EDUCOMUNICA 07 - abril 2013

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Ananda Dinato

EDUCOMUNICA Ação e Reação O Coletivo [Re]Ação surge com a proposta de cursinho alternativo para jovens das escolas públicas do bairro Morumbi e região. Mesclando com oficinas de grafite, produção de texto, teatro e robótica, o prévestibular prepara os alunos para o ENEM, além de promover formação política, social e cidadã dos estudantes. Página 11

Educomunicação

Partilhando experiências

Priscila Diniz

Programa de Pós-Graduação da FACED realiza, no mês de junho, simpósio internacional com ênfase em políticas educacionais. Página 4

Alfabetização na idade certa UFU será polo de formação continuada dos professores da rede municipal de ensino em projeto desenvolvido pelo Governo Federal.

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Cinema para os ouvidos Sétima Arte, programa de rádio experimental produzido por alunos do curso de Jornalismo, apresenta debates semanais sobre cinema.

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PET Conexões promoveu, na UFU, a I Semana de Educomunicação. O evento se baseou em três pilares: comunicação como instrumento de educação, gestão educomunicativa e leitura crítica da mídia.

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Confira o bate­papo com o cinegrafista Rodrigo Mendonça de Faria, técnico em audiovisual do curso de Jornalismo.

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Editorial A busca por pautas para essa edição, a princípio, foi uma tarefa quase impossível. Acreditávamos que já havíamos esgotados as notícias da FACED no número anterior e que não conseguiríamos nada muito interessante para publicar. Mas, bastou que olhássemos para além do que ocorria dentro da Comunicação Social: Jornalismo, para encontrarmos diversos acontecimentos interessantes na Faculdade. É com certo orgulho que dizemos que essa é a primeira edição do EduComunica a trazer mais pautas vinculadas à Pedagogia do que ao Jornalismo. Para produzilo, fomos obrigados a sair de nossa zona de conforto e isso nos proporcionou algo muito importante: vimos que, dentro do fazer jornalístico, é necessário pensar naquilo que é relevante não só para os nossos interesses, mas, também, para aqueles que nos cercam. Nessa edição trazemos notícias importantes como um simpósio internacional a ser sediado na UFU, a eleição da nova coordenadora da Pedagogia, a formação da primeira turma de Pedagogia a Distância – e pensar que achamos que não teríamos pautas! Acreditamos que esse jornal serve como meio de fortificar a integração entre os cursos oferecidos na FACED e essa união é oriunda de um interesse de ambos os lados, uma vez que se uma das partes não se dispusesse a colaborar, sua construção não seria possível. Além disso, o maior intercâmbio entre os alunos e docentes permite que a identidade da faculdade se torne ainda mais forte. C

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Ano IV - abril 2013 - nº 7

Artigo

Não se nasce sexista As questões de gênero – aqui se referindo às questões a respeito do papel social e atribuições distintas de comportamento para homens e mulheres – são um dos Temas Transversais dos Parâmetros Curriculares Nacionais desde 1997. Bonito é ver que, na teoria, essa preocupação já existe há anos. Feio é perceber que a prática discorda da teoria desde sempre. O que importa, na perspectiva das relações de gênero, é discutir os processos de construção e de formação histórica, linguística e social, que levam ao binarismo homem-mulher. A forma como os professores articulam a perspectiva de gênero dentro da sala de aula, de maneira a evitar discriminações nas relações sociais entre as crianças na escola, é uma questão importantíssima. A perpetuação de estigmas a respeito de “coisas de menina ou de menino” deve ser cortada pela raiz: nenhuma criança nasce com estereótipos formados e o papel da escola na quebra dessa dicotomia – que segrega a sociedade de maneira ultrapassada – é fundamental. Não bastasse essa ótica de gênero raramente ser combatida, o que se vê é a ampliação do problema pelo próprio veículo que suporta sua solução: o professor. Rotular alguém de preconceituoso foge de meus objetivos ao escrever esse artigo, mas muita gente misógina culturalmente (veja bem, culturalmente difere de propositalmente) também se forma em cursos de licenciatura. Esse para-

José Elias Mendes

digma intrínseco é justamente o obstáculo a que precisamos superar. E, para tal, é preciso transformar a todos, não somente as crianças. É necessário rever conceitos e problematizar possíveis mudanças na prática pedagógica dos educadores e educadoras. Para exemplificar o que quero dizer, não há necessidade de ir longe. Não é preciso sequer apelar para Santo Google. Já diria o amigo Isley Borges que Simone de Beauvoir se revira no túmulo e, digo mais, manda beijos pra Escola de Princesas recentemente inaugurada na nossa cidade de Uberlândia, Minas Gerais: amostra de um belíssimo desserviço à batalha de quem busca pela ruptura dessa dicotomia e – por que não dizer? – à humanidade. O que se pretende com a criação de uma “escola” que não apenas reforça os estereótipos de gênero, mas se faz útil, ainda, na consolidação da ditadura da beleza? Quanto ao que se pretende, atrevome a sugerir duas hipóteses: primeira, a gênese do abacaxi é a má formação dos professores ou; segunda, uma conspiração alienígena precisa de mulheres magras e submissas que usem rosa e lavem a louça enquanto esperam seus maridos másculos trajando azul chegarem com o sustento da família. Simpatizo melhor com a primeira opção. É difícil convencerme que a precursora de tal instituição tenha intenções malignas para com as criancinhas. Destarte, cachorro velho aprende truque novo, sim! C


