Revista Visão - Agosto 2014 - Edição #99

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edição 99 a g o . 14

ano 12 r$ 13,90

RODOVIAS DA REGIÃO Situação das vias públicas estaduais é preocupante. Saiba o que realizou o atual governo e os desafios para o próximo governante

ENTREVISTA

Maurício Dalmollin faz balanço das ações do Observatório Social de Lages

ELEIÇÕES 2014

Quais são os candidatos regionais com maiores chances?

CULTURA

Colecionadores contam sua história e a devoção aos discos de vinil


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04 05 <para começar

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08 Nesta Edição 08 Entrevista

“Recursos públicos precisam ser bem aplicados”, afirmou o vice-presidente do Observatório Social de Lages, Maurício Dalmollin.

14 Reportagem

Fizemos um raio-x das rodovias estaduais e vamos contar em primeira mão como está a situação dessas vias públicas.

46

20

20 Garota Visão

42 Beleza

24 Política

46 Gastronomia

28 Sociedade

50 Vida e Saúde

38 Cultura

54 Esporte

A beleza da modelo da Agência Prime, Rafaela Campos, fotografada no alto do Edifício Cacimba.

Quem são e quais as chances dos candidatos de Lages e região?

Serrano Tênis Clube comemorou 60 anos com a volta do tradicional Baile de Debutantes.

Conheça a história dos apaixonados por discos de vinil e os motivos que não os fazem desgrudar da vitrola.

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Erros e acertos na hora de tingir os cabelos.

Baked Potato, ou batata assada. Saiba como dar mais sabor ao delicioso prato.

Síndrome do Pânico: o que é e qual o tratamento mais adequado.

A prática do skate pelos jovens e adolescentes e a falta de um espaço adequado na cidade.


carta ao leitor>

50 Nossa Capa

Rodovias Estaduais continuam péssimas

Volta

Tema

Rodovias Estaduais • Foto

Loreno Siega

As estradas regionais têm apresentado sérios problemas de trafegabilidade. O que tem sido feito e o que está sendo planejado para a resolução dessa situação?

Nossa Gente

Diretor Geral Gugu Garcia Diretor de Redação Loreno Siega - Reg. Prof. 2691/165v-PR Repórter Liana Fernandes Gerência Eder Pitz de Lima Direção de Arte Chelbim Michel Poletto Morales Elder Jaisson Pereira Ilustração André Paes Assinaturas Luiz Wolff Comercial Crismaura Wolf Suely Miyake Administrativo Edmara Muniz Distribuição Robinson Marcelino Tiragem 3.000 exemplares

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e meia você tem a oportunidade de transitar pelas rodovias que cortam a Serra Catarinense. E, se ficar um pouco atento, verá que pouco foi feito para melhorar a qualidade e as condições de tráfego nesses quatro anos de mandato do governador Raimundo Colombo. Algumas obras começaram ou estão sendo licitadas. Mas será que as obras são para valer e serão concluídas? Saiba isso e muito mais lendo nossa reportagem de capa. Foi dada a largada para as eleições de outubro de 2014. Quais são os candidatos da região? Quais são as suas propostas? Conheça os nomes e veja quem tem mais chances de se eleger entre aqueles que disputam cargos para a Câmara Federal ou Assembleia Legislativa pela região. O empresário Maurício Dalmollin, Vice-Presidente do Observatório Social de Lages (OSL), foi nosso entrevistado deste mês. Ele nos contou como trabalha o órgão que busca acompanhar de perto como são feitos os gastos públicos em nossa cidade. E cita casos que nos deixam bem preocupados a respeito. Você já ouviu falar em LPs? Discos de vinil? Se não, vai adquirir maior conhecimento a respeito. Se sim, vai reconhecer alguns colecionadores de Lages e ficará por dentro desse universo, que anda mais presente na vida dos brasileiros. A Síndrome do Pânico é assunto de destaque desta edição na Seção Vida e Saúde. Conversamos com o psiquiatra André Gocks sobre o assunto. E ele tirou dúvidas sobre o que é e qual tratamento os pacientes devem seguir. A Revista Visão, em parceria com a Agência Prime Models, realizou mais um ensaio da Garota Visão. Desta vez foi com a modelo Rafaela Campos. As fotos e vídeo foram feitos em um lugar inusitado, no alto do Edifício Cacimba (o mais alto de Lages), num dia de bastante frio, por sinal, onde foi possível observar todos os ângulos da cidade, tendo em primeiro plano a belíssima jovem. Então, boa leitura da nossa Revista Visão. Ela está, como sempre, bem especial e caprichada para você. Equipe de Redação Revista Visão

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Foto do mês

Foto Gugu Garcia

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Vista geral aérea das obras do Garden Shopping que vai ser inaugurado no dia 30 de Outubro

facebook.com.br/revistavisao Serrano vota em serrano, se serrano merecer. Na serra fecha colégio, abre presídio, indústria não vem, cadê ZF, Sinotruk e outras? A frase deveria ser “Serrano se merecer voto ganha voto”. Willian Pelincha Sobre a matéria: Campanha Serrano Vota em Serrano já nasceu morta Fico imaginando a satisfação dessa empresa Gaby Produções, afinal, quem não gostaria de “investir” numa festa patrocinada com dinheiro público, com grande divulgação na mídia? (parte desse comercial também financiado com o dinheiro público). E por fim, o povo acaba tendo que pagar caro para participar da farra, digo festa. A Festa do Pinhão é uma verdadeira “galinha dos ovos de ouro” para algumas empresas.

A matéria ficou muito boa!!! Nós do GAHP agradecemos a oportunidade e nos colocamos à disposição!!! Parabéns pela revista! Thaís Ramos Sobre a Reportagem Parto Humanizado, julho 14

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André Santos Sobre a matéria: Festa do Pinhão foi terceirizada - mas Prefeitura ainda teve de investir R$ 350 mil no evento

Acesse nossa revista on-line! Este é um benefício exclusivo para você leitor! Para ver a edição deste mês on-line, basta digitar: Usuário: assinante Senha desta edição: buracos

blog.revistavisao.com.br Vocês estão investindo cinco milhões nesses bairros eu moro no Araucária há 18 anos. Na minha rua passa o ônibus e não tem asfalto. Quando vão fazer alguma coisa nos bairros mais distante do centro? José Luis Colombo Sobre a matéria: Lages vai investir R$ 5 milhões do Fundam na pavimentação de 22 ruas

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Sinal verde para obras da fábrica da Sinotruk

Comitiva do Governo do Estado de Santa Catarina recebeu na quarta-feira (30/07), em Brasília, sinal verde do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para a construção da fábrica de caminhões da montadora chinesa Sinotruk em Lages. Foi autorizada a inclusão da empresa no programa de incentivos federais Inovar-Auto. O prazo máximo para a empresa concluir as obras e iniciar a produção, sem perder o direito aos benefícios, é de dois anos. Além do Inovar-Auto, a Sinotruk recebeu incentivos do Governo do Estado e a doação do terreno por meio de parceria entre Governo do Estado e prefeitura de Lages. revista visão

enquete opinião escolha

Qual sua posição com relação à campanha Serrano Vota em Serrano?

29+70+1A Resultado / Maio

69,47% Contra 29,47% A Favor 1,05% Não tenho opinião formada


Nós somos os verdadeiros chefes dos políticos

Estamos

há menos de 60 dias das eleições para Presidente da República, Governador(es), Senador(es), Deputados Federais e Estaduais. E agora em agosto começa a propaganda política gratuita no rádio e na televisão aberta (que você, amigo leitor, com certeza acompanhará diariamente como se fosse a mais badalada novela das 9). E já que ainda não encontramos uma forma melhor de organizar e administrar as demandas coletivas da sociedade, que a tal da “Democracia Representativa”, através do voto universal (e obrigatório no Brasil) das pessoas maiores de 16 anos, que possamos indicar com sabedoria nossos próximos governantes. O “protesto” de votar em branco ou deixar de ir votar no dia das eleições não adiantará de nada. Afinal, seremos governados por aqueles que fizerem mais votos. Então, sejamos práticos e objetivos. Vamos escolher conforme nossas consciências aqueles que avaliarmos ser os “mais bonzinhos” ou os “menos piores” para os vários cargos. No entanto, neste momento decisivo, tenhamos consciência de alguns “truques ou táticas” muito utilizadas pelos candidatos para nos ludibriar. Vejamos algumas:

O “protesto” de votar em branco ou deixar de ir votar no dia das eleições não adiantará de nada.

1) Nesta hora virão promessas e soluções “mágicas” para todos os nossos problemas (o que sabemos que depois, no Governo, será bem diferente – sejam quem forem os eleitos e escolhidos);

2) Os candidatos não estão nem aí para uma necessidade básica ao fazerem suas promessas: a falta de dinheiro e de recursos (as promessas são sempre maiores do que o dinheiro e as condições reais possíveis de fazer); 3) Todos prometerão austeridade nas contas, perseguição e combate implacável à corrupção, redução dos impostos e “um país moderno”. Ou seja, “teremos uma vida nova e irretocável” depois das eleições;

Loreno Siega Diretor de Redação

4) Neste momento, quem está de um lado está no “céu”. E quem está do outro estará no “inferno”. E sabemos que no fundo, nos dois ou nos vários lados do combate, há “céus” e “infernos”. E ganhe

editorial>

quem ganhar, teremos de continuar trabalhando muito, pagando impostos e convivendo com questões nem tão boas assim (infelizmente); 5) Agora eles são “inimigos mortais”. Mas logo em seguida, nos corredores dos palácios, estarão se procurando, fazendo “alianças estratégicas de governabilidade”, se dando as mãos (e nós, bobos, brigando entre amigos e vizinhos – ou pelas redes sociais – por causa de ideologias, partidos ou coligações – que faz tempo já não existem); 6) Neste momento virão eventos grandiosos, “anúncios de novos investimentos” (coisa que depois a maioria das pessoas esquece e que jamais se tornarão realidade”) – Em Lages a gente já conhece muito bem essa tática (ZF, Colúmbia, Novaer Kraft e por aí afora); 7) Por fim, nesta hora, seremos procurados com afagos, agradinhos, sorrisinhos e tapinhas nas costas pelos candidatos... Nossas crianças serão tomadas no colo, os pobres, desdentados e esquecidos serão visitados em suas casas (vão tirar até foto para postar no Facebook oficial da campanha), nossa rua será asfaltada, nossas calçadas ficarão “impecáveis”, não teremos mais aumentos de tarifas, vamos, enfim, conseguir aquele tão sonhado “emprego ou carguinho público”; 8) Não vamos mais precisar esperar meses (e até anos) por uma consulta com especialista; os exames serão feitos na hora; vamos ter médicos “dedicados”, atentos e atenciosos (até carinhosos com a gente); não vamos mais precisar pagar pelos remédios... Será tudo um “mar de rosas”. Senhores candidatos(as). A gente já conhece de longe essas táticas. Estamos, aos poucos, nos vacinando contra esse tipo de promessas vazias e sem fundamento. E sabemos muito bem distinguir o que é irreal do que realmente importa e interessa. Não venham, por favor, tentar nos ludibriar. Estamos no mundo das redes sociais. Em pouco tempo, podemos nos mobilizar, ir às ruas e fazer manifestações pacíficas e até (infelizmente), “arruaças”, o que, aliás, já aconteceu há pouco tempo no Brasil. Respeitem-nos, senhores candidatos e governantes. Trabalhem sério. Governem com seriedade e responsabilidade nosso “suado” dinheirinho. Afinal, nós é que somos os verdadeiros chefes de vocês. E não o contrário. revista visão

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08 09 <entrevista

Maurício Dalmollin revista visão

VICE-PRESIDENTE DO OBSERVATÓRIO SOCIAL DE LAGES


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“RECURSOS PÚBLICOS PRECISAM SER BEM APLICADOS” Por Loreno Siega • Fotos Gugu Garcia

O EMPRESÁRIO MAURÍCIO DALMOLLIN, 46 ANOS, É LAGEANO E TEM FORMAÇÃO SUPERIOR EM ENGENHARIA QUÍMICA (GRADUADO PELA PUC DE PORTO ALEGRE). DEPOIS DE FORMADO, VOLTOU A LAGES E ATUOU NA AMBEV POR 12 ANOS. NO PERÍODO, FEZ CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM MADRID (NA ESPANHA), TRABALHOU UM PERÍODO NO RIO DE JANEIRO E TAMBÉM EM SÃO LUÍS (NO MARANHÃO). EM 2005 DEIXOU A AMBEV PARA TRABALHAR NA EMPRESA DA FAMÍLIA (DAL MOLIN PNEUS).

Na empresa,

Maurício é o gerente geral do empreendimento. Ele é casado com Susana Amarante Godoi Dalmollin e tem três filhos: Mauana (23 anos), Luíza (19) e Bruno (16). Nos últimos anos, além das atividades empresariais, ele tem atuado em alguns projetos sociais como voluntário. Nestas atividades, quase todos os sábados ele se dedica na formação humanitária de um grupo de meninas (com idades entre 10 e 20 anos). Em 2011, quando se começou a falar em Lages na criação de um Observatório Social, Maurício se envolveu na causa. Em agosto de 2012, quando finalmente essa instituição da sociedade civil foi criada, Maurício foi eleito vice-presidente da mesma. O presidente do Observatório Social de Lages (OSL) é o Sr. Fernando de Araújo Lopes, ex-bancário, que por problemas de saúde está temporariamente afastado das atividades. Desta forma, é Maurício quem está à frente das ações, juntamente com os demais membros da diretoria, além das entidades mantenedoras e parceiras. Ele falou à Revista Visão sobre os objetivos do Observatório Social de Lages, iniciativas realizadas até agora, desafios e também apresentou alguns ótimos resultados. Acompanhe.

Por que você, um empresário bem sucedido, dedica boa parte do seu tempo com o Observatório Social de Lages (OSL). A causa vale a pena? Com certeza. Desde o primeiro encontro que participei onde se falou no assunto, em 2011, me identifiquei com os objetivos. Na época tivemos uma palestra. O primeiro Observatório Social do Brasil nasceu em Maringá,

no Paraná, no ano de 2000. Eu sempre ouvi falar durante a minha juventude – e ainda ouço muito isso – de amigos e da imprensa – que no Brasil se gasta muito mal os recursos públicos. Ou seja, temos a impressão de que dinheiro público não tem dono. E que por isso mesmo, pode ser gastado sem critérios e até mal gerido. O dinheiro público é de todos nós, que contribuímos com nossos impostos. Diferente do meu

dinheiro, que posso gastar da forma que melhor me convier, eu tenho de ter ainda mais zelo, critérios e regras para utilizar o dinheiro que pertence a todos. Esses recursos devem ser investidos com saúde, educação, infraestrutura, assistência social, enfim, com questões que beneficiam toda a comunidade. Então, a função principal do Observatório Social é primar pelo bom uso do dinheiro público, quer seja na Prefeitura, Governo do Estado, Governo Federal, Câmara de Vereadores e até do Judiciário e dos Tribunais de Contas. Você concorda que há má gestão de recursos públicos? De que forma isso acontece? Vou procurar falar de forma técnica. Até porque a função do Observatório Social é eminentemente técnica. Para fazer parte dessa instituição, a pessoa não pode ter qualquer filiação ou envolvimento político partidário, tem de ser uma pessoa de reconhecida honestidade e caráter. E tem de se concentrar em analisar tecnicamente como são gastos os recursos públicos, alertar quando há possíveis erros, fragilidades ou fraudes. E buscar ajudar a corrigir. Hoje em dia, com a Lei da Transparência, qualquer cidadão tem o direito de ter acesso e de obter informações sobre qualquer tipo de gasto público. Então, se o cidadão comum pode fazer isso, muito mais o Observatório Social, que tem pessoas qualificadas e método para isso. Nós fazemos o nosso trabalho e procuramos alertar. Se não formos atendidos, podemos até encaminhar as questões ao Ministério Público, Câmara de Vereadores ou Tribunais de Contas. Para essa função de fiscalizar os gastos públicos não temos vários outros poderes constituídos como as Câmaras de Vereadores, Assembleias Legislativas, Câmara dos Deputados, Judiciário e os próprios Tribunais de Contas? Eles já não recebem um bom dinheiro e têm como obrigação fazer isso? Sim. Acontece que o Judiciário (Ministério Público e Tribunais de Contas) não tem estrutura e nem pessoal suficiente para todas as demandas. Imagina como seria acompanhar online qualquer compra feita por uma prefeitura. Em Santa Catarina, um estado pequeno, temos 295 municípios. E só um Ministério Público e Tribunal de Contas. Em nível federal, é ainda pior. Então, fica revista visão


