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ANO 1 - NÚMERO 1 -
OUTUBRO
/2009 - R$ 5,90
PLANEJAMENTO é fundamental
Planejamento virou palavra de ordem no futebol. Não se pode quebrar os ovos sem pensar no que fazer com eles. Dirigentes foram questionados
Quem é como a Globo Nordeste, fanático por Pernambuco, assiste ao programa que tem a melhor e mais completa cobertura do esporte no nosso estado. Exibido aos domingos e apresentado por Rembrandt Jr. e Geórgia Kyrillos, o Lance Final veste a camisa do esporte pernambucano e por isso é líder disparado de audiência com 50% de participação no horário. Uma cobertura completa do esporte pernambucano a gente vê por aqui.
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FONTE: IBOPE MEDIA WORKSTATION – PARTICIPAÇÃO (%) BASE TOTAL DE LIGADOS ESPECIAL – AGOSTO DE 2009 – GRANDE RECIFE.
Lance Final. O programa de quem torce por Pernambuco.
por Beto Lago
Time de vencedores
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lá amigos! Apresentamos a Revista Torcida, um novo canal de comunicação do esporte pernambucano. Queremos trazer as principais novidades, os grandes assuntos, os melhores debates sobre todo o desporto do Estado e do País. Formamos um time vencedor na Revista Torcida: ao lado do jornalista Bruno Falcone, um craque de bola no projeto gráfico e na direção de artes; o marqueteiro Kléber Medeiros, que já desfilou pelos gramados e arenas esportivas; e o radialista Léo Medrado, o goleador da Transamérica e Rede Tribuna. E ainda temos a colaboração do Blog dos Números, com Adethson Leite; a Coluna do Maluco, com Mário Júnior; e o espaço Mulher na Torcida, com a visão feminina dos nossos esportes, além do traço marcante do cartunista Humberto Araújo. Este é um time vencedor. A Revista Torcida chegou para levantar o título de campeão. Venha fazer parte do nosso time de vencedores!
Editorial e expediente ................................4 Coluna do Léo Medrado ............................ 7 Matéria de capa .......................................8 Blog dos Números..................................14 Conselho Arbitral ....................................16 FPF cria 3a divisão ..................................18 A melhor divisão da cota .........................20 Mulher na Torcida ...................................22 Coluna do Mário Jr. ................................24 Perfil da Torcida......................................26 Eliminatórias Sul-Americanas ....................30 Rio 2016 ..............................................34 Suely, uma vencedora .............................38 Jovens campeões...................................42 Giro esportivo ........................................48 Charge da Torcida ..................................49 Marketing Esportivo ................................50
Diretor de Redação Beto Lago betolago10@uol.com.br / (81) 9666-7596 Direção de Arte/Projeto Gráfico Falsford Design falsford@gmail.com / (81) 8732-4195 - Diretores Executivo e Comercial Kléber Medeiros kleber@ km2producoes.com.br / (81) 9259-0850 e Léo Medrado leo.medrado@uol. com.br / (81) 9973-0854 - Fotógrafo Wilson Neto tencorreia@gmail.com / (81) 8749-0249 - Colaboradores: Adethson Leite; Humberto Araújo, Jussara Freire e Mário Júnior. - Impressão MXM Gráfica e Editora (81) 2138.0800 Endereço para correspondência: KM2 Produções - Av. João de Barros, 1527, concepção gráfica e design de Bruno Falcone
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sala 201, Espinheiro, (81) 3427-9961 - Recife/PE -
Tiragem: 10 (dez) mil exemplares revista
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L ANÇAMENTO
por Léo Medrado
A falta de planejamento
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ntra ano, sai ano e a história se repete. Os nossos clubes padecem nas competições nacionais por absoluta falta de planejamento. São cinqüenta jogadores utilizados em cada competição, três ou até quatro técnicos por campeonato e até mudança no quadro diretivo durante a competição. Essa constatação é unânime entre a crônica esportiva. Então, tá. É só planejar que tudo se resolve... Não é bem assim. No futebol é diferente. O buraco é mais embaixo. É só “transformar o clube em empresa”, dizemos nós, comentaristas. Não é tão simples. Pra começo de conversa, numa empresa o presidente e os diretores são remunerados. Enquanto houver o diretor “convidado” pelo presidente para comandar o futebol, esqueça planejamento. Em nenhuma empresa é permitido ao diretor comparecer quando puder. Então, houve um problema factual no clube e os cinco diretores de futebol estão ausentes. Quebra o clube!! Quebra a empresa. Quando o time ganha títulos e está bem financeiramente, “os diretores são todos ladrões”. Quando perde e está devendo, “são todos incompetentes”. O presidente, que não é remunerado, coloca dinheiro da própria empresa no clube. Quando vai repor, é um escândalo. Quando o cara é classe média/baixa, então, que torça para que a própria empresa não prospere, senão, ao comprar um carro novo, terá a sua honestidade questionada. Presidente de clube ou tem dinheiro ou faz dinheiro. Outro detalhe elementar, meu caro Watson: Como o presidente vai cobrar resultados aos seus diretores se não os remunera? Como exigir se não dá
nada em troca? Como demiti-los, se nem ao menos foram contratados? Planejar requer, fundamentalmente, FÔLEGO! Fôlego que 90% dos clubes não possuem. São débitos, cobrados pela justiça, de compromissos assumidos por gestões passadas e que não foram cumpridos. Dezenas de cobranças pessoais ou de pequenas empresas no dia a dia do clube. Promissórias de clubes, de agentes de futebol ou até mesmo de financeiras. O resultado é prático: a verba, que foi separada para o pagamento de determinado débito atual, vai pro ralo e muda de destino. Então não se pode contratar, porque a receita que eu tenho não dá pra pagar o passivo. Esqueça. Se não contratar, o time perde, o sócio some, os patrocinadores desaparecem, a renda de bilheteria cai, a receita some e surgem “novos passivos”. Administrar futebol é a mágica de esticar dinheiro. É ter que ter, não tendo. Campeonato Brasileiro. O time acabou de subir para a Primeira Divisão. Tem que passar, logo de cara, CINCO ANOS na primeira divisão. Aos trancos e barrancos, com menos da metade da verba que é destinada aos outros dezenove clubes. Não aceitar antecipação de verba do Clube dos Treze e ter poder de barganha. Só a partir daí, passa a ter fôlego para poder iniciar o tal planejamento eficiente para os anos seguintes. Isso se não houver um candidato de oposição, que esteja na hora errada no lugar certo e destrua tudo o que já foi feito. Não desdenhe da palavra planejamento. É preciso planejar o planejamento... revista
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ELES SABEM
planejar? Sport e Náutico estarão brigando até a última rodada para não cair para a Segunda Divisão do futebol brasileiro. O Santa Cruz vem decepcionando seus torcedores nos últimos anos, atingindo o que para muitos é o fundo do poço, que é a Quarta Divisão. O que houve com nossos grandes clubes? Para torcedores e imprensa, o que faltou foi planejamento. Mas, até que ponto o planejamento é responsável pelo futuro de um clube de futebol? Existe planejamento sem dinheiro? A Revista Torcida conversou com dirigentes para saber o que está acontecendo com nosso futebol.
