Educomunica 09 - março 2014

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Divulgação

EDU C OMUNICA TerraCotta: Dançando nossa cor

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Mestrado profissional ou especialização?

A recente formação do núcleo de alunos que compõem a empresa júnior do jornalismo, Communicare, começa com boas expectativas para este ano. O objetivo é aprimorar e fazer crescer, o trabalho que já vem sendo realizado há três anos, tornando a empresa conhecida entre os estudantes da Universidade e no mercado de trabalho. Página 1 2

Inglês sem fronteira O curso presencial de inglês funciona como ferramenta ao aprimoramento do aluno no domínio de uma segunda língua. Uma forma de estar mais preparado para as exigências do mercado de trabalho. Página 3

ENTREVISTA

A falta de opções de cursos de especialização em Comunicação na região e o desejo de buscar mais conhecimentos faz com que profissionais busquem por mestrado profissional. Uma forma também de melhorar o currículo. Página11

Lei de Cotas A Lei de Cotas provoca mudanças na forma de ingressar na Universidade. O assunto gera polêmica e a transição na UFU deve terminar em 201 6. Giane, foto ao lado, foi uma das beneficiadas.

C indy Freitas

Communicare está com nova formação

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A equipe do EDUCOMUNICA conversou com duas recém-formadas. Mariana Goulart e Ana Gabriela Faria são da segunda turma de Jornalismo. Elas falam de mercado de trabalho e as perspectivas de carreira. Página 1 2


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Editorial

Abrimos as janelas e deixamos que as histórias se adentrassem. As notícias foram encontrando seu espaço sem local marcado. Tudo posto em seu lugar, a nova edição do Educomunica ganhou corpo e voz. Uma edição plural e diversificada. Notícias importantes foram abordadas nesta edição. Como fica o ingresso na Universidade com a Lei de Cotas? No pilar da pesquisa, uma matéria sobre Iniciação Científica, e outra sobre os projetos dos docentes que terão financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais, a FAPEMIG. Mostramos também os projetos de cultura negra “Dançando a Nossa Cor” do grupo TerraCotta e de Inclusão digital voltada à terceira idade através do Telecentro Comunitário. Disicutimos a ocupação e luta pela manutenção do novo espaço físico do Centro Acadêmico de Comunicação Social. Saiba mais sobre o mestrado profissional oferecido pela FACED, o programa Inglês sem Fronteiras e a nova equipe da empresa júnior do curso de Jornalismo, a Communicare. Para finalizar, uma entrevista com jornalistas recém-formadas sobre o mercado de trabalho. C

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Crônica

Salve! Salve! Mais um Big Brother

Não sou uma pessoa que costuma assistir muito à televisão. Nas reuniõezinhas mensais, sempre fico meio à margem quando este é o assunto. Porém, da última vez que nos encontramos, as ouvi discutir sobre como tem gente chata que reclama toda vez que se inicia uma nova temporada de Big Brother Brasil. Não dei atenção mas, ao entrar no facebook, percebi que era verdade: o vírus BBB estava se espalhando. Um programa que tem todos os elementos para seduzir a maioria dos telespectadores: gente bonita, homossexuais, intelectuais, brigas e festas regadas a álcool. Tudo isso em uma casa, cheia de câmeras que nunca são desligadas. Milhões de brasileiros atentos, sedentos e famintos por cada passo e palavra dita pelos confinados. Um país inteiro que muda sua rotina para acompanhar provas de resistência, que ditam quem permanece ou não mais uma semana na ‘casa mais vigiada do Brasil’. É fato que programas no formato de Reality Show seduzem e continuam seduzindo telespectadores não só pela curiosidade de observar Errata um ser humano em sua plenitude, Na edição de nº 08, página 9, a mas também pela necessidade diária aluna na foto é Mariana Molina e de acompanhar cada atitude e cada não Eliamar Godoy. ‘reviravolta’ na rotina dos partici-

Mariana Marques Molina

pantes. Porém, chega janeiro que começam as reclamações e críticas moralistas em cima de um programa que, acima de tudo, é um sucesso de audiência, por isso era de se esperar que um sucesso de audiência como o Big Brother Brasil gerasse manifestações a favor e contra sua existência. Mas, o que é realmente irritante, é o fato de pessoas como eu e você criticarem a futilidade de um programa e, no aconchego de seu lar, ligarem a televisão para descobrirem quem foi o mais votado no paredão. Qualquer acontecimento vira uma incrível vergonha de ser brasileiro na mão destas pessoas que ligam a televisão todas as noites e torcem a cada prova do líder. Choramos com os participantes. Acompanhamos o discurso de despedida proferido pelo Bial e corremos para o chat com o participante eliminado após o programa. Depois de tudo isso, ainda postamos nas redes sociais “Que lixo de BBB!” e fazemos cara feia quando alguém toca no assunto. As pessoas sentem prazer em reclamar. Eu estou aqui, reclamando das pessoas que reclamam. E longe de mim defender um programa manipulado. Nem gosto de TV aberta, muito menos de Rede Globo. Agora me dá licença, hoje tem prova do líder. C

