Revista 02 - Ano 1 - 2015
R$ 12,00
Protegendo vidas Projetos de conservação garantem a continuidade de espécies ameaçadas de extinção
Ano do lobo-guará lobo guará
Projeto Xerimbabo
paisagismo
Para combater a ameaça de extinção da espécie, instituições unem-se e definem metas. metas
Iniciativa da empresa Usiminas para promover a conscientização ambiental ambiental.
É uma extensão do projeto arquitetônico de qualquer empreendimento.
02 - Ano
1 2015
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R$ 12,00
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PAISAG
Agência de notícias, publicidade e comunicação A pioneira em Zoológicos, Bioparques e Aquários
ditorial
ENCANTAMENTOS & EXPERIÊNCIAS
Prezados leitores, durante anos, em minha profissão de biólogo e especialista em projetos
de implantação e revitalização de zoológicos, assim como, visitante apaixonado por zoos, venho constatando que os Zoológicos e Aquários proporcionam incríveis experiências de encantamento aos seus visitantes. E que, poderão vir a ser únicas e marcantes em suas vidas, sejam elas detectadas por meio daquele olhar tímido de um observador, no sorriso verdadeiro de uma criança, que vibra chamando atenção para todos os detalhes, ou ainda, no brilho nos olhos dos acadêmicos de biologia, veterinária, zootecnia, entre outros, que vislumbram, nestes ambientes, “o seu lugar no mundo” para seguir a profissão e fazer a diferença na vida das espécies que ali estão. E, seguindo a meta de divulgar a importância que estas instituições têm na vida das pessoas
e no empenho que, as mesmas, enfrentam para superar os desafios do dia-a-dia em prol da conservação e proteção da fauna mundial, chegamos a nossa segunda edição da Revista Zoológicos do Brasil. Saliento, mais uma vez, que as experiências que os Zoológicos e Aquários deixam nas pessoas
são marcantes e despertam o desejo de colaborar, de alguma forma, com a preservação. Digo isto, porque acompanho os inúmeros projetos de conservação que estão sendo apresentados, vejo o crescimento de visitantes, ano após ano e, ainda, a consciência ambiental que vem sendo despertada, cada vez mais, com a vivência em ver um animal de perto. Mas, mesmo com tantas melhorias que estamos constatando, ainda é preciso se comunicar mais e divulgar com emoção, todo esse trabalho que está sendo desenvolvido com a certeza de que estamos fazendo o nosso melhor. Posso garantir que muitas coisas boas virão pela frente, assim como, que a população brasileira
terá, cada vez mais, orgulho dos Zoológicos e Aquários Brasileiros, justamente, por se tornarem os grandes guardiões dos animais, muitos destes, ameaçados de EXTINÇÃO, carentes de nossa ajuda e dedicação para saírem desta situação. Finalizo, desejando uma boa leitura e que possamos estar juntos na terceira edição para conti-
nuarmos falando deste maravilhoso e encantador MUNDO ANIMAL, assim como, dos seus principais protetores, fala-se é claro, dos Zoológicos e Aquários. Até mais! Diretor Executivo Marco Antônio Majolo
Jornalista Responsável
William Melo - MTB 44858/SP jornalismo@zoologicosdobrasil.com.br
Sugestões de Matérias e Artigos
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Departamento Comercial Estela Magda Brugnera comercial@zoologicosdobrasil.com.br
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Perfil
Mara cristina marques
Sumário
06
08
O ano do
lobo-guará
CECFAU do
ZOO DE SÃO PAULO
12
extinção é para sempre
34
A importância do
paisagismo
Zoológico da USIPA
Projeto Xerimbabo
Soluções de transporte aéreo para
animais
14
Giro de Notícias
46
Como cultivar uma mente sadia quando o
19
assunto é zoológico
48
29
CONSERVAÇÃO
36
Sempre alerta
40
16
A chapa está Quente
BIRDWATCHING
observação de aves
Zoo Mundi
38
Aumenta a procura nas áreas de
zoologia e etologia
42
Tecnologia animal
Qualidade da água
Fundación Mundo Marino
44
50
Perfil
Por William Melo
Foto: Divulgação
Mara Cristina Marques
De estagiária da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, à presidência da Sociedade Paulista de Zoológicos (SPZ), fazendo a diferença
N
“
a realidade, meu interesse foi
cionando a ela vivências do significado
dação Parque Zoológico de São Pau-
despertado ainda criança, não
da palavra “preservação”, certamente,
lo (FPZSP), como bióloga do setor de
especificamente por biologia,
esse pequeno ser humano, se tornará um
mamíferos e, atualmente, faz parte do
adulto brilhante”.
departamento técnico. Começou como
porque neste período não tinha noção do que era a profissão, mas por ter tido con-
“Aos 15 anos, já tinha a certeza que
estagiária na FPZSP, ainda cursando o
tato com a fauna e, com frequência, meu
a biologia era a profissão na qual eu
último semestre da universidade, pois,
interesse foi aumentando com o passar
queria atuar e me especializar cada vez
mesmo antes de finalizar a graduação, já
do tempo, fazendo com que eu compras-
mais. Minhas referências eram muitas,
havia procurado informações sobre está-
se livros, acompanhasse documentários
mas ficava encantada com as pesquisas
gios e áreas de atuação nos zoológicos.
e tudo que se relacionava com a fauna
desenvolvidas pela equipe de Jacques
Em 2012, passou a desenvolver ati-
silvestre”.
Cousteau, e imaginava que um dia po-
vidades como bióloga no departamen-
A bióloga Mara Cristina Marques, 48
deria fazer a diferença nas questões do
to técnico. Desde o ano de 2003, Mara
anos, é a prova viva da premissa “que
meio ambiente e, em especial, na fauna
desenvolve também a atividade de re-
silvestre”, afirma.
gistradora do Sistema Internacional de
06
quando você incentiva uma criança a respeitar a fauna e a flora, propor-
Mara, que desde 1990, atuou na Fun-
Identificação de Espécies (ISIS), a qual
congrega informações biológicas de di-
ações das instituições, com transparên-
liando os órgãos fiscalizadores, na árdua
versas espécies, de mais de 800 institui-
cia e responsabilidade, sempre focadas
tarefa de manter animais confiscados, o
ções zoológicas, por todo o mundo.
na educação para a conservação, bem
que compromete toda a manutenção e
Para Mara, trabalhar e atuar, na área
-estar animal e a conservação da biodi-
verbas destinadas às espécies efetivas
de conservação, é uma grande satisfa-
versidade, trabalhando como um elo me-
dos zoológicos.
ção e privilégio.
diador entre as instituições e tomadores
“Quando esta política estiver estabe-
conhecimen-
de decisão. Trabalhamos também, no
lecida, certamente, ajudará e muito, o
to, e do mesmo modo, poder transferir
aprimoramento profissional dos técnicos
crescimento de todas as instituições que
este conhecimento para diversos pro-
por meio de workshop, oficinas, pales-
são vistas, pela maioria dos tomadores
fissionais, ser mais um elo desta grande
tras, promovendo assim, a integração e
de decisão, como um problema na ges-
engrenagem a promover mudanças de
a troca de experiências”, afirma a pre-
tão pública, porém, deveria ser encarado
comportamento e a perspectiva de um
sidente.
como um aliado, porque promove conhe-
“Poder
adquirir
tanto
mundo melhor para nós, é o que me impulsiona”.
Mas, nessa área, nem tudo são flores
cimento, educação e desperta o respeito
(e porquê não dizer, nem tudo são cis-
pela natureza e meio ambiente, no qual
Tanta experiência e competência, fez
nes). Pois, os profissionais que atuam
estamos também inseridos, isto inclui,
com que Mara Marques ficasse a frente
para a preservação e conservação de
diretamente, a sobrevivência da nossa
de uma das entidades mais importantes
fauna, também encontram dificuldades.
própria espécie”.
do país, a Sociedade Paulista de Zooló-
“Uma das maiores dificuldades é a falta de apoio que muitos técnicos encontram
Mara diz que, este é nosso
“Ser presidente da SPZ, é uma gran-
para desenvolver suas atividades profis-
grande desafio e o perseguirá até
de responsabilidade. A instituição foi
sionais, neste segmento, que podem ser
o fim. “Nesta caminhada, com
fundada em 1991, por profissionais da
desde ordem material, técnica e humana,
certeza, outros se juntarão, pois,
área com grande experiência, e, hoje,
entre outras consequências, como a falta
somente unindo forças, indepen-
tem como missão, promover o desen-
de políticas públicas de proteção à fau-
dente das filosofias que cercam a
volvimento de valores e a integração dos
na, que deve nortear todas as ações que
manutenção da fauna em cativei-
Zoológicos e Aquários do Estado de São
envolvam a manutenção da mesma, em
ro, poderemos mudar a situação
Paulo, na conservação da biodiversida-
nosso estado e no país, assim como, o
de hoje e, quem sabe, tirem, de
de, difundindo conhecimentos por meio
tráfico de animais silvestres, destinação
vez, tantas espécies das temidas
da pesquisa, conservação e educação”,
e fiscalização”, diz Mara.
listas de “ameaçados de extin-
gicos (SPZ).
De acordo com a presidente, hoje,
declara. “Nossas ações se concentram no su-
muitas instituições realizam a função de
porte do gerenciamento de todas as
um centro de triagem e destinação, auxi-
i
Uniformes tematizados para Zoolóogicos, Aquáarios, parques de entretenimentos e afins. i
e-mail para contato
comercial@zookeeper.com.br
ção”. Este é meu sonho, fazer a diferença”.
Foto: Shutterstock
O ano do
lobo-guará 08
Para combater a ameaça de extinção da espécie, instituições unem-se e definem metas
E
m março, durante a 39ª edição do
maneira, trabalhar a conservação de for-
Congresso da Sociedade Zooló-
ma integrada.
gicos do Brasil (SZB), a entidade
Este programa acumula 10 anos
lançou o Ano do Lobo-Guará ( Chryso-
de pesquisas e ações práticas
cyon brachyurus ) , encadeado por diver-
direcionadas à conservação
sas ações que ressaltam a importância
do lobo-guará, na região da
deste magnífico animal e seu valor para
Serra da Canastra, em Mi-
o ecossistema.
nas Gerais.
A campanha, uma parceria entre o Ins-
Com
materiais
como
tituto Chico Mendes de Conservação da
cartilhas, adesivos, cartei-
Biodiversidade (ICMBio) e a SZB, é nor-
rinhas, cartazes para dis-
teada pelo “Programa para a Conserva-
tribuição em zoológicos e
ção do Lobo-Guará - Lobos da Canas-
aquários, e, ainda, um site,
tra”, coordenada por Rogério Cunha, do
onde estão disponibilizadas
Centro Nacional de Mamíferos Carnívo-
maiores informações sobre o
ros/CENAP - ICMBio.
projeto quanto as atividades lú-
As ações em andamento, buscam re-
dicas e didáticas, sendo que estas,
duzir a pressão sobre a espécie em uma
poderão ser utilizadas, tanto em sala
área que está sob conflito permanente,
de aula, quanto por equipes de educa-
por meio de propostas diretas de mitiga-
ção ambiental nos zoológicos.
Desta os
forma,
zoológicos
ção de impactos, do aumento e dissemi-
Os zoológicos e aquários brasileiros,
podem ajudar a espalhar a mensagem
nação de conhecimento sobre a espécie
com seus 20 milhões de visitantes anu-
de conservação e potencializar os es-
e pela alteração da relação da população
ais, podem ser vistos como uma grande
forços dos pesquisadores em campo,
local com o lobo.
e eclética sala de aula, que atinge um
aumentando a conscientização e en-
público de todas as idades e de diferen-
volvimento da população com as es-
tes níveis culturais e econômicos.
pécies ameaçadas.
A ideia é estabelecer um link entre os esforços de campo e cativeiro, e desta
C
onheça seu amigo, o lobo-guará
(Chrysocyon brachyurus).
ganta e o interior das orelhas brancos.
gênero Chrysocyon .
