Revista Visão - Novembro 2013 - Edição #91

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edição 91 n o v . 13

ano 11 r$ 13,90

Hidrelétrica

Garibaldi O drama de 150 famílias que foram atingidas pelo alagamento de terras e que estão acampadas à espera de que seus direitos sejam ressarcidos

ENTREVISTA

CULTURA

ESPORTE

Altenir Agostini fala das micro e pequenas empresas da região

Teatro é vida. Menestrel Faze-Dô dissemina sua arte há 20 anos

Kart: hobby para alguns e o primeiro passo para os grandes pilotos




04 05 <para começar

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20

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Nesta Edição

08

08 Entrevista

Altenir Agostini, coordenador regional do SEBRAE, fala à Revista Visão.

14 Reportagem Especial

A usina Garibaldi está concluída. Mas dezenas de famílias atingidas ainda reclamam seus direitos.

20 Garota Visão

32 Solidariedade

22 Destaque Empresarial

44 Cultura

24 Expolages 2013

52 Decoração

28 Meio Ambiente

62 Esporte

A beleza negra da bela Bruna Valim.

A empresária e hairstyling Léia Ávila conta-nos alguns segredos de seu sucesso profissional.

Evento deste ano movimentou mais de R$ 14 milhões em negócios.

Há possibilidade de se fazer um manejo sustentável da araucária?

revista visão

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A importância de se doar sangue.

Grupo Menestrel Faze-Dô: há 20 anos fazendo e vivendo da arte.

Móveis Casa: o móvel feito especialmente para você.

A prática do kart em Lages e a inauguração do novo kartódromo.


carta ao leitor>

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Problemas sociais ainda não resolvidos na UHE Garibaldi

Nossa Capa Tema

UHE Garibaldi • Foto

Gugu Garcia Tristeza no olhar. Conheça a situação das pessoas que aguardam quase sem esperança o cumprimento de seus direitos

Nossa Gente

Nossa

reportagem especial traz relatos dos atingidos na fase de conclusão da Usina Hidrelétrica Garibaldi. Pelo menos 150 famílias estão desassistidas pela empresa e reclamam seus direitos. Ouvimos os dois lados da história e vamos mostrar o que de fato está acontecendo nos arredores do empreendimento construído pouco acima da cidade de Abdon Batista (sobre o Rio Canoas), mas que atingiu propriedades nos municípios de Cerro Negro, Campo Belo do Sul, São José do Cerrito e Vargem. Altenir Agostini, coordenador regional do SEBRAE, é nosso entrevistado deste mês. Ele explica qual a missão da instituição que comanda, a importância das micro e pequenas empresas no contexto nacional e estadual, aspectos que precisam ser melhor trabalhados para o crescimento econômico e social da região e outros assuntos que envolvem os pequenos negócios.

Diretor Geral Gugu Garcia Diretor de Redação Loreno Siega - Reg. Prof. 2691/165v-PR Repórter Liana Fernandes Gerência Eder Pitz de Lima Direção de Arte Chelbim Michel Poletto Morales Thiago Córdova Ilustração André Paes Assinaturas Luiz Wolff Comercial Suely Miyake Administrativo Edmara Muniz Distribuição Robinson Marcelino Tiragem 3.000 exemplares

No mês em que se comemora o dia nacional do doador de sangue, saiba como doar e porque este ato simples é tão importante. A Garota Visão deste mês é a modelo Bruna Valim. A morena representa a etnia afro descendente e é nossa homenagem ao dia do orgulho negro, que é comemorado em 20 de novembro.

Fale Conosco

O destaque empresarial deste mês conta a história de sucesso de Léia Ávila, a hairstyling que tem cinco salões espalhados pelo Estado e que emprega 220 pessoas. Na sede, em Lages, trabalham com Léia cerca de 60 profissionais.

Redação Rua Dr. Walmor Ribeiro, 115 Coral CEP 88.523-060 Lages/SC 49 3223.4723 www.revistavisao.com.br | blog.revistavisao.com.br www.facebook.com/revistavisao | www.twitter.com/revistavisao contato@revistavisao.com.br

Não é permitida a reprodução parcial ou total das reportagens, entrevistas, artigos e imagens sem prévia autorização por escrito do editor. A Revista Visão não se responsabiliza pelos conceitos e opiniões emitidos nos artigos assinados.

Há 20 anos o Grupo de Teatro Menestrel Faze-Dô circula pelos quatro cantos do Brasil disseminando a cultura. Conheça a história do grupo lageano e os desafios do dia a dia de quem “vive de arte”. O kartódromo novo de Lages está quase pronto. Vamos falar sobre o esporte e como ele se difundiu em Lages.

Por fim, saiba ainda o resultado da Expolages 2013. Veja quais foram os melhores momentos desta edição que movimentou mais de R$ 14 milhões em negócios durante o evento. Tenham uma ótima leitura. Equipe de Redação Revista Visão

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Foto do mês

Foto Adailton Camargo

06 07 <leitor online

Nova iluminação do Parque Jonas Ramos (Tanque)

facebook.com.br/revistavisao Uma ótima iniciativa dos CEIMs. É nesses detalhes que fazemos a diferença no dia a dia das crianças. E tem gente ignorante que ainda fala mal dos centros de educação infantil do município. A gente tem sim creches muito boas e professoras excelentes no município!

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Jhuan e Evelyn (Sobre a matéria das comemorações ao dia da criança)

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O shopping [Pátio Lages] é mais uma lenda, perde pra do Tanque. Mawno BF (Sobre a enquete deste mês)

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blog.revistavisao.com.br Making of Garota Visão A Revista Visão está cada vez mais multimídia. A partir de agora vamos preparar um Making of do ensaio da Garota Visão todos os meses. A intenção é trazer para nossos leitores uma “palhinha” do que vão encontrar nas páginas da nossa edição de novembro. Acompanhe, assista e compartilhe com seus amigos!

RT www.revistavisao.com.br Acesse nossa revista on-line! Este é um benefício exclusivo para você leitor! Para ver a edição deste mês on-line, basta digitar: Usuário: assinante Senha desta edição: canoas

rápidas senha www online blog região notícias

Qual obra ou investimento você acha que não vai ser executada(o) em Lages e região?

46+16+10764A Resultado / Outubro

46,01% Todas as alternativas 15,97% Shopping Pátio Lages 9,58% Implantação da Sinotruk 7,03% Via Gastronômica 6,71% Revitalização do Centro

enquete

6,39% Aeroporto de Correia Pinto

opinião

4,47% Avenida Duque de Caxias

escolha

3,83% Implantação do SEST/SENAT Vote acessando blog.revistavisao.com.br

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editorial>

Uma nova Lages começa a tomar forma

Embora

nem tudo esteja perfeito (e nem nunca estará, pois sempre há algo a melhorar), é inegável que Lages começa a experimentar um novo momento. E isso não se deve apenas à mudança no comando político da cidade, que ocorreu com as eleições do ano passado quando um novo grupo de pessoas conseguiu a proeza de vencer as eleições contra as forças hegemônicas que governavam a cidade há 12 anos. Mas a mudança começa a ser sentida também em outras esferas. Com recursos às pencas do Governo Federal (que nunca antes na história repassou tanto dinheiro à cidade e região), vários grandes projetos estão em execução. Senão, vejamos: implantação das vias laterais na BR-282 (obra que com mais alguns meses fica pronta, dando mais conforto, segurança e comodidade na travessia urbana da cidade – investimentos de R$ 50 milhões); implantação da Av. Ponte Grande (outro projeto milionário – com investimentos na faixa de R$ 80 milhões – incluindo realocação de famílias, gastos sociais com as indenizações, rede coletora de esgotos e infraestrutura das avenidas de mais de 6 quilômetros); obras do esgoto sanitário na região do bairro Araucária (mais R$ 24 milhões – com obras em execução); mais R$ 19 milhões para pavimentações, implantação de praças esportivas, postos de saúde, creches e outras obras. Isso sem falar em tudo o que já se investiu em habitação popular pelo Programa Minha Casa, Minha Vida.

O Governo do Estado, depois de dois anos em com-

passo de espera, parece

que também acordou.

Loreno Siega Diretor de Redação

O Governo do Estado, depois de dois anos em compasso de espera, parece que também acordou. Iniciaram as obras da nova ala do Hospital Tereza Ramos (R$ 45 milhões em investimento). Estão em obras (bem demoradas, por sinal) a restauração e revitalização do Colégio Rosa. Vários ginásios de esportes estão sendo construídos nas escolas estaduais. E as rodovias da região, finalmente, estão em obras de revitalização e recuperação. Isso sem falar nas obras do

Orion Parque (que depois de dois anos finalmente começaram) e dos empréstimos de recursos para a Prefeitura adquirir um novo parque de máquinas (financiamento do Badesc). Na iniciativa privada, mais novidades: no final de outubro, o BIG inaugurou em Lages um grande hipermercado (R$ 21 milhões em investimentos, gerando 250 empregos diretos). A rede Quero Quero (materiais de construção, ferramentas e utilidades para o lar) inaugurou uma grande loja no bairro Coral e em breve inaugura outra, maior ainda, próximo à CDL, no centro. A Loja Via Brasil, calçados e confecções, inaugurou uma grande loja no centro (onde funcionava a Casas Bahia). Além da ampliação da AMBEV, implantação de outras empresas (que em breve começam a operar) e das obras em franco andamento de implantação do Garden Shopping Center (antigo Boulevard), cujos investimentos vão passar de R$ 120 milhões. Não é à toa que até nos salões de beleza mais sofisticados da cidade nota-se que Lages está vivendo uma nova fase. “Estamos recebendo muita gente de fora. São profissionais de várias áreas que estão vindo para cá trabalhar nas empresas e obras da cidade e região”, explicou Léia Ávila, nosso destaque empresarial desta edição. A Expolages, que antes movimentava pouco mais de R$ 1 a 2 milhões em negócios, neste ano teve um grande incremento, com R$ 14 milhões em vendas diretas. Por tudo isso, Lages já não é mais a mesma. E não será mais a mesma dentro de alguns poucos anos. Para que essas mudanças continuem acontecendo, num ritmo ainda mais intenso, falta que nossos políticos finalmente consigam viabilizar uma linha aérea regular diária com São Paulo e com os grandes centros urbanos. E que sejam mais rápidos nas decisões estratégicas (como viabilizando um curso de Medicina no CAV, por exemplo). E você, amigo leitor, está preparado para essas mudanças? Tem como aproveitar esses bons ventos para melhorar seu negócio, sua empresa, sua formação profissional? É hora de pensar nisso e aproveitar as oportunidades. Boa leitura e ótimo mês de novembro. revista visão

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08 09

Altenir Agostini revista visテ」o

COORDENADOR REGIONAL DO SEBRAE PARA LAGES E REGIテグ


entrevista> 08 09

O SEBRAE VEM CUMPRINDO COM SUA MISSÃO NA REGIÃO Por Loreno Siega • Fotos Gugu Garcia

A ENTREVISTA DESTE MÊS DA REVISTA VISÃO É COM ALTENIR AGOSTINI, 42 ANOS, NATURAL DE LAGES. NESTE ESPAÇO, ELE FALA SOBRE O ATUAL MOMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS (MEI) NA REGIÃO, DE SUA IMPORTÂNCIA E PARTICIPAÇÃO NA ECONOMIA LOCAL E DO TRABALHO DA ENTIDADE QUE COORDENA, O SEBRAE.

Altenir

é Administrador de Empresas, formado pela ESAG e com MBA em Gestão de Programas e Projetos. Foi o primeiro coordenador de um núcleo de Jovens Empresários em Santa Catarina, na Associação Empresarial de Lages – ACIL. É casado com Tatiana Rodrigues Borges Agostini e pai de Victor. Em janeiro de 2014 será pai de uma menina. Atua no SEBRAE/SC há 13 anos, inicialmente desempenhando as funções de Agente Articulador em Curitibanos. Com a criação das Coordenadorias Regionais do SEBRAE, assumiu em 2009 a gerência da regional em Lages. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – SEBRAE – é uma entidade privada, sem fins lucrativos e que têm seu orçamento composto por recursos públicos e receita de empresas beneficiadas. A missão do SEBRAE é desenvolver a competitividade e o crescimento sustentável dos negócios de micro e pequeno porte e estimular o empreendedorismo. Para cumprir sua missão, está estruturado em todos os estados. Em Santa Catarina, tem sua sede em Florianópolis e nove Coordenadorias Regionais.

Altenir, além de Lages, quantos municípios são atendidos pelo SEBRAE na região? A Coordenadoria Regional do Planalto Serrano compreende 29 municípios das regiões da Amures, Amurc (Curitibanos) e Amplasc (Campos Novos). Este território compreende 24% da área de SC, 6% da população, 5% das empresas e 4% dos empregos do Estado. Quais os projetos mais relevantes que a instituição toca ou desenvolve na região? Com base nos números acima, que apresentam a disparidade existente entre área territorial e número de empresas, o SEBRAE atua em projetos de Desenvolvimento Local/Territorial, buscando criar condições mais favoráveis ao empreendedorismo e à geração de emprego e renda. Exemplos são os projetos voltados à implementação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (MPE) nos municípios da região e a implantação de políticas de Compras Governamentais de pequenos negócios. Outros exemplos são projetos voltados a grupos de produção, como artesanato e agronegócio, cujo propósito é agregar valor à produção. Outro foco de revista visão


10 11 atuação é na competitividade de determinados setores, com os projetos de Polos Setoriais e de Revitalização do Comércio, buscando tornar mais competitivas as MPEs destes setores.

A Via Gastronômica já é uma realidade

É verdade que o brasileiro é um dos povos mais empreendedores do mundo? Há números que comprovem isso?

físicas que irão transformar o espaço

Sim, o Brasil é um país que se destaca como fortemente empreendedor. Segundo a Global Entrepreneurship Monitor (GEM) – que é uma pesquisa internacional realizada anualmente, com o objetivo de medir a evolução do empreendedorismo em dezenas de países – em uma lista de 67 países, o Brasil aparece em quarto lugar em termos de número de empreendedores. A pesquisa de 2012 revelou que a proporção dos brasileiros que deseja ter o próprio negócio (43,5%) é superior a dos que desejam fazer carreira em empresas (24,7%).

mais bonito e confortável”.

No Brasil o número de empresas que fecha logo nos primeiros anos é bastante elevado. Por que essas empresas fecham? Essa afirmação já foi realidade há alguns anos. Há uma década, de cada 10 empresas que abriam, 7 fechavam nos primeiros anos. Atualmente esse cenário está muito diferente, sendo que o índice de mortalidade das empresas situa-se ao redor dos 25%. Essa inversão nos fatores deve-se a condições econômicas mais favoráveis e – principalmente – a empreendedores melhor preparados e que empreendem mais por oportunidade do que por necessidade. O principal fator crítico de sucesso para um empreendimento é o conhecimento. O que é um Micro Empreendedor Individual (MEI) e qual a importância que se formalizem? O número de MEI formalizados tem aumentado na região? Que tipo de apoio o SEBRAE dá a essa gente? O Micro Empreendedor Individual (MEI) é a figura jurídica criada para quem trabalha em casa, tem um pequeno negócio informal ou trabalha por conta própria e fatura até R$ 5 mil por mês. Esse tratamento diferenciado possibilitou, na prática, a formalização de milhares de pequenos negócios informais, com condições mais favoráveis no que diz respeito à desburocratização e redução de custos para a constituição da emprerevista visão

do ponto de vista de incremento de negócios. Em breve teremos as obras público (ruas e calçadas), deixando-o

sa. Somente em Lages, são 3 mil MEIs que agora passam a contar com os benefícios de trabalhar na legalidade. Para esse público o SEBRAE desenvolveu soluções voltadas à capacitação desses empresários, de forma gratuita, assim como terão acesso também a recursos do Programa Juro Zero do Governo do Estado. Em parceria com a CDL de Lages e com lojistas, o SEBRAE toca em Lages os projetos da Via Gastronômica e do Centro Lages de Compras e Lazer. Por que esses projetos demoram tanto para se tornarem realidade? Esses são dois projetos que trarão um impacto muito positivo para a cidade e para a região. A Via Gastronômica já é uma realidade do ponto de vista de incremento de negócios. Em breve teremos as obras físicas que irão transformar o espaço público (ruas e calçadas), deixando-o mais bonito e confortável. O Projeto Centro Lages, por sua vez, tem uma abrangência e um número de parceiros envolvidos maior, que precisam coordenar suas ações e uma necessidade de investimentos de maior vulto. O projeto, iniciado por um grupo de empresários ligados à CDL e pelo SEBRAE/SC, angariou importantes parcerias que incrementaram significativamente os benefícios que serão entregues com o projeto. Estão sendo realizadas ações internas como melhoria nas lojas, no atendimento, na comunicação visual e fachadas; e ações externas, como o cabeamento subterrâneo, retirada dos postes, melhorias nas calçadas e revitalização de ruas e praças. Essa intervenção trará uma mudança significativamente melhor, deixando o espaço central mais humano, acolhedor, confortável e seguro para benefício de toda a população.