EXPEDIENTE O jornal EDUCOMUNICA é uma produção experimental dos alunos do 2º período do Curso de Comunicação Social: Habilitação em Jornalismo da Faculdade de Educação (FACED) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), desenvolvida no Projeto Interdisciplinar em Comunicação II, sob orientação da Profª. Ma. Patricia Amaral. Reitor: Prof. Dr. Elmiro Santos Resende. Diretor da FACED: Prof. Dr. Marcelo Soares Pereira. Coordenador do Curso: Profª. Drª. Ana Spannenberg. Monitor: José Elias Mendes Neto. Editoração: Ricardo Ferreira de Carvalho. Tiragem: 1 00 exemplares. Impressão: Agência de Notícias – Jornalismo/UFU. 2


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UFU oferece curso presencial do Inglês sem Fronteiras

Jhonatas Elyel - Mariana Paes - Michael Kealton - Rafael Leonel - Sérgio Dalláglio

bém tem a questão pessoal, eu tenho vontade de viajar e o inglês é a língua universal, então é ótimo saber”. A coordenadora do curso de Jornalismo, Ana Cristina Spannenberg, afirma que, dependendo do objetivo do jornalista, ter um segundo idioma é importante, pois, por exemplo, este ano, muitos veículos de comunicação estão procurando jornalistas que falem outra língua, “Nós vamos ter um monte de estrangeiros por causa da Copa, e a gente tem isso como deficiência”, conclui. Devido a grande procura de especialização em outros idiomas, em um futuro próximo o IsF se tornará Idioma sem Fronteiras, afirma Ivan. “Já está se estudando a possibilidade de o espanhol entrar, inclusive com subsídios do governo federal para instituições que não tem o curso de espanhol. Para a UFU não será problema, pois nós já temos o curso de espanhol, o francês também não vai ser nosso problema”, finaliza. C Rafael Leonel

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Com o atinjam um nível de inglês aceitável objetivo de nos exames exigidos. aprimorar a O estudante que estiver interessaproficiência do em fazer o Inglês sem Fronteiras, em língua in- pode se cadastrar pela internet, tenglesa dos es- do de participar do módulo de ensitudantes universitários, foi formada no de inglês online, o My English uma parceria entre o MEC, a Secreta- Online, MEO, plataforma onde o ria de Educação Superior e a Coorde- aluno praticará o idioma e o nivelanação de Aperfeiçoamento de Pessoal rá pela tela do computador. De nove de Nível Superior que criou em de- de dezembro de 2013 até três de jazembro de 2012 o programa Inglês neiro de 2014 a UFU ofertou 990 sem Fronteiras, IsF, presente nos cur- vagas em cursos presenciais do IsF, sos de graduação, pós-graduação, para os alunos que se encontravam mestrado, doutora- "Muitos veículos de desde o nível dois do e pós-doutorado. até o cinco do comunicação estão O coordenador MEO. da Central de Lín- procurando jornalistas O nível máximo guas, Ivan Marcos foi atingido pelo bilingues" Ribeiro, explica Ana Spannenberg aluno do quarto peque o curso do Inríodo de jornalismo, glês sem Fronteiras na UFU está há José Elias Mendes, que começou a algum tempo traçando um caminho participar das aulas, no inicio de para implementar seu projeto. “Eles 2014. “Assim que você se inscreve estão desde agosto trabalhando na aparece esse teste de nivelamento, que implantação deste curso, do Inglês vai te dizer em qual nível você entra. sem Fronteiras, só que esse progra- Quanto mais conhecimento em inglês ma já existe há uns bons dois anos”, você tem, mais longo o teste é”. As afirma. aulas presenciais são ministradas duO principal objetivo do Inglês sem rante quatro meses, e possuem duraFronteiras é atender as demandas de ção de quatro horas semanais de outro programa do governo federal, o acordo com a escolha do aluno. Ciência sem Fronteiras, CsF, que faz Falar outro idioma foi o que moticom que o aluno tenha a oportunida- vou também o estudante do primeiro de de estudar em Universidades no período de Economia, Warwick Kerr, exterior. que se inscreveu no IsF, mas não teve O CsF, mandou cerca de 110 mil oportunidade de frequentar as aulas alunos para outros países, e hoje dis- ainda. “Acho que hoje o mercado de ponibiliza aproximadamente 100 mil trabalho exige o inglês. Então não é bolsas, as quais muitas não podem ser uma questão de importância apenas, utilizadas, pois a falta de proficiência mas de necessidade. Na própria faculdos universitários, faz com que não dade você já é muito exigido, e tam-

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CACoS tenta garantir espaço físico

Camila Pavani - Gabriela Petuski - Laura Moreira - Leandro Fernandes - Muntaser Khalil

