Coliving: Habitação Coletiva no Hotel Umuarama Recreio - Caderno Final

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C O L I V I N G HABITAÇÃO COLETIVA NO HOTEL UMUARAMA RECREIO

ROBERTA GERALDO 2021 1


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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ

ROBERTA GERALDO

COLIVING

HABITAÇÃO COLETIVA NO HOTEL UMUARAMA RECREIO

Trabalho Final de Graduação apresentado como objeto de avaliação para a obtenção do título de bacharel em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Uiversitário Barão de Mauá, sob orientação da Professora Me. Ana Teresa Cirigliano Villela.

Ribeirão Preto 2021


Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.

G314c Geraldo, Roberta Coliving: habitação coletiva no Hotel Umuarama Recreio/ Roberta Geraldo Ribeirão Preto, 2021. 248p.il Trabalho de conclusão do curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Barão de Mauá Orientador: Me. Ana Teresa Cirigliano Villela 1. Coliving 2. Reabilitação 3. Habitação coletiva I. Villela, Ana Teresa Cirigliano II. Título

CDU 72

Bibliotecária Responsável: Iandra M. H. Fernandes CRB8 9878

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AGRADECIMENTO À minha orientadora, Professora Me. Ana Teresa Cirigliano Villela, e ao Professor Me. Henrique Telles Vichnewski, por toda a atenção, paciência, suporte e apoio. À Nina, minha gatinha, por estar ao meu lado (e ocasionalmente no meu colo) do começo ao fim do projeto.


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SUMÁRIO INTRODUÇÃO CAPÍTULO 1 - A ARQUITETURA DOS HOTÉIS EM RIBEIRÃO PRETO (1890-1960) 1.1 A REDE UMUARAMA CAPÍTULO 2 -- A MODERNIDADE E A REDE UMUARAMA EM RIBEIRÃO PRETO

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2.1 A ARQUITETURA MODERNA EM RIBEIRÃO PRETO

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2.2 O HOTEL UMUARAMA RECREIO

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CAPÍTULO 3 - HABITAÇÃO COLETIVA, COLIVING E COHOUSING

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CAPÍTULO 4 - ESTUDOS MORFOLÓGICOS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO

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CAPÍTULO 5 - LEITURAS PROJETUAIS

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CAPÍTULO 6 - ESTUDO PRELIMINAR

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CAPÍTULO 7 - ANTEPROJETO: COLIVING UMUARAMA

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CAPÍTULO 8 - REFERÊNCIAS

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INTRODUÇÃO O projeto se justifica por desenvolver uma análise de questões relativas à habitação, em uma época na qual o círculo familiar “tradicional” é cada vez menos frequente se comparado a grupos alternativos, como aqueles identificados por Marcelo Tramontano (1993): famílias monoparentais, pessoas que vivem sós e a coabitação sem vínculo conjugal ou de parentesco. Com a proposta de atuar com o tema “habitação comunitária”, pretende-se oferecer uma contribuição em relação à possibilidade de retomada da ideia de convivência em comunidade, em contraposição ao que Tramontano define como “individualismo acentuado”. Este estudo visa embasar a elaboração de um programa residencial multifamiliar que abrigue as famílias fora do padrão “tradicional” residencial, partindo da reabilitação do edifício Umuarama, um hotel moderno da década de 1950 localizado nas proximidades do campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

METODOLOGIA 1. Levantamentos de Campo; 2. Levantamentos documentais no Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto (APHRP); 3. Pesquisas iconográficas e bibliográficas em livros, dissertações de mestrado, teses de doutorado e outras publicações acadêmicas; 4. Entrevistas com os moradores de repúblicas e moradias comunitárias da área.

OBJETIVO GERAL O objetivo principal deste trabalho consiste na elaboração de um projeto arquitetônico de reabilitação do edifício Umuarama para habitação comunitária.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS 1. Realizar o reconhecimento físico do edifício e de seu entorno; 2. Reconhecer as temáticas (modernismo, hotelaria) no contexto da cidade de Ribeirão Preto; 3. Entender o funcionamento de uma habitação comunitária contemporânea; 4. Entender o que é Coliving e sua diferença entre termos similares; 5. Compreender o processo de Reabilitação em edificações modernas, aplicando-o à edificação em questão;

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HOTEL AURORA HOTEL BRASIL

GRANDE HOTEL HOTEL UMUARAMA CENTRO CENTRAL HOTEL

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CAPÍTULO 1

A ARQUITETURA DOS HOTÉIS EM RIBEIRÃO PRETO (1890-1960) A chegada dos hotéis à cidade de Ribeirão Preto teve como mote a demanda propiciada pela expansão da cidade e sua importância como ponto comercial e agrícola na região, devido à grande produção de café. A vinda dos trabalhadores que construiriam a ferrovia da Companhia Mogiana (final do século XIX), que escoaria este produto ao litoral, também motivou a construção. O primeiro hotel construído na cidade foi a Pensão Aurora Familiar, datado de 1890, que localizava-se “em um casarão na Av. Jerônimo Gonçalves, 375, em frente à Estação Ferroviária de Ribeirão Preto” (REVISTA PAINEL, AGO/2020, p. 24). Pertencente a um imigrante português, o público do hotel era constituído essencialmente por trabalhadores da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro. O hotel, que existe até hoje, passou, a partir de 1910,

por diversas alterações e ampliações, que culminariam na sua completa descaracterização. Outros edifícios marcantes da tipologia foram o Central Hotel, hoje Centro Cultural Palace, de 1926; o Hotel Brasil, propriedade de Vicente Viccario datada de 1929 (TABLAS JUNIOR, 2015); o Grande Hotel, de 1936, que funcionava no pavimento superior do Edifício Diederichsen; e o Hotel Umuarama, localizado na rua São Sebastião, construído em 1951 também por Diederichsen. O último era administrado pelo imigrante grego João Constantino Miloná que, ao perceber o sucesso do edifício, decide construir um Hotel Umuarama no Jardim Recreio, inaugurado em 1962. Pode-se evidenciar o centro da cidade como espaço de concentração dessa tipologia de edifício.

Imagem 1: Localização dos hotéis citados em texto a partir de imagem aérea de Ribeirão Preto. Fonte: Acervo de Tony Miyasaka. Imagem modificada pela autora. Imagem 2: Pensão Aurora Familiar sem reformas ou ampliações, na década de 1890. Fonte: https://www. hotelaurora.com.br/. Acesso em 24/03/2021. Imagem 3: Pensão Aurora Familiar, após a ampliação do edifício. Fonte: https://www. hotelaurora.com.br/. Acesso em 24/03/2021. Imagem 4: Pensão Aurora Familiar após d e s c a r a c t e r i z a ç ã o . Fonte: Google Street View. Captura da Imagem: out. 2017. Acesso em 24/05/2021.

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1.1 - A REDE UMUARAMA O primeiro hotel da rede Umuarama foi construído no centro da cidade de Ribeirão Preto. Projetado em 1947 por Antônio Terreri, teve Henrique Terreri como engenheiro e Antônio Diederichsen como construtor, em 1951. Segundo Peixoto (2007, pg. 40), o edifício “marcou o início da verticalização de Ribeirão Preto no início dos anos 50”. Após a construção, o espaço foi arrendado a João Constantino Miloná, em um contrato que duraria 15 anos e que seria passível de renovação. O Hotel Umuarama, segundo Peixoto (2007), pertence à categoria de hotel central, categorização essa feita pelo autor por ter sido instalado no núcleo da cidade e dotado de espaços de compra e lazer, garantindo que o empreendimento fosse um sucesso. Diversas inovações foram trazidas ao hotel, se comparado aos demais existentes na cidade. O quadro de funcionários do espaço foi selecionado especialmente, com os trabalhadores considerados mais sofisticados sendo bilingues e possuindo origem europeia. O luxo e conforto propiciados pelo espaço, porém, acabam por comprometer o lucro do hotel. Após várias tentativas de popularizar o espaço e alterar a ideia de hotel de luxo presente no público, os Miloná optam por seguir o conselho de Antônio Diederichsen e “demitir os oito funcionários de alto gabarito cujos salários somados correspondiam ao salário dos outros cem” (PEIXOTO, 2007, pg. 45.) De acordo com o autor, (PEIXOTO, 2007, pg. 37), Andréa Miloná (filho de João Constantino Miloná, já estabelecido no ramo de hotelaria em Araçatuba), chega à

cidade em 1956, “vindo da Europa com diploma hoteleiro obtido na Ecole Hôtelière de Lausanne, na Suíça”, o que foi fundamental na implantação e adaptação de pontos administrativosfuncionais no hotel. O contrato de arrendamento não foi renovado após os primeiros 15 anos de administração de João Miloná, porém o capital gerado durante os primeiros anos de existência do Umuarama foi suficiente para a construção de um novo hotel. Enquanto isso, o espaço do Hotel Umuarama é incorporado pelo Hotel Bradesco, torna-se posteriormente o Hotel Vila Real e, atualmente, o Hotel Monreale. O Hotel Umuarama Recreio, ao contrário de seu predecessor, foi construído em um espaço doado por Cândido de Souza Pereira Lima aos Miloná, em um loteamento da Fazenda Recreio, que possuía, como proposta, “deixar o morador mais próximo do campo e longe da região central da cidade” (PEIXOTO, 2007, pg. 48). O novo hotel era “direcionado para um público que buscava o isolamento urbano, o lazer com a família, a participantes de convenções e congressos e, principalmente, para turistas” (PEIXOTO, 2007, pg. 56), que seriam atraídos a conhecer os grandes terreiros de café, usinas de álcool e açúcar, a choperia Pinguim e o Museu do Café, no percurso de ida e volta entre as cidades de São Paulo e Brasília. O início da construção deu-se, de acordo com Peixoto (2007, pg. 48-49), nos fins de 1957, e a inauguração ocorreu em 12 de maio de 1962. Miloná e Foz Jordão, ao criarem um edifício limpo, que fugisse dos cânones de ornamentações europeus, acabam por conceber um projeto moderno com uma relação com o entorno marcante e inovadora, até os dias de hoje, na arquitetura da cidade. 13

Imagem 5: Central Hotel, em Ribeirão Preto. Fonte: Foto do Photosport, 1930, disponível no Arquivo Público e Histórico de Ribeirão Preto. Imagem modificada pela autora.


Além dos turistas, outros frequentadores do hotel eram balonistas, kartistas e times de futebol, entre eles Palmeiras, Corinthians, Flamengo e Santos. Conforme argumento do autor,

A justificativa era que a distância da região central da cidade evitava o assédio de torcedores (...), o barulho de veículos também era outro fator a ser evitado e, por fim, a proximidade do hotel com a natureza já que o mesmo estava localizado numa área pouco urbanizada. (PEIXOTO, 2007, pg. 57)

Professores estrangeiros que lecionavam na USP também se hospedavam no Hotel, e mais tarde, os alunos passavam a ter acesso liberado à área do mesmo, com o contraponto de terem de consumir produtos de seu bar, como forma de garantir um caixa positivo mesmo em tempos de crise econômica. Após uma ampliação, datada de 1974, que incluía a inserção de um salão de jogos, o Hotel passa, também, a receber outras atividades, como exposições artísticas e eventos relacionados à Universidade de São Paulo, além de festas de casamento e de formatura.

Apesar de passar pelas várias crises econômicas do período da ditadura militar e da Nova República, o hotel estava em pleno funcionamento, garantido pela excelente administração dada ao empreendimento pelos Milonás, que ganharam credibilidade, respeito e referência no ramo hoteleiro. (PEIXOTO, 2007, pg. 60).

O início da desestruturação da Companhia Hoteleria dos Miloná é marcado pela morte de Ângela Miloná, esposa de João e mãe de Andréa. A divisão desigual de seu patrimônio gerou revolta entre os outros três filhos. A morte 14

de João e a divisão de seus bens garantem a Andréa 36,25% da porcentagem do hotel. As decisões administrativas a partir de então passaram a ser difíceis, uma vez que Andréa encontrava, nos irmãos, barreiras que impediam mudanças no hotel. Ele, que não economizara capital durante os anos trabalhando no espaço, encontrou em um amigo de seu pai, Christos Argyrios Mitropoulus, uma provável aliança para a compra do restante do Hotel (PEIXOTO, 2007). Após a compra, Mitropoulus passa a ter 63,90% do estabelecimento. A sociedade dura pouco, pelas desavenças dos dois proprietários quanto ao futuro do investimento: Mitropoulus queria que o estabelecimento se tornasse um hotel de luxo, ideia com a qual Miloná discordava completamente. O Umuarama fechou as portas em 02 de novembro de 1994, e encontra-se desativado desde então.


CAPÍTULO 2 A MODERNIDADE E A REDE UMUARAMA EM RIBEIRÃO PRETO 2.1: A ARQUITETURA MODERNA EM RIBEIRÃO PRETO propondo uma descontinuidade arquitetônica. A década de 60 marca um período conturbado para a arquitetura e para o movimento moderno no âmbito nacional. O período significava o fim da construção de Brasília, o fim da ênfase exclusiva na escola carioca de arquitetura em detrimento do resto do país e a ascensão da escola paulista, que questionava o excessivo formalismo dos arquitetos cariocas, sobretudo de Niemeyer. Bastos (2019) argumenta que a criação de Brasília torna-se um marco, um ápice na arquitetura brasileira, acarretando em mudanças para o cenário nacional, datadas dos anos 50 em diante. Nesta década tem início o desdobramento de outras correntes modernas, com as mudanças de paradigmas e de identidade, que será posta em questão ao menos uma vez por geração. O período de construção do Hotel Umuarama corresponde ao Pós-Guerra e à inauguração da nova capital federal, Brasília, e antecede o início da ditadura, contexto que se reflete em novos paradigmas arquitetônicos. É uma época na qual a arquitetura brasileira consolida-se, ampliando e se estendendo em novos horizontes.

(...) pelo menos desde os anos de 1950, novos paradigmas estavam em fermentação e novas obras estavam em construção, os quais, mesmo de mau grado ou sem dar-se totalmente conta disso, viriam a reformular logo a seguir o que se poderia considerar como “arquitetura brasileira”. (BASTOS: 2019, p. 53)

Havia, na época, um desejo de assumir uma arquitetura com novas feições, já adaptadas para os novos tempos, ao mesmo tempo que havia a negação de estar-se

De acordo com as pesquisas de Bastos (2019, p. 53), tão forte foi o processo de mudanças de paradigmas que “em fins da década de 1960 a “arquitetura brasileira” já havia assumido, para grande parte dos arquitetos brasileiros, outros significados, distintos daqueles que consolidara vinte ou trinta anos antes”. É a ascensão de movimentos como o brutalismo, que teve início na Inglaterra e, no Brasil, foi liderado por nomes como João Vilanova Artigas, Joaquim Guedes, Carlos Millan e Paulo Mendes da Rocha (BRUAND, 1991). O desenvolvimento dessas correntes não é linear. No interior do país, até o final da década de 1940, ainda eram projetadas edificações em estilo neocolonial e art déco. A partir da década de 1950, houve uma progressiva apropriação de elementos característicos do movimento moderno, conjugados ao vocabulário estilístico que vinha sendo desenvolvido até então. Com a chegada de arquitetos formados pela Escola Politécnica, exemplares arquitetônicos genuinamente modernos passaram a compor a paisagem de cidades como Ribeirão Preto. Apesar da atuação de arquitetos formados por escolas paulistas, é notável a influência da escola carioca em obras pioneiras, como os edifícios Ida e Centenário. Na cidade de Ribeirão Preto residia a população com o nível financeiro suficiente para a contratação de profissionais engenheiros e arquitetos, que, nessa altura, já se formavam no país. A década de 50 é marcada pelo grande adensamento da região, gerando uma migração do centro para os novos bairros residenciais próximos à área. Segundo pesquisas de Villela e Gaspar (2020, p. 79), é nestes bairros, em especial o Jardim Sumaré, que a arquitetura moderna surge e floresce na cidade. 15


A década é marcada, também, pela chegada dos primeiros profissionais de arquitetura na cidade, que até então contava apenas com engenheiros e engenheiros arquitetos, entre eles Hélio Foz Jordão e Manoel Carlos Gomes de Soutello. São eles Ijair Cunha e Cássio Pinheiro Gonçalves, em cujas obras a influência do repertório modernista iniciado por Soutello e Foz Jordão torna-se evidente. Para os arquitetos, além de elementos do repertório moderno, como marquises, sinuosidade e pilares destacados das fachadas, há uma preocupação acentuada com a inserção do edifício no lote, ou como colocam Villela e Gaspar (2020, p. 83-84), “a maneira como essa arquitetura é apreendida da rua, como se não houvesse uma separação entre o lote privado e o espaço público”.

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A Casa das Paineiras é um dos mais famosos exemplos de arquitetura moderna na cidade. Hoje já demolida para ceder lugar a um edifício multifamiliar, a residência, que ficava na esquina da rua Amador Bueno, foi fruto de uma sociedade entre Ijair Cunha e Cássio Pinheiro Gonçalves. A preexistência de três paineiras foi respeitada durante o projeto, e o desnível do terreno, aproveitado da melhor forma possível. O respeito ao entorno e o cuidado em relação à inserção do edifício no terreno são características observadas no edifício do Hotel Umuarama Recreio: Foz Jordão criou um espaço sem muros, convidativo àqueles que habitariam o Jardim Recreio após sua urbanização. O aproveitamento do desnível do terreno também é peça chave na implantação do hotel: o espaço sob os pilotis era utilizado como garagem para as pessoas que se hospedavam no edifício.


2.2: O HOTEL UMUARAMA RECREIO

NOME: Umuarama Recreio Hotel CONSTRUÇÃO: Início em 1957, inauguração do Hotel em 1962. ENDEREÇO: Praça Mario de Andrade, 140 - Jardim Recreio, Ribeirão Preto - SP, 14040-056 USO ORIGINAL: Hotel USO ATUAL: Abandonado MUDANÇAS DE USO CONHECIDAS: Algumas propostas observadas na planta original aprovada pela Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto não estavam presentes na construção. Uma das alterações foi a retirada do posto de gasolina, decisão tomada para não

criar um fluxo de caminhões até o espaço, que culminaria com a destruição do asfalto em frente ao hotel. Outro espaço não construído foi a churrascaria que, para Peixoto (2007, p.54), “faria concorrência ao próprio restaurante do hotel e poderia atrair para as dependências do mesmo um público que não era o desejado”. Finalmente, após uma experiência prévia com o Hotel Umuarama do Centro, quando o arcebispo de Ribeirão Preto pediu que fosse fechada a boate instalada no local, foi abandonada também a ideia de construção de uma boate na unidade Recreio.

