Missรฃo Kepler
Priscila Gaspar, Thainรก Rosa, Thales Willian, Leonardo Vilela, Samara Oliveira, Eduardo Izidro, Luis Guilherme, Thomas Natanael e Gustavo Pires
Missão Kepler Os propulsores já estavam sendo ligados, eram apenas alguns segundos para a partida e uma gota de suor escorria pelo canto do rosto de Jacob, esta era uma missão extremamente complexa e seu êxito crucial para a NASA, que dependia desta missão para não ir à falência, todas as economias da agencia haviam sido sugadas para a Kepler62. Jacob olhou impaciente para Annie, que correspondeu com o mesmo olhar, aparentemente toda a tripulação sabia o fardo que levavam e de repente todo o raciocínio dos demais foi interrompido pelo rádio de comunicação “2,1...” eles começaram a sair do chão. Toda a cidade já desaparecia quando William olhou pela pequena janela ao seu lado, depois os arredores, até que em um instante o que a tripulação via era somente o desenho da América como nos livros de geografia, eles já estavam no espaço a caminho de Kepler e passariam cerca de um mês na nave até chegarem ao seu destino, um planeta um pouco maior que a Terra, mas com atmosfera propicia para a vida. A missão da tripulação era justamente procurar vestígios de uma nação, alguma espécie que pudesse habitar Kepler, algo que nenhuma sonda havia conseguido. Já a alguns milhões de quilômetros de Terra, Jacob não aguentava mais ficar sentado, soltou o cinto, abandonando o controle da nave(que estava com o destino no automatico) e sentiu seu corpo começar a flutuar - adorava esta sensação, a gravidade zero. Com esforço, se deslocou em direção ao armazém de alimentos se segurando em pequenas barras nas paredes. Os demais, empolgados, também se soltaram, até que estavam todos flutuando e brincando como crianças, Annie e William jogaram um pouco de água pelo compartimento e comentavam que parecia gelatina, Joseph abservava a imagem das estrelas enquanto pensava que qualquer uma delas já poderia ter morrido e ele estava ali, olhando sua luz... Isso pareceu embaraçoso. Jacob saiu de repente do armazém com um pacote de "gastons" e levantou-o com dificuldade para o alto, todos direcionaramlhe seus olhares, principalmente Jane, a garota (mais jovem da tripulação, apenas 19 anos) era viciada "gastrons", balas parecidas com os "gastons" e possuíam o mesmo gosto. -E então, quem quer um rango? -perguntou Jacob com um sorriso malicioso, sua intenção era provocar o desejo surreal de Jane por aquelas pilulas alimentícias. Ele a achava extremamente divertida quando mencionava o "incrível sabor dos gastons" Os olhos de Jane estavam arregalados em uma expressão hilária, tidos a observavam contendo o riso. "Eu! Ai meu Deus Jacob!" ela saiu desesperada se agarrando a tudo que via para se impulsionar, barras, prateleiras e até um pequeno tubo no qual não deu importância. Todos estavam agora rindo enquanto se direcionavam até Jacob para comerem também. Naquele momento fazia apenas 1 hora de que haviam saido da Terra, uma de muitas outras que viriam. Todos foram acordados naquela "noite" com os gritos de Edward, o copiloto da nave. As luzes velhas de alerta piscavam e e a espaçonave chaqualhava. - O que houve?- perguntou Jacob a Edward - Não sei, fui ativar a velocidade da luz, como nas instruções, mas ha algo de errado com as vias de passagem. - Ah droga! chame todos! E avise Rochelle para que venha me ajudar. - OK. Rapidamente Edward saiu em direção aos dormitórios chamando todos. Entrou desesperadamente nos aposentos de Rochelle, que estava já acordada e com uma expressão de preocupação. - O que esta acontecendo? -perguntou - Tem algo de errado, o curso de Kleper sumiu e... - E o que? - Acho que estamos perdidos. De repente todas as luzes internas se apagaram e a temperatura começou a aumentar, fazendo com que Jacob, no comando começasse a suar descontroladamente em baixo de sua roupa térmica. Ele não sabia oq estava acontecendo e a ultima coisa que viu no painel antes de as luzes se apagarem foi algo se aproximando, algo muito grande.
