ANO 15
Ganha cada vez mais adeptos em Lages e na Serra Catarinense
ENTREVISTA // Dr. Renee
Cardoso Braga, Promotor do Meio Ambiente, fala à RV
INDÚSTRIA // Sesi Lages
inaugura revitalização de sua estrutura
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COOPERATIVISMO
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primeiras palavras
Cooperar para crescer
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revista visão jul. 2017
eportagem especial desta edição coloca em evidência o assunto Cooperativismo. O tema parece estar cada vez mais no nosso cotidiano visto que instituições do gênero, nas mais diferentes áreas e atividades, vêm crescendo, ganhando adeptos e importância econômica e social. Em Lages, por exemplo, são mais de 18 mil associados apenas em diferentes cooperativas de crédito. A reportagem define muito bem o assunto e traz o case de algumas destas cooperativas em diversas áreas. No Ensaio, com belíssimas fotos produzidas pelo fotógrafo Juliano Scheuermann com a modelo Rayane de Liz, as tendências em roupas, maquiagem e cabelos para a estação mais charmosa do ano. Não deixe de conferir também o ensaio completo na Fanpage da RV. A admirável música da banda Jambock Sul também é destaque. O grupo, que produz um tipo peculiar de arte musical, está com um material de primeiríssima qualidade na praça, inclusive disponível em discos de vinil. Na Entrevista do mês, o Pro-
motor Público Renee Cardoso Braga, da Promotoria do Meio Ambiente, fala das questões mais problemáticas que envolvem ações que impactam o meio ambiente na região, como: implantação de barragens, resíduos sólidos, saneamento básico, plantio de pinus, uso da água e dos demais recursos naturais, além das questões vinculadas ao Patrimônio Histórico e Cultural. Na seção Indústria, o Sesi de Lages inaugurou uma série de melhorias em sua estrutura, no bairro Gethal. Unidade ficou muito mais bonita, confortável e funcional para prestar uma série de atividades esportivas, de saúde, lazer e de educação aos trabalhadores da indústria e a seus dependentes. Tem ainda os espaços de opinião, com nossos colunistas; o artigo do Professor Dr. Geraldo Locks, que fala da Economia Solidária; as notícias do mês no espaço Infovisão; as observações pertinentes do nosso olheiro Ozóide, entre outras curiosidades e novidades. Como sempre, a Revista Visão está recheada de excelente conteúdo. Boa leitura. //// EQUIPE DE REDAÇÃO
capa de JULHO
edição 131 Mais de um bilhão de pessoas no mundo fazem parte de algum modelo cooperativo. Vamos cooperar? tema
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// ISTOCK
quem faz a sua rv Diretor Geral .....................................Loreno Siega Diretor de Redação .........................Loreno Siega — REG. PROF. 2691/165V-PR Gerência e Dir. de Criação .............Eder Pitz de Lima Diagramação e Arte ........................Chelbim M. Poletto Morales Comercial..........................................Áurea Pereira Suely Miyake Assinaturas ......................................Luiz Wolff Administrativo .................................Adriana da Luz Distribuição ......................................Robinson Marcelino Fundador ..........................................Gugu Garcia Impressão Tiragem
SulOeste 3.000 exemplares
fale conosco Redação R. Dr. Walmor Ribeiro, 115 | Coral 88.523-060 | Lages/SC | 49 3223.4723 www.revistavisao.com.br | portal.revistavisao.com.br facebook.com/revistavisao | twitter.com/revistavisao instagram.com/rvisao | contato@revistavisao.com.br
Não é permitida a reprodução parcial ou total das reportagens, entrevistas, artigos e imagens sem prévia autorização por escrito do editor. A Revista Visão não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados.
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para começar
foto // GUGU GARCIA
Dr. Renee Cardoso Braga, da Promotoria do Meio Ambiente, é o entrevistado do mês.
ENTREVISTA foto // ISTOCK
O que é o cooperativismo e como as pessoas podem ganhar buscando várias formas de cooperação.
REPORTAGEM – CAPA
INDÚSTRIA
Já deve ter acontecido com você. Mas é sempre bom lembrar todas as medidas de segurança para quando seu carro fica parado na estrada.
MUNDO DOS VINHOS Como é o processo de produção e o que torna um vinho vegano?
Sopa de cenoura com gengibre é a deliciosa receita do mês em nosso espaço gourmet.
foto // DIVULGAÇÃO
GASTRONOMIA
Doença celíaca: o que é, como controlar e como descobrir.
VIDA E SAÚDE
AUTOMOTIVO foto // THOMAS ANTUNES
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LEIA TAMBÉM
foto // LORENO SIEGA
Sesi de Lages inaugurou importantes obras em sua infraestrutura. E quem ganha com isso são os trabalhadores da indústria.
ENSAIO
foto // JULIANO SCHEUERMANN
A beleza da modelo Rayane de Liz, num belíssimo ensaio na Pousada Rural do Sesc, com dicas atualizadas de moda para roupas, acessórios, cabelo e maquiagem.
Conheça a Banda Jambock Sul: uma mistura afinada de estilos clássicos do rock’n roll.
CULTURA Enchentes do último mês trouxeram transtornos e prejuízos. Esse é apenas um dos temas espinhosos abordados pelo nosso crítico alienígena.
VISÕES DO OZÓIDE
revista visão jul. 2017
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leitor online
Lucas Ricardo Sobre o post: “Secretaria de Planejamento e Obras executa pavimentação da R. Professor Trajano”
f
Essa falta de respeito com nossos mortos, é muito triste. Autoridades, atenção, pois não é a primeira vez que isso acontece. Lamentável. Clarice da Silva Sobre o post: “Grupo de Jovens de Criciúma trouxe donativos para atingidos pelas enchentes de Lages”
Apesar de muitas vezes discordar, você falou uma verdade. Nesses anos como governador, não fez nem metade do que Luiz Henrique fez por Joinville. Vamos mostrar nossa indignação nas próximas eleições. Não merece mais o voto do lageano!
A crise política no Brasil parece não ter mais fim. Qual seria o melhor caminho a tomar? Para votar todos os meses, acesse
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Gesto lindo desses jovens...Deus os abençoe sempre...
Gislaine Gonçalves Sobre o post: “Banco da Família oferece crédito com juro zero para Microempreendedor Individual (MEI)”.
Infelizmente o povo não tem educação suficiente, cobram muito dos governantes, nas não fazem o mínimo para colaborar. Temos que trabalhar muito com as crianças, pois os adultos não tem mais solução. Infelizmente.
Excelente iniciativa de uma instituição genuinamente lageana e idealizada para auxiliar o protagonismo dos empreendedores da região!
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foto // MYCCHEL HUDSONN LEGNAGHI / SÃO JOAQUIM ONLINE revista visão jul. 2017
Susana Sell Pinto Sobre o post: “O que impressiona, nestas cheias do Rio Carahá, é a grande quantidade de lixo”
//// Amanhecer do último dia do outono foi gelado em Santa Catarina
58,6%
Fora Temer e eleições diretas já (inclusive para deputados e senadores);
12,6%
Temer ficaria à frente do Governo. E as reformas trabalhista, política e da previdência continuariam em andamento;
11,5%
Intervenção Militar (a volta da Ditadura);
11,5%
Só Deus sabe;
5,8%
Fora Temer e eleições indiretas (o novo presidente até 2018 seria eleito pelos Congressistas).
Festa do Pinhão atraiu multidões e impulsionou a economia uristas de várias regiões visitaram Lages para curtir os dez dias de shows, gastronomia e badalação. Tanto que, especialmente durante o feriadão de Corpus Christi, só de Florianópolis saíram quase 200 ônibus lotados em direção a Lages, o que significa cerca de oito mil pessoas apenas da capital catarinense em uma única noite. Durante o feriadão, milhares de turistas invadiram Lages. Tanto que os cerca de quatro mil leitos urbanos e rurais da rede hoteleira de toda a região ficaram lotados. E cidades como São Joaquim, Urupema, Urubici e Bom Jardim da Serra, onde o turismo de inverno é muito forte, também faturaram bastante, tendo a Festa do Pinhão como importante impulso.
////portal.revistavisao.com.br
Carlos Alberto Goss dos Santos Sobre o post: “As enchentes em Lages e o governador Raimundo Colombo”.
É uma vergonha. Queria que a mídia viesse olhar a situação da Epitácio da Silva Pessoa, no bairro Santa Maria. Toda esburacada, todo o trânsito pesado passando por esta rua após a construção da marginal (BR-282). Esta rua deveria ter prioridade também.
//// facebook.com.br/revistavisao
Eloá Marisa Erig Sobre o post: “O que se pode esperar de pessoas que não respeitam nem os mortos?”
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editorial
AS “ILAÇÕES” DO AGONIZANTE TEMER esde o começo de maio, o Brasil assiste, todos os dias, a uma verdadeira enxurrada de notícias sobre a famosa delação premiada dos irmãos Joesley e Wesley Batista, além de alguns executivos do Grupo JBS e J&F. O estopim de tudo foi quando Joesley foi até o Palácio do Jaburu, altas horas da noite, sendo recebido pelo Presidente Temer no porão (visita fora da agenda). A conversa – comprometedora – foi gravada por Joesley, que depois fez acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal, via Procuradoria Geral da República (PGR).
Compra do silêncio de Eduardo Cunha
O dito cujo, na prática não governa mais desde então. Está agonizando e definhando no poder, um morto vivo, sem qualquer credibilidade, respeito e capacidade de propor ações para comandar o mais alto cargo político do país”.
Esse – e outros diálogos envolvendo o deputado Rocha Loures (PMDB/PR), braço direito de Temer, foram reprisados nos jornais, sites de notícias e blogs à exaustão. Há suspeitas fortes de que Temer estaria “comprando” o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso na PF do Paraná há muitos meses, comprovadamente um dos maiores corruptos da história deste país. O que Cunha teria de tão grave a falar contra Temer? Só eles dois sabem. Mas, segundo as denúncias, o silêncio de Cunha teria sido comprado por R$ 500 mil por semana, durante 20 anos – o que representaria a pequena “ninharia” de R$ 480 milhões. O dinheiro, claro, não sairia do bolso de Temer. Viria da JBS, que com isso teria várias questões facilitadas envolvendo ações que tramitam no CADE (e que envolvem compra de gás natural da Petrobras para o funcionamento de uma usina do grupo empresarial. Esse gás sairia bem mais barato com o acordo). Rocha Loures foi flagrado – filmado e acompanhado de perto por agentes da PF – recebendo uma mala de R$ 500 mil (fruto desse acerto da JBS com Temer). E Aécio Neves também, através de seu sobrinho, teria recebido R$ 2 milhões em propinas (quatro malas de R$ 500 mil cada, também da JBS), para agir dentro do Senado em favor da empresa. Isso é absolutamente verídico. Tanto que os dois, Rocha Loures e Aécio, devolveram à PF o dinheiro.
Denúncias da PGR Tudo isso está gerando várias ações da PGR contra Temer. O dito cujo, na prática não governa mais desde então. Está agonizando e definhando no poder, um morto vivo, sem qualquer credibilidade, respeito e capacidade de propor ações para comandar o mais alto cargo político do país (passa vergonha cada vez que viaja ao exterior já que ninguém o leva a sério e nem o respeita). Pela primeira vez na história, em pleno exercício do cargo, um Presidente da
República é denunciado pela PGR por corrupção passiva, obstrução de justiça e formação de quadrilha. No dia posterior a receber a primeira destas denúncias da PGR, Temer fez um pronunciamento à nação. Estava nervoso (mais pálido do que de costume). Gesticulava sem parar, vociferava. E bradava: “São todas ilações. Não há prova alguma nessas denúncias”, dizia. Para quem não sabe, ilações, segundo o dicionário, são “conjecturas, suposições, hipóteses, questões que não foram suficientemente provadas”. Gravação de conversa – onde aparece claramente Temer dizendo que “precisa manter isso daí, viu”, referindo-se à propina a Eduardo Cunha, são ilações? Malas de dinheiro são ilações? Vários contatos de Rocha Loures, dias depois da gravação, a membros do CADE pedindo providências com relação ao assunto gás com a JBS, são ilações? Se isso tudo não for prova cabal, o que pode ser considerado prova? E agora? Os deputados federais vão permitir que o STF investigue e julgue o Presidente? Ou vão impedir que essas questões sejam passadas a limpo?
Sem moral e credibilidade Até o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, um dos ícones do PSDB, escreveu artigo na Folha de São Paulo pedindo a renúncia de Temer, pelo bem do país e das nossas instituições. Isso sem falar no jurista Ives José Gandra, um dos autores do pedido de impeachment da ex-presidente Dilma. Se insistir em ficar – o que é perfeitamente possível já que grande parte dos deputados federais – comprovadamente – não tem amor ao país e aos brasileiros – Temer não conseguirá mais governar. E, as tão necessárias reformas serão definitivamente “enterradas”, junto com o falecido que insiste em ficar à frente do país sem moral e credibilidade alguma. Renuncia logo, Temer!
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JULHO 07 a Motoneve 09 | 07 Pq. Conta Dinheiro – 09h30 às 18h
LAGES | SC
SÃO JOAQUIM | SC
O pior de mim 09 | 07 Emcenacatarina: C. C. Vidal Ramos – Sesc – 20h
Cavalgada de Inverno 15 | 07 10ª Canyon do Espraiado
15 | 07 Entreveraço Serra Sessions BOM RETIRO | SC
URUBICI | SC
Pousada Colinas da Serra – 12h às 21h
27 e I Simpósio Sul em Ciências Ambientais 28 | 07 CAV – 8h às 17h
Sesc de Música 1 – Orquídea Negra 20 | 07 Circuito Teatro Sesc Lages – 20h
LAGES | SC
LAGES | SC
26/08 - Mc Dede & Mc MM – Estação Lages – Lages | SC
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17/08 - Palestra Dr. Augusto Cury – Lages | SC
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29 e 4ª Etapa da Copa Ft_250 Santa Catarina 30 | 07 Kartódromo de Lages – 8h às 20h LAGES | SC
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AGOSTO
revista visão
08 a Trilha Cânions de São Joaquim 09 | 07 Fazenda Santa Cândida
LAGES | SC
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entrevista
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Renee Cardoso Braga
Promotor público à frente da 13ª Promotoria de Justiça no Fórum de Lages – Promotoria do Meio Ambiente da Região Hidrográfica 4 do Estado de Santa Catarina.
Promotor de Justiça
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“ O MINISTÉRIO PÚBLICO É A VOZ DA SOCIEDADE” COM POSIÇÃO FIRME E TRANSPARENTE, DR. RENEE CARDOSO BRA-
GA TEM PAUTADO SUA ATUAÇÃO NA DEFESA DOS INTERESSES DA REGIÃO NO QUE TANGE AO SEU TRABALHO À FRENTE DA PROMOTORIA DO MEIO AMBIENTE, QUE ABRANGE LAGES E A REGIÃO HIDROGRÁFICA 4 DO ESTADO DE SANTA CATARINA (31 MUNICÍPIOS). por ////
LORENO SIEGA
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GUGU GARCIA
atural de Florianópolis, Dr. Renee Cardoso Braga tem 38 anos. É casado, tem um filho e reside em Lages desde 2011. Atua como Promotor Público desde o final do ano de 2003, quando passou em concurso e ingressou na função em Florianópolis. Atualmente, está à frente da 13ª Promotoria de Justiça no Fórum de Lages – Promotoria do Meio Ambiente da Região Hidrográfica 4 do Estado de Santa Catarina. Além da Comarca de Lages, que envolve ainda os municípios de Bocaina do Sul, Painel e São José do Cerrito, também integram as ações desta promotoria um total de 31 municípios, todos os que têm ligação direta com as Bacias Hidrográficas dos Rios Pelotas e Canoas. Dr. Renee Braga falou à Revista Visão no dia 23 de junho. Ele abordou temas como compensações ambientais gerados pelas usinas hidrelétricas, destinação dos resíduos sólidos (lixo) nos municípios da região, saneamento básico, proteção ao patrimônio histórico e cultural (material e imaterial), entre outros assuntos. Acompanhe. Dr. Renee, quais as ações que envolvem a Promotoria do Meio Ambiente? E qual a abrangência? O Ministério Público, em linhas gerais, é a voz da sociedade, principalmente na tutela de interesses difusos e coletivos, quando a sociedade não desempenha com grande força o seu papel. A área de direitos difusos pertence a um número indeterminado de pessoas, em questões como cidadania, consumidor e também o meio ambiente, especificamente onde atuo. Importante acrescentar que quando se fala em Meio Ambiente não se está referindo apenas às questões ambientais como fauna, flora e recursos hídricos. Estamos falando também dos aspectos paisagísticos, culturais, históricos, arquitetônicos, desenvolvimento e ocupação das cidades. É toda a interação do homem com o seu meio, com o seu entorno. Isso envolve, por exemplo, o patrimônio cultural (material e imaterial), os bens históricos, o desenvolvimento urbano (ocupação do solo), entre outras questões.