Os comerciantes de São Joaquim também tocam um projeto de revitalização do centro com apoio do SEBRAE. Como está o trabalho por lá? Em São Joaquim temos a oportunidade de trabalhar um projeto de Revitalização que – embora abranja inicialmente uma área pequena – será muito importante no sentido de criar um conceito visual e estético para a cidade e que depois deverá ser expandido para outras ruas. Assim como em Lages, temos uma parceria muito importante com a Prefeitura Municipal e Governo do Estado. Como entidade que trabalha principalmente com os micro e pequenos empresários, em sua opinião, o que falta para que essas empresas cresçam e se fortaleçam mais rapidamente em Lages? Podemos resumir em dois fatores, um de ordem interna e outro de ordem externa. O primeiro, na minha avaliação, é a capacitação constante e proatividade. Cada vez mais o mercado apresenta complexidade na gestão e exige rapidez das empresas na criação e/ou readequação de suas estratégias. Esse tempo de resposta tende a ser cada vez menor para quem quer se diferenciar no mercado e aproveitar as oportunidades. Para isso, a necessidade de capacitar-se é imperativa. Seja através de cursos, consultorias, palestras, participação em entidades empresariais ou outros modos, o empresário deve estar sempre atento e preparado. Do ponto de vista externo às empresas, faz-se necessário desenvolver e implementar políticas públicas diferenciadas para nossa região, a fim de estimular uma taxa de crescimento econômico superior à média do Estado para que, assim, consiga-se reduzir


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as disparidades econômicas em relação a outras regiões do Estado. O SEBRAE atua quase sempre em parceria com outras entidades. Por que isso acontece? Com quem o SEBRAE faz parcerias? Por meio das parcerias consegue-se fazer mais e aumentar o número de empresas beneficiadas. Embora o orçamento anual do SEBRAE seja significativo, é um valor limitado e o quadro de pessoal é enxuto para uma realidade de necessidades e oportunidades crescentes. Neste cenário buscamos entidades empresariais, sindicatos, associações e cooperativas, entes do poder público, grandes empresas, dentre outras instituições, para que sejam “sócias” do SEBRAE em bons projetos para obtermos mais resultados na busca pela competitividade e sustentabilidade das empresas e de criarmos um ambiente social mais propício ao empreendedorismo. Pela sua experiência, qual o papel mais importante no desenvolvimento e manutenção de uma empresa: conhecimento ou capital. Por quê?

O conhecimento tem um peso maior no sucesso de um negócio. Muitas empresas sofrem por não conhecerem direito o setor, não saberem lidar com clientes ou não dominarem aspectos financeiros básicos para gerir seu caixa. Com conhecimento do negócio pode-se quantificar a necessidade de capital adequada para empreender, os custos envolvidos, a tributação, enfim, a viabilidade do empreendimento.

Quando aumentamos a geração de empregos, principalmente incentivando atividades que geram um segundo emprego na família, provoca-se um efeito interessante, pois aumentando a renda familiar, impacta-se positivamente a qualidade de vida, gerando um excedente de consumo local que tem um papel multiplicador na economia do município, gerando mais empregos e criando um círculo virtuoso de desenvolvimento.

Para finalizar, fale-nos sobre Lages. Você acredita que a cidade está em franco crescimento econômico e social ou ainda nos falta muito para isso?

Fique livre para suas considerações finais.

Nós vivemos em uma região natural e geograficamente privilegiada. Precisamos equilibrar o aspecto social e gerar maior qualidade de vida. E isso deve ser estimulado pelo desenvolvimento econômico. Explico: em Lages, na média, existe 1 emprego para cada 4 pessoas. A média de Santa Catarina é um emprego para cada 3 habitantes, sendo que as cidades mais desenvolvidas têm uma taxa de 1 para 2. Isso significa que, sempre falando em médias, em Lages temos apenas uma pessoa trabalhando na família.

As MPEs representam 99% das empresas existentes e geram 2 em cada 3 empregos novos. Além da relevância econômica, têm um papel social muito importante na distribuição da renda. Desta forma, o empreendedor torna-se também um agente indutor do desenvolvimento da sua cidade e da sua região. É necessário que esse papel seja reconhecido na sociedade. Por sua vez, o empreendedor tem a “responsabilidade social” de preparar-se cada vez mais para que seu empreendimento seja competitivo e sustentável, gere empregos e renda e assim contribua para o desenvolvimento local.

Em Lages, na média, existe um emprego para cada quatro pessoas. A média de Santa Catarina é um emprego para cada três habitantes, sendo que as cidades mais desenvolvidas têm uma taxa de um para dois”.

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Por

Suely Miyake • Fotos

Gugu Garcia gente@revistavisao.com.br

O sucesso

e a felicidade são coisas que almejamos para nossas vidas. Mas eles são coisas distintas. Para alguns, o sucesso é olhar para o futuro e felicidade é olhar para o presente. Em outras palavras, “Sucesso é alcançar o que se deseja, e felicidade é estar satisfeito com o que se tem”.

A alegria contagiante de Juliana Capistrano Fronza e Adilio Junior Paes de Souza

Foto Israel Oselame

Mas como conquistar as duas coisas? Para o sucesso, precisamos ter um objetivo definido e específico em nossas vidas. E para ser feliz, significa sentir-se satisfeito com o que você já conseguiu e tem. Se você é saudável, tem uma boa família, tem amigos, tem um emprego, gosta do que faz, considere-se feliz. Não espere ter sucesso para ser feliz, seja feliz hoje mesmo.

Diretores do Serrano Tênis Clube em recente evento revista visão

Rafael Oliveira Rodrigues completou recentemente seu primeiro ano de vida, para a felicidade e orgulho dos papais Loita e Alexandre Rodrigues!


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Vovó Onira e a mãe Silvana sempre acompanhando a belissíma Analu que acabou de completar 7 anos

O grande dia está chegando para Filipe Pereira de Souza e Flaviana Cesário

Rafael e Simoni Broering realizados com a chegada do Lucas

Foto Israel Oselame

Marina Vieira Costa e Murilo Freitas felizes à espera da Isadora

Leonardo Canônica dos Santos em uma tarde de muita brincadeira

Isabel Cristina de Oliveira comemorando ao lado de Viviane Gracietti o aniversário de 2 anos da Forma Única. Parabéns! revista visão


14 15 <reportagem

150 FAMÍLIAS ATINGIDAS PELA UHE GARIBALDI RECLAMAM POR DIREITOS

Por Loreno Siega • Fotos Gugu Garcia

UM GRUPO CONSIDERÁVEL DE PESSOAS – PELO MENOS 150 FAMÍLIAS – AINDA RECLAMAM POR DIREITOS QUE LHES TERIAM SIDO NEGADOS ATÉ AGORA PELA EMPRESA TRIUNFO RIO CANOAS, RESPONSÁVEL PELA IMPLANTAÇÃO DA USINA HIDRELÉTRICA GARIBALDI, CONSTRUÍDA POUCO ACIMA DA CIDADE DE ABDON BATISTA (SOBRE O RIO CANOAS), MAS QUE ATINGIU PROPRIEDADES NOS MUNICÍPIOS DE CERRO NEGRO, CAMPO BELO DO SUL, SÃO JOSÉ DO CERRITO E VARGEM.

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Desde que

foram obrigados a deixar suas moradias às margens do rio, uma vez que o reservatório da usina foi enchido pela empresa no mês de julho, as famílias que ainda não tiveram seus direitos total ou parcialmente ressarcidos (terras, benfeitorias, madeiras, casas, animais e outros bens) estão acampadas há mais de 60 dias embaixo de lonas pretas em uma comunidade de Abdon Batista (Nossa Senhora das Graças), distante cerca de 15 quilômetros da sede. “Estamos aqui porque até agora o pessoal da usina não nos indenizou”, explicou uma senhora (que prefere não se identificar para evitar represálias por parte da empresa). “A maioria dessas famílias que estão aqui eram arrendatárias e não tiveram seus direitos reconhecidos. Ou então tiveram suas terras indenizadas abaixo do valor de mercado e não aceitam isso. Ou tiveram de ficar em áreas remanescentes que não vão mais lhes possibilitar a sobrevivência”, complementou.

Arrendatários teriam sido enganados Segundo Natalino Ramos Correia, morador da comunidade Bela Vista, em São José do Cerrito, que tinha um terreno que foi atingido pela usina, há uma série de itens não cumpridos pela empresa. “Eu não queria vender minhas terras. Eles fizeram uma avaliação e depositaram o valor em juízo. Mas eu não aceito, pois não queria me desfazer do terreno. Além disso, eles enganaram muita gente,

principalmente os arrendatários. Fizeram eles assinarem os papéis para indenizar os proprietários das terras e disseram que depois seria feita a indenização a eles. E isso não aconteceu. Muita gente saiu sem direito algum mesmo tendo nascido e vivido no local por muitos anos e mesmo dependendo exclusivamente da terra que foi alagada”, contou. Márcio Couto, outro atingido, disse que a empresa não avisou as famílias quando faria o enchimento do reservatório. “Quiseram antecipar a geração de energia em um ano. Até estão fazendo propaganda disso na televisão e na imprensa dizendo que é um benefício para o Brasil. Mas para isso atropelaram todo o processo. Não avisaram as famílias. E muitos tiveram de abandonar suas casas às pressas, em alguns casos sem ter para onde ir. Além disso, erraram os cálculos e a água chegou além de onde deveria. Estradas ficaram alagadas, famílias e comunidades ficaram sem acessos, não colocaram a balsa entre Abdon e Cerro Negro, enfim, fizeram uma série de ilegalidades”, disse ele.

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“Quanto vale nossa tristeza e o choro de nossos filhos?” Outra senhora atingida (que também não quis se identificar) chegou a chorar algumas vezes durante o depoimento que deu à Revista Visão. “Muita gente nasceu nestas comunidades. Tem vizinhos, amigos e parentes que viviam por aqui. E tiveram de ir embora para outros lugares onde não conhecem ninguém. Qual o preço de sermos forçados a deixar nossos amigos e o lugar onde nascemos e que nunca mais vamos ver na vida?”, perguntou. “Quem vai nos pagar pela tristeza e pelo choro de nossos filhos, pelos remédios que muitos estão tomando contra a depressão, pelo descaso que a empresa vem nos tratando há mais de dois anos?”, indagou. Sem terem a quem recorrer, e desiludidos com um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) estabelecido entre as partes pela Promotoria Estadual de Justiça (e do qual a maioria destas famílias não concorda, apesar de terem assinado o documento), na sexta-feira, 11 de outubro, depois da realização uma semana antes de uma audiência no Ministério Público Federal em Lages envolvendo as partes, o procurador da república, Dr. Nazareno Wolff, acompanhado por representantes de outras entidades como o bispo diocesano Dom Irineu Andreassa, o advogado Sandro Anacleto (representando a

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OAB), a advogada Maristela Aparecida Silva (representando a Fatma), com a presença ainda da imprensa, visitaram o acampamento para se inteirar melhor da situação.

“Eu quero justiça para essas pessoas”, disse o bispo O bispo Dom Irineu, que chegou antes e teve uma reunião a portas fechadas com as lideranças do acampamento, era o mais exaltado. “No tempo da escravidão traziam os negros da África no porão dos navios. Muitos morriam na viagem e eram jogados Bispo Dom Irineu Andreassa ao mar. Os poderosos, os que mandavam, vinham na parte de cima do navio, no meio da mordomia. Hoje esse povo que aqui está são os escravos do nosso tempo. E eu estou aqui como líder da minha igreja para apoiá-los, defendê-los e lhes dar guarida. O capitalismo só pensa no lucro. E parece que boa parte dos políticos e até do Judiciário também se deixa levar apenas pelo lado dos poderosos. Eu quero justiça para essas pessoas simples. Que direito tem uma empresa de arrancar alguém de sua casa sem que haja um mínimo de respeito, indenização e uma série de condições para isso?”, perguntou. “O Papa Francisco disse que a Igreja tem de olhar pelos pobres e por suas ovelhas. Eu estou aqui cuidando das minhas ovelhas”, acrescentou. Dom Irineu foi mais longe. “A empresa diz que fez tudo certo. Mas nunca estiveram aqui para falar com estas famílias. Eles não conhecem e nem reconhecem estas pessoas. Esse povo está tomando água poluída. Tanto é verdade que ofereceram dessa água ao promotor público estadual que estava cuidando do caso. E ele não quis tomar. Como esse povo tem de beber dessa água se a autoridade não pode tomar? Ele deve saber que essa água não presta”, falou o bispo.


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Empresa foi multada em R$ 5 milhões A advogada Maristela Silva, da Fatma, confirmou que a empresa Triunfo Rio Canoas encheu o reservatório sem a devida e necessária autorização do órgão ambiental estadual. Por isso mesmo, teria sido notificada e multada em R$ 10 milhões. “Eles recorreram na Justiça contra essa multa. Houve um acordo. E o valor ficou em R$ 5 milhões, metade do montante inicial”, explicou a advogada. “Do valor da multa, R$ 1 milhão ficará para a Fatma. E haverá ainda o ressarcimento de mais R$ 1 milhão para cada uma das quatro comunidades atingidas para aplicarem em projetos ambientais e sociais”, explicou a advogada. Sandro Anacleto, da OAB de Lages, disse que sua presença na reunião era para se inteirar e para acompanhar de perto a situação em nome da entidade. “Se há ou existem direitos não respeitados, precisamos fazer com que a justiça prevaleça”, disse. “Evidente que compreendemos a importância da usina para a geração de energia para o país. Mas é certo que também o interesse econômico não pode sobrepor-se aos interesses sociais e ambientais”, acrescentou.

Comissão da Assembleia Legislativa

Advogada da Fatma, Maristela Silva

Em função da situação das famílias acampadas, e das diversas queixas sobre possíveis e prováveis irregularidades por parte da empresa, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina, através do deputado estadual Dirceu Dresch, criou uma comissão especial para tentar ajudar na solução dos problemas. Esta comissão, juntamente com o deputado Dresch, estiveram visitando os municípios atingidos e conversando com as famílias. A comissão aponta uma série de problemas:

• As comportas da barragem foram fechadas sem autorização dos órgãos públicos competentes, sem a comprovação de posse e de indenização de todos os terrenos afetados e sem aviso prévio; • Um erro no projeto fez com que o nível do lago, que tem 42 quilômetros de perímetro, ultrapassasse a cota prevista, provocando o alagamento de áreas não desapropriadas, plantações, estradas e mata nativa. Milhares de araucárias estão submersas quanto o correto seria a retirada de toda a madeira da área do lago; • A comunidade não foi avisada que o lago seria enchido, não houve tempo para retirar pertences, desmontar estruturas ou recolher equipamentos. Tudo ficou submerso. O erro é tão grande que a igreja da comunidade, reconstruída pela empresa Rio Canoas em outro local para não ser alagada, foi tomada pela água; • As famílias atingidas criticam a falta de diálogo por parte da empresa. Além dos alagamentos indevidos, a grande reclamação é o fato de a empresa não ter indenizado pessoas que perderam as terras em que produziam, principalmente arrendatários ou filhos de agricultores. • Também são várias as denúncias de agri-

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cultores que relatam pressão psicológica por parte da empresa para aceitarem a indenização sem questionar os valores na justiça. Muitos agricultores estão arrependidos, deprimidos. Perderam terras altamente produtivas para irem parar em barrancos onde é difícil desenvolver a agricultura. Muitos estão sem água, já que os poços ficaram submersos ou contaminados. E quem produzia em terra arrendada ficou sem nada, só com a dívida dos investimentos feitos.

Ministério Público Federal Dr. Nazareno J. Wolff, que para muitos dos atingidos pode ser a última esperança de solução, na reunião do dia 11 de outubro com as famílias atingidas fez um relato da atuação do Ministério Público Federal em outros empreendimentos energéticos como Machadinho, Barra Grande e Campos Novos. Ele disse que é até certo ponto normal haver algum tipo de conflito entre os interesses do empreendedor e dos atingidos porque a construção de uma usina envolve muitas questões sociais, ambientais e econômicas a serem levadas em conta no processo. Mas falou que nos casos anteriores houve bom senso de ambos os lados e se chegou a acordos satisfatórios para todos. “A empresa reconhece e sabe que há questões pendentes e que precisam ser resolvidas. E eles têm interesse em resolver. Mas vocês também sabem quem tem e quem não tem direitos. E quais são esses direitos. Portanto, vamos partir deste ponto”, disse. Segundo Nazareno, uma solução negociada entre as partes é o melhor caminho. “Outra possibilidade é vocês ingressarem individualmente ou coletivamente na justiça. Mas isso levaria muito tempo, coisa que vocês não têm. Além do mais, corre-se o risco de perder muitos anos com o andamento dos processos e recursos. E depois, no final, pode-se não ter o resultado esperado, o que seria bem pior. Portanto, sugiro que possamos reformular o TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) que vocês já assinaram e que já está feito. E que possamos incluir todas as questões que ficaram de fora ou que foram mal atendidas até agora pela empresa”, explicou o procurador. O procurador disse mais: “De nossa parte nós vamos exigir que

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a empresa Triunfo Rio Canoas cumpra com todas as questões pendentes. Ninguém que efetivamente tenha direitos vai deixar de ser contemplado. Até porque a empresa antecipou em um ano a geração de energia e vai ganhar um bom dinheiro com isso. Portanto, devem estar preparados para atender os direitos de vocês”, explicou. O passo seguinte, após aquela reunião com o procurador no acampamento dos atingidos, foi procurar a empresa, apresentar as reivindicações e condições das famílias remanescentes (com representantes dos atingidos) e buscar o entendimento. Outras reuniões aconteceram durante o mês de outubro, em Lages, envolvendo as partes. Até o final do mês (fechamento desta edição) o acordo final ainda estava sendo negociado. Enquanto isso, as famílias preferem ficar acampadas debaixo de lonas, em situações bastante precárias, até que a situação se resolva.

Posição da Triunfo Rio Canoas No último final de semana de setembro, o jornal Correio Lageano encartou um caderno especial e institucional com 16 páginas sobre a Usina Hidrelétrica Garibaldi. Em todo o material (publicidade da empresa) não se fala uma linha sequer sobre as 150 famílias de atingidos que não tiveram seus direitos atendidos até agora. Não se diz nada também sobre a multa de R$ 5 milhões que a empresa recebeu por fechar o reservatório sem autorização da Fatma. Na página 02 daquela publicação, cujo título é “Mais Energia para o Brasil”, o diretor presidente da empresa , engenheiro Carlos Henrique Scalco, faz um resumo dos investimentos e benefícios que a obra trará à região e ao Brasil e também coloca algumas informações sobre o empreendimento. Segundo ele, “o acionamento das turbinas, com capacidade de geração de 192 MW, ocorre com 15 meses de antecedência em relação ao cronograma estipulado

Procurador da República, Dr. Nazareno Wolff

pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)”, disse. “Desde o princípio tivemos a oportunidade de conviver com centenas de famílias nos municípios de Abdon Batista, Cerro Negro, Campo Belo do Sul, Vargem e São José do Cerrito. Nosso principal compromisso foi preservar a qualidade de vida dos moradores que poderiam ter suas vidas afetadas pela implantação do empreendimento, com ações para fornecer melhores condições de habitação, respeitar o meio ambiente local e colaborar para o desenvolvimento regional por meio da geração de empregos. A preocupação com as comunidades é um alicerce que norteia a missão da Triunfo Rio Canoas”, enfatizou Carlos Henrique Scalco.

