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ANO II N. 10 Setembro 2011 R$ 4,90
Editorial
“Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele proce- Estamos na Primavera, estação dem as fontes da vida.” que é sempre uma delícia, espeProvérbios de Salomão.
cialmente pelas cores e flores que se espalham por todo lado.
Inspirados nesse período em que nosso planeta fica sempre mais bonito, aproveitamos para falar de um assunto super atual: a SUSTENTABILIDADE. Como é importante termos este tema como parte de nossas vidas e da educação dos nossos filhos, principalmente através dos bons exemplos. Dia das Crianças chegando, aproveite para brincar e ficar bem pertinho dos filhos. Anote as dicas que sugerimos nesta edição.
Raquel Penedo Oliveira Editora
No mundo da moda, a cada estação, os lançamentos da coleção
infantil encantam os adultos e crianças pelo conforto e design. Confiram nosso editorial de moda, onde as melhores lojas mostram as tendências da Coleção Primavera-Verão aos nossos pimpolhos... todos lindos, fofos e super antenados. Às futuras mamães, uma matéria especial sobre as mudanças físicas e comportamentais no período da gravidez, além de boas dicas para um delicioso chá de bebê. A 10ª Edição vem com uma mudança em seu padrão gráfico, facilitando a leitura e tornando-a visualmente mais agradável, tudo pensando em você. Então, vamos desfrutar o melhor da vida, neste caso, da Vida bebê!
Sumário 04 10 15 16 28 34 38 44 48 49 50
A influência da TV Vitrininha Chá de bebê Editorial Bebê e Infantil Sustentabilidade Dia das Crianças O que muda na gravidez Exames obrigatórios Certificação obrigatória nos berços Retratinhos da Vida Histórias da Vida
Capa
Maria Rafaela Vigerelli Milaré Foto: Inez Miranda Flores: Floricultura Mercuri Veste: Hortelã Moda Bebê e Infantil
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Está no ar: a influência da TV na educação Silvana Minetto Borges
Psicóloga
Os irmãos vidrados na TV, mas com programação específica para o público infantil
Você liga a televisão e uma adorável criança está convencendo um marmanjo a consumir esse ou aquele produto ou, ainda, um bebê aparece "vendendo" os serviços de uma grande marca. Os exemplos revelam que as crianças estão cada vez mais presentes nas programações, comerciais e ocupam espaço importante nas campanhas publicitárias devido à influência que exercem. Segundo a psicóloga Silvana Minetto Borges, os pequenos
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possuem tal força porque passam bastante tempo se "alimentando" da TV, fato que, além de atrair a mídia, preocupa pais e educadores. A especialista acrescenta que fica fácil intuir a influência da televisão, pois não é um mero eletrodoméstico. É um aparelho que "fala", transmite lições, propõe casos para imitar, difunde modos de cultura e até dita a moda e modismos. "A influência pode ser muito sutil a quem se entrega passivamente. É imenso o tempo que se gasta
diante da telinha", alerta. Pesquisas indicam que crianças entre seis e onze anos passam cerca de 25 à 30 horas semanais diante da TV. "APRENDIZADO" Além do excessivo tempo de exposição aos programas, a assimilação e o aprendizado ocorrem rapidamente porque esse veículo dispõe de recursos audiovisuais convincentes. "Por outro lado, a televisão não é nenhum monstro e, se bem utilizada pode se transformar
em uma aliada ferramenta para a educação", pondera. No entanto, da mesma forma, pode se estabelecer como uma nefasta babá eletrônica, cujos padrões de valores são questionáveis, principalmente no quesito formar com decência de caráter. PERIGOS Esse risco, segundo ela, ocorre porque quando a criança vê diariamente a violência estampada na telinha, sutilmente vai adot a n d o e s s e c o m p o r t a mento como natural, podendo se identificar com os personagens e acreditar que são realistas, o que aumenta a chance de se tornar um adulto agressivo. "Aí mora o perigo, pois nasce um ser sem capacidade crítica ou de se colocar no lugar do outro", avisa. Isso ocorre principalmente quando a situação vivenciada aproxima-se das experiências de vida da própria criança. Cenas eróticas ou de violência são prevalentes nos programas assistidos pelo público infantil e uma das consequências mais visíveis é a aceleração de algumas vivências sem amadurecimento. CONTROLE REMOTO A psicóloga recomenda que o controle remoto, às vezes, deve ser confiscado das pequenas mãos. Ela alega que a audiência infantil a programas inapropria-