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asta você ligar o rádio ou televisão, ou ler nas páginas esportivas para a palavra “Planejamento” aparecer e causar preocupação: existe planejamento nos clubes de futebol do País? O São Paulo parece ser exemplo, até por conta do modelo imposto pelas administrações do clube paulista. Sai presidente, entra presidente e tudo precisa ser seguido de acordo com o projeto, pensado e executado, para muitos e muitos anos. O resultado é visto com os títulos e um novo modelo de gestão administrativa. Porém, alguns não acreditam em planejamento no Tricolor do Morumbi. O caso Murici Ramalho, por exemplo, é apontado como um bom exemplo disso. Campeão por três vezes seguidas no Brasileirão, Murici foi dispensado sob a alegação que os resultados nas Copas Libertadores não foram bons. Mas, até que ponto, nossos clubes estão trabalhando para formar um planejamento, pensando em ações de curto, médio e longo prazos. Evidente que alguns clubes não tratam suas administrações como empresas. Acreditam que o presente é apenas conquistas de títulos e poucos apresentam projetos, olhando para o futuro. Clubes de futebol têm que executar planos de curto prazo para que o trabalho a médio e longo prazos possam ser produtíveis e sustentáveis. revista
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Campeão da Copa do Brasil em 2008 e tetracampeão estadual, o Sport parecia que caminhava para o sucesso em 2009. Seria o “Ano de Ouro” para o clube da Praça da Bandeira. Mas a eliminação na Copa Libertadores e a saída do técnico Nelsinho Batista desestabilizaram o ambiente interno e mexeu com todo um planejamento pensado pelo presidente do clube, Sílvio Guimarães. “Tive uma conversa com Nelsinho para definir o planejamento do clube. Ele pediu jogadores fora da nossa realidade, como Jonathas (hoje no Botafogo), Dodô (sem jogar por conta da suspensão do doping), Souza (Corinthians), Leandro Amaral (Fluminense) e outros. Não tinha condição de contratar, nossa realidade financeira não permitia”, comentou Silvio. “Depois da Libertadores, ele chegou e anunciou a saída. Pegou todos de surpresa, pois estava planejando o clube com ele. Todo o planejamento pensado foi embora”. Outro problema no Sport foi a questão do dinheiro que viria do Clube dos 13. Um detalhe mexeu totalmente com o planejamento pensado por Silvio Guimarães. “Fui conversar com o Fábio (Koff, presidente do Clube dos 13) e pensei que iria trabalhar com o valor estipulado para o clube, que era em torno de R$ 12,5 milhões. Porém, R$ 4,25 milhões era passivo, dívidas antigas, e o Sport só ficou com pouco mais de R$ 8 milhões. Aí tem os 20% da Justiça do Trabalho e a contratação e renovações de contrato, o que fizeram a folha ficar alta para o clube”, disse o dirigente. A folha do Sport gira em torno de R$ 1,3 milhão por mês, sem contar com duas outras, de acordos trabalhistas e promissórias vencidas. Em vários momentos da história dos nossos clubes, pensar em planejamento deu bons resultados. O Santa Cruz, no início da década de 70, é um exemplo citado por muitos. O Colegiado foi fundamental para que o clube pudesse voltar a conquistar títulos e prestígio nacional. O responsável pela criação do Colegiado no revista
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Tricolor do Arruda foi João Caixero de Vasconcelos. Ao lado de Vanildo Ayres, Humberto Ribeiro, Rodolfo Aguiar, Mariano Matos, José Nivaldo de Castro e tendo como “guru” Aristófanes de Andrade, o clube viveu um grande período, com títulos estaduais, recuperação e ampliação do estádio do Arruda e a conquista do Fita Azul. “Foi o melhor momento do Santa Cruz na sua história. Havia uma sinergia no pensamento de todos. O clube era planejado nestes anos (de 1974 a 1984), com cada componente ocupando a presidência do clube e mantendo toda a linha de planejamento”, comentou João Caixero. Evidente que épocas diferentes, situações econômicas diferentes, o próprio Santa Cruz está diferente, mas será que poderia se repetir algo do passado para o tempo atual? “Claro que sim!”, diz Caixero. “É preciso ter pessoas sintonizadas em um conceito administrativo, uma conscientização que o planejamento é para o clube e não para o bem comum”. Manter uma filosofia de trabalho, passando de administração para administração, acaba sendo um ponto fundamental. Sílvio Guimarães recorda um período difícil que teve ao assumir o Sport. “Fui eleito no dia 16 de dezembro e tomei posse no dia 6 de janeiro. Nesta transição foram feitas contratações e renovações que deram um aumento considerável na folha. Caiu no meu colo e tive que trabalhar com mais este pepino”, disse o dirigente. Vale lembrar que Silvio Guimarães foi eleito presidente do clube derrotando uma chapa formada por ex-presidentes (Homero Lacerda, Luciano Bivar, Wanderson Lacerda e Severino Otávio) como candidato da situação, substituindo Milton Bivar.