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deveria ter providenciado ao longo desse tempo, no entanto, existe toda uma burocracia e toda uma gama de necessidades da Universidade, por isso, as prioridades dos recursos é uma decisão bastante complicada. “Quando soube da ocupação, fui conversar com os alunos, que me receberam muito bem. No entanto, até agora, nenhum apresentou critério algum e nem documento que comprove a existência de um C.A..”. Ele conta ainda que existe um projeto para um prédio só de Centros Acadêmicos e Atléticas, mas é um grande investimento, ainda está em fase de discussão”, completa. O CACoS já organizou três Semanas de Comunicação, o XX COBRECOS e vários outros espaços de discussões. Já enviou ofícios e memorandos aos órgãos responsáveis, como um memorando direcionado diretamente à Prefeitura de Campus de em cinco de janeiro de 2014, além DC E UFU/ Divulgação

O Centro Acadêmico de Comunicação Social, CACoS, tem lutado por espaço físico desde 2011. Carlos Gabriel Ferreira, diretor do Centro, lamenta ser tão difícil conquistar um espaço para os estudantes do curso: “Os empecilhos são burocráticos, durante esses anos nós sempre fazíamos pedidos para a Prefeitura Universitária, para o Reitor, para a ProEX e todas as outras Pró-Reitorias que podiamos ter acesso e fazer o pedido. Nunca obtivemos uma resposta e nunca tivemos acesso à nenhuma sala, por isso decidimos ocupar dessa vez”, diz . No dia 13 de janeiro ocorreu a ocupação de cinco salas no bloco 5S do campus Santa Mônica sob tutela de Max Ziler, coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes. A interação entre os diretórios e centros acadêmicos que não possuíam espaços físicos já era organizada pelo DCE desde o início do ano. Ainda não está confirmada a garantia da sala ocupada no bloco 5S para o CACoS, caso os alunos sejam obrigados a deixar a sala, as reuniões deverão voltar ao seu caráter nômade. O prédio 5S não foi entregue à Universidade Federal de Uberlândia, pertencendo ainda à construtora responsável. O Diretor de Logística da Prefeitura Universitária, Wesley Diniz, pediu aos responsáveis pelos cinco Centros Acadêmicos um documento para analisar a proposta dos estudantes. Wesley diz entender a revindicação do CACoS como justa e entender também que a Universidade já

de possuir um estatuto, e se manifestar na Universidade. Os Centros Acadêmicos são espaços físicos para os alunos dos cursos presenciais das Universidades. “O C.A. é um ponto de encontro para estudantes. É onde eles podem desenvolver pesquisas, onde eles podem fazer outras reuniões para além do próprio C.A.” explica o estudante do curso de jornalismo Carlos Gabriel. Durante os últimos dois anos as reunões do CACoS foram realizadas em diferentes lugares, dificultando o trabalho dos alunos. Em resposta, Isley Borges afirma que, desde a criação do Centro Acadêmico, o grupo sofre com a falta de atenção da parte administrativa com as necessidades dos estudantes. Isley Borges diz que desde que está na gestão da entidade, há dois anos, enviaram inúmeros memorandos internos e abaixo-assinados dos estudantes, esclarecendo à reitoria sobre a importância da demanda eque tanto a gestão liderada pelo Prof. Alfredo, quanto a de Prof. Elmiro, estavam cientes de que o CACoS precisava de uma sala. “Em 2013, quando sediamos o Congresso Brasileiro de Estudantes de Comunicação Social, COBRECOS, conversamos com o Prof. Leonardo Barbosa, Diretor de Assuntos Estudantis e com o Prof. Régis sobre a dificuldade em realizar um grande congresso sem termos, ao menos, uma sede. Parece-me que não houve sensibilidade com o movimento estudantil”, afirma Isley. C


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Forma de ingressar na UFU passa por mudanças

Cindy Freitas - Luísa Salviano - Nayara Ferreira - Thais Fernandes

Nayara Ferreira

A forma de ingresso nos cursos superiores das Universidades Federais foi alterada pela Lei das Cotas, aprovada em agosto de 2012. Ela determina que metade das vagas oferecidas anualmente seja reservada para cotistas e deverá ser cumprida em até dois anos. Já em 2013, as instituições teriam que separar 25% da reserva prevista para esses candidatos. Nesta edição do Exame Nacional do Ensino Médio, ENEM, o curso de Jornalismo da UFU teve 50% das vagas reservadas aos cotistas e 25% para a modalidade de ampla concorrência. Para completar o total de vagas fornecidas pela Universidade, o restante foi destinado ao Programa de Ação Afirmativa de Ingresso no Ensino Superior, PAAES, garantindo o ingresso de alunos que cursaram os últimos sete anos em escola pública. Assim, 75% do total das vagas são destinadas apenas a cotistas. Marcelo Soares, diretor da FACED, diz que essa porcentagem se deve à transição que está ocorrendo

