Manifesto v2

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Por um SEPE de vitórias

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ELEIÇÕES: 30 de junho, 01 e 2 de julho de 2015

POR UM SEPE DE VITÓRIAS! “Oposição – por um SEPE de vitórias” é um movimento reconhecido pela categoria. Somos professores, funcionários e aposentados das redes públicas do Rio. Visitamos escolas em diversas regiões do estado. Atuamos nas assembleias, defendendo as reivindicações co dianas do chão da escola. Representamos nossos companheiros e companheiras nas negociações, arrancando audiências e procurando resolver os problemas concretos que afligem a categoria. Sabendo que uma educação pública, laica, de qualidade, humanista e libertadora está relacionada à transformação da sociedade, também ar culamos as nossas lutas àquelas desenvolvidas pelos trabalhadores, minorias e oprimidos. Para construir um SEPE de vitórias e reatar os laços de confiança entre a categoria e o seu sindicato, a diretoria precisa ser renovada. Uma renovação, sobretudo, de ideias e de atuação no dia a dia das escolas. Os profissionais da educação não se iden ficam com a maneira como a en dade é dirigida pelos grupos vencedores das úl mas eleições. Por que somos oposição? Essa maioria não apresenta polí ca para os enfrentamentos com os governos, banalizando as paralisações. Várias vezes é mida, ou faz uma defesa superficial da nossa pauta de reivindicações. A greve unificada da rede estadual e do município do Rio, em 2014, é um exemplo que não pode mais se repe r. O movimento foi subordinado a uma lógica equivocada: atos midiá cos ao invés de ações que abrissem negociações com o governo. Parte da direção se omi u ou foi a reboque de uma a tude extremista, sustentada pelo comando de greve, que defendia a sua con nuidade a qualquer preço, no recesso, apesar dos baixos índices de adesão. Também apoiaram o não comparecimento do sindicato ao STF. O resultado foi desastroso: deu armas para o ataque governamental com o respaldo da jus ça. Uma sangria que segue até os dias de hoje: descontos, perda de origem e processos. Este direcionamento

enfraqueceu o sindicato perante as polí cas neoliberais. Nós não nos omi mos. Defendemos as propostas mais coerentes, ganhando o reconhecimento e o apoio dos profissionais da educação. As eleições do SEPE acontecem numa conjuntura de brutal avanço conservador e de criminalização dos movimentos sociais, onde sindicatos dirigidos pela CNTE, como em São Paulo e no Paraná, fazem greves expressivas, enfrentando a dura repressão policial do estado. Avançam na sociedade posturas de ódio aos mais pobres e oprimidos. O Congresso Nacional, o mais conservador dos úl mos trinta anos, retoma a agenda neoliberal da direita, derrotada no segundo turno em 2014, como a redução da maioridade penal e o PL 4330 que amplia a terceirização. A nova direção terá o desafio de organizar a categoria para as lutas contra as MP’s 664 e 665 do governo federal e os ajustes fiscais do governo Pezão e das prefeituras, exigindo que a conta seja paga pelos mais ricos através de medidas como a taxação das grandes fortunas. Também deve par cipar das lutas em defesa da Petrobras, do Présal e pela garan a dos royal es para a educação. Diante da chaga da corrupção, exigir a apuração e a punição dos atos ilícitos, denunciando o uso eleitoral deste tema, com claros obje vos de criminalização da polí ca. É urgente a eleição de uma direção que rompa o isolamento, restabelecendo uma ação conjunta com todos aqueles que lutam, especialmente com a CNTE, na defesa intransigente dos direitos históricos do serviço público, da educação e dos trabalhadores. Queremos construir um SEPE líder de grandes mobilizações, com o apoio dos responsáveis, alunos e da sociedade, como fo ra m a q u e l a s p ro ta go n i za d a s e m 2 0 1 3 . Professores e funcionários só voltarão a aderir a estes movimentos se eles se iden ficarem com propostas concretas, que reflitam o chão da escola.


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