular o desenvolvimento de seu filho

Pediatria Uma relação de carinho e confiança

Ecologia

Plante a semente da consciência ecológica desde cedo



Editorial A Vida bebê está começando a crescer e estamos muito felizes!

Felicidade é quando conseguimos não apenas ver, mas enxergar com a alma

Com o sucesso do lançamento, reafirmamos nossa meta de implantarmos inovações a cada nova edição. Falar dos nossos objetivos é uma grande responsabilidade. Nosso desejo e empenho é oferecer oportunidades e informações que possam aflorar em todos a admiração pelos valores, as crenças e as prioridades envolvidas em todo o processo do início da vida. Com periodicidade trimestral, passamos informações com dicas de saúde, moda, decoração e comportamento de um jeito muito carinhoso e especial. Para isso, convidamos excelentes profissionais que enriquecem a revista através de seus depoimentos e experiências, confirmando nosso compromisso de sempre oferecer a você, leitor, qualidade e conhecimento. Aos anunciantes dedicamos atenção especial também. Nossa proposta é que a divulgação seja feita em um espaço cercado de temas pertinentes ao segmento e ao seu público-alvo, proporcionando uma revista bonita e de leitura agradável. Tem sido muito gratificante tê-los como parceiros deste projeto criado com tanto amor. Como prometemos, a edição de Primavera chega repleta de novidades e cheia de cores, beleza, gracinhas e mimos. Com amor,

Raquel Penedo Oliveira

editora

Capa

Sumário 22

Chupeta ou dedo

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Amamentação

Uma relação de carinho e confiança

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No embalo da música

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Coleção primaveraverão

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Consciência ecológica

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Grávida, na moda e linda

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Gestação e perdas urinárias

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Editorial gestante

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Histórias da vida

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Projeto familia

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Guarda-roupinha

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Anna Barbosa Razzo Foto: Inez Miranda

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Projeto família

Mais que exemplo, direção! Dr. Fábio Cortez Rodrigues

Fotos: Wagner Morente

Médico da família e comunidade

“Ele entrou em minha casa, pegou uma revista e confortavelmente sentou-se na cadeira da varanda. Cruzou as pernas e começou a virar as páginas como se saboreasse a leitura”. Nada haveria de anormal nesse texto se o personagem não fosse uma criança de dois anos. Na verdade ele não estava lendo nada, mas imitando seu pai que diariamente lê seu jornal. O exemplo é a via de comunicação mais forte que temos com as crianças. Elas nos imitam intuitivamente. Mais do que falar, os pais precisam mostrar. Pais que se amam, que se entendem e que se preocupam um com o outro, transmitem mensagens poderosas aos

seus filhos. Além do aprendizado intuitivo, as crianças têm desejos e vontades que, muitas vezes, não são adequados e nem legítimos, ou, se são legítimos, ocorrem na intensidade errada. As crianças gostam de televisão, mas querem passar o dia todo em frente a ela; gostam de brincar e querem ficar sem comer por causa disso. Além de bons exemplos, as crianças necessitam de instrução e de direção. Elas têm sido ouvidas em demasia e elas não sabem e não podem saber o que é

melhor para elas. Por outro lado, somente pais dedicados e atentos podem saber o que é melhor para seus filhos. Se você tem uma criança de até aproximadamente cinco anos em sua casa o que mais ela precisa aprender agora é que ela é alguém sob autoridade, seu principal dever é obedecer aos seus pais. Se seu filho já tem um pouco mais do que cinco anos não é tarde para retomar o comando, mas pode ser um pouco mais difícil. Aguarde a próxima edição! Nela traremos dicas sobre a próxima fase. Setembro/2009

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Fotos: Wagner Morente

O casal Fernanda e SĂ­lvio com sua filha Marcela


Projeto família

Alegrias e ansiedades da primeira gestação Silvana Minetto Borges Psicóloga

Positivo! Milhares de mulheres contam os segundos antes do exame chegar e quando o resultado esperado finalmente fica pronto a ansiedade dá lugar à emoção. Mas, se depois da comemoração surgirem dúvidas, medos e até aflições, não se desespere. Frases como “Minha vida vai mudar para sempre. E agora?” ou ainda “Será que vou dar conta dessas mudanças?” e até “Como vai ficar minha vida depois que o bebê nascer?” são ditas com frequência pelas mães de primeira viagem. Segundo a psicóloga Silvana Minetto Borges, essas sensações são normais. Afinal, ser mãe pela primeira vez é uma experiência encantadora e incrivelmente nova. “É uma fase ímpar, cheia de boas surpresas e até alguns receios”, afirma. Segundo ela, a palavra exagero pode definir algumas das atitudes dessas mães que durante nove