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impossível acompanhar tudo. Já as Câmaras de Vereadores e Assembleias – e até o Parlamento Federal – pelo envolvimento político, não têm a isenção necessária para essa função. Afinal, a gente sabe que nesses locais temos oposição e situação. E quem é amigo ou faz parte do partido do Prefeito, Presidente ou Governador, acaba aprovando apenas o que interessa ao Executivo. E a questão da fiscalização deixa muito a desejar. Inclusive porque eles também utilizam recursos públicos, que em alguns casos são mal aplicados também nos Legislativos. Em Lages, depois que criamos o OSL, alguns vereadores nos procuraram sugerindo que fôssemos fiscalizar determinado gasto ou assunto. Veja como é ridícula essa situação. Afinal, é papel deles o de fiscalizar, foram eleitos e ganham salário para isso. É uma prova de que não funciona. Como o Observatório Social acompanha e fiscaliza os gastos públicos? E evita que sejam mal aplicados? Acompanhando de perto, estando vigilantes e presentes quando acontecem as compras públicas (através de concorrências, editais, licitações, pregões e outros certames), quer seja de insumos, matérias-primas, serviços ou obras. Se um edital de compra for mal feito, com a descrição dos produtos sem um extenso detalhamento técnico, por exemplo, pode dar margem a compras superfaturadas ou então para que o fornecedor entregue mercadorias com qualidade muito abaixo do que se espera. Em Lages, por exemplo, tivemos há algumas semanas um processo de compras que estava descrito de forma errada ou insuficiente. O resultado é que seriam comprados guardanapos para uso nos consultórios odontológicos com preços irreais. Para um produto que custaria no máximo R$ 2,00 por pacote, aquela compra seria efetuada por R$ 208,00 ao pacote. Alertamos a tempo e a compra foi cancelada. Em outras duas situações, seriam comprados envelopes com valor unitário de R$ 8,00 quando o custo do pacote, com 10 unidades, custa no máximo R$ 2,60 no mercado. Também conseguimos evitar. Tivemos o caso de compras de tomates, batatas, cenouras e cebolas para a merenda escolar por unidade e não por quilo, o que é no mínimo, estranho. Se num edital de compra você colocar que precisa adquirir grampeadores, por exemplo, e não especificar que tipo de grampeador, corre o risco de receber um produto de qualidade inferior. Temos grampeadores que custam de R$ 1,99 a R$ 80,00. Esses erros acontecem com muita frequência. Em Lages, por exemplo, há três anos compraram-se vários aparelhos de ar condicionado para as escolas. E o fornecedor entregou revista visão

equipamentos que apenas resfriam os ambientes (e precisava-se exatamente do contrário, já que nosso clima é muito frio). Pior: compraram os equipamentos sem saber se as redes elétricas das escolas comportavam esse tipo de aparelho. Resultado: os aparelhos não foram instalados, gastou-se muito dinheiro, alguém ganhou com isso e nós é que pagamos. É para ajudar a evitar situações como essas que existe e funciona em Lages o Observatório Social. Isso acontece por erro técnico, desconhecimento das pessoas envolvidas ou de propósito para beneficiar alguém? Não posso responder a isso porque nosso trabalho é técnico, como já disse. Mas julgo que aconteçam por ambos os motivos. Daí a importância de estarmos vigilantes. Temos uma estatística divulgada pela Associação de todos os Observatórios Sociais do Brasil que estima que 20% de todos os orçamentos públicos do país sejam gastos de forma errada ou desnecessária. Isso é muito dinheiro que os governos estão arrecadando e cobrando da sociedade na forma de impostos e que acabam não voltando na forma de benefícios. Como exemplo, a arrecadação da Prefeitura de Lages supera os R$ 300 milhões por ano. Se 20% fossem mal geridos (não estou dizendo que isso acontece), isso representaria R$ 60 milhões por ano em dinheiro mal aplicado. Seriam R$ 5 milhões por mês só no âmbito do nosso município. Imagina o que se poderia fazer em benefício do povo na saúde, educação, habitação e na infraestrutura com tal volume de recursos como esse. A sociedade precisa saber que servidor público é pago para prestar serviços a toda coletividade. Não é o Prefeito, o Governador ou o Presidente que são nossos chefes. Ao contrário, nós é que somos os chefes deles. Eles receberam poder da sociedade, através do voto, para administrar os recursos públicos. Nós não somos contra esse ou aquele. Não estamos lá para atrapalhar e prejudicar. Queremos simplesmente eficiência no serviço público. Em Lages, o Observatório Social só está monitorando a Prefeitura? Ou também as outras instâncias do Governo Estadual e Federal e seus órgãos? Nós temos uma estrutura muito pequena, apenas uma colaboradora fixa, dois estagiários e alguns voluntários. Então, fica impossível acompanhar todas essas instâncias de poder. Neste primeiro momento, optamos por acompanhar mais de perto os gastos da Prefeitura. E julgo que estamos fazendo muito bem nosso traba-

lho. Também ajudamos a ACIL e as entidades empresariais no levantamento de dados e apoio para as cobranças que fizeram pela melhoria da qualidade nas obras federais das marginais da BR-282, aqui em Lages. Mas sim, com o tempo e com a ampliação de capacidade, queremos e devemos acompanhar também os gastos da SDR, da Câmara e dos demais órgãos do Governo do Estado e Federal. Há muito por fazer. Por isso, precisamos de mais voluntários dispostos a nos ajudar com pelo menos uma pequena parte do seu tempo e conhecimento. Quem mantém o Observatório Social? Qual a estrutura que dispõe? Juridicamente, nós somos constituídos na forma de uma OSCIP – Organização da Sociedade Civil de Interesse Público. Ou seja, não somos uma entidade governamental e tampouco privada. Mas, pelo Estatuto, somos proibidos de ter associados que ocupem cargo de confiança, sejam servidores públicos ativos ou que tenham filiação com qualquer partido político. E também não podemos receber recursos públicos para nos manter. Ficaria muito estranho receber dinheiro dos poderes e esferas governamentais às quais nós queremos e devemos acompanhar os gastos. Desta forma, quem sustenta nossa estrutura e custos fixos é um conjunto de entidades empresariais e pessoas físicas da cidade. Em Lages, contamos com o apoio da ACIL, CDL e de outras entidades que integram o Fórum das Entidades Empresariais. Elas nos ajudam mensalmente com determinado valor, aprovado por suas respectivas diretorias. E nós prestamos


conta regularmente do que fazemos com o dinheiro. Temos uma sede alugada que está localizada na Rua Quintino Bocaiúva, 61, sala 21, edifício Office Center, próximo ao terminal urbano. É uma estrutura bastante enxuta. Toda a diretoria é voluntária, não recebe nada. Nossos custos em média ficam na faixa de R$ 4,5 mil por mês. Nosso horário de funcionamento é no expediente do comércio. As pessoas podem ir nos visitar. E essas entidades não têm vínculos com os órgãos governamentais? O Observatório Social não corre o risco de ter seu trabalho cerceado ou limitado pelas pessoas que comandam essas entidades? Até o momento, nestes quase dois anos de atividades, nunca tivemos esse problema. Até porque todos os dirigentes que participaram da criação do Observatório Social sabem qual seria o nosso trabalho e querem que façamos exatamente isso: acompanhar de perto e primar pela boa aplicação dos recursos públicos. Não creio que essa ingerência vá acontecer algum dia. O Observatório Social é formado por pessoas de bem, sérias e honestas. E que doam seu tempo pelo bem de sua cidade e coletividade. E como o Prefeito, os secretários municipais – e os integrantes dos órgãos públicos que são acompanhados – enxergam esse trabalho? No começo, ainda na transição de governo, fizemos várias reuniões com participação do prefeito, de seus secretários e das entidades.

Nosso objetivo é ajudar os órgãos públicos para que erros não sejam cometidos, desperdiçando dinheiro público. Não queremos expor ninguém à opinião pública sem merecimento ou por puro prazer de ver o ‘circo pegando fogo’”.

Explicamos qual seria nosso objetivo e intenções. Em todos os momentos, mostraram-se solícitos e abertos à parceria. Mas, infelizmente, não é o que estamos vivenciando hoje. Eles não enxergam o Observatório Social como algo importante. Na prática, até agora, apresentamos 48 ofícios pedindo esclarecimentos ou providências em processos de compras ou de gastos. E tivemos apenas 13 respostas oficiais. Das 13 respostas, foram seis correções e cinco anulações. Dos 316 editais lançados pela Prefeitura de Lages neste ano, nós analisamos e acompanhamos 80% dos casos (246). É um trabalho bastante complexo e meticuloso. Mas fundamental quando se quer evitar desperdício de dinheiro público. Se a Prefeitura só respondeu 13 dos 48 ofícios, como ficaram os outros pleitos? No final de cada exercício (que corresponde a um ano), nós levaremos tudo ao conhecimento do Ministério Público, Tribunal de Contas e à Câmara de Vereadores. Até porque temos acordo de parceria e de cooperação técnica firmados com os Ministérios Públicos Estadual e Federal e com a Controladoria Geral da União (CGU). Nós não temos poder de fiscalização, só de acompanhamento, o que é assegurado, aliás, para qualquer cidadão. Aí caberá a essas instâncias tomarem as medidas que julgarem pertinentes e necessárias. Isso pode resultar, inclusive, em processo por improbidade administrativa contra os gestores públicos caso não respondam a nossos pleitos. Que tipo de providências ou de problemas mais ocorrem? Há casos graves entre essas notificações não respondidas? Em geral, são descrições mal feitas ou incompletas dos itens a serem adquiridos, sobrepreços em alguns itens (para isso fazemos pesquisa com o que cobram as empresas no mercado), falta de transparência e de clareza em alguns processos (não se usa a tabela de referência), entre outros. Exemplo: na véspera da compra de mais de 100 tipos de medicamentos para a Secretaria de Saúde, alertamos o Procurador do Município de que os preços constantes no edital da licitação estavam exagerados e que a concorrência deveria ser cancelada. Para nossa surpresa, não foi suspensa. E no dia da concorrência pública não apareceu nenhum fornecedor. Como a Secretaria estava sem aqueles remédios, devem ter feito a compra com dispensa de licitação. Aliás, esse é outro grave problema que ocorre. Em 2011, tivemos apenas cinco compras sem licitação em Lages.

Em 2012, foram nove. Em 2013, foram 14. E em 2014, até o final de junho, já haviam sido 18. Nas compras com dispensa de licitação os dados não são publicados no site. Isso demonstra falta de planejamento, para dizer o mínimo. Afinal, quem está no poder sabe que há demandas que precisam ser providenciadas com muita antecedência em função da exigência de licitações. Mas parece que em muitos casos preferem forçar a compra sem licitação. Com isso, evita-se a disputa de preços. Há irregularidades também nas compras feitas através de carta convite. Na prática, o que acontece em geral é que os próprios fornecedores se encarregam de apresentar propostas de outros concorrentes, muitas vezes parceiros e amigos em outras compras. Isso tudo é irregular. Há poucos dias, o Observatório Social mandou as informações para a imprensa sobre a compra dos guardanapos. Logo em seguida a prefeitura cancelou a compra. Por que vocês não divulgam todos os demais problemas para que a imprensa também possa ajudar? Nosso objetivo é ajudar aos órgãos públicos para que erros não sejam cometidos. Não queremos expor ninguém à opinião pública sem merecimento ou por puro prazer de ver o “circo pegando fogo”. E neste começo, tivemos um grande cuidado com as divulgações até para que não fôssemos tachados de estar nos prestando para algum interesse político. Em algumas situações, no entanto, precisamos intensificar essa parceria com a imprensa, que tem um papel primordial na questão da transparência que precisa existir em tudo o que é público. Temos uma página no Facebook onde publicamos tudo o que fazemos. E isso é de domínio público. Para finalizar, como está a aplicação da Lei da Transparência na Prefeitura de Lages pelo site oficial? Está razoável. Mas poderia ser bem melhor. Está na lei, por exemplo, que o município deveria publicar a relação de todos os servidores públicos, funções que desempenham, com os respectivos salários. Depois de muita insistência, publicaram a relação dos servidores. Mas sem as devidas remunerações. Não tinha lá também a relação da frota de veículos. Nós cobramos e depois de muita insistência, disponibilizaram. Há muitos problemas também de transparência nas compras sem licitação e nos processos de aquisições por carta convite. Nisso, precisa melhorar muito ainda. Mas nós vamos ficar insistindo e cobrando. É esse nosso papel. revista visão

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Por

Suely Miyake • Fotos

Gugu Garcia gente@revistavisao.com.br

Um grande exemplo

Monique, Manuella, Eduardo, Mônica Grisólia e Francisco Mendes transbordam alegria no registro de família

Quem

disse que por detrás daquela barba que nos arranha o rosto não tem um coração moleque querendo brincar? Quem disse que por detrás daquela voz grossa não tem um menino criativo querendo falar? Quem foi que falou que aquelas mãos grandes não sabem fazer carinho se o filho chorar? Quem é que achou que no fundo do peito largo não tem um coração de pudim, quando o filho amado, com um sorriso largo se põe a chamar? Quem foi que determinou que aquele coroa, de cabelos brancos não sabe da vida para querer me ensinar? Pai, você me escolheu filha, eu te fiz exemplo! Uma homenagem a todos os pais!

Beijos, Suely.

Gisele Oliveira Kloch com seu esposo Willi Kloch Neto

A elegância de Mariana e Valmir Tortelli revista visão


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Rosângela e Dr. Paulo Cesar Duarte prestigiando o Baile de Debutantes 2014

Aline Timóteo dos Santos esbanjando beleza e estilo

Foto Divulgação

A vó coruja Ana Cristina Oliveira Vianna e seu pequenino neto Cauã Vianna Barbosa

O belo registro do casal Rose Mara de Souza Matos e Nilceu José de Matos

A simpatia do casal Tania Marlise Theis e Dr. Luiz Antônio Oliveira

Edmar e Mariângela Wruck, de Blumenau, – com o filho Vinícius – que acaba de completar 10 anos. Parabéns!

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14 15 <infraestrutura

RODOVIAS ESTADUAIS

SC-390 Crateras na pista - uma constante em vários trechos

SC-390 - Obras muito lentas

DA REGIÃO AINDA ESPERAM

POR MELHORIAS

SC -116 - Detonação de rochas

SC-114 - Asfalto com vários problemas revista visão


QUANDO A SERRA CATARINENSE, NAS ELEIÇÕES DE OUTUBRO DE 2010, CONSEGUIU DEPOIS DE 50 ANOS ELEGER NOVAMENTE UM SERRANO PARA O MAIS ALTO CARGO POLÍTICO DO ESTADO, RAIMUNDO COLOMBO, A EXPECTATIVA DE TODOS ERA DE QUE, COM A “MÃO NA CANETA”, FINALMENTE TERÍAMOS A DECISIVA ATENÇÃO QUE MERECÍAMOS POR PARTE DO ESTADO. EM PARTE, ISSO DE FATO ACONTECEU. MAS NA QUESTÃO DA INFRAESTRUTURA RODOVIÁRIA, NUM BALANÇO DESTES QUASE QUATRO ANOS DE MANDATO DO ATUAL GOVERNO, POUCO SE REALIZOU ATÉ AGORA.

Em geral,

mesmo estando em obras em alguns trechos (em ritmo lento), a situação das rodovias estaduais da região continua péssima e crítica. Os pavimentos, antigos e com tempo de vida útil esgotados, encontram-se completamente em “frangalhos” nos trechos entre Lages a Bom Jardim da Serra (uma das principais vias turísticas da Serra Catarinense – com 120 quilômetros no total). Nesse trecho, é comum encontrar motoristas com problemas mecânicos nos veículos ou com pneus, rodas e suspensão danificados pelas várias crateras que se abrem (principalmente quando chove muito). O Governo, em alguns momentos, faz um tapa buracos emergencial (que nem de longe é o suficiente para amenizar a situação). A mesma situação verifica-se no trecho entre a BR-282 (Índios) até Otacílio Costa (onde a situação é agravada pelo trânsito pesado de caminhões). Condição caótica ainda vive-se ao utilizar a rodovia que liga a BR-116 (Capão Alto) até Campo Belo do Sul (em obras), um verdadeiro “suplício”. Neste trecho, em obras desde julho de 2013 (até agora há menos de dois dos 34 Km prontos, de Campo Belo em direção a Lages), o motorista tem de ser um verdadeiro malabarista para desviar das “crateras”, buracos e irregularidades na pista. SOMENTE 45,3 KM DE ASFALTO NOVO Até o final do mês de julho de 2014, o Governo Colombo havia inaugurado tão somente dois pequenos trechos de asfalto novo na região em seu atual mandato. O primeiro foi em março de 2012, quando entregou um asfalto novo de 20,6 quilômetros da rodovia SC-370, que liga Urubici até próximo à Serra do Rio do Rastro, uma obra que teve um valor bastante “salgado”, R$ 50 milhões (R$ 2,5 milhões por quilômetro). Saliente-se, é bom lembrar, que aquela obra estava bastante adiantada quando Luiz Henrique da Silveira (LHS) entregou seu governo, em dezembro de 2010 (portanto, seria injustiça dizer que “foi obra de Colombo”). O outro trecho, de 16,7 quilômetros, que liga Urupema a Rio Rufino, foi inaugurado pelo governador em novembro de 2012. Da mesma forma, trata-se uma obra que estava bastante adiantada no final do governo anterior. E que não pode ser “contabilizada” totalmente pela atual administração. Se somados os cerca de oito quilômetros que Colombo fez avançar no período, em asfalto na Rodovia Caminhos da Neve, que ligará São Joaquim a Bom Jesus, durante sua gestão foram concluídos apenas 45,3 quilômetros de asfalto novo na região (incluindo as duas obras que estavam quase prontas, como se mostrou acima). É muito pouco para um governador serrano. A Rodovia Caminho das Neves foi anunciada durante as eleições de 2006. Mas começou

14 15

Por

Loreno Siega • Fotos

Gugu Garcia Loreno Siega Divulgação

efetivamente apenas no final de 2007. E quando Colombo assumiu, em janeiro de 2011, haviam apenas três quilômetros de asfalto prontos. Agora, são 11 km concluídos, num total de 29,4 até a divisa com o Rio Grande do Sul. Colombo repassou ao 10º BEC (que executa aquela obra) um total de R$ 6 milhões. E mais recentemente anunciou o repasse de mais R$ 7,9 milhões (em várias parcelas) para que o 10º BEC dê continuidade à pavimentação até o km 18 (trecho que só deverá ser concluído em 2015 – se tudo der certo). Em termos de obras revitalizadas, o atual governador conseguiu em seu atual mandato concluir um trecho de 22 quilômetros da SC-114 (da cidade de Otacílio Costa até a BR-470), um recapeamento simples que custou R$ 2,1 milhões (mas que já tem trechos novamente danificados). E também foi revitalizado outro trecho de 24 quilômetros da SC-110 (que liga a BR-282, em Bom Retiro, até a cidade de Urubici). Esta revitalização, também um recapeamento simples, foi entregue em janeiro de 2014 e custou R$ 3,7 milhões. BUROCRACIA E ENTRAVES O próprio governador reconhece que em termos de obras rodoviárias concluídas para a região, neste mandato, deixou a desejar. Mas, quando se pronuncia a respeito, justifica sempre falando na “burocracia” e nos vários “entraves” que engessam e atrapalham o poder público quando se trata de realizar obras (processos licitatórios demorados, recursos de empresas que perdem as licitações ou que vencem e desistem das obras, licenças ambientais, etc). Nos dois primeiros anos de Governo (2011 e 2012), principalmente, havia ainda outro motivo. As finanças do Estado estavam péssimas. E não havia como investir recursos próprios em obras e melhorias para os catarinenses. Essa situação só foi se reverter a partir de meados de 2013, quando Colombo “afinou os ponteiros” com o Governo Federal. A partir de então, a situação financeira do Estado começou a melhorar. E Colombo conseguiu “respirar mais aliviado”. Buscou renegociar as dívidas do Estado com a União em condições mais vantajosas (redução das taxas de juros). Além disso, obteve facilidades para conseguir altos empréstimos com juros subsidiados e longos prazos de bancos como o BNDES, BID e até recursos a fundo perdido do Governo Federal. Com isso, para 2014, obteve a maior soma de recursos já conseguida em toda a história por um governo catarinense, mais de R$ 10 bilhões, dinheiro que está sendo injetado em vários setores no chamado “Pacto por Santa Catarina”. Fruto desta nova situação, felizmente, há algumas obras rodoviárias (e em vários outros setores) em andamento na região. Há revista visão