PLANEJAMENTO NACIONAL – Evidente que
todo dirigente de futebol gostaria de implantar um planejamento no seu clube, mas acaba entrando em questões totalmente alheias até ao próprio futebol. A questão planejamento é até mais complexa, como
“Falta planejamento em todas as esferas do poder público”, disse Carlos Alberto Oliveira
disse o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira. “Falta planejamento nos governos, federal, estadual e municipal. Ficam colocando a responsabilidade em cima dos clubes e de seus dirigentes, mas isso é da cultura do nosso País. Aqui, quando se muda um governo, nada continua. Obras são paralisadas, não existe uma continuidade administrativa. Cada um quer deixar a sua marca, denegrindo a administração anterior. Assim também é no futebol. Vemos clubes que fazem grandes campanhas em uma temporada e, bastou mudar alguns componentes da diretoria para todo o trabalho cair por água. Assim, clube é decorrência da cultura nacional”, comentou o dirigente máximo do futebol estadual. Único do Estado que tem uma vice-presidência
de Planejamento no organograma do clube, o Náutico parece que acordou para isso. O presidente Maurício Cardoso chamou o ex-presidente do Timbu, Márcio Borba, para assumir a pasta. De cara, Borba dividiu a administração em seis segmentos: Esportivo, Patrimônio, Marketing, Econômico/Financeiro, Social e Atividades Meio. Em todos os segmentos, uma proposta fixa: tentar planejar o Alvirrubro para um futuro breve. “É possível fazer planejamento no futebol, mas acho difícil conseguir implantar técnicas tradicionais de planejamento de forma direta. Muito em virtude da característica de um clube e da emoção que domina uma gestão de futebol”, lembra Márcio Borba. “O que se quer no futebol é o que se deseja na empresa. Não se pode aplicar em um clube de futebol os mecanismo utilizados na empresa. O clube se planeja para 12 jogos, mas o time não vence, a torcida vai embora, diminui toda a expectativa de receita. O dirigente sabe bem disso”, explica João Caixero. O Sport, por exemplo, tem uma expectativa de receber em 2010 do Clube dos 13 um pouco acima dos R$ 13 milhões, mas o valor pode cair pela metade se o clube acabar rebaixado. “Vamos ter que esperar até o final do Brasileiro para definir nosso planejamento. Queremos continuar com Péricles Chamusca e com alguns jogadores, mas tudo está revista
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na dependência dos resultados em campo”, afirmou Sílvio Guimarães. Um simples resultado dentro de campo, segundo o dirigente alvirrubro, pode mudar todo o orçamento. “A disciplina do orçamento, que é visto em qualquer empresa, é complicado de se implantar no futebol. Ela não se sustenta a uma derrota para o tradicional rival, mudando todo o planejamento orçamentário, com chegada de novos jogadores e de um técnico, que estaria até fora da folha salarial. Este é o desafio: tentar um planejamento mais próximo do ideal possível. O clube precisa ter um norte de gestão”. Opinião compartilhada pelo presidente do Sport, Sílvio Guimarães. “Os fatores classificação, torcedor, associado e imprensa interferem no tipo de planejamento que é feito no clube. Ninguém suporta ver seu clube derrotado, até mesmo o presidente que administra as broncas diárias”. Um ponto importante é preciso ser visto: a emoção. A qualquer momento, por conta de uma derrota ou por brigas políticas internas, tudo vai para o lixo. “A decisão do futebol não é pessoal. Ela é histericamente coletiva. Quando o presidente contrata acima da possibilidade não foi questão pessoal, mas por pressão da torcida, conselheiros e até mesmo da imprensa”, disse Márcio Borba.
Mas bastou Clebel Cordeiro anunciar que se afastaria do clube para todo o planejamento cair por terra. Ficou bem claro que o dinheiro do empresário sustentava toda a estrutura forte do Salgueiro. Sem esse apoio, o presidente José Guilherme teve que apelar para campanhas de sócios junto a torcedores e simpatizantes da cidade. O dinheiro ficou curto por lá. Título estadual? Isso fica para outro momento! Presidente do Vera Cruz, de Vitória de Santo Antão – Zona da Mata do Estado -, Fernando Nogueira acredita que planejamento se faz apenas depois que se sabe que receitas vão chegar ao clube. “E, tradicionalmente, em clube do Interior, por mais que façamos planejamento a médio ou longo prazos, temos que colocar dinheiro do próprio bolso”. Ele lembra que, no interior, as despesas dos clubes começam em dezembro, no início da pré-temporada. “Esse dinheiro, geralmente, é do dirigente, pois não se pode contar com nenhuma receita. Não estamos jogando, o futebol só começa em janeiro e o Todos Com a Nota, por exemplo, a maior receita, chega em fevereiro ou março”, comentou Fernando Nogueira. Porém, uma coisa é certa: é preciso estabelecer uma cultura de planejamento, seja a curto, a médio ou até mesmo a longo prazo. “O clube que se planejar, se organizar, vai se perpetuar. Exemplos para isso temos como São Paulo e Internacional, que mesmo perdendo campeonatos, mantêm uma filosofia, uma linha de trabalho e, mais cedo do que se pensa, chegam os títulos. Porém, aqueles clubes que não se planejarem, vão se tornar apenas competitivos, vivendo uma oscilação de bons e péssimos momentos”, completou Márcio Borba. E o que é pior para um clube de futebol: derrotas, dentre elas para um rival tradicional, ou brigas políticas? Pelo menos, neste ponto, opiniões são
Sílvio Guimarães pegou o clube com receita menor no Clube dos 13. Márcio Borba comanda o Planejamento do Náutico
“A decisão do futebol não é pessoal. Ela é histericamente coletiva”, afirmou Márcio Borba
INTERIOR - Planejamento também é problema nos clubes do Interior do Estado. O caso do Salgueiro – que fica no sertão pernambucano -, recentemente, mostra bem as dificuldades. Contando sempre com o apoio financeiro do empresário Clebel Cordeiro, o clube conquistou destaque no cenário estadual e nacional. É o único representante pernambucano na Série C do Brasileiro e, nos dois últimos anos, fez belas campanhas no Estadual. A meta em 2010 era disputar o título. revista
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praticamente as mesmas. “A derrota tende a se diluir ao longo do tempo, a pressão é momentânea. Porém, as brigas políticas sempre são piores, pois podem se eternizar por décadas. O Náutico, hoje, está trabalhando para isso, planejando o clube para qualquer instabilidade política que venha pela frente”, disse Márcio Borba. “As derrotas provocam uma situação imediata, uma revolta do torcedor e tudo mais. Porém, as brigas políticas, com um clube perdendo, aparecem na sequência e podem desestabilizar o clube”, explicou Silvio Guimarães.