“
O Ministério Público não é um órgão executor. O MP é fiscal, somos os olhos da sociedade. Nosso papel é exigir e fiscalizar o cumprimento da legislação”.
Vocês atuam apenas quando provocados por alguém, uma denúncia? Ou também por iniciativa própria? Em ambas as situações. Não costumamos ficar esperando as demandas no gabinete. Procuramos intervir na sociedade, seja atendendo as pessoas que nos buscam e também por iniciativa própria. Quais as principais demandas desta promotoria aqui na Serra Catarinense? Na comarca de Lages, que envolve ainda os municípios de Bocaina do Sul, Painel e São José do Cerrito, nós atuamos praticamente em todas as questões que dizem relação ao Meio Ambiente. Em nível regional, nos 31 municípios, atuamos principalmente em duas diferentes frentes: saneamento básico, envolvendo esgotamento sanitário e política de saneamento e resíduos sólidos (lixo). Atuamos também em questões de reflorestamentos e nas ações que dizem relação ao uso dos recursos hídricos para geração de energia (usinas). Há certos discursos por parte de algumas lideranças – ou até uma imagem geral na sociedade – de que a Promotoria do Meio Ambiente é contra o desenvolvimento já que sua atuação cercearia uma séria de questões. Procede? Não somos contra o desenvolvimento. Ao contrário, nós defendemos que haja desenvolvimento sustentável. Ou seja, que as ações do homem
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se baseiem e levem em conta a legislação vigente, que respeitem o meio ambiente e que, se houverem danos, que sejam mitigados e/ou devidamente compensados. Na questão específica da construção das barragens, sabe-se que os órgãos ambientais exigem compensações pelos impactos e danos causados. E inclusive mitigação, com pagamento de determinado valor sobre os investimentos. Para onde vai esse dinheiro das compensações? Até certo tempo atrás, antes de nossa presença na região, esses valores eram pagos pelos empreendedores e podiam ser utilizados em projetos ambientais, muitas vezes ou quase sempre fora da região. Por sugestão e ação nossa, já há algum tempo, isso mudou. Agora há um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) celebrado entre MP, Fatma e outros órgãos ambientais para que esses valores fiquem e sejam aplicados aqui na região.
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Poderia citar algum exemplo? A Usina Hidrelétrica Garibaldi, nos valores ambientais que teve de pagar, uma parte foi utilizada na compra do helicóptero Águia 4 da Polícia Militar. Por isso mesmo, essa aeronave, utilizada em várias ações de segurança, não pode ser deslocada para outras regiões. Além disso, aquele empreendimento pagou outros R$ 4 milhões, dinheiro que foi destinado a vários projetos dos atingidos. Isso além de todas as indenizações que tiveram pelo atingimento das propriedades (terras e benfeitorias). Também com os recursos daquele empreendimento o MP adquiriu o casarão histórico Juca Antunes,
aqui de Lages, que será totalmente restaurado. Então, a partir de agora, todas as compensações de empreendimentos feitos aqui na região terão de ficar e serem destinadas a ações aqui da região. O Funserra, vinculado à Amures, que desenvolve uma série de ações ambientais, assim como o projeto Carbono Social em Rede, recebem recursos do MP. Qual a origem desses recursos? São recursos que advém de pequenos crimes e danos ambientais como desmatamento irregular, poluição de águas, falta de licenciamento em determinados empreendimentos, entre outros. Nestas questões, o MP exige sempre a reparação do dano cometido. E muitas vezes não há como reparar esse dano a não ser com uma indenização. São esses recursos, advindos de multas e compensações ambientais, que são destinados a esses fundos municipais de preservação do meio ambiente e/ou educação ambiental. A própria Polícia Ambiental recebe recursos para suas ações educativas, assim como o Programa Amigo do Carroceiro, desenvolvido pelo CAV. Embora o Rio Canoas esteja totalmente dentro do território de SC, equivocadamente ele hoje pertence à União. A Promotoria do Meio Ambiente quer reverter isso? Por uma série de questões históricas – e técnicas – no nosso entendimento equivocadas – o Rio Canoas hoje é federalizado. E todos sabem que esse rio nasce e percorre território catarinense. Do ponto de vista prático, hoje isso pouco ou nada significa. Mas, quando, por lei, se começar a cobrar pelo uso
da água – num futuro não muito distante, esses recursos ficarão com a União. Então, queremos reverter isso. Nosso entendimento é que o Canoas pertence à Santa Catarina, aliás, é o maior rio que percorre totalmente o território catarinense. E o Colégio Aristiliano Ramos? Aquele prédio, de fato, tem aspectos históricos, culturais e arquitetônicos a serem preservados? Eu não sou engenheiro, arquiteto e tampouco historiador. Portanto, não cabe a mim dizer se aquele bem precisa ou não ser preservado. Quando falaram em demolir, lá atrás, nós fomos atrás de pareceres técnicos para checar isso. E diversos pareceres e documentos atestam que sim, que o Colégio Aristiliano
Ramos é um bem histórico e que precisa ser preservado. E foram diversos técnicos que afirmaram e atestaram isso. Então, nossa disputa jurídica com o Governo do Estado, que quer demolir, se dá apenas na esfera técnica. O caso está no TJ, que deve decidir a questão definitivamente em breve. Enquanto não se tem essa decisão, a quem cabe manter de pé e preservar aquele patrimônio público? Ao Governo do Estado. Aliás, leio de vez em quando na imprensa que não estão fazendo a revitalização do centro de Lages porque ainda não se tem decisão sobre o destino do Aristiliano Ramos. Está errado. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. Se quiserem começar as obras de revitalização, podem
Não somos contra o desenvolvimento. Ao contrário, nós defendemos que haja desenvolvimento sustentável”.
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Diversos pareceres e documentos atestam que sim, que o Colégio Aristiliano Ramos é um bem histórico e que precisa ser preservado”.
fazê-lo amanhã, não temos óbice algum. O prédio da esquina entre o Calçadão da Praça João Costa com a Rua Coronel Córdova, há alguns meses, estava sofrendo uma intervenção pelo proprietário. Como o prédio tem características art déco, o MP mandou parar as obras. Em que situação aquela obra está? Ao verificar que a obra estava sendo feita, e acreditando que se tratava de um bem com as características arquitetônicas art déco, alertamos e solicitamos aos órgãos competentes para nos darem um laudo técnico a respeito. Fomos informados que sim, que se tratava de prédio histórico e que não poderia sofrer intervenções. O proprietário foi notificado. O bem deverá receber tal chancela. E os danos causados pela obra terão de ser recuperados. Com relação ao lixo urbano, há alguns anos os municípios jogavam tudo em lixões a céu aberto, inclusive Lages. Como está a situação hoje? Embora se tenha evoluído em alguns aspectos, com relação ao destino correto e adequado do lixo, ainda há muito por fazer. Na região, ninguém mais joga lixo urbano a céu aberto. Pelo menos não que tenhamos conhecimento. Hoje há diversos aterros sanitários
legalizados e funcionando. Por outro lado, boa parte do que é depositado nestes locais poderia e deveria estar sendo reciclado. Ao se jogar lixo que poderia ser reciclado num aterro, perde-se várias vezes. Perde-se dinheiro que poderia beneficiar diversas famílias de catadores. Perde-se matéria-prima, que poderia ser reaproveitada para fazer outros produtos. A prefeitura perde dinheiro porque paga por tonelada recolhida e por tonelada destinada ao aterro. E perde-se tempo de vida útil dos aterros. Hoje temos o Plano Intermunicipal de Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos. Com exceção de Lages, todos os demais 17 municípios da Amures já integram esse plano. E Lages também logo deverá fazer parte. Hoje existe uma cooperativa de catadores de lixo reciclável em Lages, a Cooperlages. Mas apenas 5% do total do lixo gerado pelo município são reciclados. Como está isso nos outros municípios? Entre o ideal e o real há uma grande distância no Brasil. E isso não vale apenas para o lixo. Vale para quase tudo. Na questão do lixo reciclado, temos sim a Cooperlages funcionando atualmente. O trabalho é feito com uma série de dificuldades e limitações, é verdade, mas tem perspectivas de ser ampliado e melhorado. Para isso, inclusive, nossa promotoria tem atuado
para que a Prefeitura destine alguns recursos mensalmente para ajudar no funcionamento deste trabalho. Temos outras duas cooperativas sendo montadas na região, em São Joaquim e Otacílio Costa. É um começo de trabalho. Mas, sem dúvida, nesta questão ainda há muito a se fazer. Inclusive educar a população para que crie o hábito de separar o lixo em casa e destiná-lo à coleta seletiva. Deixar alguém residindo em locais que costumeiramente alagam com as enchentes. Ou em locais que podem desabar quando chove demais. É responsabilidade de quem? Temos devidamente identificadas as regiões em Lages que representam alto risco de alagamento ou de desabamentos. E temos cobrado do município a implementação de políticas públicas de retirada das famílias destes locais, dando a elas a oportunidade
“
Nosso entendimento é que o Rio Canoas pertence à Santa Catarina, aliás, é o maior rio que percorre totalmente o território catarinense”.
de morar em locais mais seguros. Mas, como tudo neste Brasil, há uma série de aspectos a serem considerados na execução destas exigências. A principal é a falta de recursos para construir casas mais dignas e decentes por parte dos Municípios, Estado e mesmo da União. Por outro lado, se não houver cobranças (o que estamos fazendo), nunca se vai atacar esse problema, que é muito sério. Aliás, o próprio Plano Diretor de Lages tem de ser atualizado, não permitindo mais que se construa nesses locais ou áreas. Importante lembrar que o Ministério Público não é um órgão executor. O MP é fiscal, somos os olhos da sociedade. Nosso papel é exigir e fiscalizar o cumprimento da legislação. Em Lages e na região temos muitas plantações de pinus. Essa cultura, em geral, tem gerado impactos negativos ao meio ambiente? Não existe nenhuma atividade que possa ser implementada sem que se tomem algumas cautelas e precauções. Não é diferente com o plantio do pinus. Há toda uma legislação ambiental que cuida disso. Não se pode plantar em APPs (Áreas de Preservação Permanente), por exemplo, em topos de morro, próximo a nascentes, rios e banhados. A diferença entre o veneno e o remédio é a dosagem, como se diz. Ou seja, atividades de reflorestamento, em si, são positivas, geram emprego, renda e dinamizam a economia. Mas, como tudo, precisam ser feitas dentro da legislação. Claro que essa atividade gera impactos: ambientais e econômicos, inclusive para a qualidade das estradas do interior, onde os caminhões carregados de toras costumam causar danos frequentes aos moradores e aos cofres das prefeituras.
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reportagem
VAMOS COOPERAR? O ASSUNTO É
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VOCÊ JÁ PENSOU EM FAZER PARTE
DE UMA COOPERATIVA? TALVEZ AINDA NÃO SAIBA MUITO SOBRE O ASSUNTO, MAS ESSE TIPO DE ORGANIZAÇÃO VEM CRESCENDO RAPIDAMENTE NO BRASIL, EM SANTA CATARINA E NA SERRA CATARINENSE NOS ÚLTIMOS TEMPOS. PERTENCER A UMA COOPERATIVA É SER DONO DO PRÓPRIO NEGÓCIO. E ELAS FUNCIONAM NAS MAIS DIFERENTES ATIVIDADES.
texto e fotos ////
LORENO SIEGA
a resolução “As Cooperativas e o Desenvolvimento Social”, de dezembro de 2009, a Organização das Nações Unidas (ONU) reconhecia que as cooperativas têm participação ativa no desenvolvimento social e econômico das pessoas, incluindo as mulheres, jovens, idosos, incapacitados e indígenas, contribuindo para a erradicação da pobreza. Por isso mesmo, a ONU declarou 2012 como o Ano Internacional do Cooperativismo – ou das Cooperativas. E neste ano, 2017, inclusive, comemorou-se em 01 de julho o Dia Internacional do Cooperativismo. Embora as organizações cooperativas como as conhecemos hoje tenham sua origem histórica no ano de 1844, na Inglaterra, nestes 173 anos passados, o assunto e o envolvimento das pessoas com essas organizações em nível mundial cresceram muito. No Brasil, o cooperativismo começou no início do século XIX (em 1902, no Rio Grande do Sul).
O modelo cooperativista já alcança mais de
1 BILHÃO DE PESSOAS NO MUNDO
As cooperativas estão presentes em mais de
100 PAÍSES e geram mais de
100 MILHÕES de empregos
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Cooperativismo no mundo e no Brasil
O que é uma Cooperativa A palavra que origina o conceito de Cooperativa vem do verbo cooperar e do substantivo cooperação. Cooperar é agir de forma coletiva, trabalhando junto e em prol de um objetivo comum (OCERGS, 2012). Neste sentido, a prática da cooperação educa e socializa a pessoa, expande as fronteiras culturais do ser humano, tornando-o mais aberto, flexível, participativo e solidário (OCERGS, 2012). A Aliança Cooperativa Internacional (ACI) traz a seguinte descrição de Cooperativa: “É uma associação autônoma de pessoas que se unem voluntariamente para satisfazer as aspirações e necessidades econômicas, sociais e culturais comuns, por meio de uma empresa de propriedade coletiva e democraticamente gerida”. Já Cooperativismo é definido pela OCERGS como “uma doutrina socioeconômica fundamentada na liberdade humana e nos princípios cooperativos. A cultura cooperativista visa a desenvolver a capacidade intelectual das pessoas de forma criativa, inteligente, justa e harmônica, procurando a sua melhoria contínua. Os seus princípios buscam, pelo resultado econômico, o desenvolvimento social através da melhoria da qualidade de vida e da boa convivência entre seus cooperados”.
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Para contar um pouco da origem do cooperativismo no mundo e no Brasil, valemo-nos de informações extraídas no site da OCERGS (www.ocergs. coop.br). Reproduzimos parte deste texto: “Embora o cooperativismo moderno, na forma que o conhecemos hoje, tenha surgido em meados do século XIX, na Europa, suas raízes remontam à antiguidade, pois na Babilônia já se arrendava terra para exploração conjunta com o objetivo de prover a sociedade de gêneros alimentícios. No Brasil, as primeiras experiências de cooperativismo vieram por meio de ações de padres jesuítas no Sul do país, no início do século XVII. Esses religiosos, utilizando-se da persuasão e movidos pelo princípio do auxílio mútuo – mutirão –, que os índios brasileiros já praticavam, fundaram as reduções jesuítas: comunidades solidárias fundamentadas no trabalho coletivo com objetivo de promover o bem-estar dos membros da comunidade. Mesmo considerando todos esses indícios de organizações fundamentadas nos moldes cooperativistas, a Aliança Cooperativa Internacional – ACI – considera como marco do nascimento do cooperativismo a união dos 28 tecelões de Rochdale, na região de Manchester, na Inglaterra. Naquela ocasião, 21 de dezembro de 1844, em meio à Revolução Industrial, onde as condições de trabalho degradantes castigavam o operariado, 28 tecelões se organizaram e criaram uma cooperativa de consumo nos moldes que a conhecemos hoje (Rochdale Society of Equitable Pioneer). Tal organização
O Brasil possui hoje mais de
6,8 MIL
cooperativas, distribuídas em
13 RAMOS de atividades
seria regida por princípios próprios, balizadas por valores do ser humano e na democracia como solução dos problemas. Já no Brasil, a experiência cooperativista europeia chegou através do Padre Theodor Amstadt, em 1902, no Rio Grande do Sul. Sob a inspiração desse Padre jesuíta, conhecedor da experiência alemã de cooperativismo, instalaram-se no Sul do país as primeiras cooperativas de crédito e agrícolas. O modelo pregado pelo Pe. Amstadt aplicava-se às pequenas comunidades rurais e baseava-se na honestidade de seus cooperados.
Legislação do cooperativismo No Brasil, a Lei 5.764, publicada no Diário Oficial da União (DOU) em 16 de dezembro de 1971, sancionada pelo então Presidente da República, General Emílio Garastazu Médici, define a Política Nacional de Cooperativismo, institui o re-
gime jurídico das Sociedades Cooperativas e dá outras providências. Até hoje, embora esta legislação tenha sido acrescida, modificada e complementada por algumas outras (Lei 7.231, de 23 de outubro de 1984 – por exemplo), forma o principal arcabouço jurídico brasileiro sobre o assunto. A Lei 5.764/71 tem 18 diferentes capítulos, 117 artigos e inúmeros outros parágrafos e incisos, todos disciplinando e regulamentando o assunto. A Constituição Federal (CF) de 1988, em seu Artigo 174, preceitua que se deve incentivar e apoiar o cooperativismo. Em seu capítulo II – das Sociedades Cooperativas – no seu Artigo 3º, a Lei 5.764/71 diz o seguinte: “Celebram contrato de sociedade cooperativa as pessoas que reciprocamente se obrigam a contribuir com bens ou serviços para o exercício de uma atividade econômica, de proveito comum, sem objetivo de lucro”.