RESUMO DA SITUAÇÃO GERAL

16 17 RODOVIA

TRECHO

EXTENSÃO

SITUAÇÃO

INVESTIMENTO

CONCLUSÃO

SC-370

Urubici à Serra do Corvo Branco

20,6 km

Concluída

R$ 50 milhões

Mar. 2012

SC-370

Serra do Rio do Rastro

9,3 km

Início da terraplanagem

R$ 36,1 milhões

2016

SC-370

Pé da Serra até Grão Pará

23,5 km

Início da pavimentação

R$ 41,3 milhões

2015

SC-112

Urupema a Rio Rufino

16,7 km

Concluída

R$ 16,7 milhões

Nov. 2012

SC-114

Painel a São Joaquim

55 km

Em obras

R$ 55,7 milhões

2015/16

SC-114

Lages a Painel

23 km

Em processo de Licitação

- Só depois da licitação

2016

SC-114

S. Joaquim até a Serra do Rio do Rastro (B. Jardim)

45 km

Em processo de licitação

- Só depois da licitação

2016

SC-390

BR-116 (Capão Alto) até Campo Belo do Sul

34 km

Em obras desde julho de 2013

R$ 29,6 milhões

2015

SC-390

Anita Garibaldi a Celso Ramos

26 km

Em processo de licitação

R$ 50 milhões (previsão)

2016

SC-120

Curitibanos até a BR-282 (São José do Cerrito)

40 km

Em processo de licitação

R$ 83 milhões (previsão)

2017

SC-110

BR-282 (Bom Retiro) até a cidade de Urubici

24 km

Revitalização concluída

R$ 3,7 milhões

Jan. 2014

SC-114

BR-470 até a cidade de Otacílio Costa

22 km

Revitalização concluída

R$ 2,1 milhões

2013

SC-114

BR-282 (Trevo de Índios) até Otacílio Costa

35 km

Em processo de licitação

R$ 20 milhões (previsão)

2016

SC-114

Rodovia Caminho das Neves – São Joaquim a Bom Jesus – do lado catarinense

29 km

11 km concluídos (sendo 8 km concluídos pelo atual governo) + 7 km em obras

R$ 6 milhões investidos pelo atual Gov. de SC + R$ 7,9 milhões sendo repassados ao 10º BEC

-

SC-390

Estrada da Coxilha Rica – (Trecho inicial)

44 km

Estrada foi estadualizada e o projeto está sendo elaborado

-

-

SC-281

BR-116 (Correia Pinto) até a SC-114 (em Palmeira)

33 km

Projeto elaborado pela Klabin e sendo readequado pelo Deinfra

-

-

SC-370

Rio Rufino a Urubici

30,3 km

Projeto de engenharia já elaborado e concluído

-

-

ainda diversas licitações em curso. E alguns projetos para novos investimentos rodoviários sendo elaborados. Tudo isso, no entanto, só deverá ser sentido e visto na prática pelos serranos a partir de 2015 ou 2016. Se Colombo, como indicam as pesquisas eleitorais até agora, conseguir um segundo mandato à frente do Executivo estadual, os serranos podem vislumbrar várias obras e projetos concluídos num futuro próximo. Caso contrário, se vencerem as eleições os outros concorrentes (Paulo Bauer ou Cláudio Vignatti), não se sabe se os atuais projetos em execução ou previstos serão ou não concluídos. OBRAS RODOVIÁRIAS EM EXECUÇÃO No momento (final de julho de 2014), há cinco diferentes trechos de obras rodoviárias importantes sendo executadas na Serra Catarinense por empreiteiras. A primeira delas é o trecho de 55 quilômetros da SC-114, ligando Painel até São Joaquim (incluindo a parte urbana do trecho em São Joaquim). Essa obra, no valor de R$ 55,7 milhões, sofreu grande atraso porque a empreiteira que venceu a licitação, bem no começo das obras, desistiu por falta de estrutura. Foi tentado acordo para que as outras empreiteiras daquela licitação tocassem os serviços. Da mesma forma, a tentativa foi infrutífera. Até que se fez um consórcio de empresas para que as obras, finalmente, iniciassem (em meados de 2013). revista visão

Atualmente o trecho está em execução (num ritmo extremamente lento, diga-se de passagem), com curvas do antigo traçado sendo retiradas, terraplanagem para alargamento em vários trechos (detonação de rochas, etc), incluindo a pavimentação de 700 metros (em Painel) utilizando uma nova tecnologia. Como se trata de uma obra de grande porte, num terreno com muitas curvas e rochas, essa obra só deverá ficar pronta em meados de 2016. Outro trecho importante em obras é na rodovia SC-390, ligando a BR-116 (em Capão Alto) até Campo Belo do Sul. O trecho de 34 quilômetros está sendo executado e contempla terceiras pistas, asfalto novo, sinalização e iluminação. Além disso, as curvas consideradas perigosas estão sendo redesenhadas. A obra iniciou em julho de 2013. E o prazo para conclusão é junho de 2015 (dois anos). O investimento é de R$ 29,6 milhões. Mas em 13 meses de contrato, as duas empreiteiras que tocam os serviços (Engeplan e CCL) concluíram menos do que 2 Km de asfalto. E se esse ritmo persistir, nos 11 meses que restam do atual contrato, a obra nem por milagre ficará pronta.

SC-370 - Grão Pará à Serra do Corvo Branco

SERRA DO CORVO BRANCO Na SC-370, que liga Urubici a Grão Pará (Sul do Estado), passando pela Serra do Corvo Branco, há dois trechos em obras. O primeiro, de 23,5 quilôme-

SC-370 - Serra do Corvo Branco


SITUAÇÃO DAS OBRAS NAS RODOVIAS

16 17

Asfalto novo Concluído 50 km Asfalto revitalizado

100 km

150 km

200 km

250 km

300 km

350 km

400 km

450 km

500 km

45,3 km + 3 km (Governo anterior) 46,0 km

Quilometragem total das rodovias analisadas

510,4 km 139,8 km 276,3 km

Asfalto em obras

Obras em Projeto ou licitação

tros, iniciou em julho de 2013. Contempla pavimentação e sinalização completa, além da construção de três novas pontes, no trecho que vai do pé da serra (logo abaixo da Serra do Corvo Branco) até a cidade de Grão Pará. O investimento total é de R$ 41,3 milhões e as obras encontram-se no final da terraplanagem e início do processo de pavimentação. O outro trecho compreende a pavimentação dos 9,3 quilômetros da Serra do Corvo Branco, sendo que deste trecho, cinco quilômetros serão feitos totalmente em concreto. Essa obra está no começo da terraplanagem. E vai representar investimentos de mais R$ 36,1 milhões (uma média de R$ 4 milhões por quilômetro devido à complexidade da obra num local tão difícil). Quando concluída, deverá incrementar muito o turismo no local, sendo outro cartão postal de Santa Catarina, a exemplo da Serra do Rio do Rastro.

SC-112 - Urubici a Rio Rufino

SC-390 - Capão Alto à Campo Belo do Sul

Em obras pelo 10º BEC, ainda, um pequeno trecho de mais sete quilômetros na Rodovia Caminho das Neves, que liga São Joaquim a Bom Jesus. Para isso, o Governo do Estado está repassando em parcelas um total de R$ 7,9 milhões, dinheiro que deverá ser suficiente para asfaltar do km 11 (até onde a obra já está pronta) até o km revista visão


98 99

Crateras na SC-390

Caminhos da Neve só tem 11 km de asfalto

Obras na SC-390

18 (onde deverá chegar com esses recursos). No total em obras sendo executadas no momento, somando os cinco trechos (dois na SC-370, um na SC-114, um na SC-390 e outro na SC-430 (Caminho das Neves), são 139,8 quilômetros, que representam investimentos de R$ 170,6 milhões. OBRAS LICITADAS OU EM PROCESSO DE LICITAÇÃO Além dos trechos já concluídos ou em execução, há também alguns projetos sendo licitados ou que serão licitados até o final deste ano. É o caso da pavimentação do trecho de 26 quilômetros entre Anita Garibaldi a Celso Ramos (continuidade da SC-390), uma estrada de chão batido, antiga reivindicação da Serra Catarinense. A obra está orçada em R$ 50 milhões. Mas o valor exato só será conhecido após a conclusão do processo licitatório (que deve encerrar até o final deste ano). É o caso ainda da SC-120, que liga Curitibanos à BR-282, em São José do Cerrito, um trecho de 40 quilômetros de extensão, outra reivindicação antiga. Esta obra está orçada em R$ 83 milhões. Mas só quando a licitação for concluída é que o valor real será conhecido. Sendo licitadas, ainda, estão as obras de revitalização da SC-114, ligando a cidade de Otacílio Costa até a BR-282 (no trevo de Índios, em Lages), passando pelo município de Palmeira, um trecho de 35 quilômetros. Este trecho, que recebe trânsito pesado de caminhões carregados com torras (Klabin e Sudatti), encontra-se em péssimas condições, com asfalto extremarevista visão

Trecho entre Capão Alto e Campo Belo do Sul

mente irregular, buracos em vários pontos, placas sujas e ilegíveis, além da manutenção insuficiente. A licitação deve acontecer até o final deste ano, com investimentos estimados de R$ 20 milhões. A assessoria de imprensa da SDR de Lages informou ainda que estão em processo de licitação mais dois trechos da SC-114 (que liga Lages a Bom Jardim da Serra, passando por Painel e São Joaquim). Trata-se do trecho de 23 quilômetros que vai da BR-282 (em Lages) até Painel. E do trecho de 42 quilômetros que vai da cidade de São Joaquim até a descida da Serra do Rio do Rastro. Estas licitações devem estar concluídas até o final de 2014. Mas não se sabe ainda de quanto serão os investimentos. O trecho intermediário desta rodovia (55 km – entre Painel e São Joaquim – como se informou – está em execução). ESTRADA DA COXILHA RICA O Governo do Estado, no começo de 2013, havia anunciado também que faria o projeto e licitaria as obras de pavimentação de um trecho inicial da rodovia que liga a BR-116 (Vacas Gordas) até a Coxilha Rica. Na época, aquela estrada nem era estadualizada. Foi preciso, primeiro, legalizar essa situação (estadualizando a rodovia – que ficou definida como SC-390). Esse processo levou tempo para acontecer. Agora, o Governo investe na elaboração do projeto da pavimentação (que inclui também aspectos de licenças ambientais, etc). Serão 44 quilômetros, que deverão ser licitados após o projeto executivo ser

concluído (não há prazos estimados e nem certeza se irão acontecer ou não). CORREIA PINTO A PALMEIRA Em 2013, foi anunciado também na imprensa regional que o trecho de 33 quilômetros entre as cidades de Correia Pinto e Palmeira (SC-281) seriam pavimentados através da empresa Klabin (uma parceria com o Governo do Estado). A empresa faria o investimento e o estado compensaria isso através do ICMS futuro da companhia. Esse processo seria bem menos burocrático e contemplaria uma rodovia que beneficia principalmente o transporte de madeira (grande interesse econômico da Klabin, que com isso diminuiria o custo logístico da sua matéria-prima). Há apenas um “protocolo de intenções” assinado com a empresa. O projeto foi feito pela Klabin. Mas está sendo readequado para atender às normas do Deinfra. Ainda não se sabe o valor que ficará a obra e nem quando será executada. RODOVIA ENTRE RIO RUFINO E URUBICI Por fim, foi elaborado e concluído no final de 2013 o projeto de engenharia para a pavimentação do trecho de 30,3 quilômetros da rodovia SC-370, entre Urubici e Rio Rufino. O investimento do Governo apenas no projeto foi de R$ 1,73 milhões. Não se sabe quando e nem se a obra será licitada nos próximos anos. Como se vê, a Serra Catarinense em termos de rodovia, precisa de mais agilidade e urgência.



20 21 <garota visão

Nas alturas Nesta

edição, buscamos contemplar a nossa bela Lages de um ângulo diferente, no heliporto do alto do Edifício Cacimba, valorizando e realçando ainda mais a beleza da Garota Visão do mês de agosto, Rafaela Campos. A jovem modelo integra o casting da Prime Models, tem 22 anos, namora, gosta de ler bons livros e ouvir música. São parceiras deste ensaio as Lojas Elza Maria e Moça Biju, com suas bolsas e acessórios, mostrando mais uma vez que saber escolher os acessórios certos pode fazer toda a diferença na hora de compor um look, combinando super bem com as roupas estilosas da loja Happy Wear, que está vendendo várias marcas conceituadas no mercado nacional e internacional.

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4 empresas que colaboraram diretamente com os nazistas 22 23

CURIOSIDA DES Por que saem lágrimas dos nossos olhos quando bocejamos? Quando a gente abre a boca para bocejar, os principais músculos do nosso rosto se movimentam e provocam uma grande pressão sobre as glândulas lacrimais, trazendo as lágrimas à tona. O mesmo acontece com as glândulas salivares, que deixam a gente com água na boca porque são pressionadas pelos movimentos bocejantes.

Kodak: Além de usar escravos dos campos de concentração em sua filial alemã, a Kodak fez grandes negócios com o governo nazista, como a fabricação de gatilhos, detonadores e outros equipamentos militares. A Kodak também demitiu todos os seus funcionários judeus que trabalhavam no país, a pedido de Wilhelm Keppler, um dos principais assessores econômicos de Hitler e que tinha forte influência na empresa. Na época, Keppler até tinha o apelido de “Homem Kodak”. Hugo Boss: A marca era apenas uma empresa

familiar, uma das muitas que fabricava uniformes para carteiros na Alemanha, até que o próprio Hugo Boss se filiou ao Partido Nazista em 1931 e dois anos mais tarde passou a produzir as fardas da SS, das tropas de assalto da SA e da Juventude Hitlerista. Os negócios estavam indo tão bem com o governo de Hitler que Boss “teve” que usar o trabalho escravo de campos de concentração da Polônia e da França para dar conta do recado. A história foi admitida pela marca em 1997.

Volkswagen: Pouca gente sabe, mas Hitler ajudou na

criação do conceito e do nome Fusca. Em uma reunião com Ferdinand Porsche (fundador da Volkswagen e da Porsche), em 1934, o ditador nazista pediu que fosse criado um carro com forma simplificada, como um besouro. Quando o projeto ficou pronto, Ferdinand deu a Hitler a honra de nomear o carro. Ferdinand tinha uma ligação direta com Heinrich Himmler, um dos líderes da SS, para solicitar escravos de Auschwitz quando quisesse. Durante a II Guerra Mundial, acredita-se que mais de 90% dos trabalhadores das fábricas da Volkswagen eram escravos oriundos dos campos de concentração.

Ford: Não é novidade que Henry Ford foi um antissemita lendário. Ele era o mais famoso defensor não alemão de Hitler. Quando fez 75 anos, em 1938, Henry recebeu uma medalha nazista, concebido para “estrangeiros ilustres”. Mas como grande comerciante que era, Henry produzia veículos tanto para os nazistas quanto para os aliados norte-americanos.

Rapidinhas Tossir diminui a dor de uma injeção, diz estudo publicado no NY Times.

A fobia mais comum do mundo é a glossofobia, o medo de falar em público, dizem especialistas. revista visão

Nos EUA a venda de Kinder Ovo é proibida. Mas a venda de armas é permitida.

Antigamente, os europeus chamavam as girafas de “camelopardo”, pensado que os seus antepassados seriam um camelo e um leopardo.

Um avião teve que fazer um pouso de emergência depois que uma passageira soltou um pum (imaginem se fosse hoje em dia – a dita cuja sofreria bullyng pelo resto da vida...).


A IMPORTÂNCIA DE UM BOM COMEÇO radicais em sua dinâmica decorrente, também, dos avanços na ciência. Passou o tempo de a criança recém-nascida ser “embrulhada” em cueiros, quase completamente imobilizada. Hoje o conhecimento chega a todos e isto resulta em novas posturas e novos hábitos. Vejamos alguns aspectos do desenvolvimento do bebê: quando nasce, já se movimenta e se comunica com o mundo através do choro ou sons que emite. Ao final dos três anos já aprimorou seus movimentos e sua comunicação. Passa de um estágio quase inerte para um estágio de independência para caminhar e comunicar-se: tempo de construir as primeiras relações e de descobrir o mundo.