Agora, é hora dos nossos dirigentes começarem a pensar no futuro de seus clubes. Temos bons exemplos no cenário futebolístico, como São Paulo, Internacional e Cruzeiro, que estão trabalhando com a visão lá na frente. Porém, planejar não é apenas aplicar decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes. O futuro do futebol pernambucano depende de um novo pensamento, de uma nova mentalidade dos nossos dirigentes e até mesmo de torcedores e imprensa. Planejar é importante, mas ter responsabilidade com o futuro do clube é ainda mais. revista
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por Adethson Leite
Perdemos espaço? Q
uando analisamos a participação do futebol Pernambucano no cenário nacional, principalmente desde a formação do campeonato Brasileiro (desde 1971), podemos fazer alguns paralelos interessantes e alguns questionamentos sobre a força do trio local nas competições nacionais. Nos anos 70, tivemos o Santa Cruz como maior expoente, aparecendo com destaque em 1975 (4º colocado) e voltando com força em 1977 (10º, entre 62 participantes) e 1978 (5º). Na década seguinte, o “Trio de Ferro”, alcançou bons momentos, tendo o Timbu e o Santa Cruz com campanhas regulares, além do Sport conquistando o título inédito de Campeão Brasileiro em 1987. O amadurecimento da Segunda Divisão nos anos 90, trouxe uma dura realidade aos Pernambucanos. Enquanto o Sport fazia boas campanhas como em 1996 (10º), 1997 (11º) e 1998 (7º), o Náutico sucumbia, caindo para a Série B em 1995, caminho já conhecido pelo Santa Cruz desde 1989. Em 1999, os alvirrubros chegaram na Série C, tendo fracassado na tentativa de acesso, ao passo que os Tricolores conseguiram o tão almejado acesso. Entre 2002 e 2005, nenhum pernambucano esteve na Série A, quando fracassamos seguidamente na Segundona com Sport (5º colocado em 2002 e 3º em 2003) e Náutico (7º
colocado em 2003, 5º colocado em 2004 e 3º em 2005), até o êxito do Santa Cruz. O Tricolor após boas campanhas (3º em 2002, 8º em 2003 e 7º em 2004) não deixou escapar nova oportunidade e garantiu o acesso com brilhante campanha em 2005 (vice-campeão). O Santa Cruz, porém, foi seguidamente rebaixado em 2007 (da B para C) e 2008 (da C para D), tendo fracassado na nova Série D em 2009. Em 2006, Sport e Náutico conseguiram retornar ao convívio com os grandes da Série A. O ano de 2008, ano que marcou a conquista da Copa do Brasil, conferia ao Sport uma perspectiva positiva de coroar a temporada 2009 com êxito e brigando por posições na parte de cima da tabela. Durante todo esse período, observamos Pernambuco lutando pelo 5º posto no cenário nacional (atrás dos tradicionais SP, RJ, MG e RS), em pé de igualdade com Bahia e Paraná, estados que também beliscaram títulos nos anos 80, com em 1985 (Coritiba) e 1988 (Bahia). Com a nova dinâmica do futebol, priorizando planejamento e exigindo dos clubes menos apostas, sob o risco de pagar com sua presença entre os 20 melhores do país, resta saber se nos próximos anos, conseguiremos avançar nesse cenário ou se vamos ceder espaço para outros centros que há pouco estavam em patamares inferiores....
Pernambuco luta pelo quinto posto no cenário nacional, em pé de igualdade com Bahia e Paraná
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ARBITRAL APROVA nova fórmula Campeonato Pernambucano copia a fórmula da disputa Paulista. Diretoria do Sport não aceitou e promete brigar na Justiça
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Campeonato Pernambucano vai ser diferente em 2010. A fórmula aprovada no Conselho Arbitral será parecida com o Campeonato Paulista. O nosso Estadual terá turno e returno, os quatro primeiros colocados estarão classificados para as semifinais, com o primeiro encarando o quarto e o segundo pegando o terceiro. Os vencedores fazem a grande final. Serão 26 datas, três a mais que a Confederação Brasileira de Futebol apresentou no calendário nacional. Porém, o vice-presidente da FPF, José Joaquim Pinto de Azevedo, assegurou que conversou com o diretor-técnico da CBF, Virgílio Elísio, e tem datas livres para o Estadual realizar suas partidas. “São as datas da Copa do Brasil, que são reservadas a mais nas duas primeiras fases. Ele não viu problemas e também fizemos algumas adaptações nas datas. revista
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Foi uma solicitação dos clubes e não podemos fugir do pedido dos mesmos”, comentou. O Sport não aceitou a mudança da fórmula de disputa da competição e não participou da votação. “Queria uma consulta ao Ministério Público para saber da legalidade da mudança do regulamento”, comentou o advogado do clube, Eduardo Carvalho. Já o presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, argumentou que consultou todos os juristas, inclusive do Juizado do Torcedor, que entenderam não haver nenhum impedimento legal. “Estamos baseados na lei. Não existe possibilidade da Federação em compactuar com algo errado. Mudamos a fórmula por entendermos que já se passaram dois anos, como pede o Estatuto do Torcedor”, explicou o dirigente. Enquanto isso, Náutico, Santa Cruz, Salgueiro, Porto, Central, Ypiranga, Cabense, Acadêmica
Vitória, Sete de Setembro, Vera Cruz e Araripina aprovaram a proposta da FPF. O Campeonato Pernambucano da Série A-1 terá início no dia 13 de janeiro e término no dia 4 de maio. Outra boa novidade que será implantada pela Federação é a instituição do Troféu Campeão do Interior, que será disputado pelos clubes que ocuparem do quinto ao oitavo lugar – não permitindo a presença dos três grandes da capital neste torneio. Espera-se, agora, um grande Campeonato Pernambucano. Neste ano, por não ter tido decisões, os clubes perderam quase R$ 1.200.000 no programa Todos Com a Nota. Evidente que tudo está caminhando para algumas batalhas jurídicas – já que conselheiros do Sport se manifestaram contra a mudança -, mas dentro de campo, a expectativa é que teremos um grande Estadual. revista
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FPF cria Série A-3 para receber os novos clubes do futebol pernambucano. Competição terá limite de vinte equipes
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3 DIVISÃO
será criada em Pernambuco
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“Os clubes estavam banalizando muito a Segunda Divisáo e a FPF precisava criar a Série A3”
ernambuco agora vai dar um novo passo no trabalho de interiorização do futebol. A Federação Pernambucana de Futebol vai implantar a partir do próximo ano a Terceira Divisão. O Campeonato Estadual da Série A-3 vai reunir novas equipes no cenário profissional e clubes que estiveram de fora do Pernambucano da Série A-2. A proposta foi feita pelo vicepresidente da FPF, José Joaquim Pinto de Azevedo, ao presidente Carlos Alberto Oliveira, que analisou positivamente pela viabilidade da nova competição. “Era preciso criar uma nova série, pois os clubes que disputavam a A-2 estão banalizando muito a competição. Qualquer pessoa chegava com um clube, fazia a inscrição e poderia chegar à Primeira Divisão, mesmo sem condições de receber a competição de elite do nosso futebol”, comentou José Joaquim. Clubes que não participaram