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Princípios do cooperativismo Segundo o professor Alexandre Portela Barbosa, em artigo publicado sobre o assunto e disponível na internet, em 1995, no ano em que se comemorou o 1º. Centenário da criação da Aliança Cooperativista Internacional (ACI), realizou-se um congresso internacional de cooperativas onde se debateram importantes questões para o fortalecimento da prática cooperativista em nível mundial. Durante o evento, aprovaram-se conceitos e princípios cooperativistas, não muito diferentes daqueles criados e estabelecidos pelos pioneiros. São eles: Adesão Voluntária e Livre: As cooperativas são organizadas à participação de todos, independente de sexo, raça, classe social, opção política ou religiosa. Para participar, a pessoa deve conhecer e decidir se tem condições de cumprir os acordos estabelecidos pela maioria; Gestão Democrática: Os cooperantes, reunidos em Assembleia, discutem e votam os objetivos e metas do trabalho conjunto, bem como elegem os representantes que irão administrar a sociedade. Cada associado representa um voto, não importando se
alguns detenham mais cotas do que outros; Participação Econômica dos Membros: Todos contribuem igualmente para a formação do capital da cooperativa, o qual é controlado democraticamente. Autonomia e Independência: O funcionamento da cooperativa é controlado democraticamente. Se a cooperativa é bem administrada e obtém uma receita maior que as despesas, esses rendimentos serão divididos entre os sócios até o limite do valor e da contribuição de cada um. O restante poderá ser destinado para investimentos na própria cooperativa ou para outras aplicações, sempre de acordo com a decisão tomada em Assembleia. Educação, Formação e Informação: É objetivo permanente da cooperativa destinar ações e recursos para formar seus associados, capacitando-os para a prática cooperativista e para o uso de equipamentos e técnicas no processo produtivo e comercial. Ao mesmo tempo, buscam informar o público sobre as vantagens da cooperação organizada, estimulando o ensino do cooperativismo nas universidades, mestres e dou-
Nos últimos anos, o número de cooperados alcançou o patamar de
11,5 MILHÕES DE ASSOCIADOS NO BRASIL tores voltados para a administração da empresa; Intercooperação: Para o fortalecimento do cooperativismo é importante que haja intercâmbio de informações, produtos e serviços, viabilizando o setor como atividade socioeconômica. Por outro lado, organizadas em entidades representativas, formadas para contribuir no seu desenvolvimento, determinam avanços e conquistas para os movi-
mentos cooperativistas nos níveis locais e internacionais; Interesse pela Comunidade: As cooperativas trabalham para o bem-estar de suas comunidades, através de execução de programas socioculturais, realizados em parceria com o governo e outras entidades civis.
Tipos de cooperativas Tendo como fim a viabilização da atividade de seus associados, as Sociedades Cooperativas podem adotar qualquer objeto social (objetivo e razão pela qual são constituídas). A única limitação legal (prevista na Lei 5.764/71) é de não exercerem atividades ilícitas ou proibidas por lei (uma cooperativa para o cultivo e/ou comercialização de drogas e entorpecentes como maconha e cocaína, por exemplo). A maioria dos autores e/ou materiais bibliográficos a respeito listam 11 diferentes objetos sociais ou tipos de cooperativas em funcionamento no Brasil. São elas: Cooperativas Agropecuárias; de Crédito; de Consumo; Educacionais; Habitacionais; de Infraestrutura; de Produção; de Saúde; de Trabalho; de Transporte e Cooperativas Especiais.
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EM LAGES, COOPERATIVISMO VEM CRESCENDO CATARINENSE, O COOPERATIVISMO VEM CRESCENDO MUITO NOS ÚLTIMOS ANOS. E ISSO ESTÁ OCORRENDO EM VÁRIAS FRENTES: AGROPECUÁRIA, SERVIÇOS, PRODUÇÃO, CRÉDITO, ENTRE OUTROS. UM DOS PRINCIPAIS MOTIVOS TALVEZ SEJA A PRÓPRIA HISTÓRIA DA REGIÃO, NOS ASPECTOS DE FORMAÇÃO DA SOCIEDADE LAGEANA E SERRANA.
professor Dr. Geraldo Augusto Locks, da Uniplac, explica que era muito comum, especialmente nas sociedades rurais aqui da região, haver as famosas trocas de dias de serviço entre vizinhos, os famosos “pixuruns”, onde as pessoas se reuniam coletivamente para determinado trabalho. No final, terminada
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aquela tarefa, tudo acabava em festa (almoço coletivo e/ ou janta com baile). Geraldo Locks, no entanto, faz uma distinção muito clara entre dois tipos distintos de Cooperativas: aquelas vinculadas ao capital e aquelas vinculadas ao trabalho.
Cooperativas de Economia Solidária No primeiro grupo, cooperativas vinculadas ao capital, estariam a grande maioria das cooperativas que se conhece hoje, formalmente constituídas e que têm a geração de superávits financeiros como objetivo, embora as sobras desse lucro sejam no final destinadas aos associados, proporcionalmente à sua participação. “Quero deixar bem claro que não sou contra esse tipo de organizações. Mas, na minha avaliação, essas cooperativas não diferem muito de
uma empresa capitalista. No papel, são regidas por vários princípios, mas que na prática não são muito levados em conta. Em geral, os dirigentes são sempre os mesmos ou se repetem ao longo dos anos; as Assembleias acontecem apenas por força da lei: normalmente já são realizadas com uma pauta determinada por poucas pessoas e com resultados e decisões previamente tomadas. Essas cooperativas, em geral, começam pequenas. E tornam-se grandes demais, de forma que lá na ponta, os associados, pouco ou nada participam”, explicou. Por outro lado, continua Geraldo Locks, existem as Cooperativas de Economia Solidária. “Essas são organizações menores, onde cada participante tem vez e voz. E onde o resultado do trabalho é dividido de forma equitativa entre todos. São cooperativas, formais ou informais, onde a adesão e a participação de cada membro são livres.
foto // GUGU GARCIA
EM LAGES E NA SERRA
//// Dr. Geraldo Augusto Locks, professor da Uniplac
Mas muito importante. Nada se faz sem haver deliberação coletiva. Nestas cooperativas, o principal é a organização do trabalho de forma coletiva. E não se visa o lucro e o crescimento da organização, mas sim a remuneração do trabalho de seus associados. É bem diferente”, argumenta. Em Lages, a Uniplac criou um grupo de extensão permanente, com professores e alunos de vários cursos – multidisciplinar – o ITCP (Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares), que visa organizar, criar, fortalecer e oferecer assessoria técnica e organizacional e esse tipo de cooperativas. A primeira cooperativa formada com apoio do ITCP foi a Cooperlages – Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Lages, que funciona há pouco mais de dois anos no bairro São Miguel. Há outras duas cooperativas semelhantes já criadas na região: em São Joaquim e Otacílio Costa. E diversos outros grupos formais de mulheres ou mistos (como a Feira Socioeconômica Solidária que funciona todos os sábados na Praça do Terminal Urbano de Lages), entre outros.
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COOPERLAGES DÁ TRABALHO A 30 FAMÍLIAS euzete dos Anjos, 46 anos, é presidente da Cooperlages. Num barracão, cercada de lixo por todos os lados, essa mulher de baixa estatura, mas de muita fibra, coordena o trabalho de pelo menos 30 outras pessoas, no bairro São Miguel, em Lages. É lá que funciona a Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis. Neuzete trabalha há pelo menos 20 anos como catadora. “Eu comecei no antigo lixão”, conta. “Lá, a gente se misturava com urubus, porcos, moscas e muita sujeira. Mas era a forma que a gente tinha para viver. Criei minhas quatro filhas neste trabalho. Hoje três delas estão aqui comigo me ajudando na cooperativa e também ganhando o seu sustento”, explicou. Neuzete disse que a formação da Cooperlages foi possível graças ao pessoal do ITCP, da Uniplac. “Eles nos ajudaram a organizar o pessoal. E também para conseguir um convênio com a Prefeitura para o repasse de recursos mensais para o nosso funcionamento”, disse. “Foi difícil convencer a atual administração para nos aportar um pequeno recurso por mês. Mas agora, finalmente, conseguimos até o final do ano uma ajuda de R$ 44 mil por mês. Na verdade eles estão nos pagando pelo serviço que fazemos de coleta e separação do lixo. Com esse serviço, quem ganha é toda a comunidade, já que muita coisa que antes era jogada fora agora pode ser reaproveitada”, completou.
Ideia é expandir o trabalho O trabalho de coleta do lixo nos bairros – e a separação no barracão da cooperativa – é muito difícil e oneroso, além de insalubre. “Tivemos mais de dois meses de chuvas direto. Praticamente não pudemos passar nos bairros para recolher lixo nesse período. Se não tivesse esse recurso garantido da Prefeitura, nesses meses ficaríamos sem renda alguma”, explicou Neuzete. “Então, agora, com esse repasse, além do que a gente consegue reciclar e vender, temos esperança que a renda de cada uma das pessoas que aqui trabalham possa ser de no mínimo R$ 1 mil por mês”, disse. Além do trabalho, a Cooperlages garante refeições diárias para seus trabalhadores, que são preparadas no local.
Neuzete diz que seu grande sonho é que mais gente possa ingressar na cooperativa. E que boa parte – ou quase todo o lixo de Lages possa ser reciclado (hoje apenas 5% do total do lixo gerado na cidade é reciclado – com cerca de 35 toneladas de produtos recicláveis por mês de produção pela Cooperlages). “Atualmente a gente consegue recolher lixo de apenas 35 bairros (são 78 bairros em Lages). Meu sonho
é conseguir passar pelo menos uma vez por semana em cada bairro. E reciclar um volume bem maior de produtos”, destaca. Segundo Neuzete, de todo lixo urbano seria possível reaproveitar em torno de 90% – papel e papelão, plásticos diversos, vidros e garrafas, metais (incluindo latas de refrigerante), garrafas PET, embalagens Tetra Pak (leite e sucos), entre outros.
//// Neuzete dos Anjos, Presidente da Cooperlages
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EM NOVE ANOS, CREDICOMIN TEM 6 MIL ASSOCIADOS
//// Cláudio Roberto Muniz, Diretor Executivo e Nilton Rogério Alves, presidente da Credicomin
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o dia 25 de junho de 2008, no andar térreo do prédio da CDL de Lages, numa pequena sala, e com apenas dois funcionários, começava a funcionar a 1ª Cooperativa de Crédito genuinamente lageana – a Credicomin. Hoje, passados nove anos, a instituição cresceu consideravelmente. “Começamos com apenas 30 sócios e com um capital próprio de R$ 60 mil”, lembra Nilton Rogério Alves, presidente da cooperativa. “Hoje, são mais de 6 mil cooperados. Administramos mais de R$ 50 milhões em ativos. Temos três Pontos de Atendimento em Lages (PAs). E hoje já trabalham na Credicomin em torno de 30 colaboradores diretos”, acrescentou. Para Nilton Alves, o sucesso da Credicomin tem alguns ingredientes: “Procuramos colocar em prática os sete princípios do Cooperativismo, que inclusive estão fixados em local de destaque nos nossos três locais de funcionamento. Damos muita
importância a nossos cooperados, os verdadeiros donos do negócio. E buscamos fazer uma gestão séria, honesta e transparente”, frisou. “É para os cooperados – e em função deles – que nós existimos e trabalhamos. Eles são, em última análise, os nossos chefes”, falou. Cláudio Roberto Muniz, Diretor Executivo da Credicomin, informa que em breve será aberto o 4º Posto de Atendimento (PA) em Lages. “Será no Centro de Convivência da Uniplac”, informou. “Fechamos mais uma importante parceria com aquela instituição. E lá vamos administrar a conta da Uniplac e também dos mais de 700 colaboradores e servidores, sem falar também nos acadêmicos que quiserem se associar”, explicou. Cláudio disse que a Credicomin já tem planejamento estratégico pronto para os próximos cinco anos. “Até 2022 nossa meta é administrar pelo menos R$ 100 mi-
lhões em ativos (o dobro do valor de hoje). E contar com pelo menos 14 mil cooperados e com cinco ou seis locais diferentes de atendimento em Lages”, pontuou. “Ao contrário dos bancos tradicionais, que cada vez mais demitem trabalhadores e automatizam seus serviços, cobrando caro por isso, a Credicomin terá em torno de 60 colaboradores diretos até 2022. E procura atender cada associado pelo nome, com baixíssimos custos”, acrescentou.
Sicoob Credisserrana e Sicredi Além da Credicomin, Lages dispõe de pelo menos duas outras cooperativas de crédito, extremamente fortes e atuantes: a Sicoob Credisserrana e o Sicredi Altos da Serra. A Cooperativa Sicoob Crediserrana, na cidade, foi
constituída no dia 25 de julho de 1998, inicialmente com 60 cooperados pioneiros. A instituição é filiada ao Sicoob, o maior Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil. Possui cinco Pontos de Atendimento: três em Lages (nos bairros Coral, Guarujá e Copacabana), além de Capão Alto e Palmeira. Para o ano de 2018 está prevista a abertura de um novo Ponto de Atendimento, no Centro de Lages. A Sicoob Credisserrana administra atualmente mais de R$ 60 milhões de ativos e possui mais de 6 mil cooperados em sua área de ação. O Sicredi Altos da Serra, por sua vez, atua em Lages desde 2009. Tem na cidade dois pontos de atendimento, com 5.200 associados (só em Lages). Um deles está localizado ao lado da Praça da Catedral. E o outro no bairro Coral. O Sicredi Altos da Serra tem como sede a cidade de Tapejara (RS), um pequeno município ao lado de Passo Fundo. Também possui dezenas de cooperativas de crédito filiadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, onde cresce bastante.
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COOPERPLAN RECEBEU 1,4 MILHÃO DE SACAS DE GRÃOS foto // AEROSUL
//// Luiz Carlos Uncini, Diretor Comercial da Cooperplan
m 1993 era constituída em Lages a 1ª Cooperativa Agropecuária da cidade, a Cooperplan. Depois de devidamente constituída legalmente – e de contar com a adesão das primeiras dezenas de sócios – em 1995 a cooperativa conseguiu entrar em operação, recebendo grãos dos primeiros produtores. De início tímido e pequeno, na Cidade Alta, a Cooperplan também se agigantou em Lages. Hoje, a estrutura atual em sua sede, na Cidade Alta (próximo à Madepar), têm capacidade para receber, fazer a secagem e armazenagem de até 60 mil toneladas – ou 1 milhão de sacas de cereais (60 kg cada). “Nesta última safra, inclusive, extrapolamos esse limite”, conta Luiz Carlos Uncini, Diretor Comercial
da cooperativa. “Recebemos até agora mais de 1,4 milhão de sacas de produtos – 500 mil sacas de soja, 600 mil de milho, além de feijão, trigo e aveia. Tanto que tivemos de alugar silos de terceiros para dar conta da demanda. E ir vendendo os produtos assim que entravam, despachando para os portos com vistas à exportação”, acrescentou. A Cooperplan trabalha basicamente com produtores de cereais. “A grande vantagem de uma cooperativa agrícola é que com ela o produtor tem onde depositar seus produtos. Do contrário, teriam de vender imediatamente após a colheita, quando os preços normalmente estão ruins. Na cooperativa, ao contrário, o associado aqui deposita sua produção. E vende quando o preço estiver melhor”, compara Uncini. “Aqui nós trabalhamos com pequenas margens. E grandes volumes. No exercício do ano passado, por exemplo, distribuímos R$ 5 milhões aos 295 associados como re-
As cooperativas brasileiras geram hoje cerca de
338 MIL EMPREGOS FORMAIS
sultado das operações. Metade desse valor foi depositado na cota parte de cada associado, proporcionalmente. E a outra metade foi distribuída como lucro”, enfatizou. Além de receber os produtos – e de oportunizar para que o produtor possa vendê-los quando achar mais conveniente – a Cooperplan tam-
bém tem uma loja onde vende insumos a seus associados a preços mais em conta. “Nós conseguimos comprar para os associados com tributos menores. Além disso, compramos em grande escala, o que faz os preços serem menores. Essas vantagens nós damos aos associados. Mas é importante lembrar que também podemos trabalhar com não sócios”, observou. “Os não sócios não têm essas vantagens”, acrescentou. No ano passado, a Cooperplan investiu R$ 10 milhões na implantação de uma moderna estrutura para classificação de sementes. Com isso, está agregando valor aos produtos, já que as sementes têm valor adicionado maior. Há poucos anos, também, investiu na montagem de um silo na localidade da Coxilha Rica, com capacidade de estocagem para 40 mil sacas. “Nosso crescimento fica na faixa de 10 a 20% ao ano, tanto em volume de grãos recebidos, como de faturamento e de associados. No ano passado, nós tivemos um crescimento de 20%, explicou Uncini.