“Não houve erro técnico e famílias foram avisadas”, diz Scalco Mais adiante, o diretor presidente da empresa acrescenta: “Todos os nossos empreendimentos possuem como filosofia o ato de contribuir positivamente com as regiões em que estão localizados. No caso da

Diretor Presidente da empresa Triunfo Rio Canoas, engenheiro Carlos Henrique Scalco


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UHE Garibaldi, não é diferente”, destacou. “Ao longo de 28 meses de construção da usina, geramos mais de 4,5 mil empregos diretos e indiretos”, informou. “Foram indenizadas 549 propriedades, na área do reservatório. E mais 221 famílias de arrendatários dessas áreas se tornaram donos de seus próprios terrenos, contemplados com lotes de no mínimo 8,75 hectares e que incluem residência e galpão – ambos com infraestrutura completa de abastecimento de água e de energia. Uma garantia para construir uma vida nova, agora com mais segurança financeira”, explicou. “As novas comunidades que se formaram contam também com salões comunitários para garantir que os laços culturais e religiosos que unem essas famílias sejam preservados”, disse Scalco. Sobre as queixas das famílias atingidas, Scalco respondeu à Revista Visão, por escrito: “Existe uma relação de pessoas descontentes com a avaliação da empresa. Essas pessoas recorreram ao MPE, que os encaminhou à Fatma. A Triunfo Rio Canoas recebeu esta relação e a análise está a cargo de uma empresa de auditoria especialmente contratada para esse fim. A empresa escolhida entre cinco apresentadas em reunião no MPE para realizar o trabalho foi a Ernst e Young, uma auditoria de nível internacional. Essa forma de avaliação foi acordada no TAC assinado entre MPE, Fatma, Comissão de Direitos Humanos da OAB e uma comissão de atingidos. A Triunfo Rio Canoas aguardará a conclusão dos trabalhos da auditoria e submeterá a decisão desta. Os atingidos que ainda restarem insatisfeitos poderão também recorrer à justiça. Com relação ao possível erro técnico no projeto, Scalco responde: “Não houve erro de projeto. O que ocorreu foi erro na demarcação da APP (Área de Preservação Permanente) em 21 propriedades, o que já está sendo corrigido e restabelecida a APP nos termos exigidos pela Fatma”. Já sobre se teria ou não havido aviso às famílias para o fechamento do lago, a resposta do diretor presidente da empresa é a seguinte: “As famílias foram avisadas do procedimento e das medidas de segurança por meio de cartazes, folders e informativos institucionais. O fechamento das comportas antecipadamente se deu em função do adiantamento do cronograma da obra executada pela Construtora Triunfo. A capacidade técnica da construtora e o clima favorável criaram as condições principais para que a obra fosse concluída antes do prazo previsto. E a completa execução dos 24 programas ambientais determinados pela Fatma permitiu o fechamento das comportas”, respondeu.

SOBRE O EMPREENDIMENTO A construção da UHE Garibaldi iniciou no dia 21 de março de 2011. O contrato de concessão assinado com a ANEEL previa a liberação da primeira unidade geradora (turbina) para 30 de outubro de 2014, prazo que foi cumprido com mais de 12 meses de antecedência. No dia 21 de setembro deste ano a primeira turbina começou a gerar e a fornecer energia elétrica para o sistema nacional. A segunda turbina entrou em operação no dia 23 de outubro. E a terceira começa a gerar em dezembro. No auge da construção da obra, foram gerados 2.500 empregos diretos. Mas considerando-se as empresas terceirizadas e empregos indiretos, esse número chegou a 4.500 (de acordo com a empresa). A potência instalada da usina é de 189 MW (energia suficiente para o consumo de uma cidade de 500 mil habitantes – Joinville, por exemplo). O reservatório depois de cheio ocupa uma área de 27,5 Km². Os municípios atingidos foram: Abdon Batista, Cerro Negro, Campo Belo do Sul, São José do Cerrito e Vargem. O barramento do rio (barragem construída em concreto compactado) tem 40 metros de altura e 892 metros de comprimento. A usina terá três turbinas geradoras de energia. E cada conjunto (turbina + gerador) pesa 160 toneladas. Além da usina principal, a Garibaldi também tem uma PCH (Pequena Central Hidroelétrica), que tem uma capacidade de geração de 2,9 MW (equivalente a três vezes o consumo de Abdon Batista). O investimento total na obra foi de R$ 1,1 bilhão (mais de US$ 500 milhões).

Barragem acumula água e direciona para o túnel onde estão dispostos os geradores

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em que se comemora o dia do orgulho negro, quem estampa as páginas da Garota Visão é Bruna Valim. A morena de 19 anos é modelo da V Models. Ela foi descoberta pela agência este ano e já soma alguns trabalhos como desfiles e catálogos. O sonho da jovem é seguir a carreira de atriz. “Pretendo fazer artes cênicas”, conta. Ela é natural do Pará, mas desde 1 ano de idade mora em Otacílio Costa. A bela fez parte do catálogo da Intercoiffure Mundial, onde terá destaque inclusive fora do país.

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22 23 <destaque empresarial

LÉIA ÁVILA ela dita moda no Brasil e no exterior Por

Loreno Siega • Fotos

Loreno Siega e Divulgação revista visão

“SUCESSO É TRABALHAR MUITO. E TER AMOR E PAIXÃO PELO QUE A GENTE FAZ. O RESTO É CONSEQUÊNCIA”. – LÉIA ÁVILA

Ela nasceu

em Anita Garibaldi. Mas vive em Lages desde os nove anos de idade. De nome de batismo, pouca gente a conhece: Mariléia. Mas quando se fala em “Léia Ávila”, a coisa muda de figura. Não há um só lageano (principalmente lageana) que não a conheça pessoalmente ou pelo menos que tenha ouvido falar neste nome, símbolo da moda, da sofisticação, do bom gosto e do profissionalismo quando o assunto é salão de beleza. Hoje aos 51 anos de idade, Léia é referência da moda no Brasil e até no exterior. “Eu batalhei muito para aprender os segredos da profissão”, conta. “Brincava de cortar cabelos (pelos) de meus bichinhos de estimação desde que era pequena. E depois, a partir dos 15 anos, fui aprendendo com outras profissionais que me ensinavam suas técnicas”, falou. “Hoje está tudo muito mais fácil. Com a internet e o computador só não aprende quem não quer. Pode-se, num minuto,


estar vendo penteados dos mais renomados profissionais de todo o mundo. Mas quando comecei isso não existia. Por isso, ralei muito. E mantenho ainda a mesma curiosidade e interesse. Se há algum segredo para se obter reconhecimento na profissão, para mim foram esses: muito trabalho, dedicação e interesse”, explicou Léia Ávila.

5 SALÕES E 220 PROFISSIONAIS

Léia participa de eventos e ensina o que sabe em outros países e cidades, no Brasil e no exterior. Lúcia Branco, assessora de marketing, conta que nos dois últimos anos Léia esteve várias vezes em eventos em Paris, Milão e Nova Iorque. “Isso sem falar no Brasil, em diversas capitais e grandes cidades. A Léia hoje está antenada e informada das grandes tendências da moda internacional. Interpreta essas tendências e cria, adaptando a cada realidade. Ela hoje dita moda e está à frente no mínimo com um ano de antecedência ao que vai acontecer”, contou Lúcia.

Léia diz que sua profissão é uma verdadeira escola. “Eu aprendo muito com meus clientes”, fala. “Sentam no meu salão os mais diferentes profissionais: médicos, advogados, gerentes de banco, jornalistas, fisioterapeutas, economistas, políticos, pessoas de ambos os sexos. Então, a gente vai conversando com eles e aprendendo sempre coisas novas. Por isso, digo que não tenho faculdade. Mas que entendo muito de todos esses assuntos graças a meus clientes. E com o tempo você se qualifica a falar de igual a igual com eles”, comenta.

Atualmente, Léia tem cinco salões de beleza: Lages, Balneário Camboriú (2 salões), Meia Praia, Itapema e Florianópolis. O maior “LAGES ESTÁ CRESCENDO MUITO” deles – referência no Estado – é o de Lages, VISAGISMO onde ela reside. “Divido o mês em duas Graças a essa imensa capacidade partes. Fico 15 dias em Lages para atender Para suas criações, Léia conta que vem de diálogo com as pessoas, aliada a sua minha clientela. E outros 15 dias no litoral se aprofundando há três anos no Visagismo. criatividade e atenção, Léia e viajando pelo Brasil e exterior”, contou. “É uma ciência nova. Estuda a imagem das sabe que Lages vive um novo “Gosto de estar pessoalmente em cada pessoas e o melhor visual para cada tipo específico de momento no que tange aos salão. Por isso, divido muito bem minha personalidade e formato do rosto”, conta. “É diferente negócios. “Eu me surpreendo agenda e procuro estar o mais presente você cuidar do visual de um fleua cada dia com nossa cidade. possível”, conta. No salão de Lages, são 60 mático, de um sanguíneo ou de Estão chegando muitas profissionais: entre cabeleireiros, manicures, um colérico”, explica. “Cada pessoa pessoas de fora para cá. Isso pedicures, maquiadores, massagistas, etc. Em todos os salões, são combina mais com determinados é sinal de que os negócios 220 profissionais. “Claro que para administrar todos esses salões tipos de penteado ou corte de estão prosperando por aqui, tenho apoio de outros profissionais na parte administrativa, financabelo”, acrescenta. “Um cirurgião atraindo novos profissionais. ceira, marketing e em outros setores. Somos uma equipe. E nos plástico, um dentista, um cabeE que estamos crescendo na complementamos”, destacou. leireiro ou qualquer pessoa que economia. Tanto que nosso cuida do visual precisa entender salão já está ficando muito Mesmo sem nunca ter sentado num banco de faculdade (sua muito de visagismo”, explicou Léia. pequeno”, detalha. Léia Ávila formação escolar é o Ensino Médio), ela é autoridade e referência “Implantamos esse conhecimento é casada com Edson, seu brano que faz. Curiosa, determinada e extremamente criativa, ela em nossos salões há três anos. E ço direito nos negócios e no integra há 15 anos uma associação internacional de moda, cuja está dando muitos e bons resultasalão. O casal tem uma filha, sede é em Paris. “Todos os anos nos encontramos na capital da dos”, assegurou. Roberta, de 33 anos (que tamFrança para um grande evento internacional de moda. Lá, cada bém trabalha com os pais). E país mostra as tendências e suas criações. Eu e alguns outros Apaixonada pelo que faz, e é avó de duas netas: uma de profissionais representamos o Brasil”, conta, orgulhosa. Além disso, sempre cheia de novos projetos, 15 e outra de 10 anos.

Eu me surpreendo a cada dia com nossa cidade (...). Os negócios estão prosperando por aqui, atraindo novos profissionais”. revista visão

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24 25 <expolages 2013

VENDAS SUPERARAM OS R$ 14 O EVENTO ENCERROU NO DOMINGO (20/10) SUPERANDO AS EXPECTATIVAS DOS ORGANIZADORES, COM VENDAS QUE EXTRAPOLARAM OS R$ 14 MILHÕES. NESTE MONTANTE ESTÃO COMPUTADOS R$ 2 MILHÕES COM A VENDA DE ANIMAIS EM LEILÕES, R$ 7 MILHÕES COM VENDAS DE MÁQUINAS, VEÍCULOS E EQUIPAMENTOS (ESTANDES EXTERNOS), MAIS R$ 5 MILHÕES EM VENDAS NOS PAVILHÕES DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO, SERVIÇOS E CONSTRUÇÃO CIVIL.

Por

Loreno Siega • Fotos

Gugu Garcia, Loreno Siega e Israel Oselame

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“Nosso

foco era fomentar o comércio e os negócios e nisso tivemos um acréscimo de 20%”, destacou o presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona. “O evento foi extremamente positivo. O tempo foi muito bom e o público compareceu em grande número, estamos muito satisfeitos com os resultados atingidos”, complementou. Os expositores também concluíram a participação na feira contentes pelo resultado. “A feira superou as expectativas, está melhor que nos outros anos e a cada edição se supera”, diz o gerente de uma revenda de implementos agrícolas, Márcio Zanette. Durante os dias da feira, foram vendidas seis máquinas agrícolas, que somam mais de R$ 1 milhão.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Lages (Acil), Luiz Spuldaro, estimou que as vendas do setor na Expolages também tiveram aumento de 20% em relação à edição de 2012. “O número de estandes estava maior e todos elogiaram a estrutura e a organização. Quem esteve aqui gostou e fez negócios”, avaliou. Spuldaro estimou as vendas nos pavilhões da indústria, comércio, serviços e construção civil em R$ 5 milhões. Já nos estandes externos, esse valor chegou a R$ 7 milhões com a comercialização de máquinas, veículos e equipamentos. OUTROS DESTAQUES A Expolages é realizada conjuntamente pelo Sindicato Rural de Lages,

ACIL e Sinduscon. As entidades tiveram neste ano um grande apoio do Governo do Estado, que destinou R$ 580 mil, através da SDR de Lages, para custear as despesas da realização do evento (recorde absoluto em todas as edições até agora). Como destaques, ainda, a realização neste ano da 1ª Expo Líder, evento realizado na tarde da quinta-feira, 17 de outubro, uma iniciativa da ACIL Jovem. Estiveram neste evento como palestrantes o campeão mundial de natação, Gustavo Borges, além do ex-comandante do BOPE e roteirista dos filmes Tropa de Elite I e II, Rodrigo Pimentel, professores Neri dos Santos e Júlio de Lima. Destaques ainda para as novas estruturas dos pavilhões Tito Bianchini e Affonso Maximiano Ribeiro, que depois de 64 anos foram completamente reformados e revitalizados, o que melhorou em muito o conforto e o espaço dos expositores.


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MILHÕES NA EXPOLAGES 2013

Estande do Grupo Gralha & Bertagnolli Empreendimentos Imobiliários

Equipe da Camaro Imobiliária, apresentando o empreendimento myhotel

SuperAuto Lages, concessionária Ford, marcou presença na Expolages 2013

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26 27 <comércio

INAUGURAÇÃO PARA AUTORIDADES ACONTECEU NO DIA 23 DE OUTUBRO, EXATAMENTE UM MÊS ANTES DO ANIVERSÁRIO DE LAGES, DATA INICIALMENTE PREVISTA. PARTICIPARAM DA SOLENIDADE OS DIRETORES DO GRUPO WALMART, WALTER FREITAS, FABIANO GRAZZIOTIN, EDUARDO CIDADE E ROSIVALDO VIANA GONÇALVES (DIRETOR DA LOJA DE LAGES). O VICE-PREFEITO TONI DUARTE REPRESENTOU O MUNICÍPIO. Por

Assessoria de Imprensa do BIG • Fotos

Gugu Garcia

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Depois

de receber investimento de R$ 21 milhões e gerar 250 empregos diretos no município, o Hipermercado BIG foi inaugurado em 23 de outubro, no final da tarde. No dia seguinte, a loja abriu para os consumidores. O BIG Lages está localizado na Av. Getúlio Vargas, 232, no Bairro Sagrado Coração de Jesus. Possui 7,8 mil m² de área construída e 4,5 mil m² de área de vendas. Esta é a 10ª unidade da marca BIG no Estado e a segunda loja da rede Walmart no município de Lages, que já conta com o Maxxi Atacado. “Para o Walmart Brasil, é um grande orgulho inaugurar este hipermercado em Lages. Chegamos com o compromisso de oferecer uma grande variedade de produtos e, ao mesmo tempo, diminuir os custos de vida dos moradores do município e da região”, afirmou Rosivaldo Viana Gonçalves, diretor do novo BIG Lages. O funcionamento da unidade será das 08 às 22 horas, de segunda a sábado, e das 09 às 22 horas, aos domingos.

Preço Baixo Como em todo o Brasil e nos 27 países em que atua, o Walmart aplicará também em Lages o modelo de negócio chamado Preço Baixo Todo Dia, por meio do qual os clientes encontram preços mais baixos do que a média do mercado e mais estáveis – nenhum produto passa por remarcação em prazo inferior a uma semana – em vez de promoções pontuais. “Isso representa uma série de vantagens para os consumidores, como a liberdade de escolher qualquer dia da semana para ir às compras, com a certeza de encontrar sempre produtos frescos e de qualidade, com o melhor preço da região”, explicou Rosivaldo.

Sustentabilidade O BIG Lages foi projetado e construído a partir dos conceitos de sustentabilidade do Walmart Brasil. Dentre as iniciativas que buscam uma correta gestão dos resíduos sólidos, de eficiência energética e do uso da água estão o piso de concreto selado, que dispensa manutenção, uso de ceras e produtos químicos que agridem a natureza; a economia de energia, com sistemas de iluminação que aproveitam a luz natural e os modernos sistemas de refrigeração e ar-condicionado; e programa Cliente Consciente Merece Desconto. Por meio do programa, o cliente que não usar sacola plástica em sua compra, recebe o valor dela (R$ 0,03) como desconto na hora do pagamento. O valor do desconto aumenta proporcionalmente ao número de itens.

