Ano V • Número 16 • Jan-Fev-Mar/2013• Distribuição Gratuita
Revista feita por e para aquaristas amantes da natureza.
Visita à Piscicultura Wada
Recanto Pinhão
CPA 2012: Comentários dos Juízes
Família: Callichthyidae
Dieta alemã para peixes de todas as nacionalidades.
Seus peixes podem ter uma alimentação de primeiro mundo. Divididas entre as linhas especial e premium, as rações oferecem alto valor nutricional para diferentes espécies. Além da melhor nutrição, diferenciais tornarão o aquarismo cada vez mais interessante e prático: grânulos que afundam a diferentes velocidades, eficiência na alimentação de todos os peixes e o exclusivo sistema click. Com ele, você disponibiliza a quantidade exata de alimento a ser oferecida aos peixes. JBL. Alemã por natureza.
Editorial
Sumário 4 - Recanto Pinhão Americo Guazzelli
9 - CPA 2012: Comentários dos Juízes André Luiz Longarço, Erivaldo Casado, Luca Galarraga, Reinaldo Uherara
Abrimos este Editorial justificando o atraso desta edição. Respeitamos nossos leitores, mas, como todos sabem, o Grupo Aqualon é composto por colaboradores e outros projetos vão surgindo ao longo do caminho. Optamos por segurar esta edição para que ela fosse feita com calma e tranquilidade. Mas continuamos com a mesma energia de antes, a mesma vontade de divulgar nosso maravilhoso hobby! Nesta edição, trazemos mais matérias interessantíssimas, como um passeio que nossa equipe fez em Mauá da Serra – PR. Local onde pudemos ter contato com a natureza, tirar um pouquinho do estresse da cidade e ainda poder transmitir o que sentimos e vivemos aos leitores da Revista Aqualon. Também temos o Ricardo Britzke falando sobre a família Callichthyidae, um artigo muito informativo. Com a publicação da matéria sobre a Piscicultura Wada, encerramos a sequência de artigos sobre os produtores de Revista Aqualon
Suzano – SP. Trazemos diversas fotos de magníficos peixes produzidos lá, mas, por mais que tentássemos, não conseguimos transmitir em palavras todo o prazer que sentimos ao visitar o local. Agradecemos às famílias Tanabe, Takeyoshi e Wada pelo carinho com que nos receberam durante a visita e pelo profissionalismo que permeia seus trabalhos. Uma das coisas mais gratificantes no aquarismo, além da oportunidade de conhecer a natureza, é fazer
amigos como eles. Por fim, para animar os aquapaisagistas que irão participar do CPA 2013, trazemos os principais comentários dos Juízes sobre alguns trabalhos que participaram da edição de 2012. Dicas importantíssimas para o aprimoramento de todos. Infelizmente não pudemos contemplar todos os projetos. Um grande abraço da Equipe Aqualon e desejamos uma ótima leitura a todos!
13 - Galeria de Peixes
Chantal W. Kornin & Cinthia Emerich
16 - Galeria de Plantas Aquáticas Rony Suzuki
18 - Piscicultura Wada Americo Guazzelli
23 - Família Callichthyidae Ricardo Britzke
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RECANTO PINHÃO Por: Americo Guazzelli Fotos: Equipe Aqualon
Uma das várias casas para locação
Piscina e lago para pesca próximos aos chalés e casas 4
A Equipe Aqualon foi até o Recanto Pinhão após o convite do amigo Elieser, frequentador do local, para verificar qual a incidência de plantas aquáticas e peixes nas lagoas do local. Situada em Mauá da Serra – PR, é uma ótima opção de pousada para aqueles que buscam tranquilidade e contato com a natureza, com vários chalés e casas para locação. Segundo o site da Estância, www.recantopinhao.com.br , possui ambiente de campo com 21,65 alqueires, clima de serra em altitude 1050 m, mata nativa, rios, cachoeira, trilhas, sede com 55.000 m² de gramados e lagos entre araucárias e outras espécies, arbustos, flores e pássaros. E pudemos comprovar que realmente o ponto forte é a fauna e a flora. Uma de suas atrações está relacionada com o próprio nome, o pinheiro Araucária, Araucaria angustifolia, árvore símbolo do Estado do Paraná. Conhecida também como Pinheiro-brasileiro ou Pinheiro-do-paraná, influenciou o nome da capital do Estado, Curitiba, uma vez que o nome de origem indígena desta conífera é “curi”, portanto, Curitiba seria “local de muito pinhão”. Podemos encontrar vários exemplares desta maravilhosa árvore que se destaca das demais pelo formato ímpar que possui. Sua semente é muito nutritiva, sendo fonte de alimento de muitos animais. Costuma-se dizer que a Gralha Azul é a responsável pela disseminação desse pinheiro, enterrando suas sementes. É considerada ameaçada de extinção, em perigo crítico. Indo ao ponto central do nosso objetivo, encontramos 4 lagoas na pro-
Belíssimas araucárias
Satrapa icterophrys Revista Aqualon
Mayacas em uma das nascentes
A equipe indo em direção às lagoas naturais
A maior das lagoas Revista Aqualon
