Revista Visão - Abril 2014 - Edição #95

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ano 11 r$ 13,90

BENTO GONÇALVES Do memorável passeio de Maria Fumaça às saborosas degustações nas vinícolas históricas. Conheça um pouco desta cidade que encanta pela hospitalidade e pela variedade de seus roteiros turísticos

ENTREVISTA

Engenheiro Ênio Spieker fala sobre as obras das marginais da BR-282

COMÉRCIO

Lages se consolida como importante polo comercial regional

SAÚDE

Doação de órgãos, uma atitude que pode salvar até dez vidas




04 05 <para começar

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22

08

Nesta Edição

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08 Entrevista

Engenheiro do DNIT de Lages, Ênio Spieker, dá sua versão sobre supostos problemas nas obras das marginais da BR-282.

14 Capa

Conheça os encantos de Bento Gonçalves, conhecida como a capital brasileira da uva e do vinho.

22 Garota Visão

48 Decoração

24 Reportagem

50 Gastronomia

40 Destaque

54 Vida e Saúde

42 Comunicação

58 Esporte

A loira Vanessa Schlemper Arruda é quem embeleza as páginas da Revista Visão deste mês.

Lages se consolida cada vez mais como importante polo comercial regional.

Espaço Saúde e Bem Estar foi apresentado oficialmente a clientes e amigos.

Revista Visão promoveu encontro com agências de publicidade e propaganda.

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Dê mais vida ao seu jardim com a iluminação certa.

Saiba como fazer um delicioso Petit Gâteau, uma sobremesa de dar água na boca.

Tire todas as suas dúvidas sobre doação de órgãos.

Saiba o que foi o evento Mulheres na Montanha e sua proposta para as participantes.


carta ao leitor>

50 Nossa Capa

Um passeio inesquecível

As belezas Tema

Bento Gonçalves, um passeio histórico • Foto

Eder Pìtz O passeio com a centenária Maria Fumaça é apenas um dos memoráveis atrativos de Bento Gonçalves. Neste trajeto, agradáveis 23 quilômetros de atrações verdadeiramente italianas e gaúchas.

Nossa Gente

Diretor Geral Gugu Garcia Diretor de Redação Loreno Siega - Reg. Prof. 2691/165v-PR Repórter Liana Fernandes Gerência Eder Pitz de Lima Direção de Arte Chelbim Michel Poletto Morales Elder Jaisson Pereira Ilustração André Paes Assinaturas Luiz Wolff Comercial Suely Miyake Administrativo Edmara Muniz Distribuição Robinson Marcelino Tiragem 3.000 exemplares

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Redação Rua Dr. Walmor Ribeiro, 115 Coral CEP 88.523-060 Lages/SC 49 3223.4723 www.revistavisao.com.br | blog.revistavisao.com.br www.facebook.com/revistavisao | www.twitter.com/revistavisao contato@revistavisao.com.br

Não é permitida a reprodução parcial ou total das reportagens, entrevistas, artigos e imagens sem prévia autorização por escrito do editor. A Revista Visão não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados.

de Bento Gonçalves serão mostradas através de fotos e descritas pela nossa reportagem. A cidade, que fica na Serra Gaúcha, é a capital do vinho e da uva do Brasil. E um excelente lugar para ir com toda a família e amigos. A cidade recebe turistas de todos os lugares do país e do mundo e é rica em cultura, gastronomia e belezas naturais. Confira a matéria completa nesta edição! Você saberá também por que Lages é conhecida como polo comercial regional. Verá quais empresas estão vindo e ampliando para que a cidade se consolide como uma referência regional no segmento. E os empreendimentos que vão contribuir ainda mais para incrementar o setor. Depois da polêmica que envolveu os problemas apontados por empresários da região sobre as obras da BR-282, entrevistamos o gerente regional do DNIT de Lages, engenheiro Ênio Spieker. Ele falou sobre a importante obra e nos deu mais detalhes sobre as falhas de execução. A importância da doação de órgãos. Como é o quadro de transplantados na região e as dúvidas mais frequentes na hora em que os familiares precisam optar por doar ou não. E neste mês, um passeio especial para elas. Conheça o projeto Mulheres na Montanha, que proporcionou a algumas mulheres serranas um dia de aventura em meio a paisagens incríveis. Inaugurou em Lages a Clínica Saúde e Bem Estar, que conta com três diferentes serviços/especialidades: quiropraxia, neopilates e nutricionista. A clínica fica na Rua São Joaquim, em frente à Igreja São Judas Tadeu. A Garota Visão deste mês é Vanessa Schlemper Arruda, 22 anos, formada em design de interiores e cursando Engenharia Civil. Neste ensaio fotográfico pra lá de especial, ela esbanjou simpatia. E você pode conferir tudo na revista impressa e na nossa edição online. Ótima leitura! Equipe de Redação Revista Visão

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Foto do mês

Foto Flávia Mota

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Protetores Ambientais Mirins no evento Rua do Lazer

facebook.com.br/revistavisao www.revistavisao.com.br

Parabéns Fundação Municipal de Esporte!

blog.revistavisao.com.br Na ocasião da doação, já achei que ali, em uma das principais entradas da cidade se deveria investir em empreendimentos turísticos. Até porque Lages já ostentou o título de Capital do Turismo Rural. Deveríamos olhar com mais carinho para um setor que gera até 7% do PIB. Nós temos potencial para o turismo. Basta olhar com carinho para este setor, não aprovo ou desaprovo a questão do tamanho do terreno, só acho que aquela área deveria ser ocupada por empreendimentos turísticos. José Batista (Sobre o post: “Revista Visão traz informações detalhadas sobre pedido de devolução de boa parte da área do Aviário Moraes de Lages”)

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Acesse nossa revista on-line! Este é um benefício exclusivo para você leitor! Para ver a edição deste mês on-line, basta digitar: Usuário: assinante Senha desta edição: vinicola

Flavio Boscato (Sobre o Desafio Pedras Brancas de MTB)

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Lages só está sendo Lages. Como diz meu padrinho: “Lages, terra onde se faz festa pra lançamento de maquete”. Faz sentido, enquanto nos estados vizinhos, fazem festa pra inaugurar estradas duplicadas, novas avenidas, empresas... Aqui fazemos festas pra projetos que nunca vão sair do papel. Enquanto isso o Sr. Colombo se enche de $ e leva os votos do inteligente Povo da Serra.

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Fabiel Rosa (Sobre o post: “Promessas não cumpridas... e a decepção dos lageanos”)

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78+5+17A Resultado / Março

77,66% Sim 5,32% Não 17,02% Deveriam ter outras prioridades

região

Granizo forrou o chão das ruas de Urubici

notícias Foto Sérgio Lima, divulgação

Em apenas 15 minutos a forte chuva de granizo deixou as ruas de Urubici tomadas e provocou grandes estragos. O fato aconteceu no dia 11 de março e a Prefeitura do município decretou situação de emergência. A prefeitura calculou que aproximadamente 100 casas tiveram suas coberturas parcialmente ou totalmente danificadas pelo granizo. Ainda na parte urbana, algumas ruas chegaram a ficar interditadas devido a uma grossa camada de gelo de 20 centímetros. Máquinas da prefeitura precisaram ser utilizadas para raspar o granizo e liberar o trânsito.

Nossas autoridades deveriam lutar pelo curso de medicina no CAV/UDESC?

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editorial>

Capital nacional do turismo rural

Estivemos

durante o mês de março conhecendo e visitando a cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul. Tínhamos ouvido de várias pessoas ótimas referências e relatos de lá. Então, aproveitando o final do período da vindima naquela região (época da colheita da uva), tiramos um tempinho e lá estivemos. E, confesso, a realidade que encontramos foi ainda melhor do que os relatos. Deparamo-nos com uma cidade que respira trabalho e turismo o ano todo. Num final de semana normal, tivemos contato com gente vinda do Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Caruaru (interior de Pernambuco), além dos muitos gaúchos da região de Porto Alegre que no final de semana lotavam hotéis e pousadas de Bento. Mas, afinal, o que de tão especial esses milhares de visitantes encontram por lá já que a cidade recebeu em 2013 mais de um milhão de pessoas? Em primeiro lugar, encontram um povo acolhedor, caloroso e educado, que trata muito bem os visitantes, está sempre disposto a ajudar dando uma informação, um sorriso ou sendo cordial. Em segundo lugar, há toda uma gama de estruturas para acomodar os turistas. E isso começa pela rede hoteleira (mais de 3 mil leitos em hotéis e pousadas apenas em Bento, uma cidade com pouco mais de 110 mil habitantes, sem falar nas hospedagens em cidades próximas como Caxias do Sul, Garibaldi, Carlos Barbosa e Veranópolis).

Se queremos que o turismo seja fator de desenvolvimento para

Lages e a Serra Catarinense, temos de reconhecer que ainda

somos e fazemos muito pouco.

Loreno Siega Diretor de Redação

Quanto aos atrativos, há muitos, e extremamente bem estruturados. O principal deles é a produção de uvas e a elaboração de vinhos (mais de 5 mil hectares de parreirais – com o envolvimento direto de 1.800 famílias de pequenos produtores). No município, há mais de 80 diferentes vinícolas, desde grandes empresas como Aurora, Miolo, Salton e Casa Valduga – até pequenas, com uvas e vinhos especiais produzidos pelas próprias famílias. Possui cinco diferentes rotas turísticas que funcionam no interior, cada uma delas com dezenas de atrativos o ano todo. Em Bento, por exemplo, há três centrais de informações turísticas

funcionando. E serão criadas mais duas. Há ótimos restaurantes, com uma variedade impressionante de endereços de gastronomia típica italiana. Durante o ano, realizam-se em Bento mais de mil diferentes eventos (incluindo todos os do trade turístico e cultural com aqueles mais direcionados à economia – móveis, especialmente, já que existem na cidade mais de 300 fábricas de móveis). O passeio de Maria Fumaça (trem a vapor), ligando Bento a Carlos Barbosa (e passando por Garibaldi), traz à cidade centenas de pessoas todos os finais de semana. Cada viagem do trenzinho, a cada hora e meia, leva 300 pessoas. Um determinado restaurante da cidade, vejam só, disponibiliza condução para ir te pegar no hotel ou em casa e te devolver depois do jantar, sem custo adicional algum. Em termos de cultura e de tradições, Lages e a Serra Catarinense não perdem nada para Bento Gonçalves (a cidade deles tem pouco mais de 120 anos. E nós temos quase 250 anos de história). Em termos de atrativos, também. Afinal, pelo Brasil afora muitos pagariam caro por um colossal passeio de trem, ônibus com guia ou por que não de helicóptero pela Coxilha Rica. Mas qual a empresa que se digna a investir nisso? Temos em Lages alguma central de informações turísticas que funcione 24 horas? Temos estradas pavimentadas no nosso interior (até a Coxilha Rica, por exemplo?) Temos guias especializados que falem inglês ou que conheçam de fato nossa história? Temos alguma rota bem estruturada onde o turista vai encontrar dezenas de atrativos, ótima sinalização para chegar e para identificar estes locais, gastronomia e um bom local para se hospedar? Nas décadas de 80 e de 90 do século passado, Lages foi a Capital Nacional do Turismo Rural. Mas, por uma série de fatores, principalmente desleixo e falta de criatividade dos empresários do segmento, e de nossas autoridades políticas, perdemos esse título. Hoje, quem mora e tem um pequeno negócio no interior de Bento Gonçalves (e são mais de 100 atrativos neste sentido no interior daquele município – o verdadeiro turismo rural), não pensa e não quer mais ir embora porque vive muito bem, obrigado. E em Lages, quantos atrativos temos no interior? E quantos dispomos na cidade? Quantas empresas nós temos de turismo receptivo? Se queremos que o turismo seja fator de desenvolvimento para Lages e a Serra Catarinense, temos de reconhecer que ainda somos e fazemos muito pouco. E que precisamos trabalhar muito e aprender com quem pode nos ensinar. revista visão

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08 09 < entrevista

Ênio Spieker revista visão

ENGENHEIRO CIVIL DO DNIT LAGES


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DNIT SE POSICIONA SOBRE AS OBRAS MARGINAIS DA BR-282 Por Loreno Siega • Fotos Gugu Garcia

FORMADO EM ENGENHARIA CIVIL PELA UFSC, ÊNIO SPIEKER É LAGEANO DE NASCIMENTO. ANTES DE SER FUNCIONÁRIO PÚBLICO (FOI APROVADO EM 2006 EM CONCURSO PÚBLICO PARA ATUAR NO DNIT – DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA TERRESTRE), TRABALHOU POR 17 ANOS EM UMA EMPRESA DE CONSULTORIA COM SEDE EM FLORIANÓPOLIS, MAS COM TRABALHOS PRESTADOS NOS ESTADOS DO PARANÁ SÃO PAULO, SANTA CATARINA E NO RIO GRANDE DO SUL. ELE ATUA NO DNIT DE LAGES DESDE NOVEMBRO DE 2007.

Ênio

responde nesta entrevista a uma série de entidades empresariais, que em fevereiro deste ano produziram, enviaram à imprensa e divulgaram relatório apontando uma série de erros e problemas que estariam acontecendo na execução das obras das vias marginais da BR-282 no perímetro urbano do município. O assunto, polêmico, deixou muitas dúvidas no ar. Afinal, as obras estão ou não adequadas? Quando serão inauguradas? Quanto vão custar? Há ou não erros que precisam ser corrigidos? Acompanhe as respostas nesta entrevista exclusiva para a Revista Visão.

O que faz e quais as atribuições do DNIT? Nós cuidamos e fiscalizamos a parte da infraestrutura terrestre de transportes. Aqui na região, cuidamos da BR-282, do trecho de Alfredo Wagner até o trevo da BR-470, em Campos Novos. Antes da concessão da BR-116, nós também cuidávamos da BR-116, que hoje está sob a concessão de uma empresa. Mas hoje estamos trabalhando apenas com a BR-282. Nossa função é zelar pela segurança, manutenção

e por qualquer obra de melhoria que precise ser feita nesta rodovia. Nós não temos pessoal próprio. Mas fazemos licitação e contratamos empresas para isso. E depois acompanhamos e fiscalizamos. Além da rodovia em si, é nossa função também zelar e cuidar da faixa de domínio desta rodovia, que varia de 20 metros de cada lado (no perímetro urbano de Lages), 35 metros (em direção ao oeste) e até 45 metros (em um dos lados na direção de Florianópolis).

E nesta faixa de domínio podem funcionar negócios particulares como barraca para venda de produtos coloniais e postos de gasolina, por exemplo? Não. Esta faixa de domínio é da União. E por questões de segurança, a priori, nenhum negócio ou estrutura pode funcionar dentro deste limite. Qualquer acesso ou pátio de empresa, por exemplo, precisa da autorização e da permissão do DNIT. Isso inclui a implantação de redes de energia elétrica, telefonia, rede de água, fibra óptica, canalização de gás, etc. Mas na região nós temos inúmeras barracas vendendo queijo, salame, feijão preto e pinhão dentro desta faixa de limite. Por que isso? Infelizmente, o pessoal invadiu a faixa de domínio e lá construiu essas barracas. O DNIT não tem poder de polícia. Nós vamos lá, notificamos e damos um prazo para eles saírem. Mas infelizmente no Brasil tudo é demorado e muitas vezes precisamos ingressar na Justiça para retirar esse pessoal, o que acaba demorando. Está em execução na BR-282 o chamado CREMA, um contrato de restauração e manutenção de rodovias. O que esse programa prevê nesta rodovia? Esse programa já está em execução há cerca de 10 anos. Tivemos o CREMA 1ª Etapa, já encerrado, que previa uma conservação permanente de tapa buracos e recapeamento mais simples de alguns trechos, além da recuperação. Desde o início de 2013 foi contratado o CREMA 2ª Etapa, que inicia lá em Florianópolis e vai até a BR-116, em Lages. Prevê cinco anos de obras, com manutenção completa nesse período. Será feita a recuperação de todo o pavimento, em alguns trechos uma recuperação bem ampla, além de sinalização nova e uma série de outras melhorias. A implantação de lombadas eletrônicas também faz parte desse CREMA? Não. Esse é outro programa, feito diretamente pelo DNIT nacional, com sede em Brasília. No trecho sob nossa jurisdição, são sete diferentes lombadas eletrônicas que foram implantadas. Foram colocadas em locais onde existem maiores incidências de acidentes e problemas de segurança. O objetivo é basicamente controlar a velocidade e oferecer menor risco de acidentes. revista visão