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Ano IV - abril 2013 - nº 7

EDUCOMUNICA

Crônicas

A arte de se casar Há muitos anos, nos tempos de nossos bisavós, tataravós ou sabe-se lá de quem, o casamento era o mais importante acontecimento na vida de uma pessoa. Em cada parte do mundo a cerimônia ganhou uma marca especial. Os gregos, por exemplo, com o quebra-quebra de pratos, estimularam a indústria de louças e desenvolveram uma nova forma de resolver o problema das pias lotadas. De uns tempos pra cá, temos visto pessoas que se casam várias vezes, tendo um filho ou dois com cada cônjuge - e nem estou falando dos sheiks árabes. Há casais que casam, descasam, voltam a se casar, se separam novamente, repetindo esta ordem por milhões de vezes, mas Alex e Lisa, o casal de ingleses que superou qualquer outro par, teve 24 cerimônias em menos de dois anos, sem se divorciar nenhuma vez. Detalhe: eles visitaram 22 países e se casaram em 17 deles. Ah, não podemos deixar de falar de economia, já que o casal tem estimulado

Novela da internet É incrível como determinadas coisas acontecem justamente no momento em que elas não poderiam acontecer. Foi assim, em um dia comum, como qualquer outro, que a internet simplesmente pifou no meu apartamento. De uma hora para outra o modem se apagou e todo sinal de contato com o mundo se foi. Posso parecer melodramática demais, mas em uma era em que nada mais se resolve sem a conexão com a web, ficar sem ela se torna algo deveras torturante. Tentando não “chorar sobre o leite derramado”, liguei no atendimento da empresa da internet com o intuito de resolver o problema depressa. Mal sabia que esse era só o início de uma novela cheia de capítulos ruins. Até porque “Quando algo pode dar errado, certamente dará” - é a “Lei de Murphy” agindo como sempre. De uma ligação a outra, de reclamações sem fim ao

Marina Colli muitos setores, empregando fotógrafos, decoradores, mestres de cerimônia, seguranças, cozinheiras, garçons, costureiras... e até de indústrias farmacêuticas pois a mulher que ajuda Lisa a se vestir é alérgica a flores e acabou viciada em polaramine. Nunca antes na história desta galáxia foram registrados tantos casamentos, em tantos lugares do mundo. Estes dados foram confirmados oficialmente na última terça pelo Departamento de Uniões da NASA. Os “casadores” pretendem chegar a 1530 casamentos até as bodas de prata, porém... nada de filhos! Quando questionados a respeito da possível adoção de uma criança africana – irmã do 12º filho adotivo de Angelina e Brad, e do 20º de Madonna, desta vez com um modelo húngaro – eles negaram veementemente, afirmando que não haveria condições financeiras para educar uma criança pois os impostos sobre buffets infantis em todo o mundo estão altíssimos. C

Maysa Vilela pânico de ficar sem internet com milhões de trabalhos para serem entregues, em curtos prazos, o desespero foi me consumindo. Presenciei o ápice do mau atendimento ao consumidor, tentei dezenas de vezes receber uma visita técnica e nada. A única “resposta” que tinha da operadora era a cobrança que não deixava de vir mesmo enquanto estava impossibilitada de utilizar o serviço. Depois de mais de um mês de enrolação e incompetência profissional, após muitas tentativas, a tão desejada assistência técnica chegou e resolveu o problema. Deu pra se alegrar por poder estar online e em contato com o mundo novamente, mas eu peço do fundo do coração, todos os dias, para não precisar dos serviços de atendimento de uma empresa como essa de novo, até porque, estarei perdida, estarei no ritmo deles, isto é, off-line. C

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Seminário aborda trabalho e educação no século XXI Lorena Martins

Amanda Silva e Lorena Martins

Com o objetivo de refletir sobre as novas configurações que assumem as relações de trabalho e educação no mundo contemporâneo, a FACED promoveu o I Seminário “Desafios do Trabalho e Educação no século XXI”. O evento ocorreu entre os dias