Apesar de ter um corpo laranja-aver-
A espécie não está diretamente ligada
O lobo-guará é o maior canídeo da
melhado, quando nascem são pretos
a nenhum outro gênero de canídeos e,
América do Sul, pesa entre 20 e 33 kg,
com a ponta da cauda branca e, até os
aparentemente, é uma relíquia da fauna
mede entre 95 e 115 cm de comprimento
primeiros seis meses de vida, tornam-se
pleistocênica da América do Sul.
do corpo, mais de 38 a 50 cm de cauda.
pardos.
De uma população total, estimada em
Com focinho, crina e patas negras,
É uma espécie de canídeo endêmico
esse animal tem a ponta do rabo, a gar-
da América do Sul e único integrante do
mil encontram-se no Brasil.
ópicos do plano de ação nacional
e esforços para a conservação do lobo-
gia espacial do lobo-guará, no prazo de
para preservação do lobo guará.
guará e seu habitat, em 5 anos.
cinco 5 anos.
T
mais de 23 mil indivíduos, cerca de 21
Promover a integração entre institui-
Caracterizar e avaliar o impacto de
Modelar as populações de lobo-guará
ções de pesquisa, agências de fomen-
alterações ambientais sobre as popula-
através de projeções em cenários reais e
to e de financiamento, poder público e
ções de lobo-guará, em 3 anos.
hipotéticos, de forma continuada, a par-
organizações da sociedade civil para
Cobrar do poder público o aprimora-
viabilizar recursos e otimizar ações de
mento e cumprimento da legislação am-
conservação, direcionadas ao lobo-gua-
biental, de imediato.
rá e seu habitat, viabilizar recursos para
Ampliar estudos sobre a epidemiologia
atendimento das necessidades de con-
das doenças que acometem a espécie,
servação, em 5 anos.
em 2 anos.
Convencer o poder público e as agências de fomento e de financiamento sobre a necessidade de direcionar recursos
Deter informações sobre a demografia da espécie, no prazo de 5 anos. Dispor de conhecimento sobre a ecolo-
tir das informações geradas nos projetos de pesquisa. Aumentar a eficiência da educação na conservação do lobo-guará. Contribuir para minimizar os conflitos socioeconômicos entre as comunidades e as ações para a conservação do loboguará. Aumentar a comunicação entre os dife-
09
rentes atores envolvidos e afetados nas atividades para a conservação do loboguará.
Conseguir que 100% das instituições
Aumentar em, pelo menos, 50% o nú-
zoológicas mantenedoras, sigam pro-
mero de publicações científicas sobre manejo ex situ , em 5 anos.
Aumentar em, pelo menos, 100% os
tocolo (s) de cativeiro existentes (nutri-
recursos captados para pesquisa ex situ
cional, profilático, qualidade de recintos,
Aumentar em, pelo menos, 10% em
com a espécie e, em, pelo menos, 30% o
coleta, armazenamento e aproveitamen-
cinco anos, o número de recintos para
pessoal capacitado envolvido com o ma-
to de material biológico e registro de da-
receber os animais oriundos da natureza.
nejo em cativeiro, em 5 anos.
dos), em 1 ano.
Redução da mortalidade de filhotes
Conseguir que, pelo menos, 50% dos
de lobo-guará (de 0 a 1 ano de idade),
visado (s) (nutricional, profilático, quali-
tomadores de decisão das instituições
em cativeiro, para 50%, ou menos, em
dade de recintos, coleta, armazenamento
zoológicas mantenedoras estejam envol-
5 anos.
e aproveitamento de material biológico e
vidas e comprometidas com os acordos
Extinguir os conflitos sobre posse que
registro de dados). Inclusive, com base,
de manejo e com a captação de recursos
interferem na transferência de indivíduos
no intercâmbio de informações de pes-
financeiros para a conservação ex situ da
entre instituições zoológicas mantenedo-
quisa in situ e ex situ .
espécie, em 5 anos.
ras, em até 2 anos.
Foto: Shutterstock
Publicar protocolo (s) de cativeiro re-
10
CECFAU
Foto: Divulgação
Zoo de São Paulo Inaugura Centro de Conservação da Fauna Silvestre
U
Secretária Patrícia Iglecias, na inauguração do CECFAU
ma iniciativa pioneira da Fun-
área de 80 mil m² na Estrada do Jundia-
ram selecionadas pelo corpo técnico,
dação Parque Zoológico de São
quara, 33, em Araçoiaba da Serra. Ali, o
de acordo com as prioridades da Fun-
Paulo vai dotar o país de espa-
Zoo mantém uma fazenda para produção
dação Parque Zoológico, para atender
ço projetado especialmente para o de-
de alimentos para animais do seu acervo.
projetos de reprodução com o objetivo
senvolvimento de pesquisas e traba-
O principal objetivo do CECFAU é pro-
de reforçar populações de espécies
lhos de conservação da fauna silvestre.
mover, por meio de pesquisas e progra-
ameaçadas na natureza, bem como a
Trata-se do Centro de Conservação da
mas integrados, a conservação da fauna
construção de banco genético de re-
Fauna Silvestre do Estado de São Pau-
silvestre “in situ” , no próprio ambiente
serva e de pesquisa.
lo (CECFAU), que abrigará inicialmente
onde ocorrem, e “ex situ” , fora do am-
Com investimento de R$ 4 milhões,
cinco espécies de animais ameaçadas
biente natural, como aconteceu com a
a infraestrutura do espaço inclui áreas
de extinção: mico-leão-preto, mico-leão-
arara-azul-de-lear, espécie endêmica da
de apoio técnico, integrando medicina
dourado, mico-leão-da-cara-dourada e
região norte da Bahia, na área de Reser-
veterinária e biologia, com salas de
tamanduá-bandeira, além da arara-azul-
va Ecológica do Raso da Catarina e Re-
manejo e cirurgia, ambulatório, áreas
de-lear, cujo nascimento do primeiro fi-
serva Biológica de Canudos.
de internação, laboratórios, berçário
lhote em cativeiro no hemisfério sul ocor-
Outra atribuição do centro é desen-
e incubação de ovos; de treinamento,
volver estratégias voltadas à manuten-
para reuniões, cursos e palestras; e de
A unidade, que foi inaugurada no dia
ção de espécies cativas geneticamente
alimentação animal, para preparo, ma-
19 de Junho, com a presença da secretá-
viáveis para programas de reintrodução
nipulação e distribuição de dietas.
ria do Meio Ambiente do Estado de
e reforço das populações na natureza.
Um plano diretor, aprovado em 2004,
São Paulo, Patrícia Iglecias, ocupa
As espécies transferidas ao CECFAU fo-
orientou a implantação do centro, con-
reu recentemente no Zoo de São Paulo.
12
siderando a relação dinâmica entre vete-
ticularidades próprias para essas espé-
foram construídos ao longo dos anos
rinários, biólogos, zootecnistas, agrôno-
cies.
com o trabalho solidário entre a Fun-
mos, engenheiros, arquitetos, tecnólogos
O CECFAU contará com suporte do
dação Parque Zoológico de São Paulo
da informação, tratadores, estudantes e
Departamento
Aplicada
e diversas instituições, que contribuem
especialistas. Adotou-se uma hierarqui-
(DPA), criado em 2012 pelo Zoológico,
com seus pesquisadores, apoio técni-
zação espacial conforme as categorias e
para desenvolver trabalhos como o de
co e recursos de projetos aplicados à
níveis de atividades envolvendo o corpo
reprodução assistida.
conservação de fauna silvestre e sus-
de
Pesquisa
tentabilidade ambiental.
técnico e sua estrutura física, equipa-
Com equipamentos modernos, o DPA
mentos e serviços de apoio, pesquisa e
vai ampliar as condições necessárias
Em projetos liderados e comparti-
para o desenvolvimento de projetos de
lhados pela fundação são relevantes
Os recintos para os animais foram
pesquisas por parte do corpo técnico e
a participação das seguintes institui-
projetados segundo as características
de pesquisadores associados, provendo
ções:
das espécies. A arara-azul-de-lear, por
o imprescindível suporte aos trabalhos
exemplo, terá oito recintos, paredões
de conservação faunística.
ensino, e manejo ambiental monitorado.
- Projeto Mico-Leão-Preto (“in situ”) UFSCar - Universidade Federal de São
tíficos para a implantação do CECFAU
do Estado do Rio de Janeiro, IPÊ - Ins-
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação
Carlos, CPRJ - Centro de Primatologia
dos tamanduás e dos primatas terão par-
Foto: Divulgação
As bases e conceitos técnico-cien-
Foto: Divulgação
cenográficos e complexo de ninhos. Os
Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)
Mico-Leão-Dourado (Leontopithecus rosalia)
tituto de Pesquisas Ecológicas, Durrel
cas - UNIFESP - Universidade Federal de
- Projeto Tatu Canastra (“in situ”) -
Wildlife Trust (Jersey-UK) e Copenhagen
São Paulo e FAPESP - Fundação de Am-
Royal Zoological Society of Scotland
Zoo (Dinamarca).
paro à Pesquisa do Estado de São Paulo.
(UK).
(“ex
- Projeto Laboratório de Reprodução
situ”) - AZA - Association of Zoos and
Animal Assistida - USP - Universidade de
Aquarium (USA).
São Paulo.
-
Projeto
Mico-Leão-Dourado
- Projeto Mico-Leão-de-Cara-Dourada
- Projeto Mamíferos do Cerrado (“in
Mais informações:
situ”) - UFG - Universidade Federal de
Fundação Parque Zoológico de São Paulo
- Projeto Mestrado Profissional em
Goiás, USP - Universidade de São Pau-
Divisão de Educação e Difusão
Conservação de Fauna Silvestre/CAPES
lo, Fiocruz - Fundação Osvaldo Cruz/MS,
Fone: 11-5073.0811 ramal 2141
- UFSCar - Universidade Federal de São
Smithsonian Institute (USA), UNESP
email: flaviacampos@sp.gov.br
(“ex situ”) - Antwerp Zoo (Bélgica).
Carlos. - Projeto Laboratórios de Microbiologia, Biologia Molecular e Análises Clíni-
- Universidade Estadual de São Paulo, ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade/MMA.
Site: www.zoologico.com.br
13
Zoológicos do Brasil
Por William Melo
Giro de notícias
Veado-catingueiro nasce no Gramadozoo
O Gramadozoo, localizado na cidade de Gramado, no Rio Grande do Sul, registrou o nascimento de uma fêmea de veado-catingueiro. Pesando 1,5 quilo, é a primeira vez que a espécie reproduz no Zoológico. “Foram sete meses de gestação. Ela está muito saudável e ganhando peso. Em três dias, foram 390 gramas. Agora ela está com 1,890 quilo”, declara o veterinário Renan Alves Stadler, responsável técnico do Gramadozoo. De acordo com o veterinário, o pai do filhote veio do Núcleo de Reabilitação de Animais Silvestres de Pelotas no ano de 2014 para fazer companhia a uma fêmea adulta que vivia sozinha no parque.
Foto: Divulgação
Já a mãe do filhote foi salva pela equipe do Gramadozoo, em 2010. “Com menos de 15 dias de vida, o animal foi encontrado no centro de Gramado, em 2010, e resgatado pela Patrulha Ambiental da Brigada Militar. Órfã, ela era amamentada a cada duas horas. Felizmente, ela cresceu com saúde e agora dá à luz ao primeiro filhote”, afirma. O filhote nasceu com a pelagem coberta por pintas brancas, porém com o tempo, as manchas desaparecem. “É uma forma de camuflagem. Geralmente, as mães saem para procurar alimento e deixam os filhotes sozinhos”, diz Renan. Veado-Catingueiro (Mazama gouazoubira )
No último dia 3 de março o Zoo Bauru (SP) comemorou o Dia Internacional da Vida Selvagem. A instituição aproveitou a data para difundir entre funcionário e visitantes a ideia de preservação da biodiversidade de espécies e preservação do meio ambiente. “Vamos aproveitar essa data para refletir sobre as mudanças de comportamento que devemos ter com relação aos nossos usos e costumes e que acabam impactando cada vez mais o ambiente onde a fauna selvagem deveria viver”, declarou em sua página no Facebook.