priedade de tamanhos diversos. Possuem grande acúmulo de resíduos no substrato, águas claras, quase sem sinal de turbidez, poucas espécies de peixes e plantas, sendo estas últimas envolvidas por algas e resíduos vegetais, quase em sua totalidade. A boa transparência da água nos permitia visualizar os peixes que tentávamos identificar através de “chutes”, principalmente no caso de uma espécie que nos enganava pelas belas cores que acabavam refletindo conforme a posição da luz do sol, o Cichlasoma paranaense, popularmente conhecido como “cará”. Dúvida desfeita apenas após a captura de alguns exemplares para fotos no próprio local. Este ciclídeo neotropical não tem muitas informações disponíveis na Internet, mas suas cores são sua principal característica, em contraste com as marcas escuras que possui desde o pedúnculo caudal até os olhos. A segunda espécie encontrada no local foi um lambari, Astyanax paranae. Não conseguimos localizar qualquer outra espécie de peixe. Ficou o registro de uma ova de sapo, impressionante pela quantidade. Quanto à flora, encontramos algumas ninféias com suas folhas sobre os lagos, porém, sem flores, o que lamentamos. Também encontramos Musgo esfagno, que espalhava por boa parte da lagoa. Outras plantas encontradas foram a Potanogeton sp., Mayaca cf. longipes, Eleocharis sp., Hete-
A primeira das lagoas que surge dentro da mata virgem
Bruno
e Rony
fazen subm do as imag ersas ens
Cichlasoma paranaense
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Astyanax paranae
Esfagno
ranthera zosterifolia, Utricularia gibba e Eriocaulaceae. Havia um lago mais próximo à sede, inclusive com uma das casas quase sobre ele, propiciando um vista muito bela da varanda. Esse lago é formado por uma nascente a uns cinco metros dele, num ponto mais alto, criando um pequeno fluxo onde havia algumas planEleocharis sp. tas, como a Mayaca cf. fluviatilis e a Eleocharis sp. Como este lago deve ter sido construído para compor o paisagismo local, apenas tilápias foram encontradas. Se na água a fauna e a flora não eram muito diversificadas, fora dela era o contrário, abundância de vegetação com floresta nativa e muitas espécies de pássaros surgiam a cada momento para nos conceder um show de cores e cantos.
Potamogeton sp.
Eriocaulaceae
A Cachoeira
Ova de sapo 6
Além de tudo o que já citamos, que são os atrativos do local, as trilhas em meio à mata nativa são grandes atrações, mas consideramos como o ponto alto do passeio a cachoeira que está localizada no Recanto Pinhão. Ela fica entre a rodovia e a sede do local, portanto, tivemos que voltar pelo caminho que chegamos para poder encontrar o local de acesso. Como está cercada por vegetação nativa e densa, nem havíamos notado sua localização quando passamos pelo local. Seguimos uma trilha com descida
A equipe observando a cachoeira Revista Aqualon
Ribeirão acima da cachoeira
A queda da água vista por cima
muito íngreme, requerendo cuidados para evitar acidentes, Após essa parte que pode desestimular os menos dispostos, uma grande recompensa nos esperava. Uma pequena cachoeira rodeada por vegetação fechada com altura aproximada de 20 metros. Após a queda, um pequeno lago margeado por pedras, que originava um pequeno riacho que se perdia por entre a vegetação. Atrás da queda d’água, um paredão se formou, tornando-se abrigo
A cachoeira com o paredão
Riccia cf. stenophila
para aves, inclusive servindo de local para reprodução, com fendas e buracos formados ao longo do tempo. Encontramos algumas plantas, como Riccia cf. stenophilla, Hydrocotyle sp., uma Marchantia e Fissidens sp. Nenhuma espécie de peixe foi localizada no local, o que não nos decepcionou de forma alguma, apesar do nosso objetivo, pois fomos recompensados com a beleza de um local ímpar, principalmente para nós que vivemos entre o trabalho e nossas casas, tendo como paisagem prédios e veículos.
Equipe da mini expedição: Esquerda para a direita Elieser, Fabio, Bruno, Luiggi, Rony e Guazzelli Revista Aqualon
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CPA 2012: COMENTÁRIOS DOS JUIZES
Por: André Luiz Longarço, Erivaldo Casado, Luca Galarraga e Reinaldo Uherara
Devido às solicitações dos próprios juízes e também de muitos aquapaisagistas que participaram e que curtiram as montagens do CPA 2012, a Revista Aqualon orgulhosamente abre espaço para os comentários dos juízes sobre algumas montagens. Esses comentários/críticas são todos construtivos, sendo de fundamental importância para quem realmente pretende participar de concursos de aquapaisagismo, pois sob o olhar crítico e apurado dos juízes experientes é que podemos crescer, detectando falhas que acabam passando despercebidas, evitando esse mesmo erro numa próxima edição. Espero que apreciem os comentários a seguir! O carpete de HC poderia estar menos denso e com menos relevo, pois além de confundir os olhos, com o uso de uma pequena porção de areia cosmética em algum lugar na parte frontal, evidenciaria ainda mais a noção de perspectiva e daria mais leveza no layout. Senti falta de ondulações na superfície da água, fato que daria muita personalidade à fotografia. Considerações finais: Esse aquapaisagista tem alma jovem e evolui rapidamente ano após ano. Acredito que seu poder de observação e a síntese da Natureza são a “mola propulsora” que o ajudam a cada nova montagem. Continue assim! Esse trabalho é daqueles que representam dignamente nosso país em qualquer concurso que participa. Parabéns.” CAMPEÃO: Gary José Chagas - Ponta Grossa Medidas do aquário: 120 x 50 x 43 cm