09 e 11 de abril, no campus Santa Mônica da UFU. A programação compreendeu conferências, mesas-redondas e mostra de longas-metragens, além de uma reunião interna dos grupos de estudo da Linha de Pesquisa Trabalho, Sociedade e Educação (LPTSE). Para Antônio Bosco, professor e organizador do evento, o desafio do século XXI é “entender qual o papel dos sindicatos, dos trabalhadores e da sociedade, diante de um modelo social que cada vez mais expropria o saber e a força de trabalho da classe subalterna”. A questão da reestruturação pro-

dutiva, Estado, qualificação profissional, movimentos sociais, relações de gênero e novos modelos de sociabilidades produzidas a partir de padrões de organização da educação foram alguns dos assuntos abordados durante o Seminário. O evento contou com a presença de pesquisadores brasileiros de várias instituições, como Ricardo Antunes, professor da Unicamp. O intercâmbio entre pesquisadores, segundo Bosco, viabilizou oportunidades para convênios entre os grupos de pesquisa envolvidos. Para Fabiane Previteli, professora e membro da comissão organizadora, o seminário foi um momento importante em especial para os alunos, pois contribuiu para a formação acadêmica e científica. C

Simpósio Internacional debate políticas educacionais

Flahana Pfeifer e Thatiana Angeli

Acontece de 19 a 21 de junho de 2013, o VII Simpósio Internacional O Estado e as Políticas Educacionais no Tempo Presente. Promovido pelo Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGED) da FACED/UFU, o evento será realizado no Anfiteatro do bloco 3Q do Campus Santa Mônica. Com organização bianual e estimativa de público de 500 pessoas, esta edição do evento terá como foco as políticas educacionais após 25 anos da promulgação da Constituição Brasileira e aspectos relacionados à Conferência Nacional de Educação (CONAE), agendada para

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o ano de 2014. Além disso, devido às mudanças na política municipal, com a nova gestão da prefeitura, serão abordados também os desafios para o sistema de ensino da cidade. Segundo Maria Vieira da Silva, coordenadora geral do Simpósio, o evento contará com a presença de debatedores brasileiros e estrangeiros de diversas áreas do conhecimento, estudantes de graduação e integrantes de movimentos sociais. “A intenção é ampliar Para Marcelo Soares, diretor da FACED, “o Simpósio é de grande importância por proporcionar a divulgação da produção nacional e in-

ternacional do conhecimento na área de políticas educacionais”. A comissão organizadora é formada por professores e conta com o auxílio de monitores, como Juliana Ribeiro Galardo, aluna do quinto período de Sistemas de Informação. Sobre sua atuação nesse trabalho, Juliana afirma que “será uma ótima experiência, pois, desde já, me sinto mais integrada com a universidade. Para os que desejam participar do Simpósio, é necessário realizar o preenchimento do formulário e o pagamento da taxa de inscrição. Maiores informações em www.viisep.faced.ufu.br. C


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PET Conexões realiza I Semana de Educomunicação O Programa de Educação Tutorial (PET) Conexões de Saberes: Educomunicação da UFU promoveu a I Semana da Educomunicação entre os dias 25 e 28 de fevereiro. Seu objetivo foi estreitar o diálogo entre as áreas da comunicação e da educação por meio de palestras, rodas de conversa e apresentação de trabalhos. Diélen Borges, aluna do oitavo período do curso de Jornalismo e bolsista do PET, participou da organização do evento. Segundo ela, a ideia da Semana surgiu da dificuldade dos estudantes na compreensão do que é Educomunicação. “Ninguém precisa gostar de trabalhar com isso ou concordar com o pensamento dos educomunicadores, mas é importante conhecer a área”, completa. O primeiro dia da Semana contou com palestras dos professores do curso de Jornalismo, Mirna Tonus e Gerson de Sousa. “Educomunicação e sua relação com as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação)” foi o tema da apresentação de Mirna, cuja temática foi a adoção de ferramentas de tecnologia da informação como recursos educacionais. Já Gerson tratou da Gestão Educomunicativa. Gerson, coordenador do curso de Jornalismo, acredita que o evento foi importante para o esclarecimento do que é Educomunicação e também na construção da ideia de que o diferencial dos projetos educomunicativos é que eles implicam em intervenções sociais. Ele ressalta que as propostas não podem ser verticalizadas. “Há quem acredite ser mais fácil mudar a comunidade ao invés de articular com ela a

Priscila Diniz

Anna Vitória Rocha e Priscila Diniz

mudança do contexto social”, afirma. No segundo dia do evento, Adriana Omena, professora do Jornalismo e tutora do PET, ministrou a palestra “Discutindo a leitura crítica da mídia”, convidando o público a refletir sobre a forma como a mídia divulga os fatos. “Os profissionais da comunicação tem a função informar à sociedade o que importa, o que é relevante. Isto é o que chamo de conteúdo que edifica, pois acrescenta algo na vida das pessoas”, enfatiza. No dia 27, a doutoranda em Educação Mariana Batista e o professor da Escola de Educação Básica da UFU (ESEBA) André Luiz Sabino compartilharam experiências educomunicativas. “Não posso impor ao jornalista a obrigação de construir um material que eduque seu público. Esse papel é do professor, fazer a transposição entre as duas linguagens”, defende André. Para André, a mídia possui potencial educativo latente, por isso é preciso que se invista nesse diálogo. Ele diz que seu dever “é transformar a sala de aula em um ambiente de aprendiza-