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Há um pedido de algumas entidades e lideranças para que o DNIT permita o aumento da velocidade máxima de 80 para até 110 Km/h até Bom Retiro. Existe possibilidade disso acontecer já que esse limite inclusive é citado como possível no Novo Código de Trânsito Brasileiro? Provavelmente esse pedido será arquivado. Acontece que os acostamentos da BR-282 foram feitos com 1,5 metros de largura de cada lado. E para que se permitam velocidades maiores do que os 80 Km/h, há necessidade de acostamentos com 2,5 metros de cada lado, além de uma base mais sólida. Como para isso seria necessário refazer a estrutura, esse pedido será arquivado. Mas o senhor concorda que poucos motoristas respeitam o limite máximo de 80 Km por hora nesse trecho, visto que o asfalto é bom e não há grandes curvas ou serras? Concordo. De fato, poucos andam com velocidade até 80 Km/hora. O pessoal desrespeita. Hoje a maior obra em execução neste trecho da BR-282 sob a responsabilidade do DNIT de Lages é a implantação da travessia urbana em Lages – as chamadas marginais – em fase final de implantação. Fale-nos um pouco sobre o andamento dessas obras. Essa demanda tem pelo menos uns 10 anos. Foram inúmeros pedidos por parte de usuários, entidades e Prefeitura de Lages para que o Governo Federal implantasse as vias marginais no perímetro urbano de Lages da BR-282. Como o DNIT não tem estrutura para elaborar projetos, e a Prefeitura de Lages se dispôs a custeá-lo, o Governo Federal, através do Ministério dos Transportes, alocou os recursos necessários, inicialmente R$ 50 milhões, no final de 2010, para uma obra que tem 5,8 Km de extensão, com duas faixas laterais, duas a quatro centrais, três viadutos, calçadas, sinalização, muros de proteção, aterros, entre outras questões. Inicialmente, o prazo de realização da obra, executada pela empreiteira Setep, seria para dois anos. Mas já tivemos duas prorrogações. E agora, acreditamos, será concluída até o final de junho de 2014. Há poucos dias, um conjunto de entidades empresariais de Lages apresentou um relatório apontando uma série de problemas na execução dessas obras. E chegaram inclusive a acusar o DNIT de não fiscalizar direito a execução dos serviços. O que o senhor tem a dizer sobre isso? Estranho muito esse relatório agora, passados mais de três anos do início das obras e com os revista visão

trabalhos quase em seu término. Afinal, o projeto foi feito por uma empresa contratada pela Prefeitura, a Prosul. Foi entregue ao DNIT, que solicitou algumas adequações e correções. Mas foi apresentado publicamente, num evento realizado na CDL, inclusive com a presença do então Ministro dos Transportes, no final de 2010, quando foi dada a ordem de serviço. Nesse período, eu estive inúmeras vezes na ACIL e em outros locais relatando o andamento das obras, dando explicações, mostrando o que estava previsto e sendo realizado. E só agora eles vêm dizer que está tudo errado. Eu chego até a desconfiar que há motivação política para isso. Provavelmente não querem deixar a Presidente Dilma vir inaugurar. Mas aquele relatório não tem fundamento? Existem ou não alguns problemas na obra? Em qualquer obra, se você for lá procurar, vai encontrar algum defeito, pelo menos momentâneo. Mas veja que a obra ainda está em execução. E muitas das coisas que eles relatam demonstram um grande amadorismo e desconhecimento do projeto e da engenharia. Aquele relatório não tem engenheiro ou um responsável técnico, portanto, não foi feito por alguém que conhece do assunto. Esse é o primeiro grande erro. Segundo, a maioria das questões apontadas como falhas ainda serão executadas. Eles não sabem que a empresa que fiscaliza a obra, contratada pelo DNIT, a Tecom Técnica e Consultoria, de Curitiba, vem relatando todas essas questões em suas vistorias mensais e detalhadas. Eles têm dois engenheiros acompanhando a obra diretamente, com relatório técnico detalhado mensal ao DNIT e outro à Controladoria Geral da União (CGU). E o pagamento dos serviços só é feito à empresa Setep quando forem executados de forma correta

Chego até a desconfiar que há motivação política para isso. Provavelmente não querem deixar a Presidente Dilma vir inaugurar as marginais da BR-282 em Lages.”

e com a qualidade exigida. Detritos e problemas em alguns locais existem. Afinal, trata-se de uma obra que ainda não está pronta. Tivemos demora exagerada para retirar postes de iluminação pública (responsabilidade da Celesc), dificuldades com as redes de água (afetas à Semasa), excesso de chuvas em determinados períodos, roubo de placas e depredação da sinalização, entre outros. Aquele afunilamento de pista no final do viaduto da Duque de Caxias, por exemplo, não é um absurdo? Não representa riscos graves de acidentes e de mortes? O projeto foi apresentado publicamente. E ninguém questionou antes aquela parte da obra. Estava previsto que logo depois do viaduto da Av. Duque de Caxias acabariam as quatro pistas e passaria para apenas duas pistas centrais. Para isso, haverá a adequada sinalização, com o zebramento nas faixas, espaço para escape e avisos em placas antes do afunilamento. Isso é feito em várias obras rodoviárias. E não representa perigo de acidentes. Eu não vejo porque tanta polêmica em torno dessa questão. Se mudarmos o projeto e colocarmos aquele afunilamento para mais adiante, os órgãos federais de fiscalização vão questionar e até me responsabilizar porque o projeto não foi seguido. Isso sem falar nos custos maiores que demandariam. Parar a obra, rever o projeto e retomar, só Deus sabe quanto tempo demandaria. Aí eles fariam relatórios e protestos por causa da paralisação.


E com relação à falta ou a erros nas placas de sinalização? Estão dizendo no relatório que não tem placas indicativas suficientes. E que algumas estão erradas. Mas a sinalização definitiva ainda não foi colocada. E todos sabem, inclusive aqueles empresários, que a empreiteira procurou sinalizar muito bem as obras durante a execução dos serviços. E que várias vezes tivemos roubos e vandalismo. Tivemos até registros de Boletim de Ocorrência desses roubos e danos na sinalização. Eu relatei isso na ACIL várias vezes. A sinalização provisória necessária está lá. E a definitiva ainda será colocada. Não há motivos para tanto alarde.

no orçamento financeiro. Pelo projeto inicial, o material que se retiraria do escavamento do viaduto da Camões seria utilizado nos aterros, logo abaixo. Não foi possível porque o material era de pouca consistência e acarretaria problemas na estrutura. A empreiteira teve de trazer material mais resistente de locais mais distantes. Veja que um bom projeto faria sondagens e prospecções para ver o tipo do material existente. Não foi feito. E isso acarreta em diferenças no preço já que a base teve de vir de fora. Apesar disso, a obra final, com quase o dobro do tempo para execução e todas essas alterações e acréscimos, deverá ficar na faixa dos R$ 63 milhões, o que está perfeitamente dentro da normalidade.

Haverá muros de proteção nas laterais das vias marginais próximos aos postos Rex e Macekofe e ao Hospital Infantil? Haverá calçadas naquela altura das marginais?

O projeto tinha muitos erros técnicos e defeitos? O DNIT não poderia ter fiscalizado melhor isso no recebimento, não aceitado um projeto tão ruim?

A empreiteira deverá começar nos próximos dias a implantação de um muro de proteção em cada uma daquelas laterais. Isso está no projeto. Será uma mureta forte de concreto, igual aquela que divide as pistas centrais, inclusive com estrutura estaqueada e capaz de suportar possíveis choques e impactos. E nas laterais haverá calçadas mais estreitas porque ali a faixa de domínio é menor.

Quem encomendou e recebeu o projeto foi a Prefeitura. E não o DNIT. Mesmo assim, aquilo que estava em desacordo, nós mandamos arrumar. Mas não tem como você refazer por completo um projeto, a menos que se comece tudo de novo. Se assim fosse, porque contratar? A empresa que fez tinha experiência e conhecimento técnico. Não havia motivos para a gente desconfiar que houvesse tantos erros, muito deles só percebidos na hora da execução. E lá no andamento da obra, quando se viu que as sondagens não haviam sido feitas, nós poderíamos ter parado a obra. Mas imagina o que isso representaria em termos de tempo. Nas marginais em Xanxerê a empreiteira abandonou a obra. E os serviços estão parados até hoje. Estão exagerando nos defeitos por aqui. A obra vai ficar boa e representará um grande avanço para o desenvolvimento de Lages.

E os custos da obra? Começou com R$ 50 milhões. Em quanto a obra vai ficar até a entrega? Numa grande obra como essa, não há como prever tudo o que pode acontecer. Em primeiro lugar, há os reajustes anuais garantidos em Lei, com base na inflação. Depois, tivemos outras questões como chuvas excessivas no primeiro ano, que atrasou as obras. No viaduto da Camões, por exemplo, o projeto tinha vários erros, pois o aterro tinha 4 metros a menos de largura

Parar a obra, rever o projeto e retomar, só Deus sabe quanto tempo demandaria. Aí eles fariam relatórios e protestos por causa da paralisação”.

Outro defeito foi a não previsão das passarelas para pedestres ao longo de todo o trecho. Ainda poderão ser implantadas até o término das obras? Esse eu considero a omissão mais grave do projeto, que, aliás, nem está relatada no documento entregue pelos empresários. Mas, como eu já disse, o projeto foi apresentado publicamente lá no começo, as pessoas e entidades tiveram quase três anos para conhecer mais a fundo e observar. Sempre tiveram acesso ao projeto aqui no DNIT. E agora, quase no final da obra, reclamam de tudo. Quando a Prefeitura percebeu que não tinha as passarelas, na atual administração, tratou de elaborar os respectivos projetos prevendo quatro diferentes passarelas e nos entregou (no começo de janeiro de 2014). Mas dificilmente serão feitas no atual contrato, até porque não há recursos

alocados para isso. São obras que poderão ser feitas depois, se o DNIT federal entender que há recursos e que são de fato muito necessárias. E no viaduto da Av. Ponte Grande, há problemas? Quem fez os projetos das marginais e da Av. Ponte Grande foi a mesma empresa, a Prosul. E os dois projetos não estão se comunicando. No rolamento do trânsito da Ponte Grande estão previstas quatro pistas. E o espaço deixado sob o viaduto comporta só duas pistas. Isso além de uma ponte e não uma galeria que projetaram. Vão ter de adaptar. Recentemente o Secretário de Planejamento de Lages, Jorge Raineski, disse que seriam implantadas nas vias marginais calçadas e ciclovias. Haverá isso em toda a extensão das marginais? O sentido do trânsito será único em cada margem? Quanto às calçadas, estão no projeto e serão feitas em toda a extensão. Nos locais que ainda não foram feitas ou onde têm defeitos, serão implantadas ou refeitas. E quanto às ciclofaixas para bicicletas, tivemos o pedido formal da Prefeitura. E estamos vendo a possibilidade de liberar. Só estamos verificando de que largura ficará, provavelmente serão de 1,5 metros de cada lado. O trânsito será em sentido único, no mesmo sentido do fluxo das vias da pista central. Disseram na entrevista coletiva na ACIL quando da entrega do relatório que o senhor esteve numa reunião da entidade, no final do ano passado. E que teria se irritado com as colocações dos empresários, saindo no meio da reunião e xingando os presentes. Procede? Eu fui várias vezes nas reuniões da ACIL, na CDL (no Centro e no bairro Coral), na Câmara de Vereadores. E inclusive recebi pessoas aqui no DNIT. Nunca me furtei a dar explicações e falar do andamento das obras. E tampouco de mostrar o projeto. Mas naquela reunião, no dia 04 de novembro de 2013, eu fui tratado de forma muito desrespeitosa por parte de três empresários. Eu tentava explicar as dúvidas deles e eles não me deixavam falar. Ao contrário, me acusavam e me xingavam. O presidente Luiz Spuldaro, que presidia a reunião, ao invés de exigir respeito e organizar as falas, ficava só dando risadinhas e não coibiu aquelas atitudes. Irritei-me com aquilo e saí de lá. Fui convidado e aceitei ir lá voluntariamente, fora do meu horário de expediente, inclusive. No dia seguinte ao episódio, o Spuldaro me ligou pedindo desculpas. Aceitei. Mas lá na ACIL não colocarei mais os meus pés. revista visão

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Por

Suely Miyake • Fotos

Gugu Garcia gente@revistavisao.com.br

O 1º aninho da Rafaela veio acompanhado de todos os carinhos da mamãe Juliana Miguens Machado e do papai José Luiz Branco Ramos

Sonhe para viver

“Sonhos

sem disciplina produzem pessoas frustradas, e disciplina sem sonhos produz pessoas autômatas, que só sabem obedecer a ordens.” Augusto Cury Beijos, Suely.

O dia do tão esperado “sim” chegou. Parabéns Juliane Godoy e Omar Carvalho! Mariana de Souza Bernardes acaba de se formar em Direito!

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A pequena princesa Isadora enche de orgulho os papais Murilo Freitas e Marina Vieira

O charme de Mariza Terezinha do Carmo A linda Manuela Liz Luduvichack completou recentemente oito anos de idade para alegria de sua vó Estelania Fronza de Liz

Isabela estava radiante ao lado da mamãe Luana Valcanaia de Oliveira! Motivo: Luana está se formando em Direito. Parabéns! O momento mais especial nas vidas de Ana Paula Franke e Giuliano Pedroso concretizou-se no mês de março. Felicidades ao casal! revista visão


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Bento Gonçalves possui 110 mil habitantes e sua paisagem urbana contrasta com a produção vinífera das suas comunidades

Bem-vindos à

Capital Nacional do

Vinho e da Uva

O MUNICÍPIO DE BENTO GONÇALVES (QUE LEVA ESSE NOME EM HOMENAGEM AO MAIOR LÍDER DA REVOLUÇÃO FARROUPILHA), LOCALIZADO NA REGIÃO NORDESTE DO RIO GRANDE DO SUL, NA CHAMADA SERRA GAÚCHA, OFERECE OPÇÕES DE VISITAÇÃO DURANTE OS 365 DIAS DO ANO, SEMPRE COM GRANDES ATRATIVOS E ENCANTOS. É UM DOS PRINCIPAIS BERÇOS BRASILEIROS DA CULTURA ITALIANA E CAPITAL NACIONAL DO VINHO E DA UVA. UM PASSEIO INESQUECÍVEL. Por

Loreno Siega • Fotos

Eder Pitz Loreno Siega

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A histórica Cantina Strapazzon, além da produção de vinhos, já foi cenário para produções cinematográficas nacionais

Não

é à toa que a cidade recebeu, em 2013, mais de um milhão de visitantes, quase 10 vezes sua atual população (de pouco mais de 110 mil habitantes), turistas que vêm de várias partes do país e do mundo para conhecer, experimentar e se deliciar com as várias opções de gastronomia, cultura, lazer e negócios oferecidos por esta encantadora cidade e por sua gente. O pequeno povoado, fundado por imigrantes italianos que chegaram por lá a partir de 1875, tornou-se município em 1890. Hoje é uma próspera cidade (está entre as 10 principais economias daquele Estado), com um nível educacional e cultural elevados e com uma das maiores rendas per capita do Rio Grande do Sul. A cultura e as raízes italianas podem ser vistas, sentidas e experimentadas em todos os lugares. E é dessa vertente histórica e cultural que nasceu a grande vocação econômica do lugar: sua forte indústria madeireira e metal-mecânica; as grandes áreas de cultivo de parreirais (com vários tipos de uvas viníferas e de mesa) e o turismo (enoturismo, de negócios, cultural, gastronômico e de esportes radicais). De acordo com o atual Secretário de Turismo do município, Gilberto Durante, 51% da população local têm suas raízes na cultura italiana (são descendentes das famílias que vieram para o Brasil). E 49% são pessoas que vieram de outras regiões para morar, trabalhar e criar suas famílias neste município. “Devido à nossa forte indústria – e negócios que são gerados a partir delas e do turismo – hoje praticamente não temos desemprego”, destacou Gilberto. “E as empresas daqui precisaram trazer gente de fora e continuam buscando mão de obra em outros municípios”, acrescentou.

A cidade destaca-se pela alta produção de vinho e de uvas

Melhorar sempre O atual prefeito, o jovem Guilherme Passin (31 anos), resumiu em uma pequena frase o espírito do povo de Bento Gonçalves. “O segredo para o sucesso da cidade e das pessoas que aqui vivem é que buscamos a cada dia ser melhores do que fomos ontem”. Ou seja, não se olha para trás, para os erros ou dificuldades enfrentadas ou cometidas no caminho. Busca-se sempre fazer mais e melhor. E isso em todos os setores. A cidade realiza ou sedia mais de mil

Guilherme Passin (prefeito de Bento) e Gilberto Durante (Secretário de Turismo)

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Spa do Vinho, um sofisticado hotel 5 estrelas localizado no Vale dos Vinhedos

eventos por ano. “Em termos de cultura, temos quatro grandes festividades anuais, uma em cada estação, com eventos e ações que duram o ano todo”, explicou o prefeito. A primeira delas, encerrada em março, é a chamada “Bento em Vindima”, período da colheita da uva, “esse momento mágico para nossa gente, nossos visitantes e para nossa economia”, destacou Guilherme. A segunda é o “Bento Sensação”, com eventos e atividades realizadas nos períodos do outono e inverno (a partir de março, até o final de agosto). A terceira é o “Primavera Bento”, na estação das flores. E o quarto e último é o “Natal Bento”. Afora essas festividades, o município realiza dezenas de eventos direcionados aos negócios. O setor de móveis, por exemplo, dispõe de mais de 300 indústrias. É um dos mais importantes polos moveleiros do Brasil e do Conesul, empregando diretamente mais de 10 mil trabalhadores. A empresa Todeschini (que começou como uma fábrica de gaitas – hoje desativada) é uma das maiores do município, empregando em torno de 1.200 trabalhadores. Mas há outras marcas e empresas conhecidas nacionalmente como a Italínea, Criare, Bertolini, Dell Anno, Unicasa, Madesa, Artetubos, Belini, Zanette, entre outras.

Maior Parque de Eventos do RS A Feira Movelsul, realizada neste ano entre os dias 24 a 28 de março, levou ao Parque de Eventos de Bento Gonçalves (o maior do Rio Grande do Sul, com 322 mil m² de área construída), mais de 700 diferentes expositores de mais de 40 diferentes países. “A Movelsul traz à cidade mais de 40 mil pessoas todos os anos. São empresários e gente do setor de várias partes do mundo”, explicou o Secretário de Turismo, Gilberto Durante. Em junho, no mesmo parque de eventos, realiza-se a Expobento, maior feira da produção local. “No ano passado tivemos mais de 200 mil visitantes apenas na parte dos estandes. Além das pessoas que foram apenas nos shows”, informou o prefeito Guilherme Passin. revista visão

“No ano passado, tivemos 650 mil visitantes em Bento que vieram para fazer turismo e visitação. E outros 350 mil que vieram a negócios. Nós criamos e dispomos de cinco diferentes rotas turísticas, cada uma com dezenas de atrativos: Caminhos de Pedra, Vale dos Vinhedos, Rota das Cantinas Históricas, Vale do Rio das Antas e Rota Rural Encantos de Eulália. Temos 3 mil leitos em nossa rede hoteleira e de pousadas. E há o que fazer ou ver em todas as estações do ano”, destacou Gilberto Durante.