da Segunda Divisão deste ano estarão automaticamente confirmados na nova competição de 2010, seguindo as normas orgânicas do futebol brasileiro, conforme lembrou o dirigente da Federação. Assim, clubes como Surubim, Decisão, Manchete e até o pior do Mundo, o Íbis, que pediram licença, vão ter que jogar a Terceirona no ano que vem. Para participar do Pernambucano da Série A-3, os clubes vão precisar seguir algumas normas estabelecidas pela Federação. Limitada a 20 clubes, as associações vão precisar ter personalidade jurídica e estar situada em município que tenha, no mínimo, 40 mil habitantes, além de não ser sede de nenhum clube profissional filiado a FPF. Também será preciso ter um Conselho Deliberativo, na forma da lei e que este tenha dado expressa autorização para a prática do futebol. Tem que ter sede própria ou alugada, além
de ter pago todas as taxas na FPF e na CBF. E um dos pontos mais importantes: um estádio de futebol próprio ou conveniado, situado na cidade sede da associação, com capacidade para três mil torcedores, mas com condições de ampliar para cinco mil. A Série A-3 vai ser disputada paralelamente à Segundona, fazendo assim com que os clubes tenham que revelar novos jogadores. A proposta de José Joaquim é que os clubes tenham, no máximo, três atletas acima dos 23 anos. É uma oportunidade de ouro para cidades como Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Paulista, Ipojuca, Carpina, Brejo da Madre de Deus, Ouricuri, Santa Maria da Boa Vista e Goiana, que têm clubes fortes disputando torneios semiprofissionais, possam fazer parte do futebol pernambucano. É a continuidade do processo de interiorização do nosso futebol. revista
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A MELHOR divisão das COTAS Divisão das cotas inglesas é mais justa e traria igualdade entre os clubes brasileiros na disputa da Primeira Divisão
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empre que falamos em Campeonato Brasileiro, vai e vem a discussão sobre a cota do televisionamento. Um detalhe interessante é que no futebol inglês, que é um dos mais ricos do Mundo, as cotas de TV são divididas de forma que todos possam disputar a competição em igualdade ou, pelo menos, de uma forma mais justa. Na Inglaterra, 56% da cota é dividida igualmente entre as equipes, 22% pela classificação do ano anterior e 22% pela audiência. Vamos utilizar esses valores para o futebol brasileiro, que dá por temporada em torno de R$ 400 milhões – contabilizando o pacote Globo + PFC + SporTV, os 56% divididos igualmente dariam R$ 11.200.000,00 para cada clube. Pegando agora os 22% por audiência teríamos
outros R$ 88 milhões, que seriam divididos assim: grupo 1, com Corinthians, São Paulo e Flamengo recebendo, cada, R$ 7,5 milhões; grupo 2, com Palmeiras, Santos, Fluminense e Botafogo, cada, recebendo R$ 6 milhões; grupo 3, com Grêmio, Inter, Atlético/MG e Cruzeiro, com R$ 4 milhões cada; grupo 5, com Sport, Náutico, Vitória, Coritiba e Atlético/PR, com R$ 3 milhões; e grupo 5, com Avaí, Barueri, Goiás e Santo André, com R$ 1,5 milhão cada. E colocando os 22% pela classificação do ano anterior, os valores seriam assim: Barueri (R$ 420 mil); Avaí (R$ 840 mil); Santo André (R$ 1,26 milhão); Corinthians (1,68 milhão); Náutico (R$ 2,1 milhões); Santos (R$ 2,52 milhões); Fluminense (R$ 2,94 milhões); Atlético/PR (R$ 3,36 milhões); Atlético/MG (R$
Uma pergunta ainda é um grande mistério: o que é feito com o dinheiro dos clubes que são rebaixados?
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3,78 milhões); Sport (R$ 4,2 milhões); Vitória (R$ 4,62 milhões); Coritiba (R$ 5,04 milhões); Goiás (R$ 5,46 milhões); Botafogo (R$ 5,88 milhões); Internacional (R$ 6,3 milhões); Flamengo (R$ 6,72 milhões); Palmeiras (R$ 7,14 milhões); Cruzeiro (R$ 7,56 milhões); Grêmio (R$ 7,98 milhões); e São Paulo (R$ 8,4 milhões). No fim, cada clube teria direito a esse valor: São Paulo – ......................................R$ 27,1 milhões Flamengo – ...................................R$ 25,42 milhões Palmeiras – ....................................R$ 24,34 milhões Grêmio – .......................................R$ 23,68 milhões Cruzeiro – .....................................R$ 23,26 milhões Botafogo – .....................................R$ 23,08 milhões Internacional – ................................. R$ 22 milhões Corinthians – ................................R$ 20,38 milhões Fluminense – ................................R$ 20,14 milhões Santos – .........................................R$ 19,72 milhões Atlético/MG – ...............................R$ 19,48 milhões Coritiba – ......................................R$ 19,24 milhões Vitória – .........................................R$ 18,82 milhões Sport – .............................................R$ 18,4 milhões Goiás – ..........................................R$ 18,16 milhões Atlético/PR – .................................R$ 17,56 milhões Náutico – .........................................R$ 16,3 milhões Santo André – ...............................R$ 13,96 milhões Avaí – .............................................R$ 13,54 milhões Barueri – ........................................R$ 13,12 milhões Fica comprovado que a divisão traria bem mais justiça para todos os 20 clubes que disputam o Campeonato Brasileiro da Primeira Divisão. Os grandes clubes (leia-se das regiões Sul e Sudeste) teriam cotas próximas ao que recebem e todo o dinheiro seria dividido, sem que ficasse aberta a velha questão: quando um clube cai de divisão, como o Vasco da Gama por exemplo, o que faz o Clube dos 13 com o restante da cota, já que ao ser rebaixado, o clube perde 50% da receita? Alguém pode responder a esta pergunta? revista
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por Jussara Pettini Freire
Um outro olhar I
magine um estádio. Os jogadores saem do vestiário, começam a entrar. A torcida animada, fazendo festa, fogos, barulho, adrenalina total... Vem o hino, silêncio, hora de respeito, de esperança de admiração. “Ó pátria amada, idolatrada, salve, salve...” Ninguém duvida que aquele momento é mágico, de louvor à nossa pátria mãe, ato solene que causa olhos lacrimosos e nó na garganta. E é assim que começa a nossa história: a mulher acaba de entrar em campo. Uma soberana, mãe de todos os brasileiros. E como o futebol está no embrião da nossa alma, a mãe continua a ter papel importantíssimo no jogo; principalmente se for a mãe do juiz. Nossa! Essa não tem salvação. Se o dito-cujo pisar na bola então, sua mãe imediatamente será “ovacionada” pelo torcida. E ninguém vai se lembrar dela na hora que o juiz acertar. Que maldade... Coisa pra gente pensar, refletir. Por que a mãe é sempre lembrada em situações extremas? Mas vamos caminhando, revista