One-Stop-Shop A loja oferece aos seus clientes o conceito one-stop-shop, que possibilita ao cliente satisfazer grande parte de suas necessidades de compra num único lugar. A unidade possui diversas seções, entre eletroeletrônicos, bebidas, mercearia, laticínios, açougue, peixaria, fiambreria, têxteis (confecção e cama, mesa, banho), utilidades domésticas, brinquedos, papelaria, ferramentas, CDs e DVDs, pets, produtos para limpeza e jardinagem, camping etc. Na loja o cliente conta ainda com vários serviços como vale gás e recarga de celular, além da Farmácia BIG e do Fotocenter.



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AUDIÊNCIA PÚBLICA BUSCA MANEJO

SUSTENTÁVEL PARA A ARAUCÁRIA Por

Everton Gregório • Fotos

Elisandra Pandini

PRODUTORES RURAIS, POLÍTICOS, REPRESENTANTES DE DIVERSOS ORGANISMOS E MEMBROS DA COMUNIDADE SERRANA PARTICIPARAM NA QUINTA-FEIRA (10/10) DE UMA IMPORTANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NO LEGISLATIVO LAGEANO. EM PAUTA, A REIVINDICAÇÃO PARA O CULTIVO E O MANEJO SUSTENTÁVEL DO PINHEIRO ARAUCÁRIA.

Proponente

da sessão, o vereador Vone Scheuermann lembra que há dois meses preparava a reunião e se deparou com situações delicadas – e que precisam mudar, no contato com os pequenos produtores. “O pessoal do interior nem aceita mudas de pinheiro araucária, pois não dá para mexer com ele. A situação vai continuar desta forma se não fizermos o cultivo e o manejo. (...) Vou propor um documento legislativo para que possamos ter o manejo da espécie e apostar no reflorestamento”, destacou.

Vone Scheuermann

MUDANÇAS NA LEGISLAÇÃO

Carlos Luiz Peron

Representante dos sindicatos rurais, Carlos Luiz Peron afirma que é sempre o menos favorecido que paga pela determinação dos legisladores. “Quem destruiu as matas de araucária na região não foi punido. Mas o pequeno produtor, que sempre zelou por esta questão ambiental, hoje não sabe o que fazer com o pinheiro que está em sua propriedade. (...) Gerou um problema social, não se pode fazer uma lavoura ou um campo em sua propriedade. Precisamos mudar esta legislação atrasada para termos mais cuidado, responsabilidade e valorização ao pequeno produtor”, justificou.

Antonio Ribeiro da Rosa

Do município de Palmeira, Antonio Ribeiro da Rosa disse que na sua cidade há árvores de sobra e o produtor não sabe mais o que fazer. “Para as grandes empresas não acontece nada. Mas para o pequeno há multas de milhões. Estão todos de braços amarrados”, argumentou. Otávio Votini comenta que em sua propriedade existem muitas árvores plantadas, mas tantas outras caídas e não pode fazer nada. “Há pinheiros que não frutificam mais, vai apodrecer revista visão

e ficar na natureza sem função nenhuma. Precisamos cortar e aproveitar esta madeira”. Dono de uma propriedade de 25 hectares, coberta de pinheiros, onde, segundo José Pereira Alves “não se criam 20 ovelhas porque é só grimpa embaixo”. Ele José Pereira Alves reclamou das leis que tolheram parte do direito da propriedade rural: “Nós queremos trabalhar e ter o direito de mandar no que é nosso. Herdamos de nossos pais, mas não podemos fazer nada”, lamenta. Alfeu Schlischting Filho também reclama da legislação vigente. “Sou produtor rural por opção, não gostaria de ver o homem racional da terra ser escravo da gralha, do tateto e do javali. Os pinheiros que são proibidos de tirar foram preservados pelos nossos antepassados. E nós não temos nossa aposentadoria por não nos darem o direito de extrair do que preservamos”.

MANEJO TÉCNICO É BENÉFICO PARA A FLORESTA Empresário do ramo, engenheiro florestal e presidente da Copagás-PR, o ex-deputado Luciano Pizzatto conta que sua família trabalha há quase um século com florestas de araucária. “Temos em nossa fazenda (em General Carneiro-PR) a maior araucária viva com 2,6 metros de diâmetro e


continua de pé porque existiu o manejo”, destaca ele, que aponta que a araucária pode ser extinta sem o manejo já que é uma espécie que não tem regeneração.

sede em Florianópolis que podemos ter estudos mais aprofundados no Estado sobre a Araucária. No que depender de mim, se estiver autorizado, vamos ser os mais céleres para os processos”, conclui Brun.

Pizzatto explica que o plano de manejo precisa ter o mesmo ciclo da árvore. “Se o manejo for feito para dois anos, não é manejo, é exploração. Este conceito de manejo rendeu-me o primeiro prêmio nacional de ecologia por cortar e, ainda mais importante, plantar árvores”.

Secretário Municipal da Agricultura, João Pereira revela que somente na região serrana são colhidas mais de 250 mil sacas de pinhão. Ele acredita que tal produto precisa passar por um enriquecimento para agregar valor econômico aos produtores locais. “Em alguns dias, vamos receber uma missão de importadores de pinhão da China. Vemos um grande potencial neste alimento. A possibilidade de obtermos renda através da remuneração por serviços ambientais coloca cada vez mais uma necessidade de preservação e manejo da mata mista da Araucária. Mais de 90% do pinhão que sai é vendido in natura, sem valor agregado. Precisamos organizar cooperativas para beneficiar este produto e obtermos mais renda”, assinala Pereira.

Pizzatto elucida que cabe à autoridade ambiental do Estado (a Fatma em Santa Catarina), segundo o Decreto Federal 6.660/2008 e a Lei Complementar Federal 140/2011, liberar o corte apropriado se entender que o proprietário está estimulando a espécie. “Este manejo de fauna e, até mesmo, a caça controlada para controle populacional já é uma ação de sucesso Luciano Pizatto desenvolvida nos países escandinavos e na Inglaterra”, fala. “Não é crime cortar e caçar se você tem a autorização do órgão público. Mas precisamos mudar um conceito. Hoje somos vigiados por policiais com metralhadoras, mas deveríamos ser acompanhados por técnicos que auxiliassem o homem do campo”. Gerente da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), Willy Brun Filho disse que o órgão segue os parâmetros editados pelas normas da própria Fatma e das leis federal e estadual. “Nós somos afetados principalmente pelo Conama, que fala da proibição do corte da araucária por esta estar ameaçada de extinção. Há várias opiniões dentro do Governo do Estado. A minha é que estou procurando demonstrar para os técnicos da Willy Brun

SOMA DE ESFORÇOS PODE MUDAR A SITUAÇÃO A reunião contou com vários nomes de destaques na política estadual e nacional. O primeiro a discursar foi o prefeito de Lages, Elizeu Mattos. Ele destacou a iniciativa da Câmara de Vereadores: “Parlamento forte é democracia forte. Parlamento fraco é democracia no buraco. É aqui que discutimos o que é importante em nossa cidade e em nosso país”. Elizeu acrePrefeito Elizeu Mattos dita que o pequeno produtor precisa ser compensado pela preservação da espécie, sob o risco, caso contrário, da mesma ser extinta. O deputado federal Edinho Bez prometeu lutar em Edinho Bez Brasília por esta causa, até mesmo criando uma frente parlamentar especificamente para este fim. “Estamos aqui para somar forças, porque nem a araucária, nem qualquer espécie vai entrar em extinção. Estaremos do lado de vocês, dando prioridade a esta questão. Mobilizações

como esta nos sensibilizam para lutar”, comenta. O Procurador da República, Nazareno Wolff foi elogioso à iniciativa da sessão e apontou que o caminho pode ser mais simples do que aparenta: “Quando se tem boa vontade, a causa pode dar certo mesmo que dependa da legislação nacional. Temos vários deputados aqui, então este é o momento propício. (...) Ou se permite o manejo ou se pagam às pessoas que estão preservando. Para isso, basta a criação de uma autoridade para implementar esta política pública”, disse. Também representante do Estado na Câmara Federal, o deputado Celso Maldaner apontou que as lideranças da região serrana precisam se reunir com produtores e ambientalistas para apresentar uma proposta de manejo por escrito, Celso Maldaner que ele mesmo encaminha à deliberação para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. “Ela deu a palavra que vai homologar nossa proposta. Temos que parar de conversar e resolver este problema. Em Brasília eu me garanto”, prometeu Maldaner. Nazareno Wolff

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BENTO GONÇALVES POSSUI 20 ESCULTURAS DE GRANDE PORTE, CRIADAS POR ARTISTAS DE DIVERSOS PAÍSES EM DUAS EDIÇÕES DO SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE ESCULTORES. AGORA CRIARÁ UM PARQUE PARA EXPOR TODAS ELAS NO ROTEIRO TURÍSTICO QUE JÁ LEVA O NOME DA MATÉRIA-PRIMA DAS OBRAS: A PEDRA. Texto e Fotos

Vânia Monteiro

Foram

concluídas no domingo (20/10), em Bento Gonçalves (RS), as esculturas em pedra basalto realizadas por dez renomados escultores internacionais. As obras, com valores incalculáveis, foram esculpidas durante 17 dias, num ateliê a céu aberto, no II Simpósio Internacional de Escultores, promovido pelo Instituto Tarcísio Michelon e financiado pela Lei de Incentivo Cultural da Secretaria da Cultura do Estado do Rio Grande do Sul. Com a finalização dessa segunda edição do evento, serão agora 20 obras que ficarão expostas num Museu Livre no município, localizado na Serra Gaúcha, onde outros dois roteiros turísticos recebem cerca de um milhão de visitantes ao longo do ano, Caminhos de Pedra e Vale dos Vinhedos. Com o tema “A pedra revelando a alma do artista”, cada escultor trabalhou, desde o dia 04 de outubro, em um bloco de pedra, escolhido em uma pedreira da região, pesando uma média de cinco toneladas cada. Diariamente, oito escultores e duas escultoras se dedicavam por aproximadamente 12 horas lapidando, desbastando, aparando as arestas, lixando até seus pontos mais profundos e polindo para revelar a alma daquele bloco bruto, em sintonia com a alma do artista. LINGUAGEM UNIVERSAL A emoção marcou o último dia, tanto dos escultores quanto da equipe que conviveu durante três semanas com pessoas de culturas tão diferentes: inglês, francês, italiano, espanhol, coreano, hebraico, sérvio e português. Tantos idiomas e uma linguagem única e universal: a arte. Eram leigos e apreciadores de arte. Crianças, jovens e adultos. Estudantes e profissionais renomados. Turistas e a comunidade. Todos que visitaram o evento se encantaram. Tarcísio Michelon, presidente da entidade que realiza o evento, o Instituto Tarcísio Michelon, foi o primeiro a se pronunciar e emocionou os presentes. “É demais para o coração da gente. Para sempre ficará esta semente que produzirá frutos. Exemplo para os incontáveis escultores que surgirão, uma homenagem aos heróis que construíram Bento e cultura para todos que visitarem nosso parque de esculturas nos Caminhos de Pedra”, falou Tarcísio.

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UM GESTO QUE SALVA VIDAS Por

Liana Fernandes

DOAR SANGUE NÃO DÓI, É RÁPIDO, NÃO AFETA A SAÚDE E FAZ UMA ENORME DIFERENÇA AOS PACIENTES QUE NECESSITAM DE TRANSFUSÃO.

Trinta

minutos é o tempo médio que uma pessoa gasta para doar 450 ml. de sangue e ajudar a salvar a vida de outras quatro – entre vítimas de acidentes, mães com complicações durante o parto, crianças anêmicas e pacientes com câncer. No Brasil, a cada dois minutos uma pessoa precisa de sangue. Ainda assim, uma das maiores dificuldades da área da saúde é encontrar gente disposta a doar sangue para suprir a demanda diária dos hospitais. No dia 25 de novembro é comemorado o dia Nacional do Doador Voluntário de Sangue. A data busca conscientizar as pessoas sobre a importância deste ato simples que pode mudar a vida de muitas pessoas. Em Santa Catarina o órgão responsável pela coleta de sangue é o Hemosc (Centro de Hematologia e Hemoterapia de Santa Catarina). São dez sedes espalhadas pelo Estado e uma delas fica localizada em Lages. De acordo com o coordenador técnico do

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hemocentro regional, Antônio Jacó, essas unidades funcionam como uma “hemorede”, interligada com todas as cidades de SC. “Quando a gente tem alguma dificuldade, somos socorridos por algum desses hemocentros. Geralmente o que estiver com um estoque maior do hemocomponente que precisamos e vice-versa. O movimento dos nossos estoques é muito dinâmico, todo dia tem sangue viajando daqui para algum hemocentro ou de algum outro local para cá”, explica Jacó.

Coletas Em função da interligação dos Hemosc não há uma grande defasagem nas coletas, porém é preciso ficar atento. Lages precisa fazer em média 800 arrecadações por mês. E nem sempre este número é atendido. Segundo Jacó, nos meses mais frios as estatísticas caem bastante, porém em datas comemorativas o índice aumenta e no final do ano quase sempre a meta é alcançada. Todo sangue doado é separado em diferentes componentes (como hemácias, plaquetas, plasma e outros), podendo beneficiar mais de um paciente com apenas uma unidade coletada. Jacó comenta que no município serrano há doadores fiéis. Tanto é que na segunda quinta-feira do mês de junho foi instituído como lei: o Dia do Doador Municipal. “Nesta data a gente agracia o nosso doador com

Maria Sebastiana Pazini, exibe com orgulho seu certificado de amigo doador do Hemosc, homenagem prestada pela Câmara de Vereadores de Lages as 25 pessoas com maior frequência de doação na unidade de Lages

um certificado. Se for homem, acima de 35 doações; mulher, acima de 25 doações, pois a mulher pode doar anualmente menos vezes que o homem. É permitido que homens doem sangue num intervalo de dois meses, não ultrapassando quatro doações ao ano. Já as mulheres podem doar em um intervalo de três meses, não ultrapassando três doações.

O prazer em doar A moradora do bairro Santa Mônica, Maria Sebastiana Pazini é uma doadora fiel. Hoje com 65 anos, ela conta que desde os 44 doa sangue. A aposentada foi uma das 25


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pessoas homenageadas como Doador Voluntário pelo Hemosc na Câmara de Vereadores em 2010. “Naquele dia eu fiquei importante. Nós recebemos homenagem aqui, depois eu fui convidada para ir à Assembleia Legislativa, em Florianópolis. É motivo de imensa alegria saber que um ato tão simples está sendo valorizado”, comentou. Ela conta que depois que doou a primeira vez, não parou mais. “Eu vi que valia a pena, não dói, as meninas do Hemosc me tratam bem, com respeito e preocupação. A gente vê tanta gente morrendo por falta de sangue. Basta ter um pouco de humildade, e você consegue ajudar o seu irmão. Este é um ato de querer ajudar o próximo a viver mais um pouco. Como já estou idosa, apesar de ainda estar saudável, sei que daqui uns anos não poderei mais doar, vou sentir falta. Porque para mim a doação é um compromisso, como se fosse uma conta que eu precisasse pagar em uma loja. Sou pontual no dia que é para ir doar, faça chuva ou faça sol eu não falto”, conta orgulhosa.

PARA DOAR É PRECISO: Ter entre 16 e 67 anos; Jovens com 16 e 17 anos devem estar acompanhados de um responsável legal; Idade máxima de 60 anos para a primeira doação; Pesar mais de 50 kg; Sentir-se bem e com saúde; Estar alimentado; Apresentar documento com foto, emitido por órgão oficial. NÃO PODE DOAR QUEM: Fez cirurgia recentemente; Tomou bebida alcoólica há menos de 12 horas; Fez endoscopia nos últimos 6 meses; Teve hepatite viral após 11 anos de idade; Estiver grávida ou amamentando; Usar determinados medicamentos. revista visão


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Cultivo do Copo de Leite na região de São Joaquim A CRIAÇÃO E DESENVOLVIMENTO DE JARDINS ORNAMENTAIS QUE IDENTIFICASSEM A CULTURA E O CLIMA DA SERRA CATARINENSE CHAMOU A ATENÇÃO PARA A DISSEMINAÇÃO DO CULTIVO DO COPO-DE-LEITE. Por

Liana Fernandes • Fotos

Divulgação

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“As flores

brancas, rústicas e duradouras, prevalecem, remetendo aos capuchos de neve e ao branco da geada. Já os copos-de-leite coloridos, plantados de forma diferencial, florescem na primavera e verão”. Estas foram as diretrizes propostas pela gerente de Turismo, Cultura e Esporte da SDR de São Joaquim, Angelita Camargo, para a implantação do projeto: Fomento de Criação da Região dos Copos de Leite na Serra Catarinense. O projeto tem por objetivo criar e desenvolver o paisagismo ornamental, promovendo o cultivo de jardins, buscando manter um padrão de embelezamento das cidades que compõem a Secretaria Regional de Estado de São Joaquim, respeitando as características individuais de cada município. As comunidades de Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Rio Rufino, São Joaquim, Urubici e Urupema foram convidadas a plantar a espécie nos jardins de suas casas e nas fachadas de pousadas. “Apesar de não haver investimento público, já alcançamos resultados da iniciativa privada que está plantando de forma constante e abundante nos jardins particulares. A pousada Eco dos Touros, de Urupema, e a pousada Serra Verde, são pioneiras no plantio de copos-

-de-leite coloridos na região. Basta passar pelo local e observar como são belas”, comenta Angelita. O entusiasmo pelo projeto da artista e professora Laura Matos Thives, numa postagem no Facebook, no grupo Sou de São Joaquim da Costa da Serra, reafirmou o caráter cultural de identidade paisagística do projeto. “Vários joaquinenses postaram além da aprovação, a lembrança marcante do copo-de-leite branco em jardins e quintais, remetendo à presença da flor branca como símbolo de beleza e ícone cultural do paisagismo ornamental da Serra Catarinense”, destaca. Novas ações estão sendo planejadas, reestruturando o projeto original. E o copo-de-leite hoje já identifica a região como valor cultural e de paisagismo. Além de oferecer uma oferta de mercado promissora para a agricultura serrana, na produção de bulbos, tanto da variedade branca, extremamente valorizada pelo mercado de flores, quanto das variedades coloridas. Hoje são seis produtores. Dois de mudas em Bom Jardim da Serra e mais dois de bulbos em São Joaquim. “Hoje já possuímos uma cadeia produtiva nestes dois municípios”, informa Angelita.