meses carregam um novo ser em seu ventre. Elas se esmeram para que nada, absolutamente nada, saia errado. “Da preparação do enxoval ao receio de machucar o bebê nas relações sexuais ou da preocupação com o peso, varizes, celulite e estrias à ansiedade com o parto, tudo é vivido intensamente num grau mais elevado do que nas gestações posteriores”, Silvana explica.

CONHECIMENTO Na primeira gestação, justamente pelo fato de não saber sobre o bebê e nem sobre si mesma na condição de grávida, os anseios surgem. Uma boa forma de garantir a posse de alguns conhecimentos é recorrer às amigas que já passaram pela experiência, considerando, é claro, que cada ser é único e reage subjetivamente a cada situação. “Esse intercâmbio consegue nortear comportamentos e, assim, Setembro/2009

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É um sonho realizado, minha vida ficou mais bonita, colorida e interessante Fabiana Massaro

Fotos: Wagner Morente

grávida de 14 semanas

a mãezinha verá que não é a única com seus temores e reações. É bom salientar que se houver amor e carinho durante a gestação já é meio caminho andado para garantir a perfeição no decorrer da mesma”, comenta. A psicóloga alerta que durante nove meses o corpo da futura mamãe vai sofrer diversas transformações e é normal engordar um pouco. A visita constante ao médico que orientará e tirará dúvidas, dando mais tranquilidade, é indispensável. “Não hesite em perguntar o que quer que seja, por mais óbvio que possa parecer. Informe-se bastante sobre o universo de ser mãe através de livros, revistas e pesquisas”, orienta a profissional.

AMBIENTE INFLUENCIA Não se esqueça que o ambiente externo é relevante para o bebê. Tente levar uma vida calma, sem grandes agitações, assim como fale com seu filho, conte-lhe histórias e brinque, acariciando a barriga. Segundo a especialista, existem estudos que garantem que o bebê sente o que se passa aqui fora e que poucas manifestações de afeto ou um ambiente turbulento podem ser motivadores de alguns problemas futuros. Algumas orientações podem afastar o desespero natural. Quando a ansiedade e o medo surgirem, a futura mamãe deve respirar fundo, apreciar sua barriga, vestir-se bem e confortavelmente, providenciar um belo enxoval, fazer atividades físicas sugerida pelo médico, caprichar nas refeições bem coloridas e nada de comer por dois! “Faça fotos desse momento, selecione nomes e seus significados. Durma, sonhe, ouça boas músicas, ame e sorria. Você vai ser mãe”.

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Chegou a minha vez, é muito mágico saber que tem um ser dentro de mim Fabiana Massaro


Novas regras de modelagem Giseli Fernanda Gral Modelista

Com o objetivo de evitar erros provocados pelas diferenças nos tamanhos das roupas de bebês e crianças, a Associação Brasileira do Vestuário (Abravest) e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) implantaram recentemente uma nova norma de medidas do vestuário das linhas bebê e infanto-juvenil. Segundo Giseli Fernanda Gral, empresária do ramo e modelista, a norma estabelece uma maneira fácil e direta de entender os tamanhos apresentados nas etiquetas das roupas. Os tamanhos receberam nomes relacionados com a idade, conforme os seguintes exemplos: TAM 2, para usuários de dois anos; TAM 3, para crianças de três anos e assim sucessivamente. De acordo com a nova regra, a indústria terá como base medidas corporais para a fabricação das peças e não mais a idade como um indicativo de tamanho, como acontece atualmente. “Acredito que a nova norma vai trazer maior praticidade, pois as variações dos tamanhos serão menores”, observa Giseli. Segundo ela, a nova regra não é obrigatória. No entanto, as marcas que aderirem às novas medidas ganharão um selo de identificação.