Juiz: André Luiz Longarço - Montagem campeã
“Essa montagem foi a eleita desde a primeira olhada que dei entre todos os concorrentes. Gostei muito do primeiro impacto e da força do layout, que convida nossos olhos a percorrer o delicado “skyline” desse aquário. O “estilo Ponta-Grossa” está muito latente, principalmente na escolha das plantas e nas cores vivas do layout. A saúde e o vigor das plantas estão invejáveis e o posicionamento dos peixes está quase perfeito. Particularmente escolheria peixes com cores mais contrastantes ou que nadassem mais na superfície do aquário, pois, desta forma, teriam um destaque maior. Entre os pontos a serem melhorados, destaco o reflexo do lado direito. A última moita de Riccia poderia ter sido eliminada. Ela interrompe o fluxo do aquário e quebra a harmonia e continuidade do reflexo. Uma pena!!! As plantas verdes no plano central, entre as Rotalas rotundifolias, além de não estarem na relação de plantas, são totalmente dispensáveis. O hardscape poderia estar mais em evidência, valorizando ainda mais o plano médio e conferindo mais força ao layout. Revista Aqualon
Juiz: Erivaldo Casado - Montagem campeã
“Certamente esse é um dos aquários mais bonitos que participou do CPA. O cardume de neons e o contraste entre as moitas ajudou muito a se destacar no concurso. Já o hardscaping deixou a desejar, as pedras passaram praticamente despercebidas, com pedras maiores e melhor posicionadas, esse aquário teria alcançado uma pontuação ainda melhor. “
Juiz: Luca Galarraga - Montagem campeã
“Este é um daqueles aquários que enchem os olhos de qualquer pessoa. A coloração das plantas está vibrante e ao mesmo tempo harmoniosa. Algumas críticas para que o próximo trabalho seja ainda melhor: - O hardscape foi “engolido” pelas belas plantas. As rochas deveriam ter um peso maior neste layout. - Algumas plantas isoladas estão deslocadas no layout, a meu ver são desnecessárias. - Uma foto com a superfície agitada valorizaria ainda mais esta obra. Meus parabéns pelo belo trabalho, não é fácil obter tal resultado num aquário dessas proporções, vejo que houve muito trabalho e dedicação!” 9
pouco, a montagem vai ficar mais natural. Senti falta de uma presença mais forte dos peixes, com certeza um cardume coeso teria ajudado muito no impacto visual da fotografia.”
Juiz: Reinaldo Issa Uherara - Montagem 3º Lugar
VICE - CAMPEÃO: Fabiane Guido - Ponta Grossa Medidas do aquário: 60 x 35 x 25
Juiz: Luca Galarraga - Montagem vice-campeã
“Este é um aquário que agrada com muita facilidade, pela bela combinação de plantas e cores, uma obra alegre. Como já sei a identidade da autora, posso afirmar sem medo de ofender, que é nítido o toque feminino em sua obra. Duas críticas feitas ao aquário campeão posso repeti-las neste caso: O hardscape deveria ser mais forte e a superfície deveria estar agitada no momento da foto. Neste caso, não gostei da textura das pedras junto ao vidro frontal, talvez um cascalho mais fino combinaria melhor com a leveza do layout. Um pequeno detalhe a apontar em relação aos peixes (muito bem escolhidos por sinal!): se o cardume nadasse na direção oposta, reforçaria o fluxo natural da obra. Meus parabéns!”
“Gosto do tamanho do aquário e da composição da flora, no geral... Sempre temos algumas críticas, então, acho que para o próximo trabalho, estes pontos serão bem corrigidos: - Na flora, o que foge da composição geral é o uso das Pogostemon helferi, que estão denunciando o tamanho do aquário, por serem grandes demais, para este aquário... minha sugestão seria o uso de outras plantas menores no lugar... talvez Staurogyne repens... - O contorno das Hemianthus callitrichoides está demasiado artificial... parece realmente desenhado... bonito, mas pouco natural... minha sugestão seria dar um pouquinho mais de tempo (talvez uma ou duas semanas) para a foto, da próxima vez.. - Uma pequena rocha do lado direito valorizaria bastante o trabalho no reflexo do vidro direito, dando uma sensação de amplitude ainda maior no aquário... - A mescla dos carpetes foi relativamente tímida... alguns pontos vermelhos (H. tenellum “blood”) e diferentes formatos de folhas (Glossostigma elatinoides ou Marsilea hirsuta) poderiam ter sido utilizadas... No geral, acho um trabalho bem resolvido... talvez apenas a fauna poderia ser mais impactante, e em maior quantidade, para realmente ganhar força...