Uma das ampliações do hotel data de 1974. Sempre houve a intenção de construir uma área independente do que pudesse abrigar um salão de jogos, já que se falava tanto na volta dos jogos de azar proibidos pelo governo Vargas. Dessa ampliação resultou um salão de 8 metros de largura por 45 metros de comprimento, nos mesmos moldes da construção original realizada por Hélio Foz Jordão. Elevava-se ainda para setenta e dois o número de apartamentos do Umuarama Recreio.” (PEIXOTO, 2007, p. 58.)

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Imagem 6: Casa das Paineiras. Fonte: Acervo Tony Miyasaka. Imagem 7: Vista aérea do Hotel Umuarama Recreio. Fonte: MILONÁ, apud. PEIXOTO (2007, p. 51). Imagem 8: Cartão Postal Hotel Umuarama Recreio. Fonte: Cartão Postal Ribeirão Preto, SP. Umuarama Recreio Hotel. Cia Hoteleira João Constantino Miloná. Disponível em: <https:// www.bvcolecionismo. l e l . b r / p e c a . a s p ? I D = 7640569&ctd=101&tot = & t i p o = > . A c e s s o : 19/03/2021.


Dois outros anexos foram adicionados mais tarde, um dos quais pode ter sido uma cozinha ou área de lazer comunitária. Proprietários: João Constantino Miloná foi imigrante grego que, antes de residir em Ribeirão Preto, trabalhava com hotelaria em Araçatuba. Miloná arrendou o Edifício do Hotel Umuarama localizado na rua São Sebastião, centro de Ribeirão Preto e, após observar o sucesso do mesmo, decidiu construir um hotel, de mesmo nome, no Jardim Recreio, onde lhe fora doado um lote para tal propósito. Esposo de Ângela Miloná, João era pai de Andréa Miloná*, dentre os filhos do casal, o mais interessado em hotelaria. A morte de Ângela e de João e a divisão desigual de seus bens (que culminou com Andréa possuindo 36,10% das ações do hotel) marcou o início do declínio do edifício. Conforme afirmado anteriormente, as decisões relativas aos testamentos de Ângela e João Miloná levam a desentendimentos, que culminam com a compra de Christos Mitropoulus de parte do hotel e, finalmente, no abandono do bem em 1994.

*

Andréa Miloná estudou hotelaria na Suíça e um de seus cunhados também seguiu no ramo, como sócio-proprietário do Grande Hotel Jaú. Por muito tempo, o sobrenome foi sinônimo de excelência e de inovações na área.

CONSTRUTOR/ARQUITETO/ENGENHEIRO: Hélio Foz Jordão é um dos nomes que marca a cidade de Ribeirão Preto antes da chegada dos primeiros arquitetos. Como engenheiro-arquiteto, é responsável por 18

algumas das primeiras obras de cunho modernista da cidade. Segundo Villela e Gaspar (2020, p. 82), seu repertório consistia em “estrutura independente dos fechamentos, balanços estruturais, cortinas de vidro, etc”. É o responsável por obras como o traçado do bairro Jardim Recreio, o Prédio da ACI (edifício Evaristo Silva), residência Eugênio Silva e a Residência Teresa Risso, marcante na arquitetura ribeirãopretana devido à falta de muros ou portões (GOBBO, 2017). PROTEÇÃO LEGAL: Não Existente. JUSTIFICATIVA DE ESTUDO DO EDIFÍCIO: O interesse pela construção ocorreu devido ao tema pretendido para o Trabalho Final de Graduação. O desejo de trabalhar questões de habitações comunitárias, e aspectos conflitantes como espaços privados e públicos, íntimos e comunitários. A existência de um edifício que, por natureza, já traz estas questões (a ausência de muros, os pilotis, a abertura da área de lazer para os estudantes da USP), transformou o patrimônio modernista, abandonado desde 1994, em uma escolha propícia para o desenvolvimento do trabalho.


LEVANTAMENTO FÍSICO:

*Pode-se notar que alguns dos elementos propostos por Foz Jordão não foram construídos. O próprio engenheiro já previa uma ampliação, indicada em planta. *A situação da planta no Arquivo Histórico da cidade impediu a reprodução completa da mesma. Nota-se, na parte central, uma lacuna, espaço em avançado estado de deterioramento no documento original.

LEGENDA: Não Construído Ampliação Prevista

Imagem 9: Planta aprovada pela Prefeitura de Ribeirão Preto. Fonte: Acervo Público e Histórico de Ribeirão Preto. 19


LEGENDA: Ampliações Atuais Anexo Previsto em Planta 20


*A imagem aérea inclui todas as ampliações construídas do edifício. A sobreposição entre a imagem e a planta revela os anexos À edificação principal construídos com o passar dos anos. O anexo datado de 1974, já previsto em planta, também está inserido.

interior do lote. João Constantino Miloná procurava um afastamento da arquitetura não-funcional. O proprietário almejava um estilo sóbrio, moderno à sua época, afastando o edifício do estilo europeu empregado no Umuarama do Centro.

INSERÇÃO NO ENTORNO: O recorte apresenta características típicas de um bairro jardim, com qualidades como traçado orgânico, grande arborização, horizontalidade, presença de áreas verdes e predominância de edifícios residenciais. Os primeiros anúncios sobre «O melhor loteamento já lançado nesta cidade» tiveram início em 1957. É um bairro de classe média-alta, e sua inserção, próximo à Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, criou um ambiente perfeito para a introdução e popularização de repúblicas de estudantes.

*

O bairro é predominantemente residencial, porém, de acordo com um morador, vários edifícios de prestação de serviço (incluindo academia e consultórios de psicologia, ortopedia e advocacia) estão presentes no bairro. Segundo o mesmo, o receio quanto a uma possível fiscalização faz com que estes proprietários não coloquem placas ou anunciem seus serviços publicamente.

ANÁLISE TIPOLÓGICA: O edifício possui alguns pontos essenciais às construções da Arquitetura Moderna: presença de pilotis, ausência completa de ornamentos e planta livre. As aberturas são abundantes e a posição do edifício no terreno é marcante, possibilitando a inserção de três praças no

A arquitetura do hotel deveria ser desvinculada de estilos arquitetônicos ultrapassados, às vezes insistentemente utilizados para que a obra remetesse a um estilo europeu vivido e superado havia anos, décadas, ou mesmo séculos, cujo resultado geralmente era eclético e duvidoso, totalmente desprovido de funcionalidade. (PEIXOTO, 2007, pg. 49).

A utilização de elementos vazados nas janelas do edifício possibilitava a circulação de ar e permitiam privacidade aos usuários.

Uma rápida comparação entre os hoteis Ouro Preto, Tijuco e Umuarama permite a observação de parâmetros arquitetônicos utilizados na elaboração das três obras: os pilotis, a horizontalidade dos edifícios, a utilização de elementos vazados (muxarabis ou cobogós), as aberturas h o r i z o n t a l i z a d a s , a sobriedade de o r n a m e n t a ç ã o , são elementos que aproximam os edifícios não só quanto à tipologia (hoteleira), mas também quanto à escola arquitetônica utilizada para a elaboração das obras (moderna). 21

Imagem 10: Sobreposição de planta do APHRP com imagem aérea do edifício. Fonte: Acervo Público e Histórico de Ribeirão Preto; Google Maps. Intervenção realizada pela autora. Imagem 11: Figura comparativa elaborada pela autora, tendo como base as imagens disponíveis em https:// vitruvius.com.br/index. php/revistas/read/ arquitextos/11.122/3486. Acesso em 22/03/2021; e http://www.leonardofinotti. com/projects/hotel-tijuco/ image/05584-070721017d. Acesso em 22/03/2021.


IDENTIFICAÇÃO CONSTRUTIVO:

DE

MATERIAIS

E

SISTEMA

O memorial descritivo do edifício cita 50 apartamentos, salas, restaurante, lavanderia, cozinha, posto de abastecimento de automóveis, boate e churrascaria, todos em estrutura de concreto armado com fechamento em tijolos cariocas ou tijolo comum de 1 e ½ vez. Escadas e rampas, de acordo com o documento, também são feitas de concreto armado.

As fachadas são revestidas em pedra, e na pintura

do edifício são empregadas tintas a óleo ou tintas à base de cal. Poucos espaços, como cozinha e banheiros, possuem revestimento em azulejo. Os pisos são em pedra no entorno da piscina, em caco de mármore em boa parte interna, em taco nos dormitórios e em cerâmica nos banheiros, cozinha, copas, terraços e depósitos. A madeira foi utilizada como revestimento em uma das paredes do saguão do hotel, e para a estrutura de telhado, foi utilizada a madeira em peroba.

ESCADA DE CONCRETO

REVESTIMENTO EM MADEIRA

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CACOS DE MÁRMORE


PALCO EM PEDRA OU MÁRMORE

Imagem 12: Saguão do Hotel Umuarama Recreio. Fonte: MILONÁ, apud. PEIXOTO (2007, p.52).

DETALHE DA ABERTURA

Imagem 13: Salão de Convenções do Hotel Umuarama Recreio. Fonte: MILONÁ, apud. PEIXOTO (2007, p.59). Imagem 14: Restaurante do Hotel Umuarama Recreio. Fonte: MILONÁ, apud. PEIXOTO (2007, p. 53).

CACOS DE MÁRMORE 23


HALL DE ENTRADA DO HOTEL

MOBILIÁRIO DOS QUARTOS DO HOTEL

PISO DE MADEIRA

RESTAURANTE

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Imagem 15: Cartão Postal do Hotel Umuarama Recreio. Fonte: MILONÁ, apud. PEIXOTO (2007, p.57 ).

REVESTIMENTO ÁREA EXTERNA E PISCINA 25


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Imagens 16 a 18: Memorial original do Hotel Umuarama Recreio. Fonte: Acervo Público e Histórico de Ribeirão Preto. 27


A SITUAÇÃO ATUAL DO EDIFÍCIO: Abandonado desde o ano de 1994, o edifício possui diversas e extensas patologias, cuja totalidade não pôde ser apontada devido à proibição de entrada no mesmo, ainda que apenas no terreno no qual o edifício se insere, para a realização de um levantamento fotográfico completo e detalhado. Por este motivo, optou-se pela não criação de um mapa de danos, mas por uma listagem de alguns pontos que podem ser observados através de imagens externas e do saguão interno, tiradas pela porta. Destacamento do revestimento, ausência parcial do rufo (destaque para a diferença de coloração entre os beirais com e sem rufo, indicando infiltração no último).

Manchas

Destacamento da pintura

Ch. Detalhe Elevação Sul 28


Ch. Detalhe Elevação Sul Imagens 19 e 20: Patologias da Construção. Fonte: Acervo da autora.

Descoloração, rachaduras Manchas Destacamento Colapso da cobertura Vidros quebrados

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Descoloração

Ch. Detalhe Elevação Norte

Infiltração, destacamentos

Manchas (infiltração)

Grafite 30


Ch. Detalhe Elevação Norte

Vegetação crescendo na cobertura de um dos anexos

Grafite Imagens 21 e 23: Patologias da Construção. Fonte: Acervo da autora.

Degradação da calçada externa

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Ch. Detalhe Elevação Leste Manchas indicando infiltração, descoloração em relação à parte inferior do edifício.

Rachaduras em uma das paredes do edifício.

Oxidação acima de uma das aberturas.

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Colapso Parcial do Forro de Gesso

Degradação do revestimento amadeirado do espaço.

Entulho e sujeira do Saguão do Hotel (incluindo colapsos do próprio edifício)

Imagens 24 e 25: Patologias da Construção. Fonte: Acervo da autora. Alterações feitas pela autora. 33


CAPÍTULO 3 HABITAÇÃO COLETIVA, COLIVING E COHOUSING O planejamento de Habitações Coletivas tem início com projetos utópicos, como o do socialista Charles Fourier. Sua popularização e disseminação ocorrem, porém, após a Segunda Guerra Mundial. Em um período de caos e destruição, com as novas tecnologias criando combates cada vez mais destrutivos e onde uma parcela considerável da população ficou desabrigada, a solução encontrada pelos governos foi a criação de grandes edifícios coletivos. Foi o caso da Unité D’habitation de Marselha, na França, encomendada pelo Ministério de Reconstrução do país e projetada por Le Corbusier em 1947 (CASELLI, 2007). O projeto, concluído em 1952, destacou-se pela abordagem revolucionária do edifício plurifamiliar. A cidade jardim vertical concentra as áreas comuns em sua cobertura e em seu térreo, apoiado por pilotis, onde existe um jardim e espaços de convívio. Um corredor voltado ao comércio e à prestação de serviços no interior do edifício também é outro ponto marcante do projeto. No Brasil, a Habitação Coletiva possui diversas faces. Tem início com os cortiços, tipologia marcante no centro da cidade do Rio de Janeiro pré-Belle Époque de acordo com as pesquisas de Vaz (2002). O período de haussmanização dos centros da cidade cria a ideia de sanitarização, limpeza, e culmina com a destruição ou higienização dos cortiços. Em ambos os casos, o resultado era a periferização das pessoas mais pobres, que viam suas casas serem demolidas ou não podiam mais pagar aluguel em uma habitação recémreformada. Na terra recém-higienizada do centro das cidades, construtoras passam então a verticalizar as novas habitações, visando a maximização de seu lucro. A divisão do loteamento para ocupação de residências cada vez menores dá lugar a 34

prédios de apartamento, que reuniam, em um mesmo lote, diversas famílias, em uma promessa de democratização do espaço que nunca se dá de fato, pela exclusão das pessoas mais pobres.

À medida que a habitação coletiva se modernizava, o seu espaço construído tornava-se progressivamente mais coletivo. Este processo de socialização do espaço foi incentivado pelo sentido da produção capitalista de obter o máximo aproveitamento do lote, isto é, de construir prédios com o maior número possível de unidades habitacionais e de reduzir ao mínimo alguns elementos da moradia, cuja utilização era forçosamente partilhada pelos moradores. (VAZ, 2002, p. 149-150)

A transição entre o cortiço (associada à população mais pobre) e os edifícios de apartamentos (associados à burguesia e muitas vezes com mais ambientes compartilhados que o próprio cortiço) cria a negação do uso do termo “habitação coletiva” e sua alteração para o termo “habitação multifamiliar” (VAZ, 2002). Nem todos os edifícios verticais tinham como destino, porém, a burguesia da cidade do Rio de Janeiro. O Edifício Pedregulho, projetado antes da Unitè d’Habitation por Affonso Reidy, que já havia trabalhado com Corbusier no projeto do Ministério da Educação e Saúde, destinavase aos funcionários municipais da cidade, e sua concepção aconteceu após pesquisas e recenseamentos com o grupo de futuros moradores. Tamanha foi a influência de Le Corbusier para Reidy que, de acordo com Bruand (1991, p.225):

Pedregulho oferece uma síntese brilhante e cuidadosamente elaborada, onde se fundem intimamente três elementos de origens distintas:


as preocupações funcionais, já presentes nas primeiras obras de Reidy (exposição favorável, controle da luz, ventilação contínua, circulação fácil), conservam seu papel essencial, mas a solução desses problemas agora está ligada à adoção dos princípios e da estética de Le Corbusier, corrigida pelo toque brasileiro que lhes souberam dar Lúcio Costa e Niemeyer.

O edifício, além dos blocos residenciais, possuía também lavanderia coletiva, ginásio, quadra de basquete, mercado, piscina, escolas primária, maternal e jardim de infância. Tais inserções marcam o desejo não somente de abrigar um grupo, mas de criar uma intervenção positiva direta na vida dos habitantes. Ao Pedregulho segue-se, do mesmo arquiteto, a Unidade Residencial da Gávea, construído em parte com o intuito de relocar moradores do morro no qual foi inserido. O edifício não obtém tanto sucesso quanto seu predecessor. A iniciativa privada, contudo, segue o sistema de diminuição do espaço de moradia, culminando com apartamentos cada vez menores. Vaz (2002), em Modernidade e Moradia no Rio de Janeiro, divide as ocupações familiares brasileiras em cinco fases diferentes, conforme a época: a primeira consiste na separação de espaços de trabalho e espaços de moradia, e tem início com o surgimento de edifícios industriais. A segunda, marcada pela criação de áreas industriais e centrais, que concentravam os setores secundário e terciário, indica o início da segregação da população mais pobre. Esta marginalização é acentuada na terceira fase, que, marcada pelo desenvolvimento do setor de transporte, torna o local de moradia ainda mais longe. A quarta fase demonstra o ápice da segregação: agora, trabalhadores moram em cidades

distintas de seu espaço de trabalho. A quinta e última fase, que teve início no fim do século XX e foi acentuada pela pandemia de Covid-19, marca a volta do elo entre trabalho e moradia. O trabalho pode, novamente, ser realizado no mesmo espaço que se vive, através de computadores, telefones celulares, entre outros. Como forma de adaptação a esta forma de morar, que se torna mais proeminente com cada avanço tecnológico e isola cada vez mais o indivíduo em seu espaço, vez que o trabalhar e o dormir podem ser feitos no mesmo cômodo, é sugerido o Coliving.

O Coliving pode ser definido como:

Uma forma de habitação que combina espaço de convivência privado com instalações comuns compartilhadas. Ao contrário de apartamentos compartilhados e outros tipos de programas de habitação compartilhada, o co-living procura explicitamente promover o contato social e construir a comunidade. (SHAFIQUE, 2018, p. 7, tradução própria).

Sua diferença em relação à Habitação Coletiva dáse, principalmente, em relação à quantidade de espaços compartilhados por um núcleo familiar. Enquanto o espaço mínimo (sala, cozinha, sala de jantar, quartos, banheiro e área de serviço) em uma habitação coletiva é de propriedade de um núcleo familiar, em um coliving, ele pode ser dividido de forma a acomodar dois ou mais núcleos. Desta forma, se uma pessoa solteira, em uma Habitação Coletiva, possuía sua própria sala, sua cozinha, seu banheiro, seu quarto e sua área de serviços, ela pode, em um coliving, dividir todos esses espaços com outras pessoas, criando um senso de comunidade, de partilha, inexistente em 35


habitações coletivas. Não se trata de um conceito novo (habitações coletivas, comunas socialistas e outros tipos de habitações em grupo já existem há anos), mas a adaptação de uma forma de morar para melhor atender as necessidades contemporâneas sem causar o isolamento próprio das habitações unifamiliares contemporâneas. Sua diferença em relação ao termo Cohousing é similar à diferença em relação à Habitação Coletiva: o Cohousing consiste em uma comunidade intencional, na qual os moradores projetam sua vizinhança em conjunto. Residências privadas unifamiliares com áreas de lazer em comum são os espaços típicos criados por pessoas que optam por esse tipo de habitação.