Baby Fashion

Baby Fashion

Nana Nenê

Maria João

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Sonho di Bebê

Maria João

Nana Nenê

Sonho di Bebê

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Fotos: Wagner Morente

Peteca


Dra. Elza Maria Giacomini Bastos Pediatra

Uma relação de carinho e confiança Wagner Morente

Quando surge a notícia da chegada de um bebê, além da alegria e sensação de plenitude total, nascem também as dúvidas. Nesse momento, junto com o obstetra, o pediatra pode auxiliar na diminuição dos anseios em torno da chegada do novo membro da família. A pediatra Elza Maria Giacomini Bastos lembra que, através de um histórico dos antecedentes familiares, intercorrências e medicações usadas durante a gestação,

o pediatra e os pais poderão estabelecer um vínculo mais estreito que muito beneficiará o bebê. Segundo ela, os questionamentos dos pais são diversos, dos mais simples aos mais complexos. Dezenas de mães entram nos consultórios com perguntas comuns, tais como: “Posso colorir, fazer permanente e/ou alisamento no cabelo?” A especialista alerta que, devido aos poucos estudos sobre os efeitos adver-

sos dos produtos químicos e, apesar da pequena absorção, esses procedimentos não são recomendados principalmente no primeiro trimestre da gravidez. “Essa é uma fase importante de diferenciação e definição celular ainda na formação do bebê”, explica. Outra dúvida frequente é quanto ao uso de medicamentos. “É sempre aconselhável evitar a automedicação, procurando sempre orientação médica”.

Ser pediatra é amparar a vida na nascente 10

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PREVENÇÃO Que a gravidez não é doença todos sabem, mas os cuidados podem fazer a diferença em busca de uma gestação tranquila. Ao médico compete analisar os exames preventivos e de rotina do pré-natal como HIV, toxoplasmose, sífilis, hepatite B, glicemia, consanguinidade e outros. São de extrema importância as informações vindas da gestante, não omitindo dados. Outro aspecto fundamental é seguir hábitos saudáveis de alimentação e prática de exercícios (com moderação) recomendados pelos médicos. PARTO “A transição da vida intra-uterina para a extra-uterina é provavelmente o evento isolado mais perigoso que qualquer um de nós deve se defrontar durante todo o transcorrer da vida”. (John Kattwinkel) A frase ilustra a complexidade do parto. Apesar de 90% dos bebês fazerem tal transição de forma tran-

quila, o pequeno percentual restante requer ajuda rápida e eficiente na hora do nascimento. Segundo a pediatra, imediatamente após o nascimento os sinais de vitalidade compreendem a presença de respiração, frequência cardíaca e cor das mucosas e extremidades. Além disso, é verificado o tônus muscular e irritabilidade reflexa. “Através da análise desses cinco parâmetros, damos uma nota de APGAR que consiste na avaliação do recém-nascido no primeiro e no quinto minutos após o nascimento”, explica. Na sala de parto é possível, por meio de exame físico simplificado, verificar o grau de maturidade fetal (prematuro, a termo ou pós-termo), peso para idade gestacional, além de detectar malformações aparentes, distúrbios cardiorrespiratórios e outros sintomas. PERIODICIDADE Na primeira semana de vida o recém-nascido deve ir ao pediatra para verificação de peso, possíveis dificuldades com a amamentação e escla-

Arquivo pessoal

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recimento de dúvidas referentes ao aleitamento materno. Em poucos casos, o bebê retorna semanalmente ao consultório para o controle de peso, mas a maioria das consultas de rotina passa a ser mensal no primeiro ano de vida. Quando a criança precisar de um especialista (cardiologista, por exemplo), os pais devem primeiro consultar o pediatra, porque normalmente é ele quem dará as orientações e encaminhamentos realmente necessários. LIMITE O pediatra é considerado hoje o último médico de família, ou seja, acompanha a criança desde o nascimento até a vida adulta. Atualmente já existe a especialidade da adolescência chamada hebeatria. No entanto, Elza afirma que, como existem poucos especialistas nesta área, cabe ao pediatra, se o paciente assim desejar, consultá-lo até os 18 anos ou mais, conforme o elo de confiança.