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Quem disse que futebol é coisa de homens? Ledo engano. Elas estão indo cada vez mais aos estádios alguém fez falta, machucou o atleta. Olha aí mãe de novo. Agora nem precisa mais ser a do juiz. É daquele filho mesmo que fez a falta no jogador do seu time. E recomeça. Agora é a mãe do pênalti ou do gol perdido. E haja filhos! E volta na hora de rezar porque o time está perdendo. Ave Maria, mãe... E os filhos da pátria continuam a celebrar esse nome durante todo o jogo. É mãe pra todos os gostos, inclusive na hora mágica do gol, quando o jogador comemora com movimento de berço, mostra a barriga da mulher grávida ou chora na frente das câmeras, tudo por conta e glória da mulher. Quem disse que futebol é coisa de homens? Ledo engano. Elas estão indo cada vez mais
aos estádios, são torcedoras fanáticas, embelezando as arquibancadas e os bares depois dos jogos e tomando aquela cervejinha. E quando entram em campo, aí seres,não tem pra ninguém. Como craques de futebol estão dominando o mundo. Olha aí a Marta, e a Bárbara, nossa goleira pernambucana. Até nisso as mulheres estão arrasando... Pobre dos nossos meninos. Porque a coisa fica feia mesmo quando o torcedor sai do estádio. Lá está a mulher, a mãe, a esposa, a filha preocupada com ele ou fazendo asinha de frango pra esperar o dito-cujo voltar do estádio. Se o time ganha, o cara pode biritar demais, se perde, fica numa baixa danada. E dá-lhe carinho pra ver se ele entra em campo e faz um gol, mesmo que seja ali (é isso mesmo) na cama. A mulher é generosa, é companheira, é a melhor colega de time. Ninguém veste tanto a camisa como ela. Ninguém torce tanto por você quanto ela. Ela é o grito da torcida que não quer calar: É A MÃE!... revista
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Por Mário Júnior
Copa levanta defunto B
em, nesta primeira coluna, quero deixar bem claro que estou me desdobrando mais uma vez para realizar esse novo empreendimento, juntamente com Beto Lago, Bruno Falcone, Kleber Medeiros e Léo Medrado. Mas, o importante mesmo é deixar o futebol de Pernambuco sempre em evidência. Nesta primeira participação, gostaria de dizer que já mandei para a Federação Pernambucana de Futebol para que entre no calendário do ano que vem a primeira edição da Copa Levanta Defunto. Pois, do jeito que está indo o nosso futebol, as coisas estão de mal a pior, principalmente quando o assunto é o Santa Cruz. Como eu estava dizendo, a Copa Levanta Defunto poderia contar, é claro, com a participação dos nossos clubes. O regulamento seria mais ou menos assim: - Na primeira fase, as equipes se enfrentam em jogos de ida e volta; - Na segunda fase, jogos só de ida; - Na terceira fase, jogos só de volta; - Na quarta fase, quem fizer mais falta ganha o jogo; - Na quinta fase, quem utilizar jogadores irregulares ganha; E na última fase, a grande final acontece entre as piores equipes desta competição. Somente os piores chegariam a essa fase. A minha dúvida é saber com quem o Santa Cruz vai jogar na final, pois será um dos finalistas, com certeza. Agora sobre o outro adversário para realizar a final contra o Santinha, deixa eu pensar aqui.... Já sei, a briga entre Náutico e Sport está feia mesmo. revista
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Um na zona de rebaixamento, o outro na zona da degola. Teremos um triangular na fase final e os três serão declarados campeões do torneio. Amigos, quero deixar bem claro que para elaborar esse regulamento, eu tive a ajuda de duas grandes pessoas que sempre me auxiliam nestas reuniões: David Sabino e João Caixero. Um abraço a todos e sejam fiéis a minha coluna. Por fim, quero deixar um grande abraço aos rubro-negros Beto Lago, Bruno Falcone e Carlyle Paes Barreto. revista
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G EORGE, o secretário
Segundo George Braga, o Bolsa Atleta liberou mais de R$ 1 milhão para os atletas do Estado
Da militância partidária, George Braga assumiu a pasta para promover mudanças importantes no esporte estadual
N
ão é nada fácil comandar uma pasta de secretário de Estado. Ainda mais quando esta pasta deixou de existir durante um bom tempo, voltou e ainda sofre com problemas de orçamento e tudo mais. Porém, o secretário de Esportes, George Braga, tenta driblar todas as dificuldades que encontra pela frente, sendo um verdadeiro atleta: pula obstáculos, nada contra a corrente, salta as adversidades e comemora um gol, com o nome da cidade do Recife como sede da Copa do Mundo de 2014. Aos 38 anos, militante partidário do PCdoB, George Braga fez sociologia, passeou pelos cursos de jornalismo e direito, mas a atração pelo trabalho público mudou a sua trajetória. Foi secretárioadjunto da pasta de Ciência e Tecnologia da Prefeitura do Recife, mas recebeu o convite para ser também adjunto da pasta que foi criada pelo governador Eduardo Campos. Ao lado de Nelson Pereira, George Braga começou a ver o futebol com outros olhos. Torcedor do Sport, sempre foi de ir aos estádios ver futebol e outros esportes, mas comandar uma pasta tão complexa e com tantos problemas, foi um grande desafio. revista
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“Nós mudamos um paradigma. Deixamos de fazer uma política de segunda categoria para ser de primeiro nível. Até mesmo, equiparamos nossas ações a políticas tão importantes no Estado, como saúde, segurança, educação e tudo mais”, comentou George. “Nunca pensei que fosse tão difícil gastar dinheiro. Você tem que priorizar tudo, pusemos uma estrutura de pé. Nelson Pereira chegou e teve que trabalhar com um orçamento zero, já que não tinha previsão após a posse do governador Eduardo Campos. Esse, com toda certeza, foi nosso maior desafio”. Um dos projetos que vem ganhando mais corpo a cada ano é o Bolsa Atleta, para os principais competidores de vários esportes do nosso Estado. “Quando iniciamos nossa administração, investimos R$ 300 mil. Hoje, vamos fechar o ano com mais de R$ 1 milhão sendo repassados aos atletas. Aumentamos o valor da bolsa e, automaticamente, os resultados estão aparecendo”. Convênios com o Governo Federal também estão garantindo suporte para outros programas, como o Segundo Tempo e o Esporte Lazer Cidade, que tem mais de seis mil patricantes em todo o Estado. “Não posso deixar de destacar o trabalho da
bancada de Pernambuco, que vem sendo colocado no orçamento projetos da nossa área esportiva. O Santos Dumont, por exemplo, já tem R$ 1,5 milhão e novos investimentos serão feitos. No primeiro ano do Governo, nossa execução orçamentária era de R$ 2 milhões e hoje vamos pular para R$ 7 milhões”.
