Revista Vida bebê 21a. Edição

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ANO V N. 21 Junho 2014 R$ 6,90

Sono

Saiba mais sobre o quanto ele é importante para um bom desenvolvimento

Família

Informação é importante, mas formação é fundamental

Festa do Pijama: Tempo de diversão e

momentos inesquecíveis

Caderno Especial - Casamento, um sonho que não sai de moda

Ed In içã ve o rn de o

www.vidabebe.com.br



Editorial Estamos em festa, completamos nesta edição 5 anos da Vida bebê. 5 anos de um tempo muito bom e precioso com vocês, repletos de motivos para comemorarmos e agradecermos. À nossa equipe, parceiros, anunciantes, colaboradores, todos que desde o começo fazem parte da familia Vida bebê os meus mais sinceros parabéns! E falando em família, é a primeira vez que colocamos uma inteira na capa, gostaram? Aproveitando o tema, hoje começamos uma coluna que fala diretamente sobre formação de nossos filhos, isso mesmo, vamos além das informações. Caráter, educação, posturas, valores serão os temas abordados neste novo espaço. E também, como sempre, matérias muito bacanas, editorial de moda, vitrininha com as novidades da Coleção de Inverno para todas as crianças ficarem quentinhas e lindas. Aproveitem! Com amor e gratidão.

Expediente

Raquel Penedo Oliveira Editora

Capinha

Coordenação e edição Raquel Penedo Oliveira Jornalista responsável Erica Samara Morente MTb 53.551 Fotografia Michele Stahl Demétrio Razzo Projeto gráfico e diagramação Depto. de arte - Vida bebê Comercial Aderley Negrucci 99155-5100 Administrativo 3713-2212 | 3446-2919

www.vidabebe.com.br

e-mail: revistavidabebe@gmail.com O conteúdo das reportagens são de inteira responsabilidade dos colaboradores, assim como as informações contidas nos anúncios.

Marcelo, Caio, Camila e Sofia Familia Pedrosa Foto : Studio Michele Stahl


Índice

Mais que informação, formação!

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05

Qualidade do sono

36 Dores comuns na gestação

Festa do Pijama

57

42

Parto normal após cesária

Casamento tá na moda

62

Pensão na gravidez Vida bebê |4

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Mais que informação, formação! Nós pais sempre queremos acertar, sempre. Mas sabemos que não conseguimos o tempo todo. Precisamos com muita calma, discernimento e ajuda de Deus, entender o que podemos fazer. Aprendemos a cada dia que os filhos nos primeiros anos de vida, não conseguem discernir entre o certo e o errado. Somos o "filtro" e nos cabe oferecer o que há de melhor para que, através da observação, eles venham a imitar o que é bom. Escolhi alguns temas mais voltados ao ambiente de casa para conversarmos hoje: Amor e carinho: Sempre desejamos que nossos filhos sejam carinhosos, amorosos, mas o que eles tem observado nos relacionamentos em casa? Brigas, xingamentos, reprovações e agressividade? Muitas vezes os pais demonstram irritação e impaciência com o choro da criança? Falam o tempo todo palavras duras? A criança ouve os pais se criticarem com frequência? Como esperar que seu filho seja carinhoso, amoroso e calmo se o ambiente familiar não ensina isso?

Confiança: Para termos filhos dignos de confiança, precisamos ser pais dignos de confiança. Ao implantar e seguir uma rotina em casa, os pais têm mais facilidade de decifrar a necessidade da criança, ajudando-a a sentir-se segura e confiante. Além da rotina, crianças maiores, que já entendem palavras e se expressam verbalmente, aprendem a confiar e a serem dignas de confiança quando os pais cumprem o que prometem e procuram sempre falar a verdade. Respeito: Para ensinar respeito à autoridade dos pais e aos mais velhos, é preciso haver uma disciplina equilibrada. Quando os pais são autoritários demais a criança inconscientemente entende que não é amada. Por outro lado, quando são liberais demais, a criança entende que ninguém se importa com o que faz. Quando o "não" ou o "sim" dos pais não se cumprem, a criança entende que a palavra dos pais não tem valor, o que é muito grave.

Cooperação: Ensinar a criança a cooperar nos deveres domésticos é ensiná-la a ser responsável e útil para a sociedade. Ao permitir que o filho participe das tarefas domésticas o ensinamos a gostar de ajudar e trabalhar em equipe. Sem a “ajuda” deles a tarefa poderá ser concluída mais rápido, mas perderemos uma oportunidade de ouro de ensinar preciosas lições de cooperação e utilidade.

Além da observação do ambiente, existe outra forma muito eficaz de conquistar o coração dos filhos, é preciso dedicar tempo para eles, ao dedicar tempo para os filhos, transmitimos a mensagem de que os amamos e nos importamos com sua felicidade. Então é isso, tempo, bons exemplos e ajuda de Deus. Entendo como fundamentais para que possamos cumprir o nosso papel de pais no bom desenvolvimento do caráter de nossos filhos, e mesmo não sendo fácil eu não trocaria por nada.

Raquel Penedo Oliveira Editora e mãe

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Editorial bebĂŞ e infantil Fotos: Studio Michele Stahl





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Medos na infância

O medo é uma resposta emocional, saudável e natural do nosso corpo, muito importante para autopreservação dos indivíduos. Também é normal que, perante circunstâncias que ofereçam algum tipo de risco, o medo seja expresso com alterações do organismo como sudorese, aceleração do batimento cardíaco, tremor e outros, devido ao aumento da produção de adrenalina. No entanto, quando essas reações forem desenvolvidas frequentemente mesmo diante de situações que não implicam perigo ou forem apenas imaginárias, é preciso buscar ajuda profissional. O alerta é da psicóloga infantil Juliana Marrara. Segundo ela, o medo está presente desde os primeiros anos da criança e cabe a nós, pais, a ajudá-las a desenvolver esta emoção de forma saudável. Cada criança tem seus próprios medos, pois essas sensações estão diretamente relacionadas a fatores culturais e também à forma foi exposta a tais situações. Em geral, nos primeiros anos de vida o bebê tem reações frente a estranhos, a separação dos pais, aos barulhos estridentes ou a pessoas com fantasias. Já por volta dos três ou quatro anos surge normalmente o medo do escuro, de personagens como bruxa, monstros e até de alguns animais. Vida bebê |22

Mais adiante, na faixa dos seis anos, o medo se torna mais relacionado à realidade, através de fenômenos da natureza, acidentes ou até morte.