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Fotos: Wagner Morente

Coleção

Primavera / Verão Ricardo Pellegrini Fernandes veste Orquídea Chocolate e calça Peteca

Lívia Picinini veste Orquídea Chocolate e calça Peteca

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Ricardo veste Orquídea Chocolate e calça Peteca

Sofia Augusto Bez Fontana veste Nana Nenê e calça Peteca

Coleção Primavera / Verão

Coleção Prima

Natália veste cal

Victor Iafelice veste Orquídea Chocolate e calça Peteca

Pietro Ferreira Schimidt veste Baby Fashion

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Matheus Ferreira Leite veste Nana Nenê e calça Peteca

Anna Barbosa Razzo veste Orquídea Chocolate

avera / Verão

Coleção Primavera / Verão

Miguel Borges Maria João e lça Peteca

Isabeli dos Reis Tetzner veste Baby Fashion Maria Luiza Di Stefano dos Santos veste Sonho di Bebê

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Matheus Bortollo Silva veste Sonho di Bebê

Fotos: Wagner Morente

Clara Müller Siqueira veste Sonho di Bebê


Fotos: Wagner Morente

Coleção Primavera / Verão Sofia veste Nana Nenê e calça Peteca

Matheus veste Nana Nenê e calça Peteca

Matheus veste Sonho di Bebê

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Natália veste Maria João e calça Peteca


Grávida, na moda e linda! Gisele Fisher

Proprietaria da Mamazita

“Com que roupa eu vou?” A pergunta de milhares de mulheres é feita ainda com mais frequência durante a gestação. As dúvidas aparecem principalmente a partir das alterações no corpo ou quando surge um evento irrecusável que exige um visual mais sofisticado. Atento às dificuldades desse público, o mercado da moda oferece cada vez mais opções inovadoras. A Mamazita é uma marca de roupas desenvolvidas exclusivamente para gestantes. “Ela foi criada baseada no conceito de trabalhar moda e conforto para este momento onde nada do guarda-roupa parece vestir bem”, afirma Gisele Fischer. O objetivo da marca é proporcionar às futuras mamães a possibilidade de continuar a usar o que está na moda, com peças elaboradas contendo regulagens, ajustes e abotoamento que vão lhe proporcionar muito conforto durante toda a gravidez. Gisele garante que é possível estar elegante, moderna e confortável no período gestacional. Comprar revistas do segmento, onde hoje existem editoriais de moda só para gestantes, também ajuda a conhecer as marcas que trabalham estes produtos e saber onde comprá-las. Para as gestantes que trabalham quase até o finalzinho da gestação, como executivas, advogadas, médicas e outras que precisam estar elegantes no trabalho, a Mamazita oferece uma linha de produtos direcionada, com uma gama de camisas, calças e casacos. Para festas, formaturas ou casamentos, a futura mamãe também pode se dirigir a uma loja especializada em moda gestante. “Em geral, as lojas mantém alguns modelos de vestidos de festa. A Mamazita é especializada no assunto, desenvolvendo peças para diversas ocasiões de festas, desde jantares até vestidos para madrinhas e noivas gravidinhas”, conclui.

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Flaviane com blusa Mamazita e bolsa Carmen Steffens

editorial

GESTANTE Flaviane com vestido Um a Nove, calรงado e bolsa Carmen Steffens

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Michelle com calça Due Vita, regata My Lady, calçado e bolsa Carmen Steffens Daiane com vestido Um a Nove, calçado e bolsa Santa Marinella

Flaviane com bata Mamazita, bemuda Due Vita, calçado e bolsa Carmen Steffens

Michelle com vestido Um a Nove, calçado e bolsa Santa Marinella

Roupas Orquídea Chocolate Bolsas e Acessórios Camen Steffens Santa Marinella Cabelo e Maquiagem Paulo Mottes Fotos Inez Miranda Setembro/2009

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Daiane com bata Um a Nove, calça Orquídea Chocolate, calçado e bolsa Santa Marinella

Michelle com vestido Um a Nove, calçado e bolsa Santa Marinella

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Chupeta ou dedo? Nenhum dos dois hábitos. Mas se não for possível desistir de ambos, prefira a chupeta. Com cores e tamanhos variados, com motivos infantis ou sem desenhos, sabemos que a chupeta já faz parte do enxoval do bebê. No entanto, muitas mães temem possíveis prejuízos à saúde da criança e principalmente futuros problemas na dentição. Talma lembra que a chupeta deve ser usada com inteligência e critérios. Nos primeiros dias de vida, se perceber que o bebê está levando o polegar à boca, você deve insistir com a chupeta, pois este último hábito é mais fácil de ser removido. A chupeta deve ser pequena e preferencialmente ortodôntica. Ela é produzida e testada para se adaptar melhor ao palato da criança. Mas, caso seu bebê não aceite esse formato de bico e tenha ânsia, outro modelo pode ser usado. “Na verdade é um conjunto de fatores que levará seu filho a ter necessidade de usar ou não um aparelho ortodôntico”, afirma.