Diante do poder da TV em fascinar as crianças. a supervisão dos pais é fundamental
dos poderia acabar, se os próprios pais abrissem mão de assistir a estes programas. "Os programas com conteúdos positivos, produzidos com preocupações pedagógicas e assessoria educacional são exceções", ressalva. EM FAMÍLIA Apesar de tantas peculiaridades, não é preciso impedir os fil h o s d e t e r e m a c e s s o à programação, mas sim, de alguma maneira, selecioná-la e usá-la a favor. "Por que não assistir a um programa juntos com os filhos e depois discutir sobre ele? As idéias que estão sendo transmitidas fazem parte da nossa realidade?", sugere. "E que tal definir que, em determinado dia da semana, o aparelho não será ligado?", propõe. Esse dia pode ser dedicado à
leitura de contos infantis, de historinhas bíblicas ou de jogos em família. Ela acrescenta que é importante que os pais sejam exemplos vivos quando estiverem selecionando a programação e diante dela. "Aliás, sobre o exemplo dos pais na educação dos filhos, já sintonizamos para o próximo capítulo, ou seja, a próxima edição. Aguardem". “Pesquisas indicam que crianças entre seis e onze anos passam cerca de 25 à 30 horas semanais diante da TV”
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Maria Laura Vicente Silva Pedro Henrique Vicente Silva Carlos Henrique da Silva e Valdineia Souza Vicente
É importante que a familia realize outras atividades de entretenimento, tornando esses momentos prazerosos
“A televisão não é nenhum monstro e, se bem utilizada pode se transformar em uma aliada ferramenta para a educação"
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Fiquem "antenados" nas dicas 1. Controle o tempo de uso. Pode parecer radical, mas a criança, a partir dos dois anos, deve passar no máximo duas horas por dia se entretendo com a TV. 2. O hábito de assistir televisão deve ser transformado em atividade da família. Se for assistir a um filme, é bacana escolherem juntos o título. 3. Atente-se à faixa etária indicada para o programa que seu filho está assistindo. Tanto a que as próprias emissoras indicam quanto a que seu bom senso avalia. 4. Ajude seu filho a escolher programas interessantes, que possam ensinar e incentivar a curiosidade. 5. Não tem problema se você recorrer à televisão de vez em quando para entreter as crianças enquanto está ocupada. A questão é a qualidade e o tempo.
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Vitrininha R$ 399,00
R$ 36,00
R$ 68,90 R$ 73,90
BEE HAPPY Tel. 19 3702.5910 R$ 330,00 R$ 95,90
R$ 59,90
BALA COM CHEIRO Tel. 19 3453.5872
www.balacomcheiro.com.br
R$ 118,00
ANJO SAPECA Tel. 19 3444.6490 R$ 140,00
R$ 49,99
TURMINHA FELIZ Tel. 19 3038.2909 CANTINHO DO BEBÊ Tel. 19 3451.3998
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R$ 55,99
R$ 356,00 R$ 163,90 R$ 720,00 R$ 169,00
HORTELÃ Tel. 19 3453.5813
R$ 299,00
R$ 94,80 R$ 52,90
MUNDO BABY Tel. 19 3713.5339
www.mbaby.com.br
BABY FASHION Tel. 19 3452.8399
R$ 38,00
R$ 599,00
R$99,00cd
R$ 69,90
R$ 55,90
R$ 599,00 R$ 78,90
VICTÓRIA KIDS Tel. 19 3702.0232
R$ 51,90
R$ 299,00
SONHO DI BEBÊ Tel. 19 3702.0280
www.sonhodibebe.com.br
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Preparando o chá de bebê Um dos momentos mais divertidos da gesta- convidativa. ção é o tradicional chá de bebê, quando a futura mamãe compartilha sua alegria com familiares e amigas. Esse encontro não é recomendado nas últimas semanas de gravidez porque a mulher tende a estar mais cansada e com outras prioridades, como a expectativa para o dia do parto. A organização do chá de bebê, a partir da lista de convidadas, começa com a escolha do modelo do convite. Aposte nos motivos infantis para deixá-lo mais gracioso. Lembre-se que o chá de bebê é apenas um auxílio na complementação do enxoval. Roupas de algodão, acessórios que variam de toalhas à banheira, meias ou toucas, mamadeiras ou fraldas, são artigos bem indicados. Na preparação do cardápio, não se esqueça que o chá de bebê é uma reunião simples. Prefira petiscos como frios, tortas e salgados para um dia de temperaturas elevadas. Se a previsão for de frio ou chuva, uma tarde de chá certamente será muito