(...) ênfase é dada à colaboração e à participação do residente no design e gerenciamento, fatores que não estão presentes em vários tipos de habitação com instalações compartilhadas. (URBAN, 2010, p. 24, tradução própria)

Desta forma, neste projeto, o termo utilizado, Coliving diz respeito à edificação feita com o intuito de criar um senso de comunidade e que possa compreender, em um mesmo espaço, diversos núcleos familiares. Busca-se agrupar uma população que não corresponde aos cânones familiares (pai, mãe e dois filhos), mas que possa abrigar, de forma transitória ou definitiva, diversos grupos familiares diferentes (mães solteiras, casais LGBTQIA+, casais sem filhos, coabitações sem vínculo conjugal ou de parentesco). Esta proposta apresenta-se como a atualização e a “modernização” da ideia de tipologias habitacionais históricas, como a Kommunalka Soviética, as Comunas da Idade Média e o Falanstério proposto por Fourrier. A proposição procura 36

restabelecer a ideia de “comunidade”, de “sociedade”, em contraponto ao isolamento causado pelas habitações tradicionais contemporâneas. A proposta de interferência em preexistência traz, portanto, um desafio duplo: a interferência em uma préexistência e a transformação de um edifício modernista em um espaço contemporâneo.


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CAPÍTULO 4

ESTUDOS MORFOLÓGICOS DA ÁREA DE INTERVENÇÃO O capítulo reúne mapas elaborados a partir da leitura do entorno, entrevistas feitas com moradores do bairro e textos com análises e reflexões produzidos pela autora, que sibsidiaram o dessenvolvimento do estudo preliminar e do anteprojeto a serem apresentados nos capítulos 6 e 7. O material é essencial para a compreensão do espaço no qual o hotel se insere, assim como quais medidas devem ser tomadas para uma melhor inclusão do hotel no entorno. Esta leitura guia as intervenções propostas, promovendo uma relação de proximidade entre o antigo hotel e o entorno. As respostas de um questionário que possuía como público alvo os moradores de repúblicas no bairro Jardim Recreio também foram incluídas. O questionário, publicado em março de 2021, esteve aberto para respostas até o mês de agosto do mesmo ano, e foi respondido por vinte alunos.

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USO DO SOLO:

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Existe comércio de produtos básicos no bairro?

O recorte apresenta caracterísiticas típicas de um bairro jardim, com qualidades como traçado orgânico, grande arborização, horizontalidade, presença de áreas verdes e predominância de edifícios Existe Comércio de Produtos Básicos no Há quanto Tempo Reside no Espaço? residenciais. Os primeirosBairro? anúncios sobre «O melhor loteamento já lançado nesta cidade» tiveram início em 1957. É um bairro de classe média-alta, e sua inserção, próximo à Legenda LEGENDA: Universidade de São Paulo em Ribeirão Preto, criou um ambiente perfeito Sim Menos de um ano para a introdução e popularizaçãoLEGENDA: de repúblicas de estudantes. Sim

Sim,Entre dois e três anos porém de forma restrita

Sim, porém de forma restrita

Não Entre quatro e cinco anos

Não Padaria, hortifruti e feiras de gastronomia e de produtos orgânicos foram os espaços comerciais citados pelos entrevistados.

Seis anos ou mais Padaria, hortifruti e feira de gastronomia e Um dos mais pertinentes problemas relacionado foram ao de produtos orgânicos os espaços espaço é, de acordo com os entrevistados, a falta de opções e comerciais citados pelos entrevistados a distância dos edifícios comerciais presentes no bairro.

Como muitos dos moradores de repúblicas da área não possuem opção de transporte além de ônibus, há uma Imagem 29: Anúncio - Loteamento certa dificuldade para a locomoção até o único comércio de Jardim Recreio. Fonte: Diário da Você sente falta de algo no Jardim Noite, 2 de maioprodutos básicos do bairro. Pode-se apontar também o fator de de 1957, p.14. Recreio? Disponível em: não-permanência de feiras de gastronomia e de orgânicos, o <http://memoria . b n . b r / d o c r e a d eque torna-se um impecilho no caso de moradores que estudam r / D o c R e a d e r. aspx?bib=093351&pagfis=43307>. durante o horário de funcionamento das mesmas.

Você sente falta de algo no Jardim Recreio?

R. L UCI EN

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Córrego

Acesso em 26/04/2021

LEGENDA:

Legenda

Esta falta de opções relacionadas comércio evidenciaComércio se no mapa de uso do solo: não foi encontrado, dentro do recorte feito para o projeto, sequer um edifício não-residencial. Iluminação e Lazer

O bairro é predominantementeComércio residencial, porém, de acordo com Mapa 1: Uso do Solo, Pode-se pesquisas um morador, que preferiu não se identificar, vários edifícios de observar, também, Posto desegundo Gasolinaas e Caixa Eletrônico elaborado pela autora Iluminação e Lazer feitas para os moradores, o pouco tempo de residência no a partir do mapeamento prestação de serviço (incluindo uma academia e consultórios de ter sido feita em 2021, Posto de Gasolina e Caixa bairro. Apesar de a pesquisa aéreo disponível jáem O projeto inicial doperíodo Hotel Umuarama psicologia, ortopedia e advocacia) estão presentes no bairro. Eletrônico no qual a Universidade de São Paulo encontra-se fechada, a t p : /gasolina. / w w w. r i b e i r a o previa a construção de um postohp trde e t o . s p . g o v. b r / Ainda com o morador, o receio quanto a uma possível pandemia não parece ter afetado a moradia em repúblicas: a de acordo O projeto inicial do Hotel Umuarama já previa a construção Postos de abastecimento costumam g e o p r o cpossuir essamento/ maior parte dos moradores reside no espaço há entre um e três de faz um posto Postos de abastecimento costumam fiscalização com de quegasolina. os proprietários destes estabelecimentos não caixas eletrônicos. g28/ol/g2803001ol.php possuir caixas eletrônicos. coloquem placas ou anunciem seus serviços publicamente. anos. 41

Mapa 1: Uso do Solo, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível em http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/geoprocessamento/g28/ol/g2803001ol.php

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USO DO SOLO - REPÚBLICAS:

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República Doriana

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As repúblicas são dispersas pelo bairro em edifícios majoritariamente assobradados e murados. Uma pequena concentração ocorre na Rua Limoeiros e na Avenida 6 7 1 2 República 3 4 Loks 5 6 7 1 2 3 República 4 5 LawLaw 6 7 das Sibipirunas, onde três repúblicas estão inseridas: a Doriana, a Loks e a LawLaw. 2: Repúblicas, Sua distribuição noMapa espaço não Você costuma circular pelo bairro? De A maior parcela dos estudantes relata circular a pé pelo bairro. As elaborado pela autora bicicletas também são mencionadas em diversos depoimentos, parece ter como função a partir do mapeamento a proximidade ônibus, de carro, de bicicleta ou a pé? criando a oportunidade de inserção de um bicicletário no edifício. aéreo à frente disponível do Pontilhão, localizado na praça República Selvagem em http://www. As repúblicas são dispersas pelo bairro em edifícios ao Hotel Umuarama, queribeiraopreto.sp.gov. liga o bairro LEGENDA: 5 majoritariamente assobradados e murados. br/geoprocessamento/ ao campus de Ribeirão Preto da A pé g28/ol/g2803001ol.php Uma pequena concentração ocorre na Rua Limoeiros e na Paulo. Universidade de São A pé, de carro e bicicleta

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4República 5 6 LawLaw 7 1 República Arapuca

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Avenida das Sibipirunas, onde três repúblicas estão inseridas: a Doriana, a Loks e a LawLaw.

Imagens 26 a 31: Repúblicas no recorte estudado. Capturas disponíveis no Google Street View. Captura das Imagens: Agosto de 2011.

Há quanto tempo reside no espaço?

Sua distribuição no espaço não parece ter como função a proximidade do Pontilhão, localizado na praça à frente ao Hotel Umuarama, que liga o bairro ao campus de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo.

Legenda

5 República 6 7 Selvagem 1 República Vira

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6 República 7 Vira Tudo Menos de um ano

Entre dois e três anos Entre quatro e cinco anos Seis anos ou mais

Imagens 30 a 36: Repúblicas no recorte estudado. Capturas disponíveis no Google Street View. Mapa 2: Repúblicas, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível em http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/geoprocessamento/g28/ol/g2803001ol.php 43

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GABARITO E OCUPAÇÃO DO SOLO:

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lotes possuem uma considerável O Jardim Recreio possui um 5 área permeável ou área de lazer gabarito que varia entre um e três com piscina. A aglutinação de lotes pavimentos. A maioria do bairro também é marcante no local. apresenta uma uniformidade entre não 1 residências térreas e5 assobradadas 1 2 3 4 6 7 1 2 3 Diversas 4 5 6 residências 7 2 3 4 5 6 7 apresentam muros frontais, criando com um pavimento, porém encontranotáveis integrações O Jardim Recreio possui um gabarito que varia entre entre o se, ocasionalmente, edifícios mais Como é a conexão entre o bairro e a espaçoforma internode e o externo, relação A maioria do bairro apresenta uma altos, entre eles o hotel Umuarama. um e três pavimentos. Universidade? Há alguma uniformidade entre residências térreas e assobradadas com difícil de ser obser-vada em outros É possível observar, também, melhorar esse acesso? um pavimento, porém encontrase, ocasionalmente, edifícios bairros da cidade de Ribeirão Preto. a partir do mapa, a densidade relatimais altos, entre eles o hotel Umuarama. Imagens 37 a 43: Residências no recorte estudado. vamente baixa do espaço: muitos Capturas disponíveis no Google Street View.

1

LEGENDA:

É possível observar, também, a partir do mapa, a densidade relativamente baixa do espaço: muitos lotes possuem uma considerável área permeável ou área de lazer 6 de lotes também é marcante no com piscina. A aglutinação local.

3

Boa

Diversas residências não apresentam muros frontais, criando notáveis integrações entre o espaço interno e o externo, relação difícil de ser observada em outros bairros da cidade de Ribeirão Preto.

Boa, porém com restrições Alguns entrevistados descreveram o acesso, através da Bandeirantes, passando pela guarita ou pelo Pontilhão. Outras pessoas acentuaram a falta de segurança, que, segundo as próprias, diminui quando a feira de produtos alimentícios ocorre durante a noite no bairro. Uma linha de ônibus antiga que ligava o bairro e a faculdade também foi mencionada.

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Mapa 3: Gabarito e Ocupação do Solo, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível em http://www. ribeiraopreto.sp.gov. br/geoprocessamento/ g28/ol/g2803001ol.php Imagens 32 a 38: Repúblicas no recorte estudado. Capturas disponíveis no Google Street View. Captura das Imagens: Agosto de 2011.

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45 Mapa 3: Gabarito e ocupação do solo, elaborados pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível em http://www.ribeiraopreto.sp.gov.br/geoprocessamento/g28/ol/g2803001ol.php

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HIEARQUIA FÍSICA:

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Quando seus amigos e familiares visitam, eles ficam em algum hotel ou a república possui acomodações para eles? LEGENDA: Hotel

Depende República Não visitam ou não dormem

Entre as pessoas que disseram que depende, duas disseram que a família fica no hotel, por ser um espaço mais adequado, e os amigos ficam na república. Outros comentários estavam relacionados ao espaço (a família fica na república se há algum quarto disponível na casa). A opção de escolha dos próprios familiares foi levada em consideração por um dos entrevistados. Pode-se observar, portanto, a necessidade de um edifício que acomode amigos e familiares dos estudantes na área.

O acesso entre o bairro e a universidade é feito a partir do cruzamento da Avenida Bandeirantes, uma via expressa que liga a cidade de Ribeirão Preto a Sertãozinho. Como bairro jardim, o Jardim Recreio possui, primariamente, vias locais que, apesar de largas, possuem baixo tráfego. As avenidas Seringueiras, Sibipirunas, Pau-Brasil e Cândido Pereira Lima são as únicas coletoras do espaço delimitado de estudo, e avenidas-parque, marcadas em verde claro, denominadas Limoeiros e Luís Basso, formam as arestas sul e leste do recorte estudado.

Enquanto no mapa diversas avenidas foram

classificadas como coletoras, na prática apenas a Avenida das Seringueiras e a Rua Limoeiros (que liga o bairro ao Jardim Itaú) cumprem esta função. A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto inclui, em seu mapa de hierarquia viária, as ruas Limoeiros e Luís Basso como Avenidas Parque já instaladas. A rua Luís Basso, porém, encontra-se sem capeamento, enquanto a rua Limoeiros, apesar de funcionar como ligação entre o Jardim Recreio e o Itaú, não possui fluxo intenso.

Como funcionam as áreas de lazer no Jardim Recreio? Há algum espaço para realizar exercícios físicos ou atividades recreativas no bairro?

LEGENDA: Sim

Sim, porém precárias Sim, porém poucas Não

Uma quadra de basquete, um campo de futebol, quadra de areia, as praças e parquinho para crianças foram mencionados. No recorte de estudos, porém, apenas um campo de futebol está presente. A única quadra encontrada no entorno encontra-se em estado precário e, por conter uma grade na entrada, não se sabe ao certo se o espaço trata-se de uma quadra pública ou privada. Academias ao ar livre seriam uma boa opção de lazer, especialmente durante a quarentena. 47

Mapa 4: Hierarquia Física, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível em http://www. ribeiraopreto.sp.gov. br/geoprocessamento/ g28/ol/g2803001ol.php


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O único equipamento urbano disponível no recorte do entorno é a rede de ônibus. Percorrendo o caminho do centro para o Jardim Recreio e então até o Jardim Itaú, a linha N-707 (Jardim Recreio/Itaú) é a única presente no bairro. O fato é confirmado pelos entrevistados, que dizem que, apesar de o bairro possuir um bom acesso aos ônibus, a quantidade de linhas existentes deixa a desejar.

É fácil o acesso às linhas de ônibus dentro do bairro? LEGENDA: É fácil

É fácil, porém com restrições Não Não sei

Como funciona a questão da lavanderia? Ela é coletiva?

A lavanderia é, na república de todos os entrevistados, coletiva. Na maioria dos casos apenas os produtos de limpeza, como sabão em pó e amaciante, são individuais a cada habitante. Em outros casos, cada estudante lava suas próprias roupas, porém os produtos utilizados são comunitários.

O lugar onde você reside possui espaço para lazer, sala de jogos, área de TV? Caso possua, o espaço é compartilhado entre os moradores? Todas as pessoas entrevistadas responderam que as repúblicas que habitam possui área de lazer, e que ela é compartilhada entre todos os moradores. Entre os espaços de lazer descritos nas residências, os mais comuns são salas de TV, salas de lazer, churrasqueira e piscina. Alguns descrevem, também, a presença de mini-campos de futebol, quintal com plantas, varanda, mesas de sinuca e rede de futevôlei. As respostas evidenciam o caráter econômico das residências do bairro: piscinas, áreas de lazer, churrasqueiras e campos de futebol são espaços presentes, majoritariamente, em residências de classe alta. Outro ponto de análise é a própria definição de espaço de lazer: enquanto para alguns moradores o termo está ligado ao «espaço gourmet» anexo à piscina, para outros a presença de uma varanda e quintal para plantas já se enquadra como o mesmo.

Como funcionam as dinâmicas de moradia em seu dia-a-dia? Você divide quartos, banheiros, cozinha?

LEGENDA:

Dividem quarto, banheiro, sala e cozinha Dividem banheiro, sala e cozinha Dividem sala e cozinha 49

Mapa 5: Equipamentos Urbanos, elaborado pela autora a parti do mapeamento aéreo disponíve em http://www ribeiraopreto.sp.gov br/geoprocessamento g28/ol/g2803001ol.php


Outras Observações: Uma das pessoas entrevistadas acentuou o aspecto comunitário das repúblicas, de forma geral. Segundo seu relato, mesmo os itens mais básicos, como alimentos e produtos de limpeza, são, na maioria destes edifícios, compartilhados. Segundo a mesma, esta tipologia de habitação estudantil funciona de uma forma quase familiar. Outro ponto importante levantado por uma pessoa entrevistada foi a questão da segurança: aos olhos desta, a reativação do hotel, independentemente do uso, traria segurança ao bairro, especialmente para os estudantes que voltam da faculdade a pé durante a noite. As análises do entorno e a entrevista com os moradores de repúblicas da área foram essenciais para a compreensão do funcionamento do bairro Jardim Recreio. Entre as principais diretrizes tomadas a partir dos estudos, encontram-se a importância da horizontalidade para a integração no entorno (todos os edifícios possuem até três pavimentos de altura) e a necessidade de espaços permeáveis, com vegetação de porte alto, também com o mesmo fim. Tomando como base as entrevistas, nota-se a necessidade de inserção de edifícios comerciais, em especial de produtos básicos, para os estudantes que percorrem o bairro a pé e de bicicleta. A falta de linhas de ônibus limita a integração do bairro com o entorno, e o isolamento do mesmo devido à Rodovia Bandeirantes, uma vez atrativo para o Hotel Recreio, hoje é um empecilho 50

para a integração do bairro com o restante da cidade. Uma das conclusões mais importantes do questionário, porém, é referente ao acesso entre a Universidade e o Bairro. Havia sido considerada, antes do emprego do questionário, a alteração do pontilhão, para torná-lo mais acessível aos estudantes. Após as respostas, porém, esta necessidade foi colocada em questão, vez que a maioria dos estudantes relatou o bom funcionamento do mesmo.


51


52


CAPÍTULO 5

LEITURAS PROJETUAIS As leituras projetuais justificam-se por criar padrões e definições a serem utilizados no objeto proposto através da observação e análise dos projetos escolhidos. Servem como guia, como mote para o estabelecimento dos parâmetros aplicados na proposta. Os critérios de escolha deram-se devido à proximidade de uso original entre edifício e patrimônio e similaridade de uso pretendido. Foram subdivididas em três categorias: a primeira destina-se aos hotéis (para melhor compreensão do funcionamento de edifícios onde a habitação possui, como características principais, coletivização - como visto nos espaços de lazer, e alimentação e preparo de alimentos - e a forma de morar não-permanente); habitação coletiva (cujos principais pontos levantados foram a relação da habitação com o entorno, a inserção de espaços de natureza coletiva - tais quais escolas, hospitais e espaços de lazer); e coliving (para a compreensão dos espaços necessários para o funcionamento do programa). Separação entre público e privado, setorização, aberturas, individualização de dormitórios, além de inserção dos mesmo no espaço em relação ao lote, entrorno e topografia foram pontos ressaltados na análise.