Dra. Talma Ciarrochi Serra Odontopediatra

Modo inteligente de usar a chupeta: Oferecer a chupeta só na hora do sono; Não deixar a chupeta à disposição da criança; Não amarrar fralda na chupeta e nem deixá-la presa na roupa do bebê; Não deixar várias chupetas no berço. Quando a criança dormir, a mesma deve ser tirada de perto dela.

Como deixar o hábito No período de remoção da chupeta cada situação exige uma análise cuidadosa. Geralmente não é recomendado tirar a chupeta na época em que a criança terá um irmãozinho ou se perdeu um ente querido (avós, por exemplo), quando entrará em um berçário ou escolinha, no caso de troca de babás e outras situações novas que ela possa estar enfrentando. Para cada criança há uma idade e uma época adequadas. É necessário que todos os integrantes da família estejam de comum acordo: “Não pode acontecer de a mãe ser decidida na questão e o pai ou um avó voltar atrás e dar a chupeta para a criança”, exemplifica. Dessa maneira, a remoção do hábito ficará mais difícil e a criança não saberá quando a decisão é realmente para valer. No trabalho para a remoção do hábito de sucção do dedo, poderá haver necessidade do trabalho em conjunto com um dentista ou até mesmo um psicólogo. Fotos: arquivo profissional

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Olha o passarinho !

Olha aí a Maria Luiza, na última edição da Vida Bebê ela ainda estava na barriga da mamãe. Parabéns aos papais Katia e Flavio e a irmãzinha Ana Flavia. Esta é a Maria Eduarda Garcia Freire que chegou no dia 20 de agosto para alegria dos pais Rodrigo e Fabiana

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Parabéns aos papais Gislaine Ambruster Stein e Paulo Stein, pela chegada da belissima Heloisa.


Amamentação nutre o bebê e alimenta a relação mãe e filho Dra. Marlene Ondani Kimura

Foto: Inez Miranda / Arte: Jofer

Pediatra

A amamentação não é apenas uma forma de nutrir o bebê, mas um meio de alimentar a relação entre mãe e filho

Você sabia que a primeira vacina do seu filho é o leite materno? Segundo a pediatra Marlene Ondani Kimura o líquido produzido pelo corpo da mãe não é apenas uma maneira natural de alimentar o bebê, mas representa uma verdadeira dose de componentes que ajudam a aumentar as defesas da criança, contribuindo no combate a infecções, meningites, diarreias, pneumonias, alergias e outras doenças. “O leite materno tem o teor adequado de nutrientes para o

bebê, contribuindo para uma vida saudável desde os primeiros meses”, afirma. Segundo a médica, não há prazo específico para a primeira mamada. A partir do nascimento o filho deve ser colocado sobre o peito da mãe e, instintivamente, quando a fome começar, ele vai procurar pela mama. Nos três primeiros dias é normal a mãe ter pouco leite. Na verdade, o organismo produz o colostro, líquido em pouca quantidade porém

mais concentrado e que também ajuda na formação correta da flora intestinal. À medida que a fome aumenta, o filho suga melhor o peito da mãe, que passa a produzir leite em maior quantidade. O leite de início da mamada é rico em açúcar e, do final, em gordura. O bebê precisa dos dois componentes. Se uma mama foi suficiente para saciar a fome de seu bebê, lembre-se de trocar de mama na próxima mamada.

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INTERVALO

CUIDADOS

AMBIENTE

Não há um intervalo exigido entre cada mamada, mas a pediatra lembra que a média gira em torno de duas a três horas. Para mães que se sentem inseguras em relação a pouca quantidade que o bebê mama, a médica enfatiza que o acompanhamento do peso é um bom termômetro para a avaliação. Ela lembra que cada criança tem uma necessidade específica e as mães não devem insistir em amamentar entre uma mamada e outra, ou mesmo acordá-la durante a noite, sem necessidade. “A criança que for mamar quando tiver mais fome, terá melhor capacidade para sugar o leite e a mãe, por sua vez, produzirá ainda mais”.

Para as mulheres que sofrem com bico rachado, uma dica é umedecer a ponta com o próprio leite e nada de passar pomada por conta própria (apenas mediante orientação médica). Mudar a posição do filho na hora da mamada pode ser uma boa alternativa para evitar dores: “O seio materno não pode servir de chupeta para o bebê e sim para amamentar. A mãe deve colocar o bico do seio na boca do bebê e não empurrar a boca da criança contra o peito”, alerta. Se o leite “empedrar”, as massagens e as compressas frias são métodos caseiros indicados.