Capital do Vinho Andando pelas várias comunidades do interior, o turista enxerga ao longe inúmeros e belos parreirais (de cores diferentes conforme a estação do ano), todos cercados por imponentes plátanos (árvores utilizadas para fixar os arames que dão suporte às vinhas). Terceiro setor em importância econômica do município, o segmento das uvas, vinhos, espumantes e sucos é o maior charme de Bento Gonçalves. “O líquido representa apenas 30% do produto vinho”, lembrou o Secretário de Turismo. “O restante é toda a cultura que o envolve, desde o terroir (conjunto de fatores que envolve o tipo de parreiras e de vinhas utilizadas, altitude; grau, ângulos e intensidade de ensolação; brix (índice de açúcar na uva) e de tecnologias utilizadas na elaboração, entre outros como o marketing, a cultura geral dos apreciadores da bebida e os eventos ligados ao produto)”, acrescentou Gilberto Durante.

Gastronomia e cultura italiana Para os amantes da boa gastronomia, Bento Gonçalves é uma tentação. Há ótimos restaurantes na cidade ou no interior, cantinas, pizzarias e endereços onde se pode provar algumas das receitas mais saborosas da cozinha italiana como o nhoque, a lasanha, o salame, os queijos, a polenta, várias receitas de carnes e grelhados, queijo frito e fortaia, sopa de agnolini, verduras, macarrão, sem falar nos vinhos, sucos, pães, cucas, geleias

e frutas. O engenheiro Luís Carlos Araújo Teixeira e seu amigo Antônio Vieira Júnior, do Rio de Janeiro, visitavam Bento Gonçalves pela primeira vez no final de semana de 14 a 16 de março. Hospedados no Laghetto Viverone Hotel, no centro da cidade, eles estavam encantados com a cidade. “Sou natural de Portugal. Meus irmãos e a família produzem e conhecem muito de vinho. E eu também já viajei por várias partes do mundo em locais onde se produzem ótimos vinhos. Mas estou impressionado com essa cidade. Aqui temos vinhos que não deixam a desejar para os melhores rótulos do mundo. Além disso, o acolhimento das pessoas é de impressionar. Isso sem falar na limpeza e organização. Vou voltar outras vezes com certeza”, disse Antônio Vieira. “Eu não sabia que tinha vinícolas tão espetaculares no Brasil. A mídia brasileira deveria dar mais espaço e divulgar melhor Bento Gonçalves”, acrescentou Luís Carlos Araújo.

Mais de 80 vinícolas Em Bento Gonçalves, são mais de 80 diferentes vinícolas, cada qual com seu diferencial, charme, tamanho e encantos. A maior parte delas é familiar e produz em pequenas escalas e de forma artesanal. De acordo com informações da Emater/RS, são mais de 5 mil hectares de cultivo, com o envolvimento direto de cerca de 1.800 famílias rurais. As maiores e mais conhecidas vinícolas são a Cooperativa Vinícola Aurora, maior empresa de vinhos do Brasil (e uma das mais antigas). É a única grande indústria do setor cuja sede ainda fica dentro da cidade. No chamado Vale dos Vinhedos, uma rota turística do lado sudoeste da cidade, são 31 diferentes vinícolas (cada uma com seus diferenciais) e com mais de 70 atrativos catalogados pelo setor turístico de Bento. São grandes e pequenas vinícolas, restaurantes e cantinas, lojas e ateliês de artesanato, queijarias e produtos coloniais como salame, copa, doces, geleias, sucos e licores; produtos


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Pórtico de entrada da Vinícola Miolo

a partir da lã e do leite de ovelha e de vaca, pequenos hotéis e pousadas, entre outras.

Miolo e Galvão Bueno A Vinícola Miolo, localizada no Vale dos Vinhedos, é uma das maiores daquela rota. Foi fundada em 1989 (há apenas 25 anos). Mas já conta com uma produção, força de marca e estruturas invejáveis. Atualmente, 60% da empresa pertence à família Miolo (dos fundadores). Mas há outros três sócios. Dois são grandes empresários da cidade, cada qual com 15% da empresa. E um deles é Galvão Bueno, narrador esportivo, que trabalha na Rede Globo há muitos anos (ele é dono de 10% da empresa). Além da vinícola de Bento Gonçalves, que elabora mais de 70 diferentes rótulos entre vinhos tintos, brancos e espumantes (em torno de 4 milhões de litros por ano), a empresa tem duas outras unidades (uma na Bahia e outra na fronteira entre SC e RS). Na Miolo o movimento diário de visitantes e turistas impressiona. “Tem dias que chegamos a receber até 3 mil pessoas aqui”, explicou o enólogo André Corbelini. “São ônibus e excursões de todas as partes do Brasil que vêm a Bento, turistas que chegam de carro ou de avião, inclusive do estrangeiro, ou que estão no hotel ao lado (o SPA do Vinho, um dos mais imponentes e sofisticados hotéis de Bento, padrão cinco estrelas, especializado em gastronomia e tratamentos corporais à base de vinhos e da uva – fica logo em frente à Miolo, numa bela colina, cercado de parreirais)”, informou o enólogo André. Para uma visitação orientada por enólogos, o visitante paga R$ 15,00. “Mas metade é dada como bônus se a pessoa compra algum produto depois da degustação”, adianta.

Vinho da Copa do Mundo Logo atrás da Miolo, outra pequena vinícola ganha projeção e destaque internacional. “Eles concorreram com várias outras vinícolas do Brasil e inclusive com muitas aqui de Bento Gonçalves”, explicou

Vinho Lídio Carraro, escolhido pela FIFA para Copa do Mundo 2014

o Secretário de Turismo, Gilberto Durante. “E acabaram sendo escolhidos pela Fifa para produzir o vinho oficial da Copa do Mundo de 2014 no Brasil. Trata-se da Vinícola Lídio Carraro, uma boutique que trabalha com pequenas quantidades, de forma artesanal e com muito capricho. “O vinho especial deles para a Copa do Mundo será doado pela Fifa a autoridades, dirigentes de futebol e convidados que estarão no maior evento de futebol do mundo neste ano no Brasil”, acrescentou.

Vinícola Torcello No Vale dos Vinhedos, a Vinícola Torcello trabalha com o conceito de boutique, isto é, atua com pequenas quantidades, mas com grande qualidade desde o cultivo, a colheita e a elaboração dos vinhos, até o atendimento, a recepção aos visitantes e turistas e o rótulo e embalagens finais nas garrafas de vinhos e sucos. O atual proprietário, Rogério Carlos Valduga, é da 4ª. geração da família fundadora (há oito diferentes vinícolas em Bento que pertencem aos Valduga). Ele explica que essa foi uma opção da família há muitos anos e que ele segue, sempre melhorando. “Temos parreiras plantadas há mais de 100 anos e ainda produzindo. Para nós, muito mais do que um produto, o vinho é uma arte. Por isso, temos muito cuidado e carinho em todas as fases. Quando a pessoa experimenta um de nossos vinhos, está tendo uma experiência única”, destacou. Boa parte das vinícolas de Bento dispõe de estrutura para receber as pessoas, através de visitas guiadas e programadas. Nestas visitas, um profissional da empresa ou da família explica detalhes do funcionamento da vinícola e como são cultivadas as parreiras, os cuidados, a colheita da uva, a elaboração dos vinhos e espumantes e as diferenças entre um e outro. As variedades são muitas, com predomínio da uva Isabel – para sucos e vinhos menos elaborados – além da cabernet sauvignon, chardonnay, cabernet blanc, pinot noir, tannat e sangiovese. No final das visitas, geralmente o visitante tem direito a

Rogério Carlos Valduga, proprietário da Vinícola Torcello

Igreja Matriz Cristo Rei, em estilo gótico, localizada no centro de Bento Gonçalves

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Massimo Colaceci, secretário executivo da Associação Cultural Caminhos de Pedra

Na Vinícola Strapazzon, um espaço para homenagear os descendentes da família

uma degustação. As vinícolas cobram determinado valor por esse atendimento e no final, se a pessoa levar algum vinho, suco de uva ou espumante, o total do que pagou ou parte é geralmente devolvido na forma de bônus.

Caminhos de Pedra Moinho d´água usado na fabricação da erva mate

Assim como fizeram os fundadores de Bento, no final do século 18, o jovem Massimo Colaceci trocou a Itália pelo Brasil há quatro anos (conheceu e casou-se com uma brasileira lá na Itália). Assim que conheceu Bento Gonçalves, foi amor à primeira vista. Logo tratou de conseguir um trabalho por lá. Acabou Secretário Executivo da Associação Cultural Caminhos de Pedra, uma entidade que dá suporte legal e jurídico a uma das cinco diferentes rotas turísticas organizadas no município. “Aqui é como se fosse um pedacinho da Itália. Tanto o clima como a cultura, tradições, costumes e a forma de viver se parecem muito com o que vivi em meu país. Além disso, tem o bom humor, a alegria, o tratamento receptivo e a hospitalidade do brasileiro, que tanto nos encanta. Eu estou em casa aqui em Bento”, falou. Massimo conta que a Rota Caminhos de Pedra (distante cerca de 15 Km do centro de Bento, do lado nordeste), leva esse nome porque nos anos 80 foi feita uma ampla pesquisa sobre a arquitetura do lugar, uma iniciativa visionária do empresário Tarcísio Michelon (dono da rede de Hotéis Dall Onder) e com participação do arquiteto Júlio Pozzenatto. “Descobriu-se que havia muitas casas e construções antigas, muitas delas feitas de pedras; outras de madeira e outras de madeira e de pedras. Fizeram-se estudos e resgates históricos. E decidiu-se valorizar e recuperar tudo isso, com participação das famílias. Antes o povo tinha vergonha dessas construções. E hoje tem orgulho e vivem da renda obtida pelos vários atrativos criados a partir disso”, contou.

Cenário de filme e novelas da Globo Em 1992, com apenas quatro estabelecimentos, a Rota Caminhos de Pedra recebia os primeiros visitantes de forma profissional. Hoje, são mais de 20 diferentes estabelecimentos, que juntos receberam em 2013 um total de 63 mil visitantes. São pequenas vinícolas familiares e artesanais, pousadas, ateliês, lojas de doces e produtos coloniais como salame, copa, queijo, confecções, produtos à base de lã de ovelha, massas, sucos, geleias, entre outros. A Vinícola Miolo impressiona pelo tamanho e pela produção de mais de 4 milhões de litros de vinho ao ano revista visão

A Cantina Strapazzon, por exemplo, é administrada atualmente pela 5ª geração da família. No local há uma antiga construção de


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A adorável cadela Brenda (da raça border collie) é um atrativo a parte na visita à Casa da Ovelha

pedra, edificada em 1880 e totalmente recuperada. O local serviu como cenário para o filme “O Quatrilho”, gravado em 1995. A atual proprietária, Cristiane Árcego Strapazzon, diz que as atrizes Patrícia Pilar e Glória Pires, personagens principais do filme, juntamente com uma equipe com mais de 40 atores e técnicos, ficaram 10 dias no local para as filmagens. “Gravaram mais de 10 horas. E só utilizaram três minutos e meio no filme. Mesmo assim, para nós, foi uma grande divulgação. E depois vieram filmar também parte das novelas da Globo, “Água na Boca” e “Passione”, além de um comercial que foi exibido em quatro diferentes países”, disse.

Casa da Erva Mate Na mesma Rota, um dos atrativos é a Casa da Erva Mate. É uma antiga construção, de 1884, da família Ceconello, onde até 1966 funcionava um moinho de farinha de milho. Em 1968 a propriedade foi adquirida pela família Ferrari (atual proprietária), que recuperou o prédio e o adaptou para uma ervateira artesanal. Os turistas são levados a conhecer toda a construção e os setores onde se processa e se fabrica o produto. “Hoje em dia as fábricas de erva mate são bem diferentes, automatizadas. Mas aqui conservamos tudo como era feito antigamente, inclusive o acionamento das máquinas, que é feito a partir de uma enorme roda d´água”, explicou a proprietária, Jaqueline Ferrari. “Produzimos a nossa erva, recebemos turistas e no final ainda ensinamos como preparar um bom chimarrão. Depois, temos vários produtos em nossa loja. E assim ganhamos e tocamos a vida”, acrescentou.

Casa da Ovelha Outro atrativo sui generis do Caminhos de Pedra é a Casa da Ovelha. A origem também é uma antiga construção de madeira, de 1917 ao lado de uma antiga estrada que ligava Bento a Porto Alegre e onde por muitos anos funcionava um comércio. Com três andares, e feita de madeira de araucária, a casa foi transferida inteira de um lugar para outro. Para isso, foi necessário uma operação extremamente delicada, demorada e cuidadosa, que envolveu uma carreta e muitos trabalhadores durante vários dias. Hoje a Casa da Ovelha trabalha basicamente com produção de queijos especiais, iogurtes, doce de leite a partir de leite de ovelhas (da raça Lacaune, para leite), além de molho pesto e outras iguarias. Pequenas ovelhinhas em lã, além de artesanatos diversos, também podem ser encontrados na loja que fica no andar térreo. Um dos grandes destaques do local, além da visitação é um show que é feito aos turistas utilizando cães das raça border collie (conhecido como o cão mais inteligente do mundo). Os turistas são convidados a entrar numa pequena mangueira de grama (cercada por uma taipa de pedras) e ali ficam atrás de pequenas cancelas, assistindo. Enquanto isso, um monitor dá as ordens em inglês para o cãozinho pastorear as ovelhinhas. A cada novo comando, o cãozinho vai lá e conduz as ovelhinhas até os turistas. E depois as toca para o grupo seguinte. Até que sejam conduzidas para um pequeno cercado, no centro. Enquanto as ovelhas estão num local, o cãozinho (que vale R$ 10 mil), fica deitado e de olhos tesos no seu objeto (as ovelhas), que docilmente obedecem. O show impressiona pela inteligência do cão e pela docilidade das ovelhas. E as crianças se deliciam com a destreza e beleza dos animais. Morgana Braido, uma jornalista da comunidade que atua na Casa da Ovelha como monitora e guia, diz que enquanto o leite de vaca vale R$ 0,90 ao litro (para o produtor), a Casa da Ovelha chega a pagar R$ 5,00 ao litro para adquirir parte do produto (a produção própria, com 1.500 animais, é insuficiente para a produção de queijos e dos outros produtos). “Nós processamos em média mil litros por dia de leite de ovelha. Metade é produção própria. E a outra metade compramos de um produtor da cidade de Lages”, informou. “Nosso queijo mais elaborado, com maturação em 270 dias, é vendido a R$ 90,00 ao Kg”, falou.

Sagra Trevisana Jaqueline Ferrari demonstra a erva mate produzida na ervateira da família

Na Rota das Cantinas Históricas, do lado noroeste do município, na comunidade chamada Faria Lemos, existem e podem ser visitadas oito revista visão


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O salão da Igreja Nossa Senhora do Rosário é Palco para a Sagra Trevisana

Na localidade de Faria Lemos, descendentes italianos divertem-se na realização da Festa

diferentes atrativos: Armazém das Cantinas Históricas (uma loja que vende todos os produtos típicos do lugar); Monte Vino Espumantes Estrelas do Brasil; Dal Pizzol Vinhos Finos e Parque Temático; Mirante do Campanário; Vinícola Monte Rosário; Cristofoli Vinhedos e Vinhos Finos; Vinícola Mena Kaho e Casa Dequigiovanni. Na comunidade Faria Lemos, sempre no final de março, é realizado um evento denominado “Sagra Trevisana”. Tivemos a oportunidade de participar deste evento neste ano, realizado no domingo, dia 16 de março. Os primos Nei, Adelino e Airton Tomazzi, do distrito de Tuiutti, estavam animados na festa. Descendentes de italianos, com excelente bom humor, muita alegria e extremamente falantes, desfilavam pelo evento alegrando a todos e esbanjando entusiasmo. Nei havia até montado uma “engenhoca” com uma abóbora, um copinho de plástico, um barbante acoplado a uma espiga de milho, a tal da “filmadora ecológica da TV da roça”, como ele chamava. E com aquilo divertia a todos com suas peripécias. Animação, tradicionalismo e emoção envolvem o passeio na Maria Fumaça

Resgate das antigas tradições Um casal de turistas de Caruaru, em Pernambuco, assistia a tudo e se divertia com as cenas. “É impressionante como a cultura do Brasil é rica e diversificada”, dizia Juliedson Oliveira. “Eu e minha esposa estamos em Bento há oito dias. E estamos impressionados com a receptividade do povo, com a gastronomia e com essa cultura. Viemos de muito longe. Mas valeu muito a pena”, falou. De acordo com o enólogo Anderson de Cézaro, coordenador da Rota das Cantinas Históricas, o objetivo da Sagra Trevisana é resgatar os costumes e tradições antigos, bem como mostrar aos visitantes as tecnologias utilizadas pelos antigos imigrantes italianos, além da música, danças e tradições. “Temos de mostrar à geração atual o quanto sofreram e trabalhavam pesado nossos antepassados. E ao mesmo tempo para que vejam o quanto a tecnologia evoluiu”, explicava. A 5ª Sagra Trevisana (uma homenagem à cidade de Treviso, na Itália, de onde vieram muitas das famílias do lugar) teve

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ainda fanfarra de música, cantoria com grupos de italianos com gaita, prensagem da uva para fazer vinho de forma artesanal (com os pés, como era feito antigamente), missa, mostra de equipamentos e tecnologias antigas, um delicioso almoço (com muita massa, carnes, vinho e sucos de uva), entre outros atrativos.

Epopeia Italiana e Maria Fumaça Não se pode ir a Bento Gonçalves sem fazer o tradicional passeio de Maria Fumaça. A viagem, de trem a vapor, é um dos atrativos que mais encantam. O passeio vai de uma estação em Bento, passando por Garibaldi e chegando a Carlos Barbosa (e vice-versa). Ao todo, são 23 quilômetros, com duração média de 1 hora e 30 minutos e com muita animação. No meio do caminho, em Garibaldi, há uma parada. No local, é servido suco de uva e espumante à vontade. Neste momento também dá para o turista ir fotografar a Maria Fumaça de frente, mais de perto, além de encontrar-se com os outros passageiros. Durante o passeio, muita animação, músicas, danças e atrativos. A cada determinado tempo entram nos vagões artistas para animar os passageiros. As músicas e apresentações reportam-se à Itália e ao Rio Grande do Sul. O passeio custa R$ 80,00 por pessoa, um dinheiro do qual você dificilmente sentirá falta tal o nível do atrativo e as lembranças que vai levar pelo resto da vida. Por fim, um último ingrediente (que faz parte do pacote que inclui o passeio com a Maria Fumaça). Trata-se da Epopeia Italiana. Próximo à estação de trem de Bento, num grande barracão, são apresentados em nove diferentes cenários, durante pouco mais de meia hora, vários momentos que contam e relembram a história e a saga dos primeiros imigrantes, desde a saída e a vida na Itália, a travessia do Oceano Atlântico, a chegada a Porto Alegre e às serras gaúchas, o trabalho na roça, o plantio das parreiras, a riqueza que construíram com o esforço do seu trabalho e o futuro que os aguardava. Para quem ainda não conhece, Bento Gonçalves está logo ali, há menos de 270 quilômetros de Lages, uma terra de muita fartura, cultura e encantos.