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Lageanos integram a Escola do Teatro Bolshoi Luís Felipe Rodrigues Onofre, 10 anos, e Renan Ramos Fontana, 9 anos, são os lageanos escolhidos para integrar a Escola do Teatro Bolshoi do Brasil, em Joinville. Eles ocuparão duas das 40 vagas disponíveis. Luís e Renan concorreram com aproximadamente 500 meninos e meninas de todo país no domingo (20/10), em Joinville. Eles passaram por duas avaliações: a primeira, a médico-fisioterápica, com quatro análises, sendo específica (com fisioterapeuta), postural (por um fisioterapeuta), somatotipo (com um profissional de educação física), e depois, dados clínicos gerais (realizada por um médico). Os meninos ganharão bolsa de estudos da Escola do Teatro Bolshoi, sendo mantidos em Joinville, com hospedagem e alimentação pagas pela prefeitura.

Sinduscon de Lages empossou nova diretoria O vice-prefeito Toni Duarte participou da posse da nova diretoria do Sindicato das Indústrias da Construção e do Mobiliário de Lages (Sinduscon) para o triênio 2013/2016, na noite de quarta-feira (16/10), na sede da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) Regional Lages. O novo presidente é o engenheiro Pedro Antônio Garib. “O Sinduscon e a construção civil têm um grande reconhecimento em Lages, gerando emprego e renda, movimentando a economia local”, disse o vice-prefeito. Este, hoje, é o setor que mais cresce e emprega no município. “Há uma grande demanda com a habitação, promove negócios; é um realizador de sonhos, como a aquisição da casa própria. É fundamental que o poder público abra as portas para esta entidade para debater questões relacionadas à classe. E nós estamos fazendo isso”, conclui Toni. Acompanharam também a solenidade representantes do Serviço Social da Indústria (Sesi), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e Fiesc.

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Crensa completa 15 anos de fundação

A Câmara de Vereadores de Lages homenageou o Centro de Recuperação Nossa Senhora Aparecida (Crensa) pela passagem dos seus 15 anos de existência, na noite de quinta-feira (17/10). Dependentes químicos e ex-usuários de drogas se reuniram com seus familiares para acompanhar a sessão solene. A presidenta da instituição, Rose Maria Rodrigues de Souza, recebeu uma placa comemorativa e diploma de honra ao mérito pelo aniversário. A entidade sem fins lucrativos atende somente dependentes químicos do sexo masculino e promove a reabilitação através do tripé composto pela oração, disciplina e trabalho. O Crensa foi presenteado com uma boa notícia dada pelo gerente de Fundos Especiais do Fundo para a Infância e Adolescência (FIA), Lucio Marcelo Varela, da Secretaria de Assistência Social. Ele fez a entrega simbólica de bens adquiridos através da doação financeira das empresas Tractebel Energia, Havan e do Banco do Brasil - BB Voluntariado (em que funcionários das agências de Lages, do BB, fazem doações mensais de baixo valor, destinadas a projetos sociais).

Pinhão pode ser exportado para a China O pinhão serrano está abrindo as portas do Oriente para a produção agrícola da Serra Catarinense. Essa é a opinião do Secretário de Agricultura e Pesca, João Pereira, que recebeu, na manhã de terça-feira (15/10), a visita de dois representantes de uma empresa paulista de exportação. Eles estão interessados em comercializar o pinhão em larga escala. André Tito e Álvaro Bueno de Moraes estão pesquisando as possibilidades de implantar em Lages um polo de exportação. “O pinhão é uma iguaria gastronômica. O mercado internacional, principalmente a China, está muito interessado nesse produto”, afirmou André Tito. Na avaliação dos exportadores, o grande obstáculo para o sucesso do empreendimento está na forma primitiva com que é feita a colheita. Um aproveitamento mais eficiente da safra pode ser obtido através da implantação de processos industriais. “Ao mesmo tempo em que estamos tentando viabilizar a comercialização, também queremos oferecer intercâmbio tecnológico”, observa Álvaro. Ele destaca que a China pode fornecer equipamentos técnicos (principalmente, máquinas) com um preço bem abaixo do oferecido pelo mercado nacional.


Mudança nas nomeações de diretores de escolas estaduais O governador Raimundo Colombo e o secretário da Educação, Eduardo Deschamps, assinaram, na terça-feira (15/10), o decreto que muda o sistema de escolha dos diretores das escolas estaduais. Também foi anunciada a contratação de três mil novos professores aprovados no concurso de 2012. O decreto assinado pelo governador termina com a indicação política de diretores das escolas da rede estadual. A partir de agora, para assumir a direção de uma escola, o professor precisa apresentar um plano de gestão escolar com foco no acesso à educação, na permanência do aluno e no êxito da aprendizagem. A seleção privilegia a competência técnica e a capacidade para atuar como gestor em uma escola. A primeira etapa desse novo sistema prevê a participação do candidato no curso de gestão escolar, com 200 horas de trabalho. A partir daí, o professor estará apto a elaborar o plano de gestão escolar. Depois, o plano será analisado por consultores especialistas em gestão escolar. Por fim, o projeto será referendado pelos alunos, professores e pais. Depois de passar por todas essas etapas, o gestor será nomeado e assinará um termo de compromisso. Após aprovação pela comunidade escolar, o Plano terá vigência até dezembro 2015.

As primeiras imagens das obras do Orion Parque A Revista Visão esteve na tarde de 15 de outubro no terreno onde começou há poucas semanas a construção do prédio central do Órion Parque, entre os bairros São Paulo e o Instituto Federal Santa Catarina (IF-SC). Um grupo de operários da JK Engenharia, empresa que venceu licitação, trabalhavam na abertura das valas onde seriam fixadas as bases do prédio. De acordo com o Sr. Amilton Kraus, mestre de obras, o concreto seria colocado em seguida. Uma placa foi instalada no local, com o nome de todos os parceiros: Prefeitura de Lages, Governo de SC, Instituto Orion, Inova@SC (Fapesc), ACIL e ACATE (Assoc. Catarinense das Empresas de Tecnologia). A obra começou efetivamente no dia 19 de julho. E a previsão é que esteja pronta em janeiro de 2015. O custo é de R$ 5,8 milhões, com uma contrapartida de mais R$ 1,2 milhão da Prefeitura. O prédio central, com 4 pavimentos, terá mais de 4 mil m² de área construída.

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Ponte Grande: saneamento chega ao entroncamento com a Cirilo

As obras de saneamento básico da Av. Ponte Grande seguem em ritmo acelerado. As máquinas da empresa Sul Catarinense trabalham no entroncamento com a Rua Cirilo Vieira Ramos, no bairro Caça e Tiro. Quem passa pelo local se depara com tubos com grande dimensão sendo colocados na rede de esgoto. De acordo com o secretário Joel Netto Momm, esta frente de trabalho tem prioridade porque a conexão entre as duas vias precisam estar concluída até dezembro, data que o prefeito Elizeu Mattos pretende inaugurar a Cirilo.

Tanque foi revitalizado e recebe nova iluminação O parque Jonas Ramos (Tanque), tradicional ponto turístico da cidade, foi totalmente revitalizado e conta com nova iluminação, que chama a atenção de quem passa pelo local. A solenidade de inauguração aconteceu na quarta-feira (10/10), quando o prefeito Elizeu Mattos entregou as melhorias à comunidade. O trabalho foi realizado através da Secretaria do Meio Ambiente e Serviços Públicos. Toda estrutura foi recuperada, desde as calçadas, reforma de todos os brinquedos do parquinho infantil, pintura e restauração da quadra de esportes, pintura do Centro Ambiental e dos banheiros públicos, iluminação do chafariz, limpeza e jardinagem e construção de novo jardim na ilha. O investimento é de cerca de R$ 140 mil, com recursos próprios da prefeitura. A iluminação com lâmpadas de led deu um toque especial ao espaço, que ficou ainda mais bonito durante a noite, com a colocação de 28 postes, sendo a maioria no entorno do lago.

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José Raul Garcia agradece clientela de 57 anos de profissão Em outubro deste ano, após completar quase 57 anos de profissão, o cabeleireiro (que no passado era chamado de barbeiro) José Raul Garcia, hoje com 79 anos, resolveu encerrar suas atividades profissionais. “Agora quero descansar um pouco mais e aproveitar para ficar mais tempo ao lado da esposa Julieta, dos filhos e netos”, contou. “E queria muito agradecer do fundo do coração a todos os clientes que tive ao longo destas quase seis décadas de atividades. Sem eles, eu não teria conseguido criar minha família e agora parar de trabalhar”, falou. José Raul é natural de Santo Amaro da Imperatriz. Mora em Lages desde os 22 anos, quando começou a trabalhar como barbeiro. “Comecei na profissão no dia 26 de novembro de 1956”, lembra. “Trabalhei durante 17 anos lá no Centro, na Rua Manoel Thiago

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de Castro. Lá cheguei a ter três salões, com 12 cadeiras”, disse, orgulhoso. “Depois mudei para a rodoviária, o prédio anterior ao atual, do lado. Fiquei lá trabalhando mais 16 anos. E por último trabalhava num cômodo da minha casa, na Rua Dr. Walmor Ribeiro, onde fui barbeiro e cabeleireiro por mais 24 anos”, contou. Ao longo de todos estes anos, José Raul lembra com carinho dos seus clientes. “Uma barbearia não deixa de ser um ponto de encontro das pessoas. Lá se fala de todos os assuntos, de política, economia, negócios, piadas. Fiz muitos amigos. Um deles, que foi meu cliente durante 48 anos, é o Tio Chico. Ele mora no interior do Cerrito. Cortei o cabelo dele desde que trabalhava lá no centro. Depois cortei do filho dele e até do neto”, lembra seu Raul. Para quem não sabe, seu José Raul é pai do fundador e atual diretor geral da Revista

Visão, José Carlos Garcia (o Gugu Garcia), além da Tânia Garcia Sell (esposa de Alair Sell – Nova Era TV) e de Maurício Garcia (Infinity Produções). Felicidades e muitos bons momentos em seu justo e merecido descanso, Sr. José Raul.


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Público de 2 mil pessoas no Viva Serra em Urubici

Cerca de duas mil pessoas prestigiaram as primeiras atrações do Festival Viva Serra na noite de sábado (12/10). Moradores e visitantes vibraram ao som do Grupo Tertúlia, Rédea Solta e com o show nacional de Renato Teixeira. A noite começou ao embalo de músicos locais. Grupo Tertúlia, primeiro a subir no palco, fez o público dançar aos ritmos tradicionais. Já o grupo Rédea Solta emocionou ao apresentar canções nativistas próprias com letras voltadas à cultura regional. “O Viva Serra é de extrema importância para divulgar músicas e artistas regionais, espero que se perpetue”, comentou o premiado intérprete Felipe Silveira, que forma trio com outros grandes nomes nativistas como Arthur Boscato e Rafael Vieira no grupo Rédea Solta. Mesmo com ameaça de chuva naquele dia, as pessoas não se inibiram e lotaram a praça para assistir ao show de Renato Teixeira. A programação incluiu ações culturais, gastronômicas e esportivas de forma simultânea nas cidades de Bom Jardim da Serra, Bom Retiro, Rio Rufino, São Joaquim, Urubici e Urupema. A realização é do Governo do Estado de Santa Catarina com intermédio da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional de São Joaquim.

Bocainenses participam de caminhada contra o câncer de mama Aproximadamente 300 mulheres participaram na tarde da sexta-feira (18/10), de uma caminhada fazendo parte do movimento Outubro Rosa, no município de Bocaina do Sul. O evento foi promovido pela Administração Municipal, através da Secretaria Municipal de Saúde. De acordo com informações da Assessoria de Comunicação do Município, a atividade foi bastante produtiva e teve como objetivo principal alertar as mulheres sobre os riscos do câncer de mama e de colo de útero. Após a caminhada, algumas participantes que já tiveram a doença puderam expor suas histórias para as demais colegas. “Cuidar da saúde é um ato indispensável, principalmente àquelas mulheres que já atingiram a idade de 50 anos”, comentou a secretária Soraia Schlisting.

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Campos Novos investe R$ 5,2 milhões em novas máquinas e caminhões Em solenidade realizada em frente à Prefeitura com a presença de autoridades locais e estaduais, a administração de Campos Novos entregou na sexta-feira (11/10) os maquinários adquiridos através do financiamento junto ao Badesc – Programa Juro Zero. O programa tem por objetivo apoiar por meio de financiamentos a realização de obras e ações que beneficiem a prestação de serviços aos cidadãos, priorizando o crescimento econômico e a geração de emprego e renda nos municípios. Os contratos firmados nesta linha de crédito terão os juros compensados pelo governo do Estado. Desta forma, a Prefeitura paga o valor do financiamento, ficando dispensada do pagamento dos juros. O contrato assinado há poucos dias entre a Prefeitura e o Badesc contou com a presença do Governador do Estado Raimundo Colombo. O financiamento prevê o montante de R$ 5.238.500,00, que foram empregados na aquisição de máquinas e caminhões que renovarão a frota do município. Foram adquiridos: 03 motoniveladoras, 01 rolo compactador, 8 caminhões, (5 trucks e 03 tocos), 02 retroescavadeiras, 02 escavadeiras hidráulicas e 01 pá carregadeira.

Palmeira recebe kit básico de atendimento da defesa civil Após enfrentar problemas com o período de fortes chuvas, Palmeira foi contemplada, assim como demais municípios da região serrana, com um kit básico de atendimento da Defesa Civil. O objetivo principal é a prevenção de desastres, de forma a ter equipamento suficiente para prever fatos isolados e agir antes que tragédias aconteçam. A entrega aconteceu para o prefeito José Valdori Hemkemaier, popular Durica. O kit contém: um computador com impressora, um aparelho GPS, uma máquina fotográfica digital, duas trenas de 50 metros cada e uma televisão de 42 polegadas, que ficará monitorada diretamente com o computador, recebendo do sistema da Defesa Civil do Estado, informações climáticas com mensagens atualizadas sobre o tempo.



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São Joaquim e Bocaina do Sul no programa mais médicos Os municípios de São Joaquim e Bocaina do Sul receberão nas próximas semanas médicos cubanos provenientes do Programa Mais Médicos do Governo Federal. São Joaquim contará com dois profissionais e Bocaina do Sul com um médico. Segundo a Secretária da Saúde de São Joaquim, Francine Matos de Moraes, os médicos estão em treinamento em Fortaleza e a expectativa é que os mesmos sejam liberados pelo Governo Federal no mês de novembro. “Sabemos que os profissionais estarão em treinamento durante todo o mês de outubro e a nossa expectativa é que no próximo mês eles venham para o município”, explicou a secretária. A princípio um dos médicos deverá trabalhar no Posto de Saúde Central e o outro será alocado em uma unidade de saúde de algum bairro. “Estes médicos vêm para o trabalho de medicina da família e por isso estamos pensando em colocar um com demanda livre por 8 horas no posto central e o outro em um bairro também para 8 horas”, complementou Francine. A contrapartida da prefeitura para o programa Mais Médicos é oferecer moradia e alimentação aos profissionais. O Programa Mais Médicos foi lançado em 2013 pelo Governo Federal e prevê investimentos em infraestrutura dos hospitais e unidades de saúde e pretende levar mais médicos para regiões onde há escassez e ausência de profissionais.

notícias atualizadas diariamente no blog b l o g . r e v i s t a v i s a o . c o m . b r

Capão Alto recebe ônibus escolares

Dois ônibus escolares foram entregues pelo deputado federal Décio Lima (PT/SC) ao município de Capão Alto, no início de outubro. Os veículos, que serão utilizados no transporte de alunos que moram em áreas rurais, são provenientes do Programa Caminho da Escola (Ministério da Educação) e foram adquiridos através de indicação do parlamentar. Além dos ônibus escolares, o município também foi contemplado com uma Unidade Básica de Saúde, com recursos do Ministério da Saúde, por indicação do deputado Décio Lima, e a construção de uma quadra de esportes. No encontro com os prefeitos, Décio Lima falou da conjuntura nacional e colocou seu mandato à disposição das prefeituras para terem mais fácil acesso aos programas e recursos do Governo Federal. “A solução para os municípios, principalmente os de menor porte, está em Brasília”, ressaltou.

Badesc liberou R$ 2 milhões para Curitibanos A Prefeitura de Curitibanos foi contemplada com um financiamento de R$ 2 milhões pelo Badesc Cidades Juro Zero. O contrato foi assinado no sábado (19/10) pelo Governador Raimundo Colombo e pelo presidente da Agência de Fomento de Santa Catarina (Badesc), João Paulo Kleinübing. O recurso foi aprovado para aquisição de equipamentos, obras de infraestrutura, imóveis, pavimentação e saneamento. A vantagem desta linha de financiamento, lançada este ano, é que o Governo do Estado paga todos os encargos financeiros da operação quando as parcelas do empréstimo estão em dia. “É juro zero de verdade para as prefeituras catarinenses. O programa está disponível para todos os municípios e reforça o papel social do Badesc. Mais do que emprestar dinheiro, apoiamos o desenvolvimento econômico do estado ao oferecer linhas com condições especiais como esta”, esclarece Kleinübing. Até agora, R$ 12,5 milhões foram contratados. O Badesc Cidades Juro Zero financia obras de pavimentação, saneamento básico, construção de escolas, postos de saúde e creches, entre outras melhorias na infraestrutura dos municípios.