A

Educação Montessori dedica especial atenção ao período do nascimento aos 3 anos de idade considerando, com a mesma importância, o período gestacional. Maria Montessori dedicou uma fase de sua vida observando e estudando o desenvolvimento do bebê, aprofundando tais estudos durante sua permanência na Índia incorporando-os aos seus registros sobre a psicologia do desenvolvimento. Impressionante a similaridade de sua teoria com os estudos atuais de diversas áreas como a psicologia, a antropologia, a ciência da cognição. Em todos os casos, por se tratar de desenvolvimento, observa-se a presença da neurociência. E em muitos aspectos da teoria montessoriana, basta atualizar os termos, a linguagem. Isto confirma que Montessori continua cada vez mais atual. Por conta dos recentes estudos sobre o desenvolvimento da criança, a educação atual reavalia suas concepções e reconhece todo processo de desenvolvimento do ser a partir da gestação procedendo-se mudanças significativas em todos os projetos de trabalho infantil, desde o berçário. A sociedade como um todo, apresenta mudanças

A neurociência comprova que o cérebro estimulado cria maior número de conexões neuronais, forma mais massa cinzenta. E, segundo Maria Montessori, este é o período sensível da “mente absorvente inconsciente”, quando a criança precisa de um ambiente estimulante e de oportunidade de ação. Brincando a criança realiza o seu trabalho de autoconstrução. O brincar é o tipo de interação mais significativa que a criança pode desenvolver, seja com o adulto, seja com o material a sua disposição. Por isso o ambiente típico de uma escola montessoriana se distingue pela presença dos necessários “instrumentos” de trabalho psicomotor e intelectual definidos como materiais de desenvolvimento e de formação interior, pois a criança absorve e faz seu tudo o que o ambiente oferece à sua atenção, transformando-o em cultura e civilização. “Nestas relações sensitivas entre a criança e o ambiente está a chave que pode nos abrir o fundo misterioso no qual o embrião espiritual cumpre os milagres do crescimento.” (Maria Montessori). Os dados que as pesquisas neurocientíficas mostram, impõem, de certa maneira, estas novas posturas pedagógicas a todos que trabalham com crianças nos seus primeiros anos de vida. É preciso considerar no planejamento das atividades de estimulação que entre o nascimento e os três anos de idade ocorre a formação de mais de 90% das conexões cerebrais. Isto se dá através da interação do bebê com os estímulos do ambiente. Portanto, este é o período mais importante de preparação dos alicerces das competências e habilidades emocionais e cognitivas futuras das crianças. A Neurociência mostra, ainda, que até os quatro anos de idade a criança já atingiu metade do potencial mental que terá quando adulta. Tais dados, associados à perspectiva montessoriana, confirmam a importância de atitudes conscientes na preparação dos ambientes de convivência onde se estabelecem as relações de aprendizagem pela interatividade e interação com as pessoas, sejam elas adultas ou entre os seus pares. Como se vê, toda estrutura mental da criança se forma nos seus primeiros anos de vida. O

cérebro infantil tem uma quantidade excessiva de sinapse e esta exuberância sináptica continua até o início da adolescência. Uma vez cientes desta qualidade cerebral, os educadores, de modo geral, precisam voltar-se à criação de oportunidades que se revertam em qualidade no desenvolvimento, pois já se sabe que não basta ter neurônios. É fundamental que estes estabeleçam conexões entre si, pois somente a partir da formação das redes neurais torna-se possível o aprendizado. Outro fator de importância refere-se ao atendimento das necessidades básicas da criança, do nascimento aos 5 anos que interferem diretamente na qualidade do crescimento e do desenvolvimento: sono, alimentação – inclui a amamentação pela própria mãe nas escolas com berçário, segundo a necessidade de cada bebê, higiene, saúde, proteção, contato com a natureza, espaço adequado para brincar e para a movimentação que os aspectos motores requerem, especialmente entre a fase do engatinhar aos primeiros passos, destacando-se, ainda, o acesso às produções culturais e ao conhecimento. Na escola de Educação Montessori enfatiza-se o satisfazer as necessidades físicas, psíquicas e emocionais da criança com atividades de rotina como: brincadeiras no espaço interno e externo; rodas de conversa e de história; espaço para desenho, pintura, modelagem e música; atividades diversificadas – próprias das classes montessorianas; cuidados pessoais, cuidados com o outro e com os diversos ambientes internos, a começar com a sua sala de aula, bem como o ambiente natural da área externa e das plantas que ornamentam o ambiente interno. Todos esses requisitos são devidamente planejados, de modo a cumprir o papel principal na missão que a escola montessoriana assume: a de uma educação para toda a vida.

Rita Ramos Consultora Educacional Palestrante ritabsramos@hotmail.com


24 25 <política

Por

Loreno Siega • Fotos

Gugu Garcia, Divulgação

Porém, o excesso de candidatos pode ameaçar a representatividade regional A REGIÃO DA SERRA CATARINENSE, QUE EM VÁRIAS ELEIÇÕES, CHEGOU A TER SETE REPRESENTANTES NOS PARLAMENTOS ESTADUAL E FEDERAL (CÂMARA E SENADO), NAS ÚLTIMAS DÉCADAS VEM PERDENDO ESPAÇO EM SUA FORÇA POLÍTICA. UM GRANDE NÚMERO DE “CARTAS CONHECIDAS” E DE “CARTAS NOVAS” JÁ ESTÁ POSTO À MESA PARA O INÍCIO DE MAIS UMA DISPUTA ELEITORAL.

revista visão


A última

vez que tivemos um número considerado excepcional de candidatos eleitos foi nas eleições de 1986, há 28 anos, quando elegemos um senador (Dirceu Carneiro), dois deputados federais e quatro estaduais. Depois disso, tivemos três eleitos em 1990, três nas eleições de 1994 e de 1998, quatro em 2002 (dois federais e dois estaduais), dois nas eleições de 2006 (incluindo um senador, Raimundo Colombo) e apenas um nas eleições de 2010 (Elizeu Mattos, deputado estadual). Alguns poderão dizer: “Em compensação, elegemos em 2010 o governador Colombo, o cargo político mais importante do Estado, coisa que não acontecia desde 1960”. É verdade. Contudo, o governador, sozinho, também tem limitações. E ele com certeza vai destinar mais recursos para aqueles que tiverem mais gente “incomodando ou cobrando” nos parlamentos (Assembleia Legislativa, Câmara Federal e Senado). Além disso, os parlamentares, todos os anos, podem apresentar emendas nos respectivos orçamentos. E normalmente beneficiam com recursos seus domicílios eleitorais, em detrimento das outras regiões. Um deputado federal, por exemplo, pode fazer indicações de até R$ 10 milhões por ano em emendas. BAIXA REPRESENTATIVIDADE Nas eleições de 2010, além do Governador Colombo, a Serra Catarinense conseguiu eleger apenas um deputado estadual: Elizeu

No âmbito federal, Carmen Zanotto conseguiu mais de 80 mil votos em 2010. Mesmo assim, ficou apenas na suplência (faltaram 6.194 votos para que conseguisse uma das 16 vagas como titular). Assumiu depois num arranjo político porque o Governador Colombo trouxe o deputado João Rodrigues para a Secretaria de Agricultura e Carmen assumiu por três anos. No entanto, como não era titular do cargo, na hora de apresentar as emendas era João Rodrigues quem assumia e beneficiava seu “curral” eleitoral, a cidade de Chapecó e o Oeste de Santa Catarina. SERRANO VOTA EM SERRANO “Por isso, além da reeleição de Raimundo Colombo, a Serra Catarinense precisa, nas eleições de outubro de 2014, voltar a eleger o maior número possível de deputados”, afirmou recentemente o empresário Roberto Amaral, presidente do SCC, ex-presidente da ACIL e grande liderança junto ao empresariado de Lages. A mesma opinião é partilhada pelo atual presidente da entidade, Luiz Spuldaro, a quem está cabendo liderar a volta da campanha “Serrano Vota em Serrano” no âmbito do Fórum das Entidades Empresariais de Lages (que congrega 16 diferentes entidades, incluindo CDL e vários sindicatos patronais). “Em 2010, porque tínhamos Colombo candidato ao Governo do Estado, achávamos que esse tipo de campanha poderia atrapalhá-lo naquelas eleições. Mas agora foi ele mesmo, o governador, quem nos propôs a volta desta iniciativa. Ele quer junto dele mais deputados eleitos para ajudá-lo a defender os projetos da Serra Catarinense nos parlamentos”, complementou Spuldaro. MISSÃO DIFÍCIL

Raimundo Colombo (PSD) tentará a reeleição para Governador de SC

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Mattos. Mas Elizeu deixou a Assembleia em 2012 para se candidatar a prefeito. Venceu as eleições municipais, assumiu como prefeito de Lages e nós ficamos sem qualquer representante naquele parlamento. Arnaldo Moraes, outro candidato lageano bem votado, quase chegou lá. Faltaram-lhe apenas 74 votos para conseguir uma vaga de titular. Mas não conseguiu assumir, já que o PP não fazia parte do Governo.

Apesar das boas intenções do Fórum das

Carmen Zanotto (PPS), concorrerá para deputada Federal

Entidades Empresariais, no entanto, e do desafio de convencer a população a comparecer às urnas e dar votos válidos para serranos, a missão de eleger representantes da região não será nada fácil. Alguns motivos para isso: 1) Os partidos políticos pensam mais em si próprios do que nos interesses da região. Por isso, cada um quer o maior número de candidatos possível para garantir legenda e eleger os mais votados; 2) Os próprios candidatos lançados (12 candidatos a deputado estadual na região), não estão participando da Campanha Serrano Vota em Serrano. Muitos deles, inclusive, fazem a chamada “dobradinha” com candidatos de fora. Exemplos deste tipo de “acerto/dobradinha” não faltam: Marcius Machado, do PR, está pedindo votos a federal para Jorginho Melo, do mesmo partido. Gabriel Ribeiro, do PSD, está fazendo “dobradinha” com João Rodrigues, do mesmo partido. Isso sem falar nos secretários municipais, prefeitos da região e vereadores de Lages – muitos deles com candidatos e fazendo campanha aberta para “forasteiros”. Um terceiro fator que limita nossa representatividade, talvez o mais fundamental, é o baixo número de votos da região (pouco mais de 230 mil eleitores em toda a Amures). Além disso, em torno de 25% dos votos são perdidos com abstenções (gente que não comparece para votar), votos brancos e nulos. revista visão


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tas faziam da Campanha Serrano Vota em Serrano, a grande maioria (em torno de 70%) são contra. E apenas pouco mais de 25% são a favor. Ou seja, os jovens (principalmente) não acham que a referida campanha vai alcançar algum resultado prático. O fato de boa parte dos políticos “trabalharem” para candidatos de fora – aliado ao excesso de candidatos – talvez seja o principal fator para essa opinião desfavorável à iniciativa. CHANCES DE COLOMBO E DE CARMEN

Marcius Machado (PR); tentará o pleito para deputado Estadual

“PURA SACANAGEM” “É pura sacanagem os candidatos e políticos de Lages e região trabalharem para candidatos de fora”, declarou Luiz Spuldaro, da ACIL. “Infelizmente, os partidos pensam mais nos seus interesses do que nas necessidades e estratégias da região”, acrescentou. “Com esse número excessivo de candidatos, principalmente à Assembleia Legislativa, corremos o sério risco de eleger apenas um ou até nenhum deputado novamente”, alertou Roberto Amaral. “Infelizmente, quando precisarmos defender algum projeto na Assembleia ou no âmbito federal aqui da cidade ou região, não vamos ter novamente a quem recorrer. Por isso, todo esforço é válido para convencer os serranos a votarem em serranos que tenham mais chances de se eleger”, declarou a empresária Rosani Pocai, presidente da CDL. Para o leitor ter uma ideia da dificuldade de se eleger um representante, para a Câmara Federal conseguirá uma das 16 vagas sem riscos, apenas aquele candidato que fizer de 90 a 100 mil votos (a cada 250 mil votos na legenda, pouco mais ou pouco menos, o partido ou coligação elegem um representante para federal). A disputa para as vagas a federal contam com pouco mais de 6 candidatos para cada uma das 16 vagas. No âmbito estadual, a disputa é ainda mais acirrada. São mais de 10 postulantes para cada uma das 40 vagas à Assembleia. Desta forma, consegue se eleger tranquilamente apenas aquele candidato (a) que fizer acima de 50 mil votos. Há situações, no entanto, onde candidato com 67 mil votos ficou de revista visão

fora porque seu partido ou coligação não conseguiu legenda (em torno de 100 mil votos para o partido ou coligação para eleger cada deputado estadual). E há casos de pequenos partidos ou de candidatos que conseguiram chegar lá com pouco mais de 18 mil votos (Sandro Tarzan, de São Joaquim, nas eleições de 2002 – e Sérgio Godinho, do PTB, nas eleições de 2006 – graças a uma espetacular combinação de fatores nas vagas remanescentes).

Com relação às chances dos candidatos serranos de “chegarem lá”, o que se pode dizer, neste final de julho (data de fechamento da atual edição), é que temos duas, talvez três boas possibilidades. A primeira delas diz relação à reeleição de Raimundo Colombo para o Governo do Estado. Pesquisa eleitoral do Ibope realizada na penúltima semana de julho mostrava que Colombo (PSD, PMDB e outros pequenos partidos) tinha 40% das intenções de voto na pergunta estimulada. Seu adversário mais próximo, Paulo Bauer (PSDB, PP e PPS – além de outros pequenos partidos) tinha 10%; Cláudio Vignatti (PT) tinha 6%. E Afrânio Boppré (PSOL) tinha 3%. Os outros quatro, somados, não chegavam a 2%. Ou seja, se permanecer ou melhorar ainda

TRÊS FATORES IMPORTANTES Resumindo: para termos mais chances de eleger representantes serranos na Assembleia e Câmara Federal, o ideal seria acontecer uma combinação positiva de pelo menos três fatores: 1) Que o serrano comparecesse em grande número para votar (evitando assim as abstenções); 2) Aqueles que fossem às urnas, que efetivamente votassem em candidatos serranos; 3) Que sejam escolhidos pelo eleitor aqueles candidatos que tenham mais chances de se eleger (o chamado “voto útil”). Mas, a história política da região mostra que candidatos sem viabilidade eleitoral acabam atrapalhando o sucesso de nossa representação. “Muitas vezes deixamos de eleger representantes por poucos votos. Em compensação, alguns candidatos daqui também fazem poucos votos, atrapalhando quem poderia se eleger”, argumentou Luiz Spuldaro, da ACIL, que guarda e dispõe de relatórios e números de várias eleições. Em enquete realizada pela Revista Visão durante o mês de julho, no blog.revistavisao. com.br, sobre a avaliação que os internau-

Renato Nunes de Oliveira (Renatinho – do PP); tenta para deputado Estadual


Anilton Freitas (PTB), Sérgio Godinho (PSB), Domingos Rodrigues (PT) e Wilson Marcelo Alves de Araújo (PSC). Afora os lageanos, para estadual, ainda temos os seguintes candidatos da região: Wanderley Agostini (PSD – Ex-prefeito de Curitibanos); Vander Schons (PSDB – de Celso Ramos); e Marlene Kayser (PP – ex-prefeita de São Joaquim). CORUJA É O MAIS EXPERIENTE

Fernando (Coruja) Agustini (PMDB), concorre ao cargo de deputado Estadual

mais este cenário, Colombo se elegeria tranquilamente no primeiro turno (o que seria muito bom para que o Governador pelo menos termine todos os projetos em andamento na região). Na esfera federal, há duas candidaturas postas pela Serra Catarinense: 1) Carmen Zanotto (PPS) e José Carlos Mariano (um vereador do PSD de Correia Pinto). Pela experiência e forças políticas envolvidas, aliado ao excelente trabalho que realizou como deputada federal suplente de 2010 a 2013, as chances de eleição de Carmen Zanotto são bastante favoráveis. Mas ela precisará fazer entre 90 a 100 mil votos desta vez para conseguir uma vaga como titular. Fato curioso: o partido de Carmen (PPS) tem Paulo Bauer (PSDB) como candidato ao Governo. Mas ela trabalhará para Raimundo Colombo, do PSD e da região, para o Governo. Em contrapartida, vários candidatos a deputado estadual da coligação de Colombo (incluindo Coruja) deverão pedir votos para Carmen a Federal, o que aumentará a viabilidade de sua candidatura. A chance de José Carlos Mariano (PSD) é bastante remota.

Com relação às chances de cada um destes, na esfera estadual, o grau de dificuldades para acertos nesta altura das eleições é muito complicado. Coruja (PMDB), por exemplo, é de longe o mais experiente. Ele já foi vereador e prefeito de Lages, deputado federal por três mandatos consecutivos e Secretário de Estado da Saúde. Além disso, está no PMDB, o maior partido do Estado, que na região tem 10 dos 18 prefeitos, incluindo Lages, onde o prefeito Elizeu Mattos é seu grande cabo eleitoral. Por esses aspectos, tem ótimas condições de se eleger. OUTROS COM CHANCES O jovem advogado Gabriel Ribeiro (PSD), é outro que pode surpreender. É filho do ex-prefeito Décio Ribeiro, sobrinho do governador Colombo (e provavelmente seu candidato a deputado estadual aqui na região – até porque é do mesmo partido). E também foi Secretário Regional. O ex-prefeito Renatinho também tem inegável força política. É um advogado experiente, foi duas vezes vice-prefeito de Lages,

duas vezes prefeito (herdou um mandato de Colombo) e bastante amigo pessoal do ex-governador Esperidião Amin e de sua esposa Ângela. Marcius Machado, do PR, foi o vereador mais votado em Lages nas últimas eleições (fez mais de 3.800 votos). Tem grande penetração nas redes sociais e liderança forte junto aos eleitores mais jovens. Também pode surpreender. Anilton Freitas (PTB) e Sérgio Godinho (PSB) também têm lá seus trunfos. E, dependendo de vários fatores, podem se eleger com menos votos. Os ex-prefeitos Wanderley Agostini (PSD), de Curitibanos, e Marlene Kayser (PP), de São Joaquim, dependem muito de ótimas votações em seus municípios e também do desempenho que tiverem fora. Ou seja, as disputas para estadual serão uma verdadeira “batalha de morte”. Alguns poucos (talvez – e com muita sorte) poderão vencer essa penosa disputa. E a maioria vai “morrer na praia”, sonhando com um futuro “carguinho” no governo de quem vencer, querendo projetar seus nomes para outras eleições e talvez estragando a festa dos demais postulantes (e de nossa representatividade).

VIABILIDADE DOS ESTADUAIS No âmbito estadual, são nove nomes colocados no páreo apenas de Lages: Fernando Coruja Agustini (PMDB), Renato Nunes de Oliveira (Renatinho – do PP); Gabriel Ribeiro (PSD); Marcius Machado (PR); Luís Carlos Pinheiro Filho (PSDB),

Gabriel Ribeiro (PSD); concorre ao cargo de deputado Estadual revista visão

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O SerranO TêniS Clube COmpleTOu 60 anOS de fundaçãO nO dia 01 de maiO deSTe anO. O baile de debuTanTeS, evenTO marCanTe na SOCiedade lageana, fOi um dOS pOnTOS alTOS deSTa COmemOraçãO.