Os deliciosos docinhos tornarão esse dia aind a mais agr adável e doce na memória, independente da condição climática. As brincadeiras são características típicas do chá de bebê e que variam de acordo com o perfil da mamãe e suas convidadas. Uma sugestão diferente é pedir que cada participante leve uma foto sua ainda bebê para um jogo divertido de adivinhações e aproveite cada instante do seu chá de bebê, que também é um momento único da sua gestação.
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Editorial Bebê e Infantil
Giovanna Albertini veste Bee Happy
Gabrielle Andriani Gonçalves veste Anjo Sapeca
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Murilo Brasil veste Sonho di Bebê
Vincenzo Schibelscky veste Hortelã
Luís Felipe Franco de Campos veste Anjo Sapeca
Mayara de Brito Antunes veste Hortelã
Lara Ferrari Marques Pereira Kauan Henrique Vieira de Souza veste Victória Kids veste Bee Happy
Pedro Henrique Pinheiro Tanaka
veste Hortelã
Isabelli Cherri Soares veste Anjo Sapeca
Luís Felipe Toledano veste Bee Happy
Clara Beatriz de Souza veste Sonho di Bebê
Raul Augusto Ferreira Santos veste Turminha Feliz
Isabeli dos Reis Tetzner veste Baby Fashion
Pedro Isaac Mathias veste Victória Kids
Clara Breda Pedro Ribeiro veste Bee Happy
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Sofia Uehara Nabas veste Baby Fashion
João Guilherme Franco de Campos
Pedro Henrique Rizzo Geraldini veste Bee Happy
Marina Pinheiro Tanaka veste Hortelã
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veste Anjo Sapeca
Clara Videira Dias veste Hortelã
Henrique Contreras Chaves veste Sonho di Bebê
Giulia Kerbauy Silva veste Sonho di Bebê
Natália Miguel Borges veste Victória Kids
Nathalia Vitoria Bolonhez veste Turminha Feliz
João Guilherme Ribeiro Fernandes
Sofia Uehara Nabas veste Baby Fashion
Vitória Palma Rocha veste Victória Kids
Isabeli dos Reis Tetzner veste Baby Fashion
Vinicius Henrique Braz da Silva veste Bee Happy
Maria Luiza Di Stefano dos Santos
Enrico Schibelscky veste Hortelã
veste Sonho di Bebê
veste Sonho di Bebê
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Sustentabilidade começa em casa
Vivenciando juntinhos a experiência da preservação ambiental
Além de atrair nossos olhares e enfeitar os cenários das cidades, as paisagens típicas da primavera sugerem uma reflexão que pode começar no seio familiar bem cedo: A sustentabilidade. Ensinar os pequenos a apreciar as molduras naturais de flores diversas e coloridas que ganham territórios urbanos nesta estação é um bom passo para desenvolver neles o interesse e a sen-
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sibilidade pelo tema, mas o bom exemplo é sem dúvida a ferramenta mais eficaz que os pais têm nas mãos para embutir pequenos conceitos no presente e que certamente farão muita diferença no futuro. Muito além do bom e necessário hábito da reciclagem, explicar à criança o que é s u s t e n t a b i l i d a d e começando pela importância do uso racional dos recursos
naturais e estabelecendo limites podem configura formas simples, mas bastante didáticas, lúdicas e eficientes para começar a pensar e agir em prol da preservação ambiental em casa. O simples ato de fechar a torneira enquanto escova os dentinhos ou ainda controlar o tempo de permanência no banho, ajudará seu filho a compreender desde cedo que uma atitude consciente
dele, ainda que em seu próprio lar, pode fazer a diferença no uso coletivo d o s recursos naturais lá fora. O plantio de uma árvore no quintal ou no jardim, a substituição do carro pela bicicleta, assim como os cuidados com aquele animalzinho de estimação também estimulam o desenvolvimento do espírito de sustentabilidade. Fazer isso em família pode ser ainda mais divertido.