Foto: Divulgação
Zoo Bauru comemora Dia Internacional da Vida Selvagem
Para potencializar o ótimo exemplo, O Zoo Bauru, por meio de seu setor de Educação Ambiental, organizou uma série de atividades, junto com o grupo da “melhor idade” do abrigo Vila Vicentina (foto), onde trocaram experiências muito positivas sobre a importância da conservação da fauna selvagem.
Foto: Divulgação
Macacos-prego ganham nova casa nova em ilha adaptada no Zoo de Limeira
14
Macaco-prego (Cebus apella)
Com a finalidade de produzir melhor semelhança ao habitat natural da espécie, o Zoológico Municipal de Limeira concebeu em uma ilha, nova casa para três macacos-prego, sendo duas fêmeas e um macho. De acordo com Ana Cláudia de Abreu Sorg, do Zoológico de Limeira, os macacos-pregos são os mais comuns no Brasil e como são bastante interativos, são curiosos e se interessam muito pelo público. A nova medida de instalar os animais em uma ilha vai resolver dois problemas que o zoo enfrentava: a alimentação irregular oferecida pelo público, como balas pipocas e amendoins, e o barulho produzido pelos visitantes.
Correio comemora nascimento de Arara-Azul-de-Lear com lançamento de selo Em um evento que reuniu muitas autoridades públicas no Parque Villa-Lobos, em São Paulo, para comemorar a Semana do Meio Ambiente, amantes da biodiversidade tiveram uma feliz notícia: o lançamento de um selo que comemora o nascimento da arara-azul-de-Lear, primeira concebida em cativeiro no Zoo e no Hemisfério Sul.
Foto: Divulgação
O nascimento aconteceu no mês de abril, no Zoológico de São Paulo, sob os cuidados de biólogos do Setor de Aves, com alimentação balanceada, controle do peso e do crescimento, além de mantido em incubadora com temperatura de 35 ºC.
Arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari)
“A iniciativa demonstra a importância do trabalho exercido pelo Zoológico em pesquisa, reprodução e recuperação de espécies ameaçadas de extinção”, declarou a Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo em seu site.
Urubu Mobile mapeia áreas de risco de atropelamento de animais silvestres Pesquisadores da Universidade Federal
de conservação da biodiversidade brasileira.
concessionárias, órgãos governamentais, en-
de Lavras (Ufla), em Minas Gerais, criaram
Ele é uma proposta do CBEE para reunir, sis-
tre outros. Todos podem contribuir e cada in-
um aplicativo que tem como objetivo redu-
tematizar e disponibilizar informações sobre
formação, independente da sua origem, tem
zir o alto índice de animais silvestres atro-
a mortalidade de fauna selvagem nas rodo-
a mesma importância.
pelados.
vias e ferrovias e tem por objetivo auxiliar o
O aplicativo permite ainda que motoristas
Denominado Urubu Mobile (http://migre.
governo e as concessionárias na tomada de
registrem acidentes para ajudar a estruturar o
me/qhuXM), o app tem como objetivo con-
decisão para redução destes impactos”, de-
Banco de Dados Brasileiro de Atropelamen-
trolar as áreas críticas de atropelamento de
clara os idealizadores na página eletrônica do
to de Fauna Selvagem (BAFS) e enviar para o
animais, além de incentivar a formulação
app.
Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia em
de políticas públicas para as estradas. “O Sistema Urubu é a maior rede social
O sistema reúne dados das mais variadas fontes: usuários de rodovia, pesquisadores,
Estradas (CBEE) a fim de identificar onde ocorre mais atropelamentos de fauna em todo Brasil.
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Foto: Divulgação
Dragão Barbudo (Pogona sp)
Por William Melo
A chapa está
quente! O cenógrafo Lee Oliveira, oferece dicas de como produzir pedras e galhos em resina aquecidos
L
ee Oliveira é uma das referências
que irá ser a pedra, com três ou quatro
talisar (com 6ml), mexer bem e já despe-
nacionais, quando o assunto é ce-
camadas de silicone catalisado. Passado
jar no molde”, diz o cenógrafo. Afirmando
nografia. E, ele, pensando no con-
o tempo de secagem do silicone, cerca de
também que “esta quantia, será suficien-
forto térmico dos animais, passou a pro-
3h (três horas), deve-se cobrir com uma
te para a primeira camada, em um molde
duzir pedras e galhos aquecidos.
camada de 2cm (dois centímetros) de
de aproximadamente 12cm x 20cm (cen-
“Comecei produzindo este tipo de apa-
gesso, que estruturará o silicone. Após
tímetros) ”.
rato, no ano de 2006, fazendo uma pe-
esta etapa de secagem, pode-se desmon-
“Depois de seco, coloca-se a resis-
dra aquecida que se encaixava dentro de
tar a forma. Primeiro, retira-se a placa de
tência sobre esta camada de resina, que
uma toca; e, ainda, um galho de árvore
gesso; depois, com muito cuidado, tam-
deve ter cerca de 30cm de comprimento
com 2m (dois metros), para iguanas. Na
bém poderá ser retirado a pele de silicone
e 5watts de potência. E, finaliza-se, co-
natureza, os animais buscam este tipo de
que já sairá com os desenhos da pedra ou
locando uma nova camada de massa ca-
conforto em rochas aquecidas pelo sol”,
tronco”, afirma Lee.
talisada (na mesma quantidade), sobre a
E, o artista continua explicando que
resistência, fundindo as duas partes. Esta
De acordo com o cenógrafo, estes ma-
“com a pele de silicone já retirada, e ago-
mistura, já sairá com uma cor natural de
teriais poderão ser produzidos com argi-
ra, bem encaixada na base de gesso, já
rocha ou madeira, mas pode-se dar um
la, gesso, silicone para moldes, areia fina,
se pode seguir à próxima etapa que é a
toque final na pintura, com um pouco de
talco, resistência de silicone, pigmentos
de fabricação da peça. Começando com
verniz e pigmentos em pó”, declara Lee.
para pinturas e verniz.
uma mistura de resina de poliéster, talco,
De acordo o artista, “deve-se emendar
“Primeiramente, você deve ter um mo-
areia e catalisador”. Salienta que “para
e isolar a resistência em um fio, antes de
delo da rocha ou tronco desejado, que
realizar o cálculo do material necessário,
colocar a última camada de massa, para
também pode ser esculpido em argila.
utiliza-se de um copo (com 300ml) de re-
a emenda ficar dentro da rocha. E, com
Depois, divide-se o modelo. Então,
sina para cada copo de areia fina e um
este molde de silicone poderá ser produ-
você irá pincelar a parte de cima,
copo de talco industrial. Depois, é só ca-
zido mais de uma peça”, afirma.
declara Lee.
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EXTINÇÃO É PARA SEMPRE Por Willian Melo
Foto: Shutterstock Gorila (Gorilla gorilla)
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Foto: Shutterstock
Dodô (Raphus cucullatus)
Como a espécie “racional” vem contribuindo, significativamente, para o desaparecimento de outras espécies por todo o planeta, seja voluntária ou involuntariamente.
P
ássaro Dodô (Raphus cucullatus) , Bandicoot-pés-porco (Chaeropus ecaudatus), Dugongo de Steller (Hydrodamalis gigas), Emu-negro (Dromaius ater) , Foca-monge-do-caribe (Monachus tropicalis), Antílope Azul (Hippotragus leucophaeus), Norfolk Kaka (Nestor productus), Quagga ( Equus quagga quagga), Rinoceronte Negro do Oeste Africano (Diceros bicornis longipes), Tigre-do-cáspio (Panthera tigris virgata), Tilacino (Thylacinus cynocephalus), Wallaby-rabo-de-prego-crescente ( Onychogalea lunata), Wallaby-toolache (Macropus greyi), Bilby-pequeno (Macrotis leucura), Cervo de Schomburgk (Rucervus Schomburgki) e Periquito-das-Seychelles (Psittacula wardi). Provavelmente, você nunca viu uma dessas espécies, e, com certeza, seus filhos e netos jamais poderão ver, seja na natureza ou em cativeiro.
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Muitos são os desentendimentos entre ambientalistas radicais e biólogos preservacionistas. Porém, mesmo com essa imensa lacuna entre seus ideais, ambos concordam com um fator: o homem está cada vez mais apressando o processo de extinção de várias espécies pelo mundo, voluntária ou involuntariamente. “O surgimento e extinção de uma espécie é um processo muito lento, que pode levar milhares de anos. É uma ação natural na qual a natureza compreende e absorve. Porém, ao longo do tempo, o homem vem acelerando esse processo, e se tornou o principal agente para o desaparecimento das mesmas”, declara Estela Alves Guimarães, bióloga, pós-graduada em Educação Ambiental e coordenadora do Centro de Educação e Cidadania Ambiental (CECA). O caso da extinção dos pássaros dodôs, um dos exemplos mais conhecidos
de espécie extinta, foi ‘banida’ do planeta no século XVII. Endêmica das Ilhas Maurício, localizada na costa leste da África, os dodôs foram predados por marinheiros, seus animais domésticos e espécies invasoras, introduzidas pela ação humana. Com rara exceção, os animais listados no primeiro parágrafo deste texto, tiveram como causa de sua extinção a caça, norteada pelo valor agregado a cada espécie. O tilacino, também conhecido como lobo-da-tasmânia, era uma das espécies preferidas de caçadores na Nova Guiné e Austrália, até o ano de 1936, quando desapareceram. Já o wallaby-rabo-de-prego, marsupial que também vivia na Austrália, entrou para o cardápio de uma espécie invasora introduzida pelo homem: a raposa. O wallaby-toolache e a foca-monge-
Foto: Shutterstock
do-caribe foram muito cobiçados por caçadores, por causa de suas peles, que valiam muito dinheiro ao serem comercializadas. Mas aí, para inconscientemente proteger a sua própria espécie, muitos irão pensar: essa matança toda aconteceu em uma época onde a disseminação da informação e a noção de que preservar é necessário, ainda era algo tão raro quanto às espécies então ameaçadas. Então, saiba que o rinoceronte-negrodo oeste-africano foi declarado como extinto pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), no ano de 2011. Isso mesmo, se você estiver lendo este texto no ano de 2015 (quando foi escrito), tem só quatro anos que poderia ter visto a espécie ainda viva, seja em um Zoo ou, mais dificilmente, na natureza. A IUCN é a entidade detentora do maior catálogo sobre o estado de conservação de espécie de plantas, animais, fungos e protozoários de todo o planeta: a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas.
Rinoceronte-Negro-do-Oeste-Africano (Diceros bicornis longipes)
Em sua tabela de risco de fauna, a entidade classifica as espécies como Segura, pouco preocupante ou Least Concern , em inglês (LC); Quase ameaçada ou Near Threatened (NT); Vulnerável ou
Vulnerable (VU); Em perigo ou Endangered (EN); Criticamente em Perigo ou Em Perigo Crítico, Critically Endangered (CR); e, finalmente, Extinta na natureza ou Extinct in the Wild (EW).