“Independente da idade, essas manifestações de medo são naturais do ser humano. O problema, muitas vezes, é como a família lida com estas situações”, observa. ENCORAJE Diante das manifestações de medo, os pais e educadores devem encorajar a criança a enfrentar a situação sozinha e, se necessário, apenas com a supervisão do adulto. “Se o filho diz para o pai que quer água, mas a cozinha está escura, o pai deve encorajá-la, com voz baixa e firme, sem sermões e sem comparações”, aconselha. A resposta deve ser a mais simples e calma possível. “Filho, você é capaz de acender a luz e buscar sua água”, cita. Não se esquecer de elogiar sua coragem assim que fizer a ação é outra dica valiosa. Outro exemplo típico é quando a criança diz para a mãe que não vai ao banheiro porque lá tem monstros. Da mesma forma, a mãe deve informar o filho que monstros não existem e que ele é capaz de ir ao banheiro, sem pensar nestas coisas.

Sempre que a criança expressar o medo por situações simples e o adulto fazer a atividade por ela, ficar adulando ou simplesmente permanecer por perto, inconscientemente transmitirá a mensagem de que aquela situação é realmente perigosa. “Como no exemplo citado anteriormente, quando o filho reclama do medo de buscar água e o pai age por ele, o fará acreditar que realmente o escuro da cozinha é motivo de medo”, explica. DESVIE A ATENÇÃO Juliana também lembra que o medo dos monstros que estão no banheiro, por exemplo, pode ser usado como forma de chamar a atenção da família. “Se a mãe perceber esse comportamento, pode sugerir a criança que corra para o banheiro porque ela já está preparando uma brincadeira para fazerem juntas. Isso retira o foco do comportamento negativo e permite que a atenção seja dada de forma apropriada”, esclarece. Outra queixa muito frequente das crianças é o receio de dormirem sozinhas, mas, muitas vezes, elas usam esse tipo de medo para manter os pais sempre por perto. “Neste caso, normalmente o difícil mesmo é abandonar o costume de dormir com pais”, pontua.


continua

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O medo de dormir sozinho também é uma queixa recorrente de crianças mais velhas que sempre dormiram sozinhas, mas que, depois de se depararem com alguns medos da realidade, passam a demonstrar essa insegurança. “Dar apoio e proporcionar segurança é imprescindível em qualquer idade”, reforça. MEDOS DOS ADULTOS Quando a criança deixa de fazer determinadas atividades, fica sempre grudada aos pais e desenvolve reações somáticas decorrente dos medos, é preciso investigar e saber a causa de como tudo começou. É muito comum, no consultório da especialista, chegarem crianças com queixas de alguns receios específicos, que também são os medos dos próprios pais. “É difícil disfarçar nossas angustias e inseguran-

ças. Não somos atores e a criança percebe isto muito claramente. Por isso, é importante que enfrentemos nossos medos para não os passa-los aos filhos”, orienta. SITUAÇÕES TRAUMÁTICAS Quando a criança passa por situações traumáticas, acidentes, falecimento de alguém próximo ou assaltos, os pais precisam passar segurança, ambientes tranquilos, com brincadeiras e retomar a rotina, mas nunca deixando de escutar o filho. É comum que surjam reações emocionais nestes casos porém, se com o tempo elas não desaparecerem, é importante procurar ajuda. Também há muitas crianças que sempre foram inseguras, medrosas e envergonhadas, características que podem ser relacionadas à baixa autoestima e a um sentimento

de incompetência. “Isso é muito comum em crianças superprotegidas, ou seja, mesmo que já tenham capacidade, os adultos fazem tudo por elas”, revela. Quando a mãe dá comida na boca de uma criança que já é capaz de comer sozinha, inconscientemente passa para o filho que ele não é capaz. Isto vale para as atividades de auto cuidados, entre outras cotidianas, como ajudar nas tarefas domésticas, cumprir as responsabilidades escolares ou até comprar pequenas coisas. “Os pais precisam apenas supervisionar as ações que os filhos já têm idade para desenvolver sozinhos. A autonomia é um dos comportamentos que elevam a autoestima e a segurança das crianças, fazendo com que elas enfrentem da melhor forma possível os seus medos”, finaliza.

Juliana Marrara Pomella CRP - 06/60650-5 Psicóloga infantil

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meter o ganho de peso adequado, devido a

O Teste da Linguinha tem como objetivo avaliar

dificuldade em sugar. Frente a estas situa-

a anatomia da língua de recém–nascidos e diag-

ções é comum a interrupção do aleitamen-

nosticar a necessidade de cirurgia para imediata

to materno e a introdução da mamadeira o

correção de anomalia do frênulo lingual.

que não é recomendado nos primeiros me-

O frênulo lingual é a estrutura que conecta a

ses de vida.

parte inferior da língua ao soalho da boca e

Mais tarde a fala também pode ficar compro-

quando alterada é popularmente conhecida

metida e persistir até a vida adulta.

por “língua presa”.

No último dia 29 de maio, a realização do teste

As alterações no frênulo dificultam a suc-

da linguinha foi aprovada no Senado e segue

ção, a deglutição, a mastigação, além de

para a sanção da presidente Dilma Rousseff.

causar problemas na fala.

O teste da linguinha é um procedimento sim-

Quando o bebê tem esta estrutura alterada

ples e poderá se juntar aos outros testes exis-

pode fazer mamadas demoradas ou com

tentes como do pezinho e da orelhinha e con-

pouco espaçamento entre elas e compro-

tribuir para o bom desenvolvimento do bebê.

