Revista Visão - Agosto 2013 - Edição #88

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edição 88 a g o . 13

ano 11 r$ 13,90

INTER DE LAGES, O LEÃO SOBREVIVE O Leão da Serra luta mais uma vez para voltar à elite do futebol catarinense, desta vez com toda a diretoria e time renovados

ENTREVISTA Maurício Neves de Jesus e sua paixão pelo Inter SAÚDE Diabetes e hipertensão: as doenças silenciosas

CLIMA O espetáculo da neve e do frio no Sul do Brasil




04 05 <para começar

32

14 Nesta Edição

08

08 Entrevista

Maurício Neves de Jesus fala sobre sua paixão pelo futebol e a missão que lhe foi confiada de ajudar na reconstrução do Inter de Lages.

14 Reportagem Especial

O ressurgimento do Inter de Lages. A história, a desativação, a reestruturação e a expectativa pelo desempenho do time na terceira divisão.

22 Soletrando

32 Saúde Preventiva

24 Garota Visão

40 Infraestrutura

28 Destaque

50 Vida e Saúde

30 O espetáculo do frio

54 Estilo de Vida

Gabriel Rosa Padilha, o lageano que representa Santa Catarina no programa Soletrando, do Caldeirão do Hulk.

Suelen Chaves, a musa do Leão Colorado, dá mais cor às belas páginas desta edição.

Camaro Imobiliária comemora três anos de existência.

As belas imagens e informações sobre a maior nevasca registrada nas últimas décadas na região Sul do país.

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Hipertensão e diabetes: as doenças silenciosas que são capazes de matar.

Mãos à obra: a nova ala do Hospital Tereza Ramos começa finalmente a ser construída.

Aleitamento materno, um ato de amor e de preservação para o bebê.

Saiba mais sobre o movimento Slow Food, a filosofia e o que pregam seus seguidores.


carta ao leitor>

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A cidade e a paixão pelo renascimento do seu time

Depois Nossa Capa Tema

Leão da Serra • Fotomontagem

Thiago Córdova Leão Baio, símbolo da força e garra do Internacional de Lages neste recomeço

Nossa Gente

Diretor Geral Gugu Garcia Diretor de Redação Loreno Siega - Reg. Prof. 2691/165v-PR Repórter Liana Fernandes Gerência Eder Pitz de Lima Direção de Arte Chelbim Michel Poletto Morales Thiago Córdova Ilustração André Paes Assinaturas Luiz Wolff Comercial Suely Miyake Administrativo Edmara Muniz Distribuição Robinson Marcelino Tiragem 3.000 exemplares

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da neve forte e ampla que cobriu o Sul do Brasil – e do frio intenso que se seguiu com dias de fortes geadas e baixas temperaturas, o Inter de Lages começa a disputar a terceira divisão do campeonato estadual em agosto. E para incentivar o time e os torcedores, a Revista Visão traz uma edição especial sobre o Leão Colorado. A reportagem especial produzida pelo jornalista Patrick Cruz conta a história do renascimento do time lageano. Fala sobre as conquistas do clube, os grandes jogadores e técnicos que já passaram pelos gramados do Estádio Vidal Ramos. E mostra ainda como está sendo reestruturado o colorado serrano para entrar em campo e fazer bonito, com sede de vitórias. Maurício Neves de Jesus é o entrevistado do mês. O Superintendente da Fundação Cultural e membro da diretoria do Inter de Lages, fala sobre o sentimento em relação a Lages, sua profissão e sua paixão pelo futebol. Conta também como foi produzir o livro “Aquelas Camisas Vermelhas” e o que tem feito pelo Colorado. E a escolha da Garota Visão deste mês não poderia ter sido diferente: Suelen Chaves, a musa do Inter. Ela veste a camisa vermelha e branca e embeleza o gramado do Vidal Ramos com sua graça, charme e boa forma. Confira a edição mais colorada do ano! Duas doenças silenciosas que matam: hipertensão e diabetes. Uma vai contra o sal e a outra contra o açúcar. Como prevenir e ter qualidade de vida se diagnosticado com uma dessas doenças? Conheça casos e saiba mais sobre essas enfermidades traiçoeiras. Ainda na área da saúde aprenda sobre a importância do aleitamento materno, formas de manejo, conservação e quais doenças são prevenidas com a amamentação. Alguém sabe o que é Slow Food? A tradução literal seria: comer devagar. Mas o movimento vai além disso. Acompanhe esta matéria na editoria Estilo de Vida. O lageano Gabriel Rosa Padilha nos conta ainda como está a expectativa para o Quadro Soletrando. E as obras na nova ala do Hospital Tereza Ramos vão finalmente começar. Tem ainda informações e belas imagens da neve e do frio. Ou seja, uma edição repleta de informação! Ótima leitura! A Redação Revista Visão

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Foto do mês

Foto Sandro Scheuermann

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Crianças do CEIM Mutirão tiveram dia de “Arraiá” com danças e comidas típicas.

facebook.com.br/revistavisao Parabéns a todo o pessoal que se manifestou contra essa sacanagem em prol da não derrubada das araucárias. Não basta dizer: “vamos derrubar”. Tem de apresentar dados concretos, laudos, autorização de entidades da área. E de certa forma, parabéns ao secretário do meio ambiente que na última hora resolveu avaliar melhor a situação. José Remi Regianini (Sobre o corte das araucárias na Av. Presidente Vargas - Lages) Ele viu uma “Oncinha” no caminho, tentou desviar e não conseguiu.

A que ponto chega a estupidez em tentar “resolver” as coisas na bala. Chocante.

Marlon Giasson (Sobre o capotamento do prefeito de Correia Pinto)

Jucléia Lima Miquelluti (Sobre o advogado morto por cliente, em Lages)

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Dia da Pizza

Parabéns às ganhadoras da promoção: Comemore o Dia da Pizza com Revista Visão e Pizzaria Veneza, feita entre os dias 10 e 12 de julho:

notícias enquete opinião escolha Katianne Antunes Cunha

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Rosane Machado

Em Lages qual seria o motivo do seu protesto?

+1714108764A 24 Resultado / Julho

23,31% Fim da intervenção na Uniplac

16,92% Punição dos responsáveis pelos roubos no setor de RH da prefeitura

14,66% Falta de soluções na saúde pública

10,53% Demora excessiva nas obras realizadas pela prefeitura 7,89% Redução do número de vereadores

6,02% Prejuízos da Festa do Pinhão

6,02% Redução do preço do transporte urbano 5,64% A Novela do Colégio Aristiliano Ramos

4,51% Imbróglio da Sinotruck que nunca começa

4,51% Demora para o início da nova ala do HTR Vote acessando blog.revistavisao.com.br


editorial>

Os ventos são favoráveis para Lages

Raimundo

Colombo e o prefeito Elizeu Mattos andam afinando o discurso. Pelo menos é o que se nota nos últimos eventos públicos em que estiveram presentes, em Lages. Essa aparente “sintonia”, acreditamos, deve-se a uma conjunção de vários fatores. Mas a principal delas é de caráter político. E poderia ser resumida na seguinte máxima: “Eu preciso de você. E você precisa de mim. Façamos, então, essa aliança estratégica”. Essa nova relação, que no passado não foi tão estreita assim (Colombo e Elizeu andaram em palanques diferentes nas eleições para a Prefeitura de Lages, por exemplo, embora nunca tenham brigado publicamente), começa a ser construída agora sob a ótica de prováveis cenários políticos que se avizinham em 2014. De um lado, Colombo sabe que tem em Elizeu um grande interlocutor para “apaziguar” os ânimos do PMDB, maior partido de Santa Catarina e que na última disputa interna mostrou ter duas fortes correntes entre suas maiores lideranças com vistas às eleições vindouras: um grupo quer continuar com Colombo e outro quer ter candidato próprio ao Governo.

“Eu preciso de você. E você precisa de mim. Façamos, en-

Pelo lado do prefeito de Lages, há também bons e excelentes motivos para estar próximo ao Governo do Estado. Afinal, Colombo é o Governador de todos os catarinenses. E tem sua base em Lages, cidade que muito precisa da caneta do Executivo catarinense para superar tantos e tão graves problemas urgentes. Assim, se Colombo “abrir as torneiras” (leia-se, “o cofre”) para Lages (como efetivamente está fazendo), terá em Elizeu um grande e cada vez mais decisivo “embaixador” pela causa da reeleição de Colombo junto ao PMDB (outro grande baluarte neste sentido é o senador e ex-governador Luiz Henrique da Silveira – que tem defendido a continuidade desta aliança).

tão, essa aliança estratégica”.

Loreno Siega Diretor de Redação

Por essa mútua necessidade é que os dois (Colombo e Elizeu) estão cada vez mais “amiguinhos”. Com a grana do Governo do Estado nestes

dois anos (2013 e 2014), Elizeu quer garantir um bom início de administração, fazendo obras e tocando projetos importantes para o desenvolvimento de Lages. E se Colombo tratar bem Lages (e de lambuja todos os lageanos e serranos neste curto espaço de governo que lhe resta no atual mandato), também sairá daqui novamente com uma votação histórica, o que é um fator importante para sua continuidade no Governo por mais quatro anos (2015 a 2018). Essa mesma análise pode ser feita em nível federal. A Presidente Dilma (PT), pelo menos até agora, demonstra querer buscar a reeleição. E para isso precisa continuar tendo o apoio do PMDB (do seu vice, Michel Temer, mesmo partido de Elizeu Mattos). Mas também precisa agregar novas forças e lideranças no processo (uma vez que o desgaste com as manifestações pelo país afora atingiu em cheio sua até então elevada popularidade). Por isso, Dilma quer e precisa do apoio de Colombo em Santa Catarina. Não é à toa que Santa Catarina está tendo facilidades como nunca com o Governo Federal para conseguir grandes financiamentos junto ao BNDES, BID e até dinheiro a fundo perdido do Orçamento da União para tocar obras e projetos (mais de 9,4 bilhões, segundo Colombo). E não é à toa que Lages nunca teve na história tantos e tão vultosos projetos federais em execução como agora (vias marginais da BR-282, aeroporto regional de Correia Pinto, Av. Ponte Grande, esgoto sanitário no complexo do Araucária, construção de CEIMs e de praças esportivas, implantação de moradias e conjuntos habitacionais pelo Minha Casa, Minha Vida, só para citar alguns). Essa conjunção de fatores políticos e cenários para 2014 está representando bons dividendos para Lages. Aliás, essa foi a frase mais utilizada por Elizeu e por Colombo nos últimos eventos públicos. “Depois de dois anos de dificuldades e burocracia, agora vivemos um bom momento em Santa Catarina e é hora de colher”, tem dito Colombo. E Elizeu emenda: “Os ventos estão muito favoráveis para Lages”. É hora de aproveitar essa combinação de fatores. E de não esquecer jamais que “vento pode mudar de direção de uma hora para outra”. Basta uma nova “frente fria” se avizinhar em outro horizonte... revista visão

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08 09

Maurício Neves de Jesus revista visão

SUPERINTENDENTE DA FUNDAÇÃO CULTURAL E MEMBRO DA DIRETORIA DO INTER DE LAGES


entrevista> 08 09

“NÃO ME LEMBRO DE UMA VIDA SEM FUTEBOL” Texto Loreno Siega • Fotos Gugu Garcia

MAURICIO NEVES DE JESUS É ADVOGADO, PROFESSOR UNIVERSITÁRIO COM MESTRADO EM DIREITO PENAL, CRONISTA ESPORTIVO, ROTEIRISTA E ESCRITOR, AUTOR DE TRÊS LIVROS, INCLUSIVE DA OBRA “AQUELAS CAMISAS VERMELHAS”, QUE CONTA A HISTÓRIA DO INTER DE LAGES. É CASADO COM PAULA CLARICE SANTOS GRAZZIOTIN DE JESUS. E ATUALMENTE É SUPERINTENDENTE DA FUNDAÇÃO CULTURAL DE LAGES.

Juntamente

com um grupo de ex-colorados lageanos – e de empresários da cidade que adoram esporte (futebol, principalmente), Maurício Neves está ajudando a reerguer o Inter de Lages. A primeira missão do grupo foi escolher uma nova diretoria para o clube. Depois, encontrar fórmulas mágicas de resgatar a credibilidade e renegociar as dívidas. E por fim montar um novo time, capaz de vencer a terceira divisão neste ano, subir para a segundona e quem sabe, dentro do alguns anos, voltar à elite do futebol catarinense. Nesta entrevista exclusiva à Revista Visão, ele fala de algumas de suas paixões, principalmente do futebol. E também conta um pouco deste sonho possível de reerguer o futebol profissional do Inter de Lages. Acompanhem.

Fale-nos um pouco da cidade de Lages – o que este pedaço de chão significa para você? Tenho orgulho da minha cidade. Gosto de dizer que nasci aqui e que optei por viver em Lages, mesmo contrariando às vezes os caminhos profissionais. Andar por estas ruas e respirar este ar é revisitar minha vida e o que dá sentido a ela. Poderia viver em qualquer lugar do mundo, se fosse preciso, mas seria menos feliz do que aqui. E da sua profissão – o Direito – por que escolheu ser advogado? Quando eu estava no colégio assisti a uma palestra do saudoso José Antônio Salvadori, então promotor de justiça em Lages. Ele disse que “o Direito é para quem acorda todos os dias pensando em um mundo melhor para todos”. Anos depois, já na faculdade, fui aluno do professor Salvadori e isso me inspirou a me tornar professor. Ainda acredito nas palavras dele. E o que significa para você o futebol? Como e através de quem esse esporte entrou na tua vida? Através do meu pai, Túlio. Não me lembro de uma vida sem futebol. Quando nasci, ele cobriu a incubadora onde fiquei com uma camisa do Flamengo. No mesmo dia, ao lado da maternidade, o Inter fez um jogo-treino no Vermelhão, que meu pai acompanhou da janela. Acredito que o futebol nos dá duas coisas valiosas: o sentimento de pertença, de fazer parte de algo que nos une às pessoas que nutrem a mesma devoção por um clube. revista visão


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O Inter é mais do que futebol. Faz parte do orgulho de ser lageano”. Maurício Neves e técnico Nazareno Silva

E a possibilidade de mantermos o lúdico em nossas vidas cotidianamente.

O que significou o Inter de Lages na tua infância?

Por que você acha que o Inter de Lages chegou ao fundo do poço?

Ao que nos consta, você é um torcedor apaixonado pelo Flamengo, do Rio de Janeiro? De quem foi esse “pecado” na tua vida?

A lembrança de estar a caminho do estádio, de ver as pessoas caminhando com bandeiras, rádios colados ao ouvido e sacos de bergamota pendurados nos braços, enquanto meu pai contava as histórias do campeonato de 1965, é uma das melhores lembranças da infância.

Pelo mesmo motivo que a Chapecoense chegou ao fundo do poço uma década atrás: abandono. Cito a Chapecoense porque podemos trilhar o mesmo caminho de volta aos dias de glória.

(Risos)... Como eu disse, do meu pai, que se tornou Flamengo ao ouvir as transmissões das rádios do Rio de Janeiro nos anos 50. Sou sócio do Flamengo, autor de um livro sobre o ano mais glorioso do clube, mas o principal motivo para ser rubro-negro é honrar a herança de meu pai. E como consegue ser flamenguista e ao mesmo tempo torcedor fanático do colorado lageano? Conheci o Flamengo através das ondas do rádio, nas vozes de Jorge Curi, Doalcei Camargo e Waldir Amaral. Mas a primeira experiência sensorial completa – ir ao estádio, encontrar as pessoas, ver o contraste da bola branca com o verde do gramado, fazer parte do espetáculo – foi com o Inter, no Estádio Vidal Ramos. Além disso, o Inter é mais do que futebol. Faz parte do orgulho de ser lageano. revista visão

E o que significou ver o Inter praticamente ausente por vários anos do cenário futebolístico catarinense? Não nos demos conta do quanto o Inter faria falta. E fomos deixando-o adoecer. Nesse tempo, todo o futebol catarinense cresceu – vide a Chapecoense – e nós quase deixamos de existir. Hoje a cidade sente saudade do Inter, a ponto de levar três mil pessoas a jogos da terceira divisão do campeonato catarinense, público maior que vários jogos da Série A do campeonato nacional. Mas se o Inter irá retomar os caminhos de glória ou não, é uma pergunta que a cidade como um todo irá responder. Não depende apenas de uma pessoa ou de uma diretoria.

No final do ano passado, depois de muitos anos de pesquisas e entrevistas, você lançou o livro “Aquelas Camisas Vermelhas”, uma obra monumental contando um pouco sobre a história do Inter de Lages. Fale-nos um pouco desse livro... Foram 16 anos de pesquisa. Quando comecei, o Inter havia recém desativado o seu departamento de futebol, os registros haviam se perdido em um incêndio e temi que a história se perdesse para sempre. Certamente é o livro mais completo sobre um clube catarinense e um dos mais completos do Brasil. Por que se optou por reerguer o Inter – que tem grandes somas de dívidas – e não montar um novo clube na cidade? Não seria mais fácil?


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Não me lembro de uma vida sem futebol. Quando nasci, meu pai cobriu a incubadora onde fiquei com uma camisa do Flamengo”.