gem onde o aluno torna-se sujeito ativo na sua própria educação”. Com 13 anos de experiência como professora, Mariana Batista conta que sempre trabalhou com recursos de mídia em suas aulas. Seu encontro formal com a Educomunicação se deu em 2012, por meio do curso de extensão da Rede Nacional de Formação de Professor da Educação Básica (RENAFOR), ocorrido na UFU. “Falta aprofundamento na formação interdisciplinar de professores e de comunicadores”, pontua. Aluno do segundo período de Jornalismo, Gabriel Rodrigues acredita que a Semana de Educomunicação foi proveitosa por tornar o debate sobre o tema mais rico. “As palestras mostram a mídia não só como ferramenta de ensino, mas como meio prático de se construir o aprendizado”, explica. Na quinta-feira, 28, a I Semana de Educomunicação foi encerrada com a apresentação de trabalhos produzidos por alunos do curso de Jornalismo na disciplina de Comunicação e Educação. C

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UFU sedia projeto de formação do Governo Federal Divulgação

Giovana Silveira e Leidiane Campos

O Governo Federal está estabelecendo com a rede de ensino público um acordo, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, para realizar a formação continuada dos professores alfabetizadores, de modo a garantir que todas as crianças até os oito anos de idade estejam alfabetizadas. A UFU será polo de encontros de formação dos professores da rede municipal, do Triângulo Mineiro, do Alto Paranaíba, do Noroeste de Minas e da região limítrofe com o Centro de Minas. Este polo formará 165 orientadores de estudo. O curso acontecerá no Campus Santa Mônica e o projeto se desenvolverá ao longo dos anos de 2013 e 2014. Marília Vilela, professora do curso de Pedagogia e coordenadora geral do programa em Uberlândia, afirma que o projeto tem como objetivo reverter e diminuir os índices de analfabetismo no país. Segundo a docente, o Pacto trabalha em quatro eixos: formação continuada de professores alfabetizadores; elaboração

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de materiais didáticos específicos à alfabetização; a avaliação dos alunos por meio de uma prova aplicada pelo INEP (Instituto Nacional de Ensino e Pesquisa); e gestão e mobilização social. De acordo com Marília, a UFU está “trabalhando exclusivamente com a formação continuada dos professores alfabetizadores”. A formação dos orientadores foi dividida em duas linhas: uma sobre linguagem que será trabalhada, neste ano, e outra sobre matemática que será ministrada em 2014. Segundo Rejane Moreira, professora formadora, “nós temos que trabalhar todo um conjunto interdisciplinar”. Desse modo o curso de linguagem não é específico, mas se ramifica em história, ciência, artes e português, explica. A universidade formará os orientadores de estudo, que irão para os seus municípios de origem formar os professores de alfabetização da rede de ensino público municipal. Assim, a secretaria de educação de cada cidade tem a tarefa de selecionar estes

orientadores de estudo e um coordenador para eles. Sandra Vilas Boas é coordenadora dos orientadores de Uberlândia e, segundo ela, a seleção destes professores se desenvolveu em duas etapas: uma banca de entrevista e uma análise de currículo. Sandra esclarece que a condição primordial para participar da seleção para orientador era “ser professor efetivo no munícipio, ter licenciatura em Português e também atuar nas funções de professor ou pedagogo”. A orientadora de estudos de Uberlândia, Telma Monteiro, acredita que a formação fará com que “o professor possa trabalhar com mais desenvoltura a prática e a gestão da sala de aula”. Além disso, Telma afirma que é fundamental que o professor esteja em constante aprendizado, buscando leituras que fundamentem seu trabalho pedagógico, pois, para ela, “a teoria embasa a prática”. Para Luciana Lemos, também orientadora de estudos em Uberlândia, a proposta de alfabetização do Pacto visualiza uma realidade marcada pelo alto índice de analfabetismo no país. Assim, para Luciana, “o que mais temos de positivo são as questões de investimento numa educação com qualidade”. Além dos encontros presenciais de formação na UFU, os orientadores de estudo também atuarão em suas cidades onde promoverão as formações aos professores alfabetizadores. No decorrer do ano, acontecerão cinco seminários de acompanhamento dos orientadores na UFU. C


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O processo eleitoral para o cargo de coordenador da Pedagogia foi realizado no dia 6 de fevereiro desse ano. Nele, alunos e técnicos do curso e docentes da FACED puderam participar da escolha. Lázara Cristina da Silva foi eleita e ocupará o cargo pelos próximos dois anos. O coordenador de curso possui cadeiras no Conselho de Graduação (CONGRAD) e no Conselho Universitário (CONSUN) e, por isso, Lázara acredita que “é um cargo político de extrema importância, porque participa das decisões na instituição como um todo”. A nova coordenadora pretende colocar em prática propostas como trabalhar uma reforma curricular, promover a integração entre turmas e aproximação entre os cursos da FACED. Lázara também aposta numa gestão democrática e participativa, pois considera que “a democracia