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Informe Publicitário

TESTE DA LINGUINHA


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Qualidade do sono dos bebês e das crianças

Muito mais que o momento de descanso para toda família, o sono dos bebês e das crianças representa um processo importante no desenvolvimento dos pequenos. Por isso, além de se atentar à quantidade de horas dormidas diariamente, os pais devem se preocupar com a qualidade do sono, que também é fundamental para a saúde dos seus filhos. Segundo a pediatra Marlene Ondani, os recém-nascidos dormem em média entre 16 a18 horas por dia sendo que, até os três meses, o sono não obedece ao ritmo circadiano, ou seja, os períodos de dia e noite. Depois dos três meses, a necessidade do sono diurno começa a diminuir devido ao desenvolvimento neuropsicomotor da criança. De um a três anos, as crianças necessitam dormir entre 12 a 15 horas por dia. Dos três aos sete anos, a média oscila de 10 a 11 horas de sono. Já na faixa etária dos sete aos doze anos, a variação é em torno de 9 a 10 horas diariamente. Desde as primeiras semanas de vida já é possível tentar implantar uma rotina do sono para o bebê. Porém, Vida bebê |28

a médica lembra que durante o dia “O sono também favoreé necessário acordá-lo para mamar ce o crescimento porque a cada duas horas e, se for prema- durante o período do sono turo, talvez seja preciso repetir esse profundo o hormônio do intervalo entre as mamadas tamcrescimento é secretado bém durante a noite. “Neste caso, de forma rítmica pela hidependendo de cada criança, há pófise”, esclarece. necessidade de acordá-la a cada duas horas para que não tenha hi- A especialista acrescenta que o sono poglicemia”, pontua. ainda auxilia no controle da obesidade porque o cortisol também é IMPORTÂNCIA liberado de forma cíclica durante o Independentemente da faixa etária, sono e, uma hora antes de acordar, a pediatra elenca uma séria de be- temos um pico de liberação. “O nefícios provenientes do sono, um cortisol é um hormônio produziprocesso natural que deve ocorrer do pela glândula suprarrenal. Com com qualidade para propiciar o de- esse hormônio o organismo se consenvolvimento e o crescimento dos centra na função catabólica para a bebês e das crianças. obtenção de energia frente a uma O sono tem função restaurado- situação de estresse”, explica. ra para o corpo e para a mente, Portanto, segundo ela, crianças conserva energia, repõe neuro- com sono irregular e um relógio transmissores (substâncias quími- biológico indefinido têm maior cas produzidas pelos neurônios), risco de desenvolver a obesidade, remodela sinapses (região de co- principalmente se passam grande municação dos neurônios) no parte do tempo em redes sociais e sistema nervoso central, além de jogos virtuais, passando assim da ter papel importante no processo sua hora de dormir. de consolidação da memória e do Do ponto de vista acadêmico, a aprendizado. criança em fase escolar que não



dorme o suficiente para sua idade tem prejuízo na memória e na consolidação do aprendizado. Também pode ficar hiperativa, irritada, cansada, com comprometimento das habilidades cognitivas, quadros comportamentais bizarros, como birra em grupo etário maior e desobediência. Em geral, no aspecto emocional, não conseguem se relacionar bem com os amigos e tem reclamações da escola. “Além disso, mães e pais fatigados pelos distúrbios de sono de seus filhos podem ter um prejuízo na relação do casal e frustrações, com graves repercussões no cuidado com a criança”, salienta.

de que a quantidade de horas por faixa etária seja respeitada. Estar atento à temperatura é um passo importante. “O quarto não pode ser muito frio e nem muito quente. Tem de estar com as luzes apagadas ou com uma luz indireta fraca, como um abajur”, exemplifica. O ambiente recomendado pela pediatra é desprovido de televisão, computador ou celular. Além disso, antes do jantar, a criança não deve ser muito estimulada, ou seja, pode parecer difícil, mas tente evitar que ela corra, pule ou assista a programas televisivos agitados, como lutas, por exemplo.

ROTINA AMBIENTE PARA DORMIR A rotina é palavra-chave quando o Mesmo que a criança não tenha assunto é sono com qualidade. Por sono cedo, os pais devem criar um isso, a criança deve dormir prefeambiente para que adormeça a fim rencialmente sempre no mesmo

Atribui-se ao sono • função restauradora para o corpo e para a mente • função de conservar a energia • reposição de neurotransmissores • remodelagem de sinapses no sistema nervoso central • ações no processo de consolidação da memória e do aprendizado

horário, não deve relacionar o sono com mamadeira, pois deve tomar o leite antes de ir para a cama e escorvar os dentes. Banho morno, pijama adequado ao clima e evitar dormir na cama dos pais ou no sofá são outras dicas valiosas. ACORDE A criança que, mesmo dormindo cedo, resiste em acordar deve ser despertada pelos pais que, segundo a médica, não devem deixar que ela levante espontaneamente. “Depois dos dois anos, é melhor acordar a criança no máximo por volta das 8h30 porque se ela acordar mais tarde, não terá fome para o almoço e, se não almoçar no horário, sua alimentação poderá ser desregulada o dia inteiro, o que pode significar um outro problema”, conclui.

Quantidade de sono por faixa etária 0 - 12 meses – 15 a 16 horas de sono 1 – 3 anos – 12 a 15 horas de sono 3 - 7 anos – 10 a 11 horas de sono 7 - 12 anos – 9 a 10 horas de sono

Dra. Marlene Ondani Pediatra CRM - 67515-SP

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Festa do pijama

Quem não gosta de estar junto com seu filho e proporcionar um dia feliz? Com pouca coisa você pode fazer uma festa do pijama e render fotos memoráveis, muita diversão e ainda acompanhar tudo de perto. Seu filho vai ficar muito feliz por ter seus amigos por perto num momento novo até então.