Paixões não são fáceis. Quando uma pessoa que amamos está doente, ao invés de abandoná-la, redobramos as atenções. É disso que o Inter precisa: atenção. Seria mais fácil montar um novo clube, mas também mais falso e artificial – ao menos partindo de mim. Que cargo você ocupa na atual diretoria do Inter? Tenho a honra de ser vice-presidente do Conselho Deliberativo, presidido pelo grande Armindo Araldi. O que está sendo feito e quem está ajudando a reerguer esse clube? Buscamos sanear o clube. Estamos renegociando dívidas e restaurando sua credibilidade. O presidente José Carlos Susin, o Zezé, e o vice-presidente Anacleto Oliboni, são ícones da história do Inter. Armindo Araldi é uma lenda colorada. Temos também sangue novo, como o diretor Halisson Souza. Hélder Violandi juntou-se ao Inter como patrocinador e hoje é peça fundamental também como diretor. Montamos um time feminino

para expandir as atividades e aumentar a visibilidade da marca, que deu retorno imediato. Há muitos outros nomes de colaboradores (não vou citá-los para não cometer injustiças) que se somam a nossos patrocinadores. Todos acreditaram na importância e na viabilidade do projeto. Os times de juvenis e juniores estão bem no campeonato e o elenco profissional está montado. Estamos e vamos ficar ainda mais fortes. Você acha possível o Inter quitar todas as suas dívidas (que extrapolam R$ 4 milhões) e ainda se transformar num grande clube de futebol e de outras modalidades esportivas? Acho. É um caminho longo, mas possível. Há exemplos em todos os lugares. Se outras cidades podem, nós também podemos. Em quanto tempo você acha que o Inter estará novamente na 1ª. Divisão do Catarinense? Espero que em 2015. Mas repito: essa resposta cabe à cidade. Fique livre para suas considerações finais. Apenas uma frase: obrigado, presidente Zezé, pelo ato de coragem e amor ao Inter.

Andar por estas ruas e respirar este ar é revisitar minha vida e o que dá sentido a ela. Poderia viver em qualquer lugar do mundo, se fosse preciso, mas seria menos feliz do que aqui”. revista visão


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Por

Suely Miyake • Fotos

Gugu Garcia gente@revistavisao.com.br

“A vida

é uma jornada cheia de grandes experiências e momentos inesquecíveis. O Dia dos Pais é um desses momentos que servem para reforçarmos nossos laços afetivos e somarmos felicidades a esse grande presente que é a família”. (Luiz Alves)

O casal de dentistas Juliana Vanoni Diez e Gustavo Diez estão ansiosos à espera de Lucas. Guilherme, também fanático pelo Coritiba, não vê a hora de poder brincar com o irmãozinho

Beijos, Suely.

A elegância da família de Neide Gugelmin

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Emerson e Rafaela estão aguardando a chegada do pequeno Lucas Rafael Nunes de Souza


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Em setembro, Caetano Araújo Garcia completa 2 aninhos. Parabéns!

Miguel, Célio, Alexandra e Eduarda de Souza Spagnoli. Família linda!

As manas Nadine, Larissa e Yalin Brizola Yared

Tatiana na companhia divertida de seus filhos: Felipe e Thiago Costa de Almeida Jordana Manfredi Jordan terá em breve uma magnífica festa para comemorar seus 15 anos revista visão


14 15 <reportagem

Texto e Fotos

Patrick Cruz • Edição

Loreno Siega

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14 15

TANTO QUANTO LEVANTAR TROFÉUS, O CLUBE QUE É SÍMBOLO DO FUTEBOL SERRANO GOSTA DE DESMENTIR QUEM INSISTE EM DÁ-LO COMO MORTO.

Quando

o astro Steve McQueen deu vida a Papillon, personagem do filme baseado no livro escrito por Henri Charrière, trapos se tornaram sua vestimenta em frente às câmeras. Tratava-se, afinal, da história de um fugitivo da temida colônia penal da Ilha do Diabo, na Guiana Francesa. Ainda não se sabe se o livro é autobiográfico ou se é um bem-acabado best-seller de um impostor, mas é fato que a obra e o filme em que ele se baseou se tornaram odes à liberdade, à perseverança, à vontade de viver. “Eu ainda estou vivo, desgraçados!”, disse um maltrapilho Steve McQueen na inesquecível cena final do filme. Entregue à sorte de uma fuga suicida pelo mar do Caribe, embarcado em nada além do que um saco de pano cheio de cocos, Papillon-McQueen olha pela última vez para a ilha infernal e louva o ar em seus pulmões: “Eu ainda estou vivo!”. Em Lages, outro sobrevivente, uma certa camisa vermelha, cairia bem em uma cena do gênero que recebesse tintas locais. “Ninguém mata o Internacional” O Internacional de Lages é um sobrevivente. O clube tem 64 anos de vida. Mas as rugas, as mãos calejadas e o rosto endurecido são de quem já passou de muito mais que isso. Em 64 anos, o clube, um dos mais longevos do futebol catarinense, foi campeão estadual, foi vice, caiu para a segunda divisão, voltou à elite, caiu outras vezes, desceu à terceira divisão e chegou a se afastar das competições mais de uma vez. De tudo o que é possível fazer em uma vida, o Inter só não fez uma: morrer. Mais de uma vez, aliás, o clube teve decretado seu passamento. “O Internacional morre mil vezes, o enterram mil vezes, mas ele nunca vai ser morto nem enterrado”, disse certa vez o radialista Camargo Filho, falecido em 2011, que chegou a presidir o clube na década de 70. “O Inter pode até ficar acéfalo por cinco anos, mas vai sempre estar na vida de Lages. Ninguém mata o Internacional”.

metade do século XX. Por que, então, o Inter seguiu vivo e todos os outros ficaram pelo caminho? Qualquer resposta para esse enigma é mera suposição. O que se pode afirmar, é que o Internacional entranhou-se na vida de Lages – para a alegria de seus torcedores e simpatizantes (e queiram seus detratores ou não). Nereu Ramos, o único catarinense a ter chegado à presidência da República, rabiscou a primeira assinatura no livro de ouro que marcou a fundação do clube. Na inauguração do estádio Vidal Ramos Júnior, em 1954, lá estava o Inter para medir forças com o Lages Futebol Clube, time há muito extinto. Na lendária partida do Campeonato Catarinense em que se registrou neve, realizada em 1979, era o Inter que estava em campo. Santos, São Paulo, Fluminense, Vasco, Flamengo, Grêmio e Inter de Porto Alegre, entre outras das principais equipes do país, já desfilaram seu futebol em Lages – e foi para enfrentar o sobrevivente Colorado Lageano que todas elas viajaram à Serra Catarinense. Os grandes feitos Torcedores do Inter em particular e aficionados do esporte em geral têm na ponta da língua a lista dos grandes feitos do clube: um título estadual (1965), dois vices (1964 e 1974), dois títulos da segunda divisão (1990 e 2000), dois campeonatos citadinos (1959 e 1960) e também o título da Taça Dite Freitas, que valia a terceira fase do estadual de 1985. Mas, para o teimoso Internacional de Lages, talvez os períodos de afastamento dos campos sejam o que há de mais eloquente sobre sua tenacidade. Foram pelo menos quatro períodos de licenciamento: 1958 (por seis meses), 1996-1999 (voltando em 2000 como o “SER Inter”, ou “Inter genérico” – segundo a definição de alguns críticos –, embora jamais se tenha admitido essa manobra), 2003 e 2009. Nesses períodos, o Inter não entrou em campo. Em todos eles a morte do Internacional foi decretada – mas em nenhum deles o clube cerrou seus olhos. O Inter está hoje na terceira divisão do futebol catarinense. Jamais foi a um nível tão baixo na escala do futebol profissional no Estado. Ainda assim, a partir de 2010, quando começou a disputar a competição (em virtude do licenciamento ocorrido no ano anterior, que o obrigou a descer uma divisão), o clube acumula feitos notáveis. Alguns jogos em casa tiveram mais de três mil espectadores. É um desempenho que metade dos O Inter em dia de casa cheia, em 1992: mais de seis décadas como sinônimo de futebol na Serra Catarinense

O Esporte Clube Internacional foi fundado em 1949 por 12 garotos lageanos. Era mais um entre tantos outros clubes de futebol fundados por tantos outros garotos lageanos na primeira Camargo Filho: “Ninguém mata o Internacional” revista visão


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clubes que hoje estão na elite do estadual não conseguem (e até para alguns clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro). O número de crianças nas arquibancadas multiplicou-se, o que dá mostras de que está florescendo uma nova geração de torcedores.

Inauguração das novas arquibancadas do Estádio Vidal Ramos Júnior: presença colorada em todos os acontecimentos importantes do futebol lageano

O Inter continua vivo Mais uma vez pergunta-se: por quê? Armindo Araldi, presidente do Conselho Deliberativo do Inter e um dos 12 garotos que fundaram o clube em 1949, não teoriza. Melhor que isso: vaticina. “Eu sabia que o rebaixamento não ia matar o Internacional”, disse ele. “Porque nada, jamais, em tempo algum, irá matar o Internacional”. É bom que os detratores desistam de anunciar a morte do Esporte Clube Internacional: há 64 anos o Colorado Lageano tem se especializado em desmentir obituários.

A surra que precede surra que oA silêncio

precede o silêncio

“VOCÊ JÁ ENTROU, ALGUMA VEZ, EM UM ESTÁDIO VAZIO? PROVE. PARE NO MEIO DO CAMPO E ESCUTE. NÃO HÁ NADA MAIS VAZIO DO QUE UM ESTÁDIO VAZIO. NÃO HÁ NADA MAIS MUDO QUE AS ARQUIBANCADAS SEM NINGUÉM”.

O trecho

acima está no livro “Futebol ao Sol e à Sombra”, do escritor uruguaio Eduardo Galeano. A obra foi publicada originalmente em 1995. Naquele ano, o Internacional de Lages teve a temporada mais triste de seus 64 anos de vida. E pior: a temporada catastrófica precedeu um hiato de quatro anos nas atividades do clube. Galeano não

revista visão

Bruno comemora mais um gol do Inter, em 2011: recordes de público na terceira divisão - e atraindo novos torcedores

falava do Inter de Lages quando publicou a obra, mas, se tivessem aprumado bem os ouvidos, os colorados lageanos poderiam ter percebido que o silêncio também os espreitava. O time foi mal no estadual. Depois, na Copa Santa Catarina – campeonato que poderia salvar o clube do rebaixamento para a segunda divisão –, apanhou terrivelmente. Foram sequências de goleadas dolorosas. Uma delas, um 9 a 0 contra o Marcílio Dias, foi a pior “surra” que o Inter levou até hoje. No limbo por 4 anos Enfraquecido e desacreditado, o Inter licenciou-se das competições oficiais em 1996 e ficou nesse limbo por quatro anos – embora, saliente-se, jamais tenha cerrado suas portas. Aliás, aquele não foi sequer o primeiro licenciamento colorado. Em 1958, com apoios minguantes, o clube afastou-se das competições por seis meses. Mas o eco do hiato 1996-1999 ainda pode ser sentido. Uma leva completa de futuros jogadores deixou de brotar na cidade. Edno, por exemplo, lageano que defendeu clubes como Corinthians, Botafogo e Por-

tuguesa e hoje atua no Japão, deixou Lages para se profissionalizar no Avaí, em 1998. Ele certamente teria sido uma revelação colorada se o clube não tivesse se afastado das competições. Fora da elite desde 2002 Outro efeito colateral: uma geração inteira de lageanos cresceu sem saber o que era ir ao estádio acompanhar o legítimo representante da cidade no futebol profissional. Outros clubes surgiram nos anos que se seguiram – o Lages Esporte Clube e o Clube Atlético Lages –, mas todos de vida breve e nenhum com raízes profundas a ponto de comover torcedores quando encerraram suas atividades. O Inter não joga uma partida na elite estadual desde 2002. O clube não disputou campeonatos em 2003 e ficou na segunda divisão entre 2004 e 2008. Depois de mais um pequeno afastamento, em 2009, ele retornou às competições pela terceira divisão, em 2010. Uma nova geração de colorados lageanos começou a florescer nesse período. Esses novos torcedores não sabem o que é ver o Inter na elite. Tampouco sabem, felizmente, como é mudo um estádio vazio.


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O Futuro começou O futuro ontem

começou ontem A NOVA DIREÇÃO COLORADA ASSUMIU O CLUBE NO FIM DE 2012, MAS AS MUDANÇAS JÁ FERMENTAVAM HAVIA ANOS.

José Carlos

Melhor média de público Sem time e sem casa, seria uma melancólica chegada à sexta década de vida. Mas um grupo de torcedores convocou espontaneamente um encontro em frente ao Vermelhão para não deixar a data passar em branco. Foi assim que cerca de 100 colorados (tomando chimarrão e comendo bergamota) deram mostras de que ainda havia bastante brasa chamuscando debaixo dos escombros do clube. O ex-deputado estadual e ex-secretário de estado Antônio Ceron, também ex-presidente do clube, participou do ato

e resumiu o espírito daquele encontro: “o Internacional está vivo”, disse ele. “Muito vivo”. O Inter voltou aos gramados no ano seguinte. Teve que recomeçar sua caminhada a partir da terceira divisão do estadual, onde está ainda hoje. Naquela temporada, enquanto a direção do clube montava o time, torcedores espalharam pela cidade outdoors com fotos de ex-jogadores nos quais os lageanos eram convocados a abraçar novamente o Inter – e a ir ao estádio. A campanha positiva, feita mais uma vez de maneira espontânea, surtiu efeito: cerca de duas mil pessoas, entre pagantes (que foram 1,5 mil) e não-pagantes, foram ao jogo de estreia, contra o Oeste de Chapecó. O Inter acabou o campeonato apenas em quarto lugar. Mas teve, disparado, a maior média de público do torneio – e ficou claro que a brasa poderia se transformar em chamas. Houve um ensaio de lançamento de chapa de oposição para concorrer ao comando do clube em 2010 e 2011, mas as tratativas não foram adiante. Assim, José

Foto Gugu Garcia

Susin, o Zezé, foi ídolo do Colorado Lageano em campo. Como jogador, ele foi titular do ataque campeão estadual pelo Inter em 1965. Zezé foi eleito presidente do clube em dezembro do ano passado. Ele tem ao seu lado o vice-presidente Anacleto Oliboni, outro dos atacantes campeões estaduais em 1965 (e autor dos dois gols colorados na final, contra o Metropol). Uma dupla afinada nos gramados e símbolo de um Inter vencedor é um respeitável cartão de visitas daquilo que o Inter quer para o seu futuro. O marco da mudança no clube ocorreu com a eleição de Zezé e Anacleto, em dezembro, mas a gênese dessa guinada fermentava alguns anos antes – e isso é uma evidência de que a repaginação colorada tem mais estofo do que a simples mudança de comando do clube possa dar a entender.

Ao longo dos últimos cinco anos, algumas iniciativas da torcida deram mostras de que havia demanda por vida nova. Em 2009, por exemplo, a falta de recursos fez com que o clube ficasse fora das competições oficiais. Não seria o primeiro afastamento do gênero, mas aquele foi particularmente doloroso: afinal, em 2009 o Inter completaria 60 anos de vida – e se tornaria, oficialmente, um idoso. E mais: o clube havia perdido na Justiça a posse sobre o terreno do Vermelhão, doado ao clube pela prefeitura na década de 60 (como o clube estava ameaçado de perder o terreno para quitar dívidas com o INSS, a prefeitura valeu-se da lei que tratava da doação e reverteu o terreno ao seu patrimônio antes que o clube o perdesse definitivamente).

O presidente José Carlos Susin em audiência com o governador Raimundo Colombo: um símbolo do Inter vencedor à frente do clube

Nazareno Silva, treinador campeão com o Inter em 2000, está de volta

revista visão


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Carlos Alves Medeiros, o Brequinho, permaneceu no comando do clube. Movimento Leão Colorado Foi em 2012 que a guinada no clube de fato ocorreu – mas, como se vê, sua gênese é anterior à eleição que levou Zezé e Anacleto ao comando do clube. No ano passado, um grupo de torcedores criou o Movimento Leão Colorado, que encabeçou pedidos públicos por mudança no Inter. O grupo decidiu estimular também a valorização do Inter como símbolo positivo da cidade: no início do ano, quando surgiram em Lages rumores de que um grupo de políticos estaria disposto a criar um novo clube de futebol (o que não só diluiria as tentativas de fortalecimento do Inter como poderia ser usado exclusivamente como plataforma política de seus organizadores), o Movimento Leão Colorado lançou um abaixo-assinado pró-Inter de Lages para ratificar o clube como bandeira maior do esporte na cidade.

Brequinho: 25 anos à frente do Inter Procurado pelo grupo encabeçado por Zezé, o então presidente Brequinho aceitou a proposta de não lançar chapa para concorrer à presidência do clube. Brequinho, que entrara no clube em 1987 e saíra poucas vezes a partir de então, tendo sido presidente durante a maior parte desse período, disse que precisava deixar o Inter para abrir espaço para a entrada de novas ideias. Assim foi feito, e Zezé foi eleito por aclamação. Já em dezembro, o novo presidente acertou a contratação do treinador Nasareno Silva. Campeão da segunda divisão com o Inter em 2000, Nasareno retornou a Lages não apenas para treinar a equipe, mas para participar ativamente de seu processo de reconstrução. O treinador está à frente da montagem do elenco, mas também tem oferecido sua experiência de mais de duas décadas de futebol para opinar em atividades cotidianas do clube, que vão de registros de atletas a estratégias comerciais. “Um time como o Inter não pode ficar na terceira divisão. Este é um clube de massa. E o lugar dele é na elite”, diz o treinador. O processo de reorganização do Internacional não é garantia de que o clube será campeão. Afinal, ganhar e perder são a própria essência do esporte. Ainda assim, os colorados lageanos parecem ter recuperado a capacidade de sonhar.