na Universidade. O PAAES, proces- que não são negros, existe o fator so seletivo de três etapas, será extinto histórico da escravidão negra no ainda esse ano. “A “Se o fizermos, ficamos Brasil. Em decorpartir da aprovação rência disso, temos com visões préda Lei das Cotas, a uma grande popuUniversidade pas- concebidas e muitas lação pobre, na sou a ter de cum- vezes preconceituosas qual boa parte é prir integralmente do que efetivamente com negra", explica. aquilo que estava Felipe alega que as previsto na legisla- informações e dados chances existem ção. No entanto, já mais próximos daquilo em níveis diferenhavia um processo que é a realidade." tes levando em seletivo iniciado. as Marcelo Soares consideração Em função disso, a ferramentas sociais Universidade deliberou por uma disponíveis para cada classe ou etnia. transição até a implantação integral O diretor da FACED afirma que dos parâmetros previstos pela lei”, ainda é muito cedo para dizer como a explica Marcelo. porcentagem de vagas para alunos de Geane Amaral, aluna do segundo escola pública irá impactar na dinâperíodo de Jornalismo ingressou atra- mica da Universidade e no perfil dos vés do sistema de cotas sociais e raci- alunos. Para ele, é muito embrionário ais. Ela alega que mesmo tendo prever a influência dessa mudança na estudado em uma escola pública de qualidade do ensino. Não há como qualidade, não há um suporte para sustentar essas informações em eledisputar uma vaga na modalidade de mentos objetivos. “Se o fizermos, fiampla concorrência. “Considero que camos com visões pré-concebidas e é um desafio de todas as esferas - mu- muitas vezes preconceituosas do que nicipal, estadual e federal - a qualida- efetivamente com informações e dade educacional, porque os horários dos mais próximos daquilo que é a são muito corridos para que os profes- realidade. Tudo precisa ser avaliado sores, além de cumprir o calendário considerando essas diferentes dimenescolar, deem suporte para os alunos sões do contexto”, diz Marcelo. encararem os exames”, pondera. A transição que está ocorrendo na Sobre as cotas raciais, Felipe Flo- Universidade terminará apenas em res, discente do quarto período de 2016. Os candidatos do PAAES reaJornalismo, afirma ser a favor desde lizarão a última prova do processo que estejam inseridas nas cotas soci- este ano e ingressarão em 2015. Ao ais. Ele afirma que apesar do precon- final da mudança, a UFU destinará ceito existente, o jovem negro de 100% de suas vagas do início do ano classe média ou classe alta possui para o ENEM. O vestibular para inmelhores maneiras de lidar com isso. gresso de alunos no meio do ano se"Apesar de saber que existem pobres rá mantido. C 5


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Iniciação Científica abre portas para pesquisas

Monalisa França

Iniciação Científica, IC, é um pro- Ela afirma que participar de um programa de pesquisas acadêmicas que grama como este foi uma oportunidabusca iniciar o aluno da graduação na de excelente, pois a fez amadurecer carreira de pesquisador, além de qua- como aluna, profissional e cidadã. lificá-lo para o ingresso em mestrados “Você aprende a cumprir prazos, a e doutorados. As vagas de ICs são correr atrás por você mesmo, porque, preenchidas com bolsistas e voluntári- se você não faz, a pesquisa não anda”, os. A UFU, em parceria com o acrescenta. CNPq, Conselho Nacional de Desen- Formada pela primeira turma de volvimento Científico e Tecnológico, jornalismo e, atualmente, repórter no e a FAPEMIG, jornal Gazeta do Fundação de Am- "Se você não faz, a Triângulo, Aline de paro à Pesquisa do pesquisa não anda" Sá diz que está “coEstado de Minas Gisllene Rodrigues lhendo os frutos de Gerais, financia uma pesquisa realibolsas de estudo com o objetivo de in- zada há dois anos”. Ela desenvolveu o centivar o projeto dos estudantes. projeto com um professor doutor do Ana Spannenberg, coordenadora e Instituto de História e afirma que este professora do curso de Jornalismo da aspecto tornou o trabalho ainda mais UFU, diz que o “tripé” básico para a interessante, pois conseguiu notar deformação na Universidade é o ensino, talhes com a visão do historiador juna pesquisa e a extensão. A iniciação to ao olhar do jornalista. Ela conclui científica se situa no pilar da pesquisa. dizendo que “ser jornalista é saber caEla complementa dizendo que o alu- minhar nessa interdisciplinaridade”. no que faz IC tem maior facilidade na A iniciação científica pode e deve escrita de trabalhos em geral, além de ser realizada por aqueles que querem conseguir um resultado melhor em atuar no mercado, pois o projeto serve matérias mais conceituais. de complemento para o exercício da Gisllene Rodrigues, que está con- carreira. Segundo Aline, o profissiocluindo o curso, terminou recente- nal torna-se mais versátil. Gisllene asmente o seu segundo projeto de IC. segura que as pesquisas que desenvolveu a ajudaram a ter um pensamento mais crítico e reflexivo ao elaborar uma reportagem e ver a sociedade além do senso comum. Gisllene iniciou o projeto como voluntária, e afirma que isso foi positivo, pois assim que saiu a bolsa ela não precisou passar por processo seletivo; por isso ela aconselha que não se deve buscar apenas ICs com bolsas, mas antes, correr atrás do conhe6