Você vai precisar de um bom plano para manter as crianças ocupadas e sorrindo até a hora de dormir. Vale vocês pais bancarem os contadores de histórias, jogos e até filme é válido. O bolo é peça fundamental. Além de pequenos lanchinhos e quantidade de crianças que dê para supervisionar com aten-

Local: Hotel Pestana e SOfitel em Copacabana. Modelos: Helena, Bianca e Marcelo. Fotógrafo: Hugo Perez Vida bebê |32

ção. O traje da festa são os mais diferentes modelos de pijamas, seda, malhas gostosas, modelo tradicional ou temáticos. Festa perfeita para quem quer presentear seu filho com muita diversão, bolo e risadas e ainda não pesar no bolso. Uma excelente opção que pode ser feito mesmo com crianças ainda bem pequenas e receita de sucesso tanto para papais como seus filhos. Se inspire nesse ensaio para criar uma festa linda e ainda render fotos inesquecíveis.

Camila Falcão Publicitária, jornalista e blogueira www.camillafalcao.com



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Dores comuns na gravidez

Depois de muito planejamento ou de uma surpresa que nos presenteia, a gravidez nem sempre é um período de apenas boas sensações. Alguns desconfortos e até dores típicas da gestação podem ocorrer com a maioria das mulheres desde a descoberta de que serão mamães até o momento que o bebê chega ao mundo.

“O acompanhamento médico desde o início é fundamental para evitar que esses incômodos evoluam e interfiram mais fortemente nesse momento único na vida das futuras mamães.” Segundo a ginecologista e obstetra Mariane Paredes Costa, embora as dores não sejam unânimes, muitas se queixam de pelo menos algum tipo de transtorno durante alguma fase da gestação. A intensidade dos sintomas pode variar, pois depende de como a futura mamãe se encontrava no período pré-gestacional. Atividades físicas e alimentação

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adequada sempre são aliadas das DORES LOMBARES mulheres nestes casos. As dores lombares também ocorrem frequentemente, pois, para MAMAS E PELVE manter o equilíbrio, algumas gesJá nas primeiras semanas de ges- tantes mudam a sua postura, deitação, pode ocorrer maior sensibi- xando as pernas mais afastadas. lidade nas mamas, devido ao rápi- Dessa forma, exigem mais força do aumento de volume. “Essa dor dos músculos dessa região. Essas pode ser aliviada com leves massa- dores ficam mais intensas, geralgens com cremes hidratantes pró- mente, a partir do terceiro trimesprios para a gestação e com o uso tre de gestação. de tops mais justos”, explica. Porém, de acordo com a espeAs dores pélvicas no início da ges- cialista, a realização de atividatação também são frequentes e de física orientada e fisioterapia estão relacionadas ao crescimento podem ajudar a reduzir esses uterino. Normalmente são leves e desconfortos. melhoram com o uso de medicações prescritas pelo obstetra e não INCHAÇO E ARTICULAÇÕES podem ser acompanhadas de san- Também muito comum entre grágramento, o que exige outras de- vidas, as queixas sobre inchaço e cisões do médico responsável pelo dores nas pernas, principalmente pré-natal. nas estações mais quentes do ano, Já no final da gravidez, podem apa- são comuns nos consultórios ginerecer de forma mais intensa, pois cológicos. “Isso ocorre porque o o bebê começa a se posicionar e sistema cardiovascular da gestante algumas contrações já podem ser está sobrecarregado, tornando a sentidas. “Se forem contínuas, po- circulação mais lenta”, esclarece. dem significar o início do trabalho Por isso, é muito importante que de parto”, pontua. haja uma boa ingestão de líquidos


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durante toda a gestação, além de evitar o uso excessivo de sal nos alimentos. A realização de exercícios como hidroginástica ou caminhadas, o uso de meia elástica, o repouso com elevação dos membros e a drenagem linfática também podem auxiliar a minimizar esses desconfortos típicos. A partir do sexto mês gestacional o aumento do abdome comprime vasos e nervos podendo ocasionar dores nas virilhas e, devido ao aumento de líquido nas articulações, também dores articulares e formigamento nas mãos e pés são comuns.

CEFALEIA E DOR GÁSTRICA Dores de cabeça também podem ocorrer durante toda a gestação sendo que, normalmente, são mais intensas nas pacientes que já tem histórico de enxaqueca e sinusite antes da gestação. “Medicadas, essas pacientes na maioria das vezes percebem o desaparecimento da cefaleia, que podem se tornar esporádicas após os primeiros três meses”, acrescenta. Reclamações gástricas são recorrentes nesse período. A médica esclarece que, com o aumento do volume abdominal, ocorre a compressão do estômago, a digestão torna-se lenta e os sintomas como

dor e refluxo tornam-se comuns. “Para alívio desses sintomas, a gestante deve comer a cada três horas e diminuir a quantidade dos alimentos”, recomenda. Não deitar logo após as refeições é outra dica importante. Independentemente dessas dores típicas ou de outras, a ginecologista ressalta a importância do início precoce do pré-natal para que haja uma adequada orientação e tratamento para cada caso. Além disso, todas as medicações usadas durante a gestação devem ser prescritas pelo obstetra, para que a gestante desfrute da melhor forma possível esse sublime momento de sua vida.