ESCOLA A explicação sempre acompanhada de exemplos dos pais certamente será mais bem assimilada e transformada em hábitos que serão reproduzidos no segundo ambiente típico do universo infantil: A escola. Para quem deixa o filho aprender os primeiros conceitos somente em sala de aula corre o sério risco de levar um "puxão de orelha" da própria criança depois,
inclusive em público. Isso porque, apesar dos avanços nas campanhas de preservação e conscientização ambiental , não é raro, infelizmente, encont r a r adultos jogando lixo para fora dos veículos, por exemplo, e ser corrigido por uma criança. “Muito além do bom e necessário hábito da reciclagem, deve-se explicar à criança o que é sustentabilidade”
O ensino da reciclagem nas escolas ajuda a criança desenvolver o hábito de separar o lixo no dia a dia
Duiany Nunes da Silva
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O ideal é que, na fase escolar, não importa a idade em que inicie, a criança possa somar conhecimentos obtidos em casa com o mundo acadêmico. Em meio a essa soma de aprendizado que levará por toda a vida, as crianças precisarão lidar com uma matemática preocupante que atinge toda a humanidade: O excesso de lixo e o esgotamento de recursos naturais. Essa preocupação que aflige ambientalistas do mundo inteiro é, de fato, ameaçadora. Mas, por outro lado, são os incentivos obtidos desde cedo que auxiliarão as crianças e jovens de hoje a transformarem a realidade do que será presente amanhã: o futuro. “O bom exemplo é sem dúvida a ferramenta mais eficaz que os pais têm nas mãos " O amor e respeito à natureza farão diferença no futuro
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Dia das Crianças, diversão em família
Paula Ortiz Paulo Ortiz e Daniel Ortiz
Fuja da rotina e programe passeios interessantes com seus filhos
O Dia das Crianças está chegando e nada melhor para os papais e mamães do que aproveitar essa data e se divertir na companhia dos filhos. Planejar a programação desse dia tão especial é tarefa simples para as famílias que querem sair da rotina e simplesmente passar o Dia das Crianças ainda mais unidas. O primeiro passo para se programar é considerar atividades que sejam de maior interesse dos pequenos. Depois, basta checar o quanto se pretende gastar ou se a comemoração será em casa mesmo.
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ACAMPAMENTO A idéia é montar uma barraca ou uma “tenda” onde a família toda caiba e possa brincar. Passar a noite “acampados” aumenta a expectativa para as atividades no dia seguinte. Se a barraca for montada na sala ou no quarto, esse momento pode ser coroado com um bom filme. Se essa não for a diversão preferida do seu filho, não se preocupe. Brincar de jogos, casinha, contar histórias ou simplesme nte d iv id ir se gr e d os são algumas sugestões bacanas. Opções não faltam. Basta soltar a imaginação.
PIQUENIQUE O piquenique também é outra alternativa que pode ser feita num espaço improvisado no quintal de casa ou numa área pública, como praças ou parques. Se as opções forem essas duas últimas, cheque a proximidade de banheiros, horário de funcionamento e o que pode ou não levar para o local. Depois não economize nas guloseimas. Prepare uma bela cesta com o que as crianças mais gostam como sanduíches, bolos, tortas, biscoitos, frutas e muito mais. Numa caixa térmica, não podem faltar água, suco e iogurte.