José Elias Mendes e Maysa Vilela Ananda Dinato

Pedagogia elege nova coordenadora

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começa com a eleição. Eleitores envolvidos no processo para escolher quem vai estar à frente”. No mesmo processo, os eleitores teriam a chance de escolher também um novo Colegiado de Curso que, na Pedagogia, é um órgão interno formado pelo coordenador, três professores e um aluno. Esse ano, não houve candidaturas por parte dos professores. O mais provável é que o CONFACED

convoque nova eleição para compor o colegiado, conta Lázara. Para Vinícius Vieira, aluno do segundo ano de Pedagogia e eleito como representante dos estudantes, “o Colegiado é responsável pelo processo de ensino e aprendizagem e os discentes constituem-se como um dos polos desse processo”. Ele julga pertinente a participação de todos para efetivar a horizontalidade dessa relação. C

Mestradoiniciacomdebate sobre tecnologia e comunicação

Gabriel Zuccolotto e Gabriela Guimarães

A aula inaugural da primeira turma do mestrado profissional em Tecnologias, Comunicação e Educação, oferecido pela FACED, aconteceu no dia 12 de março com a mesa-redonda “Os desafios das pesquisas interdisciplinares”. Os debatedores foram João Bosco da Mota Alves, da Universidade Federal de Santa Catarina e Walter Teixeira Lima, da Universidade Metodista de São Paulo. Na apresentação do evento, Marcelo Beletti, Pró-Reitor de Pes-

quisa e Pós-Graduação da UFU, afirmou que o mestrado tem o objetivo de formar geradores de conhecimento; profissionais de qualidade que estejam preparados para o mercado de trabalho e não apenas para a área acadêmica. A aluna regular Patrícia Martins, conta que o direcionamento da sua escolha para este mestrado foi justamente a união entre academia e mercado que permite a formação de um profissional mais completo e qualificado.

Walter, quando questionado acerca do principal desafio para pensar na aplicabilidade da tecnologia no trabalho interdisciplinar, respondeu que o comunicador deve entender que ela é um produto humano e, como tal, é o produto cultural e social do homem. João Bosco ressaltou a importância do mestrado interdisciplinar, reforçando que o papel dos estudantes é conseguir modificar a sociedade com a utilização da tecnologia. C

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PIBID da Pedagogia beneficia rede pública de ensino

Laís Farago e Nayane Dominique

O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) do curso de Pedagogia é desenvolvido em escolas da cidade e visa o aprimoramento do exercício docente. Os trabalhos são realizados por alunos, por Olenir Martins, coordenadora do projeto, e por uma pedagoga responsável da escola. A proposta é aplicar as teorias vistas em sala de aula na realidade escolar. Um exemplo é a Escola Estadual Frei Egídio Parisi, onde os trabalhos são desenvolvidos no ensino médio noturno. A seleção das escolas, segundo Olenir, é feita através de um coordenador institucional da universidade que faz uma visita e apresenta o

projeto. Caso os membros da escola concordem e tenham uma pedagoga disposta a supervisionar, o programa é implantado. Além disso, as turmas contempladas são as que possuem alunos com maior índice de repetência e faltas, completa. Os bolsistas do projeto, em reuniões semanais realizadas juntamente com os professores da escola, trabalham no desenvolvimento de materiais pedagógicos criados para satisfazer a necessidade das turmas. Para Flávia Medeiros, aluna do primeiro ano de Pedagogia “o PIBID contribui com o aperfeiçoamento da formação, permitindo nossa atuação e participação no cotidiano escolar, acrescentando experiências e conhecimento dos pro-

blemas encontrados no processo educacional”. Regina Beatriz dos Santos, supervisora da Escola Frei Egídio Parisi, afirma que no início do projeto houve resistência por parte dos professores, mas com o tempo eles passaram a aceitar e participar ativamente das práticas propostas pelo programa. Regina acrescenta que os alunos da Pedagogia “deram um grande incentivo em relação a processos seletivos como o PAAES (Processo de Ação Afirmativa de Ingresso ao Ensino Superior) e o ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio), que na maioria das vezes os alunos nem tinham conhecimento”. C

PET Educomunicação seleciona novos integrantes Francine Naves

Aline Guerra e Francine Naves

O PET Conexões de Saberes: Educomunicação publicou em novembro de 2012 edital para a seleção de seis novos integrantes,

