Seminário Cidade Natureza URB 3 ARQ e URB UFSC

Page 1

INTEGRAÇÃO CIDADE-NATUREZA

Ana Luiza A. Zabotti Ana Luíza F. Cartana Guilherme Ruchaud Rafael Giaretta Vinícius Scofano

Universidade Federal de Santa Catarina Urbanismo e Paisagismo III Soraya Nór e Vanessa Pereira

2012.1


INTEGRAÇÃO CIDADE-NATUREZA

Fonte: http://www.mundotri.com.br

Vista para a Praia do Botafogo, Rio de Janeiro


INTEGRAÇÃO CIDADE-NATUREZA

Fonte: http://www.grucad.ufsc.br

Lagoa da Conceição, Florianópolis


ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE - Segundo o código florestal de 1965 (lei 4771/65) são consideradas áreas de preservação permanente qualquer “área, coberta ou não por vegetação nativa, com a função ambiental de preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica, a biodiversidade, o fluxo gênico de fauna e flora, proteger o solo e assegurar o bem-estar das populações humanas.“

São incluídas nestas áreas: - topos de morros e linhas de cumeada; - encostas com declividade igual ou superior a 46,6%; - manguezais e suas áreas de estabilização; - dunas móveis, fixas e semifixas; - mananciais, desde as nascentes até as áreas de captação d`água para abastecimento; - faixa marginal de 33m ao longo dos cursos d’água com influência da maré, e de 30 nos demais; - faixa marginal de 30m ao longo das lagoas e reservatórios d’água situados na zona urbana, e de 50 a 100 m para os situados na zona rural. - fundos de vale e suas faixas sanitárias; - praias, costões, restingas em formação e ilhas; - áreas onde as condições geológicas desaconselham a ocupação; - Áreas dos parques florestais, reservas e estações ecológicas.


ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Fonte: http://painelflorestal.com.br


ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE

Fonte: http://painelflorestal.com.br


ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE As Áreas de Preservação Permanente (APP) são não edificáveis, ressalvados os usos públicos necessários, sendo nelas vedada a supressão da floresta e das demais formas de vegetação nativa, A exploração e a destruição de pedras, bem como o depósito de resíduos sólidos e qualquer forma de parcelamento do solo. - Nas dunas é vedada a circulação de qualquer tipo de veículo automotor, a alteração do relevo, a extração de areia, e a construção de muros e cercas de vedação de qualquer espécie. - Nos manguezais é proibido o corte da vegetação, a exploração dos recursos minerais, os aterros, a abertura de valas de drenagem, e o lançamento no solo e nas águas de efluentes líquidos poluentes. - Nos mananciais, nascentes, áreas de captação d`água, faixas sanitárias e faixas marginais dos corpos d`água, é proibida a supressão de vegetação de qualquer porte, o lançamento de qualquer efluente não tratado, o emprego de pesticidas, inseticidas e herbicidas, e a realização de cortes, aterros ou depósitos de resíduos sólidos. - Nas praias, dunas e mangues não é permitida a construção de rampas, muros ou cercas de vedação de qualquer espécie, bem como a extração de areias. - São proibidas as obras de defesa dos terrenos litorâneos contra a erosão provocada pelo mar, que possam acarretar diminuição da faixa de areia com a natureza da praia. - Sempre que houver necessidade de usos públicos em APP, o órgão responsável deverá compensar a área utilizada através da aquisição de área equivalente em outro local, destinando-a a APP ou AVL.


OCUPAÇÃO DE APP’S

Fonte: http://www.estadao.com.br

Fonte: http://www.estadao.com.br


OCUPAÇÃO DE APP’S

Fonte: http://sosriosdobrasil.blogspot.com


OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO • •

Problema estrutural, fundamentalmente habitacional; Locais de pouco risco podem se tornar de alto risco conforme a ação antrópica (movimentações de terra, arruamentos, impermeabilização do solo, remoção das coberturas verticais); Na maior parte são ilegais, mas há ocupações autorizadas (e até promovidas) pelo poder público.