Foto Gugu Garcia

Deu certo: a iniciativa ganhou repercussão estadual e recebeu mais de mil assinaturas de todo o país. Meses depois, o advogado e professor universitário Maurício Neves de Jesus, hoje Superintendente da Fundação Cultural de Lages, lançou “Aquelas Camisas Vermelhas”, livro que conta a história do clube entre 1949 e 2011. O sucesso do lançamento, no qual estiveram dezenas de ex-jogadores

e dirigentes de todas as épocas do Inter, além de centenas de torcedores, e a própria imponência da obra – impressa em versão de luxo, com fotos em alto-relevo e quase 500 páginas fartamente ilustradas - acabaram por se transformar em um dos marcos prévios da mudança.

Equipe do Inter 2013, que irá disputar a 3ª divisão do Campeonato Catarinense a partir de Agosto revista visão


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Mais do que só um time Mais do que só um time ALÉM DO FUTEBOL, O INTER DE LAGES TAMBÉM TEM EQUIPES DE FUTEBOL FEMININO, VÔLEI E UM PILOTO DE MOTOCICLISMO. COM ISSO, A EQUIPE LEVA SUA MARCA TAMBÉM A QUEM NÃO TEM O HÁBITO DE IR AO ESTÁDIO.

O que

é um clube de futebol? Tentemos fugir dos clichês sobre paixão “clubística” ou das tão acaloradas quanto inócuas discussões sobre número de títulos, quantidade de torcedores ou supostas místicas relacionadas a esta ou àquela cor. Para que as discussões em mesa de bar existam, um fenômeno anterior precisa existir: a escolha de um clube. É claro que essa escolha é quase sempre irracional. Mas, quando levanta a voz em uma conversa entre amigos para defender seu clube do coração, um torcedor vale-se de argumentos que atribuem algum valor a esse clube. Se esse torcedor diz que seu time é “raçudo”, é de se supor que ele se identifique com essa característica. Em outras palavras, ele atribui um valor a seu clube. E, assim, ainda que diga que é fanático por determinado clube desde que estava na barriga de sua mãe, esse torcedor tem também motivos bastante mundanos para se relacionar com algo – a escolha de um clube – que, para muita gente, é questão sagrada. A força da marca

As meninas do Inter Nesses primeiros meses do processo de reconstrução – a nova diretoria assumiu o Inter em dezembro de 2012 –, o clube lançou algumas iniciativas que não costumavam aparecer no cardápio de atividades do Colorado Lageano. Pela primeira vez em sua história, o Inter passou a ter uma equipe de futebol feminino com atividades regulares. As atletas treinam diariamente sob o comando dos técnicos Adenor Pereira de Souza e Paulinho Amaral e disputam competições de futsal e futebol sete (ou “suíço”). As atletas coloradas ganharam o troféu em ambas as modalidades nos Jogos Comunitários de Lages (Jocol), a principal competição de esporte amador da cidade e uma das maiores

do Sul do país. Não demorou para que as garotas boas de bola, usando uma camisa de tradição no futebol catarinense, ganhassem notoriedade – e, assim, o Inter de Lages tem hoje patrocinadores que investem para expor suas marcas exclusivamente no futebol feminino. O empresário Helder Violandi é um deles. Controlador da rede de lojas de sapatos femininos Laura Violandi, o empresário viu no futebol feminino colorado um canal para associar seu nome à cidade – e também para atrair a atenção das consumidoras para seus produtos. A Laura Violandi foi uma das primeiras patrocinadoras do futebol feminino – e Helder, entusiasmado com os resultados, envolveu-se tanto com o projeto que acabou mergulhando em outras frentes, como a coordenação dos preparativos para o jantar que celebrou os 64 anos do clube, em junho. “O Inter é uma marca muito forte. Precisamos pensar nele como um time vitorioso, que nos represente”, diz o empresário. “A cidade só tem a ganhar com o Internacional”. Onda positiva muito forte Para torcedores apaixonados, a palavra marketing costuma soar como heresia. Muita gente a associa a fins exclusivamente comerciais do clube – e em detrimento dos resultados em campo. A direção do Inter é taxativa: a razão de existir do Colorado Lageano é o futebol. Ainda assim, afirmam os dirigentes, é ao abrir novas frentes de atuação que o clube pode atrair mais patrocinadores e torcedores. Os resultados já são percebidos por quem acompanha o Inter há mais tempo. “A onda positiva em torno do clube está muito forte. Eu não via algo assim desde os tempos do saudoso presidente Rogério Sbruzzi, 30 anos atrás”, afirma Soli Fraga, que comanda a Fraga Estamparia, fornecedora dos uniformes do Inter. Nessas três décadas, a Fraga já foi fornecedora do clube inúmeras vezes. O Inter no Miss Lages 2013: circulando também fora do esporte

Admitam os apaixonados torcedores ou não, um clube de futebol é uma marca. A partir dela, o clube tanto pode disputar campeonatos como vender brinquedos, carros importados, comida enlatada ou cruzeiros marítimos. A marca só sobrevive, é claro, enquanto o time estiver em campo, disputando campeonatos. Mas, enquanto os jogadores correm atrás da bola nos gramados, a marca segue seu curso também fora dele. “Queremos ganhar o campeonato para sair da terceira divisão. Mas também queremos reforçar a identificação da torcida com nossa camisa”, diz o presidente do Inter de Lages, José Carlos Susin. revista visão


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No momento, além do futebol profissional, que treina para a disputa da divisão de acesso (o jogo da estreia colorada foi no dia 3 de agosto contra o Blumenau, fora de casa), e das categorias de base no futebol masculino, o Inter mantém atividades regulares no futebol feminino e também por meio de uma parceria com o piloto Leandro “Lele” Lemos. Sob a parceria, Lelê disputa provas dos circuitos catarinense e brasileiro de motociclismo usando a camisa do Inter de Lages. O clube criou ainda parcerias para disputar competições amadoras de vôlei masculino e feminino na cidade. Nessa lista de novas iniciativas entra ainda o apoio institucional do clube à Escolinha Projeto Borssatto, mantida pelo professor Luciano Borssatto para o ensino de futebol a crianças.

As atletas do futebol feminino em momento de descontração: a modalidade conquistou patrocínios só seus

Valorizar o que é nosso Ainda são os primeiros passos do processo de reconstrução, mas, como se vê, é possível construir aproveitando a marca de um clube para algo além do que apenas futebol. E as frentes possíveis não se restringem ao esporte. Em maio, Joel Melo Júnior, empresário da rede de postos Ipiranga, patrocinadora do Inter em 2013, teve uma ideia: de uma só vez, uniria seu apoio ao clube e ao concurso Miss Lages 2013. Foi assim, por iniciativa de um patrocinador do clube, que o Inter subiu na passarela do concurso de beleza feminina mais tradicional da cidade. “A paixão do lageano pelo Inter é comovente. Ela vai devolver o time para o lugar de onde nunca deveria ter saído”, afirma o empresário. Seja no esporte, nas passarelas ou em fronteiras que sequer foram exploradas ainda, o Inter tem se mostrado versátil para seus novos parceiros. ”Precisamos valorizar o que é nosso”, diz o professor Geovani Broering, diretor geral da Facvest, um dos patrocinadores do clube em 2013. “Uma vitória do Internacional não é só um resultado esportivo, é uma vitória da cidade”.

Algumas belas hisAlgumas tórias a contar belas

histórias a contar

“O Inter é o time de Lages. Já foi ícone há tempos atrás, teve uma baixa, mas agora está voltando com tudo. Com pessoas sérias e engajadas, vale a pena apoiar. É uma forma de valorizar e dar visibilidade ao Inter e à cidade. Estou ajudando o time feminino e me orgulho muito disto”. Zulmiro Klann Patrocinador - Proprietário Lojas Cacau Show “A nova diretoria me inspirou confiança, credibilidade, por isso estou colaborando. Acredito que Lages tem que ter um time de destaque. Um time de expressão. Vale a pena investir, pois é a imagem da cidade lá fora. Como resposta ao investimento, vejo a produção que está acontecendo em todas as categorias e que o time persiste mesmo sabendo que há um longo caminho para percorrer”. Helder Violandi Patrocinador - Proprietário Rede de Lojas Laura Violandi

SE COM 20 E POUCOS ANOS A GENTE TEM MILHARES DE BOAS LEMBRANÇAS E FEITOS A CONTAR PARA OS AMIGOS, IMAGINEM COM 64 ANOS.

Pois o

clube que teve entre suas estrelas um centroavante goleador, falecido precocemente, que hoje leva o nome de um dos mais modernos ginásios de esportes do Brasil, o Jones Minosso, há outros personagens tão singulares. Zé Melo: “etíope” e goleador

Se tivesse conhecido Zé Melo, Nelson Rodrigues o teria alcunhado etíope – e mais nada. Espigado, com rótulas proeminentes e pernas levemente tortas, que o fazem andar de banda, Zé Melo às vezes despertava ceticismo dos que diziam que ele era craque de bola. Esses mesmos incrédulos acabavam tendo que buscar a bola no fundo das redes.

O escritor e dramaturgo Nelson Rodrigues foi também um gigante da crônica esportiva. A partir de sua pena inspirada, Didi, craque das Copas de 1958 e 1962, virou o príncipe etíope de rancho. Rodrigues via na elegância do futebol de Didi algo que, presumivelmente, só haveria em linhagens imperiais.

José de Melo formou-se jogador no Vasco da Gama. Mas foi no Inter de Lages que de fato fez história. Estreou pelo clube em 1980 e o defendeu até 1994, em três passagens distintas. Ele não era um exímio homem-gol, mas ponta-direita. Ainda assim, transformou-se no maior artilheiro do clube até hoje: segundo os registros existentes, foram 91

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Lele Lemos, atleta do Inter no Motocross

Zé Melo, ídolo do Inter entre os anos de 1980 e 1994, e maior goleador da história do time com 91 gols

gols. Zé Melo diz terem sido 176. Neste caso, a matemática fica em segundo plano. Os títulos, os gols e o bom humor transformaram o ex-atacante em uma celebridade lageana. Zé Melo atesta o gentílico


no emprego recorrente da expressão “homi do céu”. Foi o Inter que fez do mineiro Zé Melo um indiscutível lageano. Tanto que ele optou por residir na cidade. Há muitos anos, ao lado do também ex-jogador Bin, mantêm uma escolinha de futebol na cidade e atua como cronista esportivo na Rádio Clube. Bin, 56 anos, vai entrar em campo É justo que se diga primeiro: Martinho Bin era de uma categoria ímpar. Atuava como volante, mas não marcava como um brucutu desalmado, e sim como um cavalheiro diligente; era incansável, mas jamais desleal. E era tão bom marcador quanto armador: com a bola nos pés, raramente errava um passe. Poucos diriam que Bin foi o maior craque da história do clube. Houve jogadores de futebol mais plástico, mais espetacular. Mas Bin certamente é a espinha dorsal de duas décadas da história colorada: de 1976 a 1994, quando encerrou a carreira, não se sabia o que seria do Inter nos campeonatos. Certo é que Bin estaria com a camisa vermelha – e foi assim que ele se tornou o jogador que mais defendeu o clube na história (mais de 500 jogos).

O Colorado Lageano entrou em uma grave crise em 1995, o que o tirou dos campeonatos nos quatro anos seguintes. Isso impediu que Bin pudesse passar o bastão para a geração de colorados que o sucederia. Não há de ser nada: em 2013, aos 56 anos, Bin será inscrito como atleta do Inter na divisão de acesso (a terceira divisão) do Campeonato Catarinense. Ele se encarregará de explicar aos mais novos o que é, afinal, vestir a camisa do Internacional de Lages. Bin também entrará em campo em algumas partidas, mas sua missão primeira já está definida: fazer o Inter reencontrar, enfim, o trilho de sua história. Jornalista Patrick Cruz e seu amor pelo Inter Eu nasci e fui criado em Lages. E até entrar na universidade, morei ininterruptamente na cidade por 17 anos. Em Lages, conheci o futebol. A ele fui apresentado pelo Internacional de Lages – e deles, futebol e Inter, não me desliguei mais.

ca e um exercício de afirmação de minhas raízes. Já morei em Florianópolis, São Paulo, Salvador e, hoje, Brasília. E em todas essas cidades doutrinei meus convivas: se os ouço falar dos craques de seus Palmeiras, seus Corinthians, Flamengos, Grêmios, eles me ouvem, em pé de igualdade, falar de Jones, Setembrino, Bin, Zé Melo, Puskas. O menino em primeiro plano na foto abaixo sou eu. Esta foi a cerimônia de inauguração do parque esportivo do Vermelhão, em 1984. Foi um dos tantos momentos que moldaram em mim a identificação com o time de minha cidade. Até me dizerem que o Inter de Lages é um time pequeno, eu acreditava piamente que torcia para um time grande. Aliás, sigo acreditando que o Inter é grande – e que Lages também é. Os fatos dizem o contrário? Azar dos fatos. Um dia eles coincidirão com minhas certezas.

Acho graça que torcer pelo time que primeiro vi em um estádio na vida não seja uma obviedade, mas uma anomalia estatística. Pois que seja: fiz da torcida pelo Inter de Lages uma preferência futebolísti-

Inauguração do Vermelhão

Martinho Bin, com mais de 500 jogos vestindo a comisa do Colorado, entrará em campo novamente em 2013

Jornalista Patrick Cruz, no Estádio Vidal Ramos torcendo pelo Inter

Fundação 13 de junho de 1949 Primeira partida Painelense 2 x 2 Inter Primeiro gol Sambaqui Maior artilheiro Zé Melo (91 gols) Maior número de partidas Bin (mais de 500 jogos)

Principais títulos e campanhas 1 estadual (1965) 2 vices (1964 e 1974) 2 estaduais da segunda divisão (1990 e 2000) 2 campeonatos citadinos (1959 e 1960) 1 Taça Dite Freitas (1985) Competição nacional 1 participação (Taça Brasil 1966) revista visão

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Texto e Fotos

Liana Fernandes

UM REPRESENTANTE DE LAGES É DESTAQUE EM NÍVEL NACIONAL. É ASSIM QUE O GAROTO GABRIEL ROSA PADILHA, 12 ANOS, VEM SENDO VISTO PELA POPULAÇÃO. O ESTUDANTE, DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA (EMEB) SUSANA ALBINO FRANÇA, VESTE A CAMISA DE SANTA CATARINA NO QUADRO SOLETRANDO, DO PROGRAMA CALDEIRÃO DO HUCK, NA GLOBO.

As gravações

do programa da Rede Globo aconteceram no Projac, Rio de Janeiro, no dia 2 de agosto. Mesmo que Gabriel não vá para a final (ele compete com representantes de todos os estados da Federação), para amigos, familiares, professores e colegas, ele já é um vencedor. Gabriel é aluno do 7° ano de uma escola municipal, localizada no bairro Jardim Panorâmico e nunca estudou em escolas particulares. É filho único do casal Marta da Silva Rosa, 45 anos e Vilson dos Santos Padilha, 72 anos. Mora no bairro Coral com os pais e segundo a mãe, ele sempre foi ótimo aluno. A ponte para Gabriel chegar ao Soletrando foi o professor de Língua Portuguesa, Carlos Eduardo Canani. “Foi ele quem incentivou os alunos a participarem e está dando apoio total ao Gabriel”, conta a mãe. Antes da competição e com o acompanhamento do professor, Gabriel estudava todos os dias, no contraturno do período escolar. Nem mesmo em casa o estudante descansava. A noite e os finais de semana eram dedicados ao grande desafio da sua vida. O professor explica que Gabriel tem muita chance de chegar à final, pois apesar da timidez é bastante focado nos estudos e tem grande concentração. “Ele até fica nervoso, mas não demonstra e permanece firme nas palavras”, conta Carlos. Classificações Os 27 Estados foram separados em três chaves (A, B e C). Cada chave contempla nove Estados. Gabriel está na chave C, onde estão os estados do Paraná, Maranhão, Pará, Piauí, Goiás, Santa Catarina, Espírito Santo, Alagoas e São Paulo. Quando questionado sobre o método que usa para

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acertar as palavras, ele diz que pensa no significado e se a palavra tem acentuação. “Tenho estudado muito o dicionário e feito exercícios que meu professor passou. Sinto-me preparado”, relatou. Este ano a produção do programa mudou o regulamento, tornando um pouco mais complexa a classificação. “Quando um aluno faz a soletração, os demais poderão concordar ou não com o que foi soletrado. Quem acertar continua na competição e quem errar será eliminado; isso torna um pouco mais difícil, pois exige muita concentração na hora de ouvir a palavra e vários poderão ser eliminados de uma só vez”, explica o professor. Se for o vencedor e ganhar a bolsa de estudos (no ano passado foi de R$ 150 mil), quem sabe Gabriel curse Biologia. “Ele já mencionou o curso algumas vezes. Mas ainda está em dúvida”, conta a mãe. Ajuda O prefeito Elizeu Mattos garantiu total apoio para que Gabriel consiga um bom desempenho na competição. Uma fonoaudióloga e uma psicóloga fizeram o acompanhamento do aluno para ajudá-lo a superar aspectos como nervosismo e retração. Uma torcida organizada, com amigos, colegas e familiares acompanharam o menino até o Rio de Janeiro, tudo para ele se sentir amparado e confiante. A parte logística, como o transporte e alimentação, foi por conta do município.