240 alunos cerritenses receberam certificado do PROERD Na manhã da quinta-feira (17/10), foi realizada a formatura do Programa Educacional de Resistência às Drogas (PROERD). No total foram 240 alunos das turmas de 5º ano, das escolas municipais e estaduais de São José do Cerrito que participaram e concluíram o programa, aplicado por policiais militares. A formatura contou com a presença do Secretário Municipal de Educação, Sivalde Batista, do 1º Sargento da PM Alcione Donizete Mota, além de diversos oficiais e das diretoras e professoras das escolas participantes, bem como dos familiares e amigos dos alunos. No final do programa os alunos elaboraram uma redação individual e durante a cerimônia três alunas foram premiadas pelas melhores redações. Ainda durante o evento também foram realizados sorteios e todos os alunos receberam um Certificado de Conclusão do Programa. O PROERD atualmente está atendendo alunos de todas as comunidades do município, que desde 2001, já assistiu a mais de 2.400 alunos.



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Por

Liana Fernandes • Fotos

Acervo Menestrel Faze-Dô

UM GRUPO DE TEATRO QUE HÁ 20 ANOS DISSEMINA A ARTE PARA TODO O BRASIL. É O MENESTREL FAZE-DÔ, O “FAZEDOR DO PRÓPRIO CAMINHO”. É ESTE O SIGNIFICADO DO TERMO “DÔ” EM JAPONÊS. E É DESTA FORMA QUE O GRUPO SOBREVIVE DURANTE TODOS ESSES ANOS.

Márcio

Machado, um dos fundadores do grupo, foi quem pensou no nome. Ele diz que os integrantes tiveram que trilhar o próprio caminho sempre. “Todos os dias, até hoje, somos nós que fazemos acontecer. Não construímos apenas os espetáculos, mas também elaboramos projetos, buscamos auxílio de instituições públicas e privadas. Estudamos as leis de incentivo para saber onde nossos projetos podem se enquadrar. Ensaiamos. Ser ator, não é apenas atuar, como muitos pensam. Ser ator é uma profissão, como outra qualquer, que exige muito mais do que talento”, destaca Márcio.

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Com intuito de inserir a arte nas comunidades urbanas e rurais dos mu-

O Teatro Circula-Dô já atingiu:

Construção de um espaço cultural Atualmente o grupo busca a parceira do poder público municipal e empresas privadas para a doação de um terreno para construção do Espaço Cultural Menestrel Faze-Dô.

(de 2005 a 2013)

• 24 municípios; • 46 localidades rurais; • 22 bairros da periferia; • 50 mil pessoas entre adultos, terceira idade e jovens; • 180 apresentações; • 70 oficinas; • 220 exibições de cinema; • Distribuição de 8 mil revistas em quadrinhos baseada no espetáculo Bulha dos Assombros para estudantes/participantes da oficina do imaginário popular.

Maria Fernandes, a Guigui, que também teve participação desde a fundação do grupo, explica que os recursos para a construção do espaço virão do governo federal e estadual, das leis de incentivo e outras fontes de financiamento. Mas somente serão disponibilizados a partir de uma contrapartida, que representará 20% do investimento, que é o terreno. “Se conseguirmos dar esse passo, isso representará para o Grupo Menestrel Faze-Dô um salto na qualidade artística dos trabalhos e a solidificação de uma ação que completa em 2013, 20 anos de história, de dedicação exclusiva ao teatro e de inserção na comunidade”, comenta Guigui.

1997

Programa

1997

Hoje trabalham exclusivamente para o grupo quatro atores: Márcio Machado, Maria Fernandes (Guigui), Viviane Fernandes Machado e Vítor Dias.

O Menestrel Faze-Dô está apresentando seis espetáculos: a Bulha dos Assombros (Teatro de Rua – Perna de Pau), Chapeuzinho Vermelho, Praga de Mãe, Amora e Jaguatirica, Meri (Teatro Popular de Bonecos) e Dilema de Arte – o Homem que se Casou com a Sereia (Marionetes). Em dezembro o grupo fará apresentações todos os sábados e domingos no Parque Jonas Ramos (Tanque).

1999

Entre 1997 a 2007 ficaram no Teatro Herbert de Souza, anexo ao antigo Instituto São João Batista Vianei. E atualmente o grupo tem um escritório de produção na Rua Joinville, no bairro Petrópolis, e atelier, sala de ensaio e depósito no Centro Comunitário daquele bairro, de quem contam com a parceria da Associação de Moradores.

De 1997 a 2005 apresentou-se em eventos pelo país e participou de diversos festivais de teatro como Porto Alegre em Cena, Festival de Teatro de Curitiba, Festival Nacional Isnard Azevedo, Festival de Presidente Prudente, Mostra Candanga de Teatro de Brasília, dentre outros. A partir de 1999 ampliou a experimentação de sua linha estética também para o Teatro de Formas animadas pela influência do Mestre Bonequeiro Adeodato Rohden.

2005

O Grupo Menestrel Faze-Dô foi criado em 1993 como um centro de experimentação artística em teatro para espaços alternativos. Tinha por objetivo o desenvolvimento de processos criativos colaborativos entre atores, dramaturgos, artistas plásticos e outros artistas a fim de construir uma linguagem artística e dramatúrgica próprias. Eles começaram fazendo teatro em um Espaço Cultural da cidade.

nicípios da Serra Catarinense, o grupo criou em 2005 o projeto “Menestrel Teatro Circula-Dô”. É um programa de ações artísticas culturais, que promove a arte nas comunidades, a partir de ações com estudantes das escolas públicas, com grupos de terceira idade e com a população. “A iniciativa tem oportunizado às pessoas verem e fazerem teatro, num encontro com sua própria expressão artística e identidade cultural, desenhando um novo panorama cultural. Enquanto firma a linguagem e aprofunda a identidade do grupo, o projeto propicia a criação de uma rede de contatos e interessados no desenvolvimento artístico e cultural da população”, conta Guigui.

A partir de 2005 criou um escritório de produção e iniciou a fase de desenvolvimento de seus trabalhos a partir de projetos financiados pelas leis de incentivo. Sistematizou a forma de sua ação cultural através do Programa Menestrel Teatro Circula-Dô e delimitou como área de abrangência o estado de Santa Catarina, com uma ação mais pontual na região da Serra Catarinense.

2009

A história

A partir de 1997 definiu o teatro de rua como linha de pesquisa estética artística com o foco temático na cultura popular cabocla serrana.

Em 2009 o Grupo Menestrel Faze-Dô iniciou o desenvolvimento do Projeto de circulação estadual de espetáculos de Teatro de Rua chamado Projeto Horário de Verão, Horário de Cultura.

2010

Linha do tempo

Em 2010 a Associação Menestrel Faze-Dô firmou convênio de 03 anos de vigência com o Ministério da Cultura e a Secretaria de Estado da Cultura para ampliação através da criação do Ponto de Cultura Teatro Circula-Dô das atividades do Programa Menestrel Teatro Circula-Dô para mais 04 municípios da Serra Catarinense.

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A REVISTA VISÃO, A PARTIR DESTE MÊS, TRAZ NESTE ESPAÇO NOTAS SOBRE ASSUNTOS, FATOS E CURIOSIDADES QUE CIRCUNDAM POR LAGES, BRASIL E PELO MUNDO. ACOMPANHE:

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CURIOSIDA DES Custar “os olhos da cara” A expressão “custa os olhos da cara” - é usada quando alguém quer falar que certo produto custa muito caro, tem um preço exorbitante. Como surgiu? Há três possibilidades: 1) Essa expressão teve origem já na Grécia, onde muitos poetas eram cegos. O primeiro deles foi Tamires. Ele se dizia melhor cantor que as Musas, filhas de Zeus. Elas ficaram furiosas e, iradas, tornaram-no cego. Também ficaram cegos Dáfnis, Teiresias, Estesícoro e até o próprio Homero. Mas não eram as Musas que os cegavam, e sim os reis gregos, porque os queriam para seu deleite, por isso os tornavam dependentes, arrancando-lhes os olhos. 2) O povo bárbaro arrancava os olhos de seus prisioneiros. Esta expressão foi citada em uma de suas peças pelo dramaturgo romano Tito Mácio Plauto, que viveu durante o período republicano. “Custava os olhos da cara ser poeta na Grécia antiga ou cair nas mãos dos bárbaros”. 3) Ainda há a versão que diz ter essa expressão surgido quando o conquistador espanhol Diego Almagro perdeu um olho durante uma batalha em uma fortaleza inca.

Poupança X cheque especial Se um correntista tivesse depositado R$ 100,00 (Cem Reais) na poupança em qualquer banco, dia 1º de julho de 1994 (data de lançamento do Real), teria hoje na conta R$ 374,00 (Trezentos e Setenta e Quatro Reais). Se esse mesmo correntista tivesse sacado R$ 100,00 (Cem Reais) no Cheque Especial, na mesma data, teria hoje uma dívida de R$ 139.259,00 (Cento e Trinta e Nove Mil e Duzentos Cinquenta e Nove Reais) no mesmo banco. Ou seja: se tivesse usado R$ 100,00 do Cheque Especial hoje estaria devendo o equivalente a nove carros populares. Já com o valor da poupança conseguiria comprar apenas dois pneus. Esta informação faz parte da Campanha pela Reforma Tributária e Financeira no Brasil, já!

905 mil novas empresas No primeiro semestre deste ano (2013), 905 mil novas empresas abriram as portas no Brasil, segundo a Serasa Experian. A maioria delas, 68%, foi fundada por microempreendedores individuais (MEI). Por regiões, o Sudeste do país foi o responsável por quase metade (49,68%) das novas empresas. Depois aparece o Nordeste (18,08%), o Sul (16,83%), Centro Oeste (9,77%) e Norte (5,64%). Fonte: Estela Benetti – DC

Posição de Lages no ranking do IDHM Lages ocupa a 227ª posição no ranking de IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal), em relação aos 5.565 municípios do Brasil. Em relação aos 294 outros municípios do Estado, Lages ocupa a 50ª posição. Considerando que é o 173º município do Brasil e o 8º de SC em população, poderia desfrutar de uma posição melhor no ranking nacional.

Fonte: Blog da Olivete Salmória

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Fotos

Liana Fernandes

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48 49 <tecnologia

Os preços da Apple nos EUA em comparação com o Brasil DEPOIS DE TANTO FALATÓRIO SOBRE O PREÇO DO PLAYSTATION 4 (DA SONY) AQUI NO BRASIL, RESOLVEMOS COMPARAR OS PREÇOS DE OUTRA GRANDE MARCA, A APPLE. CONFIRA:

Se

você, além de gamer, também é um consumidor de produtos Apple, é bom segurar-se em sua cadeira. Os valores tupiniquins possuem impostos como acréscimo. Entretanto, será que o aumento é justificável? O Adnews (agência de notícias) resolveu colocar lado a lado os preços dos novos lançamentos da empresa de Cupertino, fazendo uma comparação entre Brasil e Estados Unidos.

Mac Pro 6 core e duas GPUs

MacBook Pro 15 polegadas US$ 2.599,00 R$ 12.999,00

MacBook Pro 13 polegadas US$ 1.199,00 R$ 4.799,00

US$ 3.999,00 R$ 17.499,00

iPhone 5S 16GB

iPad 2 Preto 16GB

US$ 649,00 R$ 2.299,00

US$ 399,00 R$ 1.349,00

iPad mini Preto 16GB US$ 299,00 R$ 1.249,00

Facebook

treina políticos brasileiros antes das eleições As

dicas do Facebook em como usar redes sociais chegam no momento em que políticos se preparam para as eleições do próximo ano e o Congresso se prepara para votar uma legislação que limita a maneira que empresas como o Facebook, Twitter e Google atuam no Brasil. Com 76 milhões de usuários no Facebook, o Brasil é um mercado chave para a rede social. Isso também faz dele uma ferramenta poderosa para políticos brasileiros procurando por novos apoiadores. “Isso é um enorme bloco de votação de cidadãos que estão recebendo uma grande parte de suas notícias e informações de lugares como Facebook”, disse Katie Harbath, a gerente global

do Facebook para políticos e em compromisso do governo. Harbath passou quatro dias em Brasília instruindo parlamentares e equipes, em salas lotadas do Congresso, em como aumentar os “likes” em suas páginas do Facebook. Ela ensinou a equipe online da presidente Dilma Rousseff em como aumentar sua presença na rede social. A gerente mostrou como usar os “metadados” para saber quantos usuários visitam suas páginas e em que parte do dia isso ocorre. E aqui em Santa Catarina? Será que nossos políticos serranos já estão reservando uma boa verba para a campanha on line do ano que vem?

Fonte exame.com

REDE SOCIAL OFERECEU CONSELHOS DE GRAÇA A ALGUNS POLÍTICOS DE PRIMEIRO ESCALÃO EM COMO GANHAR MAIS “AMIGOS” E ELEVAR O NÚMERO DE “LIKES” EM SUAS PÁGINAS.


HD que pode durar um milhão de anos HDS MAGNÉTICOS DE HOJE TÊM VIDA ÚTIL RELATIVAMENTE CURTA: MANTIDOS EM CONDIÇÕES IDEAIS, PRESERVAM OS DADOS POR CERCA DE UMA DÉCADA.

Pesquisadores

da Universidade de Twente querem mudar esta história com um disco rígido que pode durar 1 milhão de anos, apelidado de “gigayear”. A ideia é criar uma tecnologia que possa preservar tudo que foi produzido pela humanidade, entre músicas, livros, filmes e fotos, até o “fim dos tempos”. Para isso, os cientistas utilizam um conceito simples: todos os dados são registrados em linhas, que formam um padrão marcado – um código QR, basicamente – em um disco metálico bem fino. Ele é, por fim, coberto por uma camada protetora, que evita a corrupção das informações. O círculo em que fica gravado o QR code é feito de tungstênio, que tem alto ponto de fusão – para derretê-lo, é preciso colocá-lo sob 3.422°C – e baixo coeficiente de dilatação. A “barreira”, por sua vez, é feito de nitreto de silício, que também se dilata pouco dependendo da temperatura a que é exposto. A combinação é capaz de resistir bravamente por 1 milhão de anos – ou até 1 bilhão –, de acordo com testes de envelhecimento acelerado feitos no laboratório. Resistência – Alguns fatores, no entanto, precisam ser considerados antes de colocarmos os discos rígidos eternos no posto de “definitivos”, como bem lembrou o Technology Review, do MIT. O processo de envelhecimento é feito em um ambiente controlado, e é bem provável que os HDs “gigayear” não resistam a situações adversas – um incêndio já seria capaz de acabar com tudo que o aparelho estivesse guardando, por exemplo. Ainda assim, os cientistas da universidade holandesa parecem estar no caminho certo. Testes realizados pela equipe colocaram os discos sob um calor de 170 °C – e os dispositivos não sofreram dano algum. Problemas foram surgir aos 570 °C, havendo perda de informações, mas sem comprometimento da estrutura em si. E a ideia dos pesquisadores é deixar os HDs “gigayear” ainda mais resistentes, de forma que todo o conteúdo já produzido pela humanidade hoje chegue intacto a civilizações do futuro.

A Auto Mecânica JG é uma empresa familiar que tem mais de 40 anos de mercado. Atualmente, o proprietário é Gideão André Chardozino. Ele herdou a oficina e os conhecimentos de mecânico do pai João Chardozino. O JG veio da junção dos dois nomes. “A oficina se chamava Mecânica Copacabana, há 15 anos mudamos o nome. Eu comecei a trabalhar com carros aos 14 anos e com 18, quando meu pai disse que iria fechar a oficina, eu não deixei e assumi”, conta Gideão. A JG oferece aos clientes, serviços mecânicos em geral, como injeção eletrônica, suspensão, câmbio. Atende multimarcas, veí-culos leves e médios (Ducato, S10, F1000). Gideão conta que a pretensão para o futuro é trabalhar na parte de câmbio automático. “É um segmento que ninguém trabalha aqui em Lages, os carros estão chegando ao mercado, mais ainda não temos quem faça esse serviço. Eu pretendo me especializar nisso”, diz. Localizada na Avenida Santa Catarina, nº 859, bairro Conte, a oficina oferece aos clientes um local amplo e de fácil acesso. O telefone para contato é 49 3224.2293 ou pelo email mecanicajg@yahoo.com.br. Ela funciona de segunda a sexta em horário comercial.


50 51 <beleza

COM AÇÃO ANTI-IDADE,

BANHO DE CENOURA

PROLONGA O BRONZEADO

DE OLHO NO AUMENTO DAS TEMPERATURAS, O DESEJO DE CONQUISTAR UMA PELE BRONZEADA SE TORNA AINDA MAIS FREQUENTE ENTRE AS MULHERES. UMA OPÇÃO PARA QUEM BUSCA UMA ALTERNATIVA PARA NÃO TER DE SE SUBMETER EXCESSIVAMENTE À RADIAÇÃO SOLAR É O BANHO DE CENOURA. ELE GARANTE A TÃO SONHADA COR DOURADA POR MUITO MAIS TEMPO E AINDA COMBATE O ENVELHECIMENTO.

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Isso

porque, devido à presença do legume no procedimento, alguns nutrientes importantes entram em ação. Os mais poderosos são a vitamina A, responsável por auxiliar na produção de melanina (pigmento responsável por conferir a mudança de tom na pele) e o betacaroteno, poderoso antioxidante que atua no combate aos sinais do envelhecimento precoce, protegendo a pele de agressões externas, como os raios UV. Além disso, no procedimento encontrado em clínicas de estética de todo o país, há presença de fibras e minerais (cálcio, fósforo, potássio e sódio) que, além de prolongarem o bronzeado e o manterem uniforme, reduzem a oleosidade cutânea e ainda proporcionam relaxamento e vigor. Assim como no banho de imersão, vale a pena incluir a cenoura em sucos e na alimentação diária para manter com mais eficácia o tom de pele desejado. Dessa forma, os ativos agem de dentro para fora e de fora para dentro.