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dentre esses, três bolsistas, para se juntarem ao grupo de 12 petianos. A equipe tem como objetivo principal trabalhar e desenvolver o ensino e pesquisa com foco em educomunicação. A tutora do programa, Adriana Omena, diz que a entrada de novos petianos se faz necessária em razão do afastamento de alunos por motivos diversos, entre eles a conclusão da graduação e intercâmbios. Segundo Adriana, os critérios para participar como bolsista do PET são de caráter socioeconômico. “A renda familiar do candidato deve ser de até três salários mínimos, ser o primeiro da família a entrar na universidade, além de ser

necessária a excelência acadêmica”, explica a tutora. Uma das novas integrantes do PET, Maria José Rocha, aluna do sexto período de Enfermagem, diz que sempre quis participar de um programa tutorial como esse, pois é uma oportunidade para enriquecer o currículo. No entanto, por seu curso não possuir um, ela optou por fazer parte do Conexões de Saberes. O PET desenvolve diversas atividades interdisciplinares como pesquisas, aulas de informática e auxílio a professores em monitorias. Adriana disse ainda, que há plano de lançar um livro contando as experiências vivenciadas no projeto. C


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Rádio(In) transmite programa sobre cinema Junior Barbosa

Leonardo Hamawaki e Lucas Manaf

A Rádio(In), rádio experimental do curso de Jornalismo, tem uma nova atração: "Sétima Arte". Um programa sobre cinema realizado por alunos do segundo e quarto períodos. As transmissões começaram em primeiro de fevereiro de 2013 e ocorrem

às sextas-feiras a partir das 19 horas, com duração média de 50 minutos. De acordo com o idealizador do programa, Thiago Lima, aluno do quarto período, a ideia surgiu quando a Rádio(In) foi criada. " Gosto de cinema e desejo trabalhar nessa área. Montei o projeto e levei para a professora Sandra Garcia, que aprovou", diz. Com o apoio dos alunos Flahana Pfeifer, José Elias Mendes, Maysa Vilela, Laura Máximo e Junior Barbosa, Thiago iniciou a realização do programa. Laura afirma que o trabalho na rádio proporciona uma boa experi-

ência, pois os integrantes preparam os roteiros e executam toda a produção. Junior acredita que o trabalho feito no Sétima Arte permite vivenciar a rotina jornalística e suas responsabilidades, já que toda sexta-feira o programa precisa ir ao ar. Sandra Garcia, responsável pela Radio(In), diz que todos os participantes possuem a mesma importância e estão em igualdade de condições. Ela ressalta ainda que o mérito deles é conseguir mesclar os gêneros opinativo e informativo nos conteúdos abordados no Sétima Arte. C

Mobilidade contribui com formação acadêmica O mercado de trabalho busca profissionais com experiências dentro e fora da sala de aula. Durante a vida acadêmica, muitos alunos procuram ampliar o leque de conhecimento e por isso participam de intercâmbio. A UFU possibilita mobilidade nacional e internacional por meio de convênios com várias instituições, além de concessão de bolsas durante a permanência nos programas. Brunner Macedo, aluno do curso de Jornalismo, estudou pelo programa de Mobilidade Internacional, durante um semestre, na Universidade do Porto, em Portugal. Segundo ele, isto trouxe ganhos para a vida profissional e acadêmica e um olhar diferente para o Brasil. Já Thiago Lima, outro estudante de Jornalismo, acaba de ser seleciona-

do e, em setembro de 2013, irá para Portugal em busca de novos horizontes. A cidade escolhida foi Lisboa, “por ser uma cidade grande, facilita a locomoção para países vizinhos”, afirma Thiago. Segundo Denise Lima, Secretária Executiva da Diretoria de Relações Internacionais da UFU, a internacionalização da Universidade é importante, pois valoriza os cursos e traz reconhecimento à instituição. Marcelo Soares, diretor da FACED, afirma que a participação dos alunos expande os conhecimentos e melhora a qualidade da educação. O último edital aberto para mobilidade internacional, que permite a participação dos alunos dos cursos de Jornalismo e de Pedagogia, foi o programa “Ciência Sem Fronteiras”, atualmente em processo de se-

Brunner Macedo

Maria Emília Duarte e Marina Colli

leção. Os participantes de programas de intercâmbio seguem um planejamento de estudos prédeterminado e o tempo de permanência varia de acordo com a modalidade. C

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Primeira turma de Pedagogia EaD conclui graduação

Gabriel Rodrigues e Paula Nascimento

O curso de Licenciatura em Pedagogia, modalidade a distância, formará sua primeira turma em julho. Utilizando uma plataforma digital, a graduação visa formar profissionais para a área educacional e possui alunos em cinco pólos: Araxá, Carneirinhos, Patos de Minas, Uberaba e Uberlândia. Segundo Maria Irene Miranda, coordenadora do curso, dos 410 matriculados no ano de 2009, 60% devem se formar. “Isso se dá em função do pouco entendimento que se tem do que é o ensino a distância. Muitos têm a concepção de que é mais fácil”, alega. Nesse sentido, a coordenadora da tutoria, Marisa Mourão, diz que seus alunos preci-

sam se dedicar tanto quanto em um curso presencial. Maria Irene alega que as principais dificuldades da coordenação da graduação a distância provêm da falta de uma política institucional da universidade para esses cursos. Ela afirma que os alunos da EaD (Educação a Distância) não dispõem das mesmas ferramentas que os estudantes dos cursos presenciais, como acesso a biblioteca, Restaurante Universitário e utilização de laboratórios. A aluna Sirlene Ferreira, afirma que a escolha do curso nesta modalidade se deu por ela já atuar na área, pela maior flexibilidade de horários, e também, pela oportunidade de aumento salarial.