A proposta

para o evento veio da diretora Layla Cristina de Campos e de algumas mães, além da diretoria e dos diretores sociais, Álvaro Mondadori Júnior e Fabrício Reichert, que aceitaram o desafio organizando com muito zelo e carinho a Noite dos Sonhos. O Baile de Debutantes foi uma noite inesquecível para as 18 meninas, dando um show de requinte, tradição, valorização à família e à juventude serrana. A animação e simpatia dos anfitriões fez com que a noite transcendesse glamour e entrosamento com muita felicidade, resgatando

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Fotos

Gugu Garcia

a tradição em torno da passagem dos 15 anos. As valsas, coreografias, homenagens e a presença do ator Vitor Thiré (Rede Globo) proporcionaram um toque especial, fazendo um baile que há muito tempo não se via. O certame de beleza e encantamento ficará guardado para sempre na vida das debutantes e familiares, pois, como diz uma frase muito conhecida: “sonho que se sonha sozinho é apenas sonho; mas sonho que se sonha junto é realidade”. “A família Serrano Tênis Clube tem como maior desejo ver o clube lindo e belo como sempre foi”, ressaltou Carlos Eduardo de Liz, presidente do clube.


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“Há quem diga que todas as noites são de sonhos. Mas há também quem garanta que nem todas, só as de verão. No fundo, isto não tem muita importância. O que interessa mesmo não é a noite em si, são os sonhos. Sonhos que o homem sonha sempre, em todos os lugares, em todas as épocas do ano, dormindo ou acordado.”

+fotos

revistavisao.com.br

William Shakespeare

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As lições que A CopA deixou AgorA que nossos ânimos já se AcAlmArAm, vAle A penA tirAr váriAs lições dA derrotA brAsileirA e do sucesso Alemão.

Como

vimos, os alemães nos deram um show de profissionalismo, mostrando que o resultado de um esporte é muito mais fruto do empenho e dedicação do que da genialidade, do “jeitinho”, da “ginga” que tanto exaltamos na nossa cultura. O sucesso alemão (conforme reportagem “Estado de São Paulo” do dia 10 de julho) foi o resultado de um plano conduzido com detalhes por mais de uma década e que, agora, colhe seus frutos. Tudo começou em 2000, depois da humilhante eliminação da Alemanha da Eurocopa. Foi, então, montado um plano para reerguer o futebol alemão, e a prioridade não seria trazer estrelas estrangeiras, mas criar uma base de jovens para que, no futuro, pudessem brilhar. A meta era atrair, em cada cidade, jovens talentos e formá-los, mesmo que levasse anos para dar resultados. No campo financeiro, a ordem foi trocar os gastos milionários com jogadores estrangeiros por investimentos locais. Todos os clubes foram obrigados a montar escolinhas de futebol como exigência para que pudessem participar do campeonato nacional. Hoje, são 366 centros de treinamento de menores, empregando mil treinadores e dando espaço para 25 mil alemães tentarem a sorte no futebol. Nos estádios, os preços de ingressos foram mantidos congelados, garantindo a lealdade do torcedor. Empresários estrangeiros foram impedidos de comprar clubes, como na Inglaterra. Hoje, a Bundesliga é o torneio mais rentável de toda a Europa, com a maior média de público, 45 mil por jogo, e o único em que todos os times estão em situação financeira estável. A estrutura montada pelo Bayern de Munique se transformou em paradigma. O local é um laboratório da técnica e de inovações. Cinco campos de treinamento espaçados em 70 mil metros quadrados recebem, semanalmente, 185 jovens. O Bayern tem 26 olheiros e treinadores, todos com formação profissional. Outras 40 pessoas trabalham exclusivamente para os times de base, incluindo psicólogos. A Alemanha contou também com a ajuda da tecnologia para obter os seus resultados.

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Trata-se de um programa desenvolvido pela SAP, empresa especializada em aplicativos de negócios empresariais, parceira da Federação Alemã de Futebol desde o ano passado, para analisar, com riqueza de detalhes, o desempenho de cada um dos jogadores da equipe e também dos adversários. O programa exibe para seus usuários dados como quilômetros percorridos, número de passes certos e de chutes a gol de cada jogador. “Imagine que, em apenas dez minutos, dez jogadores geram mais de sete milhões de dados”, comentou Oliver Bierhoff, diretor técnico da seleção. “Com esse programa, nossa equipe consegue analisar esse volume imenso de dados e personalizar o treinamento para melhor preparar a seleção para seu próximo compromisso”. Depois da goleada sobre o Brasil, Joachim Löw, técnico da Alemanha, fez questão de dizer que havia se preparado muito bem para a partida. O treinador sabia, por exemplo, que a defesa da seleção brasileira tem dificuldades quando é atacada em velocidade. O programa desenvolvido pela SAP ajudou Löw e seus colegas de comissão técnica a mapear os pontos fracos do Brasil. Além do programa, a seleção alemã se armou de outras maneiras para aprender a jogar contra a seleção brasileira. Hansi Flick, auxiliar de Löw, contou que eles têm uma equipe de observadores e que essas pessoas foram de grande ajuda para a montagem do plano de jogo exibido em Belo Horizonte. “Nós temos um trabalho muito minucioso de scouting”, comentou Flick. “Um exemplo: nós contamos com 40 estudantes de Ciências do Esporte para nos ajudar. Eles analisam a fundo cada um dos adversários”. Diante deste show de competência, seriedade e profissionalismo, que cada um de nós se anime a adquirir estes valores na sua vida e faça depender cada vez menos os resultados dos nossos objetivos (escolares, profissionais, familiares etc.) do ânimo ou desânimo, do jeitinho e da esperteza. Se queremos mudar a nossa cultura, vamos na frente nesta atitude, e pouco a pouco este exemplo será irradiado a todas as pessoas.

Texto

Pe. Paulo M. Ramalho Sacerdote ordenado em 1993. Engenheiro Civil formado pela Escola Politécnica da USP; doutor em Filosofia pela Pontífica Università della Santa Croce; Capelão do IICS (Instituto Internacional de Ciências Sociais). Atende direção espiritual na Igreja de São Gabriel, em São Paulo



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Lages Garden Shopping entrega primeiras 35 lojas para empreendedores No sábado, dia 19 de julho, o Lages Garden Shopping realizou o evento denominado “Cumeeira”. Na prática, é o momento que marca o final da cobertura do empreendimento, que no caso de Lages aconteceu inclusive bem depois disso já que na mesma data foram entregues os primeiros 35 espaços para que os empreendedores possam, a partir de agora, trabalhar na montagem de suas lojas. Na solenidade de entrega, foi apresentado o cronograma de obras, inclusive com o anúncio da inauguração para o dia 30 de outubro de 2014. “Quem está pensando em adquirir um espaço no Garden não pode mais ter dúvidas e nem perder tempo. Normalmente após a inauguração de qualquer shopping o movimento é intenso. “Afinal, todos virão para conhecer o novo espaço de compras e lazer. E isso resulta em vendas. E logo em seguida estaremos em dezembro, período de maiores vendas do comércio. Isso sem falar na divulgação que ocorrerá pela mídia e de boca em boca. Portanto, quem pensa em investir deve fazê-lo já para aproveitar esses momentos tão especiais de vendas e de faturamento”, explicou o

Presidente do Grupo Tenco, Sr. Eduardo Gribel. O shopping representará pelo menos R$ 30 milhões por ano apenas em arrecadação de impostos, com a geração de 3 mil vagas de empregos diretos. O Lages Garden Shopping está em obras há pouco mais de dois anos, tendo sido intensificadas a partir de junho de 2013 (com o ingresso da Tenco como investidor). Ao todo, serão mais de R$ 200 milhões em investimentos diretos em Lages (a obra física está praticamente pronta), com 140 lojas, 4 salas de cinema, espaço para gastronomia e várias lojas âncora. Ao todo serão quase 80 mil m² de área construída, com mais de 1.000 vagas cobertas de estacionamento.

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Anunciado o resultado da Festa do Pinhão Na manhã do dia 18 de julho, foi apresentado à imprensa o resultado da Festa Nacional do Pinhão. A reunião aconteceu na Fundação Cultural de Lages (FCL) e contou com a presença do coordenador geral da CCO, Toni Duarte, do Prefeito Elizeu Mattos e do Sr. Beto Ody (Gaby Produções), juntamente com vários secretários municipais de Lages. Foi a primeira vez que o evento foi realizado através de uma PPP (Parceria Público Privado). Com isso, os gastos com shows nacionais e parte da divulgação ficaram com a empresa Gaby Produções. Num release distribuído à imprensa, falou-se num público total no Conta Dinheiro de 240 mil pessoas entre pagantes, menores de 12 anos (que não pagaram ingresso), estudantes, colaboradores, expositores e convidados em geral – mas não se passaram esses números dia por dia – como nos outros anos). “Foi um grande evento. E prometemos que será ainda melhor nos próximos anos”, disse Beto Ody, da Gaby Produções. “Neste ano, não ganhamos dinheiro. Mas também não tivemos um desembolso tão grande como imaginávamos”, destacou. Da parte da Prefeitura, foram gastos em torno de R$ 900 mil para realizar a Festa do Pinhão de 2014 (estão inclusos nestes gastos outros eventos paralelos como a Cavalgada, etc). E a arrecadação chegou a R$ 550 mil (R$ 500 mil do Governo do Estado e R$ 50 mil do Banco do Brasil). Desta forma, o investimento do município no evento foi de R$ 349 mil. revista visão

GVT lança oficialmente as operações em Lages A Global Village Telecom (GVT), empresa de telefonia fixa, banda larga e TV por assinatura, fez o lançamento oficial de suas operações, em Lages, na quinta-feira (17/07), às 19 horas, no auditório da Associação Empresarial de Lages (ACIL). O prefeito Elizeu Mattos, secretários municipais, imprensa e outras autoridades estiveram presentes no coquetel oferecido pela empresa. Os investimentos em Lages giram em torno de R$ 20 milhões. Serão oferecidos 17 mil pontos. A diretora regional de vendas da região Sul, Irene Machado, afirmou no dia que a instalação completa dos serviços terminam em setembro. A área de cobertura da empresa vai atingir 18 bairros da cidade. Para saber se o seu bairro está na cobertura da GVT, pode ligar no número 10325. A empresa utiliza tecnologias inovadoras com rede híbrida composta por cabos ópticos e metálicos, o que está sendo instalado atualmente.


Lages sediou 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense O Seminário se transformou numa grande oportunidade a mais de 700 produtores, técnicos e acadêmicos, para o real conhecimento do potencial da pecuária de corte para o desenvolvimento regional. Ficou claro que a otimização do potencial de produção está ligado diretamente às pastagens e ao manejo delas em sistemas integrados; além da inclusão do manejo reprodutivo do rebanho de cria com foco nos resultados, e ainda a capacidade de investimentos em tecnologia e das principais fontes de captação de recursos. Estes foram os principais focos do 2º Seminário de Pecuária da Serra Catarinense, realizado no Parque Conta Dinheiro, em Lages, na quarta-feira (16/07). O evento trouxe renomados palestrantes, que apresentaram diversos pontos de discussão e que necessitam ser mais bem observados. Numa região rica em terra, água e luz, não há outra perspectiva a não ser o crescimento do agronegócio. No entanto, numa das palestras proferida pelo Prof. Dr. Aino Victor Jacques, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) ele disse que a pecuária em Santa Catarina anda devagar. Nas últimas décadas, cresceu apenas 40%, em comparação com as demais culturas, de grãos, por exemplo.

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Elizeu promete entregar Av. Duque de Caxias até novembro O Prefeito Elizeu Mattos, falando à Rádio Clube na manhã da terça-feira (15/07), prometeu que as obras da Av. Duque de Caxias serão finalizadas até novembro deste ano. Deveriam ter sido entregues até setembro. Mas devido às chuvas e a algumas outras questões, atrasou. O prefeito também falou de outras obras e projetos, como a recuperação do asfalto em 40 ruas e avenidas, incluindo a revitalização das Avenidas Presidente Vargas, Luiz de Camões, Bruno Luersen e Rua Correia Pinto.

Inaugurada oficialmente a sede própria da Planalto Confecções Com a presença dos empreendedores Elio de Liz (Deliz Confecções, com sede em Tijucas) e de Jean Pellizzaro (Planalto Confecções, de Lages), além do prefeito Elizeu Mattos; vice-prefeito Toni Duarte; Presidente da SC-Par, Paulo Cesar da Costa (representando o Governador João Raimundo Colombo) e de várias outras autoridades e imprensa, foi inaugurada no final da tarde de sexta-feira (18/07) a sede própria da Planalto Confecções, no distrito Industrial do bairro São Paulo, próximo ao cemitério Parque da Saudade. A empresa atua no setor têxtil. E começou a funcionar em local próprio no dia 23 de junho, data em que o parque fabril se transferiu de uma sede alugada no bairro São Cristóvão para o moderno e novo local. O investimento foi de aproximadamente R$ 2,5 milhões (na construção do espaço físico e aquisição de máquinas de costura). O barracão tem 3.780 m² de área construída. Atualmente, emprega 212 costureiras. Mas nas próximas semanas deverão iniciar os trabalhos pelo menos outras 200 (100 delas já em treinamento), totalizando 400 empregos diretos. No final do ano passado a Prefeitura de Lages doou o terreno. E os empresários Elio e Jean se comprometeram a construir a nova sede até a metade deste ano, o que de fato aconteceu. revista visão


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Maurício Batalha deixou o cargo de Diretor Geral da Secretaria da Saúde de Lages O advogado Maurício Batalha, que até meados de julho desempenhava o cargo de Diretor Geral na Secretaria de Saúde de Lages, pediu para sair da função. Motivo: desentendimentos com a titular da pasta, Dra. Cristina Subtil, entrevistada do mês de julho na Revista Visão. Segundo informaram alguns blogueiros, Maurício não suportava mais o clima na Secretaria de Saúde. E teria tido uma conversa pouco amistosa com Dra. Cristina antes de pedir para sair. Pela sua competência e lealdade ao prefeito Elizeu Mattos – e também ao vice, Toni Duarte – com certeza ocupará outro cargo importante na atual administração.

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Lages pretende implantar Guarda Municipal Tendo em vista a implantação da Guarda Municipal de Lages, o secretário de Segurança e Ordem Pública, Paulo Dellajustina, e o diretor Estanislau Paes, estiveram em Balneário Camboriú no mês de julho em visita à Secretaria de Gestão em Segurança e Incolumidade Pública. “Balneário Camboriú tem uma Guarda Municipal que serve de modelo a quem pretende implantar sistema semelhante na área de segurança pública. É elogiada pela estrutura e trabalho, nos moldes da Guarda Municipal de Curitiba”, afirma Dellajustina. O secretário de Segurança de Balneário Camboriú, Edemir Meister, e o diretor da Guarda Municipal, Adélcio Bernardino, repassaram informações sobre o funcionamento da corporação. “A visita foi importante para tirarmos dúvidas quanto ao processo de implantação e as áreas de competência”, afirmou Dellajustina. “Entendemos que, assim como os governos federal e estadual, a administração pública municipal deve contribuir para proporcionar segurança à população”, acrescentou. “Nos honra muito ter recebido o Dellajustina, amigo de longa data, com quem tive o prazer de trabalhar quando na ativa”, finalizou Edemir.

Guarda Municipal de Balneário Camboriú, SC revista visão

Escolha da Garota Jocol será no começo de setembro

Um concurso de charme, beleza, desenvoltura e simpatia do esporte lageano acontecerá no dia 05 de setembro, a partir das 23h30min, na Boate Cia. Ltda (esquina da Presidente Vargas com a Belizário Ramos). A mudança de local se deve em virtude do fechamento das atividades comerciais da casa de shows e eventos Movimento, que por seis edições recebeu todos os holofotes do evento, que já premiou as vencedoras com mais de R$ 25 mil só em dinheiro, além de troféus, brindes e eletrônicos. Nesta edição as inscrições podem ser feitas, no período da tarde, no balcão do Jocol, na FME de Lages, anexo ao ginásio Jones Minosso. Os R$ 5 mil em premiações serão mantidos pela organização, que em breve anunciará os parceiros, datas de ensaios, vestimentas deste ano e as 25 candidatas que subirão à passarela.

35ª edição do Festival de Teatro de Lages será em setembro O 35º Festival de Teatro de Lages (Fetel) foi lançado oficialmente na segunda-feira (21/07) no Marajoara. Entre os dias 22 e 27 de setembro a cidade vai se transformar na capital catarinense do teatro com espetáculos gratuitos da mostra para adultos, crianças e espetáculos de rua. “Não tenho dúvida de que será um festival de sucesso porque há comprometimento da equipe”, destacou o prefeito Elizeu Mattos, presente na solenidade. Para ele, esse é o momento de o lageano assistir trabalhos artístico-culturais diferenciados, alternativos, que circulam pelo país, além de peças produzidas em Lages. As inscrições encerram no dia 22 de agosto. São gratuitas e podem ser feitas por grupos de toda a América Latina.



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Geóloga visita pontos de risco em São José do Cerrito

Na quarta-feira (16/07) o prefeito Arno Marian e seu vice, Moacir Ortiz, realizaram uma reunião com a Defesa Civil de Lages, a Geóloga da UDESC, Raquel Valério de Souza e a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil na sala de reunião da Prefeitura de São José do Cerrito. De acordo com Raquel, o objetivo da visita foi colaborar com o município e identificar os pontos de riscos da cidade, e assim, conhecer as necessidades e definir as decisões a serem tomadas.

Conselho Tutelar do Cerrito ganha veículo Na manhã de segunda-feira (14/07), o prefeito Arno Marian e o vice, Moacir Ortiz, realizam a entrega de um veículo 0 km para o Conselho Tutelar de São José do Cerrito. O ato aconteceu em frente à Prefeitura e contou com a participação da Secretária de Assistência Social, Deize Pinheiro; a Secretária de Educação, Iliani Albuquerque; o Secretário da Saúde, Neuri Rodrigues; os conselheiros tutelares; os membros do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente e a representante municipal da Secretaria de Direitos Humanos, Elusa Ortiz. Além do veículo, o conselho Tutelar será beneficiado com cinco computadores, geladeira, bebedouro e uma impressora multifuncional. A vinda do kit foi possível por meio da Secretaria de Direitos Humanos e uma emenda parlamentar.