Fonte: http://www.noticias.r7.com

Fonte: http://www.rc.unesp.br/igce/aplicada/ead/cartas


OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO

Fonte: http://www.skyscrapercity.com


Fonte: http://www.habitantesdoarroio.blogspot.com.br/2009/03/area-de-risco-geologico-ocupacao-urbana.html


OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO •

Prevenção de desastres: – – – – – – –

Evitar os cortes de taludes Tratamento correto do lixo Construção de calhas e canaletas Limpeza de canaletas, ralos e esgotos Reforço de muros e paredes Construir casas em níveis mais elevados que os dos cursos d’água Observar características da água

Fonte: http://www.luizprado.com.br/category/saneamento-basico/page/2


O NOVO CĂ“DIGO FLORESTAL

Fonte: http://www.luizprado.com.br/category/saneamento-basico/page/2


ALTERNATIVAS PARA AS ÁREAS DE RISCO •

“Casa não é quatro paredes e um teto, e pessoa não é uma coisa que você arranca de onde ela tem a vida, de onde ela tem um emprego, de onde os filhos estudam, de onde ela tá há cinquenta anos e enfia ela num lugar onde ela não tem nada a ver. O direito à moradia adequada inclui não apenas uma casa segura, num lugar seguro, mas que lugar? Com acesso ao quê? E em que condição para poder sobreviver com dignidade? Eu não estou dizendo que não deve remover, eu estou dizendo que deve ser respeitado o direito à moradia adequada durante as remoções.” (Raquel Rolnik)

Fonte: Lenzi, Cecília. Trabalho de Conclusão de Curso – Dpto. De Arquitetura e Urbanismo, UFSC. 2011.


ALTERNATIVAS PARA AS ÁREAS DE RISCO • Segundo o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos, a solução mais adequada ainda é a remoção, já que a viabilização geotécnica de áreas de risco ainda é muito difícil e não garante que as áreas voltem a ter risco posteriormente. • Remoção feita de maneira adequada, para locais próximos, centrais, que não faça com que os moradores acabem por voltar às áreas de risco

Fonte: Lenzi, Cecília. Trabalho de Conclusão de Curso – Dpto. De Arquitetura e Urbanismo, UFSC. 2011.


ALTERNATIVAS PARA AS ÁREAS DE RISCO •

Em de janeiro de 2011 residências da comunidade Papaquara, no norte da ilha, foram atingidas por enchentes e o local foi considerado inabitável pela Defesa Civil. A prefeitura optou pela demolição das moradias, com a intenção de evitar a reocupação da área de APP. As famílias receberam R$10 mil de indenização e um aluguel social no valor de R$ 400 durante seis meses. Devido ao valor baixo de indenização e ao péssimo planejamento da operação a população removida voltou a ocupar os arredores do rio Papaquara, comprando terrenos baratos e usando o aluguel social para comprar materiais de construção. A prefeitura não deu muita atenção para a população após a sua saída do colégio onde estavam alojados, apesar das promessas de fiscalização e revegetacao da área.


RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS -

Reabilitação: Retorno da função produtiva da área; É a recuperação de pelo menos algumas das funções do ambiente.

-

Recuperação: Local alterado é trabalhado de modo que as condições ambientais acabem se situando próximas às condições anteriores à intervenção; ou seja, trata-se de devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes.

-

Restauração: Reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes de serem alteradas pela intervenção. “A restauração ecológica passa pela restauração do ser humano.”

-

Revegetação: Uso de plantas pra proporcionar nova forma ou função a uma determinada área.


RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS -

Reabilitação: Retorno da função produtiva da área; É a recuperação de pelo menos algumas das funções do ambiente.

Bitar & Braga, 1995


RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS -

Recuperação: Local alterado é trabalhado de modo que as condições ambientais acabem se situando próximas às condições anteriores à intervenção; ou seja, trata-se de devolver ao local o equilíbrio e a estabilidade dos processos atuantes.

Bitar & Braga, 1995


RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS -

Restauração: Reprodução das condições exatas do local, tais como eram antes de serem alteradas pela intervenção. “A restauração ecológica passa pela restauração do ser humano.”

Bitar & Braga, 1995


RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS -

Revegetação: Uso de plantas pra proporcionar nova forma ou função a uma determinada área.