A Secretaria de Esportes tem uma consultoria preparada para estudar, com qualquer pessoa interessada, projetos voltados à Lei do Incentivo ao Esporte. A “Usina de Projetos” da Secretaria já realizou seminários e está totalmente preparada para observar e buscar o recurso para que o projeto esteja adequado à Lei e que possa ser executado. Outra ideia que será colocada em prática é o Programa de Educação Continuada (PEC), voltada para atletas de alto rendimento. “Vamos trabalhar juntos às federações. Tem atleta que não sabe o que fazer após a aposentadoria, por ter uma carreira curta, muitas vezes não se prepara. É preciso capacitar os homens que comandam os esportes para que trabalhem junto a seus atletas, melhorando seu rendimento e dando condições para um futuro melhor”.
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A Copa do Mundo é nossa! D
epois da saída de Nelson Pereira - foi ocupar seu lugar na Assembléia Legislativa -, George Braga passou um bom tempo como interino. Porém, durante todo este tempo, não esqueceu de dedicar boa parte do seu tempo ao projeto Copa do Mundo - Arena Recife. Depois de muita discussão dos locais que poderiam abrigar o projeto, a cidade de São Lourenço acabou sendo a escolhida. O secretário de Esportes fez diversas viagens até o Rio de Janeiro, diante da comissão da Fifa. Todo o projeto – orçado em mais de R$ 1,6 bilhão – vai promover uma mudança radical na cidade, com um estádio moderno e altamente equipado para outras atividades artísticas. “Era um desejo do próprio Eduardo Campos que a Copa viesse ao Recife e que nós pudessemos ter uma arena moderna para receber os jogos do Mundial. Este é um projeto de várias mãos, não apenas da Secretaria
de Esportes. Todos trabalharam muito para que tudo desse certo e vamos fazer um belo estádio para receber o Mundo no nosso Estado”. O projeto está seguindo toda a programação estabelecida pelo Governo, pela CBF e até mesmo pela Fifa. Depois que a empresa terminar o estudo de viabilidade da arena acontece a consulta pública, onde se pode abrir o projeto e qualquer outra empresa pode apresentar novas sugestões. O Governo acata ou não e abre o processo de licitação. A previsão de início das obras é final de fevereiro de 2010. Serão três anos para finalizar a arena. “Um evento como a Copa do Mundo tem uma importância sem limite para o Estado e precisamos trabalhar juntos para que Recife tenha o melhor e mais moderno estádio de futebol do País. Vamos seguir o que falou o governador Eduardo Campos: recolocar o Estado como referência esportiva nacional”.
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FM 92
Esta marca não sai da sua cabeça. Claro, onde fica o ouvido? A Rádio Transamérica, que sempre foi sucesso com os ouvintes, agora modernizou sua marca. Com a novo design, o “T” de sempre ganhou atitude, modernidade e força. A linguagem mais vibrante reflete a proposta da rádio: oferecer entretenimento através de boa música e conteúdo
Secretaria de Esportes lança 2 Tempo A
de qualidade. A nova marca já está sendo aplicada às três principais redes da rádio: POP, HITS e LIGHT.
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partir do próximo mês, 21 mil crianças e adolescentes entre 7 e 17 anos da rede pública estadual e municipal de ensino de Pernambuco terão a oportunidade de praticar atividades esportivas e de lazer no contra-turno escolar. É esse o compromisso da Secretaria Especial de Esportes que, em parceria com o Governo Federal, implanta o Programa Segundo Tempo em 65 municípios do Estado. Vinculado ao Plano Estadual de Segurança Pública, o Pacto pela Vida, o Programa pretende minimizar a vulnerabilidade social em Pernambuco através da democratização do acesso e do incentivo à prática esportiva. “O Programa irá valorizar o potencial humano e contribuir para a promoção da cidadania”, ressaltou o Secretário de Esportes, George Braga. As atividades serão desenvolvidas em 105 núcleos, revista
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entre escolas e espaços comunitários espalhados por todas as regiões de Pernambuco. Cada núcleo atenderá 200 crianças e adolescentes. O Programa inclui ainda a participação de mais de 400 profissionais, entre coordenadores, monitores, nutricionista, e outros. O Segundo Tempo vai dar a oportunidade dos seus participantes praticarem modalidades esportivas coletivas tais como futsal e futebol de campo, voleibol de quadra, handebol e basquete; e individuais, como atletismo, capoeira, dança, ginástica e natação. Além disso, irá incluir atividade de reforço escolar, ciclo de palestras e atividades lúdicas como gincana, festivais, campeonatos e apresentações artísticas. Também está previsto reforço alimentar para as crianças e adolescentes participantes, sob a orientação de um profissional de nutrição.
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ESTÁ TUDO
pronto!