LEAST CONCERN
NEAR THREATENED
VULNERABLE
ENDANGERED
CRITICALLY ENDANGERED
EXTINCT IN THE WILD
LC
NT
VU
EN
CR
EW
Foto: Divulgação
Entre as espécies brasileiras, presentes nesta lista, estão os felinos Gatocajá (Leopardus wiedii) e Onça-pintada (Panthera onca) ; a Tartaruga-de-couro (Dermochelys coriacea) ; os primatas Muriqui-do-norte (Brachyteles hypoxanthus) , Macaco-aranha-de-cara-branca (Ateles marginatus) e Uacari-branco (Cacajao calvus), a Ararajuba (Guarouba guarouba) , a Baleia-franca-do-sul
Ararinha-Azul (Cyanopsitta spixii),
( Eubalaena australis) , a Ariranha (Pteronura brasiliensis) , o Cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus) , entre outros. Algumas espécies da nossa fauna, já foram extintas por completo e outras, só existem em cativeiro, tais como, o Mutum-do-Nordeste (Pauxi mitu) e a Ararinha-Azul (Cyanopsitta spixii) . Planos de conservação estão sendo estudados para uma possível reintrodução destas duas espécies em seus habitats através do manejo em cativeiro. Entre as principais causas do desaparecimento de espécies da fauna brasileira estão a caça, a pesca irresponsável e predatória, o comércio ilegal de animais silvestres (que mata 90% dos animais traficados), introdução de espécies exóticas invasoras, incapacidade de adaptação a florestas secundárias degradadas, derrubada de matas e conversão de áreas alagáveis para a agricultura, o avanço urbano sobre a natureza, etc. “A poluição do meio ambiente, pavimentação e fragmentação de matas e a introdução de espécies invasoras vem colaborando para o fim de várias espécies”, declara Estela. Estela cita também o peixe-leão, que já fez um grande estrago na região do
Caribe e está migrando para águas sul -americanas. Outro problema sério envolvendo espécies invasoras, é com relação ao Sagui-de-Tufo-Branco (Callithrix jacchus) e o Sagui-de-Tufo-Preto (Callithrix penicillata) , vindas de outros biomas como Caatinga, Mata Atlântica do Nordeste e Cerrado, estão ocupando áreas de outras espécies de calitriquídeos (“saguis”) na Mata Atlântica do Sudeste, tais como, o Mico-Leão-Dourado (Leontopithecus rosália) e o Sagui-da-Serra-Escuro (Callithrix aurita) , ambos ameaçados de extinção. As duas espécies invasoras são extremamente competitivas, generalistas e pressionam perigosamente as espécies endêmicas. Outra grande preocupação é a hibridização, ou seja, o cruzamento entre espécies. São relatadas hibridizações entre as espécies invasoras com o Sagui-da-Serra-Escuro (Callithrix aurita) . E, tal fenômeno, está colocando esta espécie em sério risco. Estes são alguns exemplos dentre uma extensa lista de espécies ameaçadas e já extintas por ações antrópicas, diante destes parâmetros, podemos dizer, que todos nós somos responsáveis no processo de extinção da fauna.
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Alguns Animais ameaçados de extinção no Brasil
Arara azul (Anodorhynchus hyacinthinus)
A arara-azul é também conhecida por muitos nomes, como arara-jacinto, araraúna, arara-preta e araruna. Nenhum desses nomes muda o fato de que ela está ameaçada de extinção, por enfrentar problemas com tráfico de animais, caça ilegal e ainda a destruição de seu habitat. Crédito da imagem: Thinkstock
Sapo folha (Proceratophys boiei)
Também conhecido como sapo-boi, é uma espécie endêmica do Brasil, exclusiva da Mata Atlântica. Sua coloração o camufla muito bem entre as folhas, mas isso não tem sido suficiente para evitar sua extinção, que acontece pelo desmatamento do habitat para o cultivo de cacau, banana e pasto para criação de gado. Crédito da imagem: WikiMedia
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Tamanduá bandeira (Myrmecophaga tridactyla)
É a maior das 4 espécies de tamanduás. Com sua dieta à base de formigas e cupins, o tamanduá-bandeira é encontrado na Amazônia, Cerrado, Mata Atlântica e Pantanal. É mais uma vítima do desmatamento, destinado principalmente à criação de gado.
Crédito da imagem: Thinkstock
Gato maracajá (Leopardus wiedii)
Este lindo gato selvagem, que parece ser uma miniatura de onça-pintada, já sofreu por décadas com a caça para a venda de sua pele. Hoje, sofre mais com o desmatamento que destrói seu habitat. Crédito da imagem: Thinkstock
Lobo-guará (Chrysocyon brachyurus) Dos estimados 23 mil indivíduos, cerca de 21 mil estão no Brasil, onde sua caça é proibida. Ainda assim, o lobo-guará, que é considerado o maior mamífero canídeo da América do Sul, vê seu habitat ser destruído em ritmo acelerado com o desmatamento. Crédito da imagem: Thinkstock
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Macaco aranha (Ateles sp)
O curioso macaco-aranha é mais um da longa lista de espécies ameaçadas pelo desmatamento da Floresta Amazônica, além da caça ilegal e tráfico de animais. Crédito da imagem: Thinkstock
Ararajuba (Aratinga guarouba)
Também conhecida como guaruba, essa lindíssima ave é endêmica do Brasil e vive em um território pequeno, na área entre o oeste do Maranhão, sudeste do Amazonas e nordeste do Pará. Com menos de mil indivíduos ainda vivos, você já deve imaginar o que está causando os problemas: agropecuária. Crédito da imagem: Thinkstock
Ariranha (Pteronura brasiliensis)
Ariranha, onça-d’água, lontra-gigante ou lobodo-rio. Esse mamífero que vive no Pantanal e na Amazônia sofre com a pesca, caça ilegal e poluição dos rios. Encontra-se extinta em 80% de sua distribuição original. Crédito da imagem: Thinkstock
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Crédito da imagem: Thinkstock
Cervo do pantanal (Blastocerus dichotomus)
Este é o maior cervo da América do Sul. No Brasil, nos estados do Paraná, Rio grande do Sul, São Paulo, Goiás, Bahia e Minas Gerais, a probabilidade de extinção a curto prazo é grande. No Uruguai, já é considerado extinto. Restam apenas pequenas populações na Argentina e Bolívia, também ameaças pela caça ilegal e pelo desmatamento.
Mico leão dourado (Leontopithecus rosalia)
O habitat do mico-leão-dourado é a Mata Atlântica, mas ao longo das últimas décadas o pequeno primata sofreu com o tráfico de animais e com o desmatamento. Hoje, sua distribuição geográfica se limita a uma área de 154 km2, no estado do Rio de Janeiro. Crédito da imagem: Thinkstock
Onça pintada
(Panthera onca)
O maior felino das américas está também ameaçado. Sua pele tem grande valor no mercado, o que torna a caça atrativa, apesar de ser proibida na maioria dos países. Além disso, a onça também é caçada por fazendeiros que tentam proteger suas criações. Crédito da imagem: Thinkstock
MATERIAL FORNECIDO PELA ANIMAL PLANET À REVISTA ZOOLÓGICOS DO BRASIL
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CONSERVAÇÃO
Projetos de conservação garantem a continuidade de especies ameaçadas de extinção
Por William Melo
Foto: Alexandre Marciano Urso-polar (Ursus maritimus)
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Foto: Zoo BR
Urso-polar (Ursus maritimus) , no Aquário de São Paulo to e tem em seu cálculo obras como a construção de um tanque para os ursos-polares, novos recintos, transportes intercontinentais e o investimento com treinamentos e supervisão de equipes especializadas para garantir o bem estar dos animais. “Os ursos-polares se tornaram símbolo da preservação do meio-ambiente. Abrigá-los no Aquário de São Paulo é uma grande ação de educação ambiental atrelada à conservação”, declara Anael Fahel, proprietário do empreendimento. Professor Ph.D. Ivan Ezhov, que atua no Zoológico de Kazan, instituição responsável por Aurora e Peregrino, concorda e diz que no futuro, Zoológicos e Aquários se tornarão as principais organizações para salvar os animais da ex-
tinção. “Observamos a necessidade de Zoológicos em todo o mundo para impedir que qualquer espécie seja ameaçada de extinção”, diz o especialista russo. De acordo com Ivan, Zoológicos e Aquários são mecanismos criados para diminuir o desaparecimento de animais e salvar as espécies, que sem ajuda de instituições sérias, fatalmente entrariam em extinção. Imagine se todas as espécies ameaçadas que integram a lista vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais (IUCN), recebessem a atenção que os ursos-polares estão recebendo, como o futuro desses animais estaria bem garantido.
Wombat
(Vombatus ursinus)
Foto: Zoo BR
Foto: Zoo BR
Foto: Zoo BR
O
transporte de um casal de ursos -polares em uma viagem de quinze horas de avião é muito mais do que uma simples troca de casa, é uma medida conservacionista que, atrelada a outros fatores e seguidas por outras instituições, pode salvar uma espécie. Aurora e Peregrino, ursos-polares que vieram da Rússia, são os novos moradores do Aquário de São Paulo que hoje, ocupam uma área climatizada de 1.5 mil metros quadrados (recinto localizado nos novos 6 mil metros quadrados da instituição), que também abriga mais 36 moradores de sete espécies, representantes da Indonésia, Austrália e África, entre eles: Lêmures, Wombats, Cangurus e Suricatos. O custo deste projeto de preservação teve um grande investimen-
Suricato
(Suricata suricatta)
Canguru
Lémure-de-cauda-anelada
(Lemur catta)
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Foto: Zoo BR
(Macropus sp)
“Um projeto de conservação é um conjunto de atividades que visam garantir a conservação de uma espécie ou de suas populações envolvendo diferentes atores, ou seja, pesquisadores, instituições de apoio à pesquisa, sociedade civil e governos federal, estadual e municipal”, declara Pedro Scherer Neto, mestre em Zoologia pela Universidade Federal do Paraná e voluntário no Museu de História Natural “Capão da Imbuia”, em Curitiba e no Zoológico de Curitiba. Anderson Mendes Augusto, gerente de Biologia da Fundação RioZoo, complementa que um projeto de conservação visa a recuperação, a conservação e a ampliação do conhecimento técnico. “Também é realizado o manejo planejado de determinada espécie, para impedir sua exploração e destruição”, diz. “Há dois tipos de conservação: “ex situ” , que é realizada em zoológicos, criadouros conservacionistas, universidades e ONGs; e, conservação “in situ” , realizada em habitat natural ou no meio ambiente onde vivem as espécies alvo de conservação”, declara Pedro, que recentemente recebeu o título de “Biólogo Honorário” pelo Conselho Regional de Biologia do Paraná. Para José Maurício Barbanti Duarte, médico veterinário com mestrado e doutorado em genética, professor assistente doutor do Departamento de Zootecnia da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias da Universidade Estadual Paulista (UNESP), geralmente temos dois tipos de projetos, os relacionados às pesquisas, e outros que tem função de realizar, diretamente, ações concretas para auxiliar populações ameaçadas. “Muitos projetos de pesquisa são a base para ações de conservação mais embasadas e, portanto, muitas vezes, fica difícil a dissociação de projetos somente de ação ou somente de pesquisa. Eles, geralmente, têm importantes sobreposições. Em teoria, os projetos de conservação devem auxiliar espécies que estejam com problemas que podem
Foto: Divulgação
Mas, afinal, o que verdadeiramente é um projeto de conservação e o que o torna bem sucedido?
