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mencionadas neste romance

André Thevet (1502–1590): frade franciscano, explorador, cosmógrafo e escritor, escreveu As singularidades da França Antártica, publicado em 1557 e ilustrado com 41 xilogravuras. O livro, em grande parte, trata de suas experiências no Brasil do século xvi .

Bispo Sardinha (Pero Fernandes Sardinha, 1496–1556): foi o primeiro bispo da colônia brasileira e morreu em um ritual antropofágico, provavelmente nas mãos dos caetés.

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Coligny (Gaspard II de Coligny, 1519–1572): estadista e líder dos calvinistas franceses, assassinado em 1572 no massacre da Noite de São Bartolomeu. O forte erigido na Baía de Guanabara a mando de Villegagnon foi batizado como homenagem a Coligny.

Hans Staden (1525–1579): aventureiro mercenário alemão. Esteve duas vezes no Brasil colonial combatendo os navegadores franceses e seus aliados indígenas. Permaneceu nove meses refém dos temidos tupinambás. De volta à Alemanha, escreveu um livro que ficou conhecido como Duas viagens ao Brasil (embora tivesse como verdadeiro título História verdadeira e descrição de uma terra de selvagens, nus e cruéis comedores de seres humanos, situada no Novo Mundo da América, desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os dois últimos anos, visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a conheceu por experiência própria e agora a traz a público com essa impressão).

Henri ii , rei (1519–1559): entusiasmado caçador e amante dos torneios, foi casado com Catarina de Médici, com quem teve dez filhos e filhas. Tentou impedir a Reforma Protestante e repreendeu os huguenotes na França. Morreu prematuramente em um torneio de justa para celebrar a paz de Cateau-Cambrésis. O famoso cirurgião Ambroise Paré, especialista em monstruosidades, dentre outros temas, não foi capaz de curar-lhe a ferida infeccionada.

Isabel I de Castela , rainha (1451–1504): conhecida como “Isabel, a Católica”, essa proeminente mulher realizou vários feitos políticos, tanto positivos quanto lamentáveis, e apoiou incondicionalmente Cristóvão Colombo. Assinou, junto com o marido, o rei Fernando de Aragão, o Tratado de Tordesilhas (1494). Foi rainha de Castela e rainha-consorte de Aragão.

Le Testu (Guillaume Le Testu, 1509–1573): navegador, cartógrafo e corsário francês. É autor de cinquenta e seis mapas reunidos em uma obra denominada Cosmographie universelle selon les navigateurs, tant anciens que modernes, 1555–1556, ou seja, Cosmografia universal segundo os navegadores, tanto antigos quanto modernos, 1555-1556, na qual curiosamente inclui um continente austral “real”, ainda que ninguém o tivesse encontrado até então. Fez mapas bastante imprecisos, ilustrados com imagens de animais, plantas e povos “exóticos”, muitos dos quais imaginários.

Villegagnon (Nicolas Durand de Villegagnon, 1510–1571): oficial naval francês e vice-almirante da Bretanha. Foi um homem admirável. Grande humanista de seu tempo, mescla de aventureiro, empreendedor e cientista, movia-se por uma profunda ética. Sonhador, quis fundar uma França tropical no que são hoje as terras da cidade do Rio de Janeiro, mas fracassou.

da em que se passa o enredo: Jean, o grumete; Paskou, o cozinheiro; Grégoire, cronista e copista; Michel Le Gros, espécie de líder da tripulação; Gonzagues, o timoneiro; Jean-Cent-Hommes, bravo marujo com uma misteriosa tatuagem; Le Bon, um artista beberrão; Ron, marinheiro picado por uma cobra; María Del Mar, a louca catalã; Îagûanharõ, o índio tupinambá.

“Carioca” (Kariók ou Karióg) era o nome de uma aldeia tupinambá que havia aos pés do atual Outeiro da Glória, na cidade do Rio de Janeiro. Ela foi mencionada pelo francês Jean de Léry, que fazia parte da expedição de Villegagnon.

O nome “carioca” pode ter vindo do tupi kariîó (“índio carijó”) e oka (“casa”), ou seja, “casa de índio carijó”.

No século xvi , os tupinambás do entorno da Baía da Guanabara chamavam o homem português de akari (“cascudo”), porque suas armaduras se pareciam às escamas daquele peixe. Na região da atual Praia do Flamengo, na foz do rio Carioca, os portugueses da segunda expedição à Guanabara (1503–1504), sob a liderança de Gonçalo Coelho, construíram uma casa de pedra que os tamoios denominaram de akari oka, ou seja, “casa de homem branco”, uma espécie de feitoria desativada em 1516.

Há, entretanto, outras versões para a etimologia de “carioca”.

A tribo criada para a narrativa deste livro é uma homenagem àquela que existia no lugar em que atualmente está o bairro da Glória, na capital fluminense. $

Para nomes de tribos e etnias indígenas aqui citadas, a preferência para este romance foi o aportuguesamento com a escrita em iniciais minúsculas, reservando-se a grafia em maiúscula e sempre no singular para trabalhos científicos e acadêmicos.

Na narrativa, o ponto de vista é o de um personagem narrador francês e historicamente localizado, o que explica os termos e expressões que ele emprega, bem como seu entendimento do mundo.

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