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Fotos

Gugu

Garc

ia

a do ano s u A m o lage espe d ção i d a e e r ag m sta port uelen o de e ã r s colo i z V e tra orado, S l l, qu

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as Co cia elo n tural eão do L o é mod ul a e s C ão es d mu eit ,éa ndaç ício Nev e dir s u d e F g e r t a a u ão de L udan ora n por Ma s. “N Inter os. A est o assess a veze o d s a e ala a r f d n i 1a sob com onv u du o se as , de 2 rabalha foi c o penso ual tant s o e o s v s d ã q pe an et Cha gas e qu s fotos, n time do sava de a u v q . s i o z a c o rn hora s. Ela di oiar e pre lgum reto zer a s quis ap história er o seu age a o f h a n de L r . Ma aev anta s pa te so ca Jesu orcedora já teve t r a caus nhar es n u mn ça so a a a r r r era t se time a b a t aí ep s ma ten rtir d esse o convit les que va. E a pa quis i e i se e u t o a i q u F e q r. on sa o ac orre ranc todo m b Entã e m e o tim lho oc rme junt osso ar n amor ve x i e d esse a. t que , con ceu”


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revista vis達o


RECESSO PEDAGÓGICO: TEMPO DE VERIFICAR O PROCESSO DA APRENDIZAGEM INDIVIDUAL E COLETIVA

As

grandes necessidades da população brasileira anunciadas nas últimas manifestações como saúde, transporte, alimentação, segurança, limpeza urbana (...) fizeram desfraldar também a bandeira da educação, que na forma de atuação é pobre e, normalmente, dirigida aos moradores da periferia, a classe pobre. Em busca de uma nova escola, foi esta manifestação nas ruas que clamou por uma formação mais ampla e completa, exigência da própria demanda dos alunos (aqueles mais bem informados), uma resposta da cultura social da classe média. Em todos os sentidos, tanto na escola pública quanto na privada, é preciso trabalhar o conceito de educação, fundamentado em valores para que, desde pequena, a criança construa a sua rede de relações e de conhecimentos. Mais tarde, quando jovem, tomará o destino em suas mãos e desenhará seu projeto de vida, mediante um sonho para o qual foi estimulado a sonhar.

Educação dos Sentidos – O material pedagógico propõe a construção do conceito pela própria criança. Beatriz de Souza Kirschner, 2 Anos - Agr I, Filha de Marcia e Airton Kirschner.

“A preparação para o mundo de trabalho, não se trata de escola técnica ou profissionalizante, mas, de desenvolver no jovem, as competências para o século XXI, para as demandas do mercado de hoje”. (Marcos Magalhães - Pres. do Inst. de Corresponsabilidade

pela Educação - ICE). Isto se faz trazendo o mundo para dentro da escola. É importante que haja um espaço de interlocução com a sociedade, que ela venha até a escola para “dizer” o que ela pensa. Em contrapartida, que a escola leve seus alunos a conhecer o seu espaço circundante, sua cidade, os locais, formas de atendimento para que compreendam como funciona a engrenagem da cidadania, percebendo-se como parte deste sistema, e sentir-se protegido e atendido em suas necessidades. É imprescindível repensar o processo educacional brasileiro. Respeitando-se as particularidades de cada região-escola, há que se estabelecer uma unidade no que se refere ao projeto educacional para a garantia da eficiência nos resultados. Acreditamos na eficácia de uma gestão universal, onde as regras sejam claras e bem estabelecidas, ou seja, que todos falem a mesma linguagem. O mundo já nos mostra como isto deve ser feito. A baixa eficiência das escolas revela-se no despreparo dos gestores e, consequentemente, dos professores. Sem um conhecimento de administração, de como se processa a aprendizagem, da compreensão do processo neural, da importância da estimulação nos ambientes de desenvolvimento, de que a sala de aula precisa ser planejada objetivamente e que as atividades executadas com eficiência estejam em paralelo com um processo de medição e de avaliação, tudo continuará na mesma. Acompanhando a atuação dos países que confirmam os excelentes resultados na educação, após delinear novos processos que modificaram as suas práticas pedagógicas, constata-se que tais mudanças envolveram desde o diretor, os professores e a todos os demais atores da escola, incluindo-se a família. O nosso Colégio Sigma sempre buscou nestes modelos a confirmação de sua práxis, o que nos levou a retomar a Parada Pedagógica (três ao ano), prática dos seus primeiros anos de Educação Montessori o que permite à escola, como um todo, reavaliar as suas ações - do atendimento, manutenção, aos registros das observações de cada aluno com um tempo para aprofundar os estudos da neurociência entre outros, para melhor conhecer a complexidade do processo de aprendizagem, cada vez melhor entendido na perspectiva Montessoriana. Este conjunto de ações passa, necessariamente, pela afetividade traduzida em amor e respeito ao outro, aos ambientes social e natural, às diferenças individuais, atitudes de fraternidade, acolhimento, compaixão e de encantamento. Assim preparamos os nossos profissionais. Assim é a nossa escola: pela vida e pela paz!

Orientadoras da Educação Infantil: Marines Madruga de Macedo, Eliane Neto se Souza Steinck, Helia Regina Matos e Janaína Miguel Coninck.

Neide Bunn Gugelmin Diretora do Colégio Sigma



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Camaro Imobiliária comemora 3 anos com lançamento de empreendimento Texto

Liana Fernandes • Fotos

Gugu Garcia

A CAMARO IMOBILIÁRIA CELEBROU NO DIA 11 DE JULHO TRÊS ANOS DE HISTÓRIA. A EMPRESA COMEMOROU A DATA COM CLIENTES, AUTORIDADES, LÍDERES EMPRESARIAIS E PROFISSIONAIS DA COMUNICAÇÃO EM LAGES.

Na oportunidade

os gestores e corretores de imóveis, Vinéia Cristina Köche e Rodrigo Gesing Camargo anunciaram a parceria da empresa no empreendimento: Ingleses Acquamar em Florianópolis. O empreendimento é do Grupo Praiatur, que tem à frente o empresário Volnei Koch, representado na ocasião por seu filho Samuel Koch que falou sobre o investimento. O grande empreendimento é composto por 02 Vilas interligadas no pavimento térreo, que apresenta hall de entrada, estar, recepção, salão de convenções e eventos, restaurante, bar, cozinha, sala de jogos, sala de televisão, lojas, circulação e depósitos. A Villa 1 é composta de 41 apartamentos. A Villa 2 é composta de 47 apartamentos, totalizando assim, 88 unidades e 06 lojas. No subsolo existem 49 vagas de garagem, sendo 04 de uso privativo e 45 de uso comum, que funcionarão pelo sistema rotativo. Foi uma noite de muitas homenagens e emoção. Segundo os gestores, a Camaro escolheu Lages como sede por causa da posição geográfica. “A cidade está no centro do Estado de Santa Catarina, permitindo à empresa atuar e ampliar seu raio de ação e de negócios e também por entender que Lages vive e reúne uma condição ímpar de clientes e negócios, prontos para serem prospectados e concretizados”, destacou Rodrigo. A Imobiliária atua com aluguel, venda, vistoria, administração, regularização de imóveis e assessoria jurídica.

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Por

Loreno Siega • Fotos

Dionata Costa, Renan Santos, Oneris Lopes e Divulgação

AS PREVISÕES DA METEOROLOGIA SE CONFIRMARAM. E O ESPETÁCULO DA NEVE PÔDE SER VISTO PELAS PESSOAS EM MAIS DE 120 MUNICÍPIOS DO SUL DO BRASIL ENTRE OS DIAS 22 (SEGUNDA-FEIRA) E 23/07 (TERÇA-FEIRA). HÁ MUITAS DÉCADAS QUE O FENÔMENO NÃO ERA REGISTRADO TÃO AMPLAMENTE E COM TANTA INTENSIDADE. DELÍRIO E FASCINAÇÃO PARA OS TURISTAS. revista visão

A região

Sul do país virou um grande freezer na penúltima semana de julho. O charme e encantos da neve pintaram as paisagens de branco em mais de 120 cidades nos estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e no Paraná (chegou a nevar até em Curitiba, o que não ocorria desde 1975). O fenômeno foi causado por uma intensa e ampla massa de ar polar que ingressou no Brasil e pela combinação de baixas temperaturas e alta umidade. Em outros locais, como em Lages, ocorreu chuva congelada, quando as gotas congelam “no caminho” entre a nuvem e a superfície e derretem rapidamente ao chegar ao chão. Em Santa Catarina, a Epagri/Ciram confirmou neve em 88 municípios. O frio intenso no Estado ainda proporcionou um

belo espetáculo para os moradores da capital na manhã da terça-feira (23/07). Florianópolis não registrou o fenômeno. Mas bem próximo, o Morro do Cambirela, localizado em Palhoça, na região metropolitana, amanheceu coberto de neve. De acordo com as informações da Epagri/Ciram, não nevava no Cambirela há 29 anos: o último registro era de julho de 1984. Nevou fortemente também na região de Curitibanos e Santa Cecília, no Alto Vale do Itajaí (incluindo Blumenau) e em várias cidades do Oeste (incluindo Chapecó, o que não acontecia há 14 anos).

Neve em Guarapuava e Curitiba A temperatura mais baixa registrada em Santa Catarina foi de -7,7°C às 7 horas do dia 23/7 (no Morro das Antenas, em Urupema). Mas a sensação térmica no mesmo horário


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era de -32°C, segundo o órgão. O frio também foi intenso no Paraná e fez nevar muito em Guarapuava (região central do Estado, que se transformou em paisagem europeia) e Curitiba. O Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar) confirmou a ocorrência de pequenos flocos de neve em alguns bairros da capital e de chuva congelada em quase toda a cidade. Pelo menos 11 cidades registraram neve naquele Estado.

temperaturas abaixo de zero sendo registradas em dezenas de cidades. Fortes geadas foram registradas a partir da quarta-feira (24/07), inclusive o fenômeno da chamada “geada negra”, fatal para as plantações. Ao contrário da geada tradicional, que congela por fora, a geada negra congela as seivas da vegetação por dentro, o que mata as plantas.

No Rio Grande do Sul, de acordo com divulgações da imprensa da capital gaúcha, houve o registro de neve em pelo menos 24 diferentes cidades. A neve mais intensa aconteceu em São José dos Ausentes e Bom Jesus, na Serra Gaúcha, onde as temperaturas chegaram a -3,9°C no amanhecer da terça-feira 23/07. Depois da neve, o frio ficou ainda mais intenso na Região Sul, com as

O frio intenso trouxe à Serra Catarinense milhares de visitantes e turistas. Cidades como Urubici, São Joaquim, Urupema, Bom Jardim da Serra – e outras da região – ficaram com seus hotéis e pousadas lotados por vários dias. Muitos, inclusive, tiveram de pernoitar nos veículos enrolados em cobertores e em grossos agasalhos. Houve o fechamento de várias rodovias por alguns instantes pelo exces-

Desabamento de telhados

so de neve e gelo na pista. Foi o caso da Serra do Rio do Rastro, onde a Polícia Rodoviária Estadual espalhou sal grosso em várias curvas para derreter o gelo sobre a pista e impedir a ocorrência de acidentes. As pistas também foram bloqueadas por várias horas na região de Rancho Queimado (BR-282) e na região de Santa Cecília (BR-116). Em alguns municípios, chegou a haver acidentes com o desabamento de estruturas de postos de combustível, barracões e ginásios de esporte pelo peso da neve acumulada sobre os telhados (não houve registro de vítimas nestes locais). Em Lages, infelizmente, a neve deixou a desejar. O fenômeno foi registrado de forma tímida na segunda-feira durante as primeiras horas da manhã (22/07) e à noite. Mas nada que pudesse ser comparado a outras cidades e regiões. revista visão


32 33 <saúde e bem-estar

CUIDADO: Texto e Fotos

Liana Fernandes

DOENÇAS SILENCIOSAS

PODEM MAT

SÃO DUAS AS DOENÇAS MAIS COMUNS QUE CHEGAM SEM AVISAR E CAUSAM DANOS GRAVES À SAÚDE: O DIABETES E A HIPERTENSÃO (PRESSÃO ALTA). ESSAS ENFERMIDADES SÃO DENOMINADAS SILENCIOSAS, POIS SÃO DIFÍCEIS DE SEREM IDENTIFICADAS. NA MAIORIA DOS CASOS O DIAGNÓSTICO ACABA SENDO TARDIO. POR ISSO, É NECESSÁRIO ATENÇÃO E CONHECIMENTO SOBRE ELAS PARA QUE HAJA UM ACOMPANHAMENTO PRÉVIO.

revista visão

R

A preocupação

com a saúde deve incluir consultas médicas anuais, além de atenção para identificar os sintomas sutis que as doenças proporcionam. A carga genética é um fator de risco e as pessoas que têm histórico dessas enfermidades na família devem ter cuidado redobrado.

Dados sobre as doenças Um em cada três adultos sofre de hipertensão arterial, ou pressão alta, uma condição que causa cerca de metade de todas as mortes por derrame e problemas cardíacos no mundo, conforme divulgou a Organização Mundial da Saúde (OMS) no início de 2013 em seu relatório anual sobre estatísticas sanitárias. O diabetes, que também tem grande impacto sobre a circulação, atinge um em cada dez adultos. Segundo o mais recente levantamento realizado no Brasil sobre essas duas doenças, 22,7% dos adultos do país têm hipertensão, enquanto o diabetes atinge 5,6%. Os dados são da mais recente pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2011, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde.


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HIPERTENSÃO

A

hipertensão é uma doença que ataca os vasos sanguíneos, coração, cérebro, olhos e pode causar paralisação dos rins. Ocorre quando a medida da pressão se mantém frequentemente acima de 14 por 9 (140mmHg X 90mmHg). Pelos cálculos da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o Brasil tem, atualmente, cerca de 32 milhões de hipertensos com mais de 20 anos de idade. Grande parte dessas pessoas nem sabe que tem a doença. De acordo com o cardiologista, Dr. Demétrio da Rosa Júnior, da Clínica Cordis Cardiologia (Lages), a hipertensão é responsável por 80% dos derrames, 40% de doenças como infarto e 37% dos casos de insuficiência renal que levam os doentes à diálise. Ele disse que não tem cura, mas com tratamento é possível controlar em 100% nas pessoas atingidas. “No nosso país as doenças cardiovasculares têm sido a principal causa de morte. Em 2007 ocorreram 308.466 óbitos por doenças do aparelho circulatório”, informou o médico. Os principais fatores de risco são: a idade, hereditariedade e hábitos alimentares (consumo elevado de sal, principalmente). “O brasileiro consome em média 2 gramas de sódio por dia (o máximo que se pode consumir), sendo que o recomendado é 500 miligramas (quatro vezes menos). Se você mantiver uma dieta com alimentos ricos em potássio, com baixo consumo de sódio, alimentando-se com hortaliças, frutas e vegetais, haverá uma prevenção. O uso de álcool, fumo e cigarro também aumentam as chances. Aumento de peso, sedentarismo e obesidade também podem impulsionar o aparecimento da doença”, informa Demétrio. Entre os 22 e 43 anos de idade, a média de chance de se ter hipertensão é de 32,5%. Enquanto entre 60 e 69 a prevalência é 50%. Acima dos 70 anos o

índice chega a 75%. Entre os gêneros, a prevalência foi de 35,8% nos homens e de 30% em mulheres.

Sintomas A hipertensão só provoca sintomas em fases muito avançadas ou quando a pressão arterial aumenta de forma abrupta e exagerada. Algumas pessoas, porém, podem apresentar sintomas, como dores de cabeça, no peito e tonturas, entre outros, que representam um sinal de alerta. “Ela é uma doença que vai fazendo a degeneração dos órgãos a longo prazo, mas não apresenta sintomas agudos. É diferente da pneumonia, por exemplo, que você tem tosse, febre, dificuldade de respirar. Às vezes você carrega uma pressão alta por 20, 30 anos sem sentir nada”, destaca Demétrio. Segundo o cardiologista, o ideal é aferir a pressão regularmente. “É indicado que as pessoas dentro dos fatores de risco façam a aferição no mínimo a cada 6 meses”, indica. Segundo o cardiologista Demétrio, em alguns casos a pressão alta tem controle e pode ter cura, mas é raro. “Há dois tipos de pressão alta: a primária e a secundária. A primária não tem cura, mas sim controle. E a secundária tem origem em algum outro problema, como: tumor de rim (se você está em diálise pode ter pressão alta), síndrome da apneia do sono (é uma causa), obesidade (pessoas que fizeram cirurgia de redução ou perderam peso podem reduzir a pressão e outras doenças raras no curto prazo), entre outras. Em apenas 10% dos casos o tipo de pressão alta tem origem secundária”, destaca.