O ideal é amamentar em ambiente silencioso, longe das aglomerações, proporcionando tranquilidade ao bebê. Os pais também podem dividir esse momento especial da família, demonstrando afeto e carinho com a criança e com a mãe. Mesmo diante da correria da vida moderna, dos excessos de compromissos e com a volta ao mercado de trabalho, a recomendação é amamentar, no mínimo, por seis meses. “O ideal é amamentar até um ano, quando a criança já consome plenamente os demais tipos de alimentos”, explica a especialista.

Amamentar emagrece? Não é mito! Amamentar emagrece sim! Segundo a pediatra, o processo de produção de leite consome grande quantidade de energia, o que contribui para a mãe voltar ao peso normal. Estudos indicam que, ao amamentar regularmente, a mulher perde até 500 gramas por mês. As glândulas mamárias localizadas nos seios produzem entre 600 e 800 ml diários de leite. Quando o bebê suga o seio, o corpo libera ocitocina (hormônio que age na con-

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tração uterina), fazendo com que o útero volte ao tamanho normal. O ritmo de emagrecimento, no entanto, é variável. A especialista alerta ainda que, apesar da expectativa do retorno ao peso desejado, as dietas não são recomendadas neste período. “Mulheres que fazem regimes por conta própria podem deixar de ingerir alimentos necessários à produção do leite. A alimentação deve ser saudável para que o leite que alimenta o bebê não seja afetado”, esclarece.


Marco Antonio de Jesus

Gerente regional Ri Happy

Dê brinquedos musicais e encante

Se você fica em dúvida sempre que vai escolher um presente, que tal recorrer aos brinquedos musicais? A dica é de Marco Antonio de Jesus, da Ri Happy. Especiais, esses brinquedos desenvolvem o gosto pela música, a criatividade, a coordenação motora, a concentração, a percepção e a discriminação auditiva, sensorial e emocional. Além da relevância desses aspectos, ele enfatiza a importância desses brinquedos na socialização. Os brinquedos musicais também são facilitadores para crianças autistas, ansiosas, tímidas, deprimidas ou solitárias. Os instrumentos ajudam no desenvolvimento da fala, na expressão dos humores e das emoções. “Portanto que tal na próxima compra de um brinquedo levar pra casa algo que vai romper o silêncio?”, sugere.

Depoimento

LEITOR

“Quero parabenizá-los pela brilhante idéia de criar uma revista onde podemos encontrar tudo para nossos bebês em nossa cidade e saber mais sobre como proceder desde a gestação. Parabéns!!!” Grande abraço, Renata

Renata Camussi Batistella e Pietra Camussi Batistella

Depoimento

ANUNCIANTE “Anunciei na Vida bebê e ganhei visibilidade. Muitas pessoas ligaram na loja e até pediam os produtos e kits anunciados na revista. No preenchimento do cadastro, as clientes também mencionaram que conheceram a Sonho di Bebê pela propaganda. É importante anunciar em um veículo voltado para um segmento específico. Quem não dá uma olhadinha na revista no consultório médico, por exemplo?” Camila Bortollo proprietária da loja Sonho di Bebê

Participe você também entrando no site www.vidabebe.com.br Setembro/2009

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No embalo da música

Tais Schultz Figueiredo

Professora de música

Sempre que a gestante reserva um tempo para cuidar de si e pensar no bebê, ela sonha com seu filho e se prepara para sua chegada. Se ela aproveitar esses momentos especiais para ouvir um som que lhe agrade será melhor ainda. Segundo Taís Schultz Figueiredo, musicista, a música pode reduzir a ansiedade da futura mamãe e criar um meio de comunicação com o bebê: “É comprovado pela terapia musical que a música tem a capacidade de mexer com pensamentos e emoções. Portanto, o que for tocado poderá provocar uma série de sentimentos que farão o cérebro trabalhar e gastar energia”, explica. Apesar dos benefícios da música clássica durante a gravidez ainda não terem sido comprovados cientificamente, muitas gestantes colocam o fone de ouvido junto à barriga na expectativa de estimular o bebê intelectualmente com as melodias de Mozart

e Bach. Taís explica que a música clássica só fará bem à gestante se esse estilo fizer parte de seu repertório. Caso contrário, será um desconforto para a mãe passar um tempo ouvindo as obras clássicas. Também afirma que é indicado evitar hard rock (rock metal). Para pesquisadores e especialistas em desenvolvimento infantil, o divertimento através da música é mais importante do que a imposição de técnicas na primeira infância. As lições devem ser proporcionadas à criança a partir dos oito anos, dependendo do que deseja realmente aprender. O aprendizado tem variáveis tais como boa saúde, coordenação motora e outras condições. A especialista acredita que o que é ensinado aos filhos com amor é levado para a vida toda e não é diferente com a música. “Às vezes nosso gosto é modificado e aprimorado ao longo de