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Malhando sem sair da moda

A bela

Vanessa Schlemper Arruda é nossa Garota Visão deste mês. A lageana de 22 anos é formada em Design de Interiores. Atualmente ela cursa Engenharia Civil e pretende ser arquiteta. A loira de 1,69 metros de altura gosta de academia, ler e viajar. O cenário da sessão de fotos foi a Flex Academia. Segundo a styling, Ana Lopes, a intenção foi mostrar como uma mulher vaidosa e que segue as tendências pode ir malhar. Confira o making of e o ensaio completo no Facebook ou no site da Revista Visão.

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MODELO

Vanessa Schlemper Arruda FOTOGRAFIA

Gugu Garcia 49 3222.5864 LOCAÇÃO

Flex Academia 49 3223.6610 MAKE-UP E CABELO

Joice Cabeleireira 49 3225.2180 PRODUÇÃO E STYLING

Ana Lopes 49 9965.3141 LOOKS

+fotos e making of

revistavisao.com. br

Lojas Charme 49 3223.5533

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UM NOVO POLO COMERCIAL SERRANO Por Liana Fernandes • Fotos Gugu Garcia e Divulgação

A CIDADE DE LAGES, NA SERRA CATARINENSE, A CADA ANO SE CONSOLIDA COMO REFERÊNCIA COMERCIAL. A POPULAÇÃO DOS MUNICÍPIOS VIZINHOS E ARREDORES VEM PARA CÁ FAZER COMPRAS JÁ QUE O MUNICÍPIO POSSUI UMA GRANDE VARIEDADE DE LOJAS, TANTO VAREJISTAS COMO SUPERMERCADISTAS, ALÉM DOS ESTABELECIMENTOS DE OUTROS SETORES COMO NA SAÚDE, EDUCAÇÃO, CONSTRUÇÃO CIVIL, AUTOMÓVEIS, MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS E OUTROS SERVIÇOS.

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A Serra

Catarinense localiza-se numa região cinco lojas “âncoras”, seis megalojas, quatro salas de também conhecida como Planalto Serracinema com tecnologia 3D, 16 lojas de serviços e estano. Compõem a região os municípios: Anita Garibaldi, Bocaina do cionamento com 1.350 vagas. Outro ponto que merece Sul, Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Campo Belo do Sul, Capão destaque é a praça de alimentação, que contará com Alto, Cerro Negro, Correia Pinto, Lages, Otacílio Costa, Painel, Paldois restaurantes e 20 opções de fast food. As lojas já meira, Ponte Alta, Rio Rufino, São Joaquim, São José do Cerrito, confirmadas são: Marisa, Havan, Americanas, Renner, Urubici e Urupema. Esses 18 municípios, que compreendem a Riachuelo, MC Donald’s, Ponto Frio, Schumann, Burger região política e geográfica da Associação dos Municípios da King, Studio Z, Paquetá, Bob’s, Polishop, Art & Play, Região Serrana (Amures), ocupam uma área de mais de 16 entre outras. mil km², equivalente a 17% do território do Estado (com pouco mais de 4% da população catarinense). O Lages Garden Shopping está situado na BR-282 e receberá cerca de R$ 150 milhões em investimentos. A Para atender a toda essa demanda, incluindo outros expectativa é de que sejam movimentados anualmente municípios próximos ao Meio Oeste, Planalto Central e Alto R$ 250 milhões em vendas, gerando aumento significaVale do Itajaí, Lages tem atraído ultimamente novos empretivo na arrecadação de impostos municipais e estaduendimentos como o Lages Garden Shopping, por exemplo, ais. A promessa de conclusão é para outubro de 2014, o primeiro shopping center de grandes proporções, que já com inauguração no começo de novembro. tem data provável para ser inaugurado (outubro de 2014). 500 mil consumidores potenciais O segmento de shopping centers é responsável por 19% das vendas do varejo brasileiro. E fazia anos que a região buscava Segundo Júlio Macedo, diretor comercial da Tenco viabilizar um destes empreendimentos já que para ter acesShopping Centers, a cidade oferece um mercado proso aos shoppings, a comunidade precisava ir até a capital. missor para o segmento. “Lages tem cerca de 160 mil habitantes, com significativo poder de compra e alto O Brasil conta com 495 shoppings espalhados pelo nível de exigência. Se considerarmos a área de influênpaís. Desses, 22 estão em Santa Catarina. Em 2013 foram cia, cerca de 30 cidades, alcançamos 500 mil potenciais inaugurados no Brasil 47 novos centros de compras. Em consumidores. Essas características estão completa2014 estima-se que abram as portas mais 43 —, marcando a mente alinhadas com o projeto da Tenco de implantar primeira vez em que cidades menores terão, somadas, mais shoppings em novos mercados com grande potencial. E empreendimentos do gênero do que as grandes capitais. é justamente o que Lages nos oferece”, afirma Macedo. O faturamento em 2013 desses empreendimentos chegou Estima-se que serão gerados aproximadamente dois mil a R$ 129,22 bilhões, um crescimento de mais de 10% em empregos diretos e outros cinco mil indiretos, durante e relação ao ano anterior, conforme a Associação Brasileira de após as obras. “Muitos jovens terão sua primeira oporShopping Centers (Abrasce). tunidade e vão se profissionalizar numa das indústrias PRIMEIRO SHOPPING DA SERRA CATARINENSE que mais cresce no Brasil: varejo e serviços”, conclui Macedo. O megacentro comercial terá mix variado e conAltenir Agostini, CENTRO LAGES DE COMPRAS E LAZER tará com mais de 170 lojas. Em sua composição estão coordenador regional do Sebrae na região

Lages Garden Shopping

Um projeto que favorece os lojistas e os consumidores. Esse é o objetivo do “Centro Lages de Compras e Lazer”. Segundo o coordenador regional do Sebrae na região, Altenir Agostini, este é um projeto revolucionário. “Ele trabalha em duas vertentes. A primeira é a de capacitação dos empresários, que chamamos de “porta para dentro”. A gente trabalha a competitividade, ou seja, melhores lojas, com melhores resultados, trabalhando questões de planejamento, financeiras, capacitação de pessoal, tanto dos empreendedores, como dos colaboradores. Em paralelo a isso, temos trabalhado questões da “porta para fora”, a parte da infraestrutura. Esta parte é responsabilidade do setor público. Da porta para fora estamos trabalhando em parcerias para que a gente consiga melhorar o espaço público: ruas, calçadas, iluminação, deixar o ambiente mais bonito e atrativo para o consumidor”, explica. O projeto iniciou com um grupo de 25 empresas há mais de dois anos e hoje já conta com 50. revista visão


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Projeto Centro Lages de Compras e Lazer vai e pretende implementar para dinamizar e revitalizar a região central da cidade. Isso inclui também a implantação do cabeamento elétrico subterrâneo (em execução com recursos do Governo do Estado) e melhorias no pavimento, calçadas e praças (parceria a ser estabelecida com o Governo do Estado e Prefeitura).

POLO DE GRANDES EMPREENDIMENTOS Como é atualmente o centro de Lages

Como poderá ficar

A intenção é tornar a área central da cidade em um shopping a céu aberto, fazendo com que as pessoas tenham mais comodidade e seja bonito aos olhos de quem passa pelo local. Segundo Altenir foi feito inclusive um estudo arquitetônico das fachadas. “Na prática é um trabalho desenvolvido pela empresa VRP (de arquitetura, de Porto Alegre) especialmente para o SEBRAE cujo objetivo é oferecer sugestões de cores e propostas de revitalização e intervenção nas fachadas em pelo menos 20 edifícios, casas e/ou construções que tenham algum apelo histórico e/ou cultural na região central da cidade”, descreve.

Revitalização de fachadas Além da proposta para as fachadas, esse estudo também estabelece e organiza a questão visual destes locais, dizendo, por exemplo, o que pode e o que não pode em termos de propaganda visual, espaços máximos e mínimos de intervenção em cada tipo de estabelecimento, incluindo uma proposta de minuta a ser apresentada ao órgão competente da Prefeitura que criaria uma legislação ou normas específicas para isso, dando prazos para que qualquer intervenção na região possam seguir parâmetros e critérios que levem em conta o projeto de revitalização completo proposto pelo projeto Centro Lages de Compras e Lazer (em andamento já há algum tempo na cidade). A proposta das fachadas, é bom que se diga, integra todo um conjunto de ações e iniciativas que o revista visão

Grandes lojas escolhem Lages para instalar suas empresas. As concessionárias de veículos (Fiat, Pegeout, Citröen, Hyundai, Renault, entre outras), e lojas de autopeças, por exemplo, contam com grande estoque a pronta entrega e diversos serviços disponíveis para o consumidor. Isso traz comodidade e deixa o cliente mais seguro na hora de negociar. A grande demanda em construções civis também faz com que as lojas deste segmento aportem na cidade, ou fazem as empresas que já têm sede ampliarem seus negócios. Foi o caso da J. Zago (empresa que comercializa materiais de construção). A loja, que fica localizada na Avenida Duque de Caxias, ganhou mais 700 m² de área construída. Com a ampliação, o espaço físico soma 2 mil m². No mesmo segmento, duas novas lojas da rede Quero-Quero abriram as portas na cidade no final do ano passado. Uma no bairro Coral e outra no Centro. E a Zago Ferragens finaliza estudos para implantar mais uma loja na Av. Duque de Caxias (no espaço onde funcionava até há pouco tempo a concessionária Hyundai). No ramo alimentício, o comércio de Lages ganhou recentemente o Hipermercado Big, inaugurado em novembro de 2013. No Big os consumidores têm à disposição mais de 30 mil itens, entre gêneros alimentícios, limpeza e higiene, eletroeletrônicos, utilidades e presentes, roupas, calçados, cama, mesa e banho. O investimento no projeto somou R$ 21 milhões. Trata-se da 10ª unidade do Hipermercado em Santa Catarina, uma empresa do Grupo Walmart, presente em 27 países (a maior rede de supermercados do mundo). Em Lages, a loja conta com 7,8 mil m² de área construída, dos quais 4,5 mil m² são de área útil de loja. A grande notícia para Lages, além de mais uma opção para que o consumidor faça suas compras num espaço amplo e com inúmeras variedades de produtos, são os 250 empregos diretos gerados. Segundo o ex-presidente da CDL, Nilton Alves, com as empresas que já se instalaram na cidade, a população de Lages e região está bem servida. “Hoje eu diria que as lojas suprem as necessidades dos consumidores. Com o Shopping e com o Centro La-

ges de Compras e Lazer, a cidade irá agregar ainda mais valores comerciais e será um atrativo ainda maior. Percebemos pelo Natal Premiado da CDL o quanto pessoas de fora consomem aqui e virão cada vez mais. Um exemplo são os prêmios que damos para os consumidores naquela promoção. Em 2013, 30% dos sorteados não moravam em Lages”, destaca.

EMPRESÁRIOS PRECISAM EVOLUIR Não basta ter uma loja com produtos atrativos expostos se os empresários não souberem como administrar tudo isso. Segundo o vice-presidente da Fecomércio SC (que também preside o Sincoval e o Singaplan em Lages), Célio Spagnoli, uma nova era está se iniciando em Lages e os empreendedores precisam estar preparados para todas as mudanças que ela

Com o Shopping e com o Centro Lages de Compras e Lazer, a cidade irá agregar ainda mais valores comerciais e será um atrativo ainda maior. ”

Nilton Alves, ex-presidente da CDL


Fonte dos dados Ministério do Trabalho

Fonte Fecomércio

NÚMEROS DO COMÉRCIO EM LAGES 26 27

2011

1.720

9.967

irá trazer. “Acredito que tanto o Shopping, como o Centro Lages uma vez executado todo o projeto, vão renovar a forma de fazer comércio na cidade. Lages é um centro comercial importante. É passagem obrigatória e geograficamente bem localizado. É preciso dar condições para quem passa e quem é da região (melhorar a renda) possam usufruir mais desses benefícios. Para isso é preciso orientar os empresários a se prepararem para essa demanda. O grande concorrente é a internet. Portanto é preciso incrementar e ter atrativos para chamar o consumidor para dentro das lojas”, analisa. Outro ponto importante a ser discutido é sobre a mão de obra e os horários de abertura do comércio. “Eu sempre fui da opinião de que o comércio deveria ser o mais elástico possível. Não fechar nunca. Porque às

Célio Spagnoli, vice-presidente da Fecomércio SC

1.743

Empregos gerados

10.191

estabelecimentos comerciais ativos

estabelecimentos comerciais ativos

Porcentagem de crecimento de estabelecimentos em relação a 1995

2012

Empregos gerados

21%

Porcentagem de crecimento de estabelecimentos em relação a 2011

vezes é confundido o direito do trabalhador com o horário de atendimento no comércio. Quando um empresário contrata um empregado, ele tem que cumprir a lei. Mas isso não quer dizer que não dê de alternar os horários de mais colaboradores. A dinâmica é essa, criar uma flexibilidade maior possível para o atendimento do consumidor. Porque atendemos consumidores de toda região serrana”, destaca Célio.

EMPRESAS QUE VIRÃO Lages possui hoje mais de 5 mil CNPJs diferentes, entre varejistas e supermercadistas e ainda há espaço para mais empresas. A Conesul Comercial e Importadora Ltda., outra nova empresa que começa a operar logo na cidade, está com a construção em fase final, na Avenida Papa João XXIII, no Petrópolis, e atua como distribuidora para o comércio atacadista, com 70% dos produtos fornecidos nacionalmente e o restante importado de países como Taiwan, Índia, China, Áustria, Argentina e Suécia. A empresa já tem escritório no Centro, responsável por transferências de notas fiscais. Para a inauguração, prevista para maio de 2014, faltam instalação elétrica, colocação das prateleiras internas e equipamentos de informática, asfaltamento do pátio e fixação das cercas. São 5.750 m² de área construída, além de dois mil metros reservados para estacionamento. O total do espaço do terreno é de 30 mil m². O faturamento anual está estimado em R$ 25 milhões. O empreendimento abrirá com 12 mil itens, entre ferragens em geral, materiais elétricos, hidráulicos, de construção civil e agropecuários, com venda para Santa Catarina e Paraná, onde estão

1,3%

concentrados dois mil clientes. Já no Estado gaúcho, os clientes somam mais três mil. São 55 representantes comerciais nos três Estados.

GERAÇÃO DE EMPREGOS De dois anos para cá houve um aumento no número de empregados em Lages, especialmente no comércio. Hoje são cerca de 5 mil profissionais trabalhando na área. E até o final do ano, com a inauguração do Garden Shopping, esse número deverá crescer ainda mais. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio, Elói Bassin, o grande reflexo desses números são a contratação efetiva dos temporários da época natalina. “Quando o funcionário se destaca, o empresário não quer perdê-lo e abre espaço para essas pessoas crescerem dentro da empresa”, destaca. Elói avalia que Lages está crescendo e tem tudo para expandir ainda mais. “No final do ano passado foi o Big. E dentro de alguns meses será o shopping. Se continuarmos nessa crescente, o município será referência cada vez maior no setor”, comenta. Para manter o comércio aquecido e dar lucro aos empresários que investem na cidade, é preciso que haja mais empregos. Assim, as pessoas poderão consumir e usufruir ainda mais da variedade de lojas e produtos. Há muitos estabelecimentos comerciais. O desafio agora é atrair e desenvolver indústrias. Com isso, o volume de trabalhadores e de dinheiro circulando na praça será maior, o que dinamizará ainda mais nossa economia, trazendo desenvolvimento econômico e o incremento da renda. revista visão


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Quais foram os filmes que ganharam mais Oscars na história? Os três empatados com 11 estatuetas.

CURIOSIDA DES Ben-Hur (1959)

Titanic (1997)

Casa da mãe Joana Significado: Onde vale tudo, todo mundo pode entrar, mandar, etc.

Quais são os álbuns musicais mais vendidos de todos os tempos?

Histórico: Esta expressão vem da Itália. Joana, rainha de Nápoles e condessa de Provença (13261382), liberou os bordéis em Avignon, onde estava refugiada, e mandou escrever nos estatutos: “Que tenha uma porta por onde todos entrarão”. O lugar ficou conhecido como Paço de Mãe Joana, em Portugal. Ao vir para o Brasil a expressão virou “Casa da Mãe Joana”. A outra expressão envolvendo Mãe Joana, um tanto chula, tem a mesma origem, naturalmente.

1°) Thriller - Michael Jackson, + de 65 milhões

2°) The Dark Side of the Moon - Pink Floyd, + de 50 milhões de cópias

Exemplo para a humanidade Rapidinhas Em 1979 nevou no deserto do Saara. Miguel e Sophia foram os nomes mais registrados de 2013.

Quando você está sonhando, sua atividade cerebral é maior do que quando está acordado. Cainofobia é o medo de novidades.

revista visão

O Senhor dos Anéis

O Retorno do Rei (2003)

Jonas Salk foi médico e pesquisador. Mas ganhou fama mesmo por ter descoberto a vacina contra a poliomielite (também conhecida como paralisia infantil). Trata-se de uma doença infecciosa que ataca crianças e pode gerar paralisia. Durante anos, Jonas trabalhou dia e noite em busca da cura para essa doença pois a epidemia estava causando milhares de mortes e deixando dezenas de milhares de pessoas com paralisia nos anos 50. Assim que ele descobriu como criar a vacina, em vez de patentear o remédio e ganhar bilhões de dólares, ele escolheu não cobrar nenhum centavo por sua descoberta, fazendo com que a vacina fosse a mais barata possível. Dessa maneira, ele deixou de lado uma fortuna inestimável e salvou milhões de vidas ao longo da história.