53


HOTÉIS Possuindo como critério de estudo o hotel Umuarama Recreio, um hotel modernista construído na década de 60, a análise de outros hotéis também de cunho modernista foi feita. Buscou-se compreender como os edifícios hoteleiros evoluíram durante as décadas, até a atualidade, foi necessária, como forma de criação de parâmetros de identificação de um fluxograma de espaços, que funcionasse para a criação de um edifício que hospedasse as famílias dos estudantes, quando viessem visitá-los. As primeiras análises projetuais são relativas ao Grande Hotel de Ouro Preto e ao Hotel Diamantina, ambos assinados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, no fim da década de 30 e no início da década de 50, respectivamente. Os edifícios são selecionados por sua inserção no ambiente: cores, altura e detalhes arquitetônicos (como o muxarabi e o uso da cobertura cerâmica) criam uma mímese de seu espaço de inserção, enquanto outras características dos edifícios (planta livre, pilotis e grandes aberturas) são típicos da arquitetura moderna. Em seguida, analisa-se o Hotel Unique, de Ruy Ohtake, de 1999. O edifício toma como cerne a forma de meio-círculo, e repete este motivo tanto na forma do edifício e em suas aberturas quanto em corredores e quartos. Por fim, um hotel contemporâneo, o Hotel Emiliano, localizado em Copacabana, no Rio de Janeiro. Projeto de Artur Casas, o hotel, de 2017, possui uma fachada composta por elementos móveis, possibilitando a interação dos hóspedes com as aberturas, como forma de controle de iluminação. 54

O edifício é utilizado como uma forma de concluir

as mudanças de layout e programa de edifícios hoteleiros através das décadas. É estudado com o intuito da criação de um programa atualizado de hospedagem para utilização como referência na proposta a ser feita. Uma linha do tempo mostra a idade dos hotéis pré-selecionados para a leitura projetual, dos quais apenas quatro (os que possuíam os parâmetros mais relevantes) foram estudados.


LEGENDA

USO:

CARACTERÍSTICAS:

Para a le hotele itura dos p ir uma leos foi utilizrojetos g enda ada base e m p agiliza ictogr com n de leit do o pro amas, uma ura e per cesso de ma análise su mitindo que p is edifício perficial assar s que ão os projet por anális e ual

Hotel

Local Adensado

Edifício Vertical

Habitação de Interesse Social

Local Pouco Adensado

Edifício Horizontal

Habitação Coletiva

Terreno Acidentado

Edifício sobre Pilotis

Terreno Plano

Edifício sem Pilotis

Habitação Comunitária

55


Imagem 39: Copacabana Palace. https://arch trends.com/blog/ copacabana-palace/. 22/03/2021 Imagem 40: Hotel Ouro Preto. https:// vitruvius. com.br/index. php/revistas/read/ arquitextos/11. 122/3486. Acesso em 22/03/2021 Imagem 41: Hotel Serrador. https://diario dorio.com/edificioserrador-no-centroevendido-a-argentinos/. Acesso: 22/03/21 Imagem 42: Park Hotel. Disponível em: https://vitruvius.com. br/revistas/read/arquit e x t o s / 11 . 1 2 3 / 3 5 1 3 . Acesso em 22/03/2021 56

Copacabana Palace

Hotel Ouro Preto

Hotel Serrador

Park Hotel

1923

1938

1944

1944


Hotel Miramar

Hotel Tijuco

Brasília Palace Hotel

1950

1951

1958

Hotel Nacional 1968

Imagem 43: Hotel Miramar. https:// cidadesportiva. w o r d p r e s s . com/2011/07/16/umaantiga-sacada-nolitoralcarioca-o-volei-depraia/. 22/03/2021. Imagem 44: Hotel Tijuco https://www.hoteltijuco. com.br/. Acesso em 22/03/2021 Imagem 45: Brasília Palace Hotel. https:// w w w. p l a z a b r a s i l i a . c o m . b r / b r a s i l i a p a l a c e n o t h e g u a r d i a n . Acesso em 22/03/2021. Imagem 46: Hotel Nacional. https:// diariodorio.com/hotelnacional-fecha-devez- e-deve-ser-fatiado-evendido-em-fracoes/. Acesso em 22/03/2021. 57


Hotel Caesar Park 1979

Imagem 47: Hotel Caesar Park. http://www. barraleme.com/Hoteis/ CaesarPark /Caesar Park.htm. Acesso em 22/03/2021 Imagem 48: Hotel Unique. http://www. nelsonkon.com.br/hotelunique/. Acesso em 22/03/2021 Imagem 49: Botanique Hotel Spa. https:// www.archdaily.com.br/ br/772859/botaniquehotel-and-spa-candidatabetarquitetura. Acesso em 22/03/2021 Imagem 50: Hotel Emiliano. https:// emiliano.com.br/galeriarj/ quartos/. Acesso em 22/03/2021 58

Hotel Unique 1999

Botanique Hotel e Spa

Hotel Emiliano

2006

2017


59


Mapa 7: Localização do Hotel, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps. 60


GRANDE HOTEL OURO PRETO ARQUITETO: OSCAR NIEMEYER CIDADE: OURO PRETO - MG ANO: 1938

61

1


*

Horizontalidade Pilotis, varandas e aberturas criam uma relação de leveza e proximidade entre o interno e o externo Cores semelhantes às do entorno

62


Ala dos Funcionários. Separada das áreas do usuário, compartimentada, secionada Ala dospequenos Funcionários em espaços para o uso dos Separada áreas dopara usuário funcionários. das Mistura espaços trabalho, compartimentada secionada eme cozinha e lavanderia a espaços de lazer descanso (quartos dos funcionários) pequenos espaços para o uso dos

funcionários Mistura espaços para trabalho cozinha e lavanderia a espaços de lazer e descanso quartos dos funcionários

Terraço Coberto com Pilotis e planta livre

Sala de Jogos. Fluidez espacial, planta Terraço Coberto com Pilotis livre com grandes aberturas, pilotis e planta livre distribuídos pelo espaço. Características típicas das obras modernistas

LEGENDA:

3 – terraço coberto (pilotis)

9 – quarto de funcionários 10 – banho 5 – rampa 11 – hall 6 – cozinha 7 – lavanderia 12 – saguão 11 – hall 3 – terraço coberto (pilotis) 13 – correspondência 7 – lavanderia 8 – quarto de funcionárias 4 – salão de8 – quarto de funcionárias jogos 14 – leitura 12 – saguão

LEGENDA: 4 – salão de jogos

5 – rampa 6 – cozinha

9 – quarto de funcionários 10 – banho

15 – vitrines 16 – restaurante 17 – copa 18 – lavanderia 15 – vitrines 19 – varanda 20 – vazio 16 – restaurante

13 – correspondência 14 – leitura

17 – copa 18 – lavanderia

Imagem 51: Grande Hotel Ouro Preto. https://vitruvius.com.br/ index.php/revistas/read/ arquitextos/11.122/3486. Acesso em 22/03/2021

Sala de Jogos Fluidez espacial,Imagem planta livre 52: Grande Hotel Ouro pilotis Preto - com grandes aberturas, distribuídos peloTérreo. espaço. MACEDO, D. M. Da Matéria à Características típicas Invenção: das As obras Obras modernistas. de Oscar Niemeyer 21 – sanitários 22 – circulação 23 – escada de hóspedes 24 – escada de serviço

19 – varanda 20 – vazio 21 – sanitários 22 – circulação

63

em Minas Gerais: 1938 a 1955. Brasília: Câmara dos Deputados, 23 – escadade de hósp Coordenação 24 – escada de servi Publicações, 2008.


Os espaços de funcionários ficam reservados Às arestas do volume retangular e são limitados a espaços estreitos e diminutos No primeiro pavimento são uma despensa e uma lavanderia

Espaço dos Hóspedes Hall espaço de convivência espaços de escrita leitura e exposições sala de jantar Os ambientes são sem separações completas e com aberturas horizontais abundantes. Os pilotis dão ritmo À planta e o terraço onde ocorrem os cafés da manhã aumenta a sensação de amplidão do espaço

64


Espaço muito compartimentado segmentado O corredor central dá acesso aos quartos menores e às salas de estar dos quartos de luxo

Salas de estar a partir das quais há acesso aos quartos através das escadas estreitas em caracol duramente criticadas por arquitetos e usuários do espaço

Imagem 53 e Imagem 54: Grande Hotel Ouro Preto - Primeiro e Segundo Pavimentos. MACEDO, D. M. Da Matéria à Invenção: As Obras de Oscar Niemeyer em Minas Gerais: 1938 a 1955. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2008.

LEGENDA: 3 – terraço coberto (pilotis) 4 – salão de jogos 5 – rampa 6 – cozinha 7 – lavanderia 8 – quarto de funcionárias

9 – quarto de funcionários 10 – banho 11 – hall 12 – saguão 13 – correspondência 14 – leitura

15 – vitrines 16 – restaurante 17 – copa 18 – lavanderia 19 – varanda 20 – vazio

21 – sanitários 22 – circulação 23 – escada de hóspedes 24 – escada de serviço

65


Imagem 55: Grande Hotel Ouro Preto - Terceiro Pavimento. MACEDO, D. M. Da Matéria à Invenção: As Obras de Oscar Niemeyer em Minas Gerais: 1938 a 1955. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2008. Imagem 56: Grande Hotel de Ouro Preto. Disponível em: http:// www.niemeyer.org.br/ obra/pro009. Acesso em 22/03

Andar Superior Consiste apenas no restante dos dormitórios de tamanho maior O acesso se dá através da escada em caracol mencionada anteriormente O hóspede então passa pelo mezanino e o banheiro para chegar até o quarto

LEGENDA: 3 – terraço coberto (pilotis) 4 – salão de jogos 5 – rampa 6 – cozinha 7 – lavanderia 8 – quarto de funcionárias 66

9 – quarto de funcionários 10 – banho 11 – hall 12 – saguão 13 – correspondência 14 – leitura

15 – vitrines 16 – restaurante 17 – copa 18 – lavanderia 19 – varanda 20 – vazio

21 – sanitários 22 – circulação 23 – escada de hóspedes 24 – escada de serviço


*

Adaptação aos métodos e materiais locais (estrutura da cobertura exposta, abundante uso da madeira, escolha pelo uso de cobertura cerâmica. muxarabi)

Muxarabi

Piloti

Rampa (releitura do espaço natural)

Azulejos

67

1


Aberturas horizontais conectam o usuário ao entorno

C o n t i n u i d a d e dos pilotis

Pedras no muro de arrimo e como revestimento da parte externa do térreo Cobertura Cerâmica

Imagens 57 a 60: Grande Hotel Ouro Preto - Acervo de Ana Teresa Cirigliano Villela, 2019. 68

Grandes Aberturas


Sem barreiras físicas entre o edifício e a rua

Grandes espaços abertos sem divisões completas

Rua de paralelepípedos

Mímese do revestimento da rua

69


Mapa 8: Localização do Hotel, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps 70


HOTEL TIJUCO

ARQUITETO: OSCAR NIEMEYER CIDADE: DIAMANTINA - MG ANO: 1951

71


Cores semelhantes às das residências do entorno

Edifício horizontalizado (assim como o entorno)

72

Rua de pedras


O espaço dos funcionários apresenta maior liberdade na planta com a cozinha tomando a maior parte do local

Térreo Novamente pode-se observar a planta livre, com uma parede dividindo o ambiente e direcionando o hóspede à portaria e ao espaço de estar. Os pilares são similares aos do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, de Reidy, e a parte externa do edifício apresenta maior grau de diferenciação em relação ao entorno, com grandes vidros e planta livre.

LEGENDA: 1 – Varanda de entrada 2 – Hall de entrada 3 – Estar 4 – Portaria 5 – Telefones 6 – Restaurante

7 – Sanitário 8 – Cozinha 9 – Hall de serviço 10 – Circulação 11 – Quarto 12 – Terraço/ Varanda

13 – Rouparia 14 – Copa 15 – Empregados

73

Imagem 61: Hotel Tijuco. Disponível em: http:// www.leonardofinotti. com/projects/hotel-tijuco/ image/05584-070721017d. Acesso em 22/03/2021. Imagem 62: Hotel Tijuco - Térreo. MACEDO, D. M. Da Matéria à Invenção: As Obras de Oscar Niemeyer em Minas Gerais: 1938 a 1955. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2008.


Imagem 63: Hotel Tijuco - Primeiro Pavimento. MACEDO, D. M. Da Matéria à Invenção: As Obras de Oscar Niemeyer em Minas Gerais: 1938 a 1955. Brasília: Câmara dos Deputados, Coordenação de Publicações, 2008. Imagem 64: Hotel Tijuco. Disponível em: http:// www.niemeyer.org.br/ obra/pro047. Acesso em 22/03/2021.

LEGENDA: 1 – Varanda de entrada 2 – Hall de entrada 3 – Estar 4 – Portaria 5 – Telefones 6 – Restaurante 74

Primeiro Pavimento Os dormitórios do Hotel Diamantina são maiores que os do Hotel de Ouro Preto, e a varanda continua como um ponto importante, desta vez aparecendo em todos os quartos. A escada em caracol é abandonada em prol de mais espaços nas partes interiores dos dormitórios. A existência de um espaço comum para os telefones, único espaço desta natureza no primeiro pavimento, é marcante. 7 – Sanitário 8 – Cozinha 9 – Hall de serviço 10 – Circulação 11 – Quarto 12 – Terraço/ Varanda

13 – Rouparia 14 – Copa 15 – Empregados


Inclinação do Beiral similar à da escola estadual professora Júlia Kubitschek, também de Niemeyer

Muxarabis

Aberturas horizontalizadas

Pilares em V similares aos do Museu de Arte Moderna do Rio e da escola Júlia Kubitchek também em Diamantina

75


Respeito ao gabarito do entorno

Muxarabi (elemento tradicional da arquitetura local)

Imagens 65 a 68: Hotel Tijuco. Disponível em: http://www. l eo nar d ofin otti.co m / projects/hotel-tijuco/ image/05584-070721017d. Acesso em 22/03/2021

Térreo elevado (conexão com o exterior) 76


Grandes aberturas horizontais

Revestimento de paralelepípedo

Sem fechamento ou barreiras físicas entre o edifício e a rua

**FOTOS DO SITE DO HOTEL**

77


Mapa 9: Localização do Hotel, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps 78


HOTEL UNIQUE

ARQUITETO: RUY OHTAKE CIDADE: SÃO PAULO - SP ANO: 2002

79


Repetição do motivo circular nas aberturas e na elevação do edifício

80

Contraste entre os grandes espaços e aberturas do térreo e os menores, dos dormitórios


Parte do edifício com acesso aos hóspedes

Imagem 69: Disponível em: https://www. nelsonkon.com.br/hotelunique/. Acesso em 22/03/2021.

Ala dos funcionários restrita às arestas do volume

Imagem 70: Hotel Unique - Subsolo. Disponível em: https:// revistaprojeto.com.br/ acervo/ruy-ohtake-hotelunique-01-10-2002/. Acesso em 22/03/2021.

LEGENDA - Subsolo: 1 – Salão modulado 2 – Salas Moduladas 3 – Foyer

4 – Cozinha 5 – Depósito 6 – Circulação de Serviço

7 - Doca de Carga e Descarga 8 - Rampa 81


Acesso de Veículos

Espaço dos Funconários

Acesso de Veículos G a r a g e m no Subsolo

Imagem 71 e Imagem 72: Hotel Unique - Térreo e Pavimento-Tipo. Disponível em: https:// revistaprojeto.com.br/ acervo/ruy-ohtake-hotelunique-01-10-2002/. Acesso em 22/03/2021.

LEGENDA - Térreo: 1 – Lobby 2 – Bar 3 – Acesso ao Hotel 82

4 – Acesso ao Centro de Eventos 5 – Elevador - Acesso Restaurantes 6 – Administração

7 - Maleiro 8 - Infra-estrutura 9 - Jardim de Pedras

10 - Rampa - Acesso Garagem


Parede curva do edifício dificulta a inserção de mobiliário A planta dos quartos é semelhante ao corte longitudinal

Corredor de forma orgânica com janelas

Apartamentos com piso que se curva para cima

LEGENDA - 6º Pavimento: 1 – Apartamentos tipo A 2 – Apartamentos tipo B 3 – Apartamentos tipo C 83


A planta dos quartos é semelhante ao corte longitudinal Apartamentos com piso que se curva para cima

Imagem 73: Hotel Unique - Corte Longitudinal. Disponível em: https:// revistaprojeto.com.br/ acervo/ruy-ohtake-hotelunique-01-10-2002/. Acesso em 22/03/2021. Imagem 74 a 77: Hotel Unique. Disponível em: https://www.nelsonkon. com.br/hotel-unique/. Acesso em 19/04/2021.

Garagem no Subsolo 84


Janelas Redondas e Pequenas Curvas do Corredor

Grandes Aberturas no térreo

Cobertura utilizada como área de lazer

85


Mapa 10: Localização do Hotel, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps 86


HOTEL EMILIANO

ARQUITETO: ARTHUR CASAS CIDADE: RIO DE JANEIRO - RJ ANO: 2017

87

1


Espaço para Lazer no pavimento superior do edifício, oposto do que ocorre no Hotel de Ouro Preto, de Niemeyer

88


Imagem 78: Hotel Emiliano. Disponível em: https://www.arthurcasas. com/pt/projetos/hotelemiliano-rio/. Acesso em 19/04/2021.

Espaço Segmentado

Imagem 79: Hotel Emiliano - Térreo. Disponível em: https:// www.archdaily.com.br/ b r /8 8 9 3 79 /e mi l i a n o rj-studio-arthur-casas. Acesso em 19/04/2021. 89


Diversos layouts de dormitórios e sanitários, cujas combinações tornam cada apartamento um espaço único no pavimento

Vazios nos dois extremos da planta

Pequeno espaço de refeições nos quartos

Imagens 80 e 81: Hotel Emiliano - Primeiro Pavimento e Pavimento Tipo. Disponível em: https://www.archdaily. com.br/br/889379/ emiliano-rj-studio-arthurcasas. Acesso em 19/04/2021.