Ana Flávia Raphael

fotos: Wagner Morente

Lucca

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nossas vidas, mas o que foi semeado e regado haverá sempre de florescer”, opina. Para ela, a música é como o silêncio na alma, que acalma e enche o coração de alegria. “Minha filha escutou muito Bach e Beethoven durante a gestação e desde pequenininha ela adormece ao som do piano. Ela sempre brincou no piano e com quatro aninhos comecei a ensiná-la as notas, sem forçar muito, apenas por diversão. Hoje, aos oito anos, ela lê partituras, reconhece auditivamente todas as notas do piano e já está começando o segundo instrumento por vontade própria, o violino. Também faz aulas de dança e ama música. O meu filho mais novo, Eric, também se interessa por música, já gosta de sentar-se ao piano e de se exibir para a família; gosta de cantar e já se interessa até pelo violino da irmã. Se eles serão músicos profissionais? Eu não me importo, mas fico feliz em ter o privilegio de educá-los amando a música. Agradeço a Deus por ter me dado uma família que goste tanto de música e por isso faço meu trabalho com tanto amor e gratidão”, complementa.

Momento família: Tais tocando piano para seu marido e filhos

Matheus

Marcela

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Quem aprende música chega mais afinado ao futuro

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Ligia Beatriz Lombardi Granusso Professora de Ciências

Consciência Ecológica Divulgação

Alunos do Colégio Portinari em aula prática no Arboreto

Se você deixa a torneira gotejando ou aberta enquanto escova os dentes ou faz a barba, arrisca jogar papel de bala pelo vidro do carro ou ainda “varre” a calçada com mangueira de água, tome cuidado! Em breve certamente você será corrigido pelo seu próprio filho. Segundo a professora de Ciências Lígia Beatriz Lombardi Granusso, que leciona há 32 anos, esse é o comportamento comum das crianças quando aprendem os primeiros conceitos de consciência ecológica na escola. “Elas ‘puxam a orelha’ dos pais quando conhecem as primeiras noções de preservação ambiental. São

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verdadeiros agentes multiplicadores destas idéias”, explica. Para evitar tal correção, muitas vezes em público, a professora sugere mudanças de hábitos envolvendo os pequenos gestos. Que tal se inspirar nesta estação e aproveitar para plantar a semente da consciência ecológica desde cedo?

CONTATO COM A NATUREZA

Além do maior cuidado com o desperdício de água e com o excesso de uso de energia elétrica, ensinar a criança a separar lixo reciclável também é uma reco-

mendação fundamental desde cedo. Outra dica para os pais é incentivar o plantio de flores ou até mesmo o cultivo de hortas, o que certamente será transformado em uma brincadeira em família e poderá contribuir para hábitos de alimentação mais saudáveis. A criança que planta a semente de uma verdura observará seu crescimento e se sentirá estimulada a consumir esse alimento. A professora lembra ainda que nos lares é possível praticar uma teoria que ficou conhecida no universo escolar, os “5Rs”


“Deus criou os céus e a terra e tudo o que neles há... e viu Deus que isso era bom” Gênesis 1 Fotos: Divulgação

Alunos da Escola Pinguinho de Gente colhendo verduras na horta da escola

Os “5Rs” Refletir sobre nossos hábitos de consumo, Recusar produtos que possam causar danos ao meio ambiente ou à nossa saúde, Reduzir a geração de lixo, Reutilizar sempre que possível, Reciclar, destinando o lixo para ser transformado em outro produto”. “As nossas crianças não só necessitam como merecem um futuro com qualidade de vida e precisam se transformar em adultos conscientes e preparados para enfrentar adversidades sem agredir o meio ambiente”.