Tratamento Não basta tomar os remédios para resolver o problema de pressão arterial elevada. É preciso promover algumas mudanças no estilo de vida, como praticar atividade física regular, ter uma dieta alimentar rica em frutas, cereais integrais e laticínios com baixo teor de gordura e consumir sal com moderação. “Primeiro vem as medidas farmacológicas, depois as preventivas. Nós incentivamos o paciente a fazer mais as medidas preventivas porque tomar o remédio na hora certa é mais fácil do que mudar hábitos de vida. Mas são justamente essas mudanças que vão manter o organismo em equilíbrio a longo prazo”, destacou.

Pego de surpresa Era um dia comum para o professor Dilmo Barnger, 53 anos. Como sempre, acordou às 5h30min. da manhã para pegar a estrada em direção à Escola Agrícola de São José do Cerrito, onde trabalha há 32 anos. “Quando cheguei ao trabalho fui tomar café e percebi que não estava bem. Como o colégio funciona com sistema de internato, tem alguns recursos e aparelhos para medição. Eu pedi para verificar a minha pressão. Foi onde constatei que estava bem alta, medindo 23 por 17. Voltei para Lages na mesma hora. Tive sorte que quando cheguei, tenho plano de saúde e procurei um cardiologista.

O brasileiro consome em média 10 gramas de sal por dia. O máximo recomendado pela OMS é 5 gramas

10 Gramas

5

Gramas

Dr. Demétrio da Rosa Júnior, da Clínica Cordis Cardiologia (Lages) revista visão


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Foi difícil encontrar alguém em caráter de urgência. Recorri à administração do plano. Encaminharam-me para a emergência do hospital, onde tinha um médico. Lá as enfermeiras verificaram novamente a pressão e pediram para eu não levantar. Até fiquei assustado. Depois disso, o médico me atendeu e comecei imediatamente o tratamento”, relembra Dilmo. Faz dois anos que Dilmo diagnosticou a hipertensão e segue à risca o tratamento. Não foi o histórico familiar e nem os hábitos alimentares que ocasionaram a doença nele. O estresse do dia a dia e o fato de ele ter

sido fumante foram os principais fatores. “Depois que soube da doença procurei me conscientizar bastante sobre a forma de ver as coisas ao meu redor, para ficar um pouco mais relaxado. Estou procurando manter hábitos ainda mais saudáveis e me exercitar”, conta. Dilmo considera a doença traiçoeira. “No início a gente vai acostumando. Porque a pressão não sobe de súbito. Então ela vai se elevando aos poucos. E seu corpo até certo ponto vai se adaptando. Hoje que tenho controle sobre a minha pressão percebo a diferença que faz estar nos níveis certos. Você vê o quanto isso traz conforto ao seu organismo”, Dilmo Barnger, 53 anos comenta.

DIABETES

O

diabetes é uma doença causada por múltiplos fatores genéticos e ambientais. Ela é desencadeada pela deficiência relativa ou absoluta da insulina, hormônio produzido pelo pâncreas. O diabetes compromete o metabolismo da glicose no organismo, levando à hiperglicemia (aumento da glicose no sangue). Os principais são do tipo 1 e tipo 2. O tipo 1 aparece na infância ou na adolescência. O tipo 2 surge na idade adulta e em pacientes obesos. De acordo com o Endocrinologista, Dr. Fernando Cesar Souza, calcula-se que há 15 milhões de diabéticos no Brasil, sendo que metade deles não sabe. “Dos 30 aos 69 anos a chance de ter diabetes é de 12%. Acima dos 70 anos chega a 20%”, informa o médico. O Brasil está enfrentando um enorme desafio com o diabetes tipo 2. De acordo com os dados mais recentes da Federação Internacional para o Diabetes, o país é o quinto em número total de pessoas com diabetes tipo 2. Até 2030, acredita-se que o Brasil vá subir um degrau nessa lista. “Acredito que o número de diabéticos calculado está incorreto. Ele deve se referir apenas às pessoas diagnosticadas. E existem muitos que têm a doença e não sabem, porque o diabetes é uma doença silenciosa. Pode levar até 15 anos para que os primeiros sintomas

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comecem a aparecer”, destaca o endocrinologista. Um levantamento feito pelo Ministério da Saúde, publicado em 2012, mostrou que o diabetes mata quatro vezes mais pessoas do que a AIDS e supera também o número de mortos em acidentes de trânsito. Os dados divulgados se baseiam em números de 2010, quando cerca de 54 mil pessoas morreram por consequência direta do diabetes. Outros 68,5 mil morreram de outras doenças, como câncer e problemas cardíacos. Mas tinham o diabetes como um fator associado, que agrava o quadro dessas enfermidades. No total, quase 123 mil diabéticos faleceram. Como comparação, no mesmo ano o HIV provocou a morte de 12 mil pessoas, enquanto os acidentes automobilísticos causaram cerca de 42 mil óbitos. Entre 2000 e 2010, mais de 470 mil pessoas morreram em todo o Brasil em decorrência do diabetes. A taxa de mortalidade saltou de 20,8 por 100 mil habitantes, em 2000, para 28,7 por 100 mil habitantes, em 2010.

11% 19,5% tem diabetes tipo 1

79,6% tem diabetes tipo 2

Da população brasileira tem diabetes

80+20+A

Dos 30 aos 69 anos a chance de ter diabetes é de 12%

Sintomas Ela é silenciosa porque geralmente não é percebida. “Se os sintomas são leves, as pessoas não se queixam e só descobrem quando já existem complicações”, destaca

Dr. Fernando Cesar Souza, Endocrinologista


o doutor Fernando. Os principais sintomas são: sede excessiva, aumento da fome e da quantidade de urina durante o dia e à noite, fraqueza, perda de peso, boca seca, sonolência e infecções vaginais. “A doença normalmente aparece quando a pessoa já está com níveis de glicemia acima de 150. De 120 a 140 não há sintomas. Quando diagnosticado o diabetes tipo 2, em 15% dos casos a pessoa já tem retinopatia também (doença ocular)”, ressalta o endocrinologista Fernando. Por ter esta deficiência na produção de insulina, o diabético deve evitar doces, massas (pois estas ao serem metabolizadas pelo nosso organismo são transformadas em glicose) e bebidas alcoólicas. “É importante que o diabético sempre controle sua alimentação, pois agindo assim conseguirá levar uma vida com menos riscos de ser acometido pelas complicações, tão comuns aos portadores de diabetes”, destaca. A obesidade e o sedentarismo são os principais fatores de risco da doença. Mas há outras influências que podem ocasionar o diabetes tipo 2. São elas: idade acima de 45 anos, história familiar de diabetes, hipertensão arterial, história prévia de diabetes gestacional, colesterol elevado, uso prolongado de medicamentos como corticoides, tacrolimo, ciclosporina ou ácido nicotínico, tabagismo e dieta rica em gorduras saturadas e carboidratos e pobre em vegetais e frutas.

Tratamento O diagnóstico precoce é o primeiro passo para o sucesso do tratamento. “Não minimize seus sintomas. Se você estiver uri-

nando demais e sentindo muita sede e fome procure um atendimento médico. O ideal é que a pessoa não espere a doença aparecer, mas que comece logo se prevenir, praticando atividade física, retirando alimentos de alto poder calórico da dieta, mantendo o peso corporal e fazendo avaliação médica periódica”, indica o endocrinologista. O tipo 1 é também chamado de insulinodependente porque exige o uso de insulina por via injetável para suprir o organismo desse hormônio que deixou de ser produzido pelo pâncreas. A suspensão da medicação pode provocar a cetoacidose diabética, distúrbio metabólico que pode colocar a vida em risco. O tipo 2 não depende da aplicação de insulina e pode ser controlado por medicamentos ministrados por via oral. A doença descompensada pode levar ao coma hiperosmolar, uma complicação grave, que pode ser fatal. Dieta alimentar equilibrada é fundamental para o controle do diabetes. As orientações de uma nutricionista e o acompanhamento de psicólogos e psiquiatras podem ajudar muito a reduzir o peso e, como consequência, cria a possibilidade de usar doses menores de remédios. Atividade física é de extrema importância para reduzir o nível da glicose nos dois tipos de diabetes.

alguns aspectos da doença, por causa dos meus olhos. Quando o encontrei, ele diagnosticou e mandou me internar na hora. Eu estava com níveis de glicemia acima de 400. Mas não sabia que tinha. Sabia que minha mãe e a avó materna tinham morrido de diabetes. Uma irmã mais nova já morreu por causa da doença. Mas nunca pensei que teria também”, relembra Ondina. A aposentada foi internada diversas vezes e já teve de se tratar com oxigênio durante alguns meses. Ela conta que é uma luta diária. “Tive que mudar todos os meus hábitos e mesmo assim não consigo passar à frente do diabetes. Por mais que a gente se cuide, evite certos alimentos, ele está em toda parte. Eu gostava tanto de frutas, agora não posso mais. Tem dias que eu me vejo na obrigação de ficar sem nenhuma fruta. Eu tomo 21 remédios por dia. Tenho dor nos dedos porque eu faço teste do diabetes três vezes por dia. Sou obrigada a fazer para ver a quantidade de insulina que vou aplicar”, relata. Ondina diz que mesmo passando por dificuldades por causa da doença não vai parar de lutar. “Eu ainda tenho três livros para terminar e vou conseguir”, declara.

12 anos convivendo com a doença A aposentada Ondina Pereira, de 75 anos, é diabética e diz que seu grande medo é perder a visão. Ela, que era professora e já escreveu cinco livros (o primeiro intitulado “Endereço de Deus” – de cunho religioso, depois um de vocação e outros de poesia) diz que não saberá viver se os olhos faltarem. “Eu entraria em pânico. Mas estou ciente que a doença pode me cegar. Por causa dela eu tenho problema no coração, pulmão e nas pernas”, reclama. Ondina é natural de Campos Novos e mora desde 1977 em Lages. Há 12 anos ela foi diagnosticada com a doença. “Eu descobri o diabetes pela percepção do médico Fernando Coruja. A gente se encontrou no centro da cidade e ele me olhou e disse para eu passar na prefeitura. Na época ele era prefeito Ondina Pereira, de 75 anos de Lages. Ele notou em mim revista visão

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Edifício central do Parque Orion deve ficar pronto em 18 meses A assinatura e entrega da ordem de serviço para construção do edifício central do Parque Órion foi realizada na manhã da sexta-feira (19/07). O evento aconteceu na Associação Empresarial de Lages (ACIL). O prazo para a obra ser concluída é de 18 meses. Estavam presentes: o prefeito Elizeu Mattos; o presidente do Instituto Órion, Roberto Amaral e diversas outras autoridades. O representante da empresa vencedora da licitação, JK Engenharia de Obras Ltda., de São José, recebeu das mãos do prefeito a ordem de serviço. O valor da obra fixou-se em R$ 5.784.619,10. De acordo com o prefeito, Elizeu Mattos, o valor do projeto era de R$ 9 milhões, preço que foi readequado em 6,8 milhões e por fim a empresa fez a proposta de 5,7 milhões. “O governador não pôde estar aqui hoje. Mas disse que irá fiscalizar a obra pessoalmente”, declarou Elizeu.

Fábrica da Ambev de Lages será ampliada O governador Raimundo Colombo selou a participação do Estado no processo de ampliação da fábrica catarinense da Companhia de Bebidas das Américas, Ambev. A assinatura do protocolo de intenções prevendo incentivos fiscais para o projeto foi na sexta-feira (19/07), em Lages. A empresa vai investir R$ 140 milhões para aumentar a capacidade de produção, gerando 100 novos empregos diretos. “E não é só isso. Além das novas oportunidades de trabalho, a Ambev é uma das maiores referências em arrecadação de impostos no Brasil e em Santa Catarina, o que torna ainda mais importante essa parceria para o desenvolvimento econômico da região e de Santa Catarina”, destacou Colombo.

contados da data de concessão do tratamento tributário diferenciado. Compromete-se, também, a priorizar a aquisição de produtos e serviços de fornecedores sediados no Estado e a dar prioridade para empregar pessoas residentes na região.

Pelo acordo, o Governo irá prorrogar o prazo de pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) correspondente ao valor do investimento realizado na expansão da unidade industrial. Esses incentivos estão previstos no Programa de Desenvolvimento da Empresa Catarinense (Prodec), criado para estimular a implantação ou expansão de empreendimentos industriais e comerciais que vierem a gerar emprego e renda no Estado. Como contrapartida, a empresa irá investir em novas linhas de produtos, e gerar os 100 empregos diretos no prazo de 12 meses,

Prefeitos recebem dados e imagens geoespaciais dos municípios Dentro da premissa do presidente da Amures, prefeito Edilson José de Souza, de que é cada vez mais necessário estudar, planejar e conhecer as ações antes de executá-las, foram entregues na manhã da quinta-feira (18/07), os dados geoespaciais do programa Levantamento Aerofotogramétrico aos 18 municípios da Serra Catarinense. Cada prefeito levou para seu município um disco rígido com informações e mapas estratégicos para ações futuras desde estudos dos potenciais hidroelétricos até planejarevista visão

mento e construção de estradas. A solenidade lotou o auditório da Amures e segundo o Secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável, Paulo Bornhausen, a capacidade de planejamento de uma instituição está relacionada à sua capacidade de conhecer. “Tanto na área rural quanto urbana essas informações ajudarão os municípios nos seus planejamentos. Esta iniciativa é uma determinação do governador Raimundo Colombo para ajudar os municípios”, declarou.


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Içami Tiba e Leonardo Boff no 8º Congresso de Educação de Lages O 8° Congresso da Educação do Município de Lages reuniu mais de dois mil educadores nos dias 25 e 26 de julho. Foram profissionais da educação vindos de toda a Serra Catarinense e até de outras regiões com o propósito de debater, refletir e aprender com palestrantes renomados. No primeiro dia quem subiu ao palco do Centro Serra foi Içami Tiba, médico psiquiatra, psicoterapeuta de adolescentes, consultor familiar, escritor e colunista. No segundo dia foi a vez de Leonardo Boff, que é teólogo e filósofo, professor de ética, filosofia da religião e ecologia na Universidade do Estado do Rio do Janeiro (UERJ). Ele abordou o tema “A Educação para uma Cultura da Paz”. No final, sempre atencioso e educado, ficou horas autografando seus livros para as pessoas que participaram do evento. Boff é uma das pessoas mais sábias, engajadas na luta pela paz e pela salvação do planeta do Brasil e do mundo, que ajudou inclusive a produzir a “Carta da Terra”, na Conferência Internacional Rio ECO 92, considerado o documento mais completo sobre as ações que precisam ser feitas pelos homens e países para salvar o planeta e os seres humanos em função do desrespeito e agressões feitas com o meio ambiente.

Lages 100 Fome recebeu 1,3 toneladas de alimentos

O Programa Lages 100 Fome recebeu a doação de 1,3 toneladas de alimentos da cesta básica, oriunda da arrecadação de donativos doados pelo público participante do Fashion Hair, evento promovido pela empresa Lafi Cosméticos. A entrega foi realizada na manhã da sexta-feira (12/07), repassados pela Coordenadoria de Assuntos Comunitários e Voluntários aos coordenadores do programa. A ação foi realizada no local de depósito dos alimentos, situado em espaço cedido pelo Centro de Imprensa Wilson Graupner, na Rua Irmã Laurinda, no Centro de Lages. “A Lafi foi a primeira empresa a colaborar com o Lages 100 Fome há 10 anos, quando o programa foi criado. Para nós é uma grande alegria termos empresários que pensam na cidade e buscam contribuir com as ações sociais”, disse Ari Martendal, um dos coordenadores do programa.

Uma parceria entre a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lages e a Secretaria do Meio Ambiente, através do projeto Recicla CDL, tem como objetivo dar um destino adequado a este tipo de resíduo sólido, extremamente poluente. Na manhã de sábado (06/07) foi realizado o dia “D” da campanha de conscientização, com pontos de coleta no calçadão central e em frente à Igreja do Rosário, no Coral. A entrega do material não tem nenhum custo à população. O primeiro dia de coleta oficial foi um sucesso, com uma caçamba de papa-entulho cheia, somente no Calçadão da Praça João Costa. São materiais variados, como televisores, peças de computador, ferros de passar roupa, rádios, entre outros eletrônicos, quase sempre descartados no lixo normal, de forma inadequada, ou doados aos catadores de recicláveis. A empresa lageana Eco Centro Sul, especializada neste tipo de resíduo, é quem vai fazer o gerenciamento de todo o lixo recolhido, sendo encaminhado a uma empresa de Curitiba (PR) autorizada para fazer a reciclagem.

Feira de adoção garante novo lar para dez cães abandonados A feira de adoção de animais, realizada pela Secretaria do Meio Ambiente, no sábado (06/07), no Parque Jonas Ramos, foi um sucesso, segundo os organizadores. Dos 20 cães que estavam disponíveis, dez encontraram novos lares. Todos foram retirados das ruas, castrados e vermifugados, encontrando-se em boas condições de saúde. Os animais estavam abrigados nas residências dos chamados “protetores”, integrantes das organizações não governamentais (ONGs) Associação Lageana de Proteção aos Animais (Alpa) e Anjos Caninos. “Passamos todas as orientações sobre a personalidade de cada cão e as formas de lidar com ele. Alguns preferem os mais ativos, outros gostam dos mais dóceis, então é importante essa triagem, até mesmo para evitar futuros abandonos”, destacou Cristina Graebin, da Alpa.