Varanda em alguns apartamentos

90


Apartamentos maiores

91


Piscina na parte superior

Laje do edifício utilizada como espaço para lazer

Imagem 82: Hotel Emiliano - Planta - Cobertura. Disponível em: https://www. a r c h d a i l y. c o m . b r / b r/8 8937 9/e milia n orj-studio-arthur-casas. Acesso em 19/04/2021. Imagens 83 a 85: Hotel Emiliano - Planta - Cobertura. Disponível em: https:// www.archdaily.com.br/ b r/8 8937 9/e milia n orj-studio-arthur-casas. Acesso em 19/04/2021. 92


Elementos móveis em fibra de vidro releitura de muxarabi

Elemento vazado análogo ao da fachada

Espaços amplos porém bastante segmentados

93


H A B I TA Ç Ã O C O L E T I VA

A habitação coletiva, por seu caráter comunitário, e com grande relação de vizinhança, foi incluída no estudo de análise projetual. Aspectos como a inserção de comércio, espaços de lazer, espaços coletivos, institucionais e áreas de convivência no interior dos edifícios também foram levados em consideração para a escolha e análise detalhada das construções selecionadas. Os diferentes partidos tomados também foram analisados, como a adaptação ao entorno, a grande distinção do mesmo e criação de áreas de lazer internas às construções. As análises possibilitaram a criação de espaços com forte ligação com o conceito de comunidade e proximidade, proporcionando um produto agradável aos moradores do edifício tanto quanto aos do entorno. As referências, por seu caráter majoritariamente moderno, permitem aumentar o vocabulário vinculado aos relacionamentos dos edifícios com o entorno. Permitem, também, uma análise de inserções de edifícios, de caráter não-habitacional no entorno imediato ou no próprio edifício. As relações de vizinhança e de comunidade também são acentuadas em alguns projetos de Habitação Coletiva, o que pode relacionar-se diretamente com os projetos de Coliving. Os edifícios escolhidos para as análises projetuais nesta etapa foram, portanto, o Conjunto Residencial Prefeito Mendes de Morales, mais conhecido como Edifício Pedregulho, de Reidy, e o edifício Mirador, do grupo holandês MVRDV. 94


LEGENDA

Os m es utiliza mos picto g d dos p os para a ramas rojeto leitura foram s utiliza hoteleiros dos p cara edifíc cterização ara a ios de dos H Coletiv abitação a

USO:

CARACTERÍSTICAS: Hotel

Local Adensado

Edifício Vertical

Habitação de Interesse Social

Local Pouco Adensado

Edifício Horizontal

Habitação Coletiva

Terreno Acidentado

Edifício sobre Pilotis

Terreno Plano

Edifício sem Pilotis

Habitação Comunitária

95


Familistère

Edifício Esther

Edifício Japurá

Edifício Louveira

1860

1936

1945

1946

96


Edifício Pedregulho

Lakeshore Drive

Conjunto Residencial Governador Kubitschek

1947

1951

1951

Unitè D’Habitation

Imagem 86: Familistério de Guise. https:// www.familistere.com/ f r / d e c o u v r i r / r e g e n e rer-le-familistere-leprogramme-utopia/ leprogramme.utopia. Acesso em 22/03/2021

1952

Imagem 87: Edifício Esther. https://arquivo. a r q . b r / p r o j e t o s / e d i f i cio-esther. Acesso em 06/05/2021 Imagem 88: Edifício Japurá. https://arquivo. arq.br/projetos/ edificiojapura. Acesso em 06/05/2021 Imagem 89: Edifício Louveira. http://www. n e l s o n k o n . c o m . b r / e dificio-louveira/. Acesso em 22/03/2021 Imagem 90: Edifício Pedregulho. http:// arqguia.com/obra/ pedregulho/?lang=ptbr. Acesso em 22/03/2021. Imagem 91: Lakeshore Drive. Disponível em: https://www.archdaily. com/59487/adclassics- 860-880-lake-shoredrive-miesvan-der-rohe. Acesso em 06/05/2021 Imagem 92: Conj. Governado Kubitchek. Disponível em: https:// abreu.digital/revisitando -o-conjunto-governadork u b i t s c h e k - e d 0 1 / . Acesso em 06/05/2021 Imagem 93: Unitè D’Habitation. Disponível em: https://www.flickr. com/ photos/wojtekgurak/ albums/72157622746 946892. Acesso em 22/03/2021 97


Parque Guinle

Edifício Guaimbé

Nemausus

Mirador

1954

1962

1985

2005

98


Imagem 94: Parque Guinle. Disponível em: https://www.nelsonkon. com.br/parqueguinle/. Acesso em 06/05/2021 Imagem 95: Edifício Guaimbé. Disponível em: https://www.flickr. com/photos/27770240@ N04/2726290295/in/ photostream/. Acesso em 06/05/2021 Imagem 96: Nemausus. Disponível em: http:// www.jeannouvel.com/ en/projects/nemausus/. Acesso em 06/05/2021 Imagem 97: Mirador. Disponível em: https:// www.mvrdv.nl/ projects/135/mirador. Acesso em 06/05/2021. 99


Mapa 11: Localização da Habitação, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps. 100


PEDREGULHO(CONJ.

RESID. PREFEITO MENDES DE MORAES ARQUITETO: AFFONSO EDUARDO REIDY CIDADE: RIO DE JANEIRO - RJ ANO: 1947

1

101


A organicidade e os pilotis adaptam a construção à topografia

Permeabilidade

Inserções não identificadas em planta 102


Grande área permeável

Lazer - Esportes Prestação de Serviço Lazer Infantil Residencial Escola primária: 4 a 6 anos Escola: 0 a 3 anos de idade

Instituições para crianças de 0 a 6 anos ficam na escala da vizinhança Garantem o lazer dos moradores dos edifícios e dos moradores da vizinhança

Imagem 98: Edifício Pedregulho. Disponível em: http://www. l e o n a r d o fi n o tti .co m / projects/conjuntopedregulho/. Acesso em 19/04/2021. Imagem 99: Implantação Pedregulho. MARTINS, Clara Passaro. Dos espaços de apropriação- o Minhocão de São Cristóvão. Salvador, 2011.

A presença de um edifício comercial gera um interesse pela área que não é limitado à vizinhança 103


Serviço social e administração Acesso pelo corredor comunitário no terceiro pavimento

Quitinetes e 2 dormitórios

Duplex

Acesso às residências pelo corredor comunitário Quitinetes

Institucional Infantil no térreo da unidade

104


Alterna entre o corredor de acesso e residência Corredor interno (acesso), assim como na Unitè D’Habitation, garante movimento por ser o ponto de entrada do edifício

Pilotis Desníveis do Terreno

Imagens 100 e 101: Plantas e Corte Edifício Pedregulho. MARTINS, Clara Passaro. Dos espaços de apropriação- o Minhocão de São Cristóvão. Salvador, 2011. Imagem 102: Esquema Implantação Pedregulho. Disponível em: https:// infograficos.oglobo. globo.com/rio/saibamais-sobre-opedregulho. html. Acesso em 27/05/2021. 105


Imagem 103: Esquema Implantação Pedregulho. Disponível em: https:// infograficos.oglobo. globo.com/rio/saibamais-sobre-opedregulho. html. Acesso em 27/05/2021. Imagem 104: Edifício Pedregulho. Disponível em: http:// arqguia.com/obra/ pedregulho/?lang=ptbr. Acesso em 19/04/2021.

106


Entrada dos apartamentos duplex

Corredor interno

Entrada dos apartamentos duplex

Pilotis

1

107


Fechamento em cobogó nos corredores de acesso

Imagens 105 a 107: Edifício Pedregulho. Disponível em: http:// arqguia.com/obra/ pedregulho/?lang=ptbr. Acesso em 19/04/2021.

Organicidade, modularidade, aberturas horizontais que conectam o usuário ao entorno

108


Cobertura Cerâmica

Contrapontos às coberturas retilíneas dos edifícios residenciais

109


Mapa 12: Localização da Habitação, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps. 110


MIRADOR

ARQUITETO: GRUPO MVRDV, BLANCA LLEÓ FERNÁNDEZ CIDADE: MADRID - ESPANHA ANO: 2005

1

111


Diferentes tipos de aberturas

Espaço público na parte superior do edifício

Circulação em vermelho

112


Verticalização de uma ocupação de quadra comum na Espanha, tipo ensanche, com pátios internos

Circulação destacada com a cor vermelha

Imagem 108: Mirador. Disponível em: https://www.mvrdv.nl/ projects/135/mirador. Acesso em 19/05/2021.

Empilhamento de diversos grupos habitacionais criando uma vizinhança vertical

Imagens 109 e 110: Diagrama Mirador. Disponível em: https://www.mvrdv.nl/ projects/135/mirador. Acesso em 19/05/2021. 113


Uso de plantas padrão para formar a planta e, consequentemente, vizinhanças diferentes

Plantas de dois a quatro dormitórios, distribuídos em um ou dois pavimentos, seguindo uma modulação. O empilhamento destes módulos resulta em uma torre com vazios internos que criam vizinhanças 114

Vizinhança 1 Vizinhança 2 Vizinhança 3


Imagens 111 a 120: Plantas Mirador. Disponível em: https:// arquitecturaviva.com/ works/edificio-miradormadrid-10. Acesso em 19/05/2021.

Vizinhança 1 Vizinhança 2 115


Imagens 121 a 123: Mirador. Disponível em: https://www.mvrdv.nl/ projects/135/mirador. Acesso em 19/05/2021.

Circulação destacada com a cor vermelha

Vão intermediário utilizado como mirante

Vazios internos utilizados para criar espaços de vizinhança

Espaços de convivência

116

1


Ênfase aos elementos de circulação

Não procura criar uma mímese com o entorno, mas destacar-se em relação a ele

A verticalização do edifício aumenta o espaço livre do térreo

Destaca com a utilização dos diferentes tons de cinza cada vizinhança diferente

117


COLIVING As análises de habitações tipo Coliving limitaramse a dois exemplos. Por tratar-se de uma tipologia de construção que, apesar de ter origem na habitação coletiva, é relativamente nova, as referências para este tipo de construção são escassas. Algumas das referências encontradas, apesar de interessantes e de, por vezes, se tratarem de intervenções em pre-existências, não possuíam material significativo para uma análise mais afundo. As referências escolhidas, portanto, limitaram às poucas com material suficiente e de fácil acesso, e foram fundamentais para a compreensão do funcionamento interno de um Coliving, e de como este edifício relaciona-se com o entorno. Pode-se enfatizar, nas pesquisas realizadas, a utilização do mobiliário como elemento definidor de espaços, a existência de banheiros sem separação por gênero, e a utilização de meios pavimentos para um melhor proveito da iluminação natural e dos pés direitos das residências.

118


LEGENDA

Os m esm utiliza os pictogr amas dos p le a foram ituras ante ra as rio re anális tomados pres e s edifíc básicas ara as ios tip o Coli dos ving

USO:

CARACTERÍSTICAS: Hotel

Local Adensado

Edifício Vertical

Habitação de Interesse Social

Local Pouco Adensado

Edifício Horizontal

Habitação Coletiva

Terreno Acidentado

Edifício sobre Pilotis

Terreno Plano

Edifício sem Pilotis

Habitação Comunitária

119


LT Josai 2011

Salva46 Coliving 2014

Tokyo Gasshuku-jo 2017

The Student Hotel Campus 1944

Imagem 124: LT Josai. Disponível em: https:// www.narukuma.com/ ltjosai/. Acesso em 12/05/2021 Imagem 125: Salva46 Coliving. Disponível em: https://mielarquitectos. com/project/pisosalva46/. Acesso em 12/05/2021

htt sw _re

Imagem 126: Tokyo Gasshuku-jo. Disponível em: https://www. archdaily.com/954684/ tokyo-gasshukujo-ta-plusa?ad_ source=search&ad_ medium=search_result_ projects Acesso em 12/05/2021 Imagem 127: The Student Hotel campus. Disponível em: https:// w w w. a r c h d a i l y. com/892071/ thestudent-hotel-campusmarina-barcelonamas quespacio?ad_ source=search&ad_ medium=se arch_result_ projects. Acesso em 12/05/2021 120


Zeze Osaka Coliving

Treehouse Coliving Apartments

Tetuan Coliving

NIU Coliving

2018

2018

2019

2020

Imagem 128: https:// w w w. a r c h d a i l y. com/894437/zezeosakaswing? ad_ source=search&ad_ m e d i u m = s e a r c h _result_projects. Acesso em 12/05/2021 Imagem 129: https://www. archdaily.com/932735/ treehouse-apartmentbuilding-bodaa?ad_ source=search&ad_ medium=search_result_ projects. Acesso em 12/05/2021 Imagem 130: https:// w w w. a r c h d a i l y. com/930394/tetuancoliving-ch-plusqsarquitectos?ad_ source=search&ad_ medum=search_result_ projects. Acesso em 12/05/2021 Imagem 131: https:// w w w. a r c h d a i l y. com/939081/niucolivingcraftarquitectos?ad_ source=search&ad_ medium=search_result_ projects. Acesso em 12/05/2021 121


Mapa 14: Localização da Habitação, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps. 122


LT J O S A I S H A R E D H O U S E

ARQUITETO: NARUSE INOKUMA ARCHITECTS CIDADE: NAGOYA - JAPÃO ANO: 2013

123


Meio nível

Acesso pelas escadas

Pé direito maior

124


Cozinha, sala de estar e sala de jantar são compartilhadas entre os ocupantes dos 13 dormitórios

planta - térreo

Banheiros comuns diminuem os espaços individuais subutilizados

espaço compartilhado

dorm. 1 cozinha

Maiores aberturas nas áreas comuns que nos dormitórios

sanitários jantar

dorm. 2

Imagem 132: LT Josai Shared House. Disponível em: https:// www.narukuma.com/ ltjosai/. Acesso em 19/05/2021.

entrada

estar 1

Dormitórios pequenos estimulam o maior uso dos espaços comuns

dorm. 3

dorm. 4

dorm. 5

Imagem 133: Planta Térreo - LT Josai Shared House. Disponível em: https://www. archdaily.com/497357/ lt-josai-naruseinokuma-architects?ad_ source=search&ad_ medium=search_result_ projectslt-josai.com. Acesso em 19/05/2021. 125


1o pavimento Pé direito duplo

Minimiza espaços individuais, maximiza espaços comuns

dorm. 12

dorm. 6

estar 2

dorm. 11

solário

Iluminação natural

Lavabo no primeiro pavimento

126

Sala de estar mais privativa


Uso da planta à meia altura dinamiza os ambientes

Uso da planta à meia altura dinamiza os ambientes e e permite pés direitos maiores em alguns espaços permite pés direitos maiores em alguns espaços

1.5o pavimento

cobertura 1

dorm. 13

Acesso pela escada

dorm. 7

dorm. 8

cobertura 2

dorm. 9

dorm. 10

Imagem 134 e 135: Planta 1º e 1.5º Pavimentos - LT Josai Shared House. Disponível em: https://www. archdaily.com/497357/ lt-josai-naruse-inokumaarchitects?ad_source =search&ad_medium= search_result_projectsltjosai.com. Acesso em 19/05/2021.

Acesso aos dormitórios a partir de escadas criando um espaço entre o comunitário (sala de estar) e o privado (dormitório) 127


Cobertura utilizada como espaço de lazer

corte a-a’

Acesso por escadas Imagem 136 a 139: Corte e Diagramas - LT Josai Shared House. Disponível em: https://www. archdaily.com/497357/ lt-josai-naruseinokuma-architects?ad_ source=search&ad_ medium=search_result_ projectslt-josai.com. Acesso em 19/05/2021.

Meios níveis cobertura 2

dorm. 7

dorm. 11

jantar

Imagem 140: LT Josai Shared House. Disponível em: https:// www.narukuma.com/ ltjosai/. Acesso em 19/05/2021.

entrada

dorm. 1

Espaços Privados 128

Espaços Comuns

Integração


Dinamicidade nas aberturas

Altura respeita o pé direito do entorno

Estacionamento de carros e de bicicletas

Azulejos

129


Imagem 141 a 144: LT Josai Shared House. Disponível em: https:// www.narukuma.com/ ltjosai/. Acesso em 19/05/2021.

Meio-pavimento

Espaço de estar no primeiro pavimento Maximização do espaço coletivo

Cores neutras nas paredes e no piso

130


Permeabilidade

Pé direito duplo

Utilização da escada como espaço de estadia, entre o comunitário e o privado

131


Mapa 15: Localização da Habitação, elaborado pela autora a partir do mapeamento aéreo disponível no Google Maps. 132


ZEZE OSAKA

ARQUITETOS: SWING CIDADE: OSAKA - JAPÃO ANO: 2018

1

133


Aberturas Pequenas e de Dimensões Diferentes

134

1


dormitório

dormitório

Banheiro coletivo sem divisão por gênero bho.

bho. dormitório

sanitário

entrada

O espaço de estar também funciona para a alimentação

cozinha

estar

Uma só cozinha e sala de estar atendem aos oito quartos

Imagem 145: Zeze Osaka. Disponível em: https://swing-k.net/works/ zeze-osaka. Acesso em 19/05/2021. Imagem 146: Planta Térrea - Zeze Osaka. Disponível em: https:// swing-k.net/works/ zeze-osaka. Acesso em 19/05/2021.

135


Lavabo no primeiro pavimento

dormitório

dormitório

dormitório

Lavabo no primeiro pavimento

estar/biblioteca dormitório

136

dormitório


Plantas de dois a quatro dormitórios, distribuídos em um ou dois pavimentos, seguindo uma modulação. O empilhamento destes módulos resulta em uma torre com vazios internos que criam vizinhanças.

Laje do edifício utilizada como espaço de lazer

terraço - laje

Imagens 147 e 148: Segundo Pavimento e Cobertura - Zeze Osaka. Disponível em: https:// swing-k.net/works/ zeze-osaka. Acesso em 19/05/2021. 137


As paredes do sanitário não o separam por completo do espaço de convivência

terraço - laje

dorm.

dorm.

estar - biblioteca

dorm.

138

bho.

sanitário

estar

Uso de mobiliário como guarda-corpo


Acesso à laje por escadas

terraço - laje

Pé direito maior no térreo, uso de um meiopavimento para a inserção da biblioteca

dorm.

terraço - laje

dorm.

estar biblioteca

cozinha

estar

entrada

dorm.

Imagens 149 a 151: Cortes 1 a 3 - Zeze Osaka. Disponível em: https://swing-k.net/works/ zeze-osaka. Acesso em 19/05/2021. 139


Cores sóbrias e neutras no revestimento, piso e mobiliário

A abertura funciona como um assento improvisado e garante a integração entre os ambientes

Mesa de estudos utilizada como guarda-corpo

140


Não existe divisão completa por parede entre o lavatório e a cozinha (integração)

Pontos de transparência na fachada integram o exterior e o interior do edifício. Uma pequena marquise funciona como espaço de acolhimento

Imagens 152 a 154: Zeze Osaka. Disponível em: https://swing-k.net/works/ zeze-osaka. Acesso em 19/05/2021. 141


TA B E L A C O M PA R AT I VA Como forma de categorizar todas as leituras projetuais com maior facilidade, uma tabela comparativa foi criada. Esta permite uma visualização simultânea e sintética dos projetos selecionados e possui, como intuito, a facilitação da análise dos principais pontos dos mesmos, possibilitando uma visão geral sobre os edifícios utilizados como referência na elaboração da proposta.