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“As crianças se espelham nas nossas atitudes, nos imitam e têm uma impressionante capacidade de aprendizagem”


Dra. Marcela Bonin Monteiro Fisioterapeuta

Gestação e perdas urinárias A gestação é um período marcado por diversas mudanças físicas e emocionais e requer o acompanhamento de uma equipe de profissionais capacitados. Entre as equipes profissionais interdisciplinares de acompanhamento às gestantes, temos a Fisioterapia que atua no tratamento de alterações posturais, dores na coluna vertebral, alívio do desconforto causado pelo edema (inchaço das pernas), entre outros. Somado a tais alterações, algumas gestantes podem ainda experimentar a perda de urina. Muito comumente, a perda urinária pode estar relacionada com a fraqueza dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP), que se acentua com o aumento de peso e do volume abdominal causados pela evolução da gestação. Os MAPs são músculos que fecham a cavidade inferior da pelve e têm como principal função a sustentação das vísceras, mantendo a função e a estabilização das mesmas durante todo o período gestacional.

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A fraqueza muscular desses músculos pode gerar a perda de urina e pode agravar com o avanço da idade. Além disso, os MAPs enfraquecidos, juntamente com a fraqueza dos músculos abdominais, podem interferir na evolução de trabalho de parto tornando-o mais lento e menos eficiente na hora da expulsão do bebê. Para corrigir a fraqueza dos MAPs são indicados alguns exercícios específicos para a região pélvica no qual os músculos serão recrutados de forma mais efetiva, promovendo assim a conscientização do local. Mulheres que praticam e dominam os exercícios perineais têm maior facilidade em controlar o relaxamento desses músculos, permitindo a passagem mais tranquila durante o trabalho de parto quando os músculos abdominais auxiliam a expulsão do bebê, economizando energia da mãe no momento de expulsão. Isso se deve a uma maior consciência do local e a força necessária para se contrair ou se relaxar o MAP.


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Com o filho da gente é bem diferente! Wagner Morente

Histórias da vida

Mayra, Lucas e Sérgio Piccinini

“Eu sou Mayra Rodrigues Pinto Piccinini, mãe do Lucas Piccinini. Sou enfermeira há 12 anos. Durante minha carreira, trabalhei no hospital no setor de maternidade atendendo a mãezinhas, auxiliando os partos normais e cuidando dos bebês no berçário. Quando fiquei grávida do Lucas experimentei todas as emoções possíveis: felicidade, medo e ansiedade. Em fevereiro deste ano o Lucas nasceu, mas na hora do parto, liguei para o médico e para os meus pais, acreditem, chorando. Tudo correu normalmente. O obstetra e o anestesista, assim como toda a equipe, foram extremamente competentes e me passaram muita segurança. O bebê foi para o quarto comigo, mas eu não conseguia amamentar o meu filho, sendo necessário a ajuda da berçarista, mesmo depois de eu ter orientado sobre o assunto tantas vezes.

Sempre dei banho nos bebês, mexia no cordão umbilical e avisava a mãe que cairia entre cinco a dez dias. Acalmava-as e informava que poderia sangrar um pouco, e que bastava passar álcool a 70% e secar bem. Quando o cordão umbilical do Lucas caiu, depois de um dia sangrou, e eu liguei desesperada para médica que me orientou. Foi a minha mãe quem limpou porque não tive coragem, dá para acreditar? Mesmo sendo enfermeira e ter trabalhado mais de três anos na área de obstetrícia e berçário, me senti completamente leiga. Como é diferente passar de fato por momentos como estes! Acredito que isso ocorreu por ser minha primeira gestação. Quem sabe no próximo será diferente? Passados esses momentos, tudo foi se ajeitando. Meu filho tem uma ótima saúde, é esperto e risonho. É um menino lindo, forte, carinhoso e sapeca”.

Se você tiver alguma história que deseje compartilhar, envie-nos acessando www.vidabebe.com.br e, após análise, poderemos também publicá-la.

Expediente Coordenação e edição Raquel Penedo Oliveira Jornalista responsável Erica Samara da Silva Mtb - 53.551

Fotografia Inez Miranda Wagner Morente Projeto gráfico, diagramação e web design J. Fernando Gomes

Revisão de matérias e artigos Sara Dionello Machado

Publicação trimestral Tiragem 2000 exemplares

Colaborador Aderley Negrucci

Impressão Gráfica Mundo

Comercial 3704-2292 e 9259-5398

E-mail comercial@vidabebe.com.br Setembro/2009

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