Sirlene reclama que há um problema de interação entre aluno e tutor, pois algumas vezes os tutores não respondem aos e-mails. Marisa diz que essa foi uma das principais queixas na avaliação institucional e, para resolver esse problema, a coordenação da graduação está buscando alterações na equipe de trabalho e realizando reuniões com o corpo docente. Apesar das dificuldades, Marisa afirma que “a equipe ficou feliz em saber que a maior parte dos alunos realizou uma avaliação positiva do curso”. Sobre a abertura de novas turmas, Maria Irene afirma que existe demanda, mas ainda não há previsão de quando isso ocorrerá. C

Curso lato sensu a distância integra mídias e educação

Giovana Matusita e Guilherme Fragosso

O objetivo é inserir tecnologia às estratégias didáticas dos educadores. Mirna Tonus, coordenadora do curso, destaca que o projeto possui como principal público-alvo os docentes e os comunicadores que trabalham na área da educação. São 250 vagas distribuídas em cinco polos de apoio presencial: Araxá (MG), Campinas (SP), Patos de Minas (MG), Uberaba (MG) e Uberlândia (MG). Os selecionados se beneficiarão dos recursos oferecidos pelo CEaD, por meio de videoaulas e Giovana Matusita

A FACED oferece, pela primeira vez, o curso de Pós-Graduação lato sensu à distância sobre Mídias na Educação, realizado pelo Centro de Educação a Distância (CEaD). Esta especialização, gratuita, terá duração de 18 meses, com carga horária mínima de 360 horas.

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web conferência. O coordenador de tutoria do polo de Uberlândia e da produção de conteúdos comunicativos do CEaD, Marcelo Marques, destaca a principal vantagem de se matricular em um curso a distância: "o aluno consegue estudar aos sábados e naqueles horários de folga, sem precisar ter o compromisso de ir todo o dia ou todo final de semana”. A professora do ensino fundamental, Cíntia Queiroz, aluna do curso, espera aprender a utilizar os recursos midiáticos. "Quero saber aproveitar o conhecimento que meus estudantes obtêm na internet, televisão, jornais e outros veículos e aperfeiçoar meu trabalho como docente", completa. C


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Cursinho alternativo prepara alunos para o Enem O Coletivo [Re]Ação, vinculado ao Grupo de Pesquisa em Educação e Cultura Popular (GPECPOP), realizou no dia 11 de março as inscrições para um curso Pré-ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) gratuito na Organização Não Governamental Ação Moradia. Criado em 2012, o Coletivo tem o objetivo de contribuir com a formação de jovens do bairro Morumbi e região. A proposta é de um cursinho pré-vestibular alternativo, que também visa contribuir para a formação política e social dos estudantes. Os alunos participam ativamente do processo de construção das ativida- áreas de conhecimento exigidas pelo des desenvolvidas e ao final de cada ENEM: ciências da natureza e suas semestre é realizada uma avaliação tecnologias, matemática e suas tecnoem que eles dão suas opiniões e crí- logias, linguagens, códigos e suas tecticas sobre as aulas. nologias, ciências humanas e suas Ano passado, o curso tinha co- tecnologias. mo proposta preparar alunos de esAlém do conteúdo regular são colas públicas para as provas do oferecidos, nos finais de semana, ofiPrograma de Ação Afirmativa de cinas de produção de texto, grafite, Ingresso ao Ensino Superior (PAA- teatro, robótica e vídeo documentáES). Este ano o foco rio. A novidade este "A lógica do coletivo é é apenas o ENEM, ano são as sessões de você ter sistema de ingresso orientação vocacioadotado pela UFU responsabilidade e se nal, realizadas por há um ano. Quarenuma aluna do curso sentir parte do ta alunos entre 14 e de Psicologia. processo" 18 anos assistem auJoão Neves, bolJoão Neves las que acontecem às sista do GPECPOP segundas e quartas-feiras das e um dos fundadores do Coletivo 18h30 às 21h. [Re]Ação, ressalta o desempenho Os professores - graduandos, mes- dos alunos. “Nosso panfleto foi feitrandos, doutorandos e docentes dos to pelos meninos, eles que criaram cursos de matemática, filosofia, histó- toda a concepção gráfica, estética. ria, ciências sociais, geografia, psico- A lógica do Coletivo é isso, é você logia e pedagogia da UFU - ter a responsabilidade e se sentir ministram aulas envolvendo as quatro parte do processo”, afirma.