Edifício

Relação com Implantação Materialidade Controle de o Entorno Acessos

Cobertura

Tipologia de Alimentação Dormitórios

Grande Hotel de Ouro Preto

Harmonia

Topografia

Concreto

Não

Sem Uso

Única

Coletiva Restaurante

Hotel Tijuco

Harmonia

Topografia

Concreto

Não

Sem Uso

Única

Coletiva Restaurante

Hotel Unique

Desarmonia

Vista

Concreto

Sim

Lazer (piscina)

Múltipla

Individual (quartos)

Hotel Emiliano

Desarmonia

Vista

Concreto

Sim

Lazer (piscina)

Múltipla

Individual (quartos)

Pedregulho

Harmonia

Topografia

Concreto

Não

Sem Uso

Múltipla

Individual (núcleos)

Mirador

Harmonia

Vista

Alvenaria Convencional

Sim

Lazer

Múltipla

Individual (núcleos)

LT Josai

Harmonia

Otimização do Lote

Concreto

Não

Lazer

Única

Coletiva no Núcleo

Zeze Osaka

Harmonia

Otimização do Lote

Concreto

Sim

Lazer

Única

Coletiva no Núcleo

142


143


144


CAPÍTULO 6

ESTUDO PRELIMINAR Com base nos estudos projetuais anteriores, foi possível criar um programa de necessidades selecionando os aspectos mais pertinentes em cada tipologia de edifício. Este, por vez, serviu como base para a criação de um organograma, que define os espaços públicos (abertos à vizinhança ou de uso de todos os moradores) e privados (exclusivos aos funcionários, moradores permanentes ou temporários). Uma tabela foi criada, com base na desenvolvida por Carlos Nelson Ferreira dos Santos, em A Cidade como um Jogo de Cartas, como forma de compreensão das melhores relações de proximidade dos usos propostos.

as imagens obtidas durante as visitas ao mesmo e o que foi observado via Google Street View não condizia, em alguns aspectos, àquilo observado em planta. Desta forma, uma reavaliação da planta e sua modificação, procurando obter um resultado coerente com as poucas imagens internas existentes. O resultado foi uma planta que, apesar de tomar como referência os trabalhos de Marcelo Carlucci e de Camila Nunes Ferreira, toma em conta também os aspectos observáveis através de imagens próprias e do pouco que pôde ser visto a partir das visitas ao edifício.

A partir do organograma e da tabela, a elaboração de fluxos foi feita, possibilitando a exclusão de alguns dos espaços redundantes e uma melhor delimitação de onde seria inserido cada uso. Uma compatibilização da proposta com a preexistência foi feita para maximizar espaços reutilizáveis e minimizar demolições, impedindo a ocorrência de fachadismo. Esta foi demonstrada por meio de diagramas, que dividem as áreas comuns de uso da cidade, comuns dos moradores, habitações permanentes e temporárias, espaço para funcionários e estacionamento. Estes diagramas foram elaborados para a melhor compreensão e visualização do espaço de forma tridimensional. É necessário ressaltar a dificuldade para a obtenção de plantas que condissessem com o edifício construído: apesar de a situação de pandemia (além dos proprietários em si) impedir uma visita ao interior do hotel, 145


PROGRAMAPROGRAMA DE NECESSIDADES DE NECESSIDADES O Programa de Necessidades lista todos os ambientes de interesse relacionados às leituras projetuais. É, em sua essência, uma lista dos pricipais pontos de todos os projetos, criando um sumário do que seria o programa de necessidades a ser empregado no Hotel. Pode-se observar diversas repetições, como são os casos dos banhos, dormitórios e espaços de lazer e trabalho. Sua repetição neste ponto do projeto é proposital, e servirá como base para as tabelas de Usos e de Proximidades.

HOTEL Dormitório Banho Administração Estar Cozinha Despensa Lavanderia Hall de Entrada Salas de Reunião Leitura/Trabalho Restaurante Vestiário Piscina

146

HABITAÇÃO COLETIVA

COLIVING

Estar Dormitórios Alimentação Banho Trabalho/Estudo Lavanderia Creche Comércio Hall de Entrada

Dormitórios Cozinha Lavanderia Estudo/Leitura Banho Hall de Entrada Alimentação Estar Depósito

OUTROS USOS Cinema ao Ar Livre Horta Coletiva Marcenaria Depósito de Ferramentas Eventos ao Ar Livre


TABELA DE USOS Tomando como base o programa de necessidades, uma tabela de usos foi criada, como forma de organização e de distinção dos usos (hotel, habitação coletiva, coliving e outros) e do grau de coletividade (individual para moradores, individual para funcionários, coletivo dos moradores e coletivo da cidade). A distinção serve para a criação de espaços distintos dentro do mesmo edifício, desassociando o espaço total e os usos pretendidos.

Individual - Morador temporário ou permanente

Hotel

Habitação Coletiva

Coliving

Outros

Dormitório Banho

Estar Dormitórios Alimentação Banho Trabalho/Estudo

Individual Funcionários

Coletivo cidade

Coletivo moradores

Vestiário Banho Administração Estar Cozinha Despensa Lavanderia

Hall de Entrada Salas de Reunião

Leitura/Trabalho Restaurante Vestiário Piscina Playground

Comércio

Lavanderia Hall de Entrada

Cozinha Lavanderia Estudo/Leitura Banho Hall de Entrada Alimentação Estar Depósito

Dormitórios

Cinema ao Ar Livre Horta Coletiva Marcenaria Depósito de Ferramentas Eventos ao Ar Livre 147


TABELA DE TABELA DE PROXIMIDADES

PROXIMIDADES

O Programa de Necessidades lista todos os ambientes de interesse relacionados às leituras projetuais. É, em sua essência, uma lista dos pricipais pontos de todos os projetos, criando um sumário do que seria o programa de necessidades a ser empregado no Hotel. Pode-se observar diversas repetições, como são os casos dos banhos, dormitórios e espaços de lazer e trabalho. Sua repetição neste ponto do projeto é proposital, e servirá como base para as tabelas de Usos e de Proximidades.

Dormitórios Sanitários Hall de Entrada Leitura/Trabalho/Estudo Restaurante Administração Descanso Cozinha Depósitos Lavanderia Estar Academia Vestiário Piscina Playground Comércio Cinema ao Ar Livre Horta Comunitária Jogos

Deve Estar Próximo Pode Estar Próximo Seria Bom se Estivesse Próximo

148

Baseado no diagrama de Carlos Nelson F. dos Santos em Cidade para um Jogo de Cartas

Baseado no diagrama de Carlos Nelson F. dos Santos em Cidade como um Jogo de Cartas


DIAGRAMAS Utilizados com o propósito de melhor compreensão da preexistência de forma tridimensional, os diagramas servem também como uma fácil demonstração de conceitos e ideias presentes no projeto, e como a distribuição de todos os espaços dentro da preexistência ocorreu. A imagem abaixo mostra o edifício de forma integral, sem explosão. Apesar de sintética, a imagem não permite a compreensão da complexidade dos níveis dos

pavimentos existentes no edifício. Uma melhor compreensão desta complexidade pode ser obtida através da explosão do edifício, e posterior alteração das cores do diagrama para que seja possível a observação dos usos existentes até o encerramento das atividades no Hotel, no ano de 1994.

149


150

A edificação explodida permite uma compreensão melhor da complexidade dos pavimentos do edifício.


O uso original do edifício limitava-se ao Hotel (indicado como Privado - Habitantes Temporários), espaços para funcionários (cozinha, dependências, lavanderia, depósito, entre outros) e o píblico, dedicado à cidade (restaurante, espaço de recepção). A circulação e o estacionamento também podem ser destacados no edifício. Tomando como partido os espaços a serem inseridos, listados a partir das leituras projetuais, a distinção de sete grupos principais pode ser feita: o primeiro é o espaço privado para habitantes permanentes. Este conta com as habitações particulares dos usuários que habitarão o edifício em um caráter permanente, em oposição ao que ocorrerá na parte dedicada ao hotel. O segundo grupo, de espaços privados para habitantes temporários, consiste nos hóspedes do hotel, que o habitarão com menos permanência, utilizando o edifício com menor frequência. de

O espaço privado funcionários inclui

administração, cozinha, vestiário, espaços de descanso e lazer dos mesmos. O espaço público dedicado aos moradores pode ser definido por lavanderia, PRIVADObiblioteca, - HABITANTES TEMPORÁRIOS coworking, salas de reunião e sala de aula, despensas, sala PRIVADO - FUNCIONÁRIOS de ofícios e refeitório. Apesar de não ser necessariamente PÚBLICO - CIDADE exclusivo aos moradores permanentes, espera-se que o uso por parte destes seja maior, criando uma necessidade de CIRCULAÇÃO proximidade entre o espaço e os moradores permanentes. ESTACIONAMENTO

PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS PRIVADO - FUNCIONÁRIOS PÚBLICO - CIDADE CIRCULAÇÃO ESTACIONAMENTO 151


O

O quinto grupo é o de espaços públicos voltados à cidade. São o restaurante, a área de jogos, cinema ao ar livre, espaço de feira e espaço de alimentação coletivo. Devido ao seu caráter, mais voltado ao consumo e a eventos não permanentes, como o cinema ao ar livre, espera-se que os espaços sejam marcados pela utilização por parte dos moradores da vizinhança e dos habitantes do hotel. O sexto e o sétimo grupos são auto-explicatórios, nominalmente o estacionamento e a circulação. O destaque, em relação a estes, encontra-se no primeiro: a grande utilização de bicicletas por parte dos estudantes, notada durante a pesquisa realizada com os moradores de repúblicas do Jardim Recreio, foi levada em consideração PRIVADO - HABITANTES PERMANENTES para a inserção de um bicicletário no espaço.

O estabelecimento dos sete grupos permitiu o início da divisão de espaços: os pavimentos inferiores foram destinados aos usos coletivos, facilitando o acesso externo ao edificio e aumentando sua permeabilidade. Aos pavimentos superiores, mais reservados, ficou destinado o uso habitacional. Os espaços intermediários, de ligação, são caracterizados pela circulação e pelo uso privado dos funcionários (espaços de ligação entre o público - ligado à cidade, que requer serviços alimentícios e de limpeza - e o de habitação - manutenção dos domritórios, especialmente os de caráter temporário).

PROXIMIDADE ENTRE OS USOS

PÚBLICO - CIDADE PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS

PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS

CIRCULAÇÃO

PAVIMENTOS SUPERIORES

PRIVADO - HABITANTES PERMANENTES

INTERMEDIÁRIO

CIRCULAÇÃO PRIVADO - FUNCIONÁRIOS

PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS

PRIVADO - FUNCIONÁRIOS

PROXIMIDADE ENTRE OS USOS

PÚBLICO - MORADORES PRIVADO - HABITANTES PERMANENTES ESTACIONAMENTO

INTERMEDIÁRIO

PÚBLICO - MORADORES

CIRCULAÇÃO PRIVADO - FUNCIONÁRIOS

PÚBLICO - CIDADE ESTACIONAMENTO

PÚBLICO - MORADORES

PAVIMENTOS INFERIORES

PÚBLICO - CIDADE ESTACIONAMENTO

152

Com a divisão de pavimentos estabelecida, foram criadas relações de proximidade entre os usos públicos e privados. Estabeleceu-se uma proximidade entre os usos voltados à cidade e à ocupação temporária: espaços de lazer, de jogos, de compras e consumo seriam utilizados com maior frequência pelos moradores temporários que pelos permanentes.


Utilizando-se desta mesma lógica, os espaços públicos voltados aos moradores aproximaram-se, em uso, aos moradores que possuem caráter permanente. O mesmo ocorreu em relação ao estacionamento: moradores permanentes precisariam de acesso aos automóveis com maior frequência que os moradores temporários, como forma de realizar suas tarefas diárias.

PÚBLICO - CIDADE PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS

CIRCULAÇÃO PRIVADO - FUNCIONÁRIOS PÚBLICO - MORADORES PRIVADO - HABITANTES PERMANENTES ESTACIONAMENTO

PRIVADO - HABITANTES PERMANENTES PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS

PRIVADO - HABITANTES PERMANENTES PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS PRIVADO - FUNCIONÁRIOS

CIRCULAÇÃO

PÚBLICO - MORADORES

PRIVADO - FUNCIONÁRIOS PÚBLICO - CIDADE CIRCULAÇÃO PÚBLICO - MORADORES PÚBLICO - CIDADE ESTACIONAMENTO

ESTACIONAMENTO 153


TES TEMPORÁRIOS

Circulação e espaço privado de funcionários permaneceram em seu espaço intermediário. O resultado foi a separação do edifício por usos, ao invés da utilização de barreiras concretas. Tal disposição de usos teve como intuito a não alteração da volumetria do edifício e a não demolição drástica de elementos internos (evitando assim a criação de fachadismos).

NÁRIOS

ORES

TES PERMANENTES

BITANTES PERMANENTES PRIVADO - HABITANTES PERMANENTES

BITANTES TEMPORÁRIOS

PRIVADO - HABITANTES TEMPORÁRIOS PRIVADO - FUNCIONÁRIOS PÚBLICO - MORADORES

NCIONÁRIOS PÚBLICO - CIDADE CIRCULAÇÃO ESTACIONAMENTO

RADORES

ADE

NTO

154


155


Imagens 155 a 159: Fotos da Maquete Conceitual elaborada para o projeto. Arquivo da autora.

156


CAPÍTULO 7

ANTEPROJETO: COLIVING UMUARAMA A reabilitação do Hotel Umuarama Recreio é pensada não somente como a reativação do edifício, fechado desde 1994, mas também a revitalização do entorno, criando um espaço de atração não exclusivo aos moradores, mas também à vizinhança e à cidade. Tendo como cerne os conceitos de permeabilidade, transparência e transpasse, o edifício adquiriu um aspecto público, com aspectos como comércio, restaurante, espaço de jogos e feira voltados também ao exterior.

*

O termo reabilitação indica uma intervenção inerentemente menos agressiva. A opção por este tipo de intervenção (ao invés de restauro ou retrofit) dá-se devido à necessidade de alteração de uso do espaço de forma delicada e pontual, impedindo a ocorrência de fachadismos, ou mesmo que os elementos significativos do edifício sejam alterados em prol de sua modernização. É uma tentativa de recuperação do local, de sua reinserção não só econômica, mas principalmente social, em seu entorno urbano. Pode ser definida como o “’processo para adaptar uma construção a um novo uso ou função, sem alterar as partes da construção que são significativas para o seu valor histórico” (Icomos, 2003).

Pova deste intuito é a maquete coneitual, realizada para o projeto. Com as ideias de permeabilidade e transparência em mente, foi criado um espaço onde interno e externo se confundem, se misturam. A ênfase é dada para o elemento vazado presente na fachada, elemento central para a ideia de permeabilidade preexistente no edifício. A maquete, feita em acetato e adesivo transparente, assim como o texto que a define, criam uma síntese do conceito que segue até o projeto final.

157


DIAGRAMA DEMOLIÇÃO Com o intuito de criar uma forma de vidualização que permitisse ao leitor a compreensão da complexidade do esquema de meios-níveis existente na planta, um diagrama foi feito, marcando, em vermelho, os espaços a construir, em amarelo, os a demolir, e em branco os que permaneceram iguais. Isto possibilita a fácil visualização de algo que será confirmado na planta: as alterações foram pontuais, procurando, em sua maioria, criar espaços que poderiam ser ocupados por grupos maiores de pessoas, sem alterar o edifício de forma significativa, causando fachadismos.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL

A CONSTRUIR PISCINAS A DEMOLIR

A MANTER ÁREA PAVIMENTADA 158

VIAS



PLANTA LOCAÇÃO O edifício é inserido de forma central no terreno, que tem sua maior parte permeável. O desnível, de sete metros do começo ao fim do lote, é vencido pela construção e pelos seus elementos, por uma série de meios-níveis e pelas arquibancadas na parte externa do edifício. Desta forma, apesar de ser inserido em um terreno com um desnível considerável, o mesmo não é sentido por quem vê a construção externamente. O entorno é constituído por três avenidas: a das Sibipirunas, a das Seringueiras (que seguem o esquema de nome presente na maior parte do bairro: o de nomes de espécies de árvores) e a Avenida Cândido Pereira Lima. O edifício se insere em frente a três áreas verdes de significante arborização, que funcionam quase que como uma extensão do mesmo, extendendo o caráter permeável do edifício também ao entorno. Pode-se notar na planta a existência de coberturas não identificadas, cuja observação foi impossível de ser feita. A impossibilidade de acesso ao edifício comprometeu parcialmente alguns aspectos do trabalho, que incluem, porém não se limitam, à planta de cobertura.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS COBERTURA ENTORNO COBERT. IDENTIFICADA COBERT. NÃO IDENTIFICADA PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

160


10 20 35

O

PÇ. M . ANDR AD

PR AÇ AM AR I

50

E

DE AN DR AD E

ÊS IP

5 Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox.: 10%

S DO

0

SERIN GUEIR AS Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox.: 10%

IP ÊS

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox.: 30%

RUA DO S IP

Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox.: 10%

Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox.: 10%

A RU

AV. DA S

AS N U IR IP B SI

PLANTA LOCAÇÃO SIB IP IR UN AS

to en % 0 cim 1 ro x.: Fib pro A ura o ert açã ob n C cli In

DO S

AV .D AS

AS .D AV

RU A

RUA IPÊS S DO ÊS

N

BRASIL U A P RUA

Cobertura Não Identificada

Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox.: 10%

Cobertura Não Identificada

Cobertura Não Identificada

IRA LIMA E R E P DIDO AV. CÂN

PRAÇ A MAR IO DE ANDR ADE

O PE D I ÂND C . AV LI A R I RE IPÊS DOS RUA

MA

R. UM BÚ


PLANTA DEMOLIÇÃO TÉRREO Como indicam os diagramas, o edifício foi pensado como uma divisão de usos entre públicos e íntimos, voltados para a cidade ou para os habitantes permanentes. Com este ponto em mente, as alterações feitas no térreo buscam a criação de espaços mais amplos, onde a ocupação por um número maior de pessoas seja mais fácil. Uma das adições posteriores, o anexo térreo foi inteiramente removido. De acordo com Freitas (2012, p.125), tal tipo de intervenção no patrimônio é definida como uma transmutação, um melhoramento do edifício, e é marcado pela inserção de anexos. É uma das alterações mais comuns em edifícios patrimoniais, mas destaca-se por seu uso no patrimônio moderno, cujas dificuldades de restauro têm, como fonte, a ambiguidade da palavra “moderno”, em especial entre os arquitetos, e a ruptura (e consequente isolamento) que o Movimento Moderno possui em relação aos demais movimentos arquitetônicos (FREITAS, 2012, p. 121). As inserções incluem a de paredes específicas para a sustentação de um elevador, mostrando a assessibilidade como um elemento central do projeto.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