“Observamos a necessidade de zoológicos em todo o mundo para impedir que qualquer espécie seja ameaçada de extinção”,
Dr, PhD Ivan Ezhov levá-las à extinção e, se possível, gerar condições para reduzir as ameaças sofridas. Entretanto, o Brasil é muito carente de informações básicas com respeito de taxonomia, genética, fisiologia e ecologia de nossas espécies, e isso, leva à tomada de decisões erradas se projetos de pesquisas básicas não solucionarem estas questões”, diz Barbanti, que também é coordenador do Núcleo de Pesquisa e Conservação de Cervídeos (NUPECCE) e professor de disciplinas relacionadas ao manejo de fauna selvagem para os cursos de Ciências Biológicas, Veterinária e Zootecnia. Maurício cita um exemplo para embasar sua afirmação: “Se temos uma espécie mal conhecida, desde o ponto de vista taxonômico, ficará muito difícil tomar qualquer decisão, já que os que hoje, consideramos uma só espécie, podem ser várias e ações isoladas, para cada uma delas, deveriam ser desenvolvidas. Assim, acredito que projetos de pesquisa devem ser a base para o desenvolvi-
mento de projetos de ação consistentes, para que, realmente, tragam resultados importantes”. Um dos ótimos projetos realizados no Brasil e que vem rendendo bons resultados é o Projeto Tatu-bola, que tem parceria com o Zoológico de Brasília e com apoio da TAM Linhas Aéreas, que promoveu uma ação inédita no esforço de salvar a espécie Tatu-bola (Tolypeutes tricinctus) , da extinção. Trata-se do primeiro transporte aéreo de um tatu-bola resgatado nas proximidades da Reserva Natural Serra das Almas, no município de Buriti dos Montes, no Piauí, para o Zoológico de Brasília. “Temos um corpo técnico qualificado e como prioridade de trabalho no manejo de animais considerados ameaçados de extinção pela lista vermelha, com foco na reprodução para viabilização de uma população saudável de cativeiro que possa atuar em futuras reintroduções, caso for necessário”, afirmou Filipe Reis, diretor curador da Diretoria de Mamí-
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exemplo mundial de conservação de uma espécie e muito bem sucedido, é o “Projeto Arara Azul”, conduzido pela bióloga e doutora Neiva Maria Guedes no estado de Mato Grosso do Sul. Mais um exemplo, é o projeto conduzido pela Universidade de Passo Fundo com o papagaiocharão (Amazona pretrei) , no Rio Grande do Sul. Estes projetos prosperaram pela
dedicação dos pesquisadores e competência, acima de tudo”, declara Scherer. Barbanti, também cita o Projeto Arara Azul, desenvolvido por Neiva: “Ela conseguiu tirar uma população de uma situação de declínio populacional para uma situação de crescimento, em menos de 20 anos de projeto”. Isso é fantástico! Por que deu certo? Porque ela pesqui-
Cervo-do-pantanel
Foto: Projeto Charão
(Blastocerus dichotomus)
Foto: Gramado Zoo
Foto: Dreamstime
feros da instituição, ao site da Associação Caatinga. Outros projetos que ganham cada vez mais destaque na mídia, por sua importância na conservação “ex situ” , são relacionados à Ararinha-Azul (Cyanopsitta spixii) , um dos animais mais ameaçados do mundo. Diferente da Ararinha-Azul, um outro
Mico-leão-dourado Paragaio-charão
(Leontopithecus rosalia)
sou, exaustivamente, quais eram os problemas da população e atuou no que, realmente, era importante. Essa população, inicialmente era muito afetada pela apanha de filhotes para o tráfico. Neiva fez as pessoas locais (fazendeiros e peões) entenderem o valor da espécie, e a retirada de filhotes diminuiu. Depois, foi a falta de ninhos, que hoje, ela coloca artificialmente. A conservação de uma espécie ameaçada passa, obrigatoriamente, pelo conhecimento dos problemas que enfrenta. Sem isso, vamos “chover no molhado”. Scherer diz que o que pode ser feito, para potencializar projetos de conservação, seria fomentar recursos mais fáceis de serem obtidos e uma ação governamental mais eficiente e menos burocrática.
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(Amazona pretrei)
“A função dos zoológicos e aquários é, principalmente, educativa, mas muitos têm programas de conservação específicos com resultados interessantes. A reprodução em cativeiro, de espécies nestas condições, é fundamental para manter um plantel geneticamente viável, possibilidade de trocas entre instituições e colaborar com o IBAMA e ICMBio”, afirma Pedro. De acordo com Anderson, gerente de Biologia da Fundação RioZoo, Zoológicos e Aquários são fundamentais para se aumentar o conhecimento sobre a biologia de espécies pouco conhecidas e/ou ameaçadas e sua manutenção “ex situ” , para futura reintrodução de exemplares “in situ” por programas bem estruturados. Como por exemplo, o mico-leão-
dourado (Leontopithecus rosalia) , salvo da extinção pelos zoológicos. O veterinário José Maurício lembra, que nem sempre a soltura faz parte de um projeto de preservação e essa ação, não deve ser feita sem uma pesquisa aprofundada sobre o local onde estes animais ganham liberdade. “Vejo muita gente soltando animais, alegando estarem contribuindo à conservação. Não é bem assim! Só se devem soltar animais em uma área em situação muito específica, que são raras em nosso país. Perda de habitat, caça e fluxo de enfermidades devem ser analisadas. Temos que conhecer o problema e atuar de maneira correta para melhorar as condições de uma espécie”, diz Barbanti.
CONSERVAÇÃO ENTENDA QUAIS SÃO OS MÉTODOS DE
E SUA IMPORTÂNCIA PARA SOBREVIVÊNCIA DAS ESPÉCIES INTRODUÇÃO DE ESPÉCIES EXÓTICAS DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DEGRADAÇÃO
DIMINUIÇÃO DAS ÁREAS NATURAIS
EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA CAÇA ILEGAL
TIPOS DE CONSERVAÇÃO
CONSERVAÇÃO “IN SITU”
CONSERVAÇÃO “EX SITU”
Conservação “in situ” pode ser definida como a preservação integral de
Conservação “ex situ” é a preservação e recuperação de espécies animais
espécies e comunidades dentro dos ecossistemas e habitats naturais onde
criados em cativeiro. Seja para manutenção do manejo demográfico genéti-
ocorrem.
co e/ou a possível reintrodução à natureza.
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paisagismo Por Halder Ramos
Foto: Halder Ramos
A importância do
Jorgito Simão
O
paisagismo é uma extensão do projeto arquitetônico de qualquer empreendimento. Em parques zoológicos, é necessário harmonizar a relação paisagem e animais. Afinal, toda bela pintura precisa de uma moldura adequada. O empresário Jorgito Simão, idealizador e responsável pelos jardins do Parque Le Jardin, em Gramado/RS, destaca que é fundamental que os recintos dos zoológicos procurem reproduzir com fidelidade o habitat das espécies. Segundo ele, os parques brasileiros ainda não perceberam a importância do paisagismo na concepção de seus projetos. “Na Mansão do Terror da Disney, por exemplo, a vegetação cria toda uma atmosfera mística que não seria possível não fosse o paisagismo. Os americanos aprenderam a valorizar o aspecto, mas o Brasil ainda não dá o devido valor ao projeto paisagístico”, avalia Simão.
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Conforme ele, o paisagismo pode contribuir para melhorar o bem-estar dos animais em cativeiro e para tornar o passeio do visitante mais agradável. “Muitos parques pensam apenas em expor animais raros, mas esquecem do contexto. É importante colocar elementos para fazer com que os recintos fiquem inseridos no contexto visual. O visitante vai ficar imerso no ambiente do animal. Faz com que a experiência seja mais envolvente, com que o visitante faça parte do universo dos bichos”, explica. Além da vegetação nos recintos, Simão observa que o projeto paisagístico também deve contemplar as trilhas e passeios públicos dos empreendimentos. “Os caminhos com flores tornam o passeio mais feliz, convidativo e seguro. O uso de cores em parques infantis faz com que as crianças se sintam convidadas a querer conhecer os espaços.
É quase como um filme. O passeio deve ser transformado em cenários, precisa ser mágico”, afirma. O empreendedor observa que o investimento em paisagismo contribui também para a acessibilidade e segurança dos parques. “Se existir uma rampa muito íngreme, ela pode ter um caminho em ziguezague com flores dos dois lados. Com o paisagismo adequado, os visitantes vão ir e voltar e a experiência será agradável”, conclui.
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Sempre alerta
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Falcões, gaviões e até corujas patrulham o espaço aéreo de aeroportos contra aves que invadem a rota das aeronaves e garantem a segurança de passageiros
Falcão-Peregrino
(Falco peregrinus)
36
V
ocê pode até não acreditar, mas, diariamente, falcões salvam centenas de vidas humanas. Não, não estamos falando de nenhum filme da Marvel ou DC Comics, e sim de um trabalho sério desenvolvido por empresas que utilizam falcões para o controle de aves em aeroportos. “Utilizamos falcões com o objetivo principal de utilizar a técnica milenar de falcoaria no controle de aves em aeroportos, educação ambiental, reabilitação e reprodução comercial de aves de rapina“, declara o médico veterinário Valdizar Albuquerque, diretor da Hayabusa Falcoaria e Consultoria Ambiental. De acordo com Valdizar, atualmente o plantel da Hayabusa é constituído por 28 falcões-peregrinos (Falco peregrinus cassini) , 15 falcões-de-coleira (Falco femoralis) , seis gaviões-asa-detelha (Parabuteo unicinctus) e algumas corujas. A falcoaria constitui uma prática antiga com mais de três milênios. De grande importância cultural e econômica para a população humana, baseia-se no treinamento e condicionamento físico de aves de rapina para a caça. Durante muito tempo, o sócio-fundador da Hayabusa, Luiz Gustavo Trainini da Silva, pensou ser o único apaixonado pelas aves de rapina e pela arte da Falcoaria no Brasil. Porém, em 1996, por meio de uma reportagem de jornal, Gustavo descobriu o falcoeiro Jorge Anfuso, com quem aprendeu as principais técnicas de falcoaria utilizadas até hoje em seu trabalho. Na época, Anfuso, também fundador do GuiraOga (centro de resgate, reabilitação e criação de animais selvagens), trabalhava na
Controle Ecológico de Aves (CEA), empresa prestadora de serviços de falcoaria para os aeroportos argentinos. Três anos mais tarde, em 1999, Luiz Gustavo realizou um curso de Controle de Aves em aeroportos, onde descobriu a existência da Associação Brasileira de Falcoeiros e Preservação das Aves de Rapina (ABFPAR), à qual é filiado. “Atualmente, a técnica de falcoaria está sendo amplamente utilizada no controle de populações silvestres, principalmente em aeroportos, apresentando vantagens em relação a outros métodos”, declara o veterinário. Valdizar diz que a utilização da falcoaria para evitar o estabelecimento de aves silvestres e exóticas invasoras é fundamentada na reação espontânea dessas espécies perante seus predadores naturais. “Dessa forma, as aves abandonam o seu território habitual, estabelecido nos sítios aeroportuários. As espécies utilizadas para este trabalho são; o falcões-de-coleira (Falco femoralis) , falcões-peregrinos (Falco peregrinus) e gaviões-asa-de-telha (Parabuteo unicinctus)” . A Hayabusa realizou entre os anos de 2012 e 2013 um trabalho de controle de fauna na Ilha principal do Arquipélago de Fernando de Noronha/PE. Foram utilizados para os trabalhos de controle da garça-vaqueira três exemplares fêmeas da espécie gavião-de-asa-telha (Parabuteo unicinctus) . Classificada na falcoaria como ave de “baixo-voo”, o gavião-asa-de-telha caça em ambientes abertos e arborizados, sua estratégia de caça é a surpresa, pois sua anatomia permite uma forte aceleração em um curto espaço, desta forma foi utilizada a técnica de Car-hawking (uso de carro) para se aproximar das garças e conseguir o ataque surpresa. O resultado do trabalho foi considerado um sucesso, pois em poucos meses conseguiu-se reduzir em 50% o número de garças na Ilha. Reprodução em cativeiro
Foto: Divulgação
Falcão-Peregrino
(Falco peregrinus)
Embora o processo de reprodução de aves de rapina em cativeiro já esteja estabelecido em vários países da Europa, Ásia e América do norte, no Brasil é uma novidade. Desta forma, a Hayabusa investiu na importação de matrizes reproduzidas em cativeiro por três gerações (F3) para iniciar o processo de desenvolvimento da técnica de reprodução adaptada à realidade neotropical. Em 2012, já na qualidade de criadouro comercial, a Hayabusa reproduziu com
sucesso o falcão-peregrino em cativeiro e colocou o Brasil na lista de países que reproduzem esta espécie que esteve ameaçada de extinção na década de 60. No inicio havia muitas dúvidas sobre a viabilidade de se conseguir reproduzir essa espécie em clima tropical, pois existem muitos fatores que poderiam contribuir de forma negativa como calor, excesso de umidade, fungos e doenças transmitidas por insetos. O período reprodutivo do falcão peregrino no Brasil se inicia em julho, com o
display de reprodução do casal em agosto é feita a postura que varia de 2 a 4 ovos. A incubação é de 32 dias, com temperatura de 37,5 graus C e umidade de 55%. Atualmente integrando o plantel da empresa no Aeroporto Internacional Salgado Filho, “Primus” é o primeiro falcão -peregrino nascido em cativeiro no Brasil. Após o sucesso de 2012, o criadouro obteve mais 6 filhotes de falcão peregrino e 11 de falcões de coleira.