Ananda Dinato

Ananda Dinato e Lara Lacerda

Thamyres Yanca, 14 anos, aluna desde o início do curso, comenta a didática dos professores, "tiveram algumas matérias na escola que não foram muito específicas e aqui eles nos ajudavam em qualquer dúvida, traziam as matérias, pesquisavam para a gente". Outro aluno, Pedro Vieira, 15 anos, diz que o curso é como uma segunda escola, porém melhor porque os professores são como amigos e as aulas interativas. Com o apoio do Coletivo, ele participa de um projeto de pesquisa na área de robótica na UFU junto com três colegas, e a partir de abril receberá uma bolsa da Universidade no valor de R$150,00. O Coletivo também realizou visitas a todos os campi da UFU para mostrar a realidade da Universidade e fazer os alunos conhecerem um pouco mais de cada curso e com isso auxiliar também em suas escolhas. Mais informações no blog reacaopopular.blogspot.com.br. C

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EDUCOMUNICA

UFU

Ano IV - abril 2013 - nº 7

Três, dois, um... entrevistando! Felipe Flores

Marcamos esta entrevista para a manhã de uma segunda-feira, dia melancólico para nós. Um pouco atrasado, devido a uma gravação, ele chega de bom humor como sempre: “Desculpem o atraso! Como um entrevistado sempre faz, vou inventar uma desculpa para justificá-lo”. Assim começou o papo com o cinegrafista Rodrigo Mendonça de Faria, 35 anos, que trabalha no curso de Jornalismo. Antes de trabalhar na universidade, ele foi cinegrafista da Câmara Municipal de Uberlândia (CMU). Casado, pai da Bruna, de um ano e nove meses, e torcedor do Santos, ele contou ao EDUCOMUNICA como foi seu início na produção audiovisual, e como busca aprimorar seus conhecimentos na área. EDUCOMUNICA: Como foi sua entrada para o mundo da cinegrafia? Rodrigo: Tem um livro muito bacana que se chama ‘On Camera’, que fala que quando se quer trabalhar com TV ou rádio, tem que aproveitar toda oportunidade e trabalhar com o pessoal da área. Se você está envolvido, aprende. Tem cursos de iluminação, captação de imagem, operação de câmera. Eu aprendi com vários profissionais, e também com esses cursos que iam surgindo na cidade. O último que fiz foi no Rio de Janeiro, onde co-

Felipe Flores e Victor Albergaria

É de amizade. Para se trabalhar em um lugar que não tem um clima que você goste, não dá certo. Respeito mútuo é fundamental. Entender que todos estão aqui para aprender. Existirão erros inclusive meus, ninguém é perfeito. Também sou aluno, sei das dificuldades que os discentes têm de agendar as entrevistas e o personagem não aparecer. Temos problemas técnicos, como a locomoção para externas ou erros de gravação. Mas é normal, a gente grava de novo, faz parte do aprendizado. Conte algo interessante que se nheci as novas câmeras da Sony. destacou nesse período em que você Quando surgiu o interesse em está na UFU. Pode ser engraçado, trabalhar com o mundo da TV? triste ou até uma fofoca. Aos 16 anos, eu era garçom em Fiquei surpreso que em apenas 5 um restaurante. Um amigo me falou anos de UFU eu vi o time do Oscari sobre vagas em um estúdio para au- ser campeão da Libertadores. Foi o xiliar de produção, que acompanha o mais surpreendente que poderia ter cinegrafista em estúdio e em exter- ocorrido! (Risos) nas. Comecei no programa do BatisDe bacana, são as gravações que ta Pereira, "Disk aparecem. Às vezes "Quando se quer 190", da extinta TV acho que não vão dar Manchete. Com três trabalhar com TV ou em nada, mas uma meses consegui a varádio, tem que se simples gravação ga de cinegrafista. O com um professor da aproveitar toda diretor achou que eu Química ou da Enoportunidade" era capaz e me configenharia e você perou o cargo. Aí apareceu o concurso cebe que a matéria poderia ir para a da CMU e o da UFU, e hoje, graças rede. Tem muita coisa interessante a Deus, estou aqui. nos campi da UFU para os alunos Você é muito querido pelos alu- fazerem matéria, inclusive pra usar nos e professores do Jornalismo. de portfólio quando forem bater na Como é a sua relação com eles? porta de uma emissora. C

EXPEDIENTE O jornal EDUCOMUNICA é uma produção experimental dos alunos do 2º período do Curso de Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desenvolvida no Projeto Interdisciplinar em Comunicação II, sob orientação da Profª. Drª. Mônica Rodrigues Nunes. Reitor: Prof. Dr. Elmiro Santos Resende. Diretor da FACED: Prof. Dr. Marcelo Soares Pereira. Coordenador do Curso: Prof. Dr. Gerson de Sousa. Editores-chefes: Gabriel Rodrigues, Marina Colli, e Victor Albergaria. Monitores: Caio Nunes e Tulio Calegari. Editoração: Ricardo Ferreira de Carvalho. Tiragem: 1 00 1Paula 2 Nascimento exemplares. Impressão: Agência de Notícias – Jornalismo/UFU.


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