Não se esqueça de levar uma toalha grande, usar roupas confortáveis, filtro solar e é claro, levar jogos, revistas infantis e bola. CINEMA E OUTRAS ARTES Programar aquela ida ao cinema que seu filho há tempos cobra pode ser uma boa escolha para o Dia das Crianças. Verifique se os horários de exibição não foram alterados em função do feriado e, se possível, tente adquirir os ingressos com algumas horas de antecedência para evitar filas. Em frente à telona, não se esqueça da pipoca bem quentinha. Ainda no campo das artes, outra dica simples para os pais é imprimir desenhos da internet, atividades de liga-liga ou simplesmente revistas infantis para serem preenchidas na companhia dos filhos. Montar uma espécie de sala de artes em casa, também pode ser muito divertido. Não podem faltar lápis, canetinhas, tinta guache, papel e muita criatividade. ZOOLÓGICO Confira também os horários nas cidades vizinhas, busque referências e escolha antes a melhor opção.
Passeios no zoológico costumam ser inesquecíveis para as crianças. Apreciar a natureza, interagir com os animais dando sobras de pão para os patinhos na lagoa, por exemplo, tornarão esse dia ainda mais divertido. HOTÉIS E CLUBES Hotéis fazenda costumam desenvolver programação específica para o Dia das Crianças, que pode incluir passeios com charretes, pôneis ou cavalos, além de brincadeiras com monitores, tirolesa ou pescaria. Seja qual for a opção da sua família, tenham todos um feliz Dia das Crianças! Lembre-se que essa não é a data para discutir as notas baixas. O momento é de companheirismo, diversão e quebra da rotina, aproximando ainda mais os pais e filhos. “Nada melhor para os papais e mamães do que aproveitar essa data e se divertir na companhia dos filhos”
Desfrute desses momentos...
... e estreite os laços com seu filho
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O que muda com a gravidez Dr. Luiz Eduardo Campos de Carvalho
Ginecologista e Obstetra
Susan Hervatin Quiterio
Para entender um pouco mais sobr e e ssas mud anças, a revista Vida bebê traz uma entrevista especial com o ginecologista Dr. Luiz Eduardo Campos de Carvalho.
Momento de alegria enquanto curte o desenvolvimento do bebê
Alterações nos hábitos alimentares, desejos estranhos, náuseas, espinhas e manchas na pele ou sensibilidade emo-
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cional aflorada são alguns exemplos que ilustram uma série de transformações velozes na rotina das gestantes.
Desejo, mito ou verdade? Muitas gestantes sofrem mudanças nos hábitos alimentares e sentem desejos, fenômeno relacionado às alterações hormonais. Alguns destes hormônios, principalmente a progesterona e a prolactina, podem alterar o apetite e o PH da boca, o que leva a grávida a comer alimentos que antes não gostava ou não estava acostumada. Entretanto, alguns desejos estranhos, como comer terra ou pedacinhos de ferro, podem estar relacionados à carência nutricional e à deficiência de vitaminas. O especialista ainda acrescenta outro fator ligado às novas preferências. "Comer libera substâncias que dão prazer, satisfação e melhoram o humor. Portanto, ter um desejo alimentar estranho, além de
A hidratação é fundamental
fazer parte da cultura popular, é perfeitamente normal", afirma. Como lidar com os enjôos Os enjôos são causados pelos hormônios liberados principalmente nos primeiros três meses de gestação. São mais frequentes pela manhã, mas nem sempre atinge todas as mulheres. Entretanto algumas podem apresentar um tipo de enjôo mais grave, chamado hiperemese gravídica. "Se não tratado adequadamente, o problema pode levar à desidratação e, em casos raros, à insuficiência renal", alerta. A maioria dos casos diminui após a formação da placenta