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COOPERTROPAS – CARNE DIFERENCIADA PARA CLIENTES EXIGENTES
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foto // DIVULGAÇÃO
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m 2012, um grupo de pecuaristas vinculados ao Sindicato Rural de Lages teve aprovado pela Fapesc (órgão vinculado ao Governo do Estado) um projeto para a formação de uma cadeia diferenciada de produção de carnes nobres. Com orientação técnica e assessoria da Médica Veterinária, Dra. Caroline Andrade, o projeto visava oferecer aos consumidores lageanos, todas as semanas, uma carne bovina de alta qualidade, produzida à base de pasto, com o abate de animais jovens, de raças puras ou meio sangue britânicas: Angus, Devon e Hereford. Ainda sob a guarida do Sindicato Rural, o projeto foi levado adiante com muito sucesso até 2016, ano em que o referido aporte se findou. Aí se começou a discutir a formação de uma Cooperativa, que foi formalmente criada em março de 2016. Nascia ali a Coopertropas – uma cooperativa de produção de carnes formada por 34 pecuaristas que criam animais dessas raças e com essas características e exigências em termos de qualidade. “Começamos abatendo apenas cinco animais por semana. Um tempo depois, passamos para 10 animais.
//// Dra. Caroline Andrade, médica veterinária, presta orientação técnica à Coopertropas
Agora, estamos abatendo 25. E a partir do mês de julho de 2017 serão 45 animais por semana”, explicou Dra. Caroline Andrade. “Os abates acontecem no Frigofox, nas terças e quartas-feiras, um frigorífico fiscalizado e que cumpre todas as exigências e critérios da legislação. E são fornecidas ao Supermercado Martendal, nosso parceiro, às quartas e quintas-feiras. E a partir de julho, com um novo acordo de parceria que firmamos, vamos fornecer semanalmente também à Coopercampos, em Campos Novos, mais 20 animais abatidos por semana”, explicou. João Eron Ribeiro, um dos associados da Coopertropas, está muito satisfeito com a cooperativa. “A gente precisa seguir as normas e exigências de criação à risca. Quando vacinamos determinado animal, por exemplo, tem de ser com medicamento liberado e autorizado pelos órgãos sanitários. E jamais um animal desses pode ser abatido antes de ter-
UMA EM CADA SETE PESSOAS no mundo é associada a uma cooperativa minar a carência dessa vacina ou medicamento”, explicou. “O animal pode se alimentar somente de pasto. Tem de ser das raças britânicas (Angus, Hereford ou Devon – ou cruzamentos entre elas). E, se machos, serem abatidos com idades entre 14 e no máximo 26 meses. E, se fêmeas, de 14 até 30 meses”, explicou. O dentista e pecuarista lageano Geraldo Costa de Oliveira, também associado,
diz que com a Coopertropas o produtor ganha em média 12 a 15% a mais pela carne (o preço superior é pago pelo consumidor – que tem uma carne de qualidade). Além disso, o produtor também ganha na hora de comprar insumos (as compras são feitas de forma coletiva, barateando os custos para todos). “Isso sem falar que aos poucos a gente vai se tornando especialista no assunto. Já participamos de diversas reuniões técnicas, cursos, dias de campo e consultorias para aprimoramento. E nossa produtividade vem aumentando muito com isso”, exemplificou. Jackson Martendal, do Supermercado Martendal, é só elogios quando fala da carne fornecida pela Coopertropas. “O consumidor que compra e prova uma vez esse tipo de carne, não deixará de fazê-lo novamente. A demanda é crescente. E nós gostamos muito de ser parceiros do projeto porque estamos oferecendo a nossos clientes uma carne de altíssima qualidade”, sentenciou.
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PARA A ESTAÇÃO MAIS FRIA DO ANO... udo igual de forma diferente… Assim são as tendências de inverno 2017, cheias de multiplicidade e de contrastes, o que dá a liberdade de escolher a peça de roupa e combiná-la de forma a explorar mais do que um só estilo. Tecidos tecnológicos leves e fáceis de trabalhar funcionam bem para manter a temperatura do corpo e são extremante compactos para transportar no dia a dia. A dica para não se limitar ao look simples é incorporar texturas e acabamentos inusitados. Uma boa dose de drama, sensualidade, rebeldia e componentes étnicos continua a inspirar as coleções nessa estação. A mistura de influências é enriquecedora e possibilita que as pessoas as utilizem para evidenciar a própria essência. A palavra-chave da estação é: liberdade.
Confira o ensaio completo em
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FICHA TÉCNICA
modelo
//// RAYANE DE LIZ Estudante de Administração, 24 anos roupas e acessórios
ZOË calçados
LIVRE LEOA cabelo
FRANCIELLE ALBINO ESPAÇO VALENTINA maquiagem
PRISCILA CHUPIL ESPAÇO VALENTINA fotografia
JULIANO SCHEUERMANN produção de moda
PRISCILA FERNANDES locação
POUSADA RURAL DO SESC
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Tendência para cabelos A grande dica para quem deseja investir num visual antenado com a moda é optar por um estilo mais natural. As madeixas de cores menos artificiais e menos trabalhadas serão as grandes estrelas, com destaque também para a textura dos fios. Sabe quando o cabelo fica com aquele leve ondulado natural ou com mais volume que o habitual? Pois, essas são algumas das texturas naturais mais do que bem-vindas. O retorno ao natural é a principal tendência do inverno 2017 para cabelos.
Millennial Pink Se a cada ano algumas cores caem no gosto das fashionistas, pode-se dizer que 2017 está sendo o ano destaque do Millennial Pink nas maquiagens mais caprichadas! Essa matiz, que vai do bege rosado ao pêssego, está conquistando cada vez mais seu espaço nas sombras, batons e blushs usados nas produções, deixando o look mais fluido, doce e bem delicado.
Confira o ensaio completo em
jul. 2017
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indústria
UNIDADE DO SESI EM LAGES FOI
NO ANO EM QUE COMPLETA
30 ANOS DE ATUAÇÃO NA ATUAL ESTRUTURA, LOCALIZADA NO BAIRRO GETHAL, EM LAGES, MOTIVO QUE LEVOU A INSTITUIÇÃO A UMA PROGRAMAÇÃO ESPECIAL DE EVENTOS DURANTE TODO O ANO, O SESI INAUGUROU NO DIA 07 DE JULHO, EM GRANDE EVENTO, AS OBRAS DE SUA COMPLETA REVITALIZAÇÃO.
texto e fotos ////
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LORENO SIEGA
Diretora da unidade de Lages, Silvia De Pieri Oliveira, informa que foram investidos aproximadamente R$ 5 milhões nas diversas melhorias, com espaços amplos, modernos e bonitos. Depois de pronta, a nova estrutura conta com 5 mil m² de área construída, disponibilizando à indústria, a seus trabalhadores e familiares, ginásio de esportes, campos de grama e de futebol suíço (com grama sintética – ambos com iluminação noturna), salão social, academia de ginástica ampla, moderna e climatizada, estrutura de salas de aula, consultório odontológico e médico para atendimento em Saúde e Segurança no Trabalho (SST), além do estacionamento completamente revitalizado, sinalizado e ampliado. A Diretora Silvia informa que foram mais de dois anos em obras para concluir completamente a revitalização, um período em que os colaboradores da unidade e os usuários
tiveram de conviver com algumas limitações devido aos serviços que iam sendo executados. “Agora está tudo pronto. E a nossa unidade ficou muito mais bonita, funcional e aconchegante”, destacou. “Quem ganha com isso são os trabalhadores da indústria. E toda a comunidade usuária, além de nossos colaboradores”, complementou.
Serviços do SESI para a indústria da serra Além da elaboração dos laudos técnicos de Saúde e Segurança do Trabalho (SST), com preços diferenciados às indústrias, o SESI oferece assessoria técnica especializada em Saúde e Segurança, atuando na gestão de riscos e diminuição de gastos junto às indústrias. Na promoção da Saúde, o SESI oferece Ginástica Laboral, modalidades esportivas através do SESI Esportes, Clube de Ativi-
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COMPLETAMENTE REVITALIZADA dades Físicas, Grupos de Emagrecimento Saudável, academia de ginástica, odontologia e organização de SIPATs (Semanas Internas de Prevenção de Acidentes no Trabalho). O Serviço de Alimentação, na produção de refeições em cozinhas in company, como transportadas, também estão à disposição das indústrias. Na Educação, as matrículas para a Educação Infantil, Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Educação Continuada estão acessíveis aos trabalhadores. Desenvolvimento de Lideranças, de equipes, cursos de CIPA, desenvolvimento de competências básicas e comportamentais fazem parte do portfólio de produtos e serviços oferecidos aos trabalhadores da indústria e à comunidade.
Novo projeto para o SESI de Lages
no e, principalmente, de criar ambientes que estimulem o pensamento inovador para a indústria, o SESI/SC criou o movimento “Vem Fazer”, que se transformou em uma marca, que traz a Lages como um dos projetos a Educação Maker. Na Educação Maker é assim: você que tem entre 07 e 18 anos aprende fazendo! O espaço integrado promove a exploração, a construção, a experimentação e o aprendizado colaborativo e coletivo. Você aprende pesquisando, testando, conversando com os colegas e elaborando projetos que busquem soluções criativas e inovadoras para problemas sociais. O Espaço de Educação Maker é uma novidade do SESI nas cidades de Blumenau, Joaçaba, Pinhalzinho e logo mais também em Lages.
Presença do SESI em SC O Serviço Social da Indústria – SESI – está presente há 65 anos em Santa Catarina. Em Lages, atua há mais de 40 anos. E destes, 30 anos estão sendo completados no ano de 2017 na atual unidade, no bairro Gethal. Neste período, a entidade aprimorou seus serviços, implantou novas tecnologias para maior resolutividade às demandas das indústrias, à qualidade de vida e desenvolvimento de competências dos trabalhadores e seus familiares. O SESI está presente em 259 municípios catarinenses, com uma estrutura de atendimento que inclui 261 unidades fixas, 75 farmácias, 92 unidades de alimentação, 45 uni-
dades escolares, 72 unidades móveis, além de instalações esportivas, academias, bibliotecas. Na Serra Catarinense, além da unidade no bairro Gethal, o SESI conta com três academias, quatro farmácias, uma biblioteca, duas unidade de alimentação, com 10 indústrias atendidas com alimentação transportada. Em 2016, o SESI atendeu em SC mais de 420 mil trabalhadores em Saúde e Segurança no Trabalho, o que corresponde a mais da metade dos trabalhadores das indústrias em todo o estado. Foram imunizados pela vacina contra a gripe 418 mil trabalhadores, além dos 412 mil procedimentos de odontologia e 90 mil refeições/dia. O estímulo aos trabalhadores para adotarem um estilo de vida mais saudável, com serviços como o da Ginástica na Empresa, que atendeu, por dia, 97 mil trabalhadores, e o SESI Esporte, que realizou
Atento às tendências, à necessidade de repensar o ensi-
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//// Silvia De Pieri Oliveira, Diretora da unidade de Lages
//// SESI conta com excelentes consultórios
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//// Cursos relacionados à Saúde e Segurança, informática, inclusão digital, matemática, ciências, liderança e diversidade fazem parte do portfólio da Educação Continuada do SESI
mais de 64,1 mil inscrições dentre os vários torneios promovidos ao longo do ano. Na área de Educação, foram mais de 127 mil matrículas no ano, nos serviços de Educação Continuada, Educação de Jovens e Adultos, Ensino Fundamental e Infantil. Na Serra Catarinense, o SESI passou de 100 mil atendimentos em saúde e 10 mil matrículas em educação.
Saúde e segurança – uma agenda estratégica
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O SESI SC lançou em maio de 2016 a Aliança Saúde Competividade com o objetivo de reunir parceiros de todos os setores para colaborarem na construção de ambientes de trabalho favoráveis ao desenvolvimento humano. A Diretora da unidade de Lages, Silvia De Pieri, observa que a saúde é hoje um dos maiores custos que as empresas possuem, não gerados somente por acidentes de trabalho, mas, sobretudo, por doenças crônicas que cada vez afastam um maior número de pessoas. “Os impactos financeiros relacionados à questão da saúde, tanto de caráter assistencial como previdenciário são preocupantes e dizem respeito a toda a sociedade”,
comenta. Silvia diz ainda que “é preciso ampliar as discussões para além do ambiente regulatório em SST, na perspectiva de programas e iniciativas que promovam a saúde, como estímulo à mudança de comportamento, na adoção de hábitos e estilo de vida saudáveis”, frisa. “Pretendemos fazer pela saúde dos trabalhadores da indústria catarinense o mesmo que temos procurado fazer pelo aumento da escolarização, contribuindo de forma ampla para o desenvolvimento destes trabalhadores e ambientes de trabalho favoráveis a isso, com extensão para seus ambientes sociais”, destacou Glauco José Côrte, presidente da Fiesc, em recente evento. “Contar com trabalhadores mais saudáveis, produtivos e felizes torna a indústria mais competitiva”, complementou Glauco Côrte.
Atuação do SESI em educação O grande desafio do SESI, respaldado pelo Movimento SC pela Educação, liderado pela FIESC, é a elevação da escolaridade básica do trabalhador. Deste modo, em parceria com empresas, o SESI oferece a
//// Academia bem equipada e com acompanhamento de educador físico
PROPÓSITO SESI “ Melhorar a vida das pessoas transforma a indústria”.
COMO? “ Com as premissas do ouvir, unir e agir, no relacionamento próximo às indústrias, na oferta de soluções em saúde e educação”.
Educação de Jovens e Adultos (EJA), na modalidade de educação à distância. “Infelizmente, em Santa Catarina, ainda temos 47% dos trabalhadores da indústria sem o Ensino Médio completo”, informou Silvia De Pieri. Além da educação básica, reforçar conteúdos, desenvolver novas competências, principalmente relacionadas às comportamentais, é foco de atuação do SESI, considerando as necessidades específicas da indústria e o segmento industrial a que pertence. Cursos relacionados à Saúde e Segurança, informática, inclusão digital, matemática, ciências, liderança e
diversidade fazem parte do portfólio da Educação Continuada do SESI. Compreende-se que um trabalhador com mais escolaridade, com competências desenvolvidas, é um trabalhador mais crítico, autônomo e resolutivo, que se relaciona bem com sua equipe de trabalho e que também cuida melhor da sua saúde e bem-estar. Para os dependentes do trabalhador da indústria, o SESI conta com escolas de Educação Infantil, com ambientes acolhedores, seguros, alimentação saudável e uma proposta pedagógica consistente, que contribui no desenvolvimento da criança de forma integral.
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Expressão do mês “TREMENDO MAIS QUE VARA VERDE”
Curiosidades
Significado
Curiosidades
É uma expressão usada quando a pessoa está nervosa, angustiada, com medo, ansiosa, ou mesmo, tremendo de frio.
ROSA É A COR MAIS QUENTE
Histórico
GELO QUE QUEBRA RECORDES menor temperatura já registrada na Terra foi de 89,2 graus Celsius negativos em uma estação de pesquisa na Antártida, em 1983. No Brasil, a temperatura mais baixa aconteceu em junho de 1996, em Urubici, Santa Catarina, quando os termômetros marcaram 17 graus Celsius negativos. Brrrr!
Shots (fobias) revista visão jul. 2017
Aerofobia: medo de voar. Afeta 1/3 da população mundial;
Porque ficamos com a pele rosada no inverno? No frio as pessoas tendem a ficar em ambientes fechados e sem circulação de ar, o que resseca a pele. A exposição a vírus e bactérias no frio também pode deixar a pele mais rosada. Ambas as situações aumentam a vasoconstrição e, junto com a pele ressecada, ocorre a hiperemia da face, que é o aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local, ocasionado pelo aumento do número de vasos sanguíneos funcionais.
Tem a ver com a morfologia dos galhos nas árvores. Logo que brotam nas plantas, os galhos são muito finos e tenros, com isso tremulam com muita facilidade, como se estivessem sendo constantemente balançados por alguma coisa, como o vento.
Curiosidades O INVERNO DA ALMA NO CORPO HUMANO Nosso organismo tem truques para driblar o frio. Primeiro as células da pele enviam sinais ao sistema nervoso, que faz o corpo tremer para ativar a circulação e aumentar a produção de calor. Depois, cruzamos os braços e encolhemos as pernas e as mãos para nos proteger. Para completar, os pelos arrepiados formam uma camada de ar perto da pele que ajuda a preservar o calor. Mas nem sempre isso resolve e mesmo assim sentimos frio.
Aicmofobia: medo descontrolado de agulhas, injeções e outros objetos cortantes;
Brontofobia: é o medo excessivo de trovões e raios. Para quem sofre com esta fobia, uma simples tempestade pode se tornar um pesadelo inimaginável;
Glossofobia: é o medo de falar em público. Causa ansiedade, taquicardia e tremulação na voz.
Os pais têm uma missão importante:
incentivar os filhos para uma alimentação saudável
“Apenas eles podem e devem salvar seus filhos... Sua consciência deve sentir a força da missão que lhes foi confiada pela natureza... pois em suas mãos está positivamente o futuro da humanidade, vida.