3°) Back in Black - AC/DC, + de 49 milhões de cópias



30 31 <specialle

feitos especialmente para você

O feriadO mais dOce dO anO está chegandO. e para ajudar aOs serranOs na hOra da escOlha dOs chOcOlates, a specialle abriu sua lOja na av. dOm pedrO ii. Os chOcOlates têm 38% de cacau, 100% prOduzidOs em lages. a lOja cOnta cOm diversOs prOdutOs e preçOs de fábrica. Por Liana Fernandes • Fotos Gugu Garcia | Suely Miyake

revista visão

Desde

setembro de 2013, já existe um quiosque da marca na parte interna do supermercado Martendal. E buscando ampliar o espaço e dar maior comodidade ao cliente, o proprietário, Alberto Engel, abriu as portas no bairro Vila Nova, bem na avenida, próximo ao Colégio Industrial. A loja vai oferecer aos clientes toda linha de chocolates, ovos de páscoa, cestas para homens e mulheres.


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Um dos diferenciais da loja será o serviço de entrega de cestas de chocolate e fondue. “Este é um serviço a mais que nosso cliente terá. Quando a vontade bater, basta fazer a encomenda pelo telefone ou pela internet, em nosso site, e dentro de poucos minutos o produto será entregue na casa da pessoa”, explica. Alberto também salienta que os chocolates são produzidos e refinados em Lages. Além do quiosque e da loja, a Specialle terá uma segunda loja no Shopping Garden. A marca, criada e pensada por Alberto, além de

ser vendida nas lojas próprias, também é distribuída em mercados e lojas de conveniência. “Por mais que eu seja psicólogo de formação, sempre sonhei em ter uma loja de chocolates, seguindo o exemplo de minha mãe. Fui criado dentro de uma fábrica de chocolate, comia um quilo por dia. Hoje minha mãe me ajuda com as receitas e estou seguindo os passos dela. Além disso, tenho muito a agradecer pelo apoio dos meus padrinhos Jackson Martendal e do Moacir, da Superfrut, que me incentivaram e me deram espaço dentro do mercado de trabalho”, comenta Alberto. A loja foi inaugurada dia 21 de março e no período da Páscoa ficará aberta até às 20h.

Avenida Dom Pedro II, 2859 Centro - Lages - Santa Catarina

(49) 3224-9689 revista visão


Entr e o teclad o e o lápis - parte 1 A revista Mente Cérebro, edição de dezembro de 2013, traz um excelente artigo intitulado A Ciência da letra artigo de Brandom Keim – Jornalista especializado em Ciência, Meio Ambiente e Cultura. Este artigo, um dos estudos com a equipe Sigma em janeiro passado, mostra diferentes pesquisas realizadas por neurocientistas e cientistas da cognição, entre outras, estabelecendo uma relação entre as mãos e a mente. “As mãos nos ajudam a enxergar” (Karin Jasmes, Neurocientista Cognitiva - 2008) Diversos cientistas concentram seus estudos em aspectos cognitivos e linguísticos, como a memória e estratégias de revisão. O foco é sempre o cérebro. Os primeiros estudos modernos, década de 70 até recentemente, já mostravam, de maneira significativa, que usar caneta ou lápis parece ativar determinadas regiões cerebrais de maneira única, principalmente durante a infância. Há evidências dos benefícios exclusivos dessa prática. Vejamos o que dizem alguns cientistas: A Dra. Cristina Haas, Profª. do Departamento de Estudos da Escrita da Universidade de Minnesota (década de 80) percebeu, de forma surpreendente, que os alunos geralmente apresentavam melhor rendimento quando realizavam trabalhos manuscritos em vez de utilizar o teclado. “De que maneira a ferramenta que usamos poderia influenciar tanto assim nosso cérebro?” Dra. Cristina Haas pergunta e responde que “nossas mãos são fundamentais para mediar interações cotidianas, e muitas vezes nem nos damos conta disso” e que “é preciso considerar também o sentido material” (não apenas o linguístico). Diz ainda que “muitos deixam de considerar que há um corpo entre uma coisa e outra”. Montessori diz: “Quando a criança começa a mexer-se, a sua mente, capaz de absorver, já fez seu o ambiente; antes que comece a mover-se, já nela teve lugar um inconsciente desenvolvimento psíquico, e quando inicia os primeiros movimentos, começa a tornar-se consciente. Isto significa que

vai elaborando com suas mãos e metendo na sua consciência o que a sua mente inconsciente antes observou”. Ou seja, a criança está fazendo seu repertório de sensações e imagens. Segundo estudos, a importância da relação MÃOS e MENTE pode ser vista em crianças em desenvolvimento, em que a capacidade de manipular objetos físicos acompanha de maneira peculiar a aquisição da fala. As pesquisas da Drª Maria Montessori já mostravam esta relação quando dizia que “as mãos são instrumentos da mente”. Por isso a sua proposta de um ambiente de aprendizagem (sala de aula) que propicie a atividade da criança de modo a estimular as diferentes áreas do cérebro. “Usamos as mãos para acessar nossos pensamentos” (Vírgínia Berninger) Aprender as formas precisas que compõem caracteres manuscritos leva anos, diz Vírgínia Berninger, Psicóloga Educacional e pesquisadora da Universidade de Washington, diferentemente da digitação que em pouco tempo se torna automática para muitas pessoas. A mão dominante não trabalha sozinha na escrita manual. A outra participa constantemente: ajusta o papel, segura a folha... Já a Cientista Cognitiva, Marieke Longcamp (Universidade de Aix- Marseille, França) diz que observar palavras digitadas ou manuscritas estimula a atividade visual. Porém, observar palavras manuscritas produz atividade motora, apesar de nos mantermos fisicamente imóveis - no nível neurológico, letras escritas à mão são visuais e físicas. A profª. Marieke chama esse fenômeno de personificação da percepção: investigou seus efeitos em diversos experimentos com crianças testando habilidades de reconhecer letras. Parece simples para um adulto, mas distinguir entre b e d ou compreender que A e a são as mesmas letras, só depois de muita prática. Karin Jasmes, Neurocientista Cognitiva – Universidade Bloomington (Indiana, 2008) realizou estudos sobre especialização funcional, observando o cérebro de voluntários (exames de neuroimagens) enquanto

olhavam letras manuscritas ou em teclas: os que escreveram à mão apresentaram maior atividade nas áreas relacionadas à especialização funcional. Em 2012, demonstrou em outro estudo que a ação não só desencadeia circuitos motores, mas também visuais. Marieke Longcamp atribui essa habilidade aos mecanismos mentais de reprodução de letras. Entende-se que letras feitas à mão ficam profundamente inscritas na mente, como uma espécie de blocos de construção mais resistentes para a arquitetura cerebral. Lembramos, porém, que se trata de pesquisas preliminares e embora esses dados sejam apenas hipóteses, já se observa seus efeitos no cotidiano dos estudantes. Muitos deles estão abandonando o teclado por constatarem a diferença no entendimento e na memorização nas suas produções e estudos. Um alerta para os pais desta nova geração: repensar o uso dos equipamentos eletrônicos, em especial na fase de 1 a 6 anos. Há crianças que acordam, comem e dormem com tablet – este grande aliado dos pais e babás, pois distrai a criança, ludibriando a sua mente de modo que não perceba, por exemplo, que está comendo ou o quê está comendo, facilitando a vida de todos. Há que se repensar a formação deste hábito, pois o futuro, não muito distante, certamente mostrará as consequências. O início da escolaridade já vem anunciando alguns efeitos na criança de hoje, assim como o crescimento da obesidade infantil. Rita Ramos Consultora Educacional ritabsramos@hotmail.com


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Mais de 220 veículos antigos no evento de Campos Novos

Salão do Livro teve programação diversificada e gratuita

Lages foi sede do 1º Salão do Livro da Serra Catarinense. O evento aconteceu entre os dias 24 a 30 de março, na Praça Joca Neves. Lançamentos de livros, debates, palestras, encontros, apresentações teatrais e contação de histórias foram algumas das atividades realizadas. Homenagens também integraram a programação. A Fundação Cultural de Lages avaliou que a presença de público foi acima das expectativas. Cristóvão Tezza e Humberto Gessinger foram os escritores de destaque que passaram pela Concha Acústica. O Salão do Livro teve entrada inteiramente gratuita, privilegiando estudantes, professores e leitores da cidade e região. A Prefeitura de Lages e a Transul disponibilizaram seis ônibus para o transporte dos estudantes, de todas as regiões da cidade. Além das professoras, funcionários da Fundação Cultural de Lages (FCL) acompanharam as crianças e os adolescentes. revista visão

A edição 2014 da Expocentro (Curitibanos) tem novidade confirmada. O maior evento da região contará também com festival nativista: o Primeiro Pouso de Tropa da Canção Nativa de Curitibanos/SC. O concurso está com inscrições abertas para músicos, compositores e intérpretes e deve reunir artistas de todo o Cone Sul. A premiação varia de R$ 500 a R$ 10 mil. Interessados podem inscrever-se até 15 de abril. Podem ser inscritas composições inéditas e dentro do gênero folclórico do meio musical do Cone Sul, com quatro minutos e trinta segundos de execução. As fichas de inscrições e o regulamento do evento estão disponíveis no portal do Município de Curitibanos (www.curitibanos.sc.gov.br), no link do 1º Primeiro Pouso de Tropa da Canção Nativa. É possível realizar inscrição por e-mail ou por correspondência.

34ª Mostra do Campo terá show com Gabriel Valim A 34ª Mostra do Campo de Bocaina do Sul vai acontecer de 24 a 27 de julho. Estima-se que mais de 35 mil pessoas passem pela festa. “A Serra Catarinense tem em torno de 300 mil habitantes. Então acredito que o público vai superar as expectativas, como sempre acontece”, declarou o prefeito Luiz Carlos Schmuler. Ele diz que o público é garantido, pois o foco da festa é manter o tradicionalismo como alvo principal. “O pessoal gosta muito deste tipo de evento na nossa região”. Esperamos muitos comerciantes que irão vender produtos artesanais e alimentícios. A novidade esse ano é o show Nacional com Gabriel Valim e o I º Duelo Braço Forte em duplas da Serra Catarinense, com R$ 20 mil em premiação. A festa é realizada pela prefeitura e associação dos produtores rurais.

notícias atualizadas diariamente no blog b l o g . r e v i s t a v i s a o . c o m . b r

O Encontro de Veículos Antigos, em Campos Novos, foi a atração do final de semana nas Festividades de 133 anos do município, comemoradas no mês. Mais de 220 veículos, representando 20 municípios de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e do Paraná participaram do evento, na Praça Lauro Müller, na tarde de sábado (15) e durante todo o dia no domingo (16/03). A população prestigiou o encontro, lotando o centro da cidade. Além da exposição dos veículos, os visitantes contaram com uma boa estrutura de lazer, com parque inflável e praça de alimentação, além do belo espaço da Praça Lauro Müller. Uma comissão formada por integrantes dos clubes de veículos antigos premiou com troféu o veículo mais antigo, o expositor mais idoso, o clube com maior número de veículos, o carro que percorreu a maior distância e os mais raros. Durante o evento ainda aconteceu o lançamento do livro “70 anos do Automobilismo Catarinense”, do escritor Júlio Mendes, da cidade de Lages.

Expocentro 2014 terá festival nativista com ótima premiação a vencedores


Beto Amaral reconduzido à Vice-Presidência da ADVB-SC No dia 20 de março, a Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina (ADVB/SC) empossou sua nova diretoria executiva para a gestão 2014/2015. Octavio René Lebarbenchon Neto, superintendente da área comercial do Grupo Almeida Junior Shopping Centers, assumiu a presidência da entidade apostando na descentralização das ações e na renovação de lideranças para dar ainda mais visibilidade à entidade em todo o estado. A cerimônia de posse foi na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC). Para esta jornada, Lebarbenchon terá ao seu lado 21 novos nomes – ao todo são 34 pastas na gestão– que passaram a integrar o comando da Associação. Também foram criadas três regionais e cinco diretorias. Em Lages, o executivo Roberto Dimas Ribeiro do Amaral (SBT Santa Catarina) segue como vice-presidente da regional da entidade no município para mais um mandato. Roberto é Diretor de Produto do Sistema Catarinense de Comunicações (SCC), que compreende o SBT Santa Catarina, sendo responsável pelas áreas de Engenharia, Jornalismo, Programação, Operação e Novos Produtos do grupo.

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Prefeituras receberam motoniveladoras e caçambas do Governo Federal Prefeitos de 102 municípios catarinenses confirmaram presença na sexta-feira (28/02) em Lages, para receber motoniveladoras e caçambas do governo federal, da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento – PAC 2. Só dos 18 municípios abrangidos pela Amures, o investimento supera os R$ 8,2 milhões, com entrega de uma motoniveladora a cada prefeitura. De acordo com o presidente da Associação de Municípios da Serra Catarinense, prefeito de Bom Jardim da Serra, Edelvânio Topanoti, o pedido feito à Ministra de Relações Institucionais Ideli Salvatti para que fossem priorizadas as motoniveladoras foi atendido. “Estamos em plena colheita da maçã e precisamos manter as estradas em boas condições de trafegabilidade. Por isso solicitamos via Amures a entrega das motoniveladoras e deixamos as caçambas para a última remessa”, explicou. Foram repassadas, o total de 33 motoniveladoras e 69 caminhões caçambas. Os operadores das máquinas já passaram por reciclagem de acordo com o que determinam as normas do Ministério do Desenvolvimento Agrário – MDA, e desde a entrega iniciam atendimento das demandas nos municípios.


Ordem de Serviço para o acesso à indústria Vossko

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Governador inaugurou prédio da Engenharia Ambiental

O governador Raimundo Colombo inaugurou, na quinta-feira (27/02), em Lages, o novo prédio do curso de Engenharia Ambiental do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV), da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O investimento foi de R$ 3 milhões. A nova estrutura vai atender a graduação e a pós-graduação. “Considero fundamental para o desenvolvimento do nosso Estado o fortalecimento das instituições. É preciso agregar qualidade, espaço, estrutura, tecnologia e conhecimento para se ter competitividade. Por isso é estratégico esse investimento. Quando se investe em educação, o retorno é muito grande”, disse Colombo. A nova edificação tipo green build (edifício verde) tem 3 mil m², capta água da chuva, utiliza luz solar para iluminação e aquecimento de água. Possui 12 laboratórios (todos equipados), entre eles o de tecnologias limpas, que irá pesquisar as várias formas de energia. Além de anfiteatro multimídia com capacidade para 200 pessoas e equipamento para videoconferência. Entre os laboratórios estão os de avaliação de Impacto Ambiental; análise de Água e Resíduos; Física e Instrumentação; Físico-Química; Geologia e Geotecnia; Geomática; Hidráulica Ambiental; Hidrologia; Informática e Modelagem; Poluentes Atmosféricos; Saneamento; Tecnologias Limpas; Toxicologia Ambiental e Tratamento de Águas e Resíduos.

O prefeito Elizeu Mattos deu início à divulgação de um pacote de obras que serão realizadas em Lages nos próximos dias. Na tarde de sexta-feira (14/03) ele entregou à empresa CCL Construtora a ordem de serviço para a construção do acesso da multinacional alemã Vossko do Brasil para a BR-116. A obra, uma parceria público-privada, será concluída em 180 dias e a prefeitura investirá R$ 331.359,05 para a pavimentação e drenagem do trecho compreendido entre o trevo do acesso Norte a Lages, até a Rua Acy Aviano Varela Xavier, onde fica a empresa, que por sua vez providenciará o asfalto até seu portão de entrada. “Houve contratempos, mas conseguimos vencer as etapas e o acesso à BR-116 sairá, dando maior segurança aos colaboradores desta importe empresa”, comentou Elizeu, que fez questão de ressaltar o apoio dos vereadores, fundamental para que as obras possam se tornar realidade em todas as regiões da cidade.

Eleitas a Rainha e as Princesas da 26ª Festa do Pinhão As soberanas da 26ª Festa Nacional do Pinhão foram eleitas. A escolha aconteceu no Clube Caça e Tiro, na noite de 27 de março, com presença de torcidas e público em geral. Jesuelen Andrade recebeu a coroa de rainha. Ela é biomédica e tem 22 anos. Gosta de trabalhar, viajar, maquiar, praticar exercícios (musculação e corridas) e fazer boas ações. “Ser rainha é a realização de um sonho de infância. Quero representar com brilho nos olhos o povo, o encanto da gastronomia e convidar todos para participar da festa”, destacou. Foram eleitas, ainda, quatro princesas; Paloma Telli, Danieli Moreira, Thaís Simonetti e Maritielly de Liz, (pela ordem).

Trânsito monitorado por lombadas eletrônicas Lombadas eletrônicas e radares em ruas e avenidas e mais câmeras (furões) nos semáforos fazem parte do sistema de monitoramento do trânsito urbano de Lages, dispositivos que devem entrar em operação em breve. Inicialmente serão instaladas duas lombadas eletrônicas nas avenidas Dom Pedro II e Santa Catarina, mais um conjunto de furões no semáforo do cruzamento das avenidas Belizário Ramos (Carahá) e Presidente Vargas. Também já estarão sendo revista visão

acionados, a partir de agora, os radares e o OCR (“Optical Character Recognition”, na sigla em inglês, ou Reconhecimento Óptico de Caracteres), que faz a leitura dos caracteres da placa de um veículo e joga as informações para um computador interligado ao Centro de Informática e Automação de Santa Catarina (Ciasc). Assim, em poucos segundos podem ser detectados casos de IPVA vencido, registros de furto e roubo, clonagem de placas, dentre outras irregularidades.