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Foto: Mayara de Almeida Granero
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zoologia e etologia
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isciplinas como zoologia e etologia (estudo do comportamento) ganham cada vez mais espaço no universo acadêmico, e centros universitários valorizam ainda mais a importância de teoria e prática nessas áreas, como é o caso do Centro Universitário São Camilo. “As duas disciplinas envolvem muito conteúdo teórico, tentando associar às pesquisas atuais, através de leitura de artigos científicos. São realizadas atividades práticas em laboratório com peças e animais preservados e apenas no caso de peixes e alguns vertebrados são mantidos em aquário para observação in vivo ”, declara Luciana Pinto Sartori, 41, bacharel em Ciências Biológicas pela Unesp de Botucatu, mestre em Zoologia pela Federal do Paraná (Curitiba), doutora em Zoologia pela Unesp com doutorado em Barcelona e docente de Zoologia, Evolução e Etologia no Centro Universitário São Camilo. De acordo com Luciana, há saídas de campo às estações ambientais. A São Camilo possui uma fazenda em Itanhaém,
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chamada de EASC, onde aulas práticas podem ser realizadas de dia e de noite, em que os alunos realizam vários levantamentos de fauna e praticam diferentes métodos e técnicas de coleta e captura. O local é também uma área de recebimento de animais apreendidos pela Polícia Ambiental, para todos os projetos os alunos aprendem a tirar licença ambiental junto ao SISBIO e apenas fazem coletas se as licenças forem obtidas e no caso de vertebrados se os pareceres da Comissão de Ética no Uso de Animais tiverem sido obtidos conforme aprovação de projeto e metodologia de manejo. “É fundamental para o aluno observar os animais em seu ambiente natural e como complemento fazemos visitas ao Zoológico e ao Aquário de São Paulo” afirma. Luciana diz que o interesse de alunos por zoologia e etologia, que complementam o curso de Ciências Biológicas tem aumentado. “Sempre foi muito grande a procura pelas duas áreas, no curso de biologia ainda é o que mais atrai os alunos. Mas nos últimos
anos etologia tem obtido espaço e despertado mais o interesse dos alunos, porém ainda são poucos os pesquisadores que orientam mestrado e doutorado nessa área, e isso desestimula o aluno de graduação quando não consegue estágio na área pela qual se apaixonou”, diz a doutora. Para Luciana, a forma de passar o conhecimento sobre mudanças no decorrer dos anos. “Esta geração é muito dinâmica e ativa, precisando de novidades inclusive pelo computador, mais ilustrativas, e sente falta de estar ao ar livre, visitar a natureza, fala-se parques e zoológicos. O aluno está cada vez mais urbano e na área de Ciências Biológicas ele precisa estar fora da sala de aula, mas manter o método de leitura tanto de livros quanto de artigos e periódicos não deve mudar, pois é despertando o interesse deles no material da biblioteca que eles enriquecem o conhecimento, melhoram sua gramática e uso da língua portuguesa sem abreviações e se deslumbram com o tanto de conhecimento que já existe sobre os animais e seus diferentes comportamentos”, declara.
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Zoologico da USIPA
Projeto Xerimbabo Usiminas influencia gerações
Foto: Divulgação
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projeto Xerimbabo é uma iniciativa da empresa Usiminas para promover a conscientização ambiental de crianças e jovens, principalmente da rede pública de ensino. O projeto surgiu em Ipatinga, cidade onde está instalada a primeira siderúrgica da companhia, em Minas Gerais. “O projeto nasceu em um tempo que o conceito de educação ambiental não passava de uma palavra desconhecida para a comunidade local, assim como ecologia, extinção, meio ambiente, ecossistema, habitat, entre outros, que foram divulgados de forma pioneira a partir de suas primeiras atividades em 1984”, declara Luziane Aparecida de Oliveira, analista de Meio Ambiente Pleno da Usiminas. Xerimbabo, que significa “animal de estimação” para o índio brasileiro no Tupi antigo, foi porta de entrada para o público realizar descobertas por meio de cursos de educação ambiental, visita a espaços de referência ambiental na região e exposições no Centro de Biodiversi-
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dade da Usipa, onde abriga um zoológico de médio porte. “Nessa dinâmica, a cada edição, o projeto traz uma temática diferente para a construção de valores, habilidades e virtudes voltadas para a conservação do ambiente com eventos nas cidades de Ipatinga e Itatiaiuçu, onde está instalada a Mineração Usiminas. Tudo isso com temas no contexto inerente à região e relacionados com a atividade industrial”, diz a analista. O projeto leva a comunidade a participar das iniciativas e parcerias ambientais, oportunidade de construção de uma educação com significado para o mundo em que vive. De acordo com Luziane, o Xerimbabo também é uma das oportunidades de encontro entre a Usiminas e as diversas gerações da comunidade, promovendo um coerente exercício do desenvolvimento sustentável. Dentro das temáticas desenvolvidas a cada ano, a empresa também leva ao
conhecimento da comunidade local suas ações em prol do meio ambiente e como processos iniciados há décadas continuem contribuindo para a qualidade de vida. Assim se dá uma interação a fim de conviver de forma inteligente com a natureza, no sentido de participar da sua conservação. O Projeto Xerimbabo ocorre de forma ininterrupta há 30 anos. As atividades acontecem durante quase todo o ano e incluem desde os estudos e concepção do conteúdo proposto no tema até a realização de seminários com educadores, concursos de redação e desenho nas escolas da região e, por fim, as exposições de arte, que chegam a receber cerca de 65 mil pessoas/ano, entre crianças, jovens e adultos, vindos principalmente das escolas. “Tudo é desenvolvido por uma equipe técnica formada por colaboradores do Centro de Biodiversidade da Usipa, onde acontecem as atividades a cada ano, juntamente com a gerência geral de Meio
Foto: Divulgação
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Ambiente da Usiminas” afirma. Índice de 95% de recirculação de água usada no processo produtivo com devolução de parte ao rio; manutenção de programa de áreas verdes em área externa à empresa; manutenção de um viveiro de mudas próprio para distribuição à comunidade e programas de reflorestamento com capacidade de produção de 220 mil mudas de mais de 320 espécies e participação e apoio para conservação do Parque Estadual do Rio Doce, são algumas ações da Usiminas mostradas durante o
Xerimbabo. Somando todas as edições, são mais de 2,4 milhões de visitantes entre estudantes e comunidade em geral. Alguns resultados servem de exemplo quanto à influência do Xerimbabo. Em 2009, a empresa foi a primeira colocada no quesito Responsabilidade Social entre as melhores empresas de mineração e siderurgia do Brasil, segundo a revista “Isto É Dinheiro”. Mais recente, em 2013, a Mineração Usiminas recebeu o “Prêmio de Gestão Ambiental da ONG Zeladoria do
Planeta” pelo projeto Xerimbabo. Em 2015, o projeto Xerimbabo Usiminas chega à sua 31ª edição em Ipatinga e ao sexto ano em Itatiaiuçu, com o tema geral “Bios”, um ensaio sobre a transformação das coisas e dos seres vivos. Este ano, o projeto vai trazer a exposição cultural “A Vida é Mais”, com foco em educação ambiental. O Xerimbabo vai promover também seminários, concursos, exposições e eventos gratuitos para educadores, estudantes e comunidades locais, com foco na educação ambiental.
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BIRDWATCHING
Por Estela Magda Brugnera
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observação denaaves natureza
Considerada uma atividade de lazer, a observação de pássaros pode ser realizada por qualquer pessoa, de crianças a idosos, em grupos ou individualmente
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atividade de observar aves, também chamada de Birdwatching e birding (uma tradução livre do inglês “passarinhar”) tem conquistado cada vez mais adeptos. Por ser considerada uma atividade de lazer, a observação de pássaros pode ser realizada por qualquer pessoa, de crianças a idosos, em grupos ou individualmente.
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Possibilita um contato direto com a natureza beneficiando o corpo e a mente, sem exigir um grande esforço físico do participante. Também contribui para a conservação dos ambientes naturais e à educação ambiental e científica, pois garante um aprendizado constante, de forma que quanto mais espécies um observador aprende a identificar, mais habilidoso e
com um censo de percepção cada vez mais apurado ele irá adquirir para novas observações. Assim, sempre há a possibilidade de observação de espécies ainda não conhecidas, raras ou de beleza única, tornando a atividade extremamente dinâmica e recompensadora. O Brasil é o segundo país do mundo em diversidade de aves, o que aumenta
Foto: Wikiaves
Foto: Wikiaves
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Periquito-rico
Foto: Wikiaves
(Brotogeris tirica)
Tucano-de-bico-verde
(Ramphastos dicolorus)
(Accipiter striatus)
poderão ser observadas no Parque Estadual estão: o Gavião-miúdo (Accipiter striatus), que é uma ave accipitriforme da família Accipitridae, também conhecido como gaviãozinho; o Martim-pescador-verde (Chloroceryle amazona) , que é uma ave coraciiforme da família Alcedinidae , também chamado de ariramba-verde e martim-gravata, é a ave símbolo de Florianópolis (capital de Santa Catarina); o Periquito-rico, (Brotogeris tirica) da família Psittacidae (periquitos, papagaios, araras, tuins e afins), também conhecido como periquito, periquito-verdadeiro e periquito-verde; E, por fim, o Tucanode-bico-verde (Ramphastos dicolorus) , que é uma ave piciforme da família Ramphastidae, muito conhecido pela beleza de seu bico “grande como uma espada”
Martim-pescador-verde
(Chloroceryle amazona )
e sua sequência de sons “äk”, “rrät”, “rräit”). Para conferir as espécies já registradas no Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, acesse: http://migre.me/ pN5c2 Boa Sorte! Parque Estadual das Fontes do Ipiranga (mesmo endereço do Zoológico de São Paulo): Avenida Miguel Stéfano Água Funda - São Paulo – SP
Contato Estela Magda Brugnera – é Consultora em Gestão de Pessoas e Empresária de Turismo e Eventos. e-mail: estela.estela@terra.com.br
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a procura por observadores estrangeiros. Como atividade turística organizada, os locais mais procurados são a Mata Atlântica, o Pantanal e a Amazônia. A sugestão de área, desta edição, para nossos observadores de aves, é o Parque Estadual das Fontes do Ipiranga que também é conhecido como Parque do Estado. É uma área na qual ainda se encontra vegetação remanescente de Mata Atlântica e tem uma extensão de 526 hectares. Faz parte do complexo, o Jardim Botânico e o Jardim Zoológico, na capital paulista. Hoje, os Zoológicos são excelentes locais à observação de pássaros de vida livre, pela preservação de grandes áreas verdes dentro de cidades. Entre as diversas espécies de aves que
Gavião-miúdo
Parque Fonte do Ipiranga; São Paulo - SP
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Tecnologia animal
Qualidade da água garante saúde aos animais Procedimentos com ultravioleta e ozônio, prolongam o tempo de manutenção de tanques e geram economia às instituições
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om certeza, você já ouviu a expressão “água é saúde”, ainda mais, nestes últimos meses, onde nossos reservatórios estão, em muitos estados do país, com volumes criticamente baixos. Considerada a substância mais abundante no planeta e em nosso corpo, além de ser essencial à vida e a todos os processos metabólicos, caso esse elemento (H 20), não seja preservado racionalmente, com medidas emergenciais, poderá ser catastrófico para todos os seres do planeta, em um futuro bem próximo. Com essa premissa, é cada vez mais vital utilizar-se de meios que mantenham a água limpa por muito mais tempo. E, no caso das instituições, que se utilizam de grandes volumes de água, tais como, zoológicos e aquários, estas deverão se enquadrarem em procedimentos que viabilizem a economia da mesma. “É importante utilizar-se de procedimentos, nestas instituições, que permitam, não apenas o controle da qualidade da água, mas também, a economia e concepção de um produto final que seja esteticamente agradável aos visitantes”, declara o biólogo Yanko Seljan Junior, diretor da Yamazery Engenharia, empresa es-
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pecializada em biomonitoramento e engenharia aquática. De acordo com o biólogo, todo o processo também deve ser feito, de tal forma, que não agrida o meio ambiente quando esta for descartada. “O trabalho é norteado para promover uma água sem nenhum tipo de contaminação, em função da utilização de equipamentos e produtos antibactericidas, garante assim, a saúde dos animais”, afirma Yanko. Um dos exemplos que o biólogo se utilizou, para ilustrar esse tipo de procedimento, foi a realização de um trabalho com o Projeto Tamar, na Bahia. “No Projeto Tamar, realizamos um trabalho no tanque dos tubarões, que permite a longevidade da boa qualidade da água. E, mesmo que ela venha diretamente da água do mar, que, infelizmente, muitas vezes, tem contaminação de esgoto, com o tratamento da mesma, resulta em economia na manutenção e saúde para os animais”, diz. O mais importante, segundo Yanko, é que este trabalho, é realizado sem abrasivos químicos na água, apenas com equipamentos a base de ultravioleta e ozônio. “A água não fica apenas limpa, mas com
o aspecto de limpa, podendo ser constatado pelo público que visita os recintos”, afirma o biólogo. No Zoológico do Rio de Janeiro, com base na mesma fórmula, a Yamazery Engenharia, conseguiu diminuir, significativamente, a quantidade de trocas de água nos recintos. “Desenvolvemos uma ação que diminuiu o consumo da água em 50%. Além do benefício para a natureza, o trabalho trouxe saúde financeira à instituição”, declara. Na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), um museu de visitação pública do Rio de Janeiro, a água do aquário também foi tratada a base de ozônio e ultravioleta, e poderá ficar meses sem o uso de química, garantindo a saúde dos peixes.
