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RESTAURANTE ORIGEM 75
Entrada e volumetria do Restaurante Origem 75, localizado na cidade de Vinhedo, no interior paulista
por Daiana Freitas fotos: Evelyn Müller
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O Restaurante Origem 75 é mais do que um lugar que você vai para comer e passar um tempo com pessoas queridas, é um lugar que te leva a ter uma experiência de imersão à natureza. Localizado na cidade de Vinhedo, a 1 hora de São Paulo, é um verdadeiro respiro para os paulistanos que buscam um respiro da vida atribulada do cotidiano. Com projeto de arquitetura e paisagismo assinado pelo arquiteto Alexandre Furcolin, o espaço possui cerca de 1.750 m², desenho de jardins produtivos e naturais, fazendo com que os clientes tenham uma conexão com a natureza ao visitar o espaço. Os ambientes criados a partir de volumes abertos e fechados por uma grande estrutura de malha metálica, formam coberturas que se abrem para o céu, causando ao visitante diversas sensações. O projeto do restaurante reuniu diversas perspectivas de design e botânica para fortalecer ideias e resultados, uma abordagem que deu origem a um novo ecossistema. E que acompanha o processo desde o plantio e colheita dos temperos, passando pelos chefs e chegando ao cliente como uma experiência completa.
Percebe-se que a arquitetura da paisagem é uma resposta à necessidade humana de se reconectar e o projeto respeita o lugar, sua história, cultura e ecologia. Buscando conciliar o uso humano dos espaços com as qualidades naturais que a terra oferece. Esse processo estabelece uma visão poderosa para criar lugares únicos que nos façam viver, entender e sentir. O projeto do Restaurante Origem 75 é síntese da busca por respeito, consciência, qualidade, aconchego e sabor.
Acima
Uma grande cobertura em estrutura metálica direciona o visitante a permear pelos caminhos do restaurante
Esquerda
Os espaços são organizados envoltos a estruturas de cobertura e ao paisagismo
O restaurante traz uma proposta de que o cliente reconecte-se com a natureza e fuja um pouco da vida corrida do dia a dia
Acima
A vegetação abundante, água, árvores frutíferas, como a jabuticabeira, ficam ao alcance dos visitantes
Esquerda
A iluminação cênica vem para coroar ainda mais esse rico projeto
Alexxandre Furcolin Paisagismo @alexandrefurcolinpaisagismo www.alexandrefurcolin.com.br
LITTLE ISLAND PARK
por Aurélio Cardoso fotos: Timothy Schenck
Nova Iorque vem apostando em projetos urbanos inovadores. Um dos mais recentes é Little Island Park, às margens do rio Hudson, projetado como um paraíso para as pessoas que amam a natureza. Um oásis verde que conta com aproximadamente 11.000m², suspenso sobre as águas através de colunas esculturais. Quem assina o projeto é o britânico Thomas Heatherwick, que pensou primeiramente no usuário e na experiência de estar sobre a água, como se flutuasse. O objetivo era fugir do formato linear que geralmente um píer possui, algo que remetesse à natureza e sua forma orgânica, a ponto de fazer o usuário esquecer que está dentro de uma metrópole. O complexo aproveitou as antigas estruturas de madeira existentes no píer, hoje habitat importante para a vida marinha e local de reprodução de diversas espécies de peixes. Grandes jardineiras que se unem, feitas a partir da própria estrutura que segura o píer, virara colinas e mirantes que se tornaram um anfiteatro a céu aberto. Nas jardineiras foram plantadas centenas de diferentes espécies de árvores e plantas nativas, um verdadeiro atrativo para quem ama a natureza. E tem agora a possibilidade de viver a natureza de perto em Nova Iorque.