Dicas para as futuras mamães

*Massagens com cremes hidratantes próprios para a gestação e uso de tops mais justos aliviam dores nas mamas *Atividade física e fisioterapia podem ajudar a reduzir dores lombares *Boa ingestão de líquidos e evitar o excesso de sal nos alimentos ajudam reduzir inchaços *Hidroginástica, caminhadas, meia elástica, repouso com elevação dos membros e drenagem linfática minimizam dores nas articulações *Comer a cada três horas alivia sintomas gástricos

Dra. Mariane Paredes Costa Ginecologista e Obstetra CRM - 82626

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Parto normal depois da cesárea

Antigamente nossa sociedade acreditava que o parto normal era um procedimento natural e se aguardava por isso. Na maior parte do mundo esse raciocínio ainda prevalece, mas, no Brasil, esse pensamento inverteu. Na opinião do ginecologista e obstetra Carlos Mathias, vários fatores, a partir da década de 70, contribuiu para isso, como políticas de saúde e remuneração profissional equivocadas, as quais influenciaram na mudança de cultura. Após muitos anos de altas taxas de parto cesárea, é comprenssível que o Brasil seja campeão nessa modalidade de nascimento. Algumas das perguntas mais frequentes, já na primeira consulta pré-natal, são “o parto vai ser normal ou cesárea?” ou “sendo meu primeiro parto cesárea, é obrigatório ser outra cesárea?”. Segundo ele, há grupos que defendem a busca de uma forma fácil de consumo, optando pelo parto cesárea, por meio da justificativa de ser rápido, programável e não acarretar dor. “Fazer essa opção, dessa

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forma, é uma decisão simplista e baseada na cultura popular do sofrimento do parto normal”, avalia. Isso mostra que a resolução do parto passou a ter que ser “decidida” como a aquisição de um artigo de consumo, buscando-se a comodidade e uma relação de custo-benefício. “Ou seja, a busca do equilíbrio, do positivismo, da realização de um bom pré-natal é deixada de lado com uma opção pré-concebida da obrigatoriedade de nascer por parto cesárea”, afirma. Por outro lado, há outra concorrente de pensamento que acha que o parto tem que ser obrigatoriamente normal. Também vivenciamos a “moda” de voltar a ter filhos em casa, arcando-se com altos custos desse procedimento que não são comparáveis aos profissionais da rede hospitalar. “Se não houver temerárias ocorrências, teremos uma bela história para contar. Mas se houver uma complicação, quem se responsabilizaria? Para onde levar essa gestante? Onde buscar outros re-

cursos ou que profissional assumiria esse evento que agora se tornou de alto risco?”, indaga. PRÉ NATAL Fazer previsões na primeira consulta do pré-natal é mero exercício de adivinhação. Isso porque a assistência pré-natal e assistência ao parto são dinâmicas, ou seja, podem mudar a qualquer momento. O pré-natal serve para manter a gestante na linha da normalidade evitando ganho excessivo de peso por erro alimentar, incentivando a prática de exercícios regulares, controle da pressão arterial e acompanhamento do desenvolvimento fetal. “Conseguido isso, metade do parto estará encaminhado. Quando o bebê está pronto a vir ao mundo, são avaliadas as melhores condições e práticas para que isso ocorra”, explica. A gestante consciente, envolvida com vinda do seu bebê, focada na missão de trazê-lo ao mundo, só permite as coisas acontecerem de forma simples e natural. “Não importa o tipo de


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parto, tem que ser benéfico para os Já para quem tem duas ou mais dois, mãe e filho”, reforça. cesáreas anteriores, a indicação absoluta é outra cesárea, pelo comDEPOIS DA CESÁREA provado risco de rotura do útero e Toda gestante tem condições de outras complicações. evoluir para o parto normal até que alguma indicação obstétrica diga o ASSISTÊNCIA MAIS HUMANA contrário. Portanto, segundo o es- Os tipos de parto, na opinião do pecialista, toda mulher com parto médico, demandam muita reflexão cesárea na última gestação tem e, para tornar a assistência à gescondições de entrar em trabalho tante mais humana e eficiente, prode parto e ter o nascimento por via curando reduzir os altos índices de baixa. “Essa possibilidade é mais co- cesárea, ele defende o retorno do mum quando, no parto anterior, a procedimento que antes ocorria nas gestante esteve em trabalho de parto maternidades. As gestantes eram e apresentou dilatação”, explica. admitidas em trabalho de parto Porém, como pode ocorrer o risco e seguidas por enfermeiras obstede rotura uterina (na cicatriz uteri- tras e auxiliares, como técnicas de na anterior), esse trabalho de parto enfermagem e doulas. O obstetra deve ser conduzido com mais rigor era solicitado a examinar e avaliar e em ambiente hospitalar, compor- a evolução do trabalho de parto e tando todos os recursos para uma possível conduta a ser tomada. rápida intervenção, se necessária. Portanto, mudar o modelo de atendi“O parto normal pós-cesárea an- mento centrado somente no médico terior pode ser aguardado, mas se faz necessário. “A mudança terá não é uma regra em nosso meio. que passar pela mudança de atitude Dessa forma, se as condições obsté- da população em resgatarmos a simtricas forem desfavoráveis, a cesárea plicidade da gravidez e da facilidade será a melhor indicação”, enfatiza. de sua resolução, esquecendo-se do

terror que a própria sociedade impõe às gestantes”, ressalta. A mudança cultural e no modelo de atendimento proporcionariam melhores condições para que os partos se resolvessem de uma forma mais natural e tranquila, mesmo em um ambiente hospitalar. Segundo ele, se as gestantes amadurecerem e se prepararem adequadamente para tornarem-se mães, serão capazes de enfrentar qualquer tipo de parto, não sendo necessário fazer qualquer tipo de escolha. Devemos dar uma chance para que a natureza possa mostrar o melhor caminho, só cabendo intervenção quando realmente se fizer necessário. “O melhor tipo de parto é o ‘parto bom’. Não importa qual via ele ocorra, tem que ser bom para mãe e o bebê. Não percam a oportunidade de aproveitarem o período gestacional por conta de informações duvidosas que geram medo, insegurança e terror. Pré-natal tranquilo é condição básica para um parto tranquilo, por qualquer via”, conclui.