Para saber mais sobre os procedimentos realizados pela Yamazery Engenharia, localizada na rua Silveira Martins, 111, bairro do Flamengo (RJ), basta ligar para (021) 2558-6926 ou enviar um e-mail para yamazey@terra. com.br
Soluções de transporte aéreo para
animais
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hapman Freeborn e Intradco Cargo Services: Soluções de transporte aéreo para animais grandes e pequenos. Enquanto Intradco global não é um nome familiar para a maioria das pessoas, ao longo das últimas três décadas, a empresa tem silenciosamente conquistado um nicho como principal fornecedor de movimentos de animais - grandes e pequenos. A empresa foi estabelecida no Reino Unido em 1987 e movimentou originalmente todos os tipos de carga, antes de desenvolver uma especialização em transporte de animais por via aérea. Sua primeira missão com animais foi uma remessa modesta de apenas seis cavalos de Londres para Bangkok, mas atualmente esses movimentos de alto perfil incluem voos para a mundialmente famosa Cavalia tour, exibições em todo o mundo, circulação de animais exóticos para zoológicos e programas de conservação. No ano passado, a empresa passou a fazer parte do grupo de Chapman Freeborn e de acordo com o Gerente de Desenvolvimento e Vendas Globais Charlie McMullen, a empresa nunca mais foi a mesma: “Uma das coisas que a Chapman
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Freeborn tem feito com muito sucesso ao longo dos últimos 40 anos é expandir seu portfólio de produtos, trazendo serviços especializados de charter para novos mercados da aviação, como o Brasil e América Latina.” “Quando se trata de movimentos de animais, os clientes esperam um nível de especialização e conhecimento do mercado local que outros provedores não podem necessariamente fornecer. Se um dos nossos clientes baseados na Europa possui uma exigência na América do Sul ou na Ásia, é reconfortante para eles saber que irão receber a mesma qualidade de serviço e apoio operacional”, observa McMullen . Proteção do animal como prioridade de todas as operações: A Intradco proporciona um ambiente seguro e apropriado para as necessidades especiais dos animais - sejam eles Lhamas do Chile indo para a Nova Zelândia, espécies em extinção direcionadas da África para os EUA, ou um cavalo vencedor do Prix de L’arc de Triomphe em um voo de Paris para a Arábia Saudita. McMullen diz: “A proteção dos animais está no centro de tudo o que fazemos, e também estamos cientes das diferentes exigências regulatórias em todo o mundo. Durante o
pré-voo sempre haverá a necessidade de se comunicar com diferentes ministérios locais para garantir que tais exigências sejam respeitadas. Muitos transportadores enfrentam sérios problemas quando não dão a necessária atenção a este tema.” Além da rede global Chapman Freeborn, operacionalmente temos parceiros em diferentes aeroportos, como agentes de handling ou agentes externos que convidamos para prestar assistência com carregamento e descarga. “Ao longo dos anos temos construído relações e sabemos a quem confiar e quando utilizar essas parcerias.” Três passos essenciais para uma operação bem sucedida: 1) Os preparativos pré-voo: Todas as operações iniciam-se com o estudo da aeronave mais adequada e planejamentos de como os animais serão agrupados – garantindo que nenhum detalhe seja omitido. A Intradco utiliza uma variedade de tipos de aeronaves e seus equipamentos são compatíveis com diferentes tipos de aeronaves. Segundo McMullen, a tecnologia das aeronaves está melhorando constantemente e isso somente beneficia o segmento de transporte de animais:
“Como os humanos, os animais estão obtendo agora uma experiência de voo mais silenciosa e suave graças a chegada de uma nova geração de aviões de carga de classe mundial como a Boeing B777F e Airbus A330F.” “As capacidades de alcance de aeronaves cargueiras modernas também se traduz em significativas economias com menos paradas e tempos mais curtos de entregas - o que significa que os animais chegam ao seu destino mais rápido e com mais conforto.” Para ajudar a tornar a viagem o mais confortável possível, a Intradco está à frente do desenvolvimento de equipamentos específicos para o transporte de animais. Seus equipamentos de última tecnologia são amplamente considerados como “os melhores da classe” pela rede de clientes globais e são alugados pelas companhias aéreas em todo o mundo. A variedade de equipamentos da Intradco proporciona maior flexibilidade. Alguns apresentam divisórias móveis, drop-top e modelos dobráveis que adicionam recursos de segurança e conforto para todos os seus ocupantes. 2) Durante o transporte: Dependendo da operação, variam-se as necessidades dos animais durante os voos. Os requisitos são levados em conta durante a fase de planejamento e concepção das baias - significando que os animais podem ser atendidos por ve-
terinários ou tratadores durante o trajeto. Isso ajuda a criar um ambiente mais confortável e reduz os níveis de stress para os animais durante o transporte. 3) Desembarcando sãos e salvos: A equipe da Intradco supervisiona o processo de descarga e coordena com os serviços de handling para garantir uma rápida e segura entrega dos animais da aeronave até o seu destino final. Estudo de Caso - Girafas transportadas da África do Sul para a Tailândia: A Intradco recentemente organizou o movimento de 39 girafas em uma aeronave Boeing B777F, de uma fazenda em Johanesburgo para uma nova reserva de 10.000 hectares, em Bangkok. A equipe de especialistas treinados moveu as girafas e coordenou desde o carregamento até o envio a Bangkok. O carregamento na fazenda começou nas primeiras horas. A Intradco possui uma baia de carga especializada para transferir as girafas para compartimentos altos de 3m, que é altura suficiente para que as girafas permaneçam totalmente esticadas. Os caminhões partiram da fazenda às 5:00AM para evitar o trânsito e permitir que o carregamento no aeroporto acontecesse em temperaturas mais amenas. No aeroporto os compartimentos foram colocados sobre os paletes aéreos usando gruas e guinchos. Todo o processo foi concluído em duas horas e meia. Durante o voo, além de verificações re-
gulares de temperatura, há pouco a ser feito. Os compartimentos são projetados com pequenas janelas para verificar o comportamento dos animais em voo. Na Ásia, a Intradco utilizou caminhões específicos e uma escolta policial para o transporte até o Centro de Quarentena. Todas as 39 girafas foram entregues de forma segura e os relatórios veterinários emitidos, 24 horas após a liberação, mostraram que todas as girafas estavam em perfeitas condições.
IATA ( International Air Transport Association ) Para todo e qualquer transporte de carga via aérea, deve-se obedecer a padrões internacionais normatizados pela IATA.
aviação para as economias.
IATA é a sigla inglesa de International Air Transport Association ou Associação Internacional de Transportes Aéreos, em português. A IATA foi criada há mais de 60 anos por um grupo de companhias aéreas, com o objetivo de representá-las em todos os assuntos relacionados à aviação.
A IATA regulamenta as formas de como efetuar os transportes aéreos para o comércio global. Seu principal objetivo é ajudar as companhias aéreas a simplificar processos, aumentar a comodidade dos passageiros, reduzir custos, melhorar a eficiência dos serviços e, principalmente, cuidar da segurança da aviação, além de procurar minimizar o impacto do transporte aéreo no meio ambiente.
Atualmente, a IATA representa mais de 230 companhias aéreas – cerca de 93% do tráfego aéreo internacional. A IATA luta pelos interesses das companhias em todo o mundo fazendo com que os governos prestem contas, desafiando encargos tributários e trazendo a conscientização das pessoas envolvidas sobre os benefícios da
Para o transporte de animais vivos via aérea, a IATA segue um padrão global visando à segurança dos animais transportados bem como da aeronave. A IATA Live Animals Regulations (LAR) fornece acesso às práticas mais atuais e eficientes para as operações envolvendo carga de animal vivo a fim de obter economias de custos e evitar atrasos, garantindo que as
remessas estejam em conformidade com os regulamentos internacionais ou locais. A LAR inclui: •Requisitos atualizados da companhia aérea e do governo referentes ao transporte de animais vivos. •Requisitos sobre o manejo, marcação e rotulagem. •Informações sobre a documentação necessária para transportar animais vivos. •A classificação global de 1000 espécies animais, juntamente com as especificações de contêineres necessários para o seu transporte. •Diretrizes para o transporte não-ar de animais vivos e de plantas.
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Como cultivar uma mente sadia quando o
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assunto é zoológico
erto dia, assistindo ao primeiro longa da franquia “Uma Noite no Museu”, notei algo que não acreditei no diálogo de uma das personagens do filme. Rebecca, a guia do museu, interpretada pela atriz norte-americana Carla Gugino, diz a um grupo de visitantes que macacos capuchinhos (a mesma espécie que troca tapas com o ator Ben Stiller durante o filme), vivem no continente africano. Com certeza, o roteirista que escreveu os diálogos do filme nunca visitou o recinto de um macaco capuchinho, pois se algum dia o tivesse feito, leria nas placas de identificação que esta espécie é encontrada na América do Sul e América Central. Por que estou citando este fato? Porque há muito, muito tempo mesmo, zoológicos deixaram de ser apenas um local para abrigar animais, sejam eles raros ou em extinção e se tornaram centros de educação ambiental, preservação, conservação, estudos e manutenção de espécies. Pandas, leões brancos e muitas outras espécies, que tiveram a sua existência em risco, estão em nosso presente para atestar a afirmação anterior. Grande parte da população mundial veem os zoológicos com bons olhos e o frequentam, com bastante intensidade, durante anos.