Bitar & Braga, 1995


REVEGETAÇÃO Uso de vegetação para proporcionar nova forma ou função a uma determinada área. Funções que uma revegetação pode ter nas recuperações de áreas degradadas: - Estabilidade de terrenos - Controle de erosão - Contenção de taludes - Criação de barreira acústica, eólica e de partículas em suspensão - Restabelecimento dos ciclos naturais - Filtração de chuva ácida - Proteção de mananciais - Contenção de invasão de terras - Aumento da capacidade de suporte da fauna no meio ambiente - Corredores ecológicos - Lazer - Mitigação da paisagem excessivamente urbanizada - Sequestro de carbono - Controle térmico


ARBORIZAÇÃO URBANA Tipos de áreas verdes: Áreas verdes públicas (ruas destinadas ao lazer ou que oportunizam ocasiões de encontro e convívio direto com a natureza); Áreas verdes privadas (remanescentes da vegetação nativa incorporados à malha urbana) Arborização de ruas e vias públicas: - Melhora e estabiliza o microclima - Reduz a poluição atmosférica, visual e sonora - Melhora a paisagem - Controla a erosão dos solos - Aumenta a infiltração de águas pluviais - Oferece espaços de convívio social e os valoriza - Melhora as condições de saúde física e mental da população


ARBORIZAÇÃO URBANA

Rua Gonçalo de Carvalho, Porto Alegre


RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Tese de Doutorado “Nature in Megacities - São Paulo/Brazil – A Case Study" de Jörg Spangenberg. Bauhaus-Universitat. Weimar, 2009.

Conforto ambiental é uma questão central na discussão da Sustentabilidade urbana e qualidade de vida.


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul

Cheonggyecheon, Seul


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul

Cheonggyecheon, Seul


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul

Cheonggyecheon, Seul


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul

Cheonggyecheon, Seul


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul

Cheonggyecheon, Seul


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul

Cheonggyecheon, Seul


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Fonte: http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul

Cheonggyecheon, Seul


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Projeto Paraisópolis .Fonte: MMBB Arquitetos


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Projeto Paraisópolis .Fonte: MMBB Arquitetos


REFERÊNCIAS DE ÁREAS RECUPERADAS

Projeto Paraisópolis .Fonte: MMBB Arquitetos


REFERÊNCIAS BITAR, O.Y. & BRAGA, T.O. O meio físico na recuperação de áreas degradadas. In: BITAR, O.Y. (Coord.). Curso de geologia aplicada ao meio ambiente. São Paulo: Associação Brasileira de Geologia de Engenharia (ABGE) e Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), 1995. cap. 4.2, p.165-179. FRANCO, Maria de Assunção Ribeiro. Desenho Ambiental: Uma Introdução à Arquitetura da Paisagem com o Paradigma Ecológico. São Paulo: Fapesp, 1997. 224 p. FRANCO, Maria de Assunção Ribeiro. Planejamento Ambiental para a Cidade Sustentável. 2. ed. Blumenau: Edifurb, 2001. 296 p. JAURÉGUI, Jorge Mário. @telier Metropolitano. Consulta disponível em http://www.jauregui.arq.br/ ROMERO, Marta Adriana Bustos. Reabilitação Ambiental Sustentável Arquitetônica e Urbanística. Brasília: Unb, 2009. 802 p. SPANGENBERG, Jorg. Nature In Megacities, São Paulo/ Brazil – A Case Study. Bauhaus, Weimar, 2009. Íntegra da tese em http://epub.uni-weimar.de/opus4/frontdoor/index/index/docId/1437 Website ARQUITETÔNICO. Uma Impressionante Renovação Urbana em Seul. Artigo publicado por Rafael F. Giaretta, 03/2011. http://www.arquitetonico.ufsc.br/uma-impressionante-renovacao-urbana-em-seul Website COLETIVO FLORESTA URBANA. Diversos artigos e publicações. http://www.floresta-urbana.org Website MMBB Arquitetos. Projeto Paraisópolis. http://www.mmbb.com.br Website UOL FOLHA. Revisão do Código Florestal pode legalizar área de risco e ampliar chance de tragédia. Publicado em 01/2011. http://www1.folha.uol.com.br/revisao-do-codigo-florestal.shtml


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.