Esquerda
As colunas que apoiam o parque alargam-se e tornam-se grandes floreiras na superfície
O complexo tentou reproduzir a sensação de um terreno comum e fugir das formas lineares que um píer costuma ter
Vista área do Little Island Park, projetado pelo escritório Heatherwick Studio
Direita
O parque ‘flutua’ sobre o Rio Hudson e é um dos mais novos atrativos turísticos de Nova Iorque
O pavilhão foi todo concebido em estrutura metálica e o fechamento da cobertura é feito em PVC
Direita
Vegetação local e centenas de espécies de árvores foram plantadas no espaço para aproximar a natureza do usuário
Direita
Um anfiteatro a céu aberto foi criado aproveitando o desnível no local: uma experiência única para o visitante
SESSÃO CINEMA
NA DÚVIDA DO QUE ASSISTIR? A GENTE DÁ A DICA
PROFESSOR POLVO (2020) Gênero: Documentário Craig Foster, um documentarista exausto, conhece um professor improvável e um jovem polvo que mostra uma curiosidade notável. Visitando sua toca e rastreando seus movimentos por meses a fio, ele eventualmente ganha a confiança do animal e eles desenvolvem um vínculo nunca antes visto entre o humano e o animal selvagem. A expedição ocorre em uma floresta de algas na costa da África do Sul. SOUND OF METAL (2020) Gênero: Drama, Musical Em Sound of Metal, um jovem baterista (Riz Ahmed) teme por seu futuro quando percebe que está gradualmente ficando surdo. Duas paixões estão em jogo: a música e sua namorada (Olivia Cooke), que é integrante da mesma banda de heavy metal que o rapaz. Essa mudança drástica acarreta em muita tensão e angústia na vida do baterista, atormentado lentamente pelo silêncio. MEU PAI (2021) Gênero: Drama Em Meu Pai, um homem idoso (Anthony Hopkins) recusa toda a ajuda de sua filha (Olivia Colman) à medida que envelhece. Ela está se mudando para Paris e precisa garantir os cuidados dele enquanto estiver fora, buscando encontrar alguém para cuidar do pai. Ao tentar entender suas mudanças, ele começa a duvidar de seus entes queridos, de sua própria mente e até mesmo da estrutura da realidade.
ESTANTE SELEÇÃO DE LIVROS DA HOME MAGAZINE PARA VOCÊ
EAMES Editora Taschen 96 páginas A dupla criativa Charles e Bernice “Ray” Kaiser Eames transformou o caráter visual da América. Embora mais conhecidos por seus móveis, a dupla formada por marido e mulher, também foi precursora em arquitetura, design têxtil, fotografia e cinema. Esse livro de Gloria Goenig mostra o ilustre repertorio da dupla e todos os aspectos criativos que impactaram diretamente a vida da classe média americana para sempre.. PALM BEACH Edição Assouline 272 páginas Aerin Lauder é uma designer, influencer e mãe de dois filhos que se tornou um ícone do estilo contemporâneo. Com um amor por interiores e um talento para criar espaços convidativos, a estética elegante sem esforço de Aerin criou admiradores em todo o mundo. Com seu olhar aguçado, Aerin mostra um pouco da cultura e lifestyle de Palm Beach, um lugar que é um dos mais conhecidos refúgios de luxo, sinônimo de glamour e sofisticação.
BIBLIOTECA MUNICIPAL NASUSHIOBARA
por Daiana Freitas fotos: Daici Ano
Essa Biblioteca e centro comunitário está localizada na cidade de Nasushiobara, no Japão, a aproximadamente 150 km ao norte de Tóquio. Seu projeto foi resultado de um concurso realizado em 2016, onde a arquiteta Mari Ito, do escritório UAo, foi a ganhadora. Com 4.967 m², a edificação possui forte relação com as florestas locais, que são um importante elemento da identidade da cidade. As florestas e suas sutis mudanças no decorrer dos anos foram inspirações diretas na concepção do projeto. No decorrer do percurso interno pelo espaço, o usuário experimenta camadas de mudanças através da estimulação de múltiplos sentidos, com o objetivo de despertar sempre novas percepções. O primeiro pavimento é um espaço animado e muito acessível, enquanto o segundo é um espaço dedicado à pesquisa e leitura. Para compor todos os espaços, a arquiteta Mari Ito se inspirou em três características-chave: os bolsões florestais (são átrios que representam as clareiras das florestas), as estantes dispersas e a cobertura leafline (teto coberto por persianas e formato irregular como a copa das árvores da floresta). A arquiteta japonesa acredita que as bibliotecas devem servir como um lugar de aprendizado e desenvolvimento do indivíduo e da comunidade, e assim sendo, devem contribuir para o desenvolvimento da cidade como um todo.
Direita
Na fachada, o forro de persianas está presente em toda área interna e também ‘invade’ a área externa
Acima
O forro irregular remete às formas da floresta, onde a copa das árvores também possui esse movimento
Esquerda
Detalhe da geometria torcida que as estantes dispersas criam nos espaços de leitura e convivência
Bastante movimentado, o primeiro pavimento está mais ligado a uma área de convívio da comunidade local
A escada curva interliga os dois pavimentos, um dedicado ao convívio social e o segundo, à pesquisa e ao aprendizado
Acima
O projeto da biblioteca foi resultado de um concurso vencido pela arquiteta Mari Ito
Esquerda
Vista da implantação da biblioteca e da praça de convivência