3º LUGAR: Evandro Romero - Londrina Medidas do aquário: 60 x 30 x 30 cm
Juiz: Erivaldo Casado - Montagem 3º Lugar
“Essa é uma montagem muito promissora, o uso da limnophila entre o carpete e as moitas mais altas é um ponto forte deste aquário. O trabalho de poda vai ser muito importante para que as pedras não desapareçam no meio das plantas. As moitas estão muito definidas, isso dá um aspecto artificial, se as plantas se misturarem um 10
5º LUGAR: Fabian Kussakawa - Foz do Iguaçu Medidas do aquário: 35 x 24 x 28 cm Revista Aqualon
Juiz: André Luiz Longarço - Montagem 5º Lugar
“Esse trabalho impressiona pela quantidade de detalhes em tão pouco espaço. A sutileza das texturas e o posicionamento das cores estão perfeitos. Entretanto, esse mesmo espaço reduzido atrapalha o contexto geral da montagem, pois parece que ela está “apertada” num display pequeno demais. As proporções entre a largura e a altura não estão harmoniosas e a relação 3:2 ficou óbvia. A importantíssima zona de intersecção das moitas poderia ter sido trabalhada de uma forma melhor. Talvez, se a montagem tivesse sido executada num display de no mínimo 60 cm, o resultado poderia ter sido ainda melhor. O uso da areia cosmética na porção frontal está ótimo, mas mais uma vez devido ao tamanho reduzido do display, ficou tímida demais. Quanto aos troncos escolhidos, apesar de individualmente serem de boa qualidade e visualmente bonitos, em conjunto não falam a mesma língua. O último tronco ao fundo é totalmente desnecessário, pois acaba com a noção de perspectiva e proporção do layout. Acredito também que o trabalho do reflexo em ambos os troncos laterais poderia ter sido mais apurado. O cardume deveria ter cores mais contrastantes ou estar posicionado próximo da superfície, para que não se confundissem tanto com as plantas. A qualidade da produção fotográfica está excelente e possibilita a análise detalhada da montagem como um todo. Considerações finais: É clara a influência nessa montagem do premiadíssimo “Destiny”, do aquapaisagista de Hong Kong, Cliff Hui, entretanto, infelizmente o tamanho reduzido do display e suas proporções dificultaram o trabalho e foram determinantes para que esta bela montagem não atingisse todo o seu potencial. “
6º LUGAR: Jean Ricardo Olinik - Ponta Grossa Medidas do aquário: 50 x 30 x 25 cm
Juiz: Erivaldo Casado - Montagem 6º Lugar
“As plantas, peixes e o tipo das rochas foram muito bem escolhidos. Se as pedras fossem colocadas mais para o centro da montagem, poderia gerar um aspecto melhor, além disso, acredito que faltou um pouco de tempo para as plantas se desenvolverem. Ainda assim é um iwagume com aspecto incomum e muito agradável.“ Revista Aqualon
7º LUGAR: Americo Afonso Trannin Guazzelli - Londrina Medidas do aquário: 80 x 40 x 40 cm
Juiz: André Luiz Longarço - Montagem 7º Lugar
“Nesta montagem é notória a preocupação em externar uma atmosfera natural. Num primeiro contato ela agrada pela simplicidade, delicadeza de cores e texturas apresentadas. Entretanto, quando observada com mais profundidade, percebe-se alguns problemas facilmente contornados, mas que infelizmente custaram alguns pontos valiosos. O ponto forte da montagem está no plano central e no correto uso dos troncos e musgos. Neste caso eles falam a mesma linguagem e estão harmoniosamente posicionados. As rochas que deveriam dar base e suporte aos troncos estão tímidas e poderiam ter mais força. Este é um exemplo típico de montagens que possuem belo material de hardscape, mas que são escondidos pelo excesso ou mau uso da vegetação. Particularmente, as plantas foram o fator que mais contribuíram para o desgaste visual da montagem, quer seja pelo posicionamento, pela escolha ou pelo seu tamanho. As Hydrocotyles poderiam ter sido mais bem trabalhadas, pois na tentativa de oferecer um ar natural, acabaram por confundir o observador e ficaram muito grandes, fora de escala. O carpete frontal de HC está claramente debilitado e demonstrando carências nutricionais e de iluminação. Neste caso, o uso de areia cosmética em alguma parte do plano frontal ajudaria a dar mais perspectiva neste plano e certamente valorizaria o plano central. As Bolbits estão desorientadas e com folhas muito grandes, o que ressalta ainda mais a impressão de confusão. Por serem plantas de crescimento muito lento, devem ser usadas com cuidado e constantemente podadas para manterem suas folhas sempre pequenas e bem orientadas. As plantas de caule da porção posterior estão bem, porém poderiam estar mais bem adensadas. O ponto alto deste layout ficou por conta do trabalho com musgos, muito natural e agradável, exceto o Flame Moss que poderia ter sido excluído. O “vazio Amano” foi negativamente afetado por ele, que interrompeu a sensação de perspectiva e penetração por entre as duas massas vegetativas. Essas mesmas massas por serem muito semelhantes, deixaram o “vazio Amano” bem ao centro, o que tornou a montagem mais obvia e menos atrativa. O visual ficaria mais interessante e agradável se o ponto focal (vazio Amano) estivesse mais deslocado e as massas vegetativas seguissem uma relação mais próxima do 3:2. Os neons foram bem escolhidos, mas todos os peixes deveriam estar orientados para o mesmo sentido. O sentido oposto dos Nannostomus cria uma sensação de anulação de forças. Considerações finais: Acredito que este layout com um pouco mais de tempo, fertilização e trabalho de podas ficará bem mais coeso e exuberante. Particularmente gosto muito deste estilo e acho que esta montagem possui atributos suficientes para estar entre os melhores aquários do Brasil.” 11
Juiz: Reinaldo Issa Uherara - Montagem 12º Lugar
10º LUGAR: Luidi Rafael de Souza Doim - Ponta Grossa Medidas do aquário: 120 x 70 x 80 cm
Juiz: Luca Galarraga - Montagem 10º Lugar
“O plano médio está bastante tímido, aquém do possível, para um aquário deste tamanho... - As 2 rochas principais (esquerda e direita) me parecem simétricas demais, com a mesma altura e semelhantes... a da esquerda ainda chama atenção demais para si, talvez pela falta de ranhuras e/ou relevo... o que aparece é apenas uma mancha clara, chapada... se fosse o caso de utilizar mesmo esta peça, ela deveria estar um pouco mais disfarçada, com o uso de musgos e afins... - O carpete peca em monotonia, parecendo um grande campo de golfe... mesclar o carpete seria realmente interessante, criando diferentes texturas, cores e formatos de folhas (H. tenellum blood, Glossostigma elatinoides e/ou Marsilea hirsuta eram boas opções) - O uso de musgos poderia ser um pouco mais “esparso”... na foto, vemos apenas uma grande mancha escura, que deve estar escondendo rochas e detalhes que poderiam ser mais interessantes do que o musgo em si. - Ainda em relação ao plano médio, as Staurogyne estão ainda muito pequenas... não há formação de moitas, de modo que passam praticamente despercebidas na fotografia... um tempo a mais seria interessante para ver o quanto este aquário poderia mudar, apenas com este detalhe... - Para quebrar a monotonia do aquário, criar moitas diferentes em cada lado do aquário seria bastante interessante.... fazer uma das moitas ficar mais alta (através de podas) também seria bastante recomendável para este aquário. Para acentuar este efeito, talvez uma moita vermelha ajudasse muito... Um aquário bastante saudável, mas ainda com alguns erros que podem ser bem melhorados.”