Monalisa França

Carolina Rodrigues - Geane Amaral - Kennedy Costa - Monalisa França

cimento que esta proporciona, e, assim, as recompensas chegam naturalmente. Ambas se sentiram realizadas ao término do projeto. Aline também se sentiu aliviada, pois, segundo ela, o trabalho é muito desgastante. Gisllene lamenta não poder fazer outra Iniciação Científica, porque está no final de sua graduação, mas ela já planeja fazer mestrado e doutorado, conciliando o mercado com as pesquisas. Conhecer os projetos desenvolvidos pelos professores que mais se identifica, correr atrás das oportunidades, desfrutar desse e de outros benefícios que a Universidade oferece são algumas dicas que as duas compartilham com os que se interessam pelo universo da pesquisa. C


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Mestrado Profissional diferencia jornalistas no mercado

O mestrado profissional, coordenado pela professora doutora Adriana Omena, oferecido pela Faculdade de Educação, FACED, é voltado para o aluno que tem experiência profissional ou que de alguma maneira esteja inserido no mercado de trabalho. Desde a pontuação no processo de seleção até o cronograma de aulas, o Programa de Pós-Graduação em Tecnologias, Comunicação e Educação, PPGCE, dá àquele que de alguma forma está empregado, a oportunidade de sair à frente dos outros candidatos. O programa leva em consideração o número de produções, ao contrário do mestrado tradicional que dá mais peso para a participação dos inscritos em bolsas de extensão, iniciação científica e projetos acadêmicos. Segundo Adriana, o mestrado profissional se difere do outro por três características básicas, sendo elas o perfil do aluno que entra; o tipo de atividade oferecida, que busca dialogar com o mercado; e também o produto

que será desenvolvido ao final do pro- Aonde trabalho o aumento salarial grama, que deve responder situações vem por merecimento, na maioria das reais da área em que o mestrando está vezes.”. Outro motivo que a levou painserido. Segundo a coordenadora, a ra o mestrado profissional foi a falta pós, oferecida pela UFU, em nada in- de especializações na área, em Uberterfere na escolha entre atuação no lândia. “Sei que tem algumas voltadas mercado ou academia. “Do ponto de para o marketing, mas não tem nada vista da CAPES, o mestrado profissio- a ver comigo.” completa. nal tem a mesma validade do outro, Felipe Saldanha, aluno formado permitindo que o aluno siga também a pela primeira turma do curso de Jorcarreira acadêmica "Todo curso sempre nalismo da UFU caso ele queira”, ingressou no Mespesará muito afirma Omena. trado Profissional favoravelmente no Fernanda Tor- currículo, ainda mais no logo que saiu da quato, formada em caso de um mestrado graduação. Felipe, jornalismo pela com uma proposta tão ao optar pela pós, Universidade Fedeconsiderou o olhar inovadora" ral de Viçosa, está Felipe Saldanha que as empresas no mercado desde lançam sobre um 2010. Sentindo a necessidade de me- candidato com mestrado no currículhorar seu currículo, se inscreveu para lo e como aquele que busca aprimoas provas de seleção para o Mestrado rar-se tem vantagens. “Todo curso Profissional e conseguiu ser aprovada. sempre pesará muito favoravelmente Quanto à melhora salarial que o mes- no currículo, ainda mais no caso de trado pode acarretar, Fernanda expli- um mestrado com uma proposta tão cou que depende da política da inovadora, interdisciplinar e atenta empresa para a qual se trabalha. “Em às demandas do mercado.”, conclui órgãos públicos esse aumento existe. Saldanha. C Luiza C aleffi

Arquivo Pessoal

Caroline Bufelli - Érika Abreu - Gabriela Zanca - Luisa Caleffi - Maria Clara Vieira

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Telecentro proporciona inclusão à terceira idade Observando a necessidade de inclusão digital da terceira idade e de professores da rede pública às novas tecnologias, a Universidade Federal de Uberlândia oferece, desde 2013, o Telecentro Comunitário. Existentes em todo o país, os Telecentros são uma iniciativa do Ministério das Comunicações visando à popularização do acesso à informática. Também atuam no desenvolvimento de habilidades digitais básicas para a adequação dos cidadãos às necessidades profissionais e sociais do século XXI. Devido à grande procura dos idosos, o Telecentro UFU reabrirá novas turmas em 2014. A partir de meados de 2013, a Faculdade de Educação, FACED, verificou que havia na UFU duas unidades do Telecentro, uma no campus Santa Mônica, outra no campus Ituiutaba, e atraiu para si a responsabilidade de gerir o projeto, através do PET Conexões de Saberes - Educomunicação, englobando os cursos de Jornalismo, Pedagogia e Licenciaturas. Marcelo Silva, atual diretor da FACED, aponta que o projeto encontrava-se inativo e agora vê na nova gestão uma possibilidade de desenvolver habilidades acadêmicas. “A faculdade de Educação assumiu as atividades tendo em vista a interface entre a natureza do Telecentro e os dois cursos da FACED”, diz. Assim, depois do término do projeto e devido ao maior interesse dos idosos, o projeto irá 8