no útero, que modifica a produção dos hormônios a partir do terceiro mês de gestação. Segundo o médico, as gestantes devem fracionar a dieta, comendo menores quantidades mais vezes, a cada duas horas. Não se pode ainda misturar alimentos sólidos com líquidos. Ele recomenda também ingerir bastante líquido de forma fracionada, mas não somente água. Devese dar preferência a sucos naturais, principalmente os de frutas ácidas como limão, maracujá, acerola, entre outras. Manchas e espinhas Algumas alterações de pele são relativamente comuns porque, segundo Carvalho, os hormônios produzidos pela gestação aumentam a oleosidade, que promove maior aparecimento das espinhas (acne) e de patologias cutâneas. Alguns tipos de modificações como o escurecimento dos mamilos, da vulva, da vagina bem como da "linha nigrans" (no meio do abdômen) têm caráter benigno, porque regridem espontaneamente com o fim da gestação. Existem, entretanto, algumas lesões como o cloasma, manchas escurecidas na face que podem permanecer e exigirão
tratamentos, que devem ser sempre orientado por médico. Sensibilidade a flor da pele Vários aspectos fisiológicos mudam com as alterações hormonais, aumentando a sensibilidade emocional. "Portanto as grávidas podem chorar com mais facilidade, bem como outras alterações psicológicas", explica o ginecologista. Toda gestante deve receber bastante carinho e compreensão, principalmente do companheiro. Mas é preciso que os familiares fiquem atentos para as reações exageradas que podem significar transtornos de ansiedade e depressão.
Enjôo faz parte, mas passa
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Gravidez e sexo Não há contraindicação de atividade sexual durante a gravidez. Ao contrário do que algumas pessoas pensam, a relação sexual não está relacionada ao abortamento e não prejudica ou machuca o bebê. Entretanto, segundo o especialista, existem algumas modificações que podem dificultar o ato sexual, como corrimento
vaginal e infecções ginecológicas, que podem causar ardência e dor. Além disso, algumas mulheres tem menor lubrificação. "Cabe salientar que a relação sexual deve ser evitada na presença de sangramento vaginal ou quando existe uma perda de líquido em maior quantidade. Nestes casos, a gestante deve passar por avaliação médica".
“Toda gestante deve receber bastante
carinho e compreensão, principalmente do companheiro. ”
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Exames obrigatórios após o nascimento Dra. Stella Pranzetti Vieira Pediatra
Nicolas Hervantin Quitério
Além de aproveitar ao máximo os momentos mágicos proporcionados pelos primeiros contatos com seus bebês, mamães e papais precisam se atentar logo de início aos exames fundamentais para a saúde dos seus filhos. São eles: APGAR, Tipagem Sanguínea, Teste do Pezinho, Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva, Teste do Olhinho ou Reflexo Vermelho. APGAR O primeiro é o APGAR, uma escala que o médico usa para dar uma nota ao recém-nascido com um, cinco e dez minutos de vida.
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Segundo a pediatra Stella Pranzetti Vieira, a nota é baseada em vários fatores que indicam o grau de vitalidade do bebê, como respiração, cor, tônus muscular, frequência cardíaca e os reflexos. "Hoje o exame é utilizado como forma de avaliação do recémnascido, principalmente àqueles que precisam de alguma manobra de reanimação", afirma. Para os bebês que nasceram em boas condições, sem intercorrências, o APGAR, que varia de zero a dez, normalmente é alto, próximo de dez. A médica acrescenta que o resultado serve
como referência para avaliação do bebê logo após o nascimento. Tipagem sanguínea É a identificação do tipo de sangue - A, B, AB ou O - e seu fator Rh – positivo ou negativo. A tipagem é importante para o diagnóstico de incompatibilidade entre o sangue da mãe e do bebê, o que pode causar icterícia precoce e anemia. Teste do Pezinho Segundo a pediatra, ainda na primeira semana de vida, o teste do pezinho pode ser feito em qual-