A CONSTRUIR A DEMOLIR A MANTER

162


N 2,80

PLANTA PAV. 0 0

5

10

20


PLANTA DEMOLIÇÃO PAVIMENTO +3 As demolições do pavimento +3 encontram-se majoritariamente na parte habitacional do edifício. Com o intuito de criar habitações maiores, que possam abrigar mais de uma pessoa por dormitório, o programa procura atender estudantes com filhos, parceiros ou mesmo os que preferem dividir a habitação com um amigo. É possível observar a intervenção moderada, que busca, acima de tudo, a não descaracterização do edifício original. As inserções caracterizam-se pela criação de um anteparo para os sanitários e de um espaço no qual será inserido o elevador, de modo a permitir a assessibilidade total do edifício.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

A CONSTRUIR A DEMOLIR A MANTER 164


N

PLANTA PAV. +3 0

5

10

20


PLANTA DEMOLIÇÃO PAVIMENTO +4,5 A observação dos espaços a construir do pavimento em questão permite a visualização de todos os elevadores inseridos, que por vez garantem que todos os pavimentos sejam assessíveis por portadores de necessidades especiais. Outra inserção marcante é a criação de dois cômodos na parte central do edifício. Estes têm como intuitoa criação de uma cozinha e um depósito de alimentos que servirão o restaurante.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

A CONSTRUIR A DEMOLIR A MANTER 166


N

PLANTA PAV. +4,5 0

5

10

20


PLANTA DEMOLIÇÃO PAVIMENTO +6 O Pavimento +6 é marcante pela demolição parcial de outro anexo para sua transformação em um ambiente de uso mais frequente. A demolição preserva, porém, a estrutura do espaço, possibilitando uma fácil transformação do mesmo em um ambiente cuja principal característica é a transparência e permeabilidade, criando um diálogo com o restante do edifício. A divisão de um quarto de hotel, transofrmando-o em dois, também pode ser destacado.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

A CONSTRUIR A DEMOLIR A MANTER 168


N

PLANTA PAV. +6 0

5

10

20


PLANTA DEMOLIÇÃO PAVIMENTO +7,5 O Pavimento +7,5 possui poucas alterações em relação às prévias. A conservação do edifício em seu estado original foi considerada desde o início do projeto. A intenção, além da não-criação de falsos históricos (espaços adiciionados posteriormente que se confundem com o original, como pode ser visto no restauro de tantos edifícios), foi a de impossibilitar a criação de um edifício fachadista (patrimônio cujo interior foi completamente alterado, fazendo com que apenas a fachada original permanecesse, como é o caso de diversos edifícios na rua General Osório, em Ribeirão Preto).

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

A CONSTRUIR A DEMOLIR A MANTER 170


N

PLANTA PAV. +7,5 0

5

10

20


PLANTA DEMOLIÇÃO PAVIMENTO +9 Outro testemunho à preferência pelas poucas alterações no edifício, o Pavimento +9 conta apenas com as inserções de elevadores. Foi possível notar, durante a produção do material, uma série de inconsistências nas plantas utilizadas como referência para a criação do material apresentado. Alguns dos erros mais grosseiros, como mudança nas paredes anexas às escadas, foram alterados, porém algumas mudanças acarretariam em alterações dramáticas no edifício, criando a necessidade de alteração em diversos pavimentos e mesmo no edifício inteiro. A falta de informações relacionadas ao edifício foi marcante especialmente na hora de criação da planta de cobertura: diversos pontos da mesma geraram dúvidas quanto à materialidade e à inclinação da mesma. A diferença entre o memorial do edifício (que apontava telhas de eternit, com amianto) e o que pôde ser observado através de imagens aéreas e fotos (telha cerâmica) também traz dúvidas quanto a originalidade da mesma. Aponta-se a necessidade de medição do edifício utilizando métodos mais atuais (trena a laser, medição das diagonais dos espaços internos, entre tantos outros) para a criação de uma planta acurada, a partir da qual a criação de um projeto com menos falhas como as descritas pode ser feita. Nota-se, também, a impossibilidade de entrada no edifício, assim como o pouco material relacionado ao mesmo existente e de fácil acesso.

172


N

PLANTA PAV. +9 0

5

10

20


DIAGRAMA AMBIENTES O diagrama a seguir procura demonstrar a separação por pavimentos do edifício, assim como a inserção, no mesmo, dos usos propostos durante o desenvolvimento do estudo preliminar.

174


Pavimento +9 Hab. temporária (HT) Funcionários

Pavimento +7,5 Sala Reunião Padaria Administração

Pavimento +6 Hab. Permanente (HP) Hab. Temporária (HT) Funcionários

Pavimento +4,5 Varanda Entrada Jogos Restaurante Área de Alimentação Academia

Pavimento +3 Hab. Permanente (HP) Refeitório Feira Funcionários Piscinas

Pavimento 0 Lavanderia Biblioteca Salas de Aula/Reunião Sala de Ofícios Coworking Estacionamento


DIAGRAMA USOS Para melhor compreensão do que foi anteriormente demonstrado, assim como reforçar a ideia de divisão do edifício em relação aos usos coletivo (cidade e moradores) e privado (habitação temporária e permanente), o diagrama volumétrico foi refeito com as alterações já demonstradas em planta.

176


Privado - Hab. Permanente (HP) Privado - Hab. Temporária (HT) Privado - Funcionários Público - Moradores Público - Cidade Estacionamento


PAVIMENTO 0 O Pavimento 0 é o principal local de concentração de espaços em comum. Entre lavanderia coletiva, sala de ofícios, biblioteca, coworking, salas de reunião e salas de aula, o pavimento possui locais dedicados ao lazer, trabalho e serviços, que atendem primariamente aos moradores das habitações de caráter permanente. A opção por tornar estes espaços comunitários surge a partir da ideia da minimização do espaço de morar, fazendo com que outros ambientes (o de lavagem de roupas, o de criação, o do trabalho que pode ser realizado de casa) precisem de seu espaço próprio. Desta forma, ao invés de todos os moradores possuírem uma máquina de lavar e uma secadora, mobiliário não usado com frequência e que ocupa considerável espaço, o edifício o provém, em menor quantidade, para uso comunitário. A externalização de ambientes de trabalho surge como resposta para a situação do mercado atual. Movimento antigo, porém acentuado com o início da pandemia, o ato de trabalhar remotamente implica, muitas vezes, no isolamento do trabalhador dentro de seu espaço de morar. A criação de uma área de Coworking permite a existência de espaços específicos para o ato de trabalhar sem o isolamento social do trabalhador, possibilitnado a criação de espaços em comum, de troca, cooperação, cumplicidade entre pessoas que trabalham em diferentes áreas. A assessibilidade é garantida por meio do elevador, que liga toda a parte de habitação de caráter permanente ao espaço comunitário voltado a estes moradores.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

178


B

E3

9,90

8,90

12,55

8,90

19,40

6,80

22,63

12,10

Biblioteca

Coworking

A:88,05m²

A:107,70m²

0,00

Sala de Ofícios

0,00

N

A:65,50m² 0,00

A

Bh.

Depósito

A:8,55m²

A:8,40m²

0,00

A

0,00

Circulação Estacionamento

Lavanderia

A:368,00m²

A:36,75m²

A:14,60m² 0,00

0,00 2,80

3,05

2,95

Sala Reunião

Sala Reunião

A:21,15m²

A:21,15m²

0,00

2,00

Circulação A:71,15m² 0,00

A:17,60m²

A:16,70m²

0,00

2,30

Sala Aula

Depósito 0,00

0,00

1,20

2,20

Bh.

Bh.

A:13,20m²

A:15,00m²

0,00

Sala Reunião

Sala Reunião

A:13,20m²

A:15,70m²

0,00

1,60

0,00

Elev. A:3,00m²

2,45 3,49

Bh. A:5,45m² 4,50 2,24

0,85

1,00

Bh. A:5,55m²

2,25 4,50

1,00

1,25

2,24

2,85

0,85

-0,05

0,00

1,20

Depós. Lixo A:6,15m²

4,40

4,40

4,40

4,40

3,85

4,00

3,00

3,40

3,00

3,90

2,50

4,40

4,00 3,95

4,40

4,00

6,89

8,85

6,89

0,00

4,15

2,45

Circulação A:9,05m² 0,00

Depós. A:12,60m² 3,40

+0,40

E2

E4

3,70

PLANTA PAV. 0 0

5

10

20 E1


PAVIMENTO +3 O Pavimento +3 consiste nas primeiras habitações de caráter permanente. A principal modificação realizada neste pavimento foi a demolição de paredes para a criação de habitações destinadas a casais ou a mais de uma pessoa coabitando o mesmo dormitório. Esta união teve como motivador a ciência da existência de alunos que iniciam ou terminam a carreira acadêmica como casais, assim como alunos que possuem filhos ou mesmo alunos que preferem coabitar o mesmo ambiente. A espaços para casais foram dedicadas 25% das moradias de caráter permanente, mesmo percentual no qual se inseriu a habitação com duas camas de solteiro. Apesar de os dados do IBGE indicarem que a quantidade dos brasileiros entre 15 e 34 anos (idade aproximada dos estudantes) casada é baixa, a realidade do país, em especial entre os estudantes, indica que um número crescente de jovens opta pela união sem o matrimônio. Além disso, a criação de dormitórios para casais não implica necessariamente na ocupação pelos mesmos. O pavimento +3 possui, também, o refeitório, aberto a todos os moradores permanentes do edifício, como uma forma de socializar e tornar a refeição um elemento comunitário na vida dos estudantes, a feira livre, e o primeiro espaço para funcionários.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO

180


7,45

B

E3

3,00

2,55

1,30

1,15

1,35

1,20

1,45

1,45

1,45

1,45

1,45

1,45

1,45 4,40

1,35

41,36 8,90

4,40

1,60

1,45

9,80 4,00

8,25

4,40

1,35

6,75

6,75

1,35

4,40

6,75

4,00

4,40

4,00

6,75

8,35 4,40

4,40

4,40

4,00 1,35

4,00

1,35

1,35

6,75

6,75

4,40

4,40

8,15

4,40

4,00

1,35

1,35

4,40

4,40

6,75

4,00

4,00

1,35

1,35

4,00

6,75

4,00

6,75

4,30

5,16

1,35

12,00

HP - B A:32,30m² *Ver Folha 197

HP - B

HP - B

A:32,30m²

A:32,30m²

+3,00

+3,00

HP - B

HP - B

A:32,30m²

A:32,30m²

+3,00

+3,00

HP - C A:65,95m² *Ver Folha 199

+3,00

+3,00

HP - B

HP - B

HP - B

HP - B

A:32,30m²

A:32,30m²

A:32,30m²

A:32,30m²

+3,00

+3,00

+3,00

HP - D A:65,95m² *Ver Folha 201

+3,00

Refeitório

Feira

A:116,40m²

A:396,10m²

+3,00

+3,00

N

+3,00

2,55

4,24

4,80

+3,00

Estudo A:23,65m²

HP - E

+3,00

5,90 4,15

5,90

2,30

3,15

2,35

2,31

0,55 2,31

A

2,35

2,20

2,20

HP - A A:55,00m² *Ver Folha 195

2,30

2,75 2,75 2,20

2,31 2,20

2,30

2,20

2,30

2,75 2,75

2,35

2,30

2,20

2,20

2,30

0,45 2,75

2,20

2,75 2,75 2,20

2,30

2,20

2,30

A

2,75 2,75 2,20

3,05

2,75 2,75

4,80

8,85

Estudo A:148,90²

A:53,60m² *Ver Folha 203

4,80

4,80

+3,00

Circulação 2,35

2,00

+3,00

2,30

0,45

0,90

2,55 2,75

HP - B

HP - B

HP - B

HP - D

HP - B

HP - B

HP - C

A:32,30m²

A:32,30m²

A:32,30m²

A:65,95m²

A:32,30m²

A:32,30m²

A:65,95m²

+3,00

+3,00

+3,00

+3,00

+3,00

HP - F

+3,00

Elev. A:3,00m²

1,20

+3,00

Lixo A:6,15m²

A:53,60m² *Ver Folha 205

4,00

4,00

4,00

4,00

4,00

8,15

4,00

4,00

8,45

Funcionários A:92,10m² +3,00

2,61

4,92

2,45

2,45

10,05

4,30

4,40

4,40

4,40

1,35

6,75

6,75

1,35

4,40

4,40

1,35

4,40 1,35

4,40

1,35

6,75

1,35

6,75

1,35

4,40

1,35

4,40

7,45

6,75

5,00

5,85

5,00

3,00

7,00

+3,00

1,35

2,20

2,45 2,45

2,20

2,20 2,30

1,10

2,75 2,75

2,30

1,20

2,75 2,75

2,30

2,20

2,20

2,30

2,35

2,30

1,21

2,70

2,95

2,20

2,20

2,20

A:67,25m² 2,30

E2

E4

8,80

PLANTA PAV. +3 0

5

10

20 E1


PAVIMENTO +4,5 O Pavimento +4,5 possui grande concentração de espaços públicos voltados aos moradores temporários. São espaços de compra e consumo de alimentos (restaurante e área de alimentação, esta funcionando como uma feira gastronômica), área de jogos, espaço de estar na entrada do edifício e a varanda frontal. Suprido por dois elevadores, o espaço garante acessibilidade aos pavimentos superiores. Uma academia foi inserida onde antes era o espaço de churrasco, e as piscinas adulta e infantil foram mantidas, para a criação de mais espaços de lazer no edifício.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO 182


B

E3

N A

53 2, 65 2,

Elev. A:3,00m²

Elev. A:3,00m² 11,10

14,45

F

Depós. Lixo

F

F

65 2,

48 2,

F

Academia A:133,80m²

7, 80

A

11 ,0 0

Academia A:133,80m²

Refrig.

A:6,15m²

A:7,35m²

80 7,

F

65 2,

+4,50

F

Academia A:133,80m²

F

Despensa A:26,40m²

4,70

1,14

+4,50

Academia A:133,80m²

Cozinha A:19,30m²

1,10 1,10

3,40

+4,50 3,95

1,62 1,62

4,40

Área de Alimentação

Vestiários A:14,95m²

4,90

Academia A:133,80m²

A:174,50m²

+4,50

+4,50

55 2,

A:6,15m² +4,50

F

F

F

F

4,40

19,50

3,55

15,05

1,40

E4

+4,50

Circ. 1,40

Circ. A:33,35m²

Restaurante A:242,00m² +4,50

Elev. 5 ,6 13

Entrada

Área de Jogos

A:208,40m²

A:240,60m²

+4,50

24,51

E2

8,66

+4,50

Bh. A:15,20m² +4,50

Varanda A:58,65m²

Elev.

+4,50

A:3,00m²

PLANTA PAV. +4,5 0

5

10

20 E1

18,55

10,00

24,45

7,65

24,20

4,30

+4,50 13,65

4,05 12,95

Bh. A:14,95m²

2,71

5, 15

A:3,00m²

50 2,


PAVIMENTO +6 O Pavimento +6 apresenta o restante das habitações de caráter permanente e as primeiras habitações de caráter temporário. As alterações voltadas à união de dois dormitórios de habitação permanente foram feitas novamente, como forma de acomodar um público mais heterogêneo. Quanto às habitações temporárias, a alteração na planta serviu somente para criar uma divisão entre a Habitação Temporária A e a Habitação Temporária B, antes formada por apenas um ambiente. Esta pode ser vista em mais detalhes na planta de demolição.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO 184


HP - B

HP - B

HP - B

HP - D

HP - B

HP - B

HP - B

HP - B

HP - C

A:32,30m²

A:32,30m²

A:65,95m²

A:32,30m²

A:32,30m²

A:32,30m²

A:32,30m²

A:65,95m²

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

HT - B

HT - C

A:81,35m² *Ver Folha 209

A:32,40m² *Ver Folha 211

+6,00

+6,00

4,00

4,00

8,35

8,15 8,35

4,00

8,35

4,00

8,35

4,00 8,35

8,35

HT - A A:48,70m² *Ver Folha 207 +6,00

4,00

8,35

4,00

8,35

11,25

8,35

HP - B A:32,30m² +6,00

11,25

4,00

HP - B +6,00

7,45

8,25

4,00

A:32,30m²

A:32,30m²

4,40

8,35

4,00 8,35

8,35

8,35

4,00

8,35

4,00

8,15

8,35

4,00 8,35

4,00

4,00

8,35

8,35

4,00

8,35

4,00

8,35

5,90 9,54

B

E3

HT - D A:32,40m² *Ver Folha 213 +6,00

HT - C

HT - D

HT - C

HT - D

HT - C

HT - D

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

+6,00

N

+6,00

HT - E A:68,10m² *Ver Folha 215 +6,00

A

A

HP - A A:55,00m²

Circ.

+6,00

A:91,95m²

Estudo

+6,00

A:23,65m²

HP - E A:53,60m² +6,00

Elev. A:3,00m²

Elev. A:3,00m²

HP - B

HP - B

A:32,30m²

A:32,30m²

+6,00

HP - F

HP - B A:32,30m²

+6,00

HP - B

HP - C

A:32,30m²

A:65,95m²

+6,00

+6,00

HP - B

HP - D

A:32,30m²

A:65,95m²

+6,00

+6,00

+6,00

FG

Circ. A:144,00m²

A:53,60m² +6,00

+6,00

Depós. Lixo A:6,15m²

Funcionários A:92,10m²

4,00

8,35

4,00

8,35

8,15

8,35

4,00

8,35

4,00

8,35

4,00

8,35

8,15

8,35

7,45

5,90

8,45

E4

9,46

G.