COMO FAZER Antes de iniciar o método, no entanto, recomenda-se a realização da esfoliação corporal, capaz não só de estimular a renovação celular, mas também de preparar a pele para receber os benefícios do banho. A imersão deve durar, aproximadamente, 20 minutos, e pode ser feita até duas vezes por semana, especialmente durante os dias mais quentes do ano. O efeito dura, em média, um mês, mas pode variar de acordo com cada pessoa e a frequência de sol que ela tomar. O método de prolongamento do bronzeado é indicado para potencializar a cor conquistada em todos os tipos e tons de pele, pois utiliza apenas ingredientes naturais e não oferece nenhuma contraindicação. Após o tratamento, é fundamental se expor ao sol, de preferência em horários nos quais a radiação ofereça menos riscos à saúde, como antes das 10h e após as 16h, para garantir o efeito desejado.


revista vis達o


52 53 <decoração

A CASA PLANEJADA POR VOCÊ INVESTIR NO MOBILIÁRIO DA CASA É UM PROCESSO IMPORTANTE, POIS PRECISA DURAR MUITO TEMPO E AINDA FICAR BONITO E PRÁTICO. A MELHOR OPÇÃO HOJE NO MERCADO SÃO OS MÓVEIS SOB MEDIDA. O PRODUTO DÁ EXCLUSIVIDADE E OFERECE UMA GRANDE VARIEDADE DE MATERIAIS, CORES E FORMAS.

Pensando

nisso, a CasaLar investiu em uma fábrica de móveis sob medida em Lages. A empresa surgiu em Balneário Camboriú com venda de móveis, colchões e estofados. Devido a grande procura por móveis planejados, em 2011 os empresários Eduardo Furlan e sua esposa Talita abriram a fábrica própria na cidade serrana. Juntamente com uma equipe especializada no ramo moveleiro, os profissionais se preocupam desde a elaboração do projeto do ambiente, até a fabricação do móvel e montagem, cuidando


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para que tudo saia conforme a expectativa do cliente. “Somos realizadores de sonhos. Assim como algumas pessoas tem o sonho de construir a casa própria, comprar um carro novo, há também as que desejam os móveis planejados. Por isso tratamos isso com muito carinho”, afirmam os proprietários da empresa, Eduardo e Talita.

PÓS-VENDA O diferencial da empresa é dar atendimento exclusivo ao cliente. A venda não acaba simplesmente quando se faz a montagem dos móveis, mas continua após esse processo. A empresa conta com um colaborador exclusivo para fornecer a assistência necessária. Ele cuida de detalhes como a troca de um puxador, corrediça ou dobradiça, por exemplo. Qualquer eventualidade que ocorra durante os três anos da garantia, a empresa presta o serviço sem custo adicional. “Queremos fidelizar o cliente, transmitindo confiança e pontualidade na entrega dos móveis e no pós-venda”, destaca Eduardo. São fabricados móveis para todos os ambientes da casa, escritório ou loja, tudo sob medida, com material de alta qualidade e acabamentos personalizados. Tudo isso com preços justos e boas condições de parcelamento. Eduardo e Talita convidam os serranos para conhecerem o ambiente e os projetos. “Será uma imensa satisfação trazer você, consumidor, para a CasaLar”, ressalta Eduardo. Agende uma visita com um dos consultores pelos fones (49) 3224 5367 ou 9904 0089.

Eduardo e Talita Furlan

C A S ALAR

Móveis

Rua Maximiliano Batalha, 502, bairro Santa Rita - (atrás da Academia Winner) – Lages SC (49) 3224 5367 – 9904 0089 facebook.com/moveis.casa.7


54 55 <gastronomia

Todos os ingredientes para o seu churrasco Campanha Gaúcha, região das melhores pastagens do Rio Grande do Sul. É neste ambiente que se criam as raças britânicas, sinônimo de carne macia, de excelente marmoreio (gordura entre as fibras da carne) e sabor sem igual. Através de uma seleção apurada e de cortes especiais, eles garantem que o cliente leve para casa a melhor carne para o churrasco”, explica Silvério.

CARNE SUCULENTA, CERVEJA GELADA, FAMÍLIA, AMIGOS E AQUELE BATE-PAPO ANIMADO. EXISTE PROGRAMA MELHOR? MAS NA HORA DAS COMPRAS PODE BATER AQUELA INSEGURANÇA SOBRE OS TIPOS DE CARNE, A QUANTIDADE CERTA, SE VAI FICAR MACIA, ETC. ISSO ACONTECE PRINCIPALMENTE SE VOCÊ NÃO ESTÁ ACOSTUMADO A FAZER O PRATO. O EMPÓRIO DAS CARNES CHEGOU A LAGES PARA TIRAR TODAS AS SUAS DÚVIDAS.

revista visão

A empresa

fica localizada na Avenida Belisário Ramos, Centro de Lages, com local de fácil acesso. Conta com estacionamento e ambiente climatizado. Tudo para que os clientes fiquem à vontade na hora da compra. As proprietárias, Silvana Parizotto e Cristiani Stuani, contam que o cliente chega na loja, escolhe o tipo de carne para o evento e acompanha toda preparação dos cortes. Tibone, entrecote, prime rib e picanha, costela, contra filé, bifes, alcatra, além de carne suína e de frango, coraçãozinho de frango e linguicinha podem ser encontrados no local. CARNES DE PROCEDÊNCIA A equipe Empório possui mais de 30 anos de experiência em frigoríficos. O esposo de Cristiani e administrador do local, Silvério Parizotto, fala que o diferencial do produto é a qualidade. “Trabalhamos com a linha de carnes Sabor da Campanha, que traz mais qualidade e sabor para a mesa. A origem do produto está na

A marca está presente em estabelecimentos do Rio Grande do Sul e o Empório das Carnes é o único representante de Santa Catarina. O Sabor da Campanha busca selecionar e identificar produtos de qualidade e que mantenham as características da região. Todo o processo até que o produto chegue ao consumidor final é acompanhado e orientado para certificar a qualidade e procedência da carne. Ele possui o código digital, que possibilita ao cliente através do celular verificar o histórico da carne que está levando para casa. TELE ENTREGA Já pensou em programar seu churrasco sem sair de casa? É possível. O Empório das Carnes oferece estes serviços diferenciados aos clientes. “Temos todos os ingredientes na loja, incluindo carvão de excelente qualidade, sal grosso e vinhos finos. E se o assunto for carne, basta a pessoa descrever que tipo de carne deseja, o número de pessoas que estará presente, que levamos tudo pronto, temperado. O cliente só terá o trabalho de colocar para assar”, destaca Silvério.


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TIBONE ENTRECOTE PRIME RIBE PICANHA

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COSTELA CONTRA FILÉ BIFES ALCATRA

Silvana Parizotto e Cristiani Stuani

Av. Belisário Ramos, 3210 – Centro – Lages SC - 49 3222-2828 emporiodascarnessc@gmail.com

revista visão


56 57 <automotivo

Rolando um som Prazo de validade No caso de não atingir a quilometragem indicada, é preciso trocar o óleo do motor a cada seis meses, mesmo sendo 100% sintético? Tanto no tempo de uso quanto na quilometragem, o ideal é seguir sempre as instruções do fabricante do veículo, sendo o lubrificante mineral ou sintético. Se não estiverem disponíveis, o bom senso e a literatura especializada indicam que, em caso de pouco uso (em geral, menos de 10 000 km), uma troca por ano é de bom tamanho, quando não se atinge a quilometragem recomendada.

Corte na água O consumo de um veículo numa rodovia aumenta quando viajamos na chuva? Depende da situação. Se a chuva for leve, a lâmina de água formada no asfalto a ser vencida pelos pneus não é significativa. Portanto o aumento de consumo será praticamente nulo. Entretanto, se a chuva for muito forte, o esforço para remover a camada de água que se forma sobre a pista torna-se uma resistência a mais a ser vencida, o que vai aumentar o consumo de combustível de forma relevante. Como chuvas desse porte não duram muito tempo, fica difícil quantificar na vida real esse aumento. Há ainda outros fatores de menor relevância que contribuem para o gasto extra de combustível, como a demanda elétrica (maior uso dos limpadores de para-brisa e do desembaçador) e o ar-condicionado, que rouba uma parte da potência do motor.

A falta de rodízio e/ou alinhamento e balanceamento pode gerar um desgaste irregular nos pneus, de forma que façam barulho semelhante ao de um rolamento defeituoso? A falta de rodízio e balanceamento pode gerar desgaste irregular da banda de rodagem, produzindo um som parecido com o de um rolamento de roda em processo inicial de falência. Mesmo assim, é fácil distinguir o zunido de rolagem de um ronco de rolamento. Se a suspeita recai sobre uma das rodas dianteiras, por exemplo, acione o freio de mão, calce pelo menos um dos pneus traseiros, levante a parte da frente do veículo com o macaco e gire com a mão a roda que estiver no ar. Com isso, qualquer ruído produzido por contato com o chão é eliminado, e o que sobrar será provavelmente do rolamento.

Ligado na parada Por que é comum em postos de estrada ver ônibus e caminhões manterem seus motores ligados por longos períodos de tempo? Essa é uma prática que resiste ao tempo. No passado, os motores a diesel com baixa taxa de compressão eram difíceis de dar a partida mesmo nas amenas temperaturas de nosso inverno. A solução? Deixar o motor funcionando. Em outros países, o motor fica funcionando para alimentar o sistema de aquecimento ou o ar-condicionado da cabine e às vezes para fornecer eletricidade para TV e outros acessórios. Claro que isso não é de graça. Um motor a diesel de caminhão ou ônibus queima cerca de 3,5 a 4 litros de combustível por hora, quando funcionando em marcha lenta. Nos Estados Unidos, estima-se que essa prática consuma 3,8 bilhões de litros de diesel por ano, ao custo de 2,5 bilhões de dólares, além de jogar na atmosfera 7,6 toneladas de dióxido de carbono.


Atração da rodada

É conhecido que a tração traseira é a melhor em vários sentidos. Então por que as fábricas estão deixando de usar esse recurso? É verdade que a tração traseira tem suas qualidades, mas no geral a dianteira leva vantagem: 1) o veículo fica mais leve, pois não necessita de cardã ou do eixo traseiro com a pesada carcaça do diferencial; 2) sem cardã, o assoalho não precisa do túnel, que rouba espaço na cabine; 3) melhora a tração na maioria das condições de uso; 4) dá mais estabilidade direcional; 5) tem menor custo de produção. Porém, os fãs da tração traseira argumentam que esta tem suas compensações: 1) mais prazer de dirigir, por permitir condução mais esportiva; 2) não apresenta o “torque steer”, ou seja, sob aceleração forte não tende a puxar para um dos lados; 3) equilibra a distribuição de peso entre os eixos; 4) oferece mais espaço para esterçar as rodas, daí um diâmetro de giro maior. Claro que ela é a preferida dos pilotos e entusiastas por ser mais divertida (tende a sair de traseira) e emocionante (tolera motores potentes). Conclusão: a tração dianteira prevalecerá nos carros pequenos e produzidos em grandes volumes. E a traseira, nos maiores e mais esportivos.

Mas que raios!

Fonte quatrorodas.com.br

Há problema em colocar rodas maiores em veículos com ESP (controle de estabilidade)? Os fabricantes recomendam enfaticamente não mudar o diâmetro e o perfil dos pneus originais, já que essas mudanças afetam as condições de rodagem do veículo. Mesmo em se tratando de uma alteração pequena, pode afetar a calibração do ESP e principalmente dos freios ABS, nesse caso até aumentando a distância de frenagem. Outros efeitos dessa mudança incluem a descalibração do velocímetro, do hodômetro e dos pontos de troca de marcha em câmbios eletrônicos. Mas é possível trocar a roda (aro) por uma maior, desde que se adote um pneu de perfil mais baixo e que o conjunto aro/ pneu tenha o mesmo diâmetro do original.


58 59 <vida e saúde

NOVEMBRO AZUL É UMA CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO, REALIZADA POR DIVERSAS ENTIDADES NO MÊS DE NOVEMBRO. ESTA CAMPANHA É DIRIGIDA À SOCIEDADE E PRINCIPALMENTE AOS HOMENS SOBRE A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO CÂNCER DE PRÓSTATA E OUTRAS DOENÇAS MASCULINAS. revista visão

O movimento

surgiu na Austrália, em 2003, aproveitando as comemorações do Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata, realizado a 17 de novembro. E a iniciativa se alastrou, sendo adotada por vários países, inclusive no Brasil, como forma de chamar a atenção dos homens para a importância da prevenção do câncer de próstata. Hoje, o movimento já atinge mais de 1,1 milhão de pessoas em campanhas formais em países como Austrália, Nova Zelândia, Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Finlândia, Holanda, Espanha, África do Sul e Irlanda. O câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não-melanoma. Em valores absolutos, é o sexto tipo mais comum no mundo e o mais prevalente em homens, representando cerca de 10% do total de cânceres. Sua taxa de incidência é cerca de seis vezes maior nos países desenvolvidos em comparação aos países em desenvolvimento.


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Segundo o INCA - Instituto Nacional do Câncer, são estimados aproximadamente 61 mil novos casos de câncer de próstata para o ano de 2013 no Brasil. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de três quartos dos casos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. O aumento observado nas taxas de incidência no Brasil pode ser parcialmente justificado pela evolução dos métodos diagnósticos (exames), pela melhoria na qualidade dos sistemas de informação do país e pelo aumento na expectativa de vida. Prevenção Já está comprovado que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer, como também

de outras doenças crônicas não transmissíveis. Nesse sentido, outros hábitos saudáveis também são recomendados, como fazer, no mínimo, 30 minutos diários de atividade física, manter o peso adequado à altura, diminuir o consumo de álcool e não fumar. A idade é um fator de risco importante para o câncer de próstata, uma vez que tanto a sua incidência como a mortalidade gerada aumentam significativamente após os 50 anos.

meio do PSA (exame sanguíneo) e do toque retal. Pacientes com histórico familiar de câncer de próstata tem maior risco? Quando existem na família parentes em primeiro grau com câncer de próstata, a chance de apresentar a doença é de duas a cinco vezes, dependendo da idade em que foi diagnosticado no parente e no número de membros que apresentaram o câncer. A informação existente nesta matéria pretende apoiar e não substituir a consulta médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com um médico da sua confiança.

Dúvidas Comuns Quais os sintomas que podem indicar possíveis alterações na próstata? O câncer de próstata não costuma causar sintomas na fase inicial. Portanto, torna-se importante a consulta rotineira ao urologista ou oncologista, com o objetivo de fazer o diagnóstico precoce da doença, por

Dr. Pedro Ervin Specht Schurmann Clínica Médica e Oncologia Clínica CRM/SC 11.573 - RQE 7574 e 7573

O Que faz? A função da Próstata é produzir o sêmen, líquido que serve de veículo para os espermatozóides.

Bexiga

Câncer de Próstata

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Mata em média 35 homens por dia no Brasil. É difícil de prevenir, mas tem tratamento quando a detecção é precoce. Por isso é importante fazer exames com frequência.

Hiperplasia É um crescimento anormal da próstata, mas não tem relação com tumores e é considerada benigna. Provoca dificuldades na hora de urinar.

Próstata O Que é? É uma glândula pequena, com formato de uma maçã, que fica embaixo da bexiga.

Prostatite É uma infecção na próstata causada por bactérias ou fungos. Pode provocar ardência, sangue na urina e febre. O tratamento é feito com antibióticos.

revista visão


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62 63 <esporte

À PRIMEIRA VISTA, OS KARTS SÃO VEÍCULOS EXTREMAMENTE SIMPLES, PEQUENOS, MONOPOSTOS (APENAS UM OCUPANTE), COM CHASSIS TUBULARES E MOTORES DE DOIS OU QUATRO TEMPOS. MAS ELES REPRESENTAM MUITO MAIS DO QUE ISSO PARA OS AMANTES DA MODALIDADE E PARA OS QUE QUEREM CRESCER NO AUTOMOBILISMO. Por

Liana Fernandes • Fotos

Liana Fernandes e Acervo Kart Clube Lages

O conjunto

todo pesa em torno de 70 a 100 quilos, conforme o modelo. Para alguns é um hobby; para outros, a porta de entrada às categorias mais potentes, sofisticadas e a glória das pistas. Para outros, ainda, o início de uma carreira como piloto de F1. Ou seja, o kart representa um esporte que permite que todos tenham seu espaço. No Brasil, Emerson Fittipaldi, Rubens Barrichello, Felipe Massa e o lendário Ayrton Senna passaram por esses pequenos bólidos, fazendo da categoria um verdadeiro ninho de campeões. O lageano Gustavo Gugelmin, campeão mundial de Rally, também passou pelo kart. Ayrton Senna dizia que o único monoposto que se aproxima de um F1 é o kart. O presidente do Kart Clube de Lages, Renato Marcos Dambrós confirma a afirmação de Senna. “O kart tem a mesma relação peso/potência que um F1, chega de 0 a 100 km/h em menos de três segundos. Uma sensação única. O motor grita”, descreve Renato.

Kart x Lages Desde 1973, a cidade serrana possui um kartódromo, localizado no bairro Universitário (próximo ao Centro Serra). No ano em que completa 40 anos de existência, uma nova pista (mais moderna e maior) está sendo construída para os pilotos. A pista atual mede 670 metros por 5,5 de largura. Dará lugar a uma arrojada pista de 1,1 quilômetros e 8 metros de largura. Segundo Renato Dambrós, que praticou o esporte durante 15 anos (agora quem pratica é o filho Rafael), a novidade veio com a proposta de aquisição do terreno (para construção de um conjunto habitacional) onde hoje fica instalada a atual pista pela Construtora CR-7, de Blumenau. “Para tomar posse do terreno, que tem área de 20 mil metros quadrados, a empresa se comprometeu a construir um moderno kartódromo, próximo à fábrica da Ambev, numa área de 53 mil metros revista visão

quadrados”, conta. A nova pista do kartódromo é semelhante a uma da Inglaterra. “Nós apenas a adaptamos para o terreno. Mas segue um modelo internacional”, declara Renato.