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Secretário de infraestrutura busca ações sobre aeroporto regional O prefeito de Correia Pinto, Vânio Forster, esteve na terça-feira (15/07) em Florianópolis, em audiência com o secretário de Infraestrutura do Estado, João Carlos Ecker. Ele está há pouco mais de dois meses no cargo. No encontro, Vânio fez um relato da atual situação do aeroporto e a sua história (que já dura mais de 15 anos). Como uma ação imediata, o Prefeito cobrou a retomada das obras do acesso ao aeroporto, paradas há quase três meses. Devido à importância da obra para o desenvolvimento da Serra catarinense e para o Estado, o Prefeito fez o convite para o Secretário realizar com sua equipe uma visita técnica (que aconteceu poucos dias depois). Paralelo a estas demandas no Estado, o prefeito manteve mês passado audiência na ANAC, em Brasília, a respeito do Programa de Aviação Regional que está sendo implantado pelo Governo Federal no Brasil. O aeroporto regional de Correia Pinto está contemplado com obras e aquisição de equipamentos, inclusive para voos noturnos. Este programa prevê também a operacionalização com voos regulares diários. O aeroporto já passou por três vistorias por parte dos técnicos do consórcio IQS do Paraná, responsável pelas obras.

Anita Garibaldi recebeu novo maquinário

Anita Garibaldi recebeu um novo maquinário, adquirido com recursos do Fundo de Apoio aos Municípios (Fundam) repassados pelo Governo do Estado à prefeitura. A carregadeira, o caminhão, o britador móvel e o rolo compactador custaram R$ 1,6 milhão. “O Fundam está viabilizando ações que irão melhorar a qualidade dos serviços prestados à população”, disse o secretário de Desenvolvimento Regional de Lages, João Alberto Duarte, que visitou o município no início do mês de julho. As máquinas serão utilizadas no dia a dia nos trabalhos de recuperação das vias que dão acesso às comunidades rurais. Anita Garibaldi possui mais de 600 quilômetros de estradas vicinais. E mantê-las em boas condições garante o acesso dos moradores do campo às escolas e postos de saúde, além de facilitar o escoamento da produção agrícola – uma das principais atividades econômicas do município. Segundo o prefeito Ivonir Fernandes da Silva, as estradas precisam ser cascalhadas com frequência devido ao grande fluxo de caminhões e ônibus escolares. E as novas máquinas agilizarão os serviços, ajudando a garantir boas condições de tráfego.


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Lançado em Campos Novos o projeto Atleta do Futuro Foi lançado na manhã de segunda-feira (07/07) na Escola Santa Júlia Billiart, em Campos Novos, o programa “Atleta do Futuro”, uma parceria do SESI com o município, que conta com o patrocínio da Enercan, Baesa, Votorantin e Tractebel Energia. O programa utiliza o esporte para promover a educação e a inclusão social de crianças e adolescentes. Em aulas de iniciação motora e prática esportiva são ensinados valores como: ética, trabalho em equipe, superação, respeito, autoestima e saúde. Esses princípios extrapolam as linhas dos campos e quadras e são decisivos para a formação pessoal dos jovens. O programa também é uma ótima oportunidade de envolver colaboradores, fornecedores, clientes e comunidade em atividades esportivas, ações de solidariedade e trabalho voluntário. Ao adotar o programa, as empresas reconhecem que têm papel fundamental na promoção da cidadania e na formação do caráter e dos valores das crianças e adolescentes que vão construir o futuro do país.

Trilha da Maçã e do Vinho na Cidade da Neve foi sucesso em São Joaquim O Jeep Club de São Joaquim promoveu nos dias 12 e 13 de julho a 6ª. edição da Trilha da Maçã e do Vinho na Cidade da Neve, dando início à programação do Festival de Inverno de 2014. Para recepcionar a multidão dos jeepeiros e amantes da lama, o Jeep Club preparou um jantar especial no Parque Nacional da Maçã, com direito ao show da dupla joaquinense Caio Meira e Martinez com o famoso hit “Sabe de nada inocente!” (Bem pensado, já que os participantes não esperavam o alto grau de dificuldade que foi preparado pelas chuvas: um atoleiro somente para os mais fortes!). Uma multidão saiu às ruas para assistir os jeepeiros largarem do centro de São Joaquim em direção à localidade de Postinho (saída para o Despraiado). E o destino não poderia ser outro. Com as fortes chuvas que antecederam os dias da trilha, os atoleiros se tornaram um mar de lama e o grau de dificuldade foi aumentado em mais de 100% para os desafiantes da trilha em solo joaquinense.

Amures realiza visita técnica a Urupema Sob a coordenação da secretária-executiva Iraci Vieira de Souza, a equipe técnica da Amures visitou o prefeito de Urupema, Amarildo Gaio, na tarde de segunda-feira (07/07). O assessor de projetos Sérgio Gomes de Souza realizou orientação sobre Sistema de Gerenciamento de Adesão de Registros de Preço – SIGARP, que permite solicitar recursos financeiros pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Pelo que explicou Sérgio de Souza, este sistema possibilita aquisição de equipamentos, mobiliários e brinquedos para a área da educação. Os serviços da equipe de engenharia, topografia e arquitetura também foram postos à disposição da prefeitura de Urupema. Amarildo Gaio mostrou vários projetos que estão sendo desenvolvidos ou prontos para execução em Urupema. É o caso de um Mirante no Morro das Antenas, o novo Centro Administrativo, Centro de Informações Turísticas e padronização de passeios públicos. A secretária-executiva da Amures colocou à disposição do prefeito a estrutura técnica da associação e explicou que estas ações descentralizadas são por um pedido do presidente da entidade, prefeito de Bom Jardim da Serra, Edelvânio Topanoti.

SDR de Curitibanos empossa primeira diretoria escolar escolhida por voto na região A EEB Irmã Irene, do município de Santa Cecília, é a primeira escola da região de Curitibanos a escolher sua direção escolar através do voto. A posse dos membros que venceram a eleição aconteceu na segunda-feira (07/07), na sede da SDR de Curitibanos. Praticamente 90% dos 1.100 participantes da comunidade escolar, composta por professores, funcionários, pais e alunos, referendaram o Plano de Gestão proposto pela diretora empossada, Maria Luiza Coning. Ela assume a função juntamente com os assessores de direção Eva Cleonir Valim Gerber e Cleosmar Bressaneli e a presidente do Conselho Deliberativo Escolar, Daiane Camargo. A eleição aconteceu em 18 de junho e a gestão é para o biênio 2014/2015. “Estamos muito felizes em saber deste pioneirismo. Mas principalmente de ver que as pessoas entenderam a nossa proposta”, analisou a diretora. O secretário de Desenvolvimento Regional de Curitibanos, Roque Stanguerlin, parabenizou a iniciativa do Governo de Santa Catarina de fazer eleições para a direção de escola. É um projeto que está só começando, mas que vai dinamizar e democratizar ainda mais a educação catarinense. O governador Raimundo Colombo e o vice Eduardo Pinho Moreira estão de parabéns por colocar em prática este desafio”, disse.


38 39 <cultura

Texto e Fotos

Liana Fernandes

EM UM MUNDO CADA VEZ MAIS DIGITAL, SERÁ QUE AINDA HÁ ESPAÇO PARA OS DISCOS DE VINIL? OS FÃS SAUDOSISTAS AFIRMAM QUE SIM E OS NÚMEROS COMPROVAM. OS LPS ESTÃO NA MODA DE NOVO, DEPOIS DE 20 ANOS FORA DO MERCADO, DOMINADO PELOS CDS.

O “bolachão”

que exige vitrola e agulha para sua execução, produto altamente frágil que quebra e aranha com facilidade, grande e de difícil manuseio, é o LP (Long Play), um apaixonante invento que tem voltado com todas as forças ao mercado. Toda a dificuldade apresentada acima é totalmente posta de lado devido à grande paixão que os vinis despertam em algumas pessoas. Eles não dispensam aquele chiadinho típico dos discos. 126% e aumentando A única fábrica de long plays da América Latina, a carioca Polysom, anunciou um aumento surpreendente de 126% nas vendas de discos entre março e abril deste ano. No Record Store Day, realizado dia 19 de abril, a Inglaterra registrou seu maior número de vendas da história. Já a maior fábrica de vinis dos Estados Unidos, a United Record Pressing, anunciou que vai instalar mais 16 prensas a seu maquinário atual de 30. Em 2013, a Polysom havia vendido um total de quase 59 mil unidades – cerca de 40,5 mil LPs e 17,8 mil compactos. Conversamos com dois colecionadores e eles nos contaram os motivos que os fazem gostar tanto dessa forma peculiar de ouvir música. O retorno a origem O publicitário lageano Roger Zimmemann Fraga, de 38 anos, começou sua coletânea de vinil em 1989, mas quando o CD surgiu, ele fez algo que se arrepende até hoje. Vendeu todos os mais de 800 vinis que possuía para

revista visão


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Roger e seus mais de 800 discos de vinil

adquirir a novidade. “Tinha muita coisa rara, que não acho mais hoje”, comenta. Ele foi recuperando as bolachas aos poucos, e já conta novamente com uma coleção que ultrapassa as 800 unidades. Mas ainda sente o peso do arrependimento por ter se desfeito dos mais antigos. A atual coletânea é eclética, de Rock n’Roll a MPB. Roger acabou voltando para os vinis, pois viu que o CD era uma moda passageira. “Percebi que não chegava aos pés do LP. Era pequeno, não tinha a qualidade e o impacto das capas. Era uma coisa mais plástica, sem muita emoção. Hoje considero os vinis que tenho como relíquias, que não vou me desfazer. Não troco, não vendo e vou deixar para meus filhos”, destaca. O publicitário enumera os motivos pelos quais é um amante declarado dos vinis: “Ele não é uma coisa descartável. A capa é grande e artística. E tem toda a parte da reprodução mecânica, você tem que ter uma boa agulha, uma cápsula em bom estado e um aparelho bacana. Tem também o fato de você pegar o vinil, escolher o lado e o ato de ouvir. Não é igual ao MP3 que você escuta, sem nem conhecer a capa. Você tem a ficha técnica do disco, quem gravou, quem participou. É algo saudosista e romântico, é diferente”, elenca. Mais de 3 mil discos O personal trainer, Lionelo Casagrande Filho, o Nelo, 52 anos, tem uma coleção de 3.600 discos de vinil. Ele e o irmão Jaques eram proprietários da Cacimba Discos Raros. E parte desses LPs veio de lá. A loja funcionou 11 anos em Lages e proporcionou opções aos aficionados por vinil e CDs de estilos diferentes. “Nós vendíamos aquilo que você não encon-

Para Nelo a qualidade sonora de um LP é muito melhor, mais ampla que a de um CD

A coletânea de Nelo passa pela MPB, Blues, Rock n’ Roll, Jazz, entre outros

trava em qualquer lugar. Procurávamos estilos como Blues, Jazz, Rock”, comenta. Nelo, conta que adquiriu seu primeiro disco aos 12 anos. “Ainda tenho esse vinil. Para mim é uma raridade e não me desfaço. Um fato curioso que aconteceu, quando o CD estava em ascensão, foi que muitas pessoas vinham à loja trocar seus discos. Eu acabava pegando muitos LPs em troca de um, dois CDs”, relembra. Segundo Nelo, são inúmeras as qualidades que chamam atenção em um vinil. “Eu classifico o CD como frio. Você pega e não se emociona. O vinil não, você segura, olha a capa, abre, vê o encarte, vai apreciando seu formato. A qualidade da reprodução sonora é muito melhor, mais ampla. Existe a questão do som analógico ser melhor recebido por nossos ouvidos, que têm maior sensibilidade para o que é

reproduzido dessa forma. O grave que o vinil proporciona é impartível. Eu sou um amante de vinil. Inclusive estou comprando muitos e tenho alguns para vender, trocar, que são repetidos da minha coleção”, comenta. Nelo diz que de vez em quando tem que explicar para os colegas de seu filho Caetano, de 6 anos, o que é aquilo, para que serve. “Quando eles passam aqui pela sala e me veem escutando um vinil, ficam olhando curiosos. Eu gosto de ter a chance de mostrar para as futuras gerações a existência dessa forma de ouvir e conhecer os artistas. Eu sei que há um nicho de mercado específico para o vinil. Mas também sei que ele chama atenção de quem não o conhece”, destaca. Modismo ou não, a verdade é que os vinis estão de volta! O passado nunca esteve tão presente. revista visão


40 41 <tecnologia

Um novo tipo de Hd no mercado brasileiro

A fabricante

de tecnologia Kingston acaba de anunciar o novo HD SSDNow V310 no mercado brasileiro. Trata-se de um drive de estado sólido (SSD) que possui 960GB de espaço livre para salvar aplicativos, arquivos, músicas, jogos e filmes. Além da alta capacidade de armazenamento, o SSD também promete uma série de vantagens em relação aos HDs comuns — aqueles mecânicos que estão na grande maioria dos computadores. Segundo a fabricante, o SSDNow V310 é dez vezes mais rápido que um HD de 7200RPM, atingindo velocidades de 450MB/s para leitura e gravação. A Kingston também lembra que a grande capacidade de armazenamento dele permite ainda a substituição total do HD — não sendo necessário mesclar tecnologias diferentes em um mesmo computador, como acontece com SSDs menores. O SSDNow V310 está disponível com capacidade de 960GB em versões simples (R$2799,90) ou tudo-em-um (para notebook R$2949,90, e desktop R$2899,90). As unidades também possuem garantia de três anos e suporte técnico local gratuito.

Pen drive Para celulares? A Kingston também lançou recentemente o seu novo produto voltado a dispositivos móveis e computadores, o DataTraveler microDuo. Combinando conectores USB 2.0 e micro USB, o pendrive traz como diferencial a capacidade de ser usado para expandir a memória de tablets e smartphones Android com a tecnologia On The Go (OTG), facilitando também a portabilidade de arquivos entre aparelhos móveis e PCs.

O pendrive usa a porta micro USB dos dispositivos portáteis para aumentar sua capacidade de armazenamento em até 64 GB, possibilitando que os usuários transfiram suas fotos, músicas e outros dados entre eles e seus computadores sem a necessidade de cabos, assinatura de serviços ou conexão WiFi. Segundo a fabricante, esses recursos se mostram especialmente úteis quando levamos em consideração que cada vez menos smartphones e tablets chegam ao mercado com espaço para um cartão micro SD. A interface dual permite que arquivos sejam transferidos sem a necessidade de usar um PC como ponte, bastando para isso que seu dispositivo móvel seja compatível com OTG e tenha um gerenciador de transferência instalado. Lista de dispositivos compatíveis Acer ICONIA A1-810 ICONIA Tab A700

HTC

Samsung

Butterfly

Note 8

E no meu bolso, como fica?

Lenovo A3000 Motorola Droid Razr HD (XT926)

Butterfly S

Galaxy Note (GT-N7000)

ASUS

Desire (A8181)

O DataTraveler microDuo vem com uma garantia de cinco anos de duração, com direito a suporte técnico local gratuito, e está disponível com capacidades de 8 GB (R$ 37), 16 GB (R$ 60) e 32 GB (R$ 112). Há também planos de lançar uma versão de 64 GB em breve, com preço e data ainda sem definição.

Sony SGPT111JP/S SGPT112TW/S SGPT211JP/S Xperia S (LT26i) Xperia Z (C6602) Xperia TX (LT29i)

MeMO Pad ME302 MeMO Pad 10 ME102 Transformer Pad TF-100 Fujitsu LTE F-01D

Desire VC T328d

revista visão

Huawei MediaPad S7-301u(P)

HTC J (Z321e) HTC Sensation XE With

Galaxy Note II (GT-N7100) Galaxy Note III (GT-N900) Galaxy R (GT-I9103) Galaxy J Galaxy S2

Beats Audio Z715e

Galaxy S3

New One (2013)

Galaxy S4

One X

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42 43 <beleza

O MODO CERTO DE

PINTAR OS CABELOS Por

Liana Fernandes

MULHERES AMAM MUDAR O VISUAL, PRINCIPALMENTE QUANDO O ASSUNTO É COR. ALÉM DE ESCOLHER ENTRE AS MELHORES OPÇÕES PARA COLORIR E O MELHOR TOM PARA SEU TIPO DE PELE, É PRECISO DA AJUDA DE UM PROFISSIONAL QUE IDENTIFIQUE QUAIS PASSOS DEVEM SER FEITOS PARA CHEGAR AO RESULTADO DESEJADO.

O maior

erro feminino é escolher a tinta de acordo com a modelo da caixinha, o que muitas vezes só traz frustração e resultados diferentes do esperado. Por isso, é importante saber que as cores das tinturas são identificadas por números, que definem a tonalidade desejada, assim como a nuance e os reflexos. Independente do nome da coloração, o resultado final dos cabelos dependerá exclusivamente dessa tabela de cores e de suas combinações. Para isso, os cabelereiros buscam especialização, cursos e estudam para chegar sempre à cor desejada pelos clientes. A hair designer lageana Ecilda Abreu conta que na hora de escolher a tom ideal é preciso levar em consideração algumas questões bem importantes. “Temos que calcular a medida, para obter o efeito esperado. Já que o cabelo tem uma cor própria e será a soma dessas cores que dará o resultado. Ao contrário do que muitas pessoas fazem nas aplicações em casa”, explica Ecilda. A profissional destaca que se os fios tiverem coloração anterior e o desejo for mudar para fios mais claros que a tonalidade atual, é necessário fazer uma decapagem porque “tinta não clareia tinta”. No caso de cabelos virgens (que nunca foram coloridos), a coloração irá fixar na fibra capilar e o resultado dependerá da cor natural. Morenas, por exemplo, só conseguem clarear até quatro tons em uma primeira coloração, o que significa que não ficarão

• Fotos

Gugu Garcia

loiras claríssimas. A profissional trabalha há mais de 11 anos no ramo. Ela é formada em Cosmetologia, Estética Facial, Corporal e Capilar pela Uniplac e é especialista em Colorimetria. MASSAGEM CAPILAR O estresse e a correria do dia a dia trazem alguns malefícios para os cabelos. O pior deles é a queda. Uma das dicas mais bacanas é a massagem capilar. É uma técnica recomendada, pois é fácil de fazer, não exige nenhum produto elaborado e traz outros benefícios além dos estéticos. “Se feita periodicamente ela pode aumentar em um centímetro o crescimento natural dos cabelos, pois estimula a circulação sanguínea, o que facilita o transporte dos nutrientes até o fio, fazendo com que eles fiquem mais saudáveis, fortes e cresçam mais rápido. “Essa técnica é muito procurada pelas clientes aqui no salão. Se alinhada a óleos ou vaporização ela faz com que os cabelos fiquem mais saudáveis e com brilho”, comenta Ecilda. O Salão Ecilda Abreu, além dos serviços de coloração, oferece penteado, maquiagem (formatura, casamentos e eventos), estética facial e corporal, alisamento, depilação, pedicure e manicure, entre outros. Ecilda é design em cortes e modula o cabelo de acordo com o rosto de cada um. Para isso ela utiliza a técnica do Visagismo. O salão funciona de terça a sábado, com horários flexíveis.