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Lixo tecnológico agora tem destinação correta em lages

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Mais de 25 mil pessoas participaram da Mostra do Campo

Aproximadamente 25 mil pessoas passaram pelo Parque de Exposições Isaac Miranda, em Bocaina do Sul, para prestigiar a 33ª edição da Mostra do Campo, o 19º aniversário do município, a 18ª cavalgada e o 8º rodeio crioulo que aconteceu no período de 11 e 14 de julho. A programação começou com um Seminário da Epagri e Cidasc e reunião dos Prefeitos da Amures e do Conselho do Desenvolvimento Regional de Lages. Teve também festival Ondina Padilha, com apresentações de danças pelos alunos das escolas do município. O tradicional desfile típico aconteceu no segundo dia. Os agricultores de diversas localidades do município desfilaram mostrando os seus trabalhos e respectivamente os seus produtos, cultivados em suas propriedades rurais. A tradicional cavalgada aconteceu no sábado pela manhã, com aproximadamente 650 cavaleiros vindos de várias cidades de Santa Catarina e de outros estados. Os quatro dias de festa foram bastante prestigiados.

Curitibanos terá sala de aula inteligente A partir de agosto uma sala de aula digital será implantada no Núcleo Municipal Teresa Lemos Preto, em Curitibanos, como projeto piloto. O kit adquirido pela Secretaria de Educação e Cultura é composto por lousa digital, computador e mesa para o professor e 25 carteiras escolares com um computador para cada aluno. De acordo com o secretário Kleberson Lima, a escola foi escolhida para o projeto piloto por ser a maior da rede municipal, atendendo a aproximadamente 900 alunos. Segundo o prefeito José Antônio Guidi (Dudão), se a sala inteligente for aprovada pelos usuários, será implantada nas demais escolas municipais. Foram licitadas cinco salas, de aproximadamente R$ 150 mil, que podem ser instaladas até o final do ano.

Vinhos joaquinenses são premiados em concurso

Governo do Estado repassou recursos para Rio Rufino Rio Rufino, na Serra Catarinense, foi mais um município que recebeu recursos do Governo do Estado para investimentos. A visita do governador Raimundo Colombo foi no dia 6 de julho, com a liberação de R$ 880 mil. Do montante, parte será aplicada na construção de uma ponte e cerca de R$ 700 mil na pavimentação de ruas. O valor repassado de uma só vez é superior ao que o município arrecada em um mês.

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Entre os dias 02 e 05 de julho o município de Florianópolis sediou a 10ª edição do Concurso Mundial de Bruxelas – Brasil – Vinhos e Destilados. No concurso foram analisadas 257 amostras e mais uma vez os vinhos joaquinenses conquistaram lugar de destaque. As vinícolas Monte Agudo, Sanjo, Pericó e Suzin conquistaram medalhas de ouro e prata e tiveram seus produtos reconhecidos no mercado nacional. “Este é um dos maiores eventos realizados nas principais regiões do mundo. As vinícolas da Serra Catarinense tem se destacado a cada ano pela qualidade dos vinhos e isso aumenta a visibilidade e a credibilidade de nossas vinícolas”, declarou Leônidas Ferraz, presidente da Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude (Acavits). As vinícolas que conquistaram medalhas de ouro foram Monte Agudo (com o vinho Sinfonia Rosé Brut), Pericó (com Plume Chardonnay) e Sanjo (com Núbio Sauvignon Blanc). A vinícola Suzin conquistou a medalha de prata com o vinho Suzin Sauvignon Blanc.


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No dia 06 de julho o Jeep Clube de São Joaquim realizou a 5ª edição da Trilha da Maçã e do Vinho. Mais de 130 jeeps, motos, quadriciclos e gaiolas participaram do evento e registraram recorde de inscrições. Giovani Nunes, presidente do Jeep Clube de São Joaquim, afirmou que a trilha superou todas as expectativas. “O sucesso da Trilha da Maçã e do Vinho de 2013 nos motiva a fazer ainda melhor no ano de 2014”, salientou o presidente. Os participantes da trilha precisaram enfrentar um terreno difícil, com muitos atoleiros e subidas. “A primeira parte da trilha, realizada no período da manhã, era a mais difícil, mas todos conseguiram passar. A segunda foi mais tranquila, com alguns morros. Tudo aconteceu conforme o previsto e as pessoas saíram satisfeitas do evento”, pontuou Giovani.

Festa do Peixe de Palmeira foi prestigiada

Um dia depois de o governador Raimundo Colombo anunciar a liberação de R$ 1 milhão para aquisição de máquinas para recuperação de estradas vicinais, construção de uma capela mortuária e de um banheiro público, o prefeito José Valdori Hemkemaier, de Palmeira, abriu no sábado (06/07), a VI Festa do Peixe e III Festa do Entrevero. O evento, no Parque Municipal de Eventos, reuniu só na parte campeira mais de 150 equipes de laçadores de vários municípios da região. Vários deputados e prefeitos dos municípios da Serra Catarinense prestigiaram a abertura da festa, que aconteceu numa nova área coberta sobre as mangueiras de gado. Além dessa remodelação estrutural na cancha de laço, foi reformulada a estrutura do salão e montado inclusive uma lona com vários aquários para exposição de peixes vivos. A programação campeira com laçadas levou as equipes a se enfrentarem também na disputa pelo Troféu Amures de Integração Regional.

Colégio agrícola do Cerrito receberá maquinários novos O Centro de Educação Profissionalizante (Cedup) Caetano Costa, localizado em São José do Cerrito, receberá maquinários agrícolas de última geração. O Governo do Estado investirá R$ 200 mil na compra de um trator, uma ensiladeira, uma plantadeira e um pulverizador. Os equipamentos serão usados nas aulas práticas de Mecanização. O anúncio foi feito pelo secretário de Desenvolvimento Regional, Gabriel Ribeiro, durante as comemorações dos 73 anos da instituição, dia 26 de junho. A data foi celebrada pela comunidade escolar durante todo o dia. Os maquinários chegarão ao Cedup no segundo semestre.

Motoneve trouxe milhares de turistas para a região A 18ª edição do Motoneve aconteceu nos dias 12, 13 e 14 de julho, no Parque de Exposições do Conta Dinheiro. Entusiastas de todo o Brasil e de outros países da América do Sul vieram a Lages para rever amigos e curtir as atrações do evento. A rede hoteleira ficou completamente lotada. Estima-se um público total de mais de 15 mil pessoas participantes do evento. De acordo com Paulo Todeschini, membro da comissão organizadora, a adesão é resultado do trabalho de divulgação feito continuamente. O Governo do Estado liberou R$ 50 mil do Fundo de Incentivo ao Turismo (Funturismo) para a infraestrutura do evento. A programação foi regada por shows musicais alusivos ao Dia Internacional do Rock e apresentações motociclísticas.

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Trilha da Maçã e do Vinho bate recorde de inscrições

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Obras da nova ala do Hospital Tereza Ramos vão começar

Texto e Fotos

Loreno Siega

ORDEM DE SERVIÇO PARA A NOVA ALA DO HTR; AUTORIZAÇÃO PARA 500 NOVOS PROCEDIMENTOS CARDÍACOS PELO SUS NA CARDIOLAGES; CONTRATAÇÃO DE 62 NOVOS SERVIDORES PARA ATUAREM NO HTR E ASSINATURA DA ORDEM DE SERVIÇO PARA O INÍCIO DA CONSTRUÇÃO DA NOVA ALA DO REFERIDO HOSPITAL. NUM SÓ DIA FORAM QUATRO GRANDES ATOS NA ÁREA DE SAÚDE REALIZADOS PELO GOVERNADOR RAIMUNDO COLOMBO EM LAGES.

A partir

da sexta-feira, 12/07, o Hospital Tereza Ramos (HTR) de Lages está operando com o serviço de radioterapia (um serviço que levou pelo menos 10 anos para ser implantado desde a concepção do projeto). O valor total do investimento na unidade chega a quase R$ 6 milhões. Além da ampliação das obras para adequar o espaço, o local está equipado com um acelerador linear e um tomógrafo, aparelhos de alta tecnologia e considerados referência para o tratamento de câncer. Juntos, os dois equipamentos representam cerca de R$ 2 milhões em recursos. “A falta do serviço de radioterapia em Lages impunha às pessoas com o diagnóstico da doença o sofrimento da viagem e o constrangimento da espera. Agora as pessoas vão ter mais perto delas o acesso a um tratamento de alta complexidade e, acima de tudo, de alta qualidade”, destacou Raimundo Colombo ao lembrar

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que foi preciso vencer várias etapas burocráticas que prolongaram a espera pela inauguração do serviço. A definição pela instalação da radioterapia no Hospital Tereza Ramos teria ocorrido em 2003. E devido a uma série de entraves burocráticos, só agora pôde ser entregue à população.

80 procedimentos por mês O diretor do Hospital Tereza Ramos, Luiz Alberto Susin, falou que o funcionamento da radioterapia é uma grande conquista já que o hospital começou a oferecer serviços para pacientes com câncer com uma unidade do Cepon, depois com um setor de oncologia e agora com o tratamento completo. Outro fator importante, segundo o diretor, é a contratação dos novos profissionais. “A chegada deles vai permitir abrir mais duas salas de cirurgias, o que quer dizer redução no tempo de espera pelos procedimentos oncológicos”, informou Susin. A radioterapia vai atender uma demanda mensal de 80 procedimentos, que devem se estender a uma população de 800 mil habitantes, de 60 municípios das regiões da Serra e Meio Oeste catarinenses. Depois de passar pelo período


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experimental, o serviço está em pleno funcionamento e conta com a mais alta tecnologia, importada da Europa, o que garante um alto padrão de atendimento dos casos.

A nova ala do Tereza Ramos Além da inauguração da radioterapia, o governador Raimundo Colombo fez a entrega da ordem de serviço para a construção da nova torre do Hospital Tereza Ramos. “Não é apenas mais um prédio. Isso significa dobrar a capacidade de atendimento do hospital e levar o atendimento a quem precisa”, afirmou Colombo. O projeto prevê a construção de uma torre de oito pavimentos ao lado da estrutura que já existe (terreno do antigo Vermelhão, doado pelo município). Serão 12 mil metros quadrados de área construída. É praticamente o mesmo tamanho da atual estrutura (que tem no seu conjunto um total de 18 mil metros quadrados). O prédio concentrará 92 leitos de internação,

Unidade de Tratamento Intensivo (UTI, com 30 leitos), Centro de Diagnóstico por Imagem, Urgência e Emergência e Centro Cirúrgico (com 10 novos leitos) e terá heliponto. O Governo investirá R$ 44,9 milhões na construção, com um prazo de execução pela construtora de 18 meses (até 12 de janeiro de 2015).

Autoridades presentes Além do governador Raimundo Colombo, marcaram presença no ato da sexta-feira (12/07), no HTR, inúmeras autoridades, como: Tânia Eberhardt (Nova Secretária de Saúde de SC), Paulo Cesar da Costa (Presidente da SC-Par), Celso Calcagnotto (Secretaria do Fundo Social), Nelson Serpa (Secretário da Fazenda), Gabriel Ribeiro (Secretário Regional de Lages), deputada Federal Carmen Zanotto, prefeito Elizeu Mattos, Cosme Polese (SC-Gás), Pe. Edílson de Souza (Presidente da Amures), Dr. Luíz Carlos Susin (Diretor Geral do HTR), outros prefeitos e vereadores. revista visão


42 43 <beleza

O MERCADO DE PRODUTOS DE BELEZA PARA HOMENS VEM CRESCENDO A CADA DIA. CREMES PARA PELE E CABELOS, PRODUTOS PRÉ E PÓS-BARBA, PERFUMES, FILTRO SOLAR, CREMES DEPILADORES. OS HOMENS ANDAM CADA VEZ MAIS VAIDOSOS. A OFERTA SÓ EXPANDIU DEVIDO A GRANDE PROCURA MASCULINA.

Os

tratamentos oferecidos para o público masculino já se equiparam aos tratamentos oferecidos para mulheres, como limpeza de pele, peeling, depilação, drenagem linfática, esfoliação, massagens, cuidado com as unhas e vários outros serviços. Para o dia-a-dia não há necessidade de usar todos os produtos e se entregar a todos os serviços oferecidos, nem o corpo e nem o bolso dariam conta disso. Portanto, daremos algumas dicas de beleza masculina e cuidados básicos para que a estética e a higiene pessoal fiquem em dia no mundo dos homens. Barba: Para quem não deseja cultivar a barba, esta deve ser feita diariamente com lâminas de barbear novas e limpas, e cremes para barbear para suavizar o impacto das lâminas sobre a pele. Após o barbear deve ser usado uma boa loção pós-barba para refrescar e acalmar a pele, prevenindo também pelos encravados. Cabelo: Se o seu cabelo é oleoso, deve ser lavado todos os dias com um xampu para seu tipo específico. Do contrário suas madeixas ficarão com a aparência suja e sebosa, o que não é nada bonito. Se o seu problema for caspa, escolha um bom xampu anticaspa

para combater o problema. Em qualquer caso, o ideal é que os cabelos estejam sempre limpos e com o corte em dia. Pele: A pele do corpo pode ser hidratada com um creme comum para o corpo e ser usado após o banho. Já a pele do rosto requer cuidados diferentes para tipos específicos. Uma pele oleosa requer cuidados especiais e pode receber maiores tratamentos. A esfoliação pode ser feita duas vezes por semana. E todos os dias a pele deve ser lavada com sabonetes específicos. A limpeza de pele deve ser feita com maior periodicidade. A limpeza diária é fundamental nesses casos. Se a pele do rosto for seca, um bom hidratante facial pode controlar o problema. A limpeza também deve ser feita diariamente com sabonetes hidratantes. No geral o que importa para todas as partes do corpo é a higiene e o uso de produtos específicos para o tipo de pele e cabelo. Se o orçamento permitir, eleja um tratamento de beleza específico por mês e se dê ao luxo de estar sob os cuidados de especialistas. Alterne cuidados com a pele e cuidados com o cabelo. Essa é uma boa estratégia para manter o visual em dia sem perder a masculinidade.


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44 45 <decoração

revista visão


44 45

A peça-chave na sua decoração VERSÁTIL, O PUFE PODE SER UTILIZADO COMO BANCO, MESINHA DE CENTRO, APOIO PARA OS PÉS E ATÉ BAÚ...

Dos mais

variados modelos, cores e tamanhos, o pufe é bem mais do que um objeto de decoração. Charmoso e fácil de levar de lá pra cá, é multifuncional: serve como cadeira, mesinha de centro, apoio e alguns ainda escondem um espaço sob o assento. Pufes imprimem dinamismo em qualquer ambiente. Conheça as inúmeras opções:

QUADRADO Além de banquinho, também pode servir de mesa. Se for usá-lo no centro da sala, ponha mais de uma peça do mesmo formato para ampliar o apoio, porque esse modelo é menor. Se forem da mesma cor, fica clássico. Aposte em tons diferentes se gosta de algo mais moderno.

ESTAMPADO Listras e quadriculados, por exemplo, ficam bem em vários ambientes da casa, desde o quarto de bebê até a sala de estar, segundo especialistas. Só depende das cores escolhidas. Quer ousar mais? Vá de animal print!

EM FORMAS Os pufes em formato de flores, estrelas, por serem diferentes ficam bem em quartos e deixam o ambiente mais feminino. Dá até para inovar e expô-los na área externa da casa. Pode entrar como uma parte da composição de varanda, dando um ar de descontração.

MOLENGO Este pufe menos estruturado não é tão multiuso porque não vira cadeira nem mesinha, mas pode servir de poltrona gostosa para relaxar vendo TV, por exemplo. Também pode ser apoio para os pés.

RÚSTICO CHIQUE Um ambiente com pufes de vime lembra uma atmosfera bem brasileira. Eles podem ser usados até na cozinha e na varanda, desde que a decoração seja mais rústica e tenha acabamentos que combinem, como madeira, pedra e cerâmica.

revista visão


46 47 <gastronomia

Conchiglione DE Ricota COM COM

ESSAS DELICIOSAS CONCHAS SÃO PERFEITAS PARA IMPRESSIONAR SEUS CONVIDADOS. O RECHEIO TEM SABOR SUAVE E EQUILIBRADO, MAS VALE CADA MORDIDA. E O MELHOR: É MUITO FÁCIL DE PREPARAR.

Molho DE DE Tomate

Ingredientes para a massa • • • • • • •

500 g de macarrão tipo concha 500 g de ricota 200 g de tomates secos escorridos e picados 150 g de azeitonas pretas picadas ½ maço de salsinha (bem picadinha) 1 pote iogurte natural (firme) Sal, pimenta do reino moída e noz moscada moída a gosto • Queijo parmesão ralado na hora

Ingredientes para o molho de tomate • 2 c. s. de azeite de oliva • 1 cebola grande picada • 3 dentes de alho picados • 10 tomates maduros picados sem pele e sem semente • 1 maço de manjericão • 1 maço de salsinha • 1 pitada de açúcar • Sal e pimenta do reino a gosto

Modo de Preparo Massa Cozinhe o macarrão com água abundante (5 litros de água) e uma colher de sopa de sal. Retire com 2 minutos antes do tempo total de cozimento, isso evita de ele desmanchar no forno. Deixe esfriar.