Bianca Judice

Renato Pinheiro - Marcelo França - Bianca Judice - Talita Vital

continuar em 2014 para os maiores de 60 anos, dando prioridade para os que mostraram interesse mas não conseguiram vaga no curso anterior, afirma Adriana Omena, Tutora do PET Conexões de Saberes Educomunicação. “Provavelmente formaremos as novas turmas a partir da lista de espera que contém mais de 50 pessoas”, aponta. Integrante do PET e uma das responsáveis pela turma da terceira idade, Kênia Pimenta, conta que não houve a preparação ideal para trabalhar com idosos, mas que a experiência foi enriquecedora. Ela relata que à medida que o curso foi se desenvolvendo, houve a perda do receio dos idosos relacionado ao computador e um rápido aprendizado na inserção em um mundo no qual se sentiam desconfortáveis. “Eles utilizam as ferramentas e ficam felizes com isso. Eles são muito gratos ao traba-

lho que a gente fez”. E diz, ainda, que o carinho e amizade feitos no decorrer dos três meses de curso são essenciais para suprir a carência de uma vida em que poucos têm tempo para ensinar ou dar atenção. Marly Castro, participante da primeira turma do Telecentro UFU, diz que se sentia como uma analfabeta por não dominar as novas tecnologias que seus filhos e netos tanto utilizam. Essa sensação foi o motivo de sua inscrição. O interesse foi despertado após ter lido no jornal Correio de Uberlândia sobre a abertura do curso e madrugou para garantir uma vaga. “Me sinto poderosa. Me sinto muito bem. Ninguém vive na escuridão”, afirma. Segundo Marly, a inclusão digital dos idosos consiste na expansão de suas vidas a um novo mundo, no qual podem se sentir em igualdade ao resto da população.C


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Communicare começa o ano com nova formação

Além da manutenção de atividades já iniciadas na gestão anterior, o grupo chega com diferentes propostas de trabalhos e desenvolvimento da empresa, dividindo-a em cinco braços de atuação nas mais diversas áreas que o meio jornalístico oferece, sendo eles: Assessoria na Área de Comunicação Organizacional; Produção e Organização de Eventos; Comunicação CientífiMariana Almeida

Com o intuito de preparar o aluno para a atuação no mercado de trabalho, a empresa júnior do curso de Jornalismo da UFU, Communicare, conta com nova formação em 2014. O núcleo de alunos, tendo como presidente o discente da quarta turma José Elias Mendes, dá início à outra fase com fôlego e ânimo redobrados. Criada há três anos por alunas da segunda turma de Jornalismo, o objetivo era trazer experiências profissionais dentro do universo acadêmico. Com esse novo time, novas ideias e propostas aparecem, beneficiando os integrantes e a própria empresa. Para Marcelo Marques, tutor da Communicare, “é um trabalho sério, bem feito, produzido com criatividade e conteúdo. Quem realmente bota a mão na massa e faz acontecer é o aluno”. Tendo proporcionado às antigas integrantes maturidade profissional através da vivência mercadológica, a ex-diretora de projetos Bruna Isa, recém-formada acredita que a Communicare contribui principalmente na aproximação do aluno com as expectativas do mercado, “A principal experiência que a Communicare me trouxe foi ter contato direto com os clientes e com as cobranças feitas por eles, hoje estou mais confiante”, diz. Esse contato também traz mais noção quanto a aplicabilidade dos conceitos acadêmicos aprendidos ao longo do curso, aponta Marcelo, com as melhores expectativas possíveis quanto aos novos integrantes.

Mariana Almeida

Bruna Saquy - Bruna Pratali - Mariana Almeida - Mariana Capicotto

ca, com a elaboração e formatação de trabalhos acadêmicos; Mídias, na produção audiovisual e linguagem digital; e por último, Produção de Notícias. Segundo a diretora administrativa, Nayara Ferreira, tudo isso tem o intuito de aprimorar e fazer crescer a Communicare, vinculada ao melhor curso de Jornalismo do país segundo o INEP 2013, para que ela seja cada vez mais efetiva e conhecida entre os estudantes e no mercado. Encontros frequentes têm sido realizados não só para o tratamento burocrático de documentação e gerência da empresa, mas já para propostas com novos clientes e também para as chamadas “Reuniões de Brainstorm”, nas quais são discutidas as novas ideias de mudança e aperfeiçoamento, identidade visual e a busca por uma sede oficial. A seleção de novos integrantes deve acontecer de ano em ano, dando continuidade e força nesse processo de aprendizado e vivência dos alunos. C 9