Os estádios ainda estão recebendo os últimos retoques para receber o Mundial de 2010
País mais importante do continente, a África do Sul está pronta para receber mais de 500 mil visitantes durante a Copa de 2010
A
ntes de o Brasil comemorar um feito inédito (sediar uma Olimpíada), outro país também vai entrar na seleta lista dos que sediaram uma Copa do Mundo. A partir do dia 11 de junho de 2010, a África do Sul será o primeiro país africano a sediar um Mundial. O esporte virou paixão nacional desde o desde o século 19, quando surgiram os primeiros clubes de futebol. Cresce a expectativa do número de torcedores e visitantes que estarão espalhados pelo país e até por outros do continente africano. Os números apontam que meio milhão de visitantes são esperados na África do Sul, enquanto que bilhões de telespectadores verão os jogos pela TV. A África do Sul é considerado a “força motriz” de todo o continente, tendo a economia mais avançada e diversificada, com infra-estruturas iguais a países de primeiro mundo, mas com
problemas comuns nas cidades mais distantes da capital de um país de quarto mundo. Existem 11 línguas oficialmente reconhecidas no país e grande parte delas naturais da própria África do Sul. Os idiomas mais falados são o isisZulu e o isiXhosa. Pode ficar certo, caro amigo, não é nada fácil falar estas duas línguas, mas se você vai à Copa, não se preocupe: se arranhar o inglês vai conseguir se comunicar facilmente, principalmente na capital. O inglês é a língua que se fala nas cidades, no comércio, nos bancos, nos departamentos do estado, nos sinais de trânsito e nos documentos oficiais. Os sinais de trânsito e os impressos oficiais são sempre em inglês. Em qualquer hotel os recepcionistas, os empregados, os camareiros e os porteiros, todos eles falam inglês. Serão nove cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo: Johanesburgo (centro econômico
Serão nove cidades que vão receber os jogos da Copa do Mundo na África do Sul
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de África), Cidade do Cabo (a cidade mais antiga e também a mais bonita), Durban (o maior porto), Pretória (é a capital administrativa), Port Elizabeth (conhecida como Friendly City /Cidade Amigável), Bloemfontein (a antiga capital da república Bôer e agora capital do Free State /Estado Livre), Rustenburg (região com mais minas do Mundo), Nelspruit (fica no vale fértil do Rio Crocodilo) e Polokwane (local do Parque Nacional Kruger). E se você quiser ir para a África do Sul para conhecer a selva africana, não tem muito mistério. Basta uma hora de carro, saindo da selva das urbes de Pretória ou Johanesburgo para chegar à outra selva e ver leões, elefantes, búfalos e centenas de outras espécies no seu habitat natural.
Uma das maiores reservas de vida animal do mundo é o Parque Nacional Kruger, com mais de um século. Vale destacar também que a África do Sul tem praia de areia dourada, os melhores sítios de surfe do mundo, montanhas e desertos e toda uma cultura única. O sorteio para a definição dos grupos e da tabela de jogos da Copa do Mundo de 2010 será no dia 4 de dezembro, na cidade do Cabo. O sistema é o mesmo da última copa: na primeira fase, as 32 seleções serão divididas em oito grupos de quatro seleções, sendo duas seleções de cada se classificando para as oitavas de final. A final será no dia 11 de julho, em Johanesburgo e a decisão do terceiro lugar, um dia antes, em Porto Elizabeth. revista
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Canarinha está quase definida C
Um dos melhores jogadores do futebol mundial, Kaká comanda a Seleção Brasileira do técnico Dunga
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om a ideia de testar alguns jogadores nos dois jogos que faltam da Seleção Brasileira na temporada – em novembro, contra a Inglaterra, e contra outro adversário ainda indefinido -, o técnico Dunga deve aproveitar para ver quem tem condições de fazer parte do grupo que vai ao Mundial da África do Sul. Faltando nove meses para a Copa, pelo menos 14 nomes estão com a vaga carimbada para a competição. Somente uma reviravolta ou uma lesão grave pode tirar um deles. Então, as demais nove vagas – já que sempre são três goleiros que estão presentes – estão abertas, a procura de alguém para carimbar o passaporte. O goleiro Júlio César, além de ser nome certo, é o camisa 1 da Canarinha. Na lateral direita, Maicon e Daniel Alves só perdem se houver um problema até lá. Na defesa, Lúcio, Juan e Luisão estão garantidos. A incógnita é quanto ao problema clínico de Juan, que vem enfrentando dificuldades e não tem uma sequência de jogos. Na lateral esquerda, André Santos (para desespero de muita
gente da imprensa) está liderando as apostas. No meio-campo, poucas dúvidas de Dunga: Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano, Kaká e Júlio Batista estão certos. No ataque, Luís Fabiano e Robinho têm passaportes carimbados. Resta ver agora os que vão brigar. Doni, Gomes e Victor vão disputar as duas vagas no gol. Na defesa, a briga será entre Miranda (que ao ser expulso contra a Venezuela, fica de fora da primeira partida no Mundial, caso seja convocado), Thiago Silva e Naldo, que foi chamado para os dois jogos das Eliminatórias. Na lateral esquerda, o grande problema, com Marcelo sendo o mais cotado. A briga no meio-campo promete ser agitada. Josué está ameaçado, Ramires está mais forte, enquanto Anderson, Lucas e Sandro correm por fora, assim como os meias Alex e Diego. No ataque, Adriano e Nilmar são os favoritos, mas não se pode desprezar Alexandre Pato e Ronaldinho Gaúcho, juventude e experiência para qualquer ocasião. Em 2005, quando o Brasil
alcançou a classificação para a Copa da Alemanha, batendo o Chile por 5x0, em Brasília, o time do técnico Carlos Alberto Parreira tinha 18 jogadores na delegação que foi ao Mundial. O mesmo aconteceu na Seleção de Felipão, que tinha 19 atletas na lista final que disputaram o último jogo. Sob o comando de Dunga, o Brasil atuou 50 vezes, com 34 vitórias, 11 empates e cinco derrotas, sendo quatro delas por 2x0, para Portugal e México em 2007, Venezuela e Paraguai, ano passado, e 2x1 para a Bolívia, na semana passada. A seleção marcou 104 gols e sofreu 36. Luís Fabiano com 19 gols é o principal artilheiro após a Copa de 2006. Robinho, com 46 partidas, foi quem mais atuou sob o comando de Dunga, seguido por Gilberto Silva (