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44 45 <decoração

AQUEÇA SUA CASA COM CORES E OBJETOS DE DECORAÇÃO

ELE O FRIO CHEGOU. E COM M POR MUITAS PESSOAS OPTA SEUS FICAR MAIS TEMPO EM DAR UMA LARES. ENTÃO, QUE TAL SUA CASA NOVA ROUPAGEM PARA NESTE INVERNO?


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Para aquecer

os dias frios, uma boa dica é a lareira. Além da tradicional a lenha, há disponível no mercado a lareira a gás e elétrica. A lareira a gás e a elétrica trazem algumas vantagens em relação ao modelo a lenha. Elas aquecem bem, não tem cheiro e nem produzem fuligem. Devido à grande variedade de modelos, servem também como decoração. Ainda na ideia do fogo, as cores quentes (vermelho, laranja, amarelo) ganham destaque na decoração, tanto em peças e objetos quanto nas paredes. A combinação branco e preto, marrom, bege e cinza também ganham espaço no inverno. A mudança de cor de uma parede do ambiente dá “cara nova” ao espaço e acaba sendo acessível à maioria das pessoas. Pisos de madeira e tapetes também ajudam a manter o ambiente mais aquecido. Além de aquecer, traz aconchego aos espaços. Outro requisito indispensável no inverno é a iluminação. Embora a tendência seja utilizar menos luz no inverno, deixar o ambiente mais na penumbra, a iluminação faz toda a diferença na decoração. Um ambiente bem decorado pode não ter o efeito desejado se a iluminação for falha. A tendência é a utilização de lâmpadas LED, que são mais econômicas e tem maior durabilidade. Também se pode utilizar iluminação com velas. Elas dão um efeito especial e ar de romantismo ao ambiente.

TROQUE O CINZA DO INVERNO PELAS CORES O inverno é uma estação fria, nublada, carrancuda. Para amenizar a seriedade da estação, o ideal é investir em cores. Além de alegrar o ambiente, dá um ar contemporâneo e de aconchego. Para não errar nas combinações, algumas dicas. Sempre combine peças coloridas com outras neutras. A recomendação é investir em almofadas, xales de sofás e estofamentos de cadeiras e poltronas. São peças mais baratas e que podem ser trocadas a cada estação, dando ar de novidade para a casa. A risca de giz e o xadrez, tanto o inglês (onde predominam o azul, verde e vermelho) quanto o clássico urbano, presente também nas roupas, estão sendo muito utilizados na decoração. Estampas de animais também podem ser usadas em mantas e xales de sofá, almofadas e pufes. Outra tendência são os móveis em laca alto brilho coloridos. São peças em amarelo, vermelho, azul royal. Mais importante do que as tendências é a identificação com o gosto do dono da casa. De nada adianta investir em peças coloridas se não combinam com o estilo dos donos da casa. Eles não podem ter a sensação de que a casa não pertence a eles, mas sim se sentir acolhidos e bem neste ambiente. Em relação aos móveis, a decoração deve ser mais limpa, com móveis mais retos. Essa tendência busca, além de dar charme aos espaços, trazer ergonomia. O intuito é facilitar a circulação. Objetos brancos com textura e amadeirados dão o toque final na decoração.

QUER DAR CARA NOVA PARA SUA CASA? Se você tem um móvel de família ou algo que não usa mais, uma dica é pintá-lo com laca brilhante. Dê preferência a cores mais quentes, como o vermelho, laranja, amarelo. Além de dar cor ao ambiente, você aproveita o móvel que estava parado. Se é algo de família, você preserva a história o valor sentimental e passa a ter uma peça moderna em casa. Outra dica prática é trocar estofamentos de cadeiras e sofás. Dá para combinar cores neutras e fortes, xadrez e listras ou xadrez e floral. A combinação do xadrez com listras e floral deixou de ser algo exclusivo do campo e está ganhando adeptos até em casas de praia. O xadrez não é mais exclusividade country. Para não errar na decoração, é importante acompanhar as tendências da moda. Muitas combinações das passarelas e do guarda-roupa chegam também na decoração. Com estas dicas, solte sua imaginação, deixe a criatividade aflorar e torne sua casa ainda mais bonita e aconchegante para reunir a família e os amigos.


46 47 <gastronomia

Baked Potato A trAdução literAl dessA iguAriA é simplesmente “bAtAtA AssAdA”. mAs o seu sAbor é intenso e o prepAro relAtivAmente simples. vAmos então nos deliciAr com esse prAto, AfinAl, quem não gostA de bAtAtA? Ingredientes •

200 g de bacon picado

5 batatas grandes, de tamanhos uniformes

1 colher (chá) de sal

Azeite de oliva

1 vidro de requeijão cremoso

Salsa e cebolinha picadas

Queijo parmesão ralado (opcional)

Preparo Frite o bacon em sua própria gordura, até ficar dourado. Escorra o excesso de gordura e reserve. Escove e lave bem as batatas. Embrulhe-as uma a uma em papel de alumínio. Coloque-as em uma assadeira e leve ao forno médio pré-aquecido (180°C) por aproximadamente 1 hora (ou até ficarem macias, ao espetar um garfo). Descubra parcialmente a batata, fazendo um bercinho com o papel de alumínio. Corte ao meio, faça um corte profundo no centro, mas sem chegar à base, e com a ajuda de uma colher, abra um buraco e retire um pouco de interior da batata. Polvilhe o sal por toda a batata e depois regue levemente com o azeite de oliva. Misture o requeijão com o bacon e com parte do miolo retirado, devolva o recheio sobre as batatas, acrescente o queijo, se desejar, e os temperos verdes e gratine por 10 minutos. Sirva quente.


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48 49 <automotivo

Excesso de bagagem

Crise de abastecimento Fique atento com o tanquinho de partida a frio do seu carro

Deixar o tanquinho de gasolina vazio do carro flex por longos períodos não é uma boa ideia, pois pode ocorrer o ressecamento das mangueiras e, por consequência, vazamentos ao voltar a usá-lo. Mesmo sem a ocorrência de temperaturas abaixo de 10°C na região em que o veículo roda, o ideal é abastecer o reservatório a cada 120 dias. Evite usar a gasolina envelhecida, porque depois de alguns meses ela perde alguns de seus componentes mais voláteis, justamente os mais importantes para a partida a frio.

Ponto de partida

Quando meu carro está carregado, a suspensão fica muito baixa. É melhor encher o carro com bagagem ou a colocar num reboque? Tudo depende do peso da carga, do tipo de carreta e do modelo do veículo. Em primeiro lugar, verifique no manual do proprietário para ver se há algum comentário ou especificação quanto a trailers ou qualquer outro tipo de reboque. Por exemplo, no manual do Honda Fit há uma instrução específica proibindo essa prática. Caso não haja impedimentos, lembre-se de que parte do peso da carreta e sua carga serão absorvidos pelo eixo traseiro do carro, especialmente nas frenagens, deixando a frente mais leve (portanto mais instável) e menos aerodinâmica. Outro cuidado é na hora de frear. Há reboques com e sem freio autônomo, e mesmo aqueles que têm podem entrar em “tesoura”, quando o reboque avança e empurra a traseira do carro para o lado, formando entre ambos um ângulo em V fechado. Por isso, é importante reduzir a velocidade e frear de maneira progressiva e com mais antecedência quando for puxar um reboque.

Tremendo de frio Um carro perder potência e o motor trepidar além do normal quando o ar-condicionado estiver em uso é correto? Ou depende da idade do carro?

O problema de fato não deve estar no tipo de combustível, já que o flex foi feito para funcionar bem tanto com gasolina como com etanol. O mais provável é que o tanquinho da partida a frio esteja vazio ou com gasolina muito envelhecida, já que não foi usado por muito tempo.

Fonte quatrorodas.com.br

Ao abastecer meu carro flex com álcool após longo tempo usando gasolina, o motor passou a não pegar bem pela manhã, assim como sua aceleração oscila. Por quê?

Nem normal, nem correto. Ao que parece, o dispositivo que aumenta a rotação de marcha lenta quando o ar-condicionado é ligado não está funcionando corretamente. Visite seu mecânico ou uma oficina especializada e esse problema será eliminado.


Lá vem o sol Os vidros automotivos já possuem proteção UVA e UVB? Tanto o para-brisa como os vidros laterais geralmente não recebem tratamento contra os efeitos da radiação ultravioleta dos raios solares. A solução para esse problema é instalar uma película escura de boa qualidade, que pode eliminar até 99,9% desses raios.

A batida que faz bem Os crash tests são realizados em velocidades que vão até 64 km/h. Por que as montadoras não utilizam velocidades maiores nem simulam batidas frontais com outros automóveis, como na vida real? Apesar de os automóveis atingirem velocidades muito acima dos 64 km/h, os estudos indicam que a maioria dos acidentes com vítimas ocorre em situações envolvendo até essa velocidade. Além disso, é bom ficar claro que, quando um carro que trafega a 100 km/h bate num obstáculo à frente, raramente o momento do impacto é a 100 km/h. Antes da colisão, o veículo acaba freando, o que vai reduzir a velocidade para algo mais próximo dos 64 km/h. Quanto aos impactos totalmente frontais, eles não constituem número significativo na vida real. Na maioria dos acidentes, quando dois automóveis batem de frente, pelo menos um deles tenta desviar a trajetória, o que faz com que só uma parte da dianteira atinja o outro veículo. Por isso a maioria dos crash tests é de impactos frontais colidindo apenas 40% da parte dianteira, chamado de “Offset 40”, que é o padrão adotado por Euro NCAP, Latin NCap e NHTSC (EUA).

Sujeira na segurança Andar com o carro em ponto morto (a famosa banguela) pode entupir o catalisador? Não é verdade. Na banguela, o motor funciona normalmente, só que em marcha lenta, porque está fornecendo uma mínima quantidade de combustível ao sistema. No entanto, além de reduzir a segurança (você não contará com o efeito do freio-motor), o carro não será mais econômico. Ao contrário, ele vai gastar mais na banguela – hoje os sistemas de gerenciamento dos motores cortam o fornecimento de combustível aos bicos quando o veículo desce uma rampa engrenado, desde que o motorista não esteja pisando no acelerador.

AJUDANDO NA VIDA ÚTIL DO SEU VEÍCULO A oficina Mega Turbo já está há nove anos trabalhando neste segmento. A empresa é administrada por Fernando da Silva, na parte mecânica e Fabíola Santos, no escritório. É especializada em suspensão, motor, caixa, injeção eletrônica, instalação de kits turbo e FuelTech. A oficina tem como prioridade atender bem aos clientes, com lealdade e confiança, passando informações sobre a vida útil das peças, alertando os clientes sobre manutenção para que o mesmo não venha a ter surpresas desagradáveis. A Mega Turbo busca novos conhecimentos para melhorar cada vez mais o atendimento. “Não deixe seu carro na mão, mantenha ele em dia, com troca de óleo e correias, aumentando assim a vida útil do seu veículo”, orienta Fabiola. A empresa é especializada em multimarcas e fica localizada na Rua Ponte Grande, 108, bairro São Sebastião. Ligue para 49 3229 3241 e agende seu horário.


50 51 <vida e saúde

A ANSIEDADE FAZ PARTE DA VIDA MODERNA. MAS QUANDO ELA COMEÇA A TOMAR CONTA DE DIAS INTEIROS, SEMANAS OU MESES, SURGEM TRANSTORNOS COMO A SÍNDROME DO PÂNICO.

O ataque

de pânico (medo exagerado de alguma coisa) começa de repente e, na maioria das vezes, atinge seu ápice dentro de 10 a 20 minutos. Alguns sintomas podem continuar por uma hora ou mais. Ele pode até ser confundido com um ataque cardíaco. Eles podem incluir ansiedade por estar em uma situação da qual seria difícil escapar (como estar no meio de uma multidão ou viajando em um carro ou ônibus). Segundo o médico psiquiatra, André Luís Kuhn Göcks, quem padece de Síndrome do Pânico sofre durante as crises e ainda mais nos intervalos entre uma e outra, pois não faz a menor ideia de quando elas ocorrerão novamente, se dali a cinco minutos, cinco dias ou cinco meses. “Isso traz tamanha insegurança que a qualidade de vida do paciente fica seriamente comprometida”, indica.

Por

Liana Fernandes


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Diferença entre ansiedade e pânico? Ansiedade é um estado emocional normal. Uma das características do sucesso da espécie humana é a capacidade de antecipar o perigo, o que requer uma preparação geradora de ansiedade. “A ansiedade só é patológica quando deixa de ser útil e passa a causar sofrimento excessivo ou prejuízo para o desempenho da pessoa. O transtorno do pânico é uma das formas de manifestação da ansiedade patológica”, explica o médico. A ansiedade advinda da preocupação de que alguma coisa possa dar errado é útil dentro do contexto apropriado. Por isso, quando as pessoas se dizem ansiosas, estão mesmo. E isso pode não representar inconveniente maior. Já a patológica é desproporcional ao contexto. “As sensações que o paciente com

Sensação de sobrecarga emocional é um dos sintomas da ansiedade

transtorno do pânico experimenta nas crises podem ser absolutamente normais e apropriadas se a pessoa estiver dentro de um prédio pegando fogo, com a diferença de que, nesse momento, sua atenção estará voltada para a própria sobrevivência e ela não dará importância às manifestações de taquicardia, sudorese e falta de ar que se instalaram”, descreve Dr. André. O tratamento O que se sabe hoje é que a técnica de combinar medicamentos e psicoterapia é mais eficiente. Usa-se a terapia de exposição, que se baseia na capacidade de o ser humano habituar-se ao estresse. “É como se assistisse a um filme de terror 15 vezes. Na primeira vez, os cabelos ficam em pé. Na segunda, como já sabe o que vai acontecer, a reação é menos intensa. Na última, o filme não desperta mais nenhuma resposta emocional”, exemplificam os terapeutas. Todavia, os pacientes aceitam melhor o tratamento e melhoram depressa se simultaneamente tomarem antidepressivos e ansiolíticos, medicação que se torna obrigatória para os 60% daqueles que têm depressão associada ao pânico. O tratamento deve ser mantido por seis meses no mínimo, ainda que o ideal seja por um ano. A melhora costuma ocorrer entre duas e quatro semanas. Mas as alterações biológicas demoram meses para desaparecer. Desse modo, se o tratamento for interrompido nos primeiros sinais de melhora, 80% dos pacientes vão sofrer reincidência entre quatro a seis semanas.


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54 55 <esporte e trânsito

A PRÁTICA DE CIRCULAR DE SKATE PELAS RUAS DE LAGES GANHA CADA VEZ MAIS ADEPTOS. DEZENAS DE JOVENS ESTÃO USANDO A PRANCHA COMO MEIO DE TRANSPORTE, ENQUANTO MUITOS OUTROS SE REÚNEM NOS FINAIS DE SEMANA EM LOCAIS AMPLOS OU NA PISTA DA RUA SÃO JOAQUIM PARA FAZER MANOBRAS. MAS É PRECISO TER RESPONSABILIDADE E ANDAR DE SKATE SEMPRE EM LUGARES SEGUROS E APROPRIADOS, ZELANDO PELA PRÓPRIA VIDA E A DO PRÓXIMO. Texto e Fotos

Liana Fernandes

revista visão

A adrenalina

de fazer movimentos arriscados ou mesmo os mais simples é lazer para skatistas. A escolha dos locais, porém, nem sempre é adequada e acaba colocando estes garotos em risco no trânsito. Muitos optam por vias de intenso movimento de carros, ônibus e caminhões. Em função de o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) não considerar o skate como meio de transporte, a ausência de uma legislação isenta os órgãos públicos de fiscalizarem e aplicarem penalidades aos praticantes. Na visão do tenente da Polícia Militar, Marco Antônio Marafon Junior, os policiais procuram trabalhar com medidas de convencimento, alertando os praticantes dos perigos. “Embora não existam ações diretas, quando temos que abordar, orientamos para que eles procurem outros locais mais seguros”, destaca. Marafon diz que o skate, patins e patinetes são mais considerados como lazer. Por isso não está previsto no CTB. “Ou seja, nesses casos eles não poderiam transitar em vias públicas, só em áreas destinadas a eles como praças e pistas. Não poderiam estar no meio da avenida ou na calçada”, informa o Tenente. PONTOS DE ENCONTRO Em Lages ainda há poucos lugares específicos para os skatistas. Muitos ocupam o espaço que fica em frente à loja DPaschoal (na Av. Luiz de Camões, no bairro Coral). Outros vão à pista da Rua São Joaquim (no bairro Copacabana). Mas é unânime o desânimo dos adeptos quanto à falta de espaços adequados para a prática. Amante do esporte há cinco anos, o universitário Rafael Gonçalves, 22 anos, defende a utilização do skate nas ruas. “Irresponsável é aquele que bebe e pega a direção de um automóvel. É preciso mudar esta ideia, pois não existe lei que proíba o tráfego de skate em vias urbanas. Cabe ao Poder Público construir pistas e ciclovias decentes


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para se praticar o esporte. Porque a ciclovia da Av. Dom Pedro II é impossível de trafegar. Por isso muitos de nós acabamos usando a avenida mesmo. O skate, assim como a bicicleta, deve ser considerado como um meio de transporte sim, sobretudo por não poluírem e nem causarem retenções no trânsito. Não é a gente que tem que se adequar ao CTB. Mas ele precisa se adequar à realidade”, declara. O estudante Gabriel Vicente, de 13 anos, frequenta a pista da Rua São Joaquim e diz que ao ir e vir no local transita sobre o skate. “Procuro me cuidar bastante, porque se não o meu pai e minha mãe não me deixam mais andar com meu skate. E eu gosto muito da prática porque ocupa meu tempo”, diz.