“Este é um aquário que demonstra o talento de seu autor para combinar plantas de forma harmoniosa e natural, entretanto o layout apresenta alguns pontos que poderiam ser melhorados. O conjunto como um todo é muito simétrico, duas massas de volume muito parecido, quase um layout espelhado. O tronco à direita chama muito a atenção com sua sombra excessiva, talvez rotacionando-o para baixo, junto ao substrato, teríamos um aquário mais leve. Quanto aos peixes, acho que eles competem com a flora já multicolorida, talvez um cardume com pouca coloração e com nado mais alto combinasse melhor neste layout. A parte frontal está muito natural, representando claramente o leito de um rio. Parabéns pela dedicação!”
12º LUGAR: Carlos Eduardo Pires Gonçalves - Maringá Medidas do aquário: 55 x 30 x 30 cm 12
Revista Aqualon
Hemigrammus ocellifer
Peixes
Steindachner, 1882
Por: Cinthia Emerich
Steindachner, 1876
4 Aqualon Revista
Foto: Cinthia Emerich
Outras informações: Uma bela aquisição para aquários plantados e temáticos. Muitas plantas, água quente, escura e ácida formam um conjunto ideal para o aquário.
Foto: Cinthia Emerich
Nome Popular: Peixe-Lápis de uma faixa Família: Lebiasinidae Origem: Bacia Amazônica no Brasil, Bolívia, Colômbia, Venezuela e Guiana Tamanho: Aproximadamente 4 a 6 cm Comportamento: Cardumeiro, nada próximo à superfície. Agressividade: Pacífico com os demais Manutenção: Cardumes, em aquários acima de 50 litros. Temperatura: 25 a 28 ºC pH: 5.5 a 7.0 Alimentação: Micropredador de invertebrados, complementar semanalmente a ração com alimentos vivos. Dimorfismo sexual: O macho é mais colorido, apresenta a nadadeira anal ligeiramente maior e o ventre é retilíneo. A fêmea tem cores um pouco mais pálidas e possui o ventre roliço, principalmente em época de desova. Reprodução: Ovíparo, a fêmea libera os ovos nas plantas e o macho nada em volta, fertilizando-os. Os ovos eclodem entre 24 e 48 horas. Após alguns dias, os alevinos já consumiram o conteúdo do saco vitelino e começam a se alimentar de rações específicas para alevinos de ovíparos e alimentos vivos. Os pais não cuidam dos filhotes e podem, inclusive, encará-los como alimento.
Foto: Chantal Wagner Kornin
Nannostomus unifasciatus
Por: Chantal Wagner Kornin
Nome popular: Olho de Fogo, Lambari Azul Família: Characidae Origem: América do Sul: rios da Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Bacia amazônica do Brasil e Peru Tamanho: 4,4 cm Comportamento: Tranquilos e ativos, são adequados para um aquário comunitário. Devem ser mantidos em cardumes (no mínimo 6 indivíduos) para que se sintam bem e exibam o melhor do seu comportamento e beleza. Não manter com peixes grandes ou agressivos. Agressividade: Pacífico Temperatura: 22 – 26 ºC pH: 5.5 - 7.0 Alimentação: Onívoro / Aceita bem qualquer tipo de ração. Alimentos vivos como enquitréias, artêmias e daphnia devem ser oferecidos sempre, para manter a saúde e incentivar a reprodução. Dimorfismo Sexual: Pouco perceptível. Fêmeas podem ser um pouco maiores e mais encorpadas, com o ventre volumoso em época de reprodução, e machos podem ser um pouco mais esguios e coloridos. Reprodução: Relativamente fácil. Monte um aquário separado especialmente para a desova, com água ácida e mole. Deixe pouco iluminado
para simular seu habitat natural, que são igarapés e rios, água escura ajuda nessa simulação. Coloque plantas de folhas finas, como musgo, para ser o local de desova. De outro modo, é possível colocar uma rede ou até bolas de gude no fundo do aquário para que os ovos caiam em um local que os adultos não possam alcançar. Podem ser reproduzidos em cardumes ou casal. Os adultos devem ser retirados do aquário assim que se notar a desova. Os ovos eclodem entre 24 e 36 horas. Em 3 a 4 dias os alevinos começam a nadar e podem ser alimentados com infusórios, até que possam aceitar alimentos maiores como microvermes e náuplios de artêmia. Os ovos e alevinos são fotossensíveis, mantenha-os protegidos de luz forte. Configuração do aquário: Um aquário plantado é excelente, mas o biótopo ideal é o típico igarapé amazônico. Para simular tal habitat, o substrato deve ser areia fina. Há poucas plantas submersas e algumas plantas flutuantes, como ninféias. O fundo deve estar recoberto de folhas secas, em decorrência disso a água é escura, o que pode ser simulado naturalmente ou com suplementos. Troncos e galhos também são uma adição bem vinda e tornam o aquário visualmente atrativo. 13
Plantas Aquáticas Por: Rony Suzuki
Hygrophila polysperma “Ceylon”
Saururus cernuus Linné, 1753
Família: Acanthaceae Origem: Ásia Hábito: Aquática emergente Tamanho: 20 a 40 cm de altura Temperatura: 18 a 30 °C Iluminação: Moderada a intensa pH: 5 a 8 Manutenção: Fácil Crescimento: Rápido Propagação: Sua reprodução se dá através do corte e replantio do ramo. Plantio: Área intermediária e posterior do aquário. Recomenda-se plantá-la em molhos com 3 ramos e espaçamento de 3 cm entre eles.