Dr. Carlos Roberto D’Andrea Mathias Ginecologista e Obstetra CRM 64341

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Dr. Juliano B. Bullamah CROSP - 70.167 Endodontista e Reabilitações Estéticas

Facetas Cerâmicas Com a evolução da odontologia, o cirurgião dentista não é mais visto como alguém que causa dor e medo, mas sim como um profissional que pode transformar o sorriso e a vida das pessoas. As facetas cerâmicas são usadas quando há intenção de modificar ou devolver a forma original do dente, ou para corrigir imperfeições como dentes quebrados, desalinhados, desgastados, e com sinais de envelhecimento. Também chamadas de lentes de contato, as facetas depois de cimentadas nos dentes se tornam invisíveis ao olho nu, assim como as lentes de contato ópticas. Com uma espessura que varia entre 0,3 a 0,5mm, as facetas são confeccionadas e cimentadas com pouco ou nenhum desgaste prévio da estrutura

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dental. As principais vantagens desse tratamento estético, além da conservação da estrutura dental, são a durabilidade e a capacidade de imitar as características estéticas do esmalte dentário obtendo um resultado estético favorável e funcional. O tratamento é feito em três etapas. Na primeira, o cirurgião dentista faz fotos e a moldagem dos dentes do paciente em seguida é feito um enceramento no modelo e possível trans-

ferência para a boca do paciente com o objetivo de visualizar o resultado final do trabalho, feito isso as facetas são confeccionadas em porcelana pura e cimentadas nos dentes finalizando o tratamento. O paciente deve fazer o acompanhamento e visitas semestrais ao cirurgião dentista, e manter a higiene oral adequada. Um sorriso comprometido pela falta de estética diminui a sua qualidade de vida, por isso procure sempre um profissional especializado.

Arquivo pessoal

Dir. técnico: Dr. Juliano B. Bullamah

Informe Publicitário

Uma evolução na arte da estética dental


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Mamãe esse brinquedo é meu!

Sábado chuvoso é ou não é um ótimo dia para brincar em casa? Espalhar os brinquedos pelo chão, dar asas à imaginação, voltar a ser criança e, acima de tudo, como paparazzo do lar tirar várias fotos de momentos preciosos com os pequenos. Foi em um belo dia como este que minha filha de dois anos me soltou uma grande pérola: mamãe, esses brinquedos são meus e eu não vou dá-los para ninguém. Minha filha cresceu habituada a separar brinquedos e roupas e entregar, pessoalmente para outras crianças. Confesso que num primeiro momento, quando ouvi esta frase, fiquei em choque. Afinal, percebi que meu bebezinho estava crescendo e, como todo ser humano, está desenvolvendo afeto, posse e desejo por objetos materiais. As crianças constroem sua própria

lidar com as diversas possibilidades de conflitos, precisamos, na infância, deixá-los experimentar suas emoções e conduzi-los com amor e sabedoria a uma conduta ética. Para os pais, verem seus filhos fazendo coisas erradas, tendo sentimentos egoístas, não é algo fácil. Muitos pais repreendem os filhos quando isto acontece e os corrigem imediatamente. Esta atitude feita de forma precipitada pode levar a criança a reprimir seus sentimentos ao invés de refletir sobre eles e chegar à conclusão de qual é o melhor caminho a seguir. As crianças possuem uma ferramenta natural poderosa que é a imaginação. Para elas, uma caixa percepção do mundo e seus valores de fósforos, por exemplo, pode se através das suas experiências. Se transformar em um avião, um trem desejarmos educar nossos filhos para e de repente em uma caixa de fósserem adultos, com personalidade foros novamente. Use a imaginação própria, que tenham um arcabouço do seu filho para levá-lo a refletir de memória emocional, prontos para sobre o que é legal ou não.

Ilana Vieira Pedagoga especializada em comunicação infantil

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Retratinhos

Fotos: Arquivo Pessoal

Leonardo Fortunato Aguiar Pedro Henrique e Gabriel Henrique

Rafaella Freire de Souza

Pedro Henrique e João Guilherme Rizzo Geraldini Téo Dias e João Vitor Dias


Caderno Especial Ano II no. 8

Saúde

Infertilidade: tratamentos e resultados

Casamento Tradicionais ou inovadoras, as cerimônias estão em alta

Lei

Pensão na gravidez - Direito da criança Vida Mulher | 55


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Casar está na moda

Em meio à conquista feminina do mercado de trabalho e à luta pela independência financeira, ainda sobra muito tempo e espaço para o sonho do casamento na vida da mulher moderna. Segundo Isabel Schinaider, assessora e consultora de eventos, viver um dia de princesa continua um desejo forte e presente entre as mulheres. E mesmo que os tempos modernos tenham transformado um pouco esse desejo, a mulher continua, em geral, vislumbrando um vestido branco, as belas flores, a marcha nupcial, a festa, a lua de mel, enfim, tudo o que pode marcar a data de forma especial e inesquecível. Para Isabel, esse desejo pode estar associado ao fato de que a mulher ainda é muito romântica, característica que nem as grandes transformações sociais conseguiram ofuscar com o passar do tempo. “A mulher sai da casa dos pais mais cedo, estuda fora, conquista seu espaço no mercado de trabalho, mas, mesmo assim, encontra tempo para pensar, idealizar e realizar o seu dia de princesa”, conta. É fato, estatisticamente comprovado, que a maioria das mulheres ainda de-

presentes na mente das mulheres, e nos tempos modernos, ainda há de se conciliar as aspirações românticas com a realidade. Se antes se buscava o príncipe encantado com quem a mulher se casaria e ela tão somente seria a mãe dos seus filhos e a mulher do lar, hoje elas se apegam a outros valores, como cordialidade, afinidades, experiência de vida e, principalmente, lealdade. “Com sua independência profissional e financeira, a mulher agregou outras funções, que não são somente a de esposa e mãe”, pontua. Com sua experiência no atendimento às noivas, Isabel conclui que, atualmente, a mulher quer, acima de tudo, alguém com quem possa Ela lembra que as meni- contar: um verdadeiro parceiro.