Lívia Gugelmin Caruso e Emily Balansim Rodrigues
Lanche coletivo
Cuidados com as plantas - Aluno Bernardo Pinheiro Ribeiro, 1º ano
“
A
criança não apenas mora em seu ambiente; ela se torna parte dele. Ela absorve a vida que ocorre a seu redor e se torna una com ela. [...] As impressões da criança são tão profundas que ocorre uma mudança biológica ou psico-química pela qual a mente termina por se parecer com o próprio ambiente. As maneiras, hábitos e costumes do grupo a que pertence só podem ser derivados ao se misturar com aqueles que o possuem. [...] Os acontecimentos do mundo dos homens, todos convergem para a conquista e produção, como se não houvesse nada mais a ser
Projeto: “Produção de mudas de Bracatinga - Recuperação Ambiental” – Prof.ª Flavia Anan Saiki e Prof.ª Fernanda Liz dos Santos com as alunas do 7º ano, Alice Louise Kretzschmar Falk e Julia Pinheiro Ribeiro - O conhecimento científico permeando na Escola e expandindo nas famílias e na comunidade.
considerado. O esforço humano sofre embates e é quebrado na competição. [...] Se o adulto considera a criança, ele o faz com a lógica que usa para lidar com os iguais. Ele vê na criança uma criatura diferente e incapaz e a mantém à distância ou então, por meio do que se chama de educação, tenta atraí-la prematuramente e dirigi-la para as formas de sua própria vida. [...] O adulto exibe diante delas sua própria perfeição, sua própria maturidade, seu
É importante lembrar, também, que a criança deve ser ensinada indiretamente; as instruções verbais não são úteis; os exemplos convencem. Estimule hábitos alimentares saudáveis oferecendo novos alimentos, usando sua criatividade. Jamais em frente a uma televisão; de preferência, pelo menos, uma refeição deveria ser feita à mesa, juntos em família.
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EDUCAÇÃO INFANTIL • Período Regular • Período Integral • Período Especial (8h às 14h30min e das 11h às 17h30min) ENSINO FUNDAMENTAL - 1º ao 9º ANO
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próprio exemplo histórico, chamando a criança para que o imite”. (Maria Montessori). Certos valores da sociedade, não passam de modismos e logo perdem sua importância; outros recebem, ao longo do tempo, sedimentos que acabam se tornando valores vitais assimilados como evolução da pessoa ou de uma geração. Assim, nos referimos à Educação Ambiental e Qualidade de Alimentação como valor(es) que vamos deixar como herança para os nossos filhos. Precisamos começar já, com as crianças e jovens, novas orientações, buscando alternativas criativas, ou seja, mudando “as coisas” para as gerações futuras. A autorregulação na sociedade acontece como resultado das pesquisas científicas, pela conscientização e/ou por legislação. Nossa Escola aponta avanços gradativos e que podem ser ampliados a exemplo
Rafael Rech Agustini e Luiz Acácio Moreira Maganin
da Educação Ambiental (ponto forte da Gincana EcoJunina) e Educação Alimentar. Para estes temas e para a ampliação de conceitos que certamente se tornarão temas de comunicação entre amigos e no seu entorno, sugerimos o documentário “DEMAIN” (Amanhã), (Netflix ou YouTube).
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//// Lucas Oliveira Vettorello, Ironi Vettorello, Stael Oliveira Vettorello e Tiago Oliveira Vettorello. Família reunida para grandes comemorações. Parabéns!
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//// As filhas super animadas Thais, Suian e Tarin Carvalho em linda foto com a mamãe Magali
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por ////
“O
SUELY MIYAKE
verdadeiro otimista tem o dom de saber que algo vai dar certo não por
presunção, mas simplesmente por acreditar que a força que define o que vai dar certo ou errado em sua vida está em seu interior, em suas competências, em sua fé”. Para iluminar nossas vidas, compartilho esta mensagem de otimismo de Luiz Alvez. Beijos, Suely.
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//// Dr. Ederson Schweitzer de Oliveira; Dr. Alexandre Dallabrida; Dr. Rafael Hissé Gomes; Dr. José Luiz Branco Ramos. Sentados: Dra. Mônica Maués Dallabrida; Dr. Léo Muller Neto e Dr. Alessandra Rosa Pagliosa
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//// Volni José Garcia lançando o livro “Rio Vermelho” //// Evento de posse da nova diretoria dos Rotarys de Lages, gestão 2017/2018. Monica Nogara Borges de Menezes; Marcia de Souza Alves; Gustavo Gabriel; Luciane Kratz; Darci Campo; Antonio Tulio de Lima e Neusi Letícia Soares Neves
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“ SE VOCÊ PODE SONHAR, VOCÊ PODE FAZER”. Walt Disney
//// CDC – Centro de Cardiologia com profissionais prontos para melhor atender seus pacientes: Dr. Rubens Luiz Pagani Júnior, Dr. Eriton de Abreu Silva; Dr. Carlos Augusto Fernandes; Dr. Kleber Gaspar Carvalho da Silva; Dr. Erlon de Abreu Silva e Dr. Rodrigo Valente Ramos Rocha
//// A pequena e linda bailarina, Luisa Paes Fernandes completou 7 anos. Filha de Silamara Paes Fernandes e Carlos Henrique Fernandes. Parabéns!
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//// James Tadeu Branco e Eli Fernando Zanon Carneiro, logo com novidades //// Poliana Rios organizou a festa de 1º ano do pequeno Arthur. Seu marido, Rodrigo Fernandes Santana colaborou nos preparativos. Familiares vieram de Minas para prestigiar o evento
//// Kako Martins e Ricardo Córdova. Simpatia, sucesso e parceria na Band FM Lages.
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opinião
Economia solidária e emancipação social do Municipal de Economia Solidária. Quem passar pelo Terminal Urbano de Lages, às sextas-feiras, verá uma feira de economia solidária. Artesanato, produtos agroecológicos podem ser comprados, trocados, diretamente entre produtores e consumidores. A feira se orienta pelo conceito mais popular de economia solidária. Na sociedade contemporânea o mercado hegemonicamente é capitalista
ECONOMIA SOLIDÁRIA É UM JEITO DIFERENTE
DE PRODUZIR, VENDER, COMPRAR E TROCAR O QUE É PRECISO PARA VIVER. SEM EXPLORAR OS OUTROS, SEM QUERER LEVAR VANTAGEM, SEM DESTRUIR O AMBIENTE. COOPERANDO, FORTALECENDO O GRUPO, CADA UM PENSANDO NO BEM DE TODOS E NO PRÓPRIO BEM.
envolvendo mais de 3 milhões de pessoas, atingindo 2,5 mil municípios e 27 unidades da Federação. Os empreendimentos organizam-se em forma de cooperativas, associações, grupos formais ou informais. A região serrana encontra-se inserida nesta política. O município de Lages, no final de 2014, teve sua lei municipal de economia solidária aprovada por unanimidade pela Câmara de Vereadores, que criou o Conselho e o Fun-
no qual existe uma tensão permanente entre os interesses do mundo do trabalho e o interesse do capital. Vence o capital, o lado mais forte, que se apropria dos meios de produção, explora a força de trabalho, gerando lucros,
por ////
e concentra bens e riquezas socialmente produzidos. A economia capitalista tem relações de trabalho baseada no emprego e no salário. Nunca criará oportunidade de emprego e salários para todos. Enquanto que a economia solidária oferece oportunidade de geração de trabalho e renda para todos os trabalhadores e trabalhadoras que criarem um empreendimento econômico solidário (EES). Muitos desafios a serem superados em vista do avanço da economia solidária: acesso ao capital por meio de um sistema financeiro solidário; acesso ao mercado para que os EES completem a cadeia produtiva, isto é, da produção à comercialização de seus produtos; e acesso a uma educação que gere consciência cidadã, qualificação profissional voltados para autonomia e emancipação social. Reiteramos, todavia, que a economia solidária, nos últimos anos, vem se apresentando como inovadora alternativa de geração de trabalho e renda e uma resposta a favor da inclusão social e produtiva. Vale a pena conhecer, participar e apoiar esta “outra economia”.
GERALDO AUGUSTO LOCKS
Professor Doutor do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado em Educação da Universidade do Planalto Catarinense (PPGE – UNIPLAC); Líder do Grupo de Pesquisa em Educação e Desenvolvimento Territorial: políticas e práticas (GEDETER); Coordenador do Programa: Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP UNIPLAC).
gerencia@revistavisao.com.br
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Nacional de Economia Solidária (SENAES) vinculada ao Ministério de Trabalho e Emprego (MTE), fazendo interlocução com o Conselho Nacional de Economia Solidária e o Fórum Nacional, que por sua vez tem suas respectivas organizações nos demais membros da Federação. O último levantamento realizado pela Secretaria Nacional de Economia Solidária (2010) indicou cerca de 30 mil empreendimentos,
Aqui sua opinião tem espaço. Envie um artigo com até 3.500 caracteres.
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ocê já ouviu falar sobre economia solidária? Sim? Não? Trata-se de uma “outra economia”, cujo início deu-se no bairro de Rochdale-Manchester (Inglaterra), em 1844, quando 27 tecelões e uma tecelã que, ao passarem por uma difícil situação econômica, começaram a se reunir para, juntos, encontrar uma forma de melhorar suas vidas. Constituíram a primeira cooperativa de trabalho oficial da história. Os princípios eram: autogestão, geração de trabalho e renda, justa distribuição dos resultados do trabalho, e solidariedade, enfim, responsabilidade de todos nos destinos do empreendimento. No Brasil, ela emergiu mais intensamente na década de 1980, num contexto de crise econômica, inflação galopante, desemprego e subemprego. Milhares de trabalhadores desempregados passaram a se juntar com finalidade de organizar um empreendimento econômico solidário (EES). Interessante é que estes empreendimentos se organizaram sob os mesmos princípios da cooperativa inglesa. Por isto, no Brasil, esta economia é mais conhecida pela denominação de economia solidária. A partir de 2003 o governo federal passou a estruturar a política pública de economia solidária. Criou uma Secretaria
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vida e saúde
foto // DIVULGAÇÃO
A DOENÇA CELÍACA É MAIS COMPLEXA E DE-
LICADA DO QUE SE PENSA. SEU TRATAMENTO NÃO CONSISTE APENAS NA RETIRADA DO GLÚTEN DA ALIMENTAÇÃO, MAS NUM CUIDADO RIGOROSO COM A SAÚDE ALIMENTAR E FÍSICA. NO BRASIL, ENTRE 1 E 2% DA POPULAÇÃO //// REVISTA VISÃO POSSUI ESSA DOENÇA. por
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u ma doença autoimune, desencadeada pela ingestão do glúten, que por sua vez é uma proteína encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, como massas, pizzas, bolos, pães, biscoitos, cerveja, uísque, vodca e alguns doces. De acordo com o médico e fisioterapeuta, Dr. Juliano Pimentel, o intestino de um celíaco, quando processa uma proteína como o glúten, estimula o sistema imunológico a produzir anticorpos. O organismo, então, não consegue absorver os nutrientes dos alimentos, vitaminas, sais minerais e água da maneira ideal. Com isso, o intestino delgado, região afetada pelo glúten, começa a se alterar, devido ao efeito nocivo dessa proteína. “O intestino normalmente tem algo que se chama borda em escova. Imagine um ‘carpete’ e quando você dobra se transforma num tubo, ele aumenta a área de contato. O celíaco perde isso, o intestino dele fica ‘careca’ igual a um cano.
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Nova vida
Com isso, ele tem um sintoma chamado diarreia disabsortiva”, explica Pimentel, que é especialista no assunto (ele também é celíaco).
Sintomas
Até se chegar ao diagnóstico definitivo, estima-se que pode levar até 10 anos para uma pessoa saber que é celíaca. O que não foi o caso da jornalista Susana Küster, que foi diagnosticada em setembro de 2016, após três anos de muitas idas e vindas ao mé-
Único caminho Depois que tirar o glúten, sua anemia está sumindo sem remédios, o cabelo parou de cair, as enxaquecas sumiram, o intestino voltou a funcionar e ela emagreceu 10 quilos. “O
Além da medicina, outro ponto de apoio aos celíacos, principalmente na Serra Catarinense, é o Grupo Celíacos Serranos. Nele, as pessoas trocam experiências, receitas, indicam médicos que entendam de doença celíaca, além de desabafarem uns com os outros. Nas ações que fazem na comunidade e no dia a dia, explicam sobre a doença, conscientizando, diminuindo o preconceito e a desinformação das pessoas sobre a celíaca e a contaminação cruzada. “Não somos frescos, não seguimos uma dieta da moda, seguimos uma alimentação sem glúten para sobreviver”, destaca a jornalista Susana, integrante do grupo.
hipotireoidismo que me fez ganhar 10 quilos em um ano está normalizando e o médico já cogita reduzir o nível de hormônios que tomo. Há chances de com o tempo, o hipotireoidismo ser curado”, completa. O que a jornalista faz é o único caminho, alerta o Pimentel. “Sem glúten para o resto da vida”, ressalta. Mas ao mesmo tempo, ele destaca que o ser humano precisa de modo geral se curar dos vícios alimentícios, mudando os hábitos alimentares de tal forma que não haja espaço para essas doenças, afinal a celíaca pode surgir em qualquer momento da vida.
drjulianopimentel.com.br
Diagnóstico
dico e exames. “Mas a demora do diagnóstico me causou sequelas na saúde”, diz Susana. Entre elas, a mais grave, a disbiose intestinal, que a faz ter uma dieta bem mais restritiva do que só retirar o glúten. “Busquei um médico, pois sabia que tinha algo errado com meu corpo, porque depois que sofri um trauma emocional grande comecei a engordar, em um ano foram 10 quilos e nunca tive problema com peso, nunca precisei de dieta. Eu tentava emagrecer e não conseguia e meu estilo de vida era o mesmo”, lembra. Além disso, ela enfrentou uma queda brusca de cabelo e uma anemia muito forte que causava tonturas e fraqueza. “Sofria muitas crises de enxaqueca. Como queria engravidar, fui atrás da cura da anemia e o hematologista descobriu que minha anemia (que tinha desde criança) piorou muito nos três anos de busca de diagnóstico. Ela era causada por uma inflamação. Depois de uma endoscopia com biópsia foi descoberto que minhas vilosidades do duodeno tinham sumido devido ao glúten. Então nada do que eu comia ou tomava de remédio, era absorvido adequadamente por meu corpo. Isso explicou as gripes constantes, mesmo tomando remédio, e como eu menstruava de uma hora para outra mesmo tomando anticoncepcional regularmente”, conta a jornalista.
Celíacos Serranos
O que comer e não comer, enquanto celíaco:
A diarreia é apenas um dos sintomas que podem ser desencadeados pela ingestão de algum alimento com glúten. Outros sinais podem aparecer, dependendo de pessoa para pessoa, como prisão de ventre; anemia; falta de apetite; vômitos; emagrecimento ou obesidade mórbida; atraso no crescimento; humor alterado; lesões na pele; entre outros. Como pode existir uma série de sintomas ou doenças correlacionadas à celíaca, Pimentel explica que a medicina precisou, com o tempo, criar critérios para poder detectar a doença. “Hoje, necessariamente é preciso fazer exames de sangue e endoscopia para fechar esse diagnóstico”, diz. Se a biópsia não estiver correta, não é possível diagnosticar e esse é o grande problema, segundo o médico. “Porque muitas pessoas ainda não estão no patamar em que o intestino está sangrando em seis ou sete pontos, como o meu estava. Aí quando se faz o exame, surge um leve infiltrado inflamatório, de grau 1, e a medicina, hoje, precisa que chegue ao grau mais avançado, ou fechar os critérios para falar que é celíaco”, comenta.
//// Dr Juliano Pimentel, médico e fisioterapeuta
Após o diagnóstico, começou a mudança de vida. De acordo com Pimentel, quem é celíaco precisa de uma dieta alimentar extremamente rigorosa na exclusão do glúten. Afinal é somente isso que vai evitar que o paciente passe mal. Em um artigo, o médico explica que quando essa proteína é excluída da alimentação, os sintomas desaparecem. Mas aí começa, também, diversas restrições, inclusive sociais, porque a maior dificuldade para o paciente é conviver com as imposições dos novos hábitos alimentares. “Existe uma Susana antes e outra depois do diagnóstico. A minha vida inteira mudou, mas a vida social foi a mais atingida, pois nenhum celíaco pode comer alimentos preparados em utensílios que tiveram contato com o glúten. Isso se chama contaminação cruzada e o estrago no corpo é o mesmo que comer o glúten diretamente”, conta Susana. Pimentel ressalta que se alguém encostar num objeto e anteriormente houve contato com o trigo, por exemplo, o celíaco não poderá usar aquele objeto. Ou seja, o celíaco dificilmente pode comer fora de casa. É preciso ter uma cozinha separada num restaurante, o que acontece raramente. “Então, para eu comer fora de casa, só com minha marmita. Isso me faz repensar se vale a pena sair, dependendo do evento e das pessoas nele, eu não vou”, comenta a jornalista.