Folhas emersas
Planta fácil e rápida no crescimento, ideal para iniciantes. A H. polysperma “Ceylon” possui folhas mais compridas que a variação normal e adquire uma tonalidade acastanhada muito bonita que, quando plantada em grupo, gera um efeito fantástico, se plantadas na parte intermediária do aquário. Flor
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Família: Saururaceae Origem: América do Norte Hábito: Aquática emergente Tamanho: 6 a 10 cm de altura Temperatura: 15 a 25 °C Iluminação: Intensa pH: 6 a 8 Manutenção: Médio Crescimento: Lento Propagação: Se reproduz através de ramificações do rizoma. Plantio: Planta para área intermediária do aquário. Recomenda-se plantá-la em ramos individuais com espaçamento de 4 cm. Planta muito bonita e muito utilizada pelos europeus, sendo uma das preferidas para compor o chamado “Dutch Street”, em aquários holandeses. Nas montagens ao estilo “Nature”, é ideal para compor a área intermediária do aquário, ficando melhor se colocada ao lado de troncos, gerando um belíssimo contraste entre a coloração marrom do tronco e as folhas verdes da planta. Quando se compra essa planta, geralmente está em estado emerso e com folhas grandes, o ideal seria cortar todas as folhas maiores e deixar somente as menores do ponteiro, dessa forma ela se adapta mais rapidamente ao estado submerso. Folhas emersas
Inflorescência
Revista Aqualon
(Produtos, peixes e manutenção)
Pet Shop
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PISCICULTURA WADA
Por: Americo Guazzelli • Fotos: Equipe Aqualon
Continuando nossa visita pelo paraíso dos aquaristas, em Suzano – SP, após conhecermos de perto a estufa de plantas Takeyoshi e as famosas carpas da família Tanabe, chegamos à Piscicultura Wada. Fundada pelo engenheiro mecânico Luiz Wada e sua esposa Cláudia, esta empresa familiar é responsável pela produção de muitas espécies de peixes, até mesmo as que são consideradas muito difíceis de reproduzir em aquários. Tudo graças à experiência e dedicação de toda a família. Luiz Wada começou no aquarismo ainda quando jovem, tempo em que visitava criadores da região para adquirir peixes, o que acabou despertando o interesse em também produzir estes animais, portanto, podemos concluir que o sucesso dessa empresa também se deve à paixão que já existia pelo aquarismo. Como eles próprios se definem, “produtores com paixão de aquaristas”. Ao chegar à propriedade, fomos recebidos pelo Luiz e a Cláudia, grandes amigos da Aqualon, acompanhados pelos mascotes já conhecidos por todos nós, seus cães da raça Akita. Belos e imponentes aniLago com Ninféias 18
Revista Aqualon
O bosque logo atrás da lagoa
Belíssima floração de orquídea
mais que nos fizeram companhia por todo o tempo. Próximo à entrada, já pudemos desfrutar do contato com a natureza. Um lindo lago com ninféias em meio a um bosque com muitas árvores. Acompanhados por todos os amigos que foram até lá para participar da visita, assim como nas outras empresas, passamos uma tarde muito prazerosa, momento em que todos discutiam assuntos relacionados ao aquarismo. Tudo isso em meio ao delicioso almoço que nos foi ofertado. Não houve como ir embora sem pedir uma receitinha secreta da Cláudia. Visitamos as estufas para admirar os peixes ali existentes com a impressão de que todo o tempo do mundo não seria suficiente
Uma das novas estufas de criação Revista Aqualon
Os amigos em torno do lago na hora do almoço
para isso, pela vontade de sempre ficar mais tempo diante dos aquários. Encontramos belas espécies de peixes que seriam estrelas nos mais belos aquários que se pode imaginar, tudo fruto da competência de criadores comprometidos. São vária estufas espalhadas pela propriedade, cuja dificuldade maior de manutenção se dá no inverno, onde se torna mais difícil manter o aquecimento desses locais. É preciso muito trabalho nesta época para não perder o que já se conseguiu fazer ao longo de anos. Atendendo apenas na modalidade atacado, onde os clientes vão até o local para escolher e retirar seus peixes, comercializam aproximadamente 50 espécies, todas de produção própria. Os
Bandeira albino véu
Estufa de tetras 19
peixes são criados através do sistema superintensivo de produção em estufas, num total de 300 m², equipadas com alguns tanques de alvenaria e principalmente com aquários, 800 deles. A água utilizada é de fonte própria com pH de 5,2 e dureza super baixa. A preferência da família é por Guppy e Disco, mas os destaques da criação são os tetras, sendo 30 variedades destes para apenas 12 de discos. A reprodução de todas essas espécies ocorre de forma natural, sem utilização da indução hormonal. Uma das maiores dificuldades está na obtenção de matrizes. Algumas vezes precisam recorrer a espécies selvagens, tornando o trabalho de seleção de matrizes muito demorado, chegando a 8 anos, no caso dos discos. Produzem os alimentos vivos utilizados para alimentar a criação, como a Daphnia e Blood worms, mantidos em tanques de alvenaria e alimentados com fitoplancton e zooplancton.