E2

Elev. A:3,00m²

PLANTA PAV. +6 0

5

10

20 E1


PAVIMENTO +7,5 O Pavimento +7,5 apresenta apenas o espaço de administração, localizado na parte superior de um mezanino, uma padaria, resquício da área de alimentação presente no pavimento +4,5, e uma sala de reunião. Os três espaços possuem assessibilidade garantida devido à presença de elevadores, dimensionados segundo as exigências da ABNT para Portadores de Necessidades Especiais.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO 186


B

E3

N A

A

Elev. A:3,00m²

Elev. A:3,00m²

11,10

4,40

Lixo A:6,15m²

Padaria A:43,05m²

1,35

+7,50

5,33

Circulação

E4

A:7,40m² +7,50

4,14

Administração A:74,35m²

Elev. A:3,00m²

+7,50

E2

19,53

Reunião A:56,65m²

4,15

+7,50

13,65

PLANTA PAV. +7,5 0

5

10

20 E1


PAVIMENTO +9 O pavimento superior, inserido no nível +9, apresenta somente o restante das habitações de caráter temporário, além de um espaço de funcionários, que serve parcialmente para a manutenção daquele. O acesso pode ser feito, também, através de um elevador, garantindo que todos os espaços da construção possuam assessibilidade aos Portadores de Necessidade Especial, sem necessidade de grandes alterações volumétricas para a inserção dos mesmos.

LEGENDA: ÁREA PERMEÁVEL PISCINAS ÁREA PAVIMENTADA VIAS PROJEÇÃO PAVIMENTO SUPERIOR PROJ. VEGETAÇÃO PORTE ALTO 188


HT - F

HT - F

HT - F

A:42,20m² +9,00 *Ver Folha 217

A:42,20m²

A:42,20m²

6,75

1,31

4,00 6,75

4,40

4,40

6,75

6,75

8,15 1,31

4,00

1,31

1,31

3,78

4,40

4,40

1,31 6,75

6,75

1,31 4,40

4,40

1,31 6,75

6,75

4,40

4,40

4,00

HT - D

HT - C

HT - D

HT - C

HT - D

HT - C

HT - D

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

A:32,40m²

2,30

2,31

N

4,00

HT - E A:68,10m² +9,00

A

2,00

2,31

2,75 FG

2,30

2,75

+9,00

2,20

2,31

2,75

+9,00

2,20

2,30

2,75

+9,00

2,20

2,31

2,75

+9,00

2,20

2,25

2,75

+9,00

2,20

2,28

2,75

+9,00

2,20

2,25

2,71

+9,00

3,95 2,65

HT - C

2,20

2,20

2,65 2,20

2,77

2,20

2,39

A

4,00

A:32,40m² +9,00

2,73

4,00

+9,00

2,20

+9,00

4,00

1,31

4,00

6,75

8,25

4,00 1,31

2,90 5,90

2,90 8,25

5,90

3,83

8,25

3,94

5,90

3,94 2,90

B

E3

Circulação

2,00

A:92,05m² +9,00

1,25

5,55 5,80

3,50

Elev. A:3,00m² 1,85

Funcionários A:92,10m²

6,37

+9,00

E2

E4

7,63

PLANTA PAV. +9 0

5

10

20 E1


CORTE A

190


Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox: 10%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

1,30

Cobertura Cerâmica Inclinação Aprox: 30%

Bh. HT F

HT - F

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

HT - C

Bh. HT C

Shaft

Bh. HT D

HT - D

+9,00

HT - E

HT - E

Bh. HP A

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP B

HP - B

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP B

HP - B

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP D

HP - D

Shaft

Bh. HP B

HP - B

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP B

HP - B

Bh. HP A

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP B

HP - B

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP B

HP - B

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP C

HP - C

Shaft

Bh. HP B

HP - B

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP B

HP - B

Bh.

S. Ofícios

HP - B

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP C

Bh. HP B

Shaft

Bh. HP D

HP - C

Shaft

Bh. HT A

Shaft

Bh. Refeitório

HT A

HT B

Shaft Bh. HT B

+6,00

HT - E

HT - E

1,50

2,80

+6,00

3,00

Shaft

2,80

Bh. HT F

3,00

HT - F

2,80

11,50

HP - A

3,00

HT - F

2,80

3,00

Bh. HT F

3,00

2,50

2,80

Platibanda

3,00

+3,00

0,00

CORTE A 0

5

10

20

HP - B

2,90

HP - A

Estacionamento

Sala de Ofícios

Depósito

Circulação

Biblioteca

Coworking

HP - D

Refeitório

Feira

+3,00


CORTE B

192


Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox: 10% Platibanda

Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox: 10% Platibanda

3,00

2,80

1,50

1,30

Cobertura Fibrocimento Inclinação Aprox: 10%

Varanda HT D

+6,00

HT - D

Bho. HT D

5,80

Circulação

+4,50 2,80

3,00

Cobertura Não Identificada

2,80

3,00

10,30

+9,00

Bh. Feira

+3,00

Anteparo

Feira

Circulação

Área de Alimentação

Iluminação

CORTE B 0

5

10

20

Área de Jogos


ELEVAÇÃO 1

194


ELEVAÇÃO E1 0

5

10

20


ELEVAÇÃO 2

196


ELEVAÇÃO E2 0

5

10

20


ELEVAÇÃO 3

198


ELEVAÇÃO E3 0

5

10

20


ELEVAÇÃO 4

200


ELEVAÇÃO E4 0

5

10

20


DETALHAMENTOS - HP - A A Habitação Permanente A possui como público chave alguém que prefira dividir a habitação ou um pai solteiro com filho. A habitação, com espaço para duas camas de solteiro, conta também com cozinha ampla separada, sendo indicada para alguém que aprecie o ato de cozinhar.

ESCALA GRÁFICA 0 202

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


Varanda

5,16

5,16

A: 6,95m² 2,98

Dorm.

A: 22,20m² 3,00

1,35

4,30 0,95

0,85

3,20

A: 16,40m² +3,00

Bho

2,20

4,24

Cozinha

3,20

1,60

A: 6,40m² +2,98

5,90

PLANTA LAYOUT

PLANTA DETALHAMENTO ESCALA GRÁFICA 0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HP - B A Habitação Permanente B destina-se aos moradores solteiros, que optam pela não divisão do dormitório com outros moradores. É a habitação de menor dimensão, pensada para suprir os atos mais básicos necessários. Para lazer e outras atividades, os habitantes possuem todo o espaço externo à residência. O ato de morar em si é reduzido ao mínimo, e as possibilidades de lazer e trabalho tomam um caráter comunitário, incentivando uma convivência de caráter mais social.

ESCALA GRÁFICA 0 204

0,5m

1m

2m

ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


1,35

Varanda

5,16

A: 5,40m² 2,98

Dorm.

2,75

0,90 2,30

PLANTA LAYOUT

0,90

2,20

Bho

A: 5,05m² +2,98

1,20

0,70

6,75

4,40

A: 20,25m² 3,00

PLANTA DETALHAMENTO ESCALA GRÁFICA 0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HP - C A Habitação Permanente C tem como público pessoas que preferem compartilhar o dormitório, possuindo ou não relação de parentesco entre as pessoas. O espaço permite também o ato de receber, devido à presença de uma sala e de uma cozinha mais amplas. É um dos dormitórios formados pela união de dois quartos do antigo hotel. A parede hidráulica do antigo banheiro é aproveitada para a inserção do espaço hidráulico da cozinha.

ESCALA GRÁFICA 0 206

0,5m

1m

2m

ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


1,35

Varanda

A: 11,00m² 2,98

8,15

4,35

0,70

2,30

2,35

2,30

Coz.

A: 11,25m² 3,00

2,04

3,05

1,20 0,90

0,45

0,90

2,20

Bho

A: 5,05m² +2,98

4,40

Estar

A: 16,70m² 3,00

2,35

4,40

Dorm.

A: 19,20m² 3,00

2,75

PLANTA LAYOUT

3,80

4,80

PLANTA DETALHAMENTO ESCALA GRÁFICA 0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HP - D A Habitação Permanente D possui as mesmas características da HP - C, porém conta com uma cama de casal, sendo este o público alvo desta tipologia. Pode-se destacar a varanda como um possível espaço de lazer ou estar, funcionando como uma extensão da sala.

ESCALA GRÁFICA 0 208

0,5m

1m

2m

ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


8,25

4,45

4,40

Dorm.

Estar

A: 19,60m² 3,00

2,30

3,05

2,35

Coz.

A: 11,25m² 3,00

2,05

0,90 2,30

0,55

0,70

A: 5,05m² +2,98

A: 16,70m² 3,00

0,90

2,20

Bho

1,20

2,75

PLANTA LAYOUT

3,80

2,35

1,35

Varanda

A: 11,10m² 2,98

4,80

PLANTA DETALHAMENTO ESCALA GRÁFICA 0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HP - E A Habitação Permanente D possui as mesmas características da HP - A, porém, assim como a HP - C, possui um layout pensado na ocupação por casais. A varanda como extensão do espaço de dormir pode ser ressaltada, assim como a grande quantidade de armários na cozinha, quando comparada às demais habitações.

ESCALA GRÁFICA 0 210

0,5m

1m

2m

ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


2,95

0,95

Dorm.

Varanda

A: 21,55m² 3,00

1,35

4,30

5,00

5,00

PLANTA LAYOUT

0,90

Bho.

A: 6,15m² 2,98 1,60

3,20

A: 6,75m² 2,98

0,95

0,85

A: 16,15m² 3,00

2,10

Cozinha

3,10

4,15

2,70 1,50

1,05

5,90

PLANTA DETALHAMENTO ESCALA GRÁFICA 0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HP - F A Habitação tipo F também possui como característica a habitação pensada em casais. Os espaços de estudos, de lazer, de preparo de alimentos e de descanso são amplos, porém a cozinha apresenta-se de forma compacta.

ESCALA GRÁFICA 0 212

0,5m

1m

2m

ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


0,90

0,85

2,70

Bho.

A: 5,90m² 2,98

1,10

2,85

0,90

0,90

0,90

1,95

1,80

2,75

5,85

0,70

2,95

1,90

7,45

2,90

Cozinha

Dorm.

A: 29,80m² 3,00

4,00 2,98

Varanda A: 5,40m²

4,00

PLANTA LAYOUT

1,35

5,00

3,00

A: 15,12m² 3,00

4,00

PLANTA DETALHAMENTO ESCALA GRÁFICA 0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HT - A A Habitação Temporária tipo A é voltada a casais, possuindo também a opção de utilização de um sofá-cama com o intuito de duplicar a quantidade de usuários.

Conta também com uma pequena cozinha e espaço para leitura ou trabalho.

ESCALA GRÁFICA 0 214

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


Varanda

1,20

A:5,30m² +5,98

9,80

7,45

4,40

Dorm.

A:34,95m²

2,20

3,35

Bho.

A:6,60m² +5,98

3,00

PLANTA LAYOUT

0,70

+6,00

0,90

PLANTA DETALHAMENTO

ESCALA GRÁFICA 0m

0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HT - B A Habitação Temporária tipo B possui camas suficientes para até quatro pessoas. Estantes e guarda-roupas dividem o espaço do dormitório e o de estar, e uma cozinha também está presente no dormitório.

ESCALA GRÁFICA 0 216

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


1,20

2,20

Varanda

A:16,40m²

3,40 0,70

+5,98

1,78

7,45

Dorm.

8,80

9,80

6,45

3,85

A:54,95m² +6,00

Bho.

A:7,60m² +5,98

2,95

PLANTA LAYOUT

2,20

2,35

4,50

PLANTA DETALHAMENTO

3,45 ESCALA GRÁFICA 0m

0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HT - C A Habitação Temporária tipo C possui grande similaridade com as Habitações Permanentes, diferenciando-se na presença de camas de casal, ao invés das camas de solteiro e da não inserção da cozinha completa, optando-se, devido ao caráter temporário do espaço, apenas por um frigobar.

ESCALA GRÁFICA 0 218

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


Varanda 1,35

A:5,40m² +5,98

4,00

4,40 4,40

Dorm.

A:20,15m²

2,75

Bho.

A:7,60m² +5,98

1,10

PLANTA LAYOUT

0,90

0,90

2,20

3,05 1,20

0,70

6,75

+6,00

2,30

PLANTA DETALHAMENTO

ESCALA GRÁFICA 0m

0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HT - D A Habitação Temporária tipo D é destinada a duas pessoas que prefiram não compartilhar uma cama. Similar à Habitação Temporária B, esta também não possui cozinha, devido ao caráter temporário de seus habitantes.

ESCALA GRÁFICA 0 220

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


Varanda 1,35

1,35

A:5,40m² +5,98

4,00

4,40 4,40

Dorm.

A:20,15m²

Bho.

+5,98

0,90 2,30

PLANTA LAYOUT

0,90

2,20

A:7,60m²

3,05

2,75

1,20

0,70

6,75

+6,00

1,10

PLANTA DETALHAMENTO

ESCALA GRÁFICA 0m

0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HT - E A Habitação Temporária tipo E possui uma dimensão maior. Possui uma cozinha e dois espaços de descanso, separados entre si por paredes preexistentes. A planta apresenta também um grande espaço de varanda, que pode ser utilizado pelos moradores temporários como um espaço de descanso e lazer.

ESCALA GRÁFICA 0 222

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


Varanda

1,35

1,35

A:11,00m² +5,98

8,15

2,60

4,00

Bho.

A:10,45m² +5,98

6,75 4,00

+6,00

6,75

Dorm. 1

A:27,00m²

Cozinha

A:15,95m² +6,00

4,00

4,00

+6,00

2,00

Dorm. 2

A:11,10m²

5,55

PLANTA LAYOUT

PLANTA DETALHAMENTO

ESCALA GRÁFICA 0m

0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - HT - F A última tipologia de habitação, o layout da tipologia F possibilita a criação de uma varanda em maior tamanho, na qual é inserida uma mesa e um sofá. O layout possibilita a inserção de uma cama de casal, guarda-roupas em abundância e a existência de um espaço separado para a cozinha.

ESCALA GRÁFICA 0 224

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


2,90

3,95

2,75

Varanda A:10,80m²

5,90

+8,98

Dorm.

A:25,60m²

2,75

Bho.

A:4,95m²

+8,98

1,00

PLANTA LAYOUT

0,90

0,90

2,20

3,05 1,20

0,70

8,25

5,90

+9,00

2,25

PLANTA DETALHAMENTO

ESCALA GRÁFICA 0m

0,50m

1,00m

2,00m

3,00m

4,00m


DETALHAMENTOS - LAVANDERIA O espaço é pensado para o uso coletivo, dispensando, assim, a necessidade de cada um dos módulos residenciais possuírem a própria máquina de lavar. É uma das formas de coletivização dos espaços utilizada no projeto. Os detalhamentos em planta incluem parte do estacionamento, como forma de identificação, ao menos parcial, das dimensões do espaço entre os pilotis.

ESCALA GRÁFICA 0 226

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


Estacionamento

Lavanderia A:36,75m²

8,85

4,50

2,24

A:368,00m²

4,15

PLANTA LAYOUT

Lavanderia A:36,75m²

3,65

4,50

8,85

2,24

2,48

A:368,00m²

1,88

Estacionamento

PLANTA DETALHAMENTO

3,85

3,80

3,59

4,15

0m

1,00m

2,00m

5,00m


DETALHAMENTOS - FEIRA O espaço é pensado para que os próprios moradores possuam um espaço para compras perto de suas casas e para que possam vender seus produtos (assim como, em universidades, muitas pessoas deixam caixinhas com doces e salgados à venda).

ESCALA GRÁFICA 0 228

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


1,45

1,45

1,30

1,15

1,35

1,20

1,45

2,55

1,45

1,45

3,00

1,20

1,45

1,60

1,35

1,45

1,45

1,15

1,45

1,30

1,45

2,55

1,45

1,45

3,00

1,45

1,60

1,45

4,00

8,90

41,36

Feira A:396,10m² +3,00

1,45

4,00

25,00

4,75

1,60

1,60

16,35

1,45

PLANTA LAYOUT

4,25

8,90

8,90

9,15

Feira A:396,10m² +3,00

38,67

2,69

41,35

PLANTA DETALHAMENTO 0m

1,00m

2,00m

5,00m


DETALHAMENTOS - ENTRADA O Hall de entrada pode funcionar, também, como espaço para reuniões de caráter informal entre os alunos. Destaca-se a relação com o espaço externo, acentuado pelas grandes aberturas.

ESCALA GRÁFICA 0 230

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


15,05

4,40

Elev. A:3,00m²

Entrada A:208,40m²

8,66

+4,50

Bh. A:15,20m² +4,50

Varanda A:58,65m²

Elev.

+4,50

A:3,00m²

4,30

+4,50

7,65

4,05 12,95

Bh. A:14,95m² 13,65

PLANTA LAYOUT 15,05

4,40

1,50

6,73

Elev. A:3,00m²

0,63

2,60

2,65

1,50

8,80

3,35

3,55

1,40

Entrada 6,05

+4,50

13,90

2,70

Varanda Elev. A:3,00m²

A:58,65m²

7,90

4,30

6,00

A:208,40m²

+4,50

0m

PLANTA DETALHAMENTO

1,00m

2,00m

5,00m


DETALHAMENTOS - RESTAURANTE

Destaque para o pé direito duplo. A marquise externa possui pé direito simples, criando um espaço de observação.

GSPublisherVersion 0.0.100.100

ESCALA GRÁFICA 0 232

0,5m

1m

2m ESCALA GRÁFICA 0

0,5m

1m

2m


A:242,00m²

24,20

+4,50

10,00

+4,50

10,00

24,45

Restaurante

A:242,00m²

24,20

Restaurante

2,71 0m

PLANTA LAYOUT

PLANTA DETALHAMENTO

1,00m

2,00m

5,00m


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CAPÍTULO 8 REFERÊNCIAS TEXTUAIS: BASTOS, Maria Alice Junqueira; ZEIN, Ruth Verde. Brasil: Arquiteturas após 1950. Rio de Janeiro: Perspectiva, 2019. 432 p. CAPÍTULO: Identidade Nacional: Mudanças nos Paradigmas Arquitetônicos nos Anos de 1950 BRUAND, Yves. Arquitetura contemporânea no Brasil. Rio de Janeiro - RJ: Perspectiva, 2010. 400 p. FERREIRA, Fernando Gobbo. Residências em Ribeirão Preto (1955 a 1980): discussão sobre uma produção moderna através de uma perspectiva urbana. Orientador: Artur Simões Rozestraten. 2017. 415 p. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2017. FREITAS, Pedro Murilo Gonçalves de. O desenho e o reconhecimento do objeto histórico: os princípios metodológicos do projeto de restauro arquitetônico. 2012. 223 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo, Campinas, SP. Disponível em: <http:// www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/258590>. Acesso em: 21 ago. 2018. ICOMOS (2003), Recomendações para a Análise, Conservação e Restauro Estrutural do Património Arquitectónico, Victoria Falls, Zimbabue 2003.

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