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automotivo
O QUE FAZER QUANDO SEU CARRO FICA PARADO NA
ANTES DE SAIR, PLANEJE PAUSAS AO LONGO DO
ROTEIRO PARA ESTICAR AS PERNAS E APRENDA O QUE FAZER NOS CASOS DE EMERGÊNCIA.
e o carro ainda pode rodar, o ideal é cair para a faixa da direita e prosseguir até um posto de abastecimento ou um local de atendimento aos viajantes. Se o veículo parar de repente na pista e não der tempo de chegar ao acostamento, em primeiro lugar, é importantíssimo sinalizar a parada, ligando o pisca-alerta e, em um segundo momento, tratar de empurrar o carro para fora da faixa de rolamento se isso for possível.
Ao parar no acostamento, a recomendação é que, depois de ligar o pisca-alerta, que todos os ocupantes deixem imediatamente o veículo, tomando cuidado ao desembarcar e procurando uma área segura, como o gramado lateral da rodovia ou locais protegidos por guard-rails. Ao contrário do que parece, o acostamento não é um lugar seguro. A faixa de asfalto que margeia a via é uma área de risco de acidentes e
só deve ser usada como último recurso. Ligar o pisca-alerta é só o primeiro passo. O triângulo de segurança deve ficar a 30 metros do veículo, segundo a lei, mas especialistas recomendam 1 metro para cada 1 km/h de velocidade máxima da estrada. Em outras palavras, 80 metros em uma rodovia de 80 km/h, e assim por diante. Após esse procedimento, é hora de buscar ajuda. Nas
vias mais modernas, há postes telefônicos para acionar os serviços de emergência. Mas o motorista pode ligar para a Polícia Rodoviária ou concessionária da estrada (para isso é importante já deixar na memória do celular esses telefones antes da viagem) ou pedir socorro aos serviços de assistência particulares, como os dos fabricantes do carro e das seguradoras.
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Ela serve para dar acabamento e melhorar a aderência dos vidros laminados que são colados na moldura do para-brisa. Assim, ela esconde imperfei-
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AQUELA FAIXA SERIGRAFADA NOS PARA-BRISAS DOS AUTOMÓVEIS?
ções dessas áreas e até equipamentos, como retrovisor interno, antenas ou sensores de chuva ou luminosidade – neste caso, essa faixa avança na parte central do vidro. Os pontilhados também funcionam como uma zona de transição para o condutor, suavizando não apenas a estética como a incidência dos raios do sol quando eles passam de uma área para outra.
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O que é um
Vinho Vegano? m minhas últimas viagens onde ministrei algumas palestras e degustações, os participantes me perguntaram sobre vinho vegano. Por este motivo decidi
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escreve sobre esse tema, que merece esclarecimentos, pois é um assunto novo no mundo do vinho. Primeiramente vamos entender que o vegano (ou vegan) é uma pessoa que pratica
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Processo de clarificação
o veganismo em todas as suas ações, seja na alimentação ou não. Ele é vegetariano estrito em sua dieta e também não utiliza qualquer produto de origem animal. O vegano “busca excluir, na medida do possível e do praticável, todas as formas de exploração e de crueldade contra animais”. Mais onde o vinho se enquadra neste tema? O vinho é produzido pela fermentação de uvas, por que então, ele não é sempre vegano? Algumas impurezas que acompanham o vinho recém fermentado depositam-se naturalmente no fundo do recipiente onde o vinho está descansando. Para facilitar a precipitação dessas impurezas (que podem ser pedaços de cascas ou de sementes de uvas, por exemplo) o vinho pode passar por um processo chamado clarificação, que consiste em retirar as impurezas do vinho e dar aquela aparência límpida apreciada durante a degustação.
A produção do vinho é, a princípio, um processo simples: leveduras naturais ou cultivadas, convertem os açúcares do suco de uva em álcool. E isso parece totalmente compatível com a alimentação que segue os princípios veganos. A razão pela qual nem todo o vinho é considerado vegano tem a ver com a forma como o vinho é clarificado. A clarificação é um processo de purificação do vinho, no qual um agente filtrante é adicionado ao tanque ou barril. Consiste, basicamente, em acrescentar ao vinho uma proteína, que atrai e precipita as matérias sólidas. Essas matérias não são prejudiciais, mas, se não as retirarmos, o vinho ficaria turvo, e não translúcido e brilhante. Essas substâncias utilizadas no processo de clarificação podem ser de origem mineral, ou animal. Alguns dos agentes filtrantes mais comuns são caseína (uma proteína do leite), gelatina (proteína animal) e albumina (vinda da clara do ovo).
Essas substâncias não permanecem no vinho, apenas funcionam como um ímã para as matérias sólidas que serão retiradas. Mas o uso delas é o suficiente para eliminar a bebida da lista de consumo dos adeptos ao veganismo. A principal alternativa é a utilização de clarificante de origem mineral, como a bentonita e o carvão ativado. Nesse caso, o vinho produzido pode ser considerado vegan-friendly, ou seja, adequado também aos veganos.
Vinhos naturais Além disso, alguns vinhos utilizam somente processos de autoclarificação natural, ajudada por trasfegas que vão remover os sedimentos. Esses vinhos “artesanais”, nos quais evitam-se processos artifi-
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ciais de clarificação e filtragem, também estão de acordo com os princípios do veganismo, e são chamados vinhos naturais. Não há, ainda, legislação que regule a rotulagem dos vinhos, em relação a essa questão do vinho vegano. Mas não custa ficar atento, pois alguns produtores, voluntariamente, estampam essa observação nas suas garrafas. O vinho da Vinícola Quinta Santa Maria, por exemplo, pode ser considerado um vinho vegano, pois segue fielmente o processo natural, sem adição dos clarificantes de origem animal.
ANTONIO ZANELATO
Enólogo da Vinícola Quinta Santa Maria enologoaz@gmail.com
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gastronomia
Sopa
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Cenoura com Gengibre COM A ESTAÇÃO MAIS FRIA DO ANO, O APETITE FICA AGUÇADO PARA AQUE-
LAS COMIDAS QUE COMBINAM PERFEITAMENTE COM O INVERNO. E UM DOS PRATOS PREDILETOS PARA O FRIOZINHO É A SOPA. NESTE MÊS, APRENDA A PREPARAR ESSA DELICIOSA VERSÃO QUE LEVA GENGIBRE E CURRY.
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PREPARO
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oure a cebola, o salsão e o alho no azeite. Acrescente a cenoura, o curry e refogue por 3 minutos. Adicione o gengibre e a água e deixe ferver até a cenoura ficar macia. Bata no liquidificador até formar um creme homogêneo e volte para a panela. Se necessário, bata a sopa em partes. Tempere o creme com sal, pimenta do reino e coloque ferver novamente por mais 5 minutos. Finalize com o suco de laranja e o leite de coco, misture bem e decore com a cebolinha verde picada.
2 colheres de sopa de azeite 1 cebola grande picada 2 talos de salsão fatiados 3 dentes de alho fatiados 1 colher de sopa rasa de curry em pó 500g de cenoura picada em rodelas 1,5 litros de água 3 cm de gengibre ralado 100 ml de suco de laranja 100 ml de leite de coco Sal e pimenta-do-reino a gosto Cebolinha verde picada
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A Criada
Anne com E
azendo uma curtíssima volta ao mundo, na edição passada falei sobre um filme iraniano e hoje dedico este pequeno espaço para falar desta produção sul-coreana de 2016: “The Handmaiden”, ou A Criada, em português. O motivo dessas indicações é que existe um universo imenso e fantástico além de Hollywood e é ótimo ver e conhecer coisas novas. Agora, uma palavra sobre o filme: supreendente. Em suma, a história é sobre um plano diabólico para seduzir uma mulher rica e ingênua e serve como motor inicial para este suspense erótico sobre trapaceiros no qual o maior enganado é o espectador. Acredito que surpresa é uma das palavras-chaves aqui. São incontáveis reviravoltas. Todas imprevisíveis, mas relevantes e revigorantes. Afinal, para um filme te prender por 2h30min precisa ter coesão e ser muito bem estruturado. Um aviso aos mais pudicos: o longa é carregado de sensualidade, provocação e várias cenas tórridas. Mas o sexo aqui, assim como a violência, a fotografia e a montagem dão substância à trama. Em meio às tragédias que retrata, quase surreais, ainda é capaz de produzir um final hibridamente feliz. Um filme distante dos moldes românticos comuns, mas redentor.
nne with an E” retrata um recorte social muito particular: uma vila fictícia na província de Prince Edward Island no final do século XIX. Mas o que choca não são as diferenças entre a vida de hoje e a vivida neste canto do Canadá. São as semelhanças. Em sete episódios da primeira temporada, lançada em maio pela Netflix, a trama conta a história da adorável e prolixa órfã Anne Shirley, que, por engano, chega à casa de um casal de irmãos solteiros e sem filhos. Marilla e Matthew Cuthbert pretendiam adotar um menino para ajudar nas tarefas da propriedade rural onde vivem. A imaginação e a esperteza de Anne são pontos altos da série, além da construção das relações de afeto entre ela e os novos “pais” e a criação de laços de amizade. Anne pode ser considerada uma série infantil (não em minha opinião). Mas a forma lúdica com que aborda temas como preconceito, rejeição, autoconfiança e emancipação feminina não desmerece em nada a força da mensagem. Anne é uma alegoria sobre a infância, imperfeita como a infância é; mas atual, relevante — e atingível, como a infância jamais será.
Logan
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ão se enganem, Logan não é um filme clássico de super-herói, mas sim um filme de ação com elementos de road movie e western futurista. O longa consegue fugir da mesmice do gênero e nos mostra o herói que sempre quisemos ver no cinema, mas de maneira mais humana, com o personagem carregando cicatrizes e o peso de toda a sua jornada. “Logan” ficará marcado como a versão definitiva do personagem e foi também uma bela forma de homenagear Hugh Jackman e seus 17 anos de serviço prestados no papel de Wolverine. Vários altos e baixos nesse tempo, mas conseguindo unir diversas gerações de fãs dos X-Men, tanto os mais antigos quanto os que conheceram o mutante no cinema. O velho Logan é cínico, mal-humorado, amargurado, fala palavrão sem parar e não tem nenhum problema em fatiar seus oponentes. Merecia uma despedida em alto nível e conseguiu. Logan é um excelente drama e um filme de ação melhor ainda.
The Crown or que a obsoleta monarquia britânica ainda nos encanta tanto? Essa curiosidade pela vida dos monarcas talvez seja o mais próximo possível de um conto de fadas para adultos. The Crown, série da Netflix (que estreou no final de 2016), mostra a história da ascensão da Rainha Elizabeth II ao trono britânico, após a precoce morte de seu pai, o Rei George VI. A série carrega um roteiro com precisão histórica cirúrgica, sem, entretanto, abandonar a natural liberdade poética para se abordar os fatos. Mesmo não tendo alcançado a mesma popularidade de outras séries (talvez pelo desenrolar vagaroso e meticuloso da trama), The Crown mostra-se uma série histórica de rara qualidade, valendo a pena ser ao menos conferida mesmo por aqueles que não são fãs do gênero. No mínimo um deleite estético com o figurino, ambientação, fotografia e atuações impecáveis. A coroa talvez não seja tão “pesada” como antigamente, mas são nos detalhes que a monarquia ainda vive, ao menos em nosso imaginário.
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A ADMIRAVEL
MUSICA DA
JAMBOCK SUL
TRÊS “VIAJANTES” MUSICAIS QUE POR OBRA DO ACASO, E DA AMIZADE, OS CONGREGOU, UNINDO NÃO SOMENTE SUAS BAGAGENS, MAS TAMBÉM A VONTADE DE FAZER UM SOM DIFERENTE. DO BLUEGRASS AO SOUTHERN ROCK, UMA MISTURA DE ESTILOS CLÁSSICOS PARA LEVAR AO PÚBLICO O QUE ANTIGAMENTE ERA CONHECIDO COMO ROCK’N ROLL.
por
//// REVISTA VISÃO
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ormado por Guilherme Pitt Dullius — bateria e vocais; Fabiano R. K. de Melo — guitarra e vocais; Eduardo “XuXu” — baixo e vocais, surge a Jambock Sul. Juntos, podem estar há pouco mais de um ano na estrada, mas os três têm cerca de 20 anos dedicados à música. Essa união de carreiras e visões distintas da arte musical só poderia render uma sonoridade característica que, como eles mesmos definem, remete ao som da madeira, da lenha queimando, do vento gelado pelos campos e copa dos pinheiros. Em seu mais recente disco homônimo, gravado predominantemente ao vivo e lançado nos principais serviços de streaming como Spotify e Deezer, até quem não acompanha o rock vai reconhecer as facetas do trio, que lembra muito do que foi feito no século XX. “Pitadas de bluegrass, americana, folk, blues, southern rock... Mistura-se tudo e sai o que antigamente era conhecido como Rock‘n Roll”, garante Eduardo “XuXu”. Tudo começou a partir de um senso comum e uma vontade estética específica por determinada sonoridade, segundo o baixista. “Experimentamos tocar juntos trechos de músicas de alguns de nós. Ao
natural, os caminhos e ideias foram convergindo. A partir de então, passamos a trabalhar em conjunto, compondo e arranjando”, comenta.
Sonoridade e primeiro disco Uma das premissas do grupo era de que todos cantassem para que houvesse as harmonias vocais que os caracterizam. O formato de trio aconteceu não porque eles
escolheram, mas porque houve sintonia. E essa receita está compilada nas faixas do álbum. “Buscamos uma sonoridade bem específica. Evidentemente é rock‘n roll, hoje uma linguagem universal, mas seguimos um viés bastante exclusivo, fruto de um amadurecimento conceitual longo, que fosse autêntico de nós três, mas que também tivesse um forte elemento ‘terroir’”, explica Eduardo “XuXu”. Para o trio, essa carac-
foto // THOMAS MICHEL ANTUNES
cultura
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terística se faz presente nas temáticas e paisagens sonoras que se propõem a criar. “Ao menos para nós, isso faz sentido e é o que basta”, destacam.
Vinil Além da versão digital, o trabalho será lançado em versão foto // THOMAS MICHEL ANTUNES
Mercado musical O mercado musical lageano por vezes é eclético, mas predominam bastantes grupos tradicionalistas, nativistas e regionalistas, além de um apreço pelo rock. De alguns anos para cá, o público despertou para outros estilos, como o blues, o folk, entre outros. Seguindo essa vibe, para o trio, do ponto de vista estritamente artístico, quanto mais diversificada for a música ou mais universal em termos estéticos, melhor. “Haverá mais riqueza de produção e mais caminhos de expansão abertos”, ressalta Eduardo “XuXu”. Quanto ao público, mesmo o pouco tempo juntos, surpreende o grupo o público bastante razoável. Para eles, isso fica mais evidente toda vez que tocam em Lages ou na Capital do Estado. “Nosso
segundo show, foi em Florianópolis, no histórico Teatro Álvaro de Carvalho, lotado. Todas as vezes que tocamos na capital, havia muita gente interessada em nos ouvir”.
Alcance Essa repercussão rápida possibilitou que eles fossem convidados para tocar em Curitiba e Porto Alegre. Além disso, uma produtora da Austrália fez contato para uma apresentação por lá e outro convite para se apresentarem num festival em Natal-RN. “Obviamente está sendo feito um trabalho preciso de divulgação. Mas enfim, isto ilustra que os padrões de alcance de público podem parecer, a quem não é do meio, bem estranhos atualmente”, diz o baixista e vocalista. Comercialmente falando, a Jambock Sul não tem pretensão e vontade de tentar um processo de massificação
ou popularização de seu som, porque não faz sentido com a música que tocam e fazem e, também, no âmbito pessoal, pois possuem outras prioridades ao mesmo tempo.
Planos O trio ainda planeja fazer um clipe ou um minidocumentário para divulgação do álbum. O que será o segundo registro visual, pois já haviam documentado o processo de gravação do disco. “Pretendemos também, dentro das nossas condições e assim como temos feito desde o princípio, tocar em bons lugares para pessoas que queiram nos ouvir. Tocar ao vivo é parte essencial na difusão de qualquer trabalho artístico”, completam.
foto capa // Carnaval 1950, Acervo do Museu Thiago de Castro
//// Eduardo “XuXu”, Guilherme Pitt Dullius e Fabiano R. K. de Melo formam o Jambock Sul
vinil 12 polegadas, para os aficionados e que gostam de ouvir o “velho” – que neste caso não tem nada de velho – e bom rock. O formato era uma vontade conjunta deles, que foi unânime na hora de pensar num formato físico. O vinil está em fase de fabricação, por uma empresa inglesa e deve chegar em alguns meses. Segundo a Jambock Sul, praticamente metade da quantidade já foi pré-vendida, o que aponta um caminho estratégico interessante para o grupo.