Tanques para produção de alimentos vivos 20
Estufa de peixes diversos Revista Aqualon
Estufa de Acarรก Disco Revista Aqualon
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Todas as fases são executadas na empresa, reprodução, engorda e venda. Hoje possuem uma variedade com destaque especial na reprodução, o tetra cardinal, conhecido como neon. A Piscicultura Wada acredita que a criação em cativeiro é sem dúvida o principal instrumento para a preservação dos peixes ornamentais, visto que hoje na Amazônia, por exemplo, os piabeiros estão indo cada vez mais longe em busca dos peixes. “Hoje o Brasil importa o Tetra Foguinho (Hyphessobrycon amandae) criado na Ásia, porque quase não se encontra na natureza para a coleta”. Foram grandes visitas a grandes amigos produtores de peixes e plantas para completar nossos aquários. Sem dúvida, o paraíso dos aquaristas! A Aqualon agradece ao Roberto Takeyoshi, ao Leonardo e Haruki Tanabe e ao Luiz e Cláudia Wada, assim como a todos que fazem parte destas famílias que fazem um grande trabalho com amor e dedicação. Foi um prazer para todos poder conhecer as empresas e desfrutar da companhia de todos eles, assim como dos amigos que lá estiveram para nos acompanhar.
Esquerda para direita: Evandro, Guazzelli, Luiz, Rony, Claudia e Fabio 22
Revista Aqualon
FAMÍLIA CALLICHTHYIDAE Por: Ricardo Britzke, Biólogo, Mestre em Zoologia.
A família Callichthyidae é encontrada em toda a América Neotropical e é conhecida como respira o ar continuamente sob todas as condições da água. Entretanto, o ar engolido tem peixes-gatos blindados, devido à presença de duas séries longitudinais de placas em cada um papel mais importante na manutenção do contrapeso hidrostático do que na respiração, lado do corpo, que lhes conferem uma armadura óssea. Possuem grande variação de tama- contribuindo com aproximadamente 75% do ar necessário para a flutuabilidade. Os hábitos reprodutivos da família são muito variados e interessantes. Os gêneros Aspidonho, onde, por exemplo, algumas espécies de Corydoras alcançam cerca de 20 milímetros e a espécie Hoplosternum littorale cresce até aproximadamente 160 milímetros de comprimento ras, Corydoras e Scleromystax, como a maioria dos siluriformes, colocam seus ovos em rochas, padrão. O gênero Corydoras é um dos mais diversos e mais conhecidos por aquaristas de todo folhas ou outras superfícies. Megalechis, Lepthoplosternum, Hoplosternum e Dianema possuem um comportamento interessante, construindo ninhos de flutuação à base de espuma o mundo. A maioria das espécies da família Callichthyidae são bentônicas e comem principalmente e restos vegetais. A família Callichthyidae apresenta muitas características invertebrados aquáticos como microcrustáceos e insederivadas, sendo as mais interessantes o canal sensorial da tos, inclusive detritos vegetais. Essa família possui mais linha lateral reduzido com 1 a 6 placas; canal sensorial do préde 160 espécies agrupadas em oito gêneros. -opérculo não conectado ao ramo pré-opercular; ossos infra Os representantes dessa família habitam uma varieorbitais expandidos como placas; segundo infra orbital com dade de habitats diferentes, desde pequenos riachos de uma expansão laminar interna, dando forma à parede poságuas rápidas e oxigenadas, até rios de grande porte, terior da órbita; pré-maxilar sem dentes; dentário com um incluindo também poças e locais pantanosos, onde o processo mediano para a inserção do músculo inter mandibuoxigênio pode ser praticamente ausente. Para sobrelares; abertura lateral da bexiga de gás parcialmente fechado viver nesses habitats, usam o intestino como um órgão por uma expansão oca (para uma lista completa de sinaporespiratório acessório, onde o ar é coletado na superfície morfias e caracteres, veja Brito, 2003; Reis, 1993, 1997). Esta da água e engolido, e eventualmente é expelido através família é reconhecidamente monofilética, sustentada por dido ânus. versas características derivadas, apresentando duas subfamíAo contrário dos peixes-gatos das famílias Loricariilias, Callichthyinae Hoedeman, 1952 e Corydoradinae Hoededae e Trichomycteridae que praticam a respiração aérea Foto: Ricardo Britzke man, 1952, cada uma suportada por diversas sinapomorfias. somente em caso de hipóxia, a família Callichthyidae Scleromystax barbatus Revista Aqualon
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Foto: Ricardo Britzke Foto: Rony Suzuki Foto: Rony Suzuki
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Holplosternum littorale Foto: Ricardo Britzke
Dianema longibarbis
Referências Alexandrou, M. A.; Oliveira, C.; Maillard, M.; Mcgill, R. A. R.;Newton, J.; Creer, S.; Taylor, M. I. Competition and phylogeny determine communitystructure in Müllerian co-mimics. Nature 469, 84-88, 2011. Britto, M. R. 2003. Phylogeny of the subfamily Corydoradinae Hoedeman, 1952 (Siluriformes: Callichthyidae), with a definition of its genera. Proceedings of the Academy of Natural Sciences of Philadelphia 153: 119154. Burgess, W.E. 1987. Corydoras and related catfishes - a complete introduction.T.F.H. Publications, Neptune City, 128p.
Brochis splendens Foto: Rony Suzuki
Aspidoras pauciradiatus
Distribuição geográfica Esta família é endêmica da América Neotropical, sendo encontrada em diversas drenagens como Paraná-Paraguai, São Francisco, Amazonas, Orinoco, Maracaibo, Magdalena e bacias costeiras atlânticas do Brasil, Guianas e Suriname. Apresentam uma grande diversidade, principalmente na drenagem Amazônica.