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Lages firmou convênio com Agência de Saneamento Básico de Santa Catarina A Prefeitura de Lages e a Agência Reguladora de Serviços de Saneamento Básico do Estado de Santa Catarina (Agesan) estão conveniadas. O documento foi assinado na tarde de quinta-feira (13/03) no gabinete do prefeito Elizeu Mattos pelo diretor-geral da Agesan, Sérgio Grando, e o diretor da Secretaria Municipal de Águas e Saneamento (Semasa), Vilson Rodrigues. Agora a população passa a contar com a atuação da agência no que diz respeito aos serviços prestados pela prefeitura nas áreas de captação, tratamento e fornecimento de água potável; coleta e tratamento de esgoto sanitário; drenagem (escoamento das águas pluviais) e resíduos sólidos (aterro sanitário). A análise da qualidade da água fornecida pela Semasa desde o ponto de captação e de tratamento está entre as ações. A Agesan é uma autarquia e atua de forma independente do governo, mas firma convênios com órgãos governamentais, segundo Grando. “O trabalho que realizamos se enquadra dentro das metas do milênio, traçadas pela ONU (Organização das Nações Unidas), relativas ao saneamento básico e em busca da melhoria de qualidade de vida da população dos países da América Latina e da África, por exemplo”, ressalta.

Colégio Industrial de Lages completou 50 anos Uma sessão especial na Câmara de Vereadores de Lages marcou o início das comemorações alusivas aos 50 anos de fundação do Colégio Industrial (hoje chamado de Escola de Educação Básica de Lages). A solenidade aconteceu na quinta-feira (13/03), com a presença da secretária-adjunta da Educação, Elza Moretto, e do secretário de Desenvolvimento Regional, Gabriel Ribeiro. Fundado em 1964, o Colégio Industrial completou meio século no dia 16 de março. Segundo o diretor Armando Duarte, várias atividades serão realizadas para comemorar a data, envolvendo pessoas que ajudaram a construir a história da escola. O projeto que servirá como base para a primeira reforma geral da escola já foi concluído, e o edital de licitação será publicado nos próximos dias. As obras estão orçadas em R$ 5,7 milhões. O cronograma prevê a restauração das 28 salas de aula e dos oito banheiros, da cobertura e piso, das redes elétrica e hidrossanitária, além da substituição de vidros, portas, fechaduras e torneiras danificadas, pintura geral e implantação do sistema de acessibilidade para deficientes físicos.

SENAI de Lages investe quase R$ 2 milhões em modernização de laboratórios Um dos grandes diferenciais dos alunos do SENAI, além da qualidade de seus professores e das ótimas instalações físicas e espaços disponibilizados, é o nível tecnológico de seus laboratórios. Com isso, os egressos da instituição, quando chegam ao mercado de trabalho, estão sempre à frente no que tange ao domínio, conhecimento e operação de máquinas, equipamentos e processos mais avançados. Não é diferente no SENAI de Lages. Nos últimos meses, a instituição investiu mais de R$ 1,8 milhões com essa finalidade.

de R$ 65 mil por máquina (totalizando R$ 325 mil). Foram adquiridos também um novo torno CNC (Controle Numérico Computadorizado) e um novo torno CNC para usinagem, com investimentos de mais R$ 400 mil (para as duas novas máquinas). “São equipamentos mais precisos, rápidos e avançados, uma necessidade já que nossos alunos precisam sempre estar atualizados com o que há de mais moderno na indústria”, falou o professor Adriano Elias de Albuquerque, coordenador dos cursos superiores de graduação e pós-graduação.

No laboratório de Automação Industrial, por exemplo, foram adquiridos e instalados 12 novos computadores, com investimentos próprios da unidade que somaram R$ 37 mil. “Trocamos algumas máquinas de CNC. E com isso, o software do laboratório de automação precisou ser atualizado. Por isso, foi necessário trocar os computadores, que não comportavam aquele tipo de exigência”, explicou o professor Adílson Soares de Souza, coordenador dos cursos técnicos.

Em breve, o SENAI de Lages vai disponibilizar também um novo laboratório automotivo, que contará com vários equipamentos para qualificar as pessoas para este importante segmento (investimento de R$ 380 mil apenas em máquinas e equipamentos). Este laboratório está em construção (obras físicas). E deverá ser entregue no segundo semestre. “Teremos ainda investimentos expressivos na montagem do laboratório para o curso de Engenharia Mecânica, que iniciamos neste ano, em parceria com a Uniplac”, informou Adriano Elias. Isso sem falar na modernização dos demais laboratórios, uma constante no SENAI.

No final do ano passado, o SENAI de Lages adquiriu dois novos tornos convencionais e três novas fresas, com investimento


O Programa Nova Economia está fazendo nascer uma Santa Catarina ainda mais forte e competitiva.

JUROS ZERO

GERAÇÃO TEC

O Governo de Santa Catarina promove uma série de iniciativas que estão mudando a história de muitos catarinenses em todos os municípios. São ações que levam qualificação, crédito e oportunidades a jovens, trabalhadores e empresários, gerando mais renda e empregos em todo o estado.

POLOS INDUSTRIAIS

ECONOMIA VERDE E SOLIDÁRIA

CENTROS DE INOVAÇÃO

INDÚSTRIA SC

4 mil empregos

1.420 beneficiados

11 centros

+ de 20.000

gerados e 30 mil mantidos

e R$ 20 mi investidos

em 11 municípios

empregos gerados no último ano*

GERAÇÃO TEC

3.600

capacitações realizadas

JURO ZERO

22.000

concessões de crédito para o microempreendedor individual

DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

14.000

empreendedores atendidos

*Fonte CAGED

Nova Economia. Mudando a história dos catarinenses.

Acesse o site e conte sua história. voarmaisalto.com.br


40 41 <saúde e bem estar

Inaugurada em Lages a Clínica

Luciane Eger (Fisioterapeuta), Luiza Fernandes (Nutricionista) e Luana Dutra (Quiropraxista)

A CLÍNICA ESTÁ LOCALIZADA NA RUA SÃO JOAQUIM, 783 (EM FRENTE À IGREJA SÃO JUDAS TADEU). “É UM ESPAÇO PARA CUIDAR DA SAÚDE FÍSICA E MENTAL DAS PESSOAS. UM LUGAR ALEGRE QUE BUSCA ACIMA DE TUDO A QUALIDADE DE VIDA”, DESTACOU A FISIOTERAPEUTA LUCIANE EGER, UMA DAS TRÊS SÓCIAS. Texto e Fotos

Loreno Siega revista visão

No sábado,

22/03, as amigas e sócias Luana Zoccoli Dutra (Quiropraxista), Luiza Fernandes (Nutricionista) e Luciane Eger (Fisioterapeuta) – que juntas abriram a Clínica Saúde e Bem Estar, reuniram parentes, amigos e clientes para a concretização de um grande objetivo: disponibilizar à comunidade de Lages e região um negócio próprio. “É a concretização de um grande sonho. Somos jovens, amigas e temos grandes desafios pela frente. E ter nosso próprio negócio, buscando ajudar as pessoas, é nosso maior objetivo”, destacou a gaúcha Luana Zoccoli Dutra, que há pouco tempo trocou Gramado (RS) por Lages. A nutricionista Luiza Fernandes também estava eufórica. “Sou natural de Anita Garibaldi, morei 9 anos em Florianópolis e já são 8 anos estudando Nutrição. Estou retornando e concretizo um grande sonho: ter um negócio próprio. Aqui queremos ajudar as pessoas a terem melhor qualidade de vida. Estou muito feliz com a presença dos amigos, parentes e clientes. E acredito que vamos dar nossa contri-


buição ao povo de Lages e região”, disse. Luciane Eger, fisioterapeuta, também estava contente. “Queremos que essa clínica seja a extensão da casa das pessoas. Que venham aqui para buscar saúde, alegria e mais disposição para enfrentar o atribulado e estressante dia-a-dia. Nós vamos nos esforçar muito para proporcionar um ótimo atendimento a todos”, destacou. A Clínica Saúde e Bem Estar, que a partir de agora disponibiliza serviços profissionais de avaliação e acompanhamento nutricional (Nutrição Funcional), Quiropraxia (especialidade que cuida

40 41

da saúde e do bom funcionamento da coluna vertebral e do equilíbrio e harmonia entre as várias partes do corpo humano) e Fisioterapia (Neopilates e Plataforma Vibratória) dispõe de um espaço amplo e aconchegante, com estacionamento fácil e acessível. Fica próximo ao centro da cidade e ao Hospital Tereza Ramos (HTR), que inclusive está sendo ampliado. “Esta região da cidade, em função do HTR, concentra grande número de estabelecimentos de saúde. Isso facilita muito a vida das pessoas, especialmente de quem vem de fora. Venham nos conhecer e marcar uma avaliação conosco sem compromisso”, finalizou Luciane Eger.

Rua São Joaquim, 783 Centro - Lages - Santa Catarina

(49) 3226-0750

revista visão


42 43 <comunicação

REVISTA VISÃO

REUNIU PUBLICITÁRIOS NO PROFISSIONAIS DE AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE E PROPAGANDA DE LAGES PARTICIPARAM DO CAFÉ COM IDEIAS DA REVISTA VISÃO, NA MANHÃ DA TERÇA-FEIRA (18/03). O ENCONTRO FOI REGADO À COMIDA BOA E MUITA CONVERSA. O EVENTO TEVE POR OBJETIVO APRESENTAR A EMPRESA E TROCAR INFORMAÇÕES SOBRE O VEÍCULO DE COMUNICAÇÃO REVISTA. Texto e Fotos

Liana Fernandes

revista visão

Os sócios,

Gugu Garcia, Loreno Siega e Eder Pitz falaram para os convidados sobre os diferenciais da Revista Visão e tudo o que as novas plataformas da empresa proporcionam (Mídia Impressa/Blog/Site e Redes Sociais). “Hoje somos uma empresa que oferece ao cliente uma comunicação integrada, onde ele anuncia na revista impressa, mas também tem sua empresa colocada em evidência no blog e nas mídias sociais. Além disso, também oferecemos um serviço de assessoria de imprensa. Tudo isso para melhor atender e propiciar bons resultados para nossos clientes”, conta Loreno.

POR QUE ANUNCIAR? Alguns dados repassados para os presentes, através de uma pesquisa feita pela Editora Abril, apontam que 72% das pessoas que assinam uma revista, começam a ler no mesmo dia, 58% imediatamente e 29% dão ao menos uma folheada. Isso faz com que o leitor esteja em contato com a edição 4,1 vezes até esgotar a leitura e ainda 87% dos leitores

tem sua revista lida em média por 5 pessoas. “As mulheres ainda são as maiores leitoras da Visão. E o público predominante é das classes A e B, com boa escolaridade e alto poder aquisitivo, pessoas que consomem muito e que têm grande poder de decisão”, destaca Eder.

A VISÃO A Revista Visão possui 1.500 assinantes só na cidade de Lages. É uma revista com conteúdo regionalizado e segmentado. Possui também edição online disponível para os assinantes. “Na Revista Online, inclusive, os anúncios são linkados para o site das empresas”, comenta Eder. Para Gugu Garcia, o encontro foi proveitoso já que possibilitou uma explanação maior sobre a empresa. “A intenção foi abrir nossas portas para os clientes das agências e mostrar que temos muito a oferecer se trabalharmos em conjunto. Hoje as empresas precisam direcionar muito bem seus recursos de mídia. E a Revista Visão, com seus produtos e serviços agregados, é uma excelente opção, com retorno garantido”, comenta.



44 45 <tecnologia

Como limpar telas

touchscreen? O SEU CELULAR VIVE CHEIO DE DIGITAIS? SAIBA QUAL A MANEIRA CORRETA DE REALIZAR A LIMPEZA DE SEUS GADGETS.

As telas

de toque vêm revolucionando a maneira como nos relacionamos com os nossos gadgets, trazendo funcionalidades e maneiras de se utilizar um celular que nem sequer imaginávamos 10 anos atrás. As facilidades oferecidas pelo touchscreen passam por vários fatores e uma das principais mudanças foi, com certeza, a eliminação de um teclado físico – o que tornou praticamente todos os aparelhos mais leves e enxutos. E não importa qual é o seu dispositivo, seja um iPhone, um Galaxy S ou um tablet, todos terão sempre um problema em comum: as marcas de dedo espalhadas por todo o aparelho. Descubra a (s) melhor (es) maneira (s) de limpar esse tipo de tela.

O que eu uso para limpar? O principal instrumento a ser utilizado para a limpeza de uma tela touchscreen é a toalhinha. Isso porque você precisa contar com um tipo específico de toalha para este uso, uma vez que diferentes panos podem acabar danificando a tela em vez de limpar. Por isso, é extremarevista visão

mente importante que você utilize as desenvolvidas especialmente para a limpeza de eletrônicos, como os gadgets touchscreen ou mesmo as TVs e os monitores LED ou LCD. Estas toalhinhas são desenvolvidas a partir de microfibras que não agridem a delicada construção da tela destes aparelhos. Além disso, as fibras dessas toalhas são ordenadas de maneira que ao serem esfregadas não causem riscos na superfície – como pode acontecer caso você utilize algum papel-toalha ou a barra da sua camiseta, por exemplo. Isso é tão importante que as companhias geralmente recomendam determinadas marcas de toalhinhas. Entretanto, se você não encontra em nenhum lugar aquela específica apontada pelo fabricante, saiba que há alternativas até melhores para limpar o seu aparelho. Uma excelente opção é a 3M Scotch Brite Hi-Tech Cleaning Cloth. Essa toalhinha é de uso exclusivo em eletrônicos e funciona muito bem. Além disso, ela conta com um preço convidativo e uma marca mundialmente conhecida por trás da sua fabricação.


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Como limpar Com a toalhinha perfeita em mãos, a primeira coisa a se fazer é desligar o aparelho, além de desconectá-lo de qualquer cabo de energia ou mesmo os fones de ouvido. Além de garantir a segurança durante a limpeza, isso ajudará você na hora de identificar pontos de sujeira. Com tudo desligado, o que você precisa fazer é simples: basta passar levemente a toalhinha na tela, sempre fazendo pequenos movimentos circulares. Não é preciso utilizar nenhum tipo de produto ou sequer molhar a toalha, uma vez que a própria microfibra se encarregará de eliminar a sujeira e os micróbios depositados na tela.

Evite produtos de limpeza Alguns dispositivos, como o iPad ou o iPhone, contam com uma substância de proteção na tela conhecida como revestimento oleofóbico. Esse “escudo”, podemos dizer assim, é capaz de repelir o óleo deixado pelos seus dedos no uso do aparelho – e produtos de limpeza podem fazer com que este revestimento perca efetividade rapidamente. Além disso, muitos desses limpadores contam com substâncias corrosivas, capazes de afetar o funcionamento do seu gadget. Por isso, nada de utilizar limpa-vidros, sabão em pó ou líquido ou qualquer tipo de produto que contenha álcool, amônia ou ingredientes desse tipo. Lembre-se também de que os certificados de garantia de praticamente todas as empresas não cobrem danos causados por líquidos.

Sujeira pesada Você estava comendo aquele pão cheio de goiabada e derrubou uma porção generosa de geleia na tela do seu aparelho? Nesse caso, talvez utilizar somente a toalhinha seca não seja suficiente. Quando a sujeira fugir das habituais marcas de dedos e suor, pegue uma pequena tigela e a encha com água. Depois, derrame uma gota ou duas de detergente para lavar louças nesse potinho e misture. Com essa solução criada, pegue uma pequena ponta da toalhinha e a mergulhe dentro da água. Em seguida, faça levemente movimentos circulares na tela do aparelho, como foi dito anteriormente na hora de se fazer uma limpeza normal. Depois, use a parte seca da toalhinha para finalizar. Caso seja necessário, repita o processo, mas lembre-se sempre de não esfregar a sujeira com força ou molhar o aparelho em excesso para não causar riscos ou outros traumas mais graves. Além disso, não despeje água ou borrife qualquer líquido diretamente na tela.

Enquanto ela não chega Caso você não encontre uma toalhinha específica para este tipo de limpeza em nenhuma loja e também não queira esperar que a comprada pela internet chegue à sua casa, existem algumas soluções temporárias. Você pode, por exemplo, utilizar algum outro pano extremamente macio, algum que não solte pelos e que esteja extremamente limpo – de preferência, algum que nunca tenha sido utilizado. Mas lembre-se de que utilizar produtos adequados é a melhor maneira de limpar a tela dos seus gadgets. revista visão


Diva’s 46 47 <beleza

Fotos Suely Miyake

As

empresárias Ana Carros e Fátima Silva inauguraram no dia 20 de março o Centro Estético Diva’s. O evento de abertura contou com a presença de familiares, clientes, amigos e do renomado cabelereiro Edgar Tatua Vit. O salão é especializado em corte, penteado, tintura e estética em geral.

Ana Carros e Fátima Silva, proprietárias

Creuza Lucas (centr0) - técnica Natum Cosméticos

Diva’s

O hair designer Edgar Tatua Vit, fez sucesso com o público

Rua Campos Salles, 251 - Coral - Lages SC Fone 49 3223 7447 - divasestetica@hotmail.com



48 49 <decoração

ILUMINE SEU JARDIM

A ILUMINAÇÃO EXTERIOR DEVE CUMPRIR DOIS OBJETIVOS: PERMITIR MOVER-SE PELA NOITE SEM PROBLEMAS E COLOCAR EM DESTAQUE AS CARACTERÍSTICAS DO JARDIM PARA CRIAR UM UNIVERSO PARTICULAR. PARA ISSO EXISTEM VÁRIAS ÁREAS CHAVE A ILUMINAR COM PONTOS DE LUZ ESPECÍFICOS.


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ILUMINAÇÃO FUNCIONAL E ESTÉTICA

devem se integrar harmoniosamente no jardim tanto de dia como de noite.

ILUMINAÇÃO DA ENTRADA

Devem-se iluminar prioritariamente as zonas de passagem para prevenir quedas. Nos lugares mais frequentados, pense em uma forma simples de acender ou automática. Os detectores de movimento são opções interessantes no momento.

É importante equipar a zona da entrada com uma boa iluminação. O aconselhável é colocar um aplique exterior em ambos os lados ou uma iluminação descendente sobre a porta.

Do ponto de vista estético, a iluminação permite melhorar o jardim (fachadas, fontes, estátuas, etc.). Determine para isso os lugares e os elementos que quer tirar do escuro. Para fazer provas dos efeitos e experimentar, você pode usar um projetor portátil ou uma boa lanterna.