Recheio Amasse bem a ricota com um garfo, junte o iogurte e os demais ingredientes, misture tudo e recheie os conchigliones.

revista visão

Molho Refogue a cebola e em seguida adicione o alho. Adicione os tomates picados, o açúcar, sal e pimenta e metade do manjericão e da salsinha. Adicione um pouco de água e deixe cozinhar em fogo baixo por no mínimo 30 minutos. Adicione mais água se o molho secar.

Montagem Em um recipiente refratário, coloque parte do molho de tomate. Em seguida acrescente os macarrões já recheados e coloque outra camada de molho por cima. Polvilhe queijo parmesão ralado e leve ao forno alto para gratinar por 15 minutos. Sirva em seguida e decore com as ervas restantes.


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revista vis達o


48 49 <automotivo

Os mais mais do primeiro semestre

Fonte quatrorodas.com.br

Total de unidades vendidas no 1ยบ semestre 2013


QUAIS FORAM OS CARROS MAIS VENDIDOS NO BRASIL ATÉ AGORA? CONFIRA A LISTA DOS 10 MODELOS MAIS EMPLACADOS NO BRASIL ATÉ JUNHO DE 2013.

Segundo

dados da Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), as vendas tiveram alta de 0,77% em comparação aos resultados do mês anterior. Em junho, a Fiat permaneceu na liderança, com 21,08% do mercado de automóveis de passeio e comerciais leves, seguida por Volkswagen (19,40%), Chevrolet (18,32%), Ford (9,48%), Renault (6,61%) e Hyundai (5,25%). Na sequência, aparecem Toyota (4,88%), Honda (4,11%), Nissan (1,89%) e Mitsubishi (1,76%). As outras fabricantes, juntas, contabilizam 7,24%.

Total de Vendas mensais CARRO

janeiro

fevereiro

março

abril

maio

junho

VW Gol

22337

15715

19227

21581

19955

22541

Fiat Uno

18024

11109

15235

17463

18352

16326

Fiat Palio

17358

13130

14041

16654

15474

14088

VW Fox/CrossFox

12436

8595

9728

11979

10626

13807

Fiat Strada

10204

8219

9003

11745

11081

11764

Hyundai HB20

9029

10178

12536

12118

9631

8408

Chevrolet Onix

10724

9037

9408

9428

10184

9743

Fiat Siena

9850

6820

8558

10405

10748

9581

Ford Fiesta Hatch

7215

5550

9139

8319

11395

12995

VW Voyage

8024

6146

8387

10635

8347

7410


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PEITO

MATERNO: SAÚDE PARA OS FILHOS Por

Liana Fernandes

O LEITE MATERNO É UM ALIMENTO QUE FAZ TODA A DIFERENÇA PARA O DESENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS SAUDÁVEIS. É POR MEIO DO ALEITAMENTO QUE O RECÉM-NASCIDO RECEBE OS NUTRIENTES NECESSÁRIOS E EM QUANTIDADES SUFICIENTES PARA O ORGANISMO. POR ISSO É ESSENCIAL QUE ELES SEJAM ALIMENTADOS DURANTE OS PRIMEIROS SEIS MESES EXCLUSIVAMENTE COM ELE.


vida e saúde> 50 51

Todos os

anos, na primeira semana de agosto, é celebrada a Semana Mundial do Aleitamento Materno. A iniciativa da OMS (Organização Mundial da Saúde) tem como objetivo estimular a amamentação e melhorar a saúde de crianças menores de cinco anos em mais de 170 países. Em Lages, a Secretaria Municipal da Saúde, através do Programa Saúde da Criança, realizou a capacitação de agentes comunitárias e técnicas de enfermagem. Cerca de 90 profissionais participaram. Outra ação envolvendo o tema será realizada pela equipe da Residência Multiprofissional em Saúde da Família e Comunidade (RMSFC) da Uniplac. Será o II Seminário Multiprofissional de Aleitamento Materno, marcado para acontecer no dia 13 deste mês, no Salão de Atos, durante todo o dia, com entrada gratuita. Retirada do leite As mais de 90 agentes comunitárias e técnicas de enfermagem que participaram da capacitação serão multiplicadoras de informação. De acordo com a enfermeira Nathalia Reche, do programa Saúde da Criança, elas vão passar adiante o que aprenderam na reunião sobre a importância de amamentar até os seis meses e depois continuar, mesmo que a mãe tenha que voltar ao trabalho. “Nós incentivamos as profissionais a passarem para as famílias sobre a importância de fazer a ordenha. Mostrando para elas que o leite pode ser retirado do peito e depois armazenado na geladeira e no freezer. Que o cuidador poderá aquecer aquele leite para dar à criança quando a mãe não estiver em casa. É algo simples e que proporcionará que a criança continue se alimentando com o leite materno. Com todas as propriedades maravilhosas que o bebê necessita”, destacou.

Os benefícios O leite materno faz mais do que nutrir o bebê para ele crescer forte. Ele afasta uma série de doenças, como a diarreia, que no Brasil ainda é a terceira maior causa de mortalidade entre crianças menores de cinco anos. Isso porque é carregado de anticorpos, que também são muito eficazes para barrar infecções nas vias respiratórias e nos ouvidos. Diversos trabalhos científicos apontam que o bebê amamentado no peito por seis meses tem um risco muito menor de se tornar uma criança alérgica, com asma e até mesmo obesa. Até o cérebro sai ganhando: crianças que são amamentadas no peito tendem a ter um maior desenvolvimento cognitivo. Por quê? Por causa dos ácidos graxos desse alimento, que ajudam cada célula nervosa da massa cinzenta a formar uma capinha gordurosa, a mielina, sem a qual os neurônios não “conversam” direito entre si. Para dar todas essas informações importantes para as mães, o programa Saúde da Criança também promoveu durante a primeira semana de agosto uma ação com os alunos de enfermagem da Uniplac, na Policlínica. Enquanto as mães esperavam para fazer o teste do pezinho em seus recém-nascidos, os alunos das 7ª e 8ª fases falavam sobre a amamentação, maneira correta de manejo e sobre a ordenha na sala de espera. Palestrantes de renome Para ministrar o II Seminário Multiprofissional de Aleitamento Materno, a Uniplac trará para Lages grandes palestrantes. O Seminário contará com palestras que tratam da importância da amamentação em diversas áreas, não só em termos de nutrição, mas também se tratando de estética e saú-

de. Uma das convidadas para participar do evento é Zaira Aparecida de Oliveira Custódio – Psicóloga da Maternidade do Hospital Universitário/UFSC; Doutora em Psicologia pela UFSC e Consultora do Ministério da Saúde para o Método Canguru. E Ricardo Coelho – Enfermeiro da Regional de Saúde – um dos responsáveis pela implementação do Programa Rede Cegonha. Profissionais e acadêmicos da área da saúde estão convidados para participar do congresso que inicia as 08h30min. do dia 13/08. Dicas importantes Espere a criança esvaziar primeiro uma mama para depois oferecer a outra a ela, pois as mulheres produzem dois tipos de leite, o que se concentra no fundo da mama, que é rico em nutrientes, capaz de estimular o ganho de peso e o crescimento do bebê – e o que é localizado na frente da mama, que é principalmente rico em água. Por isso não é recomendado oferecer água à criança até o sexto mês de vida. Ninguém pode se esquecer do principal: amamentar é, acima de tudo, estreitar o vínculo afetivo entre mãe e filho. Os motivos que fazem uma mulher a não oferecer o peito ao recém-nascido são diversos: às vezes dói, os bicos racham, a mama fica inchada. Nada que não tenha solução e que o obstetra ou mesmo uma enfermeira especializada não possam ajudar a resolver, com lições sobre o jeito certo de segurar o bebê e fazê-lo abocanhar o bico do seio da maneira correta. São obstáculos muito pequenos, mínimos até, perto de tantos benefícios. Por isso, se você espera um bebê ou se o seu filho tem menos de seis meses, faça questão de ser um modelo de mãe para um país mais saudável.

revista visão


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54 55 <estilo de vida

Infelizmente, ainda são poucas as opções de alimentos saudáveis que podemos encontrar disponíveis nas prateleiras. Já os fast foods estão por toda parte

Slow Food

Por

Liana Fernandes • Fotos

Arquivo da Comunidade do Pinhão

Muito mais do que comer devagar O MOVIMENTO SLOW FOOD (QUE TRADUZIDO LITERALMENTE DO INGLÊS SIGNIFICA: COMER DEVAGAR) VAI MUITO ALÉM DISSO. DEFENDE UMA NOVA RELAÇÃO DO HOMEM COM O ALIMENTO. ELE SEGUE NA CONTRAMÃO DO FAST FOOD (COMIDA RÁPIDA) E DA CORRERIA DA VIDA MODERNA. A PROPOSTA É UMA ALIMENTAÇÃO MAIS CONSCIENTE, COM MAIS PRAZER, VALORIZANDO O ALIMENTO BOM, LIMPO E JUSTO.

Representantes lageanos com outras comunidades Slow Food do Brasil em Turim, Itália revista visão

Comer

é fundamental para viver. A forma como cada um se alimenta tem profunda influência do território que vive, na paisagem, na biodiversidade da terra e nas suas tradições. Para um verdadeiro gastrônomo é impossível ignorar as fortes relações entre prato e planeta. Além disso, melhorar a qualidade da alimentação e arranjar tempo para saboreá-la é uma forma simples de tornar o cotidiano mais prazeroso. O Slow Food opõe-se à tendência de padronização do alimento no mundo. Defende a necessidade de que os consumidores estejam bem informados, tornando-se coprodutores. Fundado na Itália por Carlo Petrini, em 1986, o movimento Slow Food se tornou uma associação internacional sem fins lucrativos em 1989. Atualmente, conta com mais de 100 mil membros e tem escritórios na Itália, Alemanha, Suíça, Estados Unidos, França, Japão e Reino Unido e apoiadores em 150 países. No Brasil, o movimento surgiu em 2006. Na Serra Catarinense, a Cooperativa Ecológica Ecoserra e o Centro Vianei de Educação Popular (ambos com sede em Lages) divulgam e fazem parte do Slow Food. A presidente da Ecoserra, Eliane dos Reis, é a maior referência do movimento na região. “Nós somos uma comunidade que possui agricultores, comerciantes, técnicos, consumidores, entre outros. No Brasil, já são 60 comunidades catalogadas. Nós aqui somos a Comunidade do Pinhão”, conta Eliane. A comunidade compreende 573 famílias de agricultores que possuem pequenas glebas e que vendem seus produtos através de cooperativas locais, a granel ou processados.


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Abertura do evento: Terra Madre em Turim - Itália, realizada pelo presidente da Fundação Slow Food,Carlos Petrini

Pinhão exposto na Feira de Sementes - Itália

Eliane dos Reis Presidente da Ecoserra

Fortaleza do Pinhão O Slow Food não se resume apenas em preservar hábitos alimentares saudáveis e justos. Ele possui programas para promover produtos; proteger, divulgar, comercializar e agregar valor ao alimento. “Quando avançamos no Slow Food observamos que o nosso pinhão poderia fazer parte da Arca do Gosto, que é um projeto que numera os vários produtos que estão em risco de extinção. Participamos de um processo e conseguimos tornar o pinhão um dos 24 produtos aqui do Brasil que fazem parte deste catálogo”, informa. Outro programa que a semente serrana se enquadrou foi na Fortaleza. No Brasil apenas nove alimentos participam. O pinhão é o único do Sul do país. “Quando nós constituímos a Fortaleza do Pinhão, a fundação Slow Food passou a repassar um valor anualmente. Este ano, com a crise econômica na Europa, eles pararam. Com a ajuda deles, fizemos rótulos, folderes e outras ações promocionais”, conta Eliane. Com os recursos também foi possível construir um unidade de beneficiamento de pinhão em Urubici. “Temos uma pequena agroindústria, que foi construída com a ajuda do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e os equipamentos subsidiados pela Slow Food”, revela Eliane. Na agroindústria trabalham cinco mulheres com o processamento de pinhão. A meta da Comunidade do Pinhão é conseguir

implantar pequenas agroindústrias em algumas comunidades do interior.

Bom, limpo e justo A filosofia do Slow Food é que o alimento deve ter bom sabor; ser cultivado de maneira limpa (sem agrotóxicos e sem prejudicar a saúde, o meio ambiente ou os animais); e os produtores devem receber o que é justo pelo seu trabalho. “O primeiro jantar que participei preparado pelo Slow Food foi inesquecível. Durou cinco horas. Cada vez que vinha um prato, o chefe explicava a origem do produto, quem tinha produzido, em qual território, o que aquele produto estava agregando de valor e como ele tinha feito”, relata Eliane. Segundo Eliane, o consumidor se torna coprodutor e não simples comprador, pois tendo informação sobre como o alimento é produzido e apoiando efetivamente os produtores, cada um torna-se parceiro no processo de produção.

Rotina Para Eliane, fazer parte do movimento foi fácil, pois ela sempre valorizou a comida saudável e quem a produzia. “Na minha casa só entra alimento orgânico. Procuro sempre comprar dos feirantes. Só adquiro no mercado aquilo que é necessário. Meu filho nunca comeu um cheese salada. Nunca foi no McDonald’s. Ele tem 10 anos e nunca pediu. Ele vai às festinhas e não toma refrigerante. Ele nunca tomou, não sabe o gosto, não sabe se é bom ou não. Desde pequeno o eduquei assim. Ele é extremamente saudável, nunca fica doente. Tudo que a criança aprende na infância ela assimila. Claro que há interferência da sociedade, escola, amigos. Mas o engraçado é que até hoje, ele mesmo me conta que os amigos levam salgadinhos para a escola e ele não come”, relata. revista visão


56 57 <culturarte Por

Marco Cordeiro • marco@revistavisao.com.br

Nocautes e Manifestações

Não faz

muito escrevi sobre a importância da iconoclastia em nossas ações e valores. Fui aprendendo que a maior injustiça nessa idolatria é com o “ídolo”. Por tratar-se de um ser humano, inconcluso e como todos, “coalhado” de defeitos, essa idolatria é perniciosa e desvia o foco das metas do venerado. É como alguém estar realizando uma tarefa e ser chamado a todo instante, para ser elogiado pelo que vem construindo. Óbvio que atrapalha. Não há quem não tenha defeitos, máculas e imprecisões, venha de onde vier, tenha quanto tiver, viva quanto viveu. Aceitar isso é honesto intelectualmente e sincero com a condição humana. Fora disso, é tietagem e ausência de si. Como detesto ter razão (nada, adoro, como todo ser humano), dois fatos recentes atestam minha reflexão. Divido com meus 02 leitores: Fato um. O lutador Anderson Silva, injustamente içado à condição de ídolo, deixou-se crer nisso e após perder principalmente para sua própria petulância e menosprezo ao adversário, caiu em desgraça mundial. Boa praça, piadista, garoto propaganda, Anderson era chamado pra tudo na mídia. Perdeu o foco, a luta e o cinturão. Confesso que não assisti o evento, vi apenas os, digamos, “melhores momentos”, pois me causa certo desconforto ver duas pessoas, saudáveis (creia, saúde, por maior chavão que seja, é o bem maior. Dúvida? Fique doente), de livre e espontânea vontade, subirem ao ringue para socarem-se até um deles perder os sentidos ou humilhado, bater no chão. Mas é meramente minha visão, que obviamente vai contra a maioria. O desfecho do episódio foi o pior possível, numa declaração do próprio Anderson, ele pede que seus fãs continuem

revista visão

“Há quem olhe para a floresta e só veja lenha para a fogueira”. Leon Tolstoi

adorando-o, pois fã que é fã, ama seu ídolo SEMPRE. Nada mais a comentar. Fato dois. A popularidade da Presidente Dilma despenca em menos de quinze dias de “manifestações” (quebradeira, roubo, vandalismo, mas manifestações, vá lá) em quase 30 pontos percentuais. Mesmo sem ter nada pontual, episódico, além das já denunciadas denúncias, das míticas leis “homofóbicas” hiperatrofiadas pela mídia e outras “verdades verdadeiras”, a onda cresceu, virou um tsunami e numa versão bipolar relâmpago, do céu ao inferno foi a Dilma. Nesse aspecto, o destronamento acontece no campo político e administrativo, numa camada da população, teoricamente flexível, pois há os que são sempre contra e os que são sempre a favor, independente dos fatos e com esses casos religiosos, não se pode dialogar. Mas o que aconteceu foi uma vertiginosa queda na aprovação do governo. Há quem atribua uma Engenharia Social em andamento, objetivando trocar o grupo dominante e não o princípio fundamental que hoje o Brasil vive. Há os que acreditem mesmo que se está passando o Brasil a limpo, que é a cidadania o sentimento maior de ir às ruas. Ainda há os que vejam o controle dos “cabeças” dessas manifestações, profissionais da área, sabem tudo sobre orquestrar, aglutinar e dissolver as massas, quando e se convém. Se possível realizar um rápido amálgama das duas passagens, digo que atribuir sentimentos intransferíveis como confiança e amor a outrem, é um risco, o preço é alto e mais das vezes, a altura é tal que os hematomas são sérios, pois adorar algo é fatalmente decepcionar-se e o pensamento coletivo traduz um desencontro pessoal, de quem se nega a olhar para si mesmo, mas deposita seu ideal de felicidade nas mãos alheias.