quer Unidade Básica de Saúde (UBS) ou na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Limeira (APAE). O teste detecta a fenilcetonúria, deficiência de uma enzima no sangue que levará a impregnação do sistema nervoso central com acometimento neurológico irreversível à medida que a criança cresce. Além disso, esse exame identifica alterações de tireóide que, tratadas no primeiro mês de vida, evitarão sequelas neurológicas. Também por meio do teste do pezinho básico é realizada a triagem de anemias hereditárias. No caso do hipotireoidismo, a medicação deve ser iniciada imediatamente ainda no primeiro mês e a criança evolui bem, sem sequelas, e deverá tomar medicação - o hormônio que a tireóide não produz - durante toda a vida. As anemias hereditárias requerem um acompanhamento do especialista, mas não costumam causar nenhum dano. "Por isso deixamos claro que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, não só minimizam, como podem impedir a evolução das
doenças", esclarece. Se apresentar hipotireoidismo, a criança deve ser encaminhada ao endocrinologista que, junto com o pediatra, fará o acompanhamento com exames periódicos para acerto da dose da medicação e sinais clínicos. Teste do Olhinho ou Reflexo Vermelho Para alívio das mamães, o teste do olhinho é fácil, não dói, não precisa de colírio e é rápido, com duração de dois a três minutos apenas. Uma fonte de luz sai de um aparelho chamado oftalmoscópio, como uma "lanterninha", onde é observado o reflexo que vem das pupilas. Quando a retina é atingida por essa luz, os olhos saudáveis refletem tons de vermelho, laranja ou amarelo. Já quando apresenta alguma alteração, não é possível observar o reflexo ou sua qualidade é ruim, esbranquiçada. A comparação dos reflexos dos dois olhos também fornece informações importantes, como diferenças de grau entre olhos ou o estrabismo. O teste do olhinho previne e
diagnostica doenças como a retinopatia da prematuridade, catarata congênita, glaucoma, retinoblast o m a , i n f e c ç õ e s , traumas de parto e a cegueira. Segundo as estatísticas, essas alterações atingem cerca de 3% dos bebês em todo o mundo. Se apresentar qualquer anormalidade, a criança deve ser encaminhada ao oftalmologista. Teste da Orelhinha ou Triagem Auditiva Já o teste da orelhinha identifica surdez congênita e deficiências auditivas que, também tratadas precocemente, terão evolução melhor. A técnica mais utilizada para a triagem auditiva neonatal é o exame de Emissões Otoacústicas (EOAs). O EOAs é um exame objetivo, indolor, realizado em poucos minutos. É feito com sono natural e com a colocação de um fone externamente na orelha do bebê. Consiste na produção de um estímulo sonoro e na captação do seu retorno (eco), sendo registrado no computador se as partes internas da orelha (cóclea)
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estão funcionando, emitindo um gráfico com o resultado. Caso apresente qualquer anormalidade, a investigação deve continuar com a realização do BERA (potencial evocado de
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tronco cerebral) realizado com sedação leve e que ajuda a esclarecer o diagnóstico. Confirmadas as alterações, a criança deve ser encaminhada ao otorrinolaringologista.
Conclusão Apesar da ansiedade comum dos pais nesta fase, a boa notícia é que, felizmente a frequência das doenças diagnosticadas por esses testes é muito baixa. “As alterações de audição são as mais frequentes dentre todos os outros exames realizados no recém-nascido", conclui. A especialista explica que, quanto mais precoce a detecção de uma eventual anormalidade, mais rápido começa o tratamento e os resultados, portanto, serão mais eficazes. Leis obrigando a realização destes exames tem contribuído para o diagnóstico precoce e também uma melhor evolução destas crianças.