Se a entrada é estreita, opte por um aplique descendente equipado com um detector de movimento. Se quiser valorizar uma grande entrada, escolha um aplique ascendente. Se a entrada está situada por baixo de uma saliência alta do teto, neste caso você pode, inclusive, colocar um candeeiro suspenso.

Para selecionar a altura dos pontos de luz, pense em respeitar o estilo da casa e do jardim. Aço inoxidável e design para uma casa moderna, alumínio e formas clássicas para uma casa rústica. As luzes exteriores

ILUMINAÇÃO DAS ZONAS DE PASSAGEM Para guiar as visitas e facilitar o caminho é importante clarear as passagens do jardim.

Não faz mal marcá-los com uma luz brilhante, principalmente se o local apresenta uma dificuldade ou um obstáculo importante. Para a iluminação destas zonas recomenda-se o uso de pequenos postes de luz. Coloque um a cada cinco metros, ainda que isto dependa da potência e da sinuosidade do caminho.

ILUMINAÇÃO DA VARANDA Lugar ideal de descanso para jantar e receber os convidados, é importante que a iluminação deste espaço seja agradável e quente. Para conseguir isso, você pode utilizar apliques de parede com difusor (vidro esmerilado) e conseguirá o efeito de suavizar a luz. Também pode utilizar candeeiros de pé. Pode também colocar luzes em volta das marquises de forma que estas a delimitem, mas que não impeçam de ver o restante do jardim.

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50 51 <gastronomia


u a e t â t G i t Pe

o o suprassum TÃO BELO QUANTO SABOROSO. SEMPRE QUE VOCÊ SERVIR ESSA RECEITA, OS ELOGIOS SURGIRÃO. E O MELHOR, MESMO COM ESSE AR SOFISTICADO E GOURMET, O BOLINHO É SIMPLES DE FAZER.

Ingredientes • Manteiga, ¾ xícara • Chocolate meio amargo, 150 g • Farinha de trigo, 1/3 xícara • Gemas, 3 unidades • Ovos, 2 unidades • Açúcar, ½ xícara

Rendimento: 4 porções

das

Um dos

doces que atualmente mais chama atenção das pessoas e virou febre nos últimos anos, é o petit gâteau (pronuncia-se “petí gatô”). Trata-se de um pequeno bolinho, tradicionalmente de chocolate, que possui casca crocante, recheio cremoso em consistência de calda, e normalmente vem acompanhado de sorvete de creme. O diferencial do petit gâteau é o contato do quente do recheio do bolinho, com o gelado do sorvete. O tradicional sempre foi o petit gâteau de chocolate, mas existem atualmente vários tipos de sabores como: doce de leite, limão, goiabada, laranja, chocolate branco, café e até mesmo os salgados.

sobremesa

50 51

s

Sobre sua origem, até hoje não existe uma definição exata, ficando em duas versões, a americana e a francesa. A versão americana conta que um chef de cozinha aqueceu demais o forno, e mesmo após o erro, os clientes do restaurante adoraram. A versão francesa conta que a iguaria foi criada por acaso pelo chef francês, radicado em Nova Iorque, Jean-Georges Vongerichten, ao errar na quantidade de farinha da massa. A única certeza sobre a sua história, é que o doce nasceu através de um erro e que não tem um “pai” reconhecido. Popularizou-se em Nova Iorque na década de 1990, chegando ao Brasil em 1996. Agora, deixando um pouco a origem de lado, vamos aos ingredientes e ao preparo.

Preparo Derreta o chocolate e a manteiga em banho-maria até que forme uma calda. Espere amornar. Acrescente as gemas, os ovos e o açúcar e mexa até homogeneizar. Adicione a farinha e mexa até incorporar bem. Encha as forminhas bem untadas com manteiga e chocolate em pó e leve ao forno preaquecido a

180ºC por 7 minutos a 10 minutos. Esse tempo pode variar dependendo da potência do seu forno, mas a ideia é que o bolinho fique com casquinha por fora, mas cremoso por dentro. O petit gâteau deve ser servido quente. Ele pode ser acompanhado de sorvete de creme e se preferir, decore com fatias de morango e folhinhas de hortelã. Por cima, peneire chocolate em pó.


52 53 <automotivo

Tamanho não é documento Trocar os cabos de vela originais por um modelo de diâmetro maior melhora o funcionamento do motor?

Quanto o processo de vulcanização para conserto dos pneus é eficiente e seguro? Há dois métodos no mercado já consagrados para reparar pneus furados. O macarrão a frio (quando um material elástico é aplicado dentro do furo) e a vulcanização a quente (quando uma pequena camada de borracha é colada sobre o furo). Seu uso é definido pelos borracheiros em função do tipo de furo. As opiniões dos fabricantes de pneus são as mais diversas. Alguns sugerem que nem um nem outro devem ser utilizados, mas apenas um “kit de reparo” vendido na sua rede autorizada. Outros, mais pragmáticos, dizem que o pneu com um furo de até 6 mm de diâmetro pode ser reparado pelos dois métodos, que seriam igualmente eficientes e seguros, dando preferência à vulcanização, que é menos agressiva. Acima dos 6 mm, a maioria recomenda a troca do pneu.

A prova dos 12 Considerando-se a atual tecnologia dos motores, ainda há alguma vantagem técnica nos motores V12?

Teoricamente, o V12 é o motor mais bem balanceado, porque é a duplicação do seis-cilindros em linha, famoso por sua suavidade. Mas ele se tornou reconhecido mesmo por permitir grandes cilindradas (e, por consequência, muita potência e torque) ocupando um pequeno espaço, já que um motor de 12 cilindros em linha seria praticamente inviável de se colocar sob qualquer capô. Entretanto, o que vai determinar a sobrevivência do V12 será seu carisma. Hoje há recursos técnicos suficientes para transformar um V8 de 4,0 litros num equivalente em potência a um antigo V12 de 6,0 litros. É por isso que Antony Sheriff, antigo presidente da McLaren, disse: “O V12 é uma coisa do passado. O lugar desse motor é o museu”.

Fonte quatrorodas.com.br

Vai um macarrão frio?

A troca dos cabos de vela originais por outros com maior diâmetro não traz necessariamente melhores resultados, pois a medida refere-se ao diâmetro externo e não ao calibre do núcleo condutor. O que importa é a resistência desse núcleo: quanto menor ela for, melhor. Um bom cabo de reposição americano com diâmetro de 8,5 mm tem resistência de 200 ohms/ metro. Outro cabo de qualidade inferior e mesmo tamanho apresenta resistência de 1 900 ohms/metro. Portanto, cuidado com cabos de vela esportivos de aparência chamativa. Nesse caso, visual (e tamanho) não determina qualidade.


Tudo por um fio Como é feita a medição pelo hodômetro do carro? Os hodômetros podem ser mecânicos ou eletrônicos (digitais). Os mecânicos funcionam por meio de cabo de aço, numa extremidade ligada geralmente a uma saída na caixa de transmissão – no Fusca, era conectado à roda dianteira esquerda. Na outra extremidade, o cabo é conectado a um conjunto de engrenagens calibradas de modo que cada número de voltas mude um dígito no mostrador. A cada dez mudanças desse dígito, ele volta a zero e o segundo dígito avança um número, e assim por diante. Os eletrônicos usam uma roda dentada, ou com “janelas”, e um sensor magnético, que conta os pulsos conforme a passagem pela roda dentada. Nesse sistema não há cabo de acionamento, mas um único fio que liga o motor ao painel de instrumentos. A unidade de controle do motor conta os pulsos e monitora a distância percorrida pelo carro. Assim, se alguém conseguir voltar o hodômetro no painel, o mesmo não acontecerá com a unidade de controle do motor. Por isso as concessionárias podem acessar o sistema e informar a real quilometragem do veículo.

Muito abrigado Como funciona o termômetro nos automóveis? Como ele mede a temperatura externa mesmo com o carro em alta velocidade? Os termômetros para medição da temperatura externa são colocados em locais estratégicos, como no interior dos espelhos retrovisores externos ou atrás do para-choque. Assim eles são retirados do fluxo de ar que contorna a carroceria e poderia falsear o registro da temperatura real.

CHEVVICAR BUSCANDO MELHOR ATENDER AO CLIENTE Os irmãos Nilson e José Varela estão à frente da Chevvicar Automotiva e têm como lema: bem atender ao cliente. A empresa é especializada nos serviços da linha de suspensão, freios, motores, injeção eletrônica e caixa, de veículos leves e caminhonetes. Nilson Varela Além disso, o cliente que possui problemas em outros segmentos que não são oferecidos pela mecânica, pode ficar tranquilo, pois a empresa encaminha para os parceiros e devolve o carro em perfeito estado. A empresa também trabalha com sistema de leva e busca e devolve o veículo lavado. A Chevvicar está há mais de 25 anos no mercado e os irmãos assumiram a empresa com o intuito de estabelecerem uma sociedade juntos. “Eu era bancário e meus irmãos trabalhavam como mecânicos. Fomos estudando a possibilidade de montar um negócio e quando a oportunidade surgiu não pensamos duas vezes”, conta Nilson, que hoje administra os negócios e os irmãos trabalham como mecânicos da empresa. A empresa fica localizada na Avenida Belizário Ramos, Centro de Lages. Funciona de segunda a sexta-feira em horário comercial. Telefone para contato é 49 3222 4244 e e-mail chevicarautomotiva@bol.com.br


54 55 <vida e

saúde

UM

DOADOR DE

ORGÃOS PODE SALVAR ATÉ

DEZ VIDAS ao lado é de uma carta anônima de um doador de órgãos divulgada no site da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO). Doar órgãos é um ato de amor e solidariedade. Quando um transplante é bem sucedido, uma vida é salva e com ele resgata-se também a saúde física e psicológica de toda a família envolvida com o paciente transplantado. Entre os órgãos que podem ser doados estão: coração, rins, fígado, pulmões, pâncreas e intestinos. Entre os tecidos: pele, ossos, córneas, válvulas do coração e tendões. Estima-se que um doador seja capaz de salvar ou melhorar a qualidade de vida de até 10 pessoas, caso todos os seus órgãos sejam doados.

SC NA LIDERANÇA EM TRANSPLANTE O ano de 2013 foi de comemoração para a SC Transplantes. Além de Santa Catarina ser líder no país em número de doadores de órgãos e tecidos – pela sétima vez em oito anos –, foram autorizadas uma média de três doações de órgãos e feitos três transplantes no Estado em um só dia. Foram 26,8 doadores por milhão de população, enquanto a média nacional ficou em 13,3. O coordenador da SC Transplante, Joel Andrade, enfatiza que o Estado tem o melhor índice de doação de órgãos e tecidos por população do país.

2011

NÚMERO DE TRANSPLANTES 1.015 pessoas beneficiadas

2012

Texto e Foto

Liana Fernandes

O trecho

1.035 pessoas beneficiadas

2013

“NÃO CHAMEM O MEU FALECIMENTO DE LEITO DA MORTE, MAS DE LEITO DA VIDA. DEEM MINHA VISÃO AO HOMEM QUE JAMAIS VIU O RAIAR DO SOL, O ROSTO DE UMA CRIANÇA OU O AMOR NOS OLHOS DE UMA MULHER. DEEM MEU CORAÇÃO A UMA PESSOA CUJO CORAÇÃO APENAS EXPERIMENTOU DIAS INFINDÁVEIS DE DOR”.

1.175 pessoas beneficiadas

O tecido mais transplantado foi a córnea, com 504 procedimentos. Os órgãos mais transplantados são os rins, com 268 procedimentos, seguido do fígado, com 116 transplantes.


QUANDO DOAR A doação de um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão e medula óssea pode ser feita em vida. Mas em geral tornam-se doadores quando ocorre a morte encefálica. Tipicamente isto ocorre através de algum acidente que provocou um dano irreversível ao cérebro (AVC – derrame cerebral, traumatismo craniano, causado por acidente com carro, moto, quedas e de outras causas). A morte encefálica é a parada definitiva e irreversível do encéfalo (cérebro e tronco cerebral), provocando em pouco tempo a falência de todo organismo. É a morte propriamente dita. Para a confirmação da morte encefálica, faz-se um diagnóstico clínico e gráfico. É importante frisar que esses testes são realizados repetidamente em intervalos pré-determinados, por dois médicos especialistas e um terceiro profissional que aplica um exame complementar de imagem, como por exemplo, a arteriografia cerebral. Isso é feito para garantir um resultado exato. Segundo a especialista em psicologia da saúde e hospitalar, Maria Célia Bini, não se pode confundir a morte encefálica com coma. O estado de coma é um processo reversível e a morte encefálica não. “Existem três grupos de doadores: o doador vivo (pode doar um dos rins, parte do fígado, parte do pulmão e medula óssea), o doador de coração parado (pessoas que podem doar as córneas, tecidos, ossos e válvula cardíaca) e o doador em morte encefálica. Cada pessoa em morte encefálica tem a possibilidade de salvar sete vidas”, descreveu Maria Célia.

COMO DOAR Para ser doador após a morte não é necessário portar nenhuma documentação, mas é fundamental comunicar à própria família o desejo da doação posto que após o diagnóstico de morte encefálica, a doação só se concretiza após a autorização dos familiares, por escrito, o que, na dependência do órgão a ser transplantado, exige, por

vezes, rapidez. Em Lages o trabalho é feito pela equipe da CIHDOTT (captação de órgãos) do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Maria Célia Bini conta que há todo um cuidado após o diagnóstico da morte encefálica. “Primeiro cuidamos da família, porque eles estão passando por uma perda. Cuidamos dessa dor e oferecemos a oportunidade que essa pessoa que está em morte encefálica tem de oferecer os órgãos para outras pessoas. Aqui em Lages a aceitação é grande, tanto que somos a terceira cidade de SC com maior número de doações”, informa Maria Célia.

CORRIDA CONTRA O TEMPO Após a aceitação da família, se inicia uma corrida contra o tempo, já que alguns órgãos têm poucas horas para serem transplantados. “Depois do aceite, a documentação vai para a central de transplantes, onde ocorrerá o que chamamos de ranking, ou seja, a lista única de pessoas que necessitam de um transplante e que este paciente seja compatível para receber este órgão. Nem sempre o primeiro da fila é a pessoa compatível para aquele órgão disponível. Precisa-se avaliar peso, idade, tipo sanguíneo e onde está este receptor, pois é preciso que seja feito tudo com muita rapidez, desde a retirada do órgão até o transplante”, explica Maria Célia. Coração, pulmões, fígado e pâncreas só podem ser transplantados se removidos após a morte encefálica e antes da parada cardíaca; a retirada de córneas e ossos pode ser feita até 6 horas após a parada cardíaca; e, no caso dos rins, o limite é de um máximo de 30 minutos após a parada cardíaca.

O coração só pode ser doado por

QUEM PODE DOAR

pessoa que tenham até 50 anos.

Em geral todas as pessoas podem ser doadoras. Porém, a doação pressupõe critérios mínimos de seleção. A idade, o diagnóstico que levou à morte clínica e o tipo sanguíneo são itens estudados do provável doador para saber se há receptor compatível. Não existe restrição absoluta à doação de órgãos, a não ser para portadores do vírus HIV e pessoas com doenças infecciosas ativas. Também em geral fumantes não são doadores de pulmão. A faixa etária para doação, ao contrário do que muitos pensam, é muito ampla e segue os seguintes critérios:

Rim até 75 anos. Fígado até 80 anos. Pulmão até 60 anos. Pâncreas até 45 anos. Córneas de dois até 80 anos.

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Maria Célia Bini, especialista em psicologia da saúde e hospitalar


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58 59 <esporte

Mulheres na Montanha: uma Aventura para Elas UM DIA PLANEJADO ESPECIALMENTE PARA ELAS. MAS NADA DE GLAMOUR! AS MULHERES VESTIRAM ROUPAS DESPOJADAS E FORAM DESBRAVAR UM DOS CARTÕES POSTAIS MAIS LINDOS DA SERRA CATARINENSE. A AVENTURA FEZ PARTE DA PROGRAMAÇÃO DO EVENTO MULHERES NA MONTANHA, QUE ACONTECEU NO DOMINGO, DIA 09 DE MARÇO, EM BOM JARDIM DA SERRA, EM COMEMORAÇÃO AO DIA INTERNACIONAL DA MULHER.

Por

Liana Fernandes • Fotos

Vani Boza

A ideia

surgiu em 2007, quando nove mulheres do Rio de Janeiro decidiram escalar juntas para comemorar o Dia Internacional da Mulher. Desde então, esse grupo se reúne no domingo mais próximo dessa data e, a cada ano, o número de participantes tem aumentado. Hoje, o evento ocorre também em outras regiões como São Paulo, Paraná, Espírito Santo e Santa Catarina. Além de celebrar, o evento tem por objetivo a integração das participantes e o contato com a natureza em atividades diversificadas e animadas, dedicadas somente a elas. a

3 edicao na Serra Em 2012, montanhistas da Serra Catarinense gostaram da ideia e, com o aval da equipe organizadora do Rio de Janeiro, promoveram uma caminhada na região com o mesmo nome, a revista visão

mesma data e camiseta. A primeira edição contou com 40 caminhantes na Serra do Corvo Branco, em Urubici. Já a segunda edição (2013), recebeu 50 inscrições de mulheres que caminharam no Parque Nacional de São Joaquim, também em Urubici. Neste ano, a terceira edição do evento quase dobrou o número de participantes, contando com 85 inscrições. “Participaram mulheres de vários lugares como Urubici, Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Bom Retiro, Treviso, Florianópolis, Criciúma, Lages, Tubarão, Correia Pinto e até de Erechim, no Rio Grande do Sul”, informa Maryella Masseli, uma das organizadoras. As idealizadoras do evento na Serra Catarinense são: Maryella Masseli (Graxaim Ecoturismo e Aventura - Urubici/SC); Meriê O. Ternes Lemos (Tribo da Serra Ecoturismo - Bom Jardim da Serra/ SC) e Miria de Oliveira (Bom Jardim da Serra/SC).