//// O primeiro disco da banda será lançado em vinil e será comercializado nos próximos meses
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//// Gabriel Silvano Muniz e Brenda Almeida Adão Muniz comemorando o início de suas vidas juntos
//// Cristiano Cardoso da Silva, do Posto Ipirella comemorou aniversário em 27 de junho
//// Parabéns à Dona Geny Guzatti por mais um aniversário, na companhia dos filhos Roberto Silva Guzatti, Osmar Guzatti Filho, Luis Ricardo Guzatti
//// Sebastian Couto Valduga, completou 09 anos no dia 05/07. As famílias Couto, Azzi e Valduga desejam felicidades!
//// A talentosa violinista Danieli Porto, em participação na Sapecada Catarinense
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foto // IVAN ALEXANDRE FOTOGRAFIA
//// Patricia Warmeling, ao lado do esposo Iran Silva revista visão
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24 de junho – Dia Nacional da Araucária
Lages despediu-se de Dom Oneres Marchiori om Oneres Marchiori, Bispo Emérito de Lages, faleceu por volta das 16h15min. da terça-feira (27/06), no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres. Deu entrada no começo daquela tarde no hospital. E não resistiu. Dom Oneres tinha 84 anos. E vivia em Lages há 34 anos (desde 1983). Foi o terceiro bispo diocesano de Lages. Nascido em Carazinho (RS), no dia 02 de maio de 1933. Ordenado presbítero no dia 21 de fevereiro de 1961, em Roma, Itália. Em 1987 assume a Diocese de Lages. Seu lema: “Prepara Caminho Seguro”, reflete seu espírito comprometido com a Igreja e com a Diocese de Lages. Deixou a titularidade de bispo devido à idade em 2010. E desde então era Bispo Emérito. Diabético, vinha sofrendo com problemas de saúde há alguns anos. O velório, na Catedral Diocesana, atraiu milhares de fiéis, conhecidos e amigos, com missas a cada duas horas (durante quase dois dias). A celebração de despedida aconteceu no dia 29 de junho, às 10 horas, com presença de autoridades religiosas, políticas e de fiéis. O corpo de Dom Oneres foi sepultado no interior da Catedral Diocesana, onde já repousam os corpos de Dom Daniel Hostin (1º Bispo de Lages) e Dom Honorato Piazzera (2º Bispo).
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Brasil é o 4º colocado na lista dos países com maior número de diabéticos e de acordo com dados do Ministério da Saúde, a doença atinge 8,9% da população brasileira. São mais de 16 milhões de pessoas com diabetes, sendo que oito milhões de indivíduos ainda não sabem que são portadores do problema. A doença acomete mais mulheres do que homens e a falta de controle pode levar a complicações como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC), de visão, no sistema nervoso, renal, pé diabético, entre outras. Por isso, para conscientizar, alertar e informar a população sobre a doença, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), foi criado o Dia Nacional do Diabetes, celebrado em 26 de junho.
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Diabetes atinge 8,9% da população brasileira
fotos // DIVULGAÇÃO
IFFSC (Inventário Florestal Florístico de Santa Catarina) indicou que a Floresta de Araucária originalmente cobria 43 mil km², e que em 2013 seus remanescentes compreendiam apenas 24% deste total, ou mais de 10 mil km². O estado detém o maior percentual protegido com a espécie. Um levantamento feito pela empresa de consultoria e projetos, STPC (empresa associada à Associação Catarinense dos Reflorestadores), explica que: “Em função da restrição ao corte, embora se trate de recurso florestal renovável, o principal uso atual da Araucária é a produção não madeireira de pinhão.” A pesquisa leva em conta os números divulgados pelo IBGE (2017), que indicam o crescimento de 55% na produção de pinhão em Santa Catarina entre 2005-2015, alcançando 3,2 mil toneladas, ou 38% da produção brasileira. “Tal produção gerou renda de mais de R$ 8,7 milhões à população catarinense na forma de extrativismo.” Somando áreas de apenas duas associadas à ACR chega-se a 90 mil hectares de florestas nativas dentro do domínio original das Florestas de Araucária, preservadas na forma de Reserva Legal e de Área de Preservação Permanente.
foto // GUGU GARCIA
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Indústrias de SC deverão investir R$ 7,3 bilhões em 2017
s indústrias catarinenses pretendem investir este ano R$ 7,3 bilhões, mostrou pesquisa lançada pela Federação das Indústrias de Santa Catarina (FIESC) na quinta-feira, dia 22 de junho. O valor é bastante próximo dos R$ 7,6 bilhões que as participantes do levantamento investiram em 2016. Os recursos serão aplicados especialmente na aquisição de máquinas e equipamentos, na ampliação da capacidade produtiva, na atualização tecnológica, na ampliação das instalações e em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Os dados integram a publicação Investimento e Competitividade, realizado pela FIESC com o apoio do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). O presidente da FIESC, Glauco José Côrte, avalia como positivo o valor dos investimentos considerando a atual conjuntura econômica e, principalmente, política. “É importante destacar que 87% das empresas pesquisadas estão com a capacidade de produção adequada à atual demanda. “A pesquisa confirma que a indústria enfrenta desafios, mas não se abate. Tem estratégias muito claras e se prepara para a retomada da economia”, complementa.
Dr. Augusto Cury fará palestra em Lages no dia 17 de agosto Lages realizou Seminário da Educação Infantil prefeito Antônio Ceron prestigiou na manhã da quinta-feira (22/06) a abertura do I Seminário da Educação Infantil, no Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da Uniplac. O evento teve como objetivo discutir a infância e as práticas pedagógicas que dão sentido à Educação Infantil. “A capacitação permanente dos profissionais em educação contribui também para que as crianças se tornem pessoas do bem. Além de dar totais condições para que os profissionais em educação executem os seus trabalhos da melhor maneira possível, pois sempre afirmei que na educação não temos gastos, mas sim investimentos nas crianças e adolescentes”, disse o prefeito. Para a secretária municipal da Educação, Valdirene Vieira, a educação infantil em Lages é vitoriosa pelas recentes conquistas que resultaram na melhoria da qualidade do ensino. O palestrante do Seminário foi o professor Dr. Altino José Martins Filho. O tema “Natureza das Infâncias: minúcias da vida cotidiana como processo constituidor da docência” norteou os trabalhos.
médico psiquiatra, escritor e palestrante Dr. Augusto Cury estará em Lages no dia 17 de agosto. Ele fará palestra no Centro Serra, a partir das 20 horas, com o tema “Ansiedade”, título de um de seus últimos livros e assunto da mais alta relevância visto que o problema afeta milhões de pessoas. Augusto Cury é um dos autores mais lidos do Brasil na atualidade, tem mais de 20 milhões de livros vendidos no Brasil e títulos publicados em mais de 60 países. No livro “Ansiedade”, tema da palestra, Cury fala da Síndrome do Pensamento Acelerado (SPA), considerada pelo escritor como o novo mal do século, suplantando a depressão, que acomete grande parte da população mundial. O ingresso para essa palestra custa R$ 120,00 (inteira) e R$ 60,00 (meia). Há também ingressos custando R$ 80,00 para associados da OAB, CDL, Clube Blueticket e Clube Consciência Evoluída.
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regional
Rádio Gralha, de Urubici, agora opera em FM 9ª Trilha da Maçã e do Vinho em São Joaquim
nos 295 municípios catarinenses. Só na região da Amures, a primeira edição do Fundam injetou na economia dos municípios mais de R$ 34 milhões. Segundo o governador, “o Fundam é um programa do qual a gente tem muito orgulho, porque fortalece o modelo catarinense de desenvolvimento econômico, com foco nos pequenos municípios. É lá que o Fundam faz a diferença, atendendo às demandas das comunidades”. O governador destacou que os recursos são repassados aos gestores e será deles a autonomia para realizar os investimentos. A expectativa é de que pelo menos outros R$ 15 milhões sejam investidos na Amures pelo Fundam 2.
om a presença dos 18 prefeitos da Amures, o governador Raimundo Colombo apresentou o Fundam 2, durante reunião na tarde da sexta-feira (23/06), no auditório do Orion Parque Tecnológico, em Lages. O governador fez um balanço da primeira edição do projeto, que disponibilizou mais de R$ 600 milhões para a realização de obras
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Colombo anunciou o Fundam 2 para prefeitos da Amures
Rádio Gralha, de Urubici, foi a última emissora do Sistema Catarinense de Comunicações (SCC) a migrar para o FM. O processo de migração aconteceu em menos de um ano e, para celebrar esse feito, os diretores do SCC lançaram a nova estrutura da Rádio na noite da quinta-feira (22/06), naquele município. O evento contou com a presença de autoridades locais e do comentarista Luiz Carlos Prates do SBT Santa Catarina, além do Presidente do SCC, Roberto Amaral. Com a frequência 88,9 FM, a Gralha passou, a partir da sexta-feira (23/06), a contar com uma estrutura diferenciada, levando aos ouvintes de Urubici e região uma programação dinâmica, com muita música, prêmios e principalmente informação. “Este é um momento muito importante para o SCC. Passamos as nossas três emissoras do AM para o FM em tempo recorde, trabalhando na contramão da crise. Assim como a Clube em Lages, a Gralha FM continuará prestando um serviço inestimável a Urubici e região”, comentou Roberto Amaral.
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aconteceu a tradicional distribuição de cachaça com mel para aquecer os participantes e também maçãs para então começar a adrenalina. A trilha deste ano foi na localidade de Três Pedrinhas, distante cerca de 9 km do centro da cidade, nas propriedades de dois integrantes do Jeep Clube: Celso Camargo e Mauro Flores. Durante todo o final daquela semana, foram diversos momentos de alegria e confraternização, ajudando a dinamizar o turismo na cidade.
fotos // DIVULGAÇÃO
Jeep Clube São Joaquim realizou nos dias 30 de junho e 01 de julho a 9ª Trilha da Maçã e do Vinho. Neste ano, foram mais de 130 participantes, vindos com seus veículos off-roads de várias partes de Santa Catarina e também de outros estados. Após a largada, no dia 30 de junho, o comboio passou pelo centro da cidade e seguiu em direção à aventura. O trajeto total da trilha foi de 27 quilômetros, em meio às matas e campos alagados. Na entrada da trilha
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Videira investiu R$ 2,8 milhões em renovação da frota p artir da quinta-feira (21/06), a frota da Prefeitura de Videira passou a contar com 12 veículos novos e um kit fenação. Deste total, nove veículos foram adquiridos com recur-
sos próprios, que totalizam R$ 2.090.770,00 investidos. Outros três, no valor total de R$ 700 mil, foram cedidos pelo Departamento Estadual de Infraestrutura (Deinfra). O kit de fenação, voltado para
Seminário de turismo em São Joaquim
ais de 70 pessoas entre secretários municipais, empresários, estudantes e autoridades participaram na tarde da quarta-feira (21/06), do 1º Seminário de Turismo da Serra. O evento fez parte da programação do “Inverno no Boulevard”, em comemoração à inauguração da Revitalização Urbana das ruas centrais de São Joaquim. O seminário foi realizado numa parceria do Governo do Estado e o Sebrae. A proposta do seminário, que aconteceu no auditório da ADR São Joaquim, foi fortalecer o trade turístico local e regional. O evento se desenvolveu em três momentos. O primeiro, sob o foco Cooperação Empresarial, buscou fortalecer a marca do destino, e teve como explanadora a diretora da Associação Visite Pomerode – Avip, Eliana Czaske. O segundo, sob o tema Enoturismo como estratégia de valor para vinho e para um destino turístico, por Morgana Miolo, criadora do Wine Garden da Vinícola Miolo e o terceiro, sobre Inovação e integração na cadeia de valor da Gastronomia, pelo gestor do polo gastronômico da Serra Gaúcha e consultor, Ênio Valli.
a Agricultura, foi cedido por meio de um convênio com a Secretaria de Estado da Agricultura, que chega a cifra de R$ 104 mil. Esta é a primeira de três etapas que contemplam a renovação da frota,
um investimento necessário para atender às demandas tanto da área urbana quanto do interior. No início de 2017, por meio de um diagnóstico técnico, a atual gestão do município identificou que 70% do maquinário estava comprometido, o que interfere diretamente no atendimento à população. Este maquinário identificado como inservível vai ser vendido através de um leilão, que será promovido pela Prefeitura, e o recurso arrecadado será utilizado na aquisição de novos equipamentos.
Anita Garibaldi recebe recursos para agricultura s agricultores de Anita Garibaldi serão beneficiados com seis implementos agrícolas, entre eles cinco roçadeiras. Eles serão adquiridos por meio de recursos de emenda parlamentar indicados pela deputada federal Carmen Zanotto no valor de R$ 100 mil. Os recursos já foram depositados na conta da prefeitura e os implementos ficarão à disposição das Associações Agrícolas da cidade, atendendo cerca de dois mil agricultores. A licitação foi feita e a expectativa é que a compra aconteça em até 40 dias. De acordo com o prefeito de Anita Garibaldi, João Cidinei, os implementos vieram em boa hora. “Nossa região foi muito afetada pelas chuvas e tivemos prejuízos nas nossas lavouras. Esses implementos serão essenciais para que os agricultores possam reconstruir suas plantações. Estamos muito gratos com a ajuda da deputada”, afirma o prefeito. A parlamentar indicou ainda mais R$ 100 mil para a saúde do município.
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É urgente ter paciência
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entre todas as virtudes, a que mais venho pedindo e trabalhando é a paciência. Ah, grande amiga, aliada e tranquila paciência. Paciência com os chefes, com o trânsito, com os pais, com os amigos, com os alunos, com a mídia e suas notícias, com os familiares, mas especialmente comigo. Numa época de mudanças e angústias tão constantes e velozes, querer tudo ao mesmo tempo é uma conduta normal, aceitável e quase uma obrigação moral junto à sociedade. O que você vai ser quando crescer? Isso dá dinheiro? Quanto vai receber depois que terminar o curso? Qual o retorno? Onde vai parar fazendo esse esporte? Para que isso? Esses questionamentos são tão comuns que estranhamos quando alguém reflete acerca deles. Essa concepção utilitarista, de tudo ser obrigado a ter um fim, inclusive o lazer, queira ou não, acaba por despertar e alimentar um engenho de tarefas, uma roda viva que insere em nós algumas vantagens, de evoluir, de progresso, de aperfeiçoar as imperfei-
ções, essa faceta é bem-vinda. Porém, é muito comum que essa rotina nos torne alienados, que percamos o controle e passemos a viver pela ótica do “para que serve ou quanto vai dar de retorno?”. Importante lembrar a nós pais e sempre insisto com pais de alunos, que filhos são mais que “cavalos de corrida”, que desde cedo não estão traçando estratégias de empreendedores e que matriculá-los em cursos, oficinas e modalidades não deve ter como fim o retorno em breve, que viverão disso e daquilo. A própria vivência prazerosa do momento, o fazer pelo gosto e pela motivação interna deve ser o motor disso tudo. Venho desenvolvendo comigo, a duras penas, alguns “truques” e sistemas que podem ajudar quem deseja aliviar um pouco essa pressão. Olha só: • Descubra o que te pressiona, o que te estressa e faça uma análise sincera sobre essa atividade ou relacionamento, se está nele por comodismo, costume ou pela vontade alheia. Aviso que a resposta pode impactar. • Não se cobre tanto,
mensurando com honestidade intelectual onde está seu sarrafo naquele momento e se as metas que você tem são suas mesmo ou de outros. Pessoas têm momentos, condições e recursos diferentes. Tempo ao tempo é sempre uma grande lição. • Respire sempre para se acalmar. Como pode algo que fazemos sempre ser tão poderoso? Uma respiração pausa-
“NOSSA PACIÊNCIA
ALCANÇARÁ MAIS QUE NOSSA FORÇA”.
//// Edmund Burke
da, profunda e abdominal tem uma função terapêutica restauradora e muito relaxante. Então, não é muito, têm inúmeras outras situações, mas é um começo. Decidi pôr em prática, porque o preço da opressão é alto demais. Tem surtido efeito. Espero que te ajude também.
FIESC - CIESC - SESI - SENAI - IEL
OUVIR UNIR AGIR. FIESC. ENTENDER PARA ATENDER A INDÚSTRIA CATARINENSE.
O Movimento Santa Catarina pela Educação contribui com os índices da educação na indústria. Apenas em 2016, somou 250 mil matrículas por meio das entidades SESI, SENAI e IEL. E esse é só mais um dos projetos da FIESC nas áreas de educação, segurança no trabalho, saúde, inovação e tecnologia. Tudo para desenvolver o potencial e melhorar a competitividade da indústria catarinense.
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A história da nossa Cacimba
Em fins do ano de 1888, Manoel Paes do Amaral ganhou a concorrência do município para a construção da cacimba, a melhor fonte pública onde nossos antepassados, pelas mãos calosas do escravo Adão Antunes, bebiam a melhor água da cidade. Manoel Paes concluiu a obra em março de 1889.
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Curiosamente, o abastecimento de água na época era feito através do trabalho de
ilustração // AGOSTINHO MALIVERNI
m 1847, Lages já se preocupava com o saneamento e abastecimento de água à população. Foi quando a Câmara de Vereadores fez referência sobre a necessidade da abertura de fontes e construção de cacimbas. Desta constatação, a primeira obra e a mais relevante realizada e que resiste ao tempo até hoje, foi a Cacimba da Santa Cruz. Embora desativada, serve ainda como um dos atrativos turísticos da cidade.
escravos, que buscavam nos rios e na então recém-construída Cacimba da Santa Cruz, abastecendo seus senhores e familiares.