Quando Rochelle abriu os olhos ainda estava em seu dormitório, não conseguia ver Edward e sentia um cheiro incenso. Foi se levantando devagar, mas no meio do impulso algo prendeu sua perna esquerda "Ai!" apalpou algo, uma barra de ferro estava cravada em sua perna e o sangue escorria. -Edward! Edward! -Hum... O que houve? -Nós batemos... Eu acho. Você esta bem? -Estou, mas acho que bati a cabeça... -Venha me ajudar, não consigo levantar, minha perna está machucada. -Ok, espere um pouco. Edward caminhou devagar até encontrar Rochelle e lhe estendeu a mão, começou a puxa-la com delicadeza, mas a forca não era suficiente para levanta-la. "Acho que você vai ter de me lavar...você consegue?" "acho que sim..." Ela se ajeitou e Edward a levantou e um impulso para caminhar lentamente até os restos da porta do dormitório. Caminharam pelo corredor escuro chamando pelos companheiros, mas parecia que todos haviam sumido, continuaram a caminhar ate chegarem a sala principal. Havia algo no chão, alguém. -Vamos, oh meu Deus quem é?-disse Rochelle Edward se aproximou, deixou Rochelle no chão e examinou o corpo. -Joseph! Joseph! Ah cara, você esta vivo? Meu Deus!-Joseph tinha muito sangue no rosto a ponto de estar quase irreconhecível Enquanto chaqualhava Joseph sem êxito, Edward sentiu um calafrio na nuca que se espalhou por toda a sua cabeça e de repente, nada, tudo ficou escuro. Os olhos de Rochelle se abriram devagar, principalmente o esquerdo, que agora era mais perceptível. Estava em um comodo bem iluminado, com algo que parecia uma lampada ou uma bolinha felpuda que emitia uma luz forte acima de sua cabeça, fazendo com que não conseguisse ver literalmente nada. Rochelle se ajeitou no que parecia ser uma maca e viu ao seu lado esquerdo Joseph com o rosto limpo, alguém havia limpado o sangue e os cortes e olhando a direita viu Edward com a nuca esfolada, uma visão não muito boa, mas que lhe fez recordar que alguém, não muito humano, havia o atingido antes de atingi-la também. Confusa tentou se levantar, porém paralizou ao ouvir sons de passos, passos pesados se aproximavam e de repente a única porta do comodo se abriu fazendo com que Rochelle deitasse rapidamente. Aguçou os ouvidos para tentar ouvir o que seus sequestradores estavam dizendo, mas apenas escutava grunhidos, então tentou ve-los, abrindo o olho direito devagar "Oh meus Deus!". Dois seres de pele roxa e listras da mesma cor mas em um tons mais intenso haviam entrado na sala e se comunicavam olhando para Joseph,um deles, o mais baixo falava de forma que parecia preocupada, o outro porém, se mantinha imóvel e majestoso. Rochelle já estava perdendo a paciência, queria sair correndo, bater naqueles seres e salvar seus amigos, mas estranhamente um deles disse algo que lhe chamou a atenção, ele disse "Joseph", ela achou que estava ficando louca, mas o alienígena repetiu o nome, então veio a confirmação: sabiam pelo menos o seu alfabeto. William por sua vez despertou em outro comodo com o resto da tripulação, estavam todos acordados e tentavam se desprender das camas em que permaneciam, haviam laços os prendendo. No canto direito da sala, onde havia uma grande porta, esta se abriu e entrou outro alienígena que segurava uma espécie de alga ou uma gosma, esta entrou cauteloso e observou os humanos até que paracem de se debater. -O que quer de nós? Onde estamos? -indagou Jacob. -Uasha calaga na treutugo hanna ka. - O que? - Gathuo wueribe gogona ta? - Cara.-disse olhando para William. - Você que sabe se virar, vê se consegue falar com o roxinho.