seja casar na igreja por fazer parte de uma comunidade religiosa, além de receber a influência da família e também dos amigos, que anseiam por participar desse momento. “Entre vários fatores, socialmente, a família ainda conta muito”, acrescenta. Além disso, as mulheres não sonham somente com o casamento, mas com o matrimônio em si, que se fundamenta na construção de uma família, tal e qual de onde vieram. É inegável que, com tantas mudanças comportamentais, o sonho do casamento também sofreu interferências. No entanto, Isabel é categórica. “Sonhos não mudam, se adaptam”.

nas ainda crescem ouvindo contos de fadas sobre princesas, príncipes e carruagens. E, a idealização do casamento dos sonhos, acaba mexendo com as fantasias românticas no futuro. Os contos de fadas sempre estarão

DIVERSIDADE Do ponto de vista prático, as cerimônias de casamento estão cada vez mais diversificadas, ou seja, há opções de formalização do matrimônio que contemplam os mais variados perfis de noivos, dos mais formais aos mais despojados ou dos mais tradicionais aos mais

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inovadores. “Existem inúmeros rituais religiosos e, a forma de comemoração, são as mais criativas e inusitadas possíveis”, conta. Independentemente do estilo, as cerimônias de enlace são sempre repletas de rituais que simbolizam a beleza do relacionamento. “Viver este momento da forma que mais agrade os noivos e seus convidados é sempre a melhor escolha”, aconselha.

Mas, mesmo entre ataques de raiva e lágrimas, as noivas não economizam esforços para que tudo saia perfeito no grande dia, como as flores, buffet, cerimonial ou vestuário. Além disso, apesar de contarem com a assessoria de profissionais especializados, sites, revistas e blogs que tratam com exclusividade do assunto, as noivas não abrem mão de dar o seu toque pessoal, o que torna cada casamento único. Mas ORGANIZAÇÃO atenção: “Esta preocupação só vale Na fase de organização do casa- até a véspera. No grande dia, relamento, a idealização do vestido de xe e aproveite cada minuto, pois noiva, das daminhas, da decoração tudo passa muito rápido e deve ser e do cardápio compõem um cená- vivido com toda intensidade e tranrio de fantasia para as mulheres. E, quilidade”, orienta. à medida que a data do casamento se aproxima, elas vão ficando cada DEPOIS DA LUA DE MEL vez mais ansiosas e até estressadas. Depois de viver o dia de princesa É preparativo dali, escolha daqui, e voltar de viagem de lua de mel, degustação acolá, prova do vestido, a vida a dois tem início no aspecto do cabelo, lista de presentes… Ufa! prático. “Antigamente talvez a ceIsso tudo sem contar a escolha do rimônia marcasse o início de uma roteiro da tão sonhada lua de mel. vida a dois. Talvez isso fosse mais “É tanta pressão em cima das ‘po- forte do que hoje, quando vemos as brezinhas’ que o sonho encantado pessoas se casando depois de já tedo casamento pode transformar rem uma vida em comum. Por essa doces mulheres em criaturas à bei- razão, acredito que hoje as pessora de um ataque de nervos”, revela. as se casam para constituir família,

que é uma instituição muito forte no mundo inteiro”, enfatiza. O casamento é, na realidade, o início de uma jornada em parceria

com alguém cuja meta é dividir e construir um projeto em comum. É um aprendizado que vai sendo construído no cotidiano e não tem manual de instrução. “É algo novo, é o primeiro capítulo de uma história vai ser escrita com o passar do tempo”, finaliza.

Isabel Schinaider Assessora e consultora de eventos

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Infertilidade e Reprodução Humana Assistida

Após um ano de tentativa de gravidez sem êxito, o casal pode se enquadrar no quadro de infertilidade. Segundo o obstetra e ginecologista Luiz Eduardo Campos de Carvalho, especialista em reprodução humana, estima-se que 15% dos casais podem apresentar dificuldades e, desse total, em média 30% dos casos o problema é feminino. Em outros 30% é referente ao homem e em uma parcela de 20% ambos podem apresentar alterações.

via sexual e a presença de miomas estão entre as principais causas de infertilidade, pois podem alterar a anatomia uterina e pélvica, que por sua vez acarreta a obstrução das trompas ou interfere na implantação do embrião no útero. Irregularidade menstrual, principalmente em mulheres com ovários policísticos, também podem estar associada à dificuldade de engravidar, pois interferem na ovulação. Entre os fatores masculinos, a presença de varicocele, que pode dimiA modernidade, de certa nuir a quantidade e qualidade dos forma, também tem con- espermatozoides, configura outra tribuído para dificultar as causa de infertilidade.

chances de ter um filho biológico, pois muitas mulheres protelam a maternidade em detrimento de trabalho e qualificação profissional, entre outros fatores. “Isto interfere diretamente na fertilidade, que está ligada à idade materna. Há um decréscimo acentuado a partir dos 35 anos”, explica. Doenças como endometriose, infecções ginecológicas ligadas a alguns tipos de bactérias transmitidas Vida Mulher | 60

TRATAMENTO A avaliação individualizada e especializada do casal é a primeiro passo para um diagnóstico preciso e definição do tratamento adequado. “Nem todos os casais precisam de tratamentos complexos. Muitas vezes apenas a indução de ovulação com a programação dos coitos é suficiente para ajudar casais que procuram ajuda”, afirma. Alguns casais também recorrem à realização de inseminação intrau-

terina, que é a colocação dos melhores espermatozoides (separados pelo processamento do sêmen) dentro do útero. “Nesta modalidade, a fertilização acontece de forma natural dentro das trompas ou tubas uterina”, acrescenta. Estes dois tratamentos são considerados de baixa complexidade e têm taxa de sucesso em torno de 20% por tentativa. “A primeira vista pode até parecer pouco, entretanto, a taxa de fertilização natural em casais sem problemas gira em torno de 25% a 30%. Além disso, quase metade dois casais com indicação de baixa complexidade conseguem engravidar com até três tentativas”, pontua. IN VITRO Por outro lado, casais com problemas considerados mais sérios precisam da fertilização in vitro ou tratamento de alta complexidade. Nesta modalidade, há necessidade de uma estrutura com um laboratório de reprodução humana que manipula os gametas, ou seja, óvulos e espermatozoides. Segundo o especialista, trata-se de um tratamento em que se faz


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a captação dos óvulos através de um procedimento cirúrgico simples e concomitantemente coleta o sêmen do parceiro. Na sequência, realiza-se a fertilização de forma artificial através de injeção do espermatozoide dentro do óvulo e implantam-se os embriões (de 2 a 4 dependendo da idade da mulher) dentro do útero após alguns dias de evolução no laboratório. “O procedimento ocorre geralmente no terceiro ou quinto dia após a fertilização”, esclarece.