Foto: Rony Suzuki
Corydoras nattereri
No caso do gênero Corydoras, existem várias espécies que são simpátricas e miméticas, ou seja, vivem no mesmo ambiente e evoluíram para terem em comum os mesmos padrões de coloração para benefício mútuo. Por exemplo, existem espécies que possuem uma toxina em seu acúleo peitoral, o que normalmente afugenta os predadores. Outras espécies que possuem a mesma coloração, mas não possuem essa toxina, passam ilesas pelos predadores. Embora miméticas, elas ocupam nichos diferentes devido a características morfológicas como focinho curto, focinho longo e focinho intermediário. Os exemplares de focinho longo exploram mais ao fundo do substrato (areia, por exemplo), enquanto as de nariz Foto: Rony Suzuki curto exploram apenas superficialmente Exemplares de Corydoras sp. de focinho longo o substrato. explorando mais ao fundo do substrato
Corydoras melini Revista Aqualon
Burgess, W.E. 1989. An atlas of freshwater and marine catfishes. A preliminary survey of the Siluriformes. T.F.H. Publications, Neptune City, 784p. Pinna, M.C.C. 1992. A new subfamily of Trichomycteridae (Teleostei, Siluriformes), lower Loricarioid relationships, and a discussion on the impact of additional taxa for phylogenetic analysis. Zoological Journal of the Linnean Society, 106: Reis, R.E. 1997. Revision of the Neotropical catfish genus Hoplosternum(Ostariophysi, Siluriformes, Callichthyidae), with the description of two new genera. Ichthyol. Explor. Freshwaters, 7(4):299-326
Outras espĂŠcies da famĂlia callichthyidae Foto: Rony Suzuki
Foto: Rony Suzuki
Aspidoras maculosus
Corydoras eques Foto: Ricardo Britzke
Foto: Rony Suzuki
Corydoras seussi
Corydoras aeneus Foto: Rony Suzuki
Foto: Ricardo Britzke Foto: Ricardo Britzke
Corydoras melanistius Revista Aqualon
Corydoras arcuatus 25
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EXPEDIENTE Revista Aqualon é uma publicação da Aqualon - Aquarismo em Londrina. Com distribuição gratuita, visa divulgar o aquarismo em todos os seus segmentos, desde os aquários propriamente ditos até os aspectos ecológicos que o hobby abrange.
Seja um aquarista consciente
Editor: Rony Suzuki Coordenação: Americo Guazzelli e Rony Suzuki Projeto gráfico e diagramação: Evandro Romero e Rony Suzuki Periodicidade: Trimestral Tiragem: 2500 exemplares Revisão: Americo Guazzelli Fotografia: Americo Guazzelli, Chantal Wagner Kornin, Cinthia Emerich, Ricardo Britzke, Rony Suzuki. Colaboraram nessa edição: Americo Guazzelli, André Luiz Longarço, Chantal Wagner Kornin, Cinthia Emerich, Cláudia e Luiz Wada, Erivaldo Casado, Luca Galarraga, Reinaldo Uherara, Ricardo Britzke, Rony Suzuki.
Foto: Rony Suzuki
• Não solte peixes, plantas ou qualquer outro animal aquático nos rios ou lagos. A soltura desses animais pode causar impactos ambientais muito sérios, prejudicando fauna e flora nativa! • Não superalimente os seus peixes, pois o excesso de alimento pode poluir a água do seu aquário. • Não compre rações vendidas em saquinhos plásticos transparentes. A luz retira todas as vitaminas e proteínas da ração. Estas também não possuem prazo de validade. Procure comprar rações de boa qualidade que você notará a diferença na saúde de seus animais. • Não Superpovoe o aquário, pois o excesso de peixes debilitará todo o sistema de filtragem do aquário, podendo levar seus peixes à morte.
• Não compre peixes que estejam em aquários que tenham peixes doentes ou mortos. Eles podem transmitir doenças para todos os peixes que você já possui em seu aquário.
• Seja observador. É preciso conhecer o comportamento dos habitantes de seu aquário para se antecipar aos problemas que possam surgir.
• Não compre peixes por impulso. Pesquise antes a respeito da espécie. Muitas podem ser incompatíveis com o seu aquário, seja por agressividade, parâmetros da água ou tamanho do aquário.
• Lembre-se: Peixes são seres vivos e não mercadorias que podem ser descartadas a qualquer momento. Preserve a vida!
• Não coloque juntas espécies de peixes de pH diferentes. Certamente uma delas será prejudicada, podendo adquirir doenças e contaminar todo o restante. • Não inicie o hobby se não estiver disposto a dispensar os cuidados básicos que os peixes exigem. Com pouco tempo de dedicação obterá sucesso e isto se transformará em lazer.
• Finalizando, PESQUISE! Atualmente podemos usar a internet como uma forte aliada para alcançar um aquarismo saudável e consciente. Temos vários sites/ fóruns que pregam a prática correta do aquarismo. Citaremos apenas alguns dos mais confiáveis, em ordem alfabética: www.aquaflux.com.br www.aquahobby.com www.aquaonline.com.br www.forumaquario.com.br
Para anunciar na revista: revistaaqualon@gmail.com (43) 3026 3273 - Rony Suzuki Colaborações e sugestões: somente através do E-mail: revistaaqualon@gmail.com As matérias aqui publicadas são de inteira responsabilidade dos autores, não refletindo necessariamente a opinião da Revista Aqualon. Não publicamos artigos pagos, apenas os cedidos gratuitamente para desenvolver o aquarismo. Permite-se a reprodução parcial ou total dos artigos e outros materiais divulgados na revista desde que seja solicitada sua utilização e mencionada a fonte.
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