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Não por tradição, mas por uma questão cultural e busca de conhecimento. Em alguns parques zoológicos da Argentina, a administração tem que fechar as portas antes do término das atividades para respeitar o volume máximo de visitantes diários. Algumas vezes, quando estive na Rússia, vi famílias visitando os zoológicos debaixo de neve para aprender. Pois, os pais querem levar seus filhos a estes locais para que eles possam aprender a respeitar a natureza, faça chuva, sol ou, neste caso, neve. Que outro lugar um deficiente visual poderia tocar os animais e viver experiências únicas, como acontece, por exemplo, no Zoológico de Brasília? Voltando ao mundo do cinema, no filme Luci, do diretor Luc Besson, o professor Norman, interpretado pelo talentoso ator Morgan Freeman, diz que uma célula só tem duas escolhas: tentar sobreviver ou se reproduzir. Quando acha um ambiente hostil, ela apenas tenta a sobrevivência. Quando encontra um ambiente favorável e confortável, reproduz-se. Nada diferente dos animais. Por que você acha que há tanto sucesso na reprodução de animais pelos parques zoológicos mundo afora? Uma ótima notícia é que os zoológicos estão passando por uma reestruturação e
se adaptando as necessidades de cada espécie, estão se tornando bioparques, com áreas maiores e mais estruturadas para atender o bem-estar dos animais, reproduzindo o mais próximo de seu habitat. Mas espera aí, Pablo, aumentar recintos em países onde não há problema de espaço é fácil (ou pelo menos viável), mas o que fazer quando estes parques ficam em países com altas taxas demográficas? Realiza-se a transferência de animais e aumenta-se o espaço das espécies que permanecem nos zoológicos. Mas, ainda hoje, no século da informação e do diálogo, há pessoas que são contra zoológicos e, para manter sua posição ideológica, se prendem a argumentos frágeis. Que bom seria se todas as pessoas que pensam a favor e as que são contra, sentassem em volta de uma mesa para discutir soluções em prol da conservação da fauna do planeta. O que enfrentamos hoje, é que a maioria destas pessoas, que são contra os zoológicos pelo mundo, só criticam. E, dessa forma, fica uma imensa carência de soluções viáveis. E, voltando mais uma vez ao mundo do cinema, não dá para retirar leões e pinguins de zoológicos e enviá-los para viver livres em Madagascar.
Foto: Fundación Mundo Marino
Zoo Mundi Com a preocupação de conservar e preservar a vida marinha, a Fundación Mundo Marino é referência no atendimento pós-resgate a animais debilitados. Golfinho-Nariz-de-Garrafa (Tursiops truncatus) os pinguins aparecem banhados em óleo, leões-marinhos desnutridos, baleias consumindo restos de redes e tartarugas marinhas mortas por ingestão de lixo”, declara Gloria. Sediada na Argentina, a FMM, para aprofundar a sua ação, desenvolveu uma comissão com caráter mais acadêmico e se uniu a instituições de prestigio como a Universidades Nacionales de La Plata, a Servicio Nacional de Sanidad y Calidad Agroalimentaria (Senasa), Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (Conicet), Centro de Diagnóstico y Investigaciones Veterinarias (Cedive) e a IFAW (International Fundfor Animal Welfare), etc. Desta forma, foi possível desenvolver cursos e estágios para a capacitação de alunos
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esforços para acolher, dar assistência e reabilitar aves, répteis e mamíferos doentes, afetados por derramamento de óleo ou encalhados. Estas espécies, uma vez recuperadas, por meio de constantes e minuciosos protocolos veterinários, são devolvidas ao seu habitat natural. Presidida por Gloria Méndez de Cabrera, a fundação percebeu que para atingir os seus objetivos deveria evoluir, abordando outros aspectos que vão além do cuidado direto de animais afetados pela ação humana. “Poluição, pesca excessiva, falta de educação ambiental estão afetando a biodiversidade marinha. É esta a realidade que enfrentamos diariamente em nossas praias, onde
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s impactos ambientais do desenvolvimento tecnológico influem direta ou indiretamente sobre a vida selvagem. Diariamente podemos ver diversas espécies da flora e fauna afetadas por essa realidade. O oceano e sua valiosa biodiversidade manifestam a gravidade desse impacto: milhares de aves, tartarugas e mamíferos marinhos são ameaçados por derramamentos de óleo, resíduos, a destruição do habitat, etc. Com essa preocupação, há mais de 30 anos foi criada a Fundación Mundo Marino (FMM). Desde os seus primeiros anos de existência, a instituição, que tem características únicas na América Latina, concentrou seus
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e sala de necropsia. “Desde o ano de 1995 estamos trabalhando assiduamente em diferentes testes clínicos para avaliar as condições clinicas de animais resgatados. Aplicamos métodos de diagnóstico suplementares, tais como a radiologia ou ecografia, que permite visualizar as estruturas internas, confirmar um diagnóstico e dar um prognóstico de saúde do animal. Além disso, profissionais e técnicos especializados em reabilitação, realizam um registro completo de cada paciente. Este acompanhamento permite determinar quais as causas de internação mais frequentes e quais os procedimentos médicos mais adequados para o tratamento”, declara a instituição.
Foto: Fundación Mundo Marino
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da Argentina e de outros países, interessados em aprimorar seus conhecimentos sobre o ecossistema marinho, além de oferecer consultoria altamente especializada. Sendo assim, o principal objetivo da instituição sem fins lucrativos, tornou-se promover todos os tipos de atividades culturais, científicas, técnicas e administrativas para colaborar no cuidado da fauna marinha e conservação ambiental. A sede da Fundación Mundo Marino foi construída em 1987, porém passa por constantes adaptações para proporcionar bem estar aos animais que passam por reabilitação. Entre os diversos ambientes que compõem a instituição estão a oficina de documentação, a sala de lavagem das aves atingidas por petróleo (fruto de acidente ambiental), sala de cuidados intensivos, depósito para equipamentos de resgate, sala de controle e farmácia, recinto de reabilitação e estabilização, espaço para preparo de dietas
Composição do Programa de Conservação da Fundación Mundo Marino - Pesquisas são realizadas por biólogos, veterinários, educadores, bioquímicos, entre outros profissionais; - Convenio com instituições de prestigio como universidades, instituições governamentais e entidades nacionais e internacionais; - Programas educativos; - Componente ex-situ: Ao fornecer um Centro de Resgate e Reabilitação da Vida Selvagem Marinha com excelentes instalações e profissionais altamente qualificados;
Informações Sergio G. Morón (chefe dep. educativo) monon_sergio@hotmail.com San Clemente del Tuyú - Argentina
- Componente in-situ: Existência de um programa de vigilância costeira abrangendo os esforços de socorro e recuperação da vida marinha.
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Dicas de
Leitura Felinos – A luta pela sobrevivência
O livro relata a vida das oito espécies de felinos do território brasileiro em uma visão intimista desses animais, com histórias reais de personagens que passam pelas dificuldades encontradas para sobreviver até o resgate feito pela Mata Ciliar. As imagens do livro foram registradas por Adriano Gambarini, Alberto deC. Alves, Araquém Alcântara, Fábio Colombini, Luciano Candisani, Luiz Cláudio Marigo, Marcos Amend, Paulo Fridman e Zig Koch. A obra tem curadoria do biólogo Peter Crawshaw Jr. e traz a ficha-técnica de cada animal, análises de seus habitats naturais, além de dados atua-
lizados das condições das florestas do Brasil. O objetivo é chamar a atenção para os felinos ameaçados de extinção no Brasil. Outra sacada bacana na comercialização do livro, patrocinado pela Tetra Pak, é que 20% do preço da capa será doado à ONG Associação Mata Ciliar. “Disseminando a importância da preservação, podemos evitar extinções e conservar a diversidade biológica, dando às gerações futuras a opção de valorizar e beneficiar-se dela também”, diz Fernando von Zuben, diretor de Meio Ambiente da Tetra Pak, empresa apoiadora da obra.
Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo Coordenação: Paulo Magalhães Bressan, Maria Cecília Martins Kierulff e Angélica Midori Sugieda Produzida pela Fundação Parque Zoológico de São Paulo (FPZSP), está obra digital gratuita é a lista vermelha da fauna ameaçada do Estado de São Paulo. Esta publicação condensa informações sobre a situação das espécies de vertebrados que ocorrem nos diversos ecossistemas presentes em nosso Estado. A seriedade na condução de todas as etapas percorridas ao longo deste trabalho nos permite afirmar que ele resultou em um retrato fiel da nossa realidade faunística. Uma realidade inquietante, que nos convida a to-
Mamíferos do Brasil Guia de Identificação Este livro representa um grande avanço para amadores e profissionais que se preocupam e que queiram conhecer o exótico mundo dos mamíferos selvagens brasileiros.
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Editora: Technical Books Editora
dos, entidades públicas e privadas, estudantes e pesquisadores, formadores de opinião e cidadãos em geral, a refletir sobre as reais implicações dos dados aqui apresentados e buscar soluções efetivas para a conservação da nossa biodiversidade. Presente na obra, diversas espécies como Tamanduá-bandeira, Sagui-da-serra-escuro, Mico-leão-de-cara-preta, Bugio-preto, Jaguatirica, Gato-maracajá, Onça-parda, Lobo-guará, Ariranha entre outros que, se não tiverem sua situação remediada, podem não estar mais entre nós em um período muito breve. Leitura obrigatória para estudantes e interessados na área de biologia. Acesse: http://migre.me/qkEjS
Coletânea de artigos sobre a fauna de peixes São apresentados dez artigos contemplando a listagem, distribuição, estrutura de comunidades, alimentação e reprodução da fauna, bem como outros aspectos da biologia dos peixes. De forma simples, este livro passa a ser uma ferramenta útil para novos estudos e monitoramentos ambientais.
Agenda Encontro Internacional de Medicina Veterinária
O curso de Capacitação para Trabalho com Fauna em Vida Livre (Conservação In Situ) no Pantanal Sul-Matogrossense está na sua 4ª edição!
O Encontro Internacional de Medicina Veterinária IBVET 10 anos foi idealizado com intuito de proporcionar uma nova experiência para profissionais e estudantes de medicina veterinária. E será realizado no dia 2 de outubro de 2015, sexta, as 22h30 no Centro de Convenções EXPO DOM PEDRO (Dentro do Shopping Dom Pedro em Campinas – SP), que fica a poucos quilômetros do aeroporto de Viracopos e das principais rodovias do Brasil. Inscrições: http://ibvet10anos.com.br
Para quem deseja trabalhar com consultoria ambiental, não pode deixar de participar desse curso, que vem atraindo pessoas de todos os estados brasileiros e profissionais da Argentina e da Colômbia. Ministrado dentro de uma reserva ecológica com total infraestrutura, 70% das aulas práticas são realizadas em meio à Mata Atlântica, onde todas as técnicas são realizadas de forma detalhada. Ao término, os participantes receberão certificado de participação de 30h/aula. O curso é realizado pela Selvagem em Foco, em parceria com a Reserva Ecológica de Guapiaçu-RJ e seus patrocinadores. Para mais informações, acesse : www.selvagememfoco.com
O Projeto Tamanduá, em parceria com a Abravas, organiza esse curso, com o objetivo de capacitar e preparar estudantes e profissionais que queiram trabalhar com a fauna silvestre em campo. O curso é feito na Pousada Aguapé, no município de Aquidauana/ MS, distante aproximadamente 195km de Campo Grande. A Pousada está inserida em uma vegetação típica de Pantanal, possibilitando aos alunos a vivenciar a riqueza deste bioma. Inscrições: http://projetotamandua.wix.com/cursopantanal
Esta bolsa, fruto de uma parceria entre a ZCOG e a SZB, é concedida anualmente, desde 2014, para que um profissional de zoos e aquários brasileiros filiados à SZB participe dos cursos de formação oferecidos pela Associação de Zoológicos e Aquários (AZA) nos Estados Unidos. A bolsa inclui a inscrição no curso, passagem aérea (ida e volta), transporte do aeroporto até o hotel e hospedagem. É indispensável falar inglês fluente e no retorno disponibilizar esta informação da forma que a SZB determinar, que pode ser palestra, mini-curso ou treinamento. Para 2016 o curso escolhido foi Conservation Education, que será realizado entre 8 e 13 de fevereiro de 2016, em West Virginia. Inscrições: http://szb.org.br/blog/?p=1291
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Animagem
Tigre
(Panthera tigris) Foto: Discovery