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o percurso Dessa vez a caminhada ocorreu nos campos da Serra Catarinense, na região de Bom Jardim da Serra, próximo à Serra do Rio do Rastro. Após alguns exercícios de alongamento, o grupo saiu do mirante da Serra seguindo em direção ao Cânion da Ronda, num percurso de sete quilômetros em uma trilha leve. As mulheres passaram por uma mata de araucárias e finalizaram com um refrescante banho de cachoeira. Ao longo da caminhada foram feitos exercícios de respiração e meditação. A atividade terminou com um café acolhedor e com sorteios de brindes oferecidos pelos apoiadores.

Impressoes É a primeira vez que a jornalista Tainá Borges, de Lages, participa do evento e ela garante que não será a última. “Foi um dia super bacana. Momento de esquecer os problemas, de aproveitar o que a natureza oferece e na companhia de pessoas legais. O evento foi bem organizado. O tempo de passeio foi na medida certa, com grau de dificuldade leve. O banho de cachoeira encerrou com chave de ouro e o lugar escolhido não poderia ser mais deslum-

brante. Superou minhas expectativas. Soube como havia sido o do ano passado e não esperava menos. Um evento que tende a crescer muito porque vem ganhando adeptas a cada edição. O número de participantes do próximo ano deve ser maior que 100 mulheres. Tenho certeza que muita gente se arrependeu de não ter ido”, comenta. Teve mulheres de todas as idades. A dona de casa Aidé Martins, 59 anos, diz que é participante fiel do evento. “Sempre venho e recomendo. Além de ser um evento comemorativo, eu gosto de caminhar todos os dias. E em contato com a natureza fica melhor ainda”, declara. A guia turística e idealizadora, Miria de Oliveira, destaca que os caminhos em que as mulheres passaram, como Cânions e cachoeiras, valem a pena e que todo trajeto é renovador para a alma. A colega de Miria, Débora Moura, acrescenta que o passeio ajuda na autoestima e a sair da rotina do dia-a-dia da mulher, que ultimamente tem sido muito sobrecarregado. revista visão


60 61 <culturarte Por

Marco Cordeiro • marco@revistavisao.com.br

Três formas de amar

Se você

está lendo esse texto, está vivo. Se está vivo, amou. Ainda ama, pois amor é o sentimento maior, que nos move, nos faz sofrer, errar e tornar a errar. Em nome do amor é que sabemos que estamos vivos. A ética é a tentativa de imitar o comportamento daquele que ama. Quem ama, dá, mas por amor, sem esperar nada em troca. Quem não ama, pode dar, mas por moral, pela generosidade, sentimento diferente do amor. Podemos indicar três formas de amar em nossa vida, segundo os grandes Platão, Aristóteles e Cristo. O amor de Platão é DESEJO. É amor pelo que falta, é EROS. Sempre estamos na busca pelo que NÃO temos e quando conseguimos, já não é suficiente, precisamos de mais. Um emprego, um aumento de salário, um troféu, um diploma e sim, por mais canalha que pareça, mas muito comum, uma conquista amorosa. Quando o desejo acaba, termina também esse amor. É um modelo infeliz, pois você deseja o que não tem ou tem aquilo que não deseja mais. Para Platão ninguém pode desejar aquilo que tem. O amor de Aristóteles é ALEGRIA. É amor pelo que temos, é PHILIA. Alegramo-nos por aquilo que temos. É amor pelo momento, é uma reconciliação com o mundo, aquele mundo que está diante de nós. É o encantamento com as coisas que já fazemos. É um amor sem aplicabilidade futura, é passagem

revista visão

de um estado mais potente do próprio ser. É um modelo difícil, pois fomos moldados para o desejo, para metas, pela falta e não pela alegria, essa nos gera culpa até. É vergonhoso ser feliz com tanta desgraça pelo mundo. Mas por outro lado é simples também, pois podemos nos alegrar com pequenas coisas e inclusive, pasmem, com a nossa própria pessoa. Sim, se a alegria for por motivos simples é mais alcançável e nada mais simples que nós mesmos. O amor de CRISTO é ENTREGA. É amor pela felicidade do outro, é ÁGAPE. Enquanto Platão tem o amor centrado no desejo, Aristóteles tem o amor centrado na alegria, o amor de CRISTO faz sentido se for pelo próximo. Como diz Tomás de Aquino, no amor de CRISTO, o que importa é o AMADO, a felicidade está em ajudar sem interesse, em contribuir sem esperar, estar ao lado do amigo mesmo quando ele fraqueja, pois ser amigo quando ele está certo não é ser amigo, é ser conveniente. É o mais sublime dos modelos, deixa o ego, a vaidade e tudo que for mundano pra trás e avança nossa alma. Nesses três modelos, é possível viver sem excluir nenhum deles. Precisamos de Platão para desejar, de Aristóteles para alegrar e mais ainda, de CRISTO, o pensador, para saber que felicidade é viver bem com nossos semelhantes, com todos que estão em nosso caminho e que por maravilha do destino, fazem parte de nossa vida e merecem toda nossa energia e amor.


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62 63 <panorama Por

Paulo Ramos Derengoski • jornalista e escritor derengoski@revistavisao.com.br

Uma ilha longe demais

A Ilha

Maurício, localizada no Oceano Índico, tem muitas etnias, religiões e idiomas. Com apenas 32 anos de independência, lá se falam mais de 11 línguas, entre os quais inglês e francês. Com pouco mais de um milhão de habitantes é uma Arca-de-Noé humana. Mas tão bonita que dela disse Mark Twain: “Deus criou a Ilha à imagem do paraíso terrestre”.

Indústria de vestuário e peças para relógios são outras especialidades da Ilha, cujo segredo é a mão-de-obra barata e horários de trabalho rígidos: dez horas por dia, sábado e domingo idem, em turnos. Com isso, a qualidade de vida subiu muito e doenças e analfabetismo foram eliminados. Existem praia paradisíacas de águas cristalinas e a criminalidade é quase zero.

Centro de turismo tropical, hoje dando o salto tecnológico asiático, ela foi descoberta só em 1638 pelos holandeses, que logo entupiram a ilha com escravos negros e trabalhadores chineses e indianos, numa miscigenação total.

O Jardim Botânico de Pamplemousse é um dos mais completos do mundo e a pesca de grosso calibre atrai milionários americanos que já esgotaram o Caribe. O calendário religioso hindu domina as festas da ilha, principalmente o desfile de Maya Shiva em fevereiro.

Como todos os holandeses sempre foram péssimos colonizadores, durante muito tempo a ilha ficou a produzir fumo e açúcar. Depois da independência criou-se uma Zona de Processamento de Exportações (ZPE), que está atraindo capitais estrangeiros, inclusive brasileiros do grupo Tourismar, especialista em turismo de pesca e de mar. revista visão

O problema para sul-americanos irem fazer turismo na Ilha Maurício é a distância. É um lugar longe demais... A única coisa chata são os políticos horrorosos que por lá aparecem, com tudo pago, mas dizendo que foram “buscar empresas”...


CONSÓRCIO NACIONAL HONDA

MAIS VANTAGENS PRA QUEM PENSA NA FRENTE

O consórcio é a modalidade de compra que mais cresce no Brasil, as parcelas são pequenas, o prazo é flexível, e no final das contas o seu veículo custa muito mais barato. Sim, você pode comprar o seu Honda e economizar muito!

HONDA CITY EM 60X APENAS R$39,55 AO DIA MELHORES TAXAS DE ADMINISTRAÇÃO SEM INCIDÊNCIA DE JUROS MENORES PARCELAS PRAZOS MAIS LONGOS

City / Plano especial / 60 meses / 02 contemplações / Valor do crédito R$ 61.588,00 (100% do valor do bem) / Taxa administrativa 12% no total do Plano (0,17% ao mês) / Modelo City LX AT / R$ 61.588,00 / Valor da parcela R$1.186,56 ao mês / Planos sujeitos a alterações pelo Consórcio Nacional Honda sem aviso prévio.

RIO DO SUL

LAGES

AL. ARISTILIANO RAMOS

AV. DUQUE DE CAXIAS

47 3531-7100

49 2101-0770


64 65 <almanaque Por

Almirante Soares Filho • comerciante e ensaísta almirante@revistavisao.com.br

O Mercado Público

Em Lages,

as feiras públicas aconteciam já no início do século XIX, com grande movimentação de pessoas no local chamado Praça da Cavalhada ou Praça do Manejo onde hoje se localiza a Praça Vidal Ramos Sênior. Na época comercializava-se de tudo, como alimentos, utensílios, ferramentas, bebidas, vestuários e até animais. Houve então a necessidade de erguer um espaço físico para que o funcionamento do mercado público fosse organizado, fiscalizado e administrado pelo município. O primeiro mercado público então foi inaugurado em 1879 e posteriormente reconstruído na administração do Major Vidal José de Oliveira Junior, reinaugurando em 29 de setembro de 1899. Do primeiro mercado, cuja planta Dr. Ruben Cleary apresentou à Câmara Municipal em 1875, foram aproveitadas somente as quatro paredes externas sendo construídas várias dependências, galpões, pequena mangueira, etc. Com a construção do novo mercado municipal “longe da área central”, inaugurado em 1944, é feita a remodelação da praça do “Mercado Velho”, tornando-se um local com um belo visual e inigualável labor. Posteriormente, nos anos 70, toda aquela beleza foi destruída para abrigar o terminal urbano, um estacionamento e um espaço para vendedores ambulantes.

O milagre de São João Maria e o Santuário da Santa Cruz “Um dia, como um fantasma, filho da própria floresta, aparecia um velho de barbas intensas, pés maltratados, dentro de alpercatas de couro cru, um barrete de pele de tigre na cabeça, uma sacola às costas, um velho livro de orações, um cajado na mão, curvado ao peso dos anos e das caminhadas longas, não dormia nas casas e para alimento cozia umas ervas... E o povo cercava e ouvia-lhe a palavra cheio de reverências. Era este andante advindo dos rincões do Paraná. Fazia previsões apocalípticas de pragas e de fins do munrevista visão

do. Este misterioso homem era chamado pelo povo de ‘Profeta São João Maria de Agostinho’”. Em Lages, ele esteve por volta de 1862 – muito antes da Guerra do Contestado. Pouco antes de sua partida trataram seus fiéis de levantar a cruz. Mas na hora de pregar o braço verificaram que não havia prego suficiente, muito grande para a madeira disponível. Então, segundo a lenda, ocorreu um dos grandes milagres do monge. Ele falou: “Saiam dois homens, caminhem por esta rua aqui e onde encontrarem um galpão, entrem. Lá estão quatro homens conversando junto ao fogo. Entrem e passem a mão sobre a ‘linha’ no canto esquerdo de quem entra e lá encontrarão o prego”. Tudo foi feito e realmente o prego foi encontrado. O braço da cruz foi pregado e ainda hoje, quem quiser vê-lo é só observar a cruz que está dentro da igreja (...). Deste dia em diante os devotos em grande quantidade vinham aos pés da mesma para rezar o Santo Rosário. (...). Entre 1870 a 1872 o Pe. Antônio de Carvalho, então vigário de Lages fez construir a primeira Capela de Santa Cruz. Ficou nomeado zelador Lourenço Dias Batista. A capelinha envelheceu, o telhado apodreceu e a cruz apareceu por cima da coberta, daí surgindo a lenda de que a cruz estava crescendo. Diante deste fato, e da precariedade da igreja, por ordem de alguém, a Cruz foi levada para a Catedral. Mas o povo não aceitou e protestou. Foi então que o saudoso Dom Daniel nomeou uma comissão que se encarregou da construção, no mesmo local da capela, de um templo dedicado a Santa Cruz. Foi inaugurado em 17 de maio de 1931. Desde o início quando foi erguida a cruz, todos os anos festeja-se nos dias 1, 2 e 3 de maio, a grandiosa e tradicional festa popular que culminava com uma grande procissão. Severino Elisio Pontin (in memoriam)



66 67 <visões do ozóide

Por

Ozóide • Alienígena, intelectual e olheiro ozoide@revistavisao.com.br

Vandalismo e impunidade

Em

meados de março, em Lages, uma ação de vândalo(s) revoltou. Na madrugada do domingo (16/03), nas ruas centrais da cidade, alguns desocupados arrebentaram mais de 30 lixeiras de concreto e de plástico, estruturas colocadas ali para que as pessoas depositem o lixo em local apropriado, não gerando sujeira e problemas. Aliás, essa foi apenas mais uma ação de vândalos, gente sem noção e sem escrúpulos que não estão nem aí

para a coletividade. Isso que na região central da cidade há várias câmeras de videomonitoramento que deveriam filmar tudo o que acontece ao redor 24 horas por dia, com policiais acompanhando tudo numa central. Pergunta-se: as ações dos vândalos foram filmadas? Alguém acompanhou ou viu através dos monitores? Se viram, por que os deixaram agindo sem tomar providências? Quanto maior a impunidade, mais esses energúmenos vão agir.

Violência contra a mulher O machismo, a impunidade e a falta de vergonha na cara continuam dando a Lages o triste título de cidade mais violenta do estado contra a mulher. Em média, de acordo com a Delegacia da Mulher, são registradas mensalmente mais de 280 casos de agressões contra mulheres na cidade. Isso não levando em conta que na maioria das vezes as mulheres nem registram as ocorrências com medo de apanhar ainda mais dos “machões”. Tivemos até o cúmulo de um caso em que uma mulher apanhou do marido, teve de fugir e pular de uma janela do segundo andar de um prédio (do apartamento do casal) e se machucou na

FIQUE DE

OLHO! revista visão

Falta de especialistas queda. A PM, acionada por vizinhos, conduziu o casal até a delegacia. E a mulher, pasmem, não quis registrar a ocorrência. Nas redes sociais, alguns abestalhados perguntavam em tom de deboche o que teria feito essa mulher para “merecer” tal surra. Ninguém merece ou deve apanhar, independente do que tenha feito (sejam mulheres ou homens). Se alguém cometeu um delito, para isso existem a polícia, a cadeia e a justiça. A Constituição, a civilidade e a razão não permitem que se faça justiça com as próprias mãos. Contra ninguém (inclusive e principalmente contra as mulheres).

Esse espaço também é para você leitor. Alguma coisa está errada na sua rua? Na sua cidade? Com as lideranças políticas? Denuncie! Envie um e-mail para: ozoide@revistavisao.com.br

Pacientes de Lages que precisam de consulta ou atendimento para determinadas especialidades médicas continuam amargando longas e extenuantes esperas por falta de médicos especialistas que atendam pelo SUS. Em período não muito distante dizia-se, na campanha política, que os problemas na saúde de Lages estariam com os dias contados. Quem precisa de um oftalmologista, dermatologista, ortopedista ou endocrinologista pelo SUS tem de amargar meses para uma consulta. E quem precisa de exames especializados como uma mamografia, idem. Isso sem falar nas cirurgias de adenoide e de amigdalite, de cataratas ou outras. Se não há especialistas, que se contrate gente de fora! E pensar que quando se fala num curso de Medicina no CAV, uma decisão que pode ser de um lageano, ninguém dá bola.


66 67

Traga seu amigo, vizinho, parente, juntos neste desafio, tanto pela conscientização da necessidade da atividade física, como demonstração de união que em breve poderemos partir desta para desafios ainda maiores”. Álvaro Mondadori (Joinha) sobre o “1º Desafio Semasa na Av. Carahá”, a ser realizado no dia 12 de abril.

Essa é uma pequena contribuição. Mas ajuda a renovar as esperanças dos lageanos e dos serranos. Temos os equipamentos, mas precisamos aumentar os profissionais desta área, bem como a remuneração da tabela do SUS”.

Deputada Federal Carmen Zanotto (PPS), ao repassar R$ 600 mil para o HNSP adquirir vários novos equipamentos.

Eu não vou abrir mão de construir o Parque da Cidade na área ociosa do Jóquei Clube. Quero fazer um acerto com a entidade e estou pronto a dialogar. Mas se for necessário ingressaremos na Justiça para reaver aquela área”. Elizeu Mattos – Prefeito de Lages Na CDL – dia 18/03/2014

Grupos políticos, black blocs, vândalos e entidades sindicais de servidores públicos combinando atos de protesto, violência e greves no período da Copa do Mundo;

Prefeitura de Lages e Governo do Estado começam a concluir e entregar obras na cidade e região à população;

Obras da rodovia Caminho das Neves, em São Joaquim, continuam atrasadas. Agora a desculpa do 10º BEC são problemas num britador;

Número de empregos com carteira assinada voltou a subir em fevereiro no Brasil e em Santa Catarina;

Número de homicídios em Lages vem assustando neste ano. Em apenas 48 horas, três pessoas foram assassinadas no mês de março (incluindo Nando Letti, de 60 anos, que perdeu a vida de forma brutal); Amures realizando competições de laçada (durante vários finais de semana). É para isso que existe a Associação dos Municípios? Um dos mais belos cartões postais de Santa Catarina e do Brasil, a Serra do Rio do Rastro, está abandonada: a iluminação desapareceu, a limpeza está precária, além da sinalização, qualidade do pavimento e cuidados gerais; Estamos há menos de 90 dias da Festa Nacional do Pinhão. E até agora muito pouco se sabe sobre o evento deste ano. A licitação não teve nenhuma empresa interessada. E agora José?

Implantação de lombadas eletrônicas e furões em Lages, disciplinando a velocidade dos motoristas de Lages; Mercado Público de Lages deverá ter projeto de revitalizaçã elaborado. E parece que a Ambev vai fazer os aportes de recursos para as obras, deduzindo tudo do Imposto de Renda; Prefeito Elizeu informando que deverá implantar o Parque da Cidade em terreno ocioso do Jóquei Clube; Fundação Cultural realizando com sucesso o Salão do Livro na Praça Joca Neves; GVT investindo R$ 50 milhões em Lages, com início de operações (telefonia e internet) para breve (deverá ter 16 mil usuários dentro de um ano).

revista visão


68 69 <passatempo

(DEZ)AFIO Embora sejam muitos semelhantes, estas duas imagens apresentam 10 pequenas diferenças. Tente encontrá-las. Boa sorte!

Italianos de Bento Gonçalves jogando a tradicional “Mora”

Resultado da edição 94

revista visão






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