- OK, OK. Hey!- disse para o alienígena. -Hum... Você... Falar... Algo? Eu sou William. Você? Annie prensou o rosto contra as mãos, a tentativa de William foi pior do que a de Jacob, o ser permaneceu imóvel olhando para William com seus olhos com seus olhos amarelos e passou um dos quatro dedos pelos lábio e disse: -Kataranahanna. - O que? Ele disse seu nome? Pode repetir? - Kataranahanna. - Oh meu Deus! Ele nos entende! Hey, hey por que nós estamos presos? Nos solte por favor. - Eu...não possuo per...permissão. - Nossa! Ha ha. Mas por quê? - Não... tenho comando... De repente a porta se abre novamente e surge outro ser roxo, mas esse parece com uma espécie de militar pela postura rígida e disciplinada, ele chama o outro com rispidez e eles começam a discutir, as únicas coisas que poderiam ser entendidas foram uma espécie de maldição, destruição e algo haver com Uxala. Quando terminaram de discutir, o "militar" soltou cautelosamente todos e os conduziu para fora da sala, que dava para um corredor imenso, onde acabava ao ar livre. Já na parte exterior do estabelecimento a visão era encantadora, eles estavam em uma espécie de centro médico, mas se parecia muito com um parque, haviam árvores azuis com detalhes e folhas de varias cores, haviam também muitas que se assemelhavam com sakuras e a grama era de um tom verde limão. Ao horizonte podia se ver o que provavelmente era o centro comercial daquele lugar, com grandes construções e muito barulho. Admirado com a paisagem, William nem sequer viu o grupo se afastar e ir em direção a uma grande construção branca, tanto que levou alguns minutos para encontrar os três amigos e perguntar a Kataranahanna: -Hey, o que é Uxala?-perguntou fazendo o alien se asustar e se afastar. - Não, não diga isso. A maldição, ela sempre volta. - Que maldição? - Uma profecia, que sempre volta com os anos. Uxala é um deus zangado, que nos castiga em tempos de desobediência, com seres estranhos que aparecem e trazem destruição para o nosso povo, meu povo acha que você...são o enviados de Uxala. - Meu deus, nem era para estarmos aqui. Aparentemente Kataranahanna pareceu entender, mas era submisso demais a sua religião e as suas leis, assim seguiu em frente. - Vou leva-los aos seus...amigos. Edward (que havia acordado alguns minutos apos a chegada dos dois aliena) e Rochelle tentavam de todas as maneiras saber o estado de Joseph perguntando por gestos aos seres roxos, mas estes não tinham reação. Cansados de tanto tentar resolveram então desistir e tentar sair da sala,mas foram surpreendidos pela chegada de mais um alienígena que trazia consigo o resto da tripulação. todos conversaram e esclareceram a situação para os senhores daqueles local. Liberados, todos exceto Joseph que estava se recuperando passaram a noite em pequenos quartos no centro médico. Logo de manhã Annie tratou logo de esclarecer suas dúvidas com Kataranahanna, que estava rondando os quartos da tripulação. -Olá, já estamos aqui a um dia ou mais, mas...que planeta é este? - Czarina.