Certificação obrigatória nos berços
Levi Zulske Penedo de Barros
Os consumidores contam agora com uma segurança a mais na hora de comprar o berço dos bebês. Uma portaria publicada recentemente pelo Inmetro estabelece os requisitos obrigatórios, comprovados por meio do Selo de Identificação da Conformidade. Segundo a ONG Criança Segura, a regulamentação tem como objetivo principal a prevenção de acidentes. No final de 2007, teste realizado pelo órgão reprovou todos os berços disponíveis no mercado brasileiro. Antes, fabricantes poderiam obter a certificação voluntária. Agora, os produtores na-
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cionais e importadores terão prazo de 18 meses para se adequarem às novas regras. A partir desse período, o prazo é de seis meses para a comercialização de produtos fabricados sem a certificação do Inmetro e que restaram em estoque, somando, assim, 24 meses. Para o comércio, o prazo é de 36 meses após a publicação da portaria definitiva para comercializar produtos sem a certificação. Fabricantes, importadores e comerciantes que apresentarem produtos não conformes estarão sujeitos às penalidades previstas na lei. Fonte: Ong Criança Segura /www.criancasegura.org.br
Retratinhos da Vida “Pareço um anjinho” Arthur Battistella Gigliucci 3 meses
“Como estou feliz” Sofia Perassi Cruz 8 meses
“Mamãe vai amar me ver aqui” Henrique Luis Camargo 6 meses
“Sou a alegria da casa” Fernanda Penedo Oliveira 6 meses
“A meiguice é meu forte” Sara Rossini Perrielo 6 meses
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Alzira, Roberta e Nelson
Histórias da Vida Pais de verdade!
Meu nome é Roberta, tenho 33 anos, sou casada, mãe da Lorena e filha muito amada de pais verdadeiros que muitos chamam de pais adotivos. Os chamo de pais de VERDADE, pois se hoje sou uma cidadã de bem, profissional bem sucedida, de caráter e temente a Deus, devo isso aos meus maravilhosos pais Nelson e Alzira Rosada. Eles não puderam ter filhos biológicos e pediram a Deus um filho e Ele respondeu através de minha vida. Fui adotada em Atibaia com seis meses de vida. Muito doente, me trouxeram para Limeira e ali começava uma linda história de amor de um casal por uma criança que não tinha seu sangue. Sempre vivemos em uma família simples, sem luxo, mas, amor, dignidade e respeito sempre tiveram de sobra. Toda família ficou muito feliz; meus tios e avós nunca fizeram distinção e sempre participaram muito da minha vida.
na primeira série, meus pais preocupados com possíveis comentários das crianças que sabiam da minha condição, resolveram me contar toda a história. Eu não manifestei reação alguma. Minha resposta foi um sorriso. Perguntaram se eu queria falar algo, respondi que não e que eu já sabia. Talvez o amor que envolvia nossa família fosse tanto, que o fato de ouvir essa verdade não fez diferença alguma. Eles me contaram que minha mãe biológica me entregou para adoção, pois não tinha condição de oferecer um bom futuro a uma criança. Não me pouparam a verdade e por isso nunca, nunca mesmo senti ódio, rancor ou até mesmo um pouquinho de mágoa por ter sido entregue à adoção. No fundo a mãe biológica foi apenas uma vítima da vida e não quis o mesmo futuro para mim. Hoje, graças a ela tenho esses pais.
Minha mãe sempre dizia que eu era sua filha amada e que nasci do coração. Fui crescendo e me perguntando como poderia nascer do coração, se toda criança nasce da barriga. Como isso aconteceu comigo? Aos 6 anos, quando entraria
Eu acredito que Deus escreve certo por linhas certas. Se este foi meu destino, era o melhor para a minha vida. Costumo dizer que amor maior por uma criança não pôde existir, pois é fácil você amar uma criança
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que você gerou, que tenha seu sangue, isso nada mais é que obrigação. Mas o amor por um filho adotivo é algo incondicional, é sobrenatural. Eu sinto tanto amor, tanto carinho que quando saímos seus olhos brilham ao falar aos amigos: Esperem, deixem-nos chamar a nossa menina para vocês verem. Aos olhos deles eu ainda sou aquela menina. E a cada realização minha, vejo em suas carinhas o orgulho. Pai, mãe não é novidade para vocês o quanto eu os amo e o quanto sou grata por tudo o que fizeram e ainda fazem por mim. Obrigada por toda noite mal dormida, por tudo o que vocês me ensinaram. Obrigada por cuidarem da nossa Lorena enquanto eu trabalho. Se hoje luto, é por vocês! Tenho orgulho do seu jeito simples de ser minha mãe! E pai, aprendi a ser forte com você! Eu os amo demais e minha vida sem vocês não teria o menor sentido!
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