Obra A construção começou há seis meses e já foi feita a terraplanagem e a base da pista. Em novembro deve iniciar o processo de asfaltamento. O projeto deve ficar pronto no começo no ano que vem. A intenção é trazer para a inauguração grandes pilotos da categoria e batizar o novo kartódromo com o nome de um deles. Sobre o kartódromo, o empresário Cristian Rocha, presidente da CR-7 diz que poderá ser homologado para provas internacionais e contará com amplo estacionamento, terreno cercado e infraestrutura para receber mais de 100 karts por prova. O projeto atenderá as normas da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e da Federação Nacional de Kart, o que possibilitará a realização de grandes competições. O presidente Renato ainda destaca que o projeto inicial


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é trazer para Lages o campeonato Sul-Brasileiro, Catarinense e os regionais. O terreno da pista antiga foi doado em 1973 pelo poder público. Por isso, para que o projeto fosse aprovado, precisou da anuência do prefeito Elizeu Mattos. “Estou satisfeito com a parceria feita. Com a liberação do aeroporto e a participação nas competições, a obra potencializará o turismo na região, contribuindo para o desenvolvimento econômico da cidade. Incentivará a inclusão social através da disponibilização do espaço para eventos sociais – feiras, maratonas e competições de ciclismo”, ressaltou Elizeu Mattos.

Perfil dos pilotos O Kart Clube de Lages conta com 53 participantes. Segundo Renato, um dos pilotos quem

vem se destacando em competições é o jovem André Guidalli. Os demais praticam o esporte mais por diversão e lazer. O kartódromo fica aberto nos finais de semana e nos feriados para visitantes que queiram assistir as corridas e para pilotos. As corridas em Lages funcionam em duas baterias, de 15 a 20 voltas. Cada volta, na pista antiga, leva em torno de 29 a 30 segundos para ser completada. O kart pode ser praticado por qualquer um, mas para ser igualitário, está dividido em categorias que levam em conta a idade e a experiência dos pilotos, de acordo com as normas da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA).

CATEGORIAS • Mirim (PMK) – a idade mínima, pilotos entre 6 e 8 anos de idade • Cadete (PCK) – entre 8 e 11 anos • Junior Menor (PJMK) – 10 e 13 anos • Junior (PJK) – 12 e 14 anos • Novato (PK) – Pilotos que se iniciaram no kart aos 14 anos de idade ou mais • Graduado B (PGKB) – Pilotos maiores de 14 anos, promovidos das categorias anteriores, ou com diploma de escola de kart reconhecida pela CBA. • Graduado A (PGKA) – Para pilotos promovidos da PGKB • Senior B (PSKB) – Pilotos com idade mínima de 25 anos • Senior A (PSKA) – Para pilotos PGKB, ou PGKA que atingiram 25 anos, ou promovidos da PSKB. • Super Senior (PSSK) – Para pilotos com mais de 40 anos revista visão


64 65 <culturarte Por

Marco Cordeiro • marco@revistavisao.com.br

Senso das proporções

A História

é a versão dos vencedores. Quem morreu não pode escrever, defender seu ponto de vista e normalmente tem sua biografia distorcida, demonizada e mesmo apagada pelos que triunfaram na “dialética da guerra”. Normal, pois quando nações estão em conflito, as massas é que pagam o preço maior. Os grandes líderes costumam assinar sobre vidas regados a vinhos, banquetes e toda espécie de luxo, pois pactos e acordos de importâncias épicas exigem tais pompas, enquanto que o soldado raso, esse que sobreviva como puder, pois é ninguém mesmo, por mais que seja eterno (“somos o povo, sempre existiremos”, lembra a Mãe Joad em As Vinhas da Ira, do John Steinbeck). Isso faz lembrar o bom filme “Círculo de Fogo”, de Jean-Jacques Annaud, contando a vida de Vassili Zaitzev, um exímio atirador, usado como propaganda russa contra o nazismo, vale a pena verificar a produção. Nesse aspecto, da informação a serviço de algo, a escola exerce uma fundamental importância em doutrinar, desde muito cedo, nossas crianças. Observando o material pedagógico trabalhado em sala de aula, especialmente na rede pública, percebe-se as áreas humanas totalmente ideológica e convertida, pouco reflexiva e direcionada, dentro de programas de dominação que vieram pra ficar. O Marxismo é presente em quase tudo que se referencia, direta ou indiretamente nessas disciplinas e os alunos são incorporados sistematicamente sobre seus costumes, valores, a quem devem odiar, respeitar, como mensurar isso ou aquilo, baseado na mais

revista visão

valia, no materialismo histórico dialético e em toda a doutrina que Karl Marx influenciou o mundo desde então. É necessário que as mensagens se condensem imediatas em slogans, pois assim é mais assimilável (Lênin já alertava para a importância do inocente útil na Revolução Russa de 1917) e as atuais manifestações comprovam que o Leninismo, oriundo de Marx, está vivo e presente, seja nos caixas eletrônicos, lojas, garagens e a mais nova e inominável modalidade de vandalismo, em laboratórios de animais, que muitas vidas humanas salvaram (bem provável que dos familiares dos arruaceiros também). O baderneiro só conhece o limite da força e se nada for feito, pensa ser seu direito badernar e passa a ser vítima quando repreendido. O Marxismo teve convertida sua teoria em prática, a sangue, e foi responsável por pelo menos 100 milhões de mortes, citando somente URSS, China e Cuba. Mesmo assim, abrir os livros e verificar o que aprendemos desde os anos 1980 até hoje é essencialmente a Revolução Cultural de Mao, ou Antônio Gramsci, significa aparelhar as mentes de nossos jovens com tal ideologia (cito ideologia como dissimulação de interesses e não em sua essência, criada por Detutt de Tracy, como ciência das ideias), sem contra ponto, impossibilitando o controverso e estatizando qualquer manifestação da sociedade. Chama-se isso de desonestidade intelectual, nada mais e o resultado podemos constatar na produção intelectual brasileira das últimas décadas (nenhuma), em alunos violentos, sem nenhum dever, apenas direitos, confusos e infelizmente, extremamente úteis em manifestações, DCEs e Centros Acadêmicos.



66 67 <panorama Por

Paulo Ramos Derengoski • jornalista e escritor derengoski@revistavisao.com.br

O Grande Sul do Brasil

Minha

longa viagem pelo Brasil começou pelo Rio Grande do Sul, que não é o maior nem o mais rico Estado da Federação, mas certamente é um dos mais fortes. E sempre que atravesso o Rio Grande do Sul me vem à memória sua história tumultuada e guerreira. Ali era o território livre dos Guaranis, que descendo pelo grande Rio Paraná foram aos poucos dominando nações menores como o Humaitás e Kaingangs (Tapuias) ao Norte e Charruas e Minuanos ao Sul. Ligando-se aos padres jesuítas, construíram – nas Missões – o que poderia ter sido a maior civilização já erigida nos trópicos. Foi dali que surgiram os imensos rebanhos bovinos, cavalares e muares que constituiriam a maior riqueza daquelas terras, seja no Pampa (depois chamado “Campanha”) seja nas Vacarias do Mar e nas Vacarias dos Pinhais. As lutas entre espanhóis e portugueses acabariam por liquidar o sonho guarani. Depois vieram as sangrentas guerras do Prata, da Cisplatina, os açorianos de Laguna a prear gado gordo e finalmente os colonos alemães, italianos e eslavos, que definiram o que hoje é o Rio Grande. Uma belíssima terra, altamente produtiva, com um clima privilegiado e as quatro estações do ano bem definidas. Um inverno revista visão

com várias geadas que crestam os campos, cobrindo-os com o manto branco dos cristais de gelo, mas onde também sopra o gelado Minuano que vem dos Andes, varrendo as coxilhas, os grotões e as serras. Na primavera as árvores se cobrem de flor e o perfume das frutíferas enche o ar. No verão, gado gordo corre pelas encostas verdejantes e no outono as plantações amadurecem lentamente, cobrindo os vales de um amarelo-trigo que arrebata as mentes. Quando o dinheiro da safra rola para o Agro Business, os carros zero e os caminhões carregados percorrem as estradas asfaltadas e entopem os aminhos do grande Sul. Festivais de canção nativa, tentando recuperar a memória perdida dos “Gaúchos” pipocam pelo Estado e Porto Alegre ferve em movimentos culturais e exposições. Cidades industrializadas como Caxias do Sul entram em pleno emprego e as grandes atrações turísticas das Serras – Gramado, Canela – regurgitam de turistas vindos de todo o país. O Rio Grande do Sul, que já foi o centro político do país, é cada vez mais procurado por turistas que ali encontram fazendas de turismo rural, centros de spas, comida gaúcha, italiana e alemã de primeira qualidade. E principalmente um povo hospitaleiro, que sabe valorizar as coisas de sua terra. E que tem orgulho de ser uma província: mas uma província forte! Com passado. E futuro!



68 69 <curiosidades Por

Almirante Soares Filho • comerciante e ensaísta almirante@revistavisao.com.br

A “história do rock” em Lages (parte 1)

Lages

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por sua tradição voltada aos costumes tradicionalistas gaúchos e interioranos nos faz pensar que ter uma “história do rock” seria exagero e até irônico. Mas a verdade é que nossa cidade tem uma intensa e rica história sobre o movimento musical de sua juventude, principalmente o rock, e suas influências. No final da década dos anos 1950 e na década dos anos 1960, como não poderia deixar de ser, Lages também viveu a febre musical que mudou o comportamento da juventude mundial: o rock e suas influências culturais. E tomada por esta energia mutante, Lages passou, também a produzir grupos musicais embalados tanto pelos astros como Elvis e Beatles como pela Jovem Guarda e também ritmos antecessores. Poderíamos citar como pioneiro deste movimento o Jazz Céu Azul, formado por membros que fundaram a Banda do Batalhão, bem como, músicos que passaram pelas exigentes mãos do professor Nandinho. A formação era: Azizo, Carlos, Luiz, Pido, Liz, Milton e o saxofonista Nady. Logo após surgem muitos outros bons grupos dentre eles: Os Feios, do Gancho, Nazareno, Ciro e Pinguim. Os Mitos, de Toninho, Caçula, Cristus e Xavier. Os Morcegos, de Mazinho, Twist, Quarentinha, Ademar e Celsinho. Os Sincrons, de Marcos, Alcir, Piurra, Curt e Careca. Os Apaches, de Luiz Fragoso. Os Beatniks e muitos outros. Nos anos 1970 e 1980, Lages seguiu em sua predestinada veia formadora de talentos revista visão

musicais. Como não se lembrar do influente grupo Transasom, que de forma inédita chegou a tocar na Europa? Também a importância de Cristus com seu visual exótico que teve apresentações no eixo Rio-São Paulo inclusive em rede nacional de TV. E também o Caçula que partiu de Lages para fundar o ótimo grupo Quarta Redenção. (*Continua na próxima edição).

$epultamento$ na Igreja Matriz e o primeiro cemitério de Lages Pouco antes de ser derrubada a “Matriz Velha” – primeira igreja construída por Correia Pinto – para, no mesmo local, ser levantada a segunda, foi que se decidiu construir o primeiro cemitério da cidade, a então Vila de Lajes, lá pelo ano de 1846. Era localizado logo atrás da Igreja onde atualmente estão os dois colégios. (...) Dentro da primeira Igreja Matriz foram sepultadas muitas pessoas além de Correia Pinto. Documento datado de 1792 firmado pelas autoridades eclesiásticas e civis da época, tratou dos preços de sepulturas dentro da Igreja Matriz, constando que, exceto a primeira carreira onde está sepultado o Capitão-Mor Regente até o Arco da Capela Mor, pagariam em cada sepultura, por ser o lugar mais nobre, a quantia de seis mil réis, e do dito Arco até as grades, quatro mil réis, das grades até o lugar em que se acham os púlpitos, dois mil réis, e do mesmo lugar até a porta principal, um mil réis.



70 71 <visões do ozóide

Por

Ozóide • Alienígena, intelectual e olheiro ozoide@revistavisao.com.br

Operação Bola de Neve – Degelo

Mais

uma vez, por suspeitas de irregularidades e desvio de dinheiro público, um pequeno município de região (Capão Alto) recebeu a “visita” inesperada de policiais civis da GAECO. Na manhã do dia 16 de outubro, eles apreenderam computadores e documentos na Prefeitura e na casa do ex e do atual prefeito. A investigação faz parte da “Operação Bola de Neve”, deflagrada em 2012 e que resultou na prisão do então prefeito e de

Prisão de policiais civis de Lages Outra notícia que repercutiu em outubro foi a prisão de dois policiais civis de Lages por suspeitas de envolvimento em corrupção. Segundo o que foi divulgado, eles faziam uma espécie de chantagem com proprietários de veículos, dizendo que havia irregularidades. E depois cobravam propina (extorsão) para “deixar tudo como está” e não recolher os automóveis. É lamentável que aqueles que deveriam ajudar a elucidar os crimes e malversações sejam os próprios bandidos (e a gente ouve todo dia na televisão que autoridades policiais, das várias corporações, estão envolvidos em crimes). Agindo desta forma, colocam a imagem da instituição no lixo, fazendo uma grande injustiça com seus colegas de trabalho (a grande maioria, felizmente), que são honestos e íntegros.

FIQUE DE

OLHO! revista visão

vários ex-secretários municipais de São Joaquim, além de devassas em outros municípios como Anita Garibaldi, Cerro Negro e no litoral. Não sabemos se há ou não irregularidades neste novo caso. Mas diz-se que onde há fumaça provavelmente há algum tipo de fogo. Será que esse pessoal não aprende de vez que o crime e a corrupção não compensam? Que dinheiro público é sagrado e não pode e nem deve ser “torrado” para proveito próprio?

“Eles só pensam naquilo” Falta menos de um ano para as eleições de 2014. E, infelizmente, muitos políticos, especialmente os carreiristas, “só pensam naquilo”. No começo de outubro venceu o prazo legal para que os postulantes a candidaturas estivessem abrigados no partido pelo qual desejam concorrer. Com isso, o que se viu foi mais uma vez uma intensa movimentação de cadeiras. Como a lei eleitoral ficou um pouco mais severa com quem quer deixar seu partido e ingressar em nova agremiação, agora a moda é criar novos partidos. Ou então “dar um jeitinho legal” de conseguir pular fora do atual partido e entrar num outro sem o risco de perder o mandato. Em Lages, por exemplo, quatro vereadores aderiram ao tal do “PROS” (deve ter sido por ideologia, com certeza). Por essas e outras que muitos defendem: reeleição deveria ser proibida (pelo menos para cargos ao Executivo). Isso sem falar no excesso de candidaturas. Tem cada pangaré querendo sair candidato que dá até pena de ver.

Esse espaço também é para você leitor. Alguma coisa está errada na sua rua? Na sua cidade? Com as lideranças políticas? Denuncie! Envie um e-mail para: ozoide@revistavisao.com.br


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Para ter sucesso é preciso ter três coisas: comer muito, treinar muito e estudar muito”.

Campeão olímpico de natação, Gustavo Borges, em palestra na Expolíder, dia 17/10/2013

De Amarok é fácil, é mole, é lindo, quero ver passar carro pequeno nas estradas que estão sumindo…”

Paródia de um eleitor do Cerrito, indignado com as condições precárias da maioria das estradas do interior.

A usina Pai Querê só vai sair se a Mãe Querê”.

Se o Colégio Aristiliano Ramos foi

vistoriado por pessoas que entendem e interditaram é porque realmente não

tem condições. E outra coisa, ali não

é mais lugar de colégio. Então põe no

chão e revitaliza o Calçadão”.

Luiz Carlos Cecatto – no blog do Edson Varela

Do colunista Almirante Soares, publicado no jornal Serrailha, referindo-se ao pedido de liberação da construção da usina junto à Presidente Dilma.

Excesso de buracos e crateras nas ruas e avenidas de Lages (Prefeitura divulgou que existem pelo menos 4 mil buracos); Obras de conclusão do aeroporto regional de Correia Pinto, mais uma vez, parecem ter sido “esquecidas”; Debates inúteis e infrutíferos entre oposição e situação na Câmara de Lages (alguns vereadores estão se notabilizando nisso, infelizmente); Algumas lideranças da cidade querendo “intimidar” profissionais da imprensa ou fazendo “tempestade em copo d’água” com notícias publicadas; Empresa Triunfo Rio Canoas levando pesada multa da Fatma por fechar o lago da Usina Garibaldi sem autorização do órgão ambiental (e sem avisar adequadamente as famílias atingidas);

BIG de Lages já foi inaugurado no dia 24 de outubro; Início efetivo das obras do prédio central do Orion Parque e da nova ala do Hospital Tereza Ramos; Outubro Rosa com inúmeras ações de conscientização e prevenção contra o câncer de mama; Número crescente de pessoas preocupadas com a saúde, exercitando-se em academias, andando de bicicleta e fazendo caminhadas; Revitalização do Parque Jonas Ramos (Tanque), que recebeu nova iluminação e uma série de outras melhorias; Entidades, empresas e pessoas participando da 7ª Feijoada Solidária, em apoio ao Crensa;

Demora exagerada do Governo do Estado para tomar uma decisão quanto ao destino final do Colégio Aristiliano Ramos (que está fechado há dois anos);

Governo do Estado, que repassou R$ 580 mil para a realização da Expolages 2013 (antes disso o valor máximo havia sido de R$ 150 mil);

E a Sinotruk que ninguém mais fala?

Nova vinícola foi inaugurada em São Joaquim.

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(DEZ)AFIO Embora sejam muitos semelhantes, estas duas imagens apresentam 10 pequenas diferenças. Tente encontrá-las. Boa sorte!

Inauguração exclusiva para imprensa do Hipermercado Big, em Lages

Resultado da edição 90

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