- Ah... Okay, mas, bem como você falou de uma maldição, nossa tripulação não tinha o objetivo de chegar ao seu planeta, foi um acidente e nossa nave acabou colidindo com...Czarnia. Eu gostaria de saber se seu povo não poderia noa ajudar a concerta-la para que pudessemos ir embora e não desencadearmos problemas. - Este pedido tem de ser feito ao general, mas eu os ajudaria a voltar para seu planeta. - Muito obrigada, vou avisar a todos. Jacob, como era representado como o líder a equipe, foi a procura da permissão do general. As negociações foram longas, mas a permissão foi dada e durante cerca de dois meses czarnianos, tempo diferente com relação a terra, czarnianos e humanos trabalharam para concertar a espaçonave e descobrir o que havia acontecido no sistema no dia do acidente. No armazenador de informações da nave os erros foram encontrados, haviam ocorrido falhas tanto no dia da partida, onde um cabo havia se desprendido dos propulsores, quanto na fabricação da nave e após perder a rota, eles haviam entrado em um buraco negro e expelidos em algum ponto, por sorte já mapeado pelos humanos, mas nunca haviam recebido informações de Czarnia, o planeta era uma descoberta. Com o tempo em que passaram em Czarnia a equipe conquistou a confiança dos czarnianos, que cuidaram de Joseph e conheceram muitas riquezas desconhecidas, metais novos e raros. O exopeleno era o mais raro deles e também o mais curioso e eficiente, resistia a qualquer temperatura e seu ponto de fusão era obtido com uma cantiga, era também bem flexível e fácil de ser moldado, tanto que foi usado no concerto da nave. Já haviam se passado cerca de seis meses terráqueos desde o lançamento da missão Kepler, que afinal nunca foi realmente realizada, quando chegou a hora de voltar para a Terra. Edward conseguiu uma ligação informal com a Terra por meio de equipamentos cedidos pelos czarnianos. Informou a volta da tripulação, o que ocasionou grandes comemorações, já que a missão havia sido dada como fracasso e a tripulação como todos mortos e "esclareceu assuntos particulares" segundo ele. - Vamos, vamos! As despedidas foram calorosas, Czarnia confiava nos terráqueos, que foram dados como bênção por todos. A grande maldição de Uxala foi descartada. Após 120 horas terráqueas, a tripulação chegou a Terra, foram semanas de repercussão do grande acontecimento e das descobertas, principalmente do exopeleno. Tal metal foi tão valorizado e explorado a ponto de ser cobiçado de maneira doentia. Manchetes de jornais apresentavam diariente a necessidade humana de tal elemento: "Exopeleno, a salvação contra o uso do alumínio", "Exopeleno, bênção ou descoberta". Kataranahanna estava sentado observando o céu. As três luas de Czarnia estavam cheias, apresentando uma visão bela. Subtamente um rasante atravessou o céu e no horizonte se chocou com o chão, seguido posteriormente por vários. Czarnia começou a ser bombardeada por naves, que ao tocarem o chão, se contorciam até se transformarem em torres de onde desciam centenas de homens dentro de robôs blindados. O terror se espalhou pela cidade de Kataranahanna, crianças corriam para perto de seus pais, que sem saberem o que fazer corriam e gritavam desesperados até serem capturados pelos humanos. Escondido na floresta próxima à cidade, Kataranahanna só podia observar seu povo morrer ou ser escravizado, sem poder fazer nada. Correu para o mais distante que pode, não conseguiu ver aquilo, mas no interior mais nativo na floresta começou a ouvir sons estranhos, como sugadores, resolveu seguir o som e se deparou com dezenas de homens com grandes maquinas extraindo exopeleno das rochas, o ódio assumiu seu coração, os humanos os haviam traído e Uxala os amaldiçoou. Kataranahanna se exaultou e saiu em direção aos homens, porém enquanto corria, estranhamente tudo se tornou escuro. Acorrentado, ele não sabia onde estava, sua cabeca doia e sua memoria estava fraca. O que havia acontecido? De repente surgiu do escuro um homem com trages de metal que soltou Kataranahanna e o levou à empurrões por um corredor escuro até um grande clareira, onde lhe surgiu uma imagem horrenda, centenas de czarnianos acorrentados e lesionados trabalhando na produção de naves espaciais com exopeleno, que provavelmente seriam usadas para explorar novos planetas. Seu coração palpitou fortemente e o sangue lhe escapou amargamente pela boca. Kataranahanna não suportou tal traição e caiu morto diante de seu povo e daqueles que achou serem seus amigos. Lembre-se nem tudo é o que parece.
Priscila Gaspar, Thainá Rosa, Thales Willian, Leonardo Vilela, Samara Oliveira, Eduardo Izidro, Luis Guilherme, Thomas Natanael e Gustavo Pires – 9° ano