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Projetos da FACED serão financiados pela FAPEMIG Amanda Ribeiro

Amanda Ribeiro - Julia Costa - Junior Barbosa - Marina Pagliari

A Faculdade de Educação da UFU teve trabalhos desenvolvidos por alguns professores, aprovados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais. A FAPEMIG apoia e financia projetos científicos e tecnológicos, que inovem e tenham relevância para o desenvolvimento do Estado em várias vertentes. Os estudos dos docentes foram aceitos em dezembro de 2013. A docente do curso de Pedagogia, Diva Sousa Silva desenvolve um projeto sobre docência na educação superior, que tem como objetivo diagnosticar as contribuições dos cursos de pós-graduação para a formação didático-pedagógica dos alunos, além de realizar uma análise das dificuldades enfrentadas pelos futuros professores quando exercem o Estágio Docência na educação superior. Outro docente que teve sua pesquisa aceita pelo edital da FAPEMIG foi Gerson de Sousa, que desenvolveu um projeto sobre as implicações da 10

cultura no processo de construção da identidade do jornalista. Por meio dos estudos que fará, Gerson pretende publicar um livro reportagem abordando como a formação teórica contribui para que o jornalista tenha inquietações, facilidades ou dificuldades no exercício da profissão. A professora Diva demonstra as melhores expectativas em relação aos resultados que o desenvolvimento de sua pesquisa pode gerar. “Acreditamos que os estudos irão contribuir para melhor visualização desse cenário na UFU e possibilitará a elaboração de propostas ligadas ao desenvolvimento profissional dos futuros professores do ensino superior”, diz. Gerson enaltece que a proposta de seu estudo é verificar quais são as consequências de uma formação reduzida, tanto técnica quanto teórica. “Qual a responsabilidade que a Universidade tem ao definir a partir do

currículo, a experiência que o jornalista terá dentro da redação? Acho importante discutir quais são as nossas responsabilidades e quais são as consequências na vida da pessoa”, afirma. O professor destaca a relevância que seu trabalho pode ter para os cursos de Jornalismo de Uberlândia e do Brasil. “A proposta é produzir um livro pra pensar os cursos de jornalismo, mas quando você traz do ponto de vista qualitativo quais são as aflições de quem chega à redação a partir de determinada proposta de formação, você pode pensar nos cursos de Uberlândia e pode pensar em outros cursos a partir dai”, diz. A aluna do sexto período do curso de comunicação social Laura Máximo, é bolsista de iniciação cientifica da FACED e tem sua bolsa financiada da FAPEMIG. A pesquisa desenvolvida pela estudante juntamente com sua orientadora, a professora Raquel Discini, analisa a abordagem dada ao gênero feminino por publicações impressas. Segundo Laura, ela se interessou pelo estudo também por causa de sua temática. “Vai adicionar muita coisa no meu currículo como estudante e eu me interessei muito pelo assunto da pesquisa”, declara. A discente ainda fala sobre o que sua vivência nesse projeto acrescentou a sua vida pessoal. “O senso crítico de saber que as coisas que são publicadas em revistas femininas são extremamente ultrapassadas, eles representam a mulher como se o mundo dela fosse só beleza, cozinha e homem”, afirma. C


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Com apoio da FACED, grupo TerraCotta lança documentário Letícia França

Leticia França - Mariana Molina - Mariely Dalmonica - Núbia Carvalho - Priscila Costa

Ao pensar em cultura negra, as primeiras imagens que nos vem à cabeça é a dança, a percussão e a capoeira. Foi unindo esses três elementos tão característicos que o grupo de dança TerraCotta foi criado. O intuito é promover e resguardar, por meio da arte-educação, os valores ligados a tradição afrodescendente em Uberlândia. No ano passado, com o apoio da FACED, o projeto se desdobrou em um documentário. O filme “Dançando a Nossa Cor” teve sua primeira exibição em dezembro de 2013 e está em processo de divulgação. O material existe para muito além do registro das atividades artísticas do projeto nas escolas, sendo utilizado como material didático em apoio às instituições e professores para possibilitar a reflexão sobre a cultura popular no âmbito da escola. Esse trabalho foi desenvolvido pelo grupo TerraCotta, fundado em 2008 por Dickson DuArte. Ele criou

o projeto “Dançando a Nossa Cor” com o objetivo de tratar por meio da dança, palestras, debates e mini-cursos, assuntos ligados a questões raciais e a pluralidade da cultura negra. Com o foco na juventude, o projeto tem a missão de evidenciar o crescente desinteresse de jovens negros pelas suas próprias raízes, frente aos processos globalizados de informação e cultura de massa em escolas públicas da cidade. Uma forte parceria do grupo é pautada no envolvimento com a UFU, por meio da Faculdade de Educação, FACED. Segundo a responsável pela didática do projeto, professora Maria Vieira, doutora em Educação, o envolvimento da FACED é relacionado com a Lei Federal 10639/03. Ela institui que conteúdos étnicos e raciais devem constar nos currículos escolares. A escolha das escolas foi baseada em uma análise de uma recorrente exclusão social e de