E A BICICLETA ELÉTRICA? Já sabemos que o skate e os patins não se enquadram na mesma lei que rege as bicicletas. Mas e as bicicletas elétricas como são tratadas? Uma polêmica no começo do mês de julho trouxe à tona o assunto no município. Foi quando a Polícia Militar durante a realização de uma blitz na Av. Dom Pedro II deteve um adolescente que circulava em via pública com uma bicicleta motorizada. Os pais do rapaz foram chamados e inclusive a bicicleta foi guinchada.

PEC A segunda pista de skate da cidade será construída na Praça dos Esportes e da Cultura (PEC), investimento de quase R$ 2 milhões. A obra está sendo edificada ao lado do ginásio Jones Minosso e segue o padrão definido pelo governo federal, parceiro da prefeitura de Lages. O local terá um total de três mil metros quadrados, onde estarão localizados dois edifícios multiuso, dispostos numa praça de esporte e lazer; terá ainda uma unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), salas multiuso, biblioteca, telecentro, cine teatro/auditório com 60 lugares, quadra poliesportiva coberta, pista de skate, equipamentos de ginástica, playground e pista de caminhada. A ordem de serviço para a construção do local foi dada no ano passado.

Foto Begair Godoy

Por ser um local amplo, dezenas de skatistas se reúnem nos finais de semana no pátio da Dpaschoal

Afinal, adolescente pode ou não pode andar com esse tipo de veículo? Ou um adulto, para andar com esse tipo de transporte, precisa ter carteira de habilitação? Para responder a essas perguntas o Tenente Marafon usou o CTB, que define bicicleta motorizada como “ciclomotor”. O código descreve como meio de transporte com duas ou três rodas cujo motor atinja até 50 cilindradas de potência e que ande a uma velocidade de até 50 Km/h. “Para conduzir esse tipo de veículo em via pública a pessoa precisa ter mais de 18 anos de idade, utilizar os equipamentos de proteção adequados (como capacete, por exemplo), ter autorização ACC (Autorização para Conduzir Ciclomotor), ou carteira de habilitação Categoria A”, informou.

A pista da Rua São Joaquim, bairro Copacabana, é a única da cidade

Ou seja, adolescente não pode transitar com esse tipo de veículo porque pessoa de menor não pode tirar habilitação. “O ciclomotor tem o mesmo tratamento que uma motocicleta. Não pode andar pela calçada, ou pela ciclovia ou ciclofaixa. Tem de ser pela pista de rolamento mesmo, no bordo mais próximo da calçada, como as motocicletas devem andar”, informa Marafon. No entanto, pensando nas questões de saúde, do meio ambiente e para estimular as pessoas a não utilizarem mais veículos, o Conselho Nacional de Trânsito estipulou a resolução 465, de 2013, com uma exceção. Com a resolução fica definido que as bicicletas elétricas podem circular em ciclovias e ciclofaixas com velocidade de até 25 km/h. A potência máxima deve ser de 350 Watts e devem estar instalados indicador de velocidade, campainha, sinalização noturna dianteira, traseira e lateral, espelhos retrovisores dos dois lados e pneus em condições mínimas de segurança. O ciclista também precisa utilizar capacete. Mas o texto define como bicicleta comum aquelas que têm o funcionamento ativado quando o condutor pedala. Assim, se houver acelerador ou dispositivos de variação manual de potência, ela passa a ser compreendida como veículo ciclomotor. “Neste caso um menor poderia dirigir”, explica. revista visão


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Marco Cordeiro • marco@revistavisao.com.br

Viver é o melhor caminho

Escrever

de maneira crítica nem sempre é pessimismo, sinal de inveja, de mau agouro. Pontuar determinadas características com honestidade direta é muito mais produtivo que o elogio vazio, que lustrar a vaidade sem conteúdo. Quem ama orienta, ensina e mais das vezes, indica que o caminho tomado deve ser corrigido. Imagine a pessoa que você mais preza nesse mundo errando e enveredando para decisões que a levarão à ruína. Qual sua decisão em nome desse amor? Aplaude, deixa, contempla ou alerta, melhora e corrige? Penso que amar é querer ver bem o ser amado e por mais difícil que seja, mais doloroso que possa parecer, uma crítica honesta é melhor que um elogio falso. Bem, nesse prisma pode-se dar a impressão que ensinar é apenas corrigir, exigir e criticar. Nada disso. Penso que ensinar é viver, dar o exemplo e sim, orientar. Já percebeu que uma frase dita por alguém pode ter um impacto diferente que a mesma sentença noutra boca? Sempre me inquietou isso. Refletindo, passo a concordar com Heráclito de Éfeso, que diz: “É impossível um homem passar duas vezes pelo mesmo rio, pois nem homem, nem rio serão os mesmos da primeira experiência”. Começa aqui, talvez, a explicação da tal frase, pois escuto algo hoje que me indigna e discordo. O tempo faz seu trabalho e ao escutar novamente, posso reagir de maneira antagônica ao primeiro contato, como concordar, relevar ou mesmo achar engraçado, depende do que li, vivi e sofri nesse intervalo. Porém, há um aspecto decisivo nessa fala, que é a postura emocional do interlocutor, normalmente desprezada, mas fundamental. O que quero dizer é que conta muito a forma que esta

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“Tudo que sei é que nada sei” Sócrates

verdade é posta. Ofender com a desculpa de ser sincero é uma grande arma dos covardes. Síntese e objetividade é uma arte que decide o próprio futuro e de quem convive conosco. Senti isso na pele nestes mais de 40 anos. Ainda me despoluo da sinceridade inútil, agressiva, mas sem perder minha essência. Uma construção diária, dolorida e constante, mas pra quem não é? Melhor essa reflexão que álcool, cigarro, jogos de azar e outros escapismos (desculpe a indireta, tentei ser sutil). Sim, esse encontro consigo mesmo dói, remexe, incomoda, mas é libertador. Opa!, o assunto é outro. É sobre o valor da crítica acima do elogio vazio, lembremos. Outro elemento nisso é o pragmatismo do que vai ser dito. Convencer um jovem a não sair em tal noite, não namorar e sim estudar pode ser (e é) como pregar no deserto, talvez como foi conosco na época da sístole e não da sinapse. Pode ser melhor mesmo, em determinados momentos, aplicar a técnica indígena, que ao acompanhar seu filho na mata, percebe que ele sentou num formigueiro e aposta que as picadas ensinarão mais que o alerta. Meio radical, meio funcional, sei lá. Por fim, viver e deixar viver pode ser mais uma utopia dentre as muitas que já expus aqui, mas ainda é a maneira menos indolor de conviver, penso. Rubem Alves, que morreu no mesmo dia que escrevo este texto, tinha uma definição sobre o amor que um dia ainda conseguirei. Dizia ele: “Amar é como ter um pássaro na palma da mão. O pássaro pode voar e ir embora, mas se ficar, é por amor”. Para encerrar, o melhor conselho é não dar conselho.



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Paulo Ramos Derengoski • jornalista e escritor derengoski@revistavisao.com.br

Meus romances

Ao contrário

do Conto, o Romance narra longos acontecimentos relacionados a um enredo, com análises de personagens e situações. Há romances que aspiraram à totalidade do mundo, como os de Balzac, Otavio de Faria, Proust e Joyce. Outros são anti-romances, que recusam heróis tradicionais e quebram o linear dos acontecimentos, não acreditando na profundidade dos pensamentos. Mas trata-se de gênero imortal, um legado da humanidade no que ela tem de melhor. Sem ordem de preferência, cito alguns dos mais marcantes: A Condição Humana – de André Malraux – Epopeia revolucionária que se relaciona com passagens cruciais da história moderna. O Tempo e o Vento – de Érico Veríssimo – Em tom épico, relatando as relações sociais de nossas comunidades sulistas primitivas, num mosaico vigoroso da vida brasileira. Grande Sertão: Veredas – de Guimarães Rosa – Quando a demonologia entra em cena nos altos sertões brasileiros, onde a densidade psicológica se mescla à paisagem fantasmal, numa linguagem totalmente inovadora. 1984 – de George Orwell – Uma visão aterradora dos governos autoritários utilizando revista visão

tecnologia e informática para controlar a vida da sociedade, onde tudo é vigiado. Mais atual que nunca. As Vinhas da Ira – de John Steinbeck – Descrição realista mostrando como se formou a grande nação americana, entre som e fúria, paixão e desespero, na luta pela subsistência elementar. Os Caminhos da Liberdade – de Jean Paul Sartre – Também um livro sobre a tragédia do Século XX, o Século das Guerras, onde o gênio do existencialismo consegue transpor para a ficção o fulcro de sua filosofia. Cem Anos de Solidão – de Gabriel Garcia Marques – Ainda o melhor retrato de uma América Latina onde nada se conclui e tudo beira o ridículo. O Velho e o Mar – de Ernest Hemingway – Síntese descritiva máxima, numa canção da derrota final de todos nós. Tarzã dos Macacos – de Edgar Rice Burroughs – Sem nunca ter ido à África, o autor conseguiu apaixonar gerações de leitores pela aventura, que afinal, todos buscam nos livros. A Reivindicação do Conde Julião – de Juan Goytisolo – Descrição histórica sob uma ótica totalmente nova do ponto de vista formal, explodindo a linguagem.



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Almirante Soares Filho • comerciante e ensaísta almirante@revistavisao.com.br

Antigos nomes das ruas de Lages no final do século 18

A Rua

Nereu Ramos era chamada Rua de Cima da Palha. Entretanto, conforme documentos antigos, constata-se que o mesmo logradouro era conhecido como Rua da Igreja e Rua Direita. Nos últimos anos do Império, tomou o nome de Rua Presidente Araújo. Com a Proclamação da República, seu nome foi mudado para 15 de Novembro. Em 1958, com a morte do maior estadista lageano, passou a ser Rua Presidente Nereu Ramos. A Rua Correia Pinto era chamada de Rua de Baixo, onde o fundador Correia Pinto possuía seu rancho e demais ofícios. Também era chamada popularmente de Rua Grande para depois chamar-se Rua da Cadeia, pois se estendia até onde hoje está o Calçadão. Somente em 1904 passou ao nome Rua Correia Pinto. A Praça João Ribeiro chamava-se Pátio da Igreja ou Largo da Matriz. A Rua Coronel Córdova era denominada de Rua do Lageadinho e Rua Nova. A Rua Hercílio Luz chamava-se Rua Rangel Pestana. A Rua Frei Rogério era Rua do Poço. A Rua João de Castro era Rua da Lomba. A Praça João Costa teve várias denominações como Largo da Câmara, Praça do Conselho, Praça do Pelourinho e após 1853, Pátio da Cadeia. revista visão

Curiosidade O Pelourinho (construído em madeira de lei chamada ipê, de quatro quinas com seus braços de pau e uma catana caracterizando como pelourinho onde os escravos eram amarrados em sinal de jurisdição) juntamente com a Câmara e a Cadeia, foram construídos nesta praça onde hoje está o Calçadão da Praça João Costa, e não na praça da catedral, como muitos afirmam. Construções que poderiam pertencer ao patrimônio histórico e cultural de Lages e Santa Catarina, mas foram demolidos para a construção do Colégio Aristiliano Ramos. Agora temos a chance de juntamente com a revitalização da praça, erguer um memorial no lugar daquele prédio, atualmente abandonado. Os Alemães A primeira colônia alemã em Santa Catarina foi São Pedro de Alcântara. Fundada em função da estrada entre Desterro e Lages, projetada em 1792, quando o então Presidente da Província João Alberto Ribeiro propusera o estabelecimento de dois núcleos de povoação às margens do caminho de tropas entre as duas localidades. O núcleo de São Pedro de Alcântara ficou localizado à margem direita do Rio Maruim, na rota para Lages. O Governador Felipe Schimidt era filho de imigrantes alemães. Felipe nasceu em Lages em 04 de maio de 1860 e era primo de Lauro Müller. Foi Chefe de Polícia no primeiro governo do primo e o quarto governador de Santa Catarina. Em seu governo terminou a Guerra do Contestado. Foi no governo de outro lageano, Vidal Ramos, que teve o início desse confronto.



62 63 <visões do ozóide

Por

Ozóide • Alienígena, intelectual e olheiro ozoide@revistavisao.com.br

“Adultério” político

Em qualquer

pesquisa de opinião pública, no Brasil, a credibilidade dos políticos aparece lá nas últimas posições. Ou seja, o povo acredita mais na existência do demônio – ou de Papai Noel – do que na classe política. Além da roubalheira diária que ouvimos falar envolvendo nossos dirigentes, também somos obrigados a conviver com a tal das “infidelidades” e “adultérios” dos mais diferentes naipes. Inimigos históricos abraçados Antes de ser Governo Federal, o PT xingava, fazia protestos e passeatas e chamava a turma do Sarney, do Jáder Barbalho, do Collor de Mello, do Paulo Maluf (para não citar outros nomes) de “filhotes da Ditadura”, “Direita retrógrada” ou qualquer coisa do gênero. Os petistas queriam ver o diabo na frente, mas não esses nomes. Pois quando chegou ao Governo (desde os tempos do Lula, em 2002), o PT se aliou a todos eles para conseguir governar. Nestas eleições, em nível nacional, o ex-governador de Pernambuco, Eduardo Cam-

FIQUE DE

OLHO! revista visão

pos (do PSB), que foi Ministro do Lula e até bem pouco tempo atrás era um dos melhores amigos e correligionários da Presidente Dilma, de uma hora para outra (depois que cansou de “mamar”) vai para a oposição e sairá candidato à Presidência. Em Santa Catarina No Estado, Colombo e os Bornhausen sempre foram ferrenhos adversários do PT. Colombo também não gostava nada do PMDB. Mas ele só chegou ao Governo de SC (em 2010), com uma grande ajuda do PMDB. Logo depois, deixou seu partido, o DEM, para ingressar numa nova legenda, o PSD. E esta nova “agremiação”, composta por aqueles que sempre deram pedradas no PT, agora ficam amiguinhos (para a alegria dos “petistas” – leia-se: Governo Federal). Com essa surpreendente (ou seria “ideológica”) aproximação com o Governo Federal, Colombo (que sempre fora adversário do PT), consegue extraordinários recursos na esfera federal e junto ao BNDES. Esses recursos lhe garantem obras “por Toda Santa Catarina”. E ele, fiel e grato a isso, confere apoio político

Esse espaço também é para você leitor. Alguma coisa está errada na sua rua? Na sua cidade? Com as lideranças políticas? Denuncie! Envie um e-mail para: ozoide@revistavisao.com.br

à reeleição da Presidente Dilma. Mas o PT do Estado não aceitou apoiar Colombo. E saiu com candidato próprio ao Governo de SC (o ex-deputado federal Cláudio Vignatti). Então, não se sabe se Dilma subirá no palanque de Colombo ou de Vignatti. E nem quem vai falar mal de quem no horário eleitoral. E por aí afora. Balcão de negócios Ou seja, aqueles que foram inimigos políticos durante quase toda uma vida, agora estão abraçados num mesmo palanque (coisa extremamente comum na política). Mas onde está a coerência dessa gente? Ainda existem ideologias? Qual o projeto de Brasil ou de Estado que essas forças representam? Como entender esse verdadeiro “balcão de negócios” em que se transformaram nossos partidos e nossas lideranças políticas? O poder pelo poder justifica qualquer meio? Como nós, eleitores, pobres mortais, vamos entender toda essa “misturança”, esse “amor repentino”, essas alianças esdrúxulas? Como entender que hoje estejam abraçados num mesmo palanque se ontem foram dormir como inimigos?


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Se vocês estão pensando em adquirir espaço no Garden Shopping, tem de ser agora. Com a inauguração – e durante o primeiro mês – toda a região virá conhecê-lo. Sem falar que em seguida estaremos no período de Natal, ótimo para vendas”. Eduardo Gribel Diretor da Tenco – Empresa que administra shoppings em vários estados do Brasil.

As pessoas hoje não querem produto. Até porque todos os produtos são muito similares. Querem valor, diferenciação, compram o diferente, o inusitado... E se você tiver o diferente, com qualidade, o preço é o que menos conta”. Cláudio Tomanini

Palestrante profissional, escritor e consultor

Constantes aumentos de preços em tarifas públicas como água e esgoto, iluminação pública, estacionamento rotativo, transporte urbano e impostos municipais;

Empresa GVT começando a operar em Lages, acabando com o monopólio na telefonia fixa e nos serviços de TV por assinatura e internet de banda larga;

Obras públicas que se “arrastam no tempo” e sem prazo para terminar (Av. Duque de Caxias, Aeroporto de Correia Pinto, revitalização das rodovias estaduais da região, entre outras);

O Lages Garden Shopping entregando espaços aos lojistas e já com data para ser inaugurado: 29 de outubro;

A credibilidade do futebol do Brasil com a goleada vexatória sofrida pela seleção brasileira sobre a Alemanha por 7x1 na Copa do Mundo e depois para a Holanda por 3X0; O “mandonismo” na Federação Catarinense de Futebol (FCF), com o mesmo “chefe” há muitas décadas. Isso sem falar em outras entidades como sindicatos patronais e de trabalhadores (sempre com os mesmos “caciques”), partidos políticos e até entidades sem fins lucrativos (ONGs, OSCIPs, etc). O baixo crescimento econômico do Brasil e as elevadas taxas de juros (o que dá pouco incentivo para os investimentos e pouca confiança no nosso futuro);

O recapeamento do asfalto em dezenas de ruas de Lages (embora as obras avancem em ritmo lento); As empresas Planalto Confecções e Flex Contact Center gerando centenas de novos empregos na cidade; Jornalista Francisco de Assis Nunes, merecidamente reconhecido como Cidadão Lageano pela Câmara; A Revista Visão, que no próximo mês de setembro produz sua 100ª edição (sempre acreditando e levando boas informações a nossos leitores); A Snotruk, que finalmente “parece” que vai sair.

Festa do Pinhão, mesmo privatizada, continua dando prejuízo aos cofres públicos. revista visão


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(DEZ)AFIO Embora sejam muito semelhantes, estas duas imagens apresentam 10 pequenas diferenças. Tente encontrá-las. Boa sorte!

A sede própria da Planalto Confecções, que vai gerar 400 empregos diretos, foi inaugurada oficialmente

Resultado da edição 98

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