A fertilização in vitro pode alcançar até 45% a 60% de sucesso dependendo da qualidade, tempo de evolução do embrião e idade materna. ASPECTO EMOCIONAL O médico também lembra que outro aspecto muito relevante a ser avaliado nos casos de infertilidade é de origem psicoemocional dos casais, pois as dificuldades para engravidar geram grande ansiedade e transtornos emocionais.

Muitas vezes podem interferir até no relacionamento do próprio casal, além de modificar o convívio e as relações sociais. A pressão para se ter um filho pode até levar a quadros de depressão severa. “Nem sempre o resultado positivo acontece na primeira tentativa de tratamento, o que favorece grande frustração no casal. Desta forma, muitas vezes precisa-se de uma equipe multiprofissional com acompanhamento psicológico”, completa.

Reprodução assistida O Conselho Federal de Medicina (CRM) regulamentou a reprodução assistida no Brasil no início de 2013. Além de definir as normas éticas e técnicas, a regulamentação trouxe inovações que permitem, por exemplo, a chamada “barriga solidaria”. No caso de mulheres que por ventura não podem gerar um filho no seu próprio útero (pessoas que realizaram a retirada do útero por uma patologia, por exemplo) existe a possibilidade de uma parente do casal “emprestar” o útero para ajudar a gerar um filho. A doação voluntária de óvulos e espermatozoides também foi regulamentada, ou seja, não se pode ter be-

nefícios financeiros com a prática no Brasil. Com a regulamentação, o país também registrou aumento dos profissionais e das clínicas especializadas, o que possibilitou que estes tratamentos ficassem com custo menor. “Portanto, o casal com dificuldade para engravidar deve procurar o quanto antes um profissional especializado em reprodução humana para que não se tenha um retardamento no diagnóstico, identifique o problema e as reais possibilidades de tratamento para que ambos possam alcançar a gestação tão sonhada”, aconselha.

Dr. Luiz Eduardo Campos de Carvalho – CRM 92113 Ginecologia - Obstetrícia - Reprodução Humana www.reproducaohumanalimeira.com.br dr.luizcarvalho@uol.com.br

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Alimentos gravídicos

Embora ainda desconhecida por muitas mulheres, a legislação brasileira já dispõe de dispositivo que assegura os direitos do bebê que ainda irá nascer. Instituída em 2008, a lei nº 11.804 garante verba suplementar à gestante, paga pelo futuro pai da criança, durante todo o período da gravidez.

O objetivo da norma é que o futuro pai participe e auxilie a gestante e o feto com suporte econômico desde o momento da concepção. A defensora pública Marcelli Penedo Delgado Gomes explica que os alimentos são consequência de um dever de solidariedade humana presente nas relações familiares e tem suas raízes mais profundas no princípio constitucional do direito à vida. “Diante disto, o Estado protege-o com normas de ordem pública, decorrendo daí a sua irrenunciabilidade. A obrigação de sustento é uma das obrigações fundamentais dos pais em relação aos

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filhos”, lembra. A Constituição Federal determina em seu artigo 229 que os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e, por sua vez, os filhos maiores têm a obrigação de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade assegurando, desta forma, a reciprocidade alimentar como um direito essencial à vida e à subsistência. Mesmo antes da entrada em vigor da lei em 2008, alguns juízes já vinham impondo a prestação de alimentos em favor do nascituro. A norma, todavia, deixou esta possibilidade expressa e trouxe mais segurança jurídica. DESPESAS A defensora explica que os alimentos previstos na legislação compreendem os valores suficientes para cobrir as despesas adicionais do período de gravidez e que sejam dela decorrentes da concepção ao parto, inclusive as referentes a alimentação especial, assistência médica e psicológica, exames complementares, internações, par-

to, medicamentos e demais prescrições preventivas e terapêuticas indispensáveis, a juízo do médico, além de outras que o juiz considere pertinentes. “A norma traz um rol exemplificativo dos fatos que podem gerar o dever de prestar alimentos, tais como despesas com saúde, com alimentação, com a execução de exames, com o parto, por exemplo, deixando ao juiz o poder de avaliar outros gastos que não constam na lista para fixação dos alimentos”, complementa. A avaliação judicial para a determinação desta espécie de pensão durante a gravidez considera ainda a situação concreta da mãe e do bebê. PATERNIDADE Ela ainda ressalva que os indícios da paternidade são suficientes para aplicabilidade da lei, ou seja, não se exige a existência de prova cabal. Além disso, após o nascimento, os alimentos automaticamente mudam de natureza e se convertem em favor do bebê. Por outro lado, mulheres que


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eventualmente mentir sobre a paternidade poderão responder, inclusive judicialmente sobre o ato. A defensora reforça que o direito à vida é a fonte principal de todos os demais direitos, pois estes só podem existir em função daquele. “Não

faria sentido algum a Constituição Federal assegurar o direito à vida se não fosse possível assegurá-la de forma plena. O direito à vida, elevado à categoria de direito fundamental, deve ser respeitado da forma mais ampla possível”,

complementa. Desta maneira, para garantir o direito do nascituro à vida, surge o direito a alimentos, objetivando atender suas necessidades peculiares, possibilitando-lhe o normal desenvolvimento intrauterino e nascimento.

Dra. Marcelli Penedo Delgado Gomes Defensora Pública

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