alunos sem muito acesso à cultura. É importante destacar que a dança envolve também a quem assiste. “As coreografias elaboradas pelo Dickson são interativas, fazendo com que as crianças não fiquem na posição de meros expectadores. Eles participam da performance, pois, na verdade, as apresentações tem uma finalidade didática, com um caráter interativo”, explica. Os irmãos Érickson e Gustavo Damasceno, dois integrantes e bailarinos do grupo TerraCotta, destacam que o apoio da UFU foi essencial para o recebimento de verbas destinadas a recursos materiais e gráficos e divulgação do projeto para a cidade. “Estamos levando a nossa cultura e mostrando que a arte muda as pessoas, assim como mudou a nossa vida. A gente transmite o que sabe pra instigar os alunos a conhecer mais a dança afro-brasileira, livre de preconceitos”, completam. C 11


EDU C OMUNICA

UFU

Ano V - março 2014 - nº 9

Uma profissão, várias possibilidades

Maria Paula Martins - Paulo Rafael Costa - Tarcis Duarte - Vinícius Ribeiro

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O que você daria como dica para quem deseja cursar? Ana - A principal dica para quem quer fazer jornalismo é gostar de ler e ter o hábito da leitura. No curso, temos que ler bastante e essa leitura contribui para formação profissional de cada aluno. Outra dica é sobre a curiosidade, seja curioso e busque conhecer, investigar e entender as coisas que existem no campo da comunicação. Vinícius Ribeiro

O curso de jornalismo da Universidade Federal de Uberlândia existe desde 2009 e agora forma a sua segunda turma. Alguns dos alunos já ingressaram no mercado de trabalho, seja de forma efetiva ou por meio de estágios. Entrevistamos as alunas Mariana Goulart e Ana Gabriela Faria, focalizando nas perspectivas que possuem esses alunos com relação ao mercado de trabalho na área e na qualidade do ensino da UFU. Como você avalia o curso de Comunicação Social da UFU? Ana - O curso de jornalismo da UFU é muito bom. Vim de transferência de uma faculdade particular e percebo muitas diferenças. Aqui temos a oportunidade de conhecer um pouco de como é o mercado de trabalho na área da comunicação. Entretanto, o que precisa melhorar é a disponibilidade das aulas. O fato do curso ser integral e ter aulas de manhã e a tarde impede a realização de muitos estágios/trabalhos, o que a meu ver é muito importante e contribui para formação dos alunos. Mariana - Próxima de concluir a graduação, consigo perceber que o curso da UFU apresenta uma série de qualidades e alguns defeitos. A disponibilidade dos professores e técnicos, sem dúvida, é um dos fatores que mais favorece o ensino. São todos muito atenciosos e interessados. No entanto, há uma falha que considero grave em relação aos conteúdos práticos, como telejornalismo, rádio e jornalismo digital: a enorme distância entre o que é ensinado e o que é praticado.

Mariana - Algumas matérias são muito importantes para o desenvolvimento crítico do aluno, algumas nem tanto. Paciência, essa é a minha dica. Não se desespere, às vezes vai ser chato assistir cinco horários de teorias da comunicação, mas o mercado reconhece quem tem esse perfil mais completo na graduação. Quais as perspectivas de mercado daqui para frente? Ana - As perspectivas de trabalho dependem muito do que cada um tem mais interesse. No entanto, o mercado de trabalho tem espaço e reconhece

quem quer e sabe trabalhar. Mariana - Acho que isso depende muito dos interesses e anseios de cada um. Os salários ainda são muito baixos e essa é uma realidade nacional. No entanto, o mercado tem espaço e reconhece quem quer trabalhar. E como trabalha! (risos). E qual a melhor forma de ingressar no mercado com sucesso? Ana - É complicado responder a essa questão, mas acredito que a melhor maneira de ingressar no mercado de trabalho é aprendendo bem os ensinamentos da faculdade. Mariana - Acho que não existe uma regra, mas de maneira geral é importante demonstrar interesse. Às vezes é bom esperar um pouco para procurar estágios porque o ensino na faculdade ajuda muito. Fale um pouco sobre as suas experiências no campo jornalístico. Ana - Faço estágio desde o primeiro período. Comecei em uma assessoria de imprensa, onde fiz muitos contatos e conheci vários profissionais da área. Posteriormente, fui para uma agência digital, parceira do Google em Uberlândia e agora estou na Emater, onde volto a trabalhar com assessoria e também com Media Training e comunicação interna. Mariana - Desde que comecei na TV tive inúmeras oportunidades de fazer o que gosto, que é jornalismo denúncia/investigativo e grandes reportagens. Produzir conteúdo pra TV tem sido uma experiência muito interessante porque tive a chance de conhecer muitas pessoas, fazer muitos contatos e aprendi demais. C


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