Naquela época, a manutenção das fontes era de responsabilidade da Intendência Municipal, que já sofria com os vândalos, causando muitos transtornos à cidade. O notável marceneiro Constant Leclerc, um abnegado francês, era constantemente chamado para os consertos que, consistiam numa pequena caixa de madeira sobre o nascedouro d’água com uma portinhola. Infelizmente, os arruaceiros também jogavam muitos detritos dentro da dita fonte.
Hoje, olhando a velha Cacimba da Santa Cruz, nosso único marco histórico dos tempos imperiais, podemos ler, gravado na pedra: “M.P.A. março de 1889”.
O construtor Manoel Paes
O ABASTECIMENTO DE ÁGUA
NA ÉPOCA ERA FEITO ATRAVÉS DO TRABALHO DE ESCRAVOS, QUE BUSCAVAM NOS RIOS E NA ENTÃO RECÉM-CONSTRUÍDA CACIMBA DA SANTA CRUZ.
do Amaral faleceu em junho de 1924. Manoel foi proprietário de uma bodega bastante popular na cidade, na esquina da Rua Manoel Thiago de Castro com a Rua Hercílio Luz.
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O primeiro dos Ramos
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aureano José de Ramos nasceu em 18 de março de 1777, na Freguesia de São Miguel da Terra Firme, (hoje município de Biguaçu, Santa Catarina). Filho legítimo de Matheus José Coelho e Maria Antônia de Jesus, ambos imigrantes do Arquipélago dos Açores da Vila de Angra de Heroísmo, na Ilha Terceira. Laureano nasceu num domingo de Ramos, o que motivou seu pai a mudar seu sobrenome para Ramos. Usando o Calendário Permanente e fazendo projeção, verificamos que o Domingo de Ramos caiu em 18 de março de 1777. Seu pai Matheus, não só adotou o patronímico, como ainda o transmitiu aos demais membros da família, como é o caso de Adolfo José Ramos, o irmão mais velho, nascido em 1776 e Ricardo José Ramos, o mais moço, que veio a nascer em 1779. Esta interpretação, aceita por nós, descendentes, é comprovada em justificativa judicial-religiosa, promovida na Paróquia de São Francisco do Sul, em 12 de novembro de 1805, para fins de comprovação de batismo. Vivendo o ofício de marceneiro, do qual se orgulhava, Laureano, ainda moço, mudou-se para a Vila de São Francisco do Sul, onde trabalhou algum tempo, transferindo-se depois para a Vila de Santo Antônio da Lapa, no
Paraná, onde conheceu e veio a casar com Maria Gertrudes de Moura (que você conheceu sua história na edição número 130 da Revista Visão). A numerosa descendência de Laureano e Maria Gertrudes espalhou-se por Santa Catarina (a maior parte), Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e outros Estados. As cidades com maior número de descendentes são Lages, Florianópolis e Rio de Janeiro.
LAUREANO NASCEU NUM DOMIN-
GO DE RAMOS, O QUE MOTIVOU SEU PAI A MUDAR SEU SOBRENOME PARA RAMOS.
Dos filhos de Laureano, os que tiveram as famílias mais numerosas foram Henrique, Luiz, José e Vidal. Luiz teve 10 filhos, 37 netos e 156 bisnetos. Vidal teve 13 filhos e centena de netos e bisnetos. Se contarmos desde os Açores (Matheus José Coelho) até aos nossos dias, serão nove gerações, com milhares de descendentes, em mais de dois séculos.
Incremento na segurança pública do município
Câmara arrecada toneladas de donativos aos atingidos pelas enchentes
Dada a crescente criminalidade e tendo em vista a necessidade de contribuir para a melhoria da segurança pública do município, o vereador Maurício Batalha Machado (PPS) apresentou em maio uma moção legislativa endereçada ao governador Raimundo Colombo solicitando a disponibilização de mais policiais e equipamentos ao Canil Setorial da Polícia Militar em Lages. A moção requer a disponibilização de um computador, uma impressora, um aparelho de ar condicionado, equipamentos para adestramento dos cães, uma viatura equipada para a modalidade de policiamento k9 e deslocamento de mais policiais para atuação na unidade. Mesmo estando em funcionamento, o canil de Lages necessita de melhorias em sua estrutura para que possa atender a população de maneira mais eficiente. A matéria foi produzida em conjunto com os legisladores Thiago Oliveira (PMDB), David Moro (PMDB), Jean Pierre (PSD), Jair Junior (PSD), Lucas Neves (PP), Bruno Hartmann (PSDB), Osni Freitas (PDT), Vone Scheuermann (PMDB), José Amarildo Farias (PT) e João Maria Chagas (PSC).
A população de Lages demonstrou verdadeiros atos de nobreza, de solidariedade e de amor ao próximo nestes dias onde as chuvas castigaram nossa cidade, infringindo sofrimentos e perdas materiais a muitas pessoas devido às enchentes. Diversas entidades civis, organizações públicas, agrupamentos de pessoas e voluntários somaram esforços a fim de arrecadar donativos para ajudar aos desamparados que tiveram de deixar suas casas neste momento. A Câmara Municipal não agiu de forma diferente e fez da sua sede um ponto de arrecadação de donativos, e de seus funcionários, vereadores e veículos artífices que facilitaram tanto a coleta, a organi-
ras, camas, colchões, criado-mudo, mesa de computador, fogão a gás, freezer vertical, jogos de lençol, lava-roupas, mesa de centro, panela de pressão, penteadeiras, puffs, roupeiro, sofás, tapetes, toalhas de banho e travesseiros. A Câmara de Lages agradece a todos os seus servidores, vereadores, empresários e especialmente ao nosso povo que contribuiu de maneira exemplar em apoio aos que mais precisam.
Lei da Ficha Limpa para cargos no município tramita na Câmara Tramita nas comissões da Câmara de Vereadores de Lages o projeto de resolução 003/2017, que visa instituir a Ficha Limpar para servidores comissionados (diretores, gerentes, auxiliares, secretários e todos os indicados na Prefeitura). O documento pretende inibir que pessoas que tenham processos de improbidade administrativa, desvio de re-
Retificação do rio Caveiras é reivindicada na Câmara de Lages As fortes chuvas registradas nos últimos dias em Lages causaram estragos e a destruição de casas para mais de 700 pessoas, conforme dados divulgados pela Defesa Civil Municipal. Essa grave situação mobilizou o vereador Vone Scheuermann (PMDB) em conjunto com os demais legisladores, na apresentação da moção 127/17, que solicita ao Governo do Estado o estudo, projeto e execução da obra de retificação das curvas do rio Caveiras. A proposta tem como objetivo evitar grandes desastres causados pela intempérie do tempo, como grandes alagamentos. O rio Caveiras possui um traçado bastante curvilíneo, sendo um dos fatores que dificulta a vazão das águas e que pode ser responsável pelo registro de alagamento. Alguns estudos feitos anteriormente apontam que com a retificação para um traçado mais retilíneo, ou seja, sem curvas, o risco de enchentes poderá ser reduzido, visto que a mudança proporcionará maior escoamento aos grandes volumes de água. O documento recebeu aprovação plenária e será encaminhado para análise ao governador Raimundo Colombo (PSD).
zação e a busca por materiais que trouxessem mais conforto àqueles que tanto precisam. No total, foi arrecadado um número superior a 5.500 quilos de alimentos, produtos de limpeza e de higiene pessoal e cerca de 5.300 quilos de roupas, calçados, roupas de cama e cobertas que foram encaminhados à Defesa Civil de Lages, somando mais de 500 kits contendo, na maioria deles, itens como arroz, feijão, açúcar, sal, farinha de trigo e de milho, macarrão, leite, café, azeite, massa de tomate, biscoitos, papel higiênico, escovas de dente, creme dental, sabonetes, shampoo, sabão em pó e água sanitária. O Poder Legislativo também recebeu doações de litros de água, armários, berços, cadei-
cursos, entre outros, não sejam contratados pelos setores públicos no município. De autoria do vereador Osni Freitas (PDT), a matéria também é assinada por Jair Junior (PSD), Amarildo Farias (PT), Bruno Hartmann (PSDB), David Moro (PMDB), Ivanildo Pereira (PR), Mauricio Batalha Machado (PPS) e Lucas Neves (PP).
Recomendações de melhorias para o bairro Beatriz Cinco indicações apresentadas pelo vereador Luiz Marin (PP) na Câmara solicitam melhorias para o bairro Beatriz. As matérias de número 940/17, 943/17 e 946/17 pedem à Prefeitura, respectivamente, reparos nas madeiras das passarelas e que se providenciem corrimãos em boas condições nas pontes das ruas Ricarte Pereira de Sá, Benedito Alves de Souza e Floriano Sobrinho. As madeiras estão apodrecidas, sendo que algumas já caíram.
A retirada da passarela localizada na rua Euclides Cardoso é recomendada na matéria 944/17, jáqueestalevaparacasasinterditadaspelaDefesaCivil,ondenãoexistemmaismoradoresenascheiasa água para por cima da ponte. Já a indicação942/17buscareparosna altura dos degraus da escada que leva à passarela na rua Benedito Alves de Souza. A escada tem mais de 30 cm de altura, sendo muito difícil de subir e descer, inclusive já houve quedas de pessoas idosas.
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ilustração // ESTÚDIO PAES
SEIS MESES SE PASSARAM: A GENTE ESPERA MUITO MAIS eis meses se passaram desde que as atuais administrações municipais assumiram. E até agora, muita falação e pouca ação. Pouquíssimas coisas importantes aconteceram com relação a projetos estruturantes para as cidades (ao menos aqui na Serra Catarinense).
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ENCHENTES NA PRINCESA DA SERRA Passa ano, entra ano. Passam décadas e décadas. E o maior problema de infraestrutura dos lageanos, de longe, são as famosas enchentes no Rio Carahá (e
Se há algum lageano que poderia ter feito alguma coisa para amenizar ou reduzir os riscos de enchentes na sua cidade natal, esse cidadão chama-se Raimundo Colombo. Afinal, o homem foi prefeito três vezes da cidade, deputado estadual, deputado federal, secretário de Estado, senador da república e agora governador (por quase sete anos). Se puxar pela memória, em todos esses mandatos, um centavo sequer foi investido ou trazido para Lages para amenizar o problema das enchentes. Agora, o Rio Carahá baixou. As famílias que tiveram suas casas alagadas já voltaram para seus lares. Doações foram feitas, a Defesa Civil cumpriu bem com seu papel. Mas obras estruturais para reduzir as chances de enchentes na cidade, nada. Quem sabe um desassoreamento completo no leito do Rio Carahá, em toda a sua extensão, Colombo? Isso seria perfeitamente possível. Basta a sua ação e decisão, governador. Ainda dá tempo.
ozoide@revistavisao.com.br
revista visão
Em Lages, não foi diferente. A revitalização do centro da cidade está só na “prosa”. Disseram que o projeto precisa ser refeito já que a maioria dos comerciantes não aceita tirar os estacionamentos das ruas centrais. A revitalização do Mercado Público também está só na fase de “adaptações”. As obras da Avenida Ponte Grande, em 180 dias, não andaram nada
RAIMUNDO COLOMBO
Construa este espaço conosco. Elogie, critique, decuncie!
EM LAGES
(reunião após reunião com a CEF e nada das máquinas “roncarem no trecho”). A UPA está como sempre esteve: “paradinha da silva”. A conclusão do asfalto na Av. Antônio Ribeiro dos Santos, só Deus sabe quando vai acontecer. O asfalto para a Coxilha Rica, “nadica de nada”. E na saúde, prioridade das prioridades, faltam médicos, remédios e críticas são diárias nas Rádios da cidade. De bom até agora (há quem conteste), só a notícia de que Lages sediará o JASC 2017, lá em novembro. Mais seis ou 10 meses, no máximo, e o Colombo deixará o Governo do Estado para concorrer ao Senado. E depois disso, Ceron?
o represamento do Rio Caveiras). No final de maio e começo de junho, quando choveu num único domingo cerca de 170 milímetros, as enchentes novamente causaram transtornos, prejuízos e muita preocupação em centenas de famílias lageanas (as mais pobres, diga-se de passagem).
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Com 10 dias de tempo bom, e shows de primeiríssima linha, a Festa do Pinhão deste ano foi uma das melhores dos últimos tempos em termos de público; 2ª edição do Festival de Inverno Serra Catarina tem mais de 50 eventos, em quatro municípios, em julho e agosto; Exportações de carnes catarinenses nunca estiveram tão em alta. A venda de carne suína, por exemplo, cresceu 45% no intervalo de um ano; Inflação caindo, exportações crescendo, taxas de juros diminuindo e as empresas voltando a investir: aos poucos, a economia brasileira dá sinais de recuperação; Com o frio se intensificando, o setor de turismo da região espera receber milhares de turistas; A antipatia dos brasileiros pelo Presidente Temer, por vários de nossos governantes e pela classe política em geral nunca estiveram tão altas.
Eu nunca vou desistir da nossa região serrana. MOHAMAD WADI Empresário lageano
O Governador [Colombo] está pronto para nos ajudar a resolver os problemas causados pela chuva. ANTÔNIO CERON Prefeito de Lages
SUBINDO DESCENDO Vândalos invadiram o Cemitério Cruz das Almas, à noite, e depredaram 42 túmulos; 13% da população adulta de Santa Catarina sofre de algum tipo de depressão; R$ 100,00 de ingresso para entrar na Festa do Pinhão deixou a maioria do povo de Lages fora do evento; Nunca antes na história da humanidade tivemos tantas pessoas refugiadas de seus países: 65 milhões, em todo mundo; Quatro ministros do TSE envergonharam o país ao votar pela não cassação da chapa Dilma/Temer, apesar das fartas provas de Caixa 2 e abuso do poder; Pedir e receber apoio financeiro para várias campanhas eleitorais. E depois chamar de “vagabundo” a quem o ajudou (que coisa feia); Cinco aeronaves e dezenas de políticos no aeroporto de Lages para falar sobre as enchentes. E nenhum “pila” até agora para socorrer os que foram atingidos.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e passar a ser autor da própria história. DR. AUGUSTO CURY Escritor, médico e psicólogo
Uniplac está pronta para crescer. LUIZ CARLOS PFLEGER Reitor da Universidade do Planalto Catarinense
revista visão jul. 2017
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BOAS RISADAS! VERBO — Pedro, diga um verbo. — Bicicreta. — O correto é bicicleta e não é verbo. — Felipe, diga-me um verbo. — Prástico. — Se diz plástico. E plástico também não é verbo. — Joãozinho, sua vez. Fale um verbo. — Hospedar. — Muito bem. Agora forme uma frase com a palavra. — Os pedar da bicicreta é de prástico.
VISUALIZADO E RESPONDIDO — Desculpa a demora para te responder. É que estava cozinhando arroz. — Mas já faz 2 meses! — Era arroz integral.
foto // GUGU GARCIA
JOGO DOS 10 ERROS Neste (Dez)afio, difícil vai ser você desistir antes de encontrar 10 pequenas diferenças nestas imagens. Boa sorte!
//// 10° Batalhão de Engenharia e Construção de Lages, SC
RESPOSTA Letra D. Pois são os 6 irmãos homens, + 1 irmã (que é mesma irmã de todos) + o casal = 9 pessoas.
jul. 2017
A: 12 B: 14 C: 08 D: 09
02 - Se o amanhã de ontem era quinta-feira, que dia é o dia depois de amanhã de ontem?
A: quarta-feira B: quinta-feira C: sexta-feira D: sábado
RESPOSTA Letra C. Sexta-feira.
JOGO DE LÓGICA
revista visão
01 – Um casal tem 6 filhos homens. Cada filho tem uma irmã. Quantas pessoas há na família?
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MEME DO MÊS CONSULTA
FESTEJANDO
— Doutor, eu vim aqui fazer uns exames porque nos últimos 20 dias em férias eu: bebi todo dia, abusei com mulheres e viagra, exagerei no churrasco, comi peixe frito à beira mar, tomei caipirinhas até dizer chega, dormi tarde todos os dias e nem pensei nas consequências... — Você veio aqui pra consultar ou pra me matar de inveja?
Esposa: Está vendo aquele cara bêbado ali? Marido: O que tem ele? Esposa: Há 20 anos atrás ele me pediu em casamento e eu recusei, e agora tá assim desse jeito pelos bares. Marido: Miserável, tá comemorando até hoje!
MACONHA ÁLCOOL COCAÍNA
OPINIÃO
INDIFERENÇA, Zezé di Camargo & Luciano
Temos que parar de odiar as pessoas pela opinião política e voltar a odiá-las pelo gosto musical, que é o certo.
//// Resultado da edição 130 - Junho 2017
ilustração // ESTÚDIO PAES revista visão jul. 2017
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