Criada em 1995 com a missão de formular e executar a política municipal de apoio à cultura, a Fundação Cultural de Lages na gestão do Prefeito Elizeu Mattos vem trabalhando sob dois aspectos: Cultura como política de Estado, e da Cultura forma de intervenção da realidade. Fotos Taina Borges

CULTURA COMO POLÍTICA DE ESTADO Ações de estruturação legal e funcionamento regular de todos os setores da Fundação Cultural. As principais ações são:

Criação do Sistema Municipal de Cultura O Prefeito Elizeu Mattos assinou em abril de 2013 o acordo de adesão ao Sistema Nacional de Cultura, seguindo as prerrogativas do Ministério da Cultura. O município aguarda a publicação do documento em diário oficial para pactuar com o Governo Federal um cronograma de trabalho para implantar todos os elementos do Sistema.

Fortalecimento dos Conselhos Funcionamento regular do COMPAC – Conselho Municipal do Patrimônio Cultural e do CMPC – Conselho Municipal de Política Cultural, com reuniões mensais periódicas e deliberações sobre assuntos importantes da cidade como a regulamentação do Fundo Municipal de Cultura, a revitalização do Mercado Público Municipal e o futuro do Colégio Aristiliano Ramos.

Escola de Artes

do projeto de restauração do Prédio do Antigo Fórum Nereu Ramos.

CULTURA COMO INTERVENÇÃO NA REALIDADE Dentre as diversas atividades desenvolvidas no primeiro semestre, destacou-se a Arena Cultural e a Escola de Artes.

Arena Cultural Na 25a edição, a Fundação Cultural de Lages formulou e coordenou o espaço Arena Cultural, inédito da estrutura do Parque Conta Dinheiro. A Arena contou com estrutura de arquibancada coberta, palco de madeira, camarins, sonorização e iluminação especializada e programação que privilegiou a diversidade de manifestações culturais da cidade de Lages, nesse sentido, recebeu apresentações de música clássica, MPB, música instrumental, hip hop, rock e blues, teatro de atores, teatro de formas animadas, stand up comedy, contação de histórias, lançamento de livros, ballet clássico, street dance, dança do ventre, dança folclórica e malabarismo em cerca de 50 apresentações nos 10 dias de festa, atendendo um público diário de cerca de 2000 pessoas. Além das apresentações artísticas a Arena Cultura abrigou a exposição O Último Verão de Malinverni Filho com reproduções de 70 fotos do acervo familiar do pintor que em 2013 faria 100 anos.

Orquestra da ALAM

Manutenção do Museu Histórico Thiago de Castro Adquirido no final de 2012, o Museu está em processo de levantamento de seu acervo em parceria com a UNIPLAC, elaboração do Plano Museológico e

Mudança de espaço físico da escola, manutenção dos cursos oferecidos em diversas áreas da arte, criação de novos cursos atendendo cerca de 700 pessoas, além de uma fila de espera superior a 600 inscrições. Para o segundo semestre de 2013 a Fundação Cultural destaca a realização de 02 grandes eventos para a cidade:

Bienal do Livro Com previsão para realização em novembro o evento passa a acontecer todos os anos fortalecendo as políticas de acesso e difusão do livro e da leitura. Para a edição desse ano espera-se oferecer uma programação que atenda leitores de todas as idades, fortalecer a parceria com diversas instituições socioeducacionais e oferecer maior diversidade de editoras e títulos à venda.

FETEL – Festival de Teatro de Lages Retorno do Festival de Teatro de Lages que chega em 2013 a sua 35a edição, oferecendo para a cidade diversos espetáculos de teatro adulto, para crianças, invadindo praças, teatros e espaços alternativos, com participação de grupos locais e espetáculos de diversos lugares do Brasil.

Entrevero de MCs

Canais de Comunicação: Fundação Cultural de Lages Rua Benjamin Constant, 141 - Centro Lages - SC – Fone: 49 3224.7425

E-mail: fcl@lages.sc.gov.br Site: http://lages.sc.gov.br/fundacaocultural/ Blog II CMC: http://www.lages.sc.gov.br/site_novo/cmc/ Facebook: https://www.facebook.com/FundacaoCulturaLages Twitter: https://twitter.com/Cultura_Lages Youtube: http://www.youtube.com/fundacaoculturalages

Apresentação Ballet Bolshoi


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Sal e sol no Rio Grande do Norte

Do alto

das imensas dunas de Ponta Negra, ali, em pleno Rio Grande do Norte, nas proximidades imprecisas do Equador, ali onde o vento faz a volta, com a cabeça feita pela Danada, pela Teimosa (água-que-gato-não-bebe) e com o corpo queimado (e salgado) eu olhava para o mar, tentando distinguir os matizes que o Sol forte refletia nas ondas: verde-mar, verde-malva, verde-jade, verde-esmeralda, verde-folha, verde-bambu, verde-piscina, verde-musgo, verde-mato, verde-montanha, verde-vento, verde-que-te-quero-verde... O sal e sol. Vindo do Sul do Ceará, eu já havia passado pelas grandes salinas (as maiores do mundo) de Areia Branca e Macau, onde o sertão encontra o mar. Dali se retira anualmente mais de um milhão de toneladas do ouro branco – produto cada vez mais cobiçado pela demanda industrial. Mas fiquei chocado: nos extensos tabuleiros onde o sal é posto para secar, a única novidade nos últimos séculos, parece ter sido a introdução de óculos escuros para proteção contra o reflexo do sol nas salineiras e impedir que os trabalhadores fiquem cegos de vez. Mais ao sul, em Pitanguy, povoado de pobres pescadores cercado de luxuosas revista visão

casas de veraneio, ouvi histórias fantásticas de grandes peixes assassinos de dentes pontiagudos – e pude saborear a gostosa carne de tubarão acompanhada de pirão d’água e muita batida de graviola. As águas por ali são mornas – convidam a bracejar e os coqueirais adentram pelo mar ou pelas “capangas” – lagos de água doce com pequena profundidade que se espalham pelo meio das altas dunas. Em Natal fui bater no Hotel Internacional dos Reis Magos e no Duçal Palace, onde, depois de saborear um sensacional peixe com tapioca fui nadar na praia do Forte, uma verdadeira piscina natural protegida por um cordão de recifes que deixa a água do mar entrar, mas não permite que se levantem ondas fortes. Na praia de Iemanjá prestei minha (mais que modesta) homenagem à noiva dos marinheiros e amante dos pescadores: princesa Janaína que antes embriaga os que leva com ela para dormir no fundo do mar. Iarimá cujos cabelos resplandecentes brilham sobre as ondas-fosforescentes e belos nas noites de lua cheia...



60 61 <curiosidades Por

Almirante Soares Filho • comerciante e ensaísta almirante@revistavisao.com.br

Como surgiu a alcunha: Lages “Princesa da Serra”?

Tal

expressão surgiu na década de 40, quando começaram a surgir artigos nos jornais e texto com este título. Esta imagem de nobreza sintetiza não só os momentos de crescimento econômico que Lages vivenciava, mas principalmente uma perspectiva de futuro. Desenvolve-se um imaginário de cidade grande, e, dos desejos máximos de alguns grupos locais, do progresso e da modernidade. A imagem de “Princesa da Serra” é fomentada, principalmente, pelos jornais locais como Guia Serrano, Correio Lageano, Região Serrana e Jornal da Serra. O discurso presente nos jornais é o discurso do progresso, da urbanização, do crescimento da cidade. Tal discurso é proferido em artigos, comentários e até poesias. Principalmente em meados da década de 40 e início dos anos 50 quando Lages sofre um processo de desenvolvimento urbano e econômico. Como o novo mercado público, construção da majestosa Praça Vidal Ramos, o início do transporte ferroviário, remodelações urbanas e sanitárias. Sistema de esgoto, canalização da água, iluminação, remodelação das praças e ruas. Consolidando a alcunha “Princesa da Serra” a exploração da madeira que se estende até meados da década de 60. Período de grande circulação de pessoas, mercadoria, dinheiro e expansão dos limites da cidade. A partir de 1960 surgem as fábricas de papel e celulose, dando um novo conceito ao município.

Curiosidades de 1771 Câmara Municipal - A instalação da primeira sessão do Poder Legislativo de Lages foi revista visão

em 03 de novembro de 1771, presidida pelo Juiz Ordinário Antônio Rodrigues de Oliveira. Pioneiro da Colonização - Nosso segundo Capitão-Mor Regente, Bento do Amaral Gurgel Annes, foi considerado “o primeiro fundador e descobridor do Sertão das Lajens” – antes da fundação oficial. Tempo houve em que ele era “senhor e possuidor de quase metade deste continente”, onde fundou muitas fazendas. Pródigo, doou seus bens e morreu pobre, aos 17 de maio de 1801 que, segundo registro de óbito, com mais de 100 anos. Aumento populacional - Em 1771 a preocupação era para que Lages ganhasse mais habitantes. O furriel Lourenço Rodrigues da Rocha atuou como procurador do Conselho na instalação do Poder Legislativo de Lages e mais tarde como vereador fez muitos requerimentos de importância à recém-instalada Câmara Municipal. Inclusive no sentido de solicitar ao Governo da Capitania de São Paulo para remeter vinte casais das “Ilhas dos Açores”, que viessem acelerar o aumento da população nos Campos de Lages. Primeiro tabelião - Marcelino Pereira do Lago foi o primeiro Tabelião de Lages e o primeiro Escrivão da Câmara. Foi ele, inclusive, quem lavrou a ata de elevação do povoado à categoria de Vila, a 22 de maio de 1771. Acusado de incompetência, além de embriaguês alcoólica, foi afastado do cargo, pela Câmara local. Reabilitado pelo Governo da Capitania de São Paulo, reassumiu suas funções. Em 1778 retirou-se de Lages.


Ensino técnico e integral para a região do Tributo A construção de um colégio que ofereça ensino médio e técnico profissionalizante, e, se possível, em período integral, na região do bairro Tributo é a solicitação de João Chagas na moção 159/13. O documento foi encaminhado ao governador Raimundo Colombo e à Secretaria de Desenvolvimento Regional. Chagas comenta que o oferecimento de mecanismos como este à população e, subsequentemente, a qualificação desta, faz com que aumente o po-

tencial de Lages para receber novas empresas e investimentos, uma vez que a mão-de -obra estará disponível. Ele também justifica a região citada por englobar vários bairros e possuir apenas um único educandário existente no local (colégio Pinto Sombra).

Câmara quer o inglês na educação infantil A inclusão de aulas de inglês na grade curricular das escolas municipais de Lages é o objetivo da moção 178/13, proposta pelo vereador Felício Martins. O documento é dirigido ao prefeito Elizeu Mattos e a Secretaria Municipal da Educação. Felício destaca que quanto mais cedo for o acesso do aluno a outra

língua, maior será a capacidade de assimilação. Segundo o chefe do setor de neurologia infantil da Universidade Federal de São Paulo, Luiz Vilanova, o ser humano nasce com habilidades de discriminar os sons de qualquer língua, mas essa capacidade é mais aguda nos primeiros anos de vida. Além disso, o documen-

to destaca que o inglês é imprescindível nos dias atuais, sendo a língua da comunicação em todo o mundo.

Recursos para aplicação em estradas do interior Por meio da moção 163/13, Adilson Appolinário, Aida Hoffer, João Alberto Duarte e Pastor Mendes pedem ao governo do estado a liberação de recursos para recuperação das estradas vicinais (que ligam o interior à cidade) em Lages.

A moção destaca a importância da produção e da geração de riquezas e oportunidades dos empreendimentos rurais. No entanto, argumenta que a péssima manutenção das estradas do interior, muitas vezes intrafegáveis, compromete a eficiência

do escoamento desta produção, o que causa prejuízos ao estado, município e, especialmente, ao homem do campo. Além da situação econômica, a falta de trafegabilidade acarreta em problemas vitais como saúde e educação para os residentes da área rural.


62 63 <visões do ozóide

Por

Ozóide • Alienígena, intelectual e olheiro ozoide@revistavisao.com.br

Salários do Executivo e Legislativo em Correia Pinto

O vereador

Osni Antônio do Amaral Duarte, de Correia Pinto, está propondo a redução de 20% no salário do prefeito, vice-prefeito, secretários municipais e até dos próprios vereadores daquele município. Pudera, com menos de 15 mil habitantes, o prefeito correiapintense recebe de salário a “bagatela” de R$ 16.633,00; o vice-prefeito recebe R$ 11.088,00; um vereador ganha R$ 6.500,00; e um Secretário Municipal recebe pouco mais de R$ 5.600,00. Em Lages, com população de 160 mil habitantes, o prefeito recebe R$ 18 mil (um pouco mais do que em Correia Pinto); o vice recebe a metade, pouco mais de R$ 9 mil. Já os secretários municipais e vereadores da maior cidade da região recebem pouco mais de R$ 7 mil (um pouco mais do que na vizinha Correia Pinto).

Não seria hora de mudar esses critérios? O jornal Correio Lageano, na edição de 13 e 14 de julho traz um comparativo sobre o assunto, publicando também o salário do prefeito de São Joaquim (que recebe mais de R$ 12 mil), além de seu vice, que receber R$ 6,2 mil. A população

FIQUE DE

OLHO! revista visão

de São Joaquim é menos de 25 mil habitantes. Ou seja, os critérios vigentes para fixar o salário de prefeitos, vereadores e secretários municipais, principalmente nas pequenas cidades, são extremamente flexíveis. Por isso, receber R$ 16 mil de salário em uma cidade com menos de 15 mil habitantes nos parece um absurdo. Não seria hora de moralizar esse tipo de questão, fixando a remuneração dos Executivos, Legislativos e dos Secretários Municipais de acordo com a população e com a arrecadação dos municípios?

Custo dos vereadores Cada um dos quase 160 mil lageanos pagou R$ 42,00 em 2012 para “custear” o trabalho dos 12 vereadores que existiam até o final daquele ano. As Câmaras de Itajaí e Florianópolis, proporcionalmente à população, são as mais caras do Estado, ultrapassando os R$ 80,00 para cada habitante destas cidades. Lages está na 8ª posição no ranking, à frente de Chapecó. Neste ano, o número de vereadores de Lages passou para 19. Com isso, a Câmara contratou mais assessores para os vereadores adicionais. E não houve redução de salários. Então, deduz-se que neste ano o custo da Câmara para cada lageano será ainda maior.

Esse espaço também é para você leitor. Alguma coisa está errada na sua rua? Na sua cidade? Com as lideranças políticas? Denuncie! Envie um e-mail para: ozoide@revistavisao.com.br


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Só essa obra já valeria por um governo”. Prefeito Elizeu Mattos, Falando sobre a construção da nova ala do HTR para o governador Raimundo Colombo.

Há um grande descolamento entre o que quer e exige o povo nas ruas e o que fazem os políticos nos palácios e gabinetes. Essa distância tem de diminuir urgentemente. Senão o povo vai continuar nas ruas”. Dr. Geraldo Augusto Locks – Antropólogo social - em entrevista no jornal Correio Lageano – dia 13/07/2013.

O povo não aguenta mais tanta burocracia no serviço público. Vocês não imaginam a

minha angústia em querer fazer as coisas

acontecerem e ficar de mãos atadas porque todo dia falta um papel qualquer, uma vis-

toria, uma licença, um procedimento”.

Raimundo Colombo – Governador de SC – No dia 12/07 – Em Lages, durante assinatura da ordem de serviço para o início da construção da nova ala do HTR.

Demora exagerada para a divulgação do balanço financeiro da 25ª Festa Nacional do Pinhão (evento foi encerrado no dia 02 de junho e até agora nada de números);

Assinada Ordem de Serviço para a implantação da fiação elétrica subterrânea na região central de Lages;

As calçadas para pedestres em Lages continuam de mal a pior, o mesmo acontecendo com o pavimento de muitas ruas da cidade (principalmente os corredores de ônibus nos bairros);

Dada autorização para o início da obra de construção da nova ala do Hospital Tereza Ramos, em Lages;

Não se fala mais no “Parque da Cidade”, promessa da atual administração de Lages, que começaria a ser implantado a partir deste ano;

Retomadas as obras de implantação do Shopping Garden Lages (antigo Boulevard), às margens da BR-282 (no bairro Vila Mariza);

Prefeito do Cerrito comprou uma camionete Hilux 4x4 para uso próprio na Prefeitura (as estradas para o interior devem estar bem “ruinzinhas” pelo jeito...);

Obras das vias marginais da BR-282 em Lages em sua fase de conclusão, o que dará a Lages um ar de modernidade e de cidade grande;

Alguns dos atuais vereadores de Lages, mesmo sabendo que a regra só seria válida para 2017, querem reduzir o número de vagas para o Legislativo. Por que não reduzem os próprios salários e o número exagerado de servidores?

Obras de implantação do BIG em Lages em ritmo aceleradíssimo;

Voos da empresa aérea Brava de Lages para Florianópolis nem bem haviam iniciado e já foram suspensos;

Ambev de Lages está implantando sua 5ª linha de produção em Lages, com investimentos na faixa de R$ 140 milhões e a geração de 100 novos empregos.

Vereador Professor Domingos, do PT, foi demitido da Uniplac porque cobrava o fim da Intervenção na instituição. revista visão


64 65 <passatempo

(DEZ)AFIO Embora sejam muitos semelhantes, estas duas imagens apresentam 10 pequenas diferenças. Tente encontrá-las. Boa sorte!

Jogo treino Internacional e Guarani de Palhoça em 30 de julho.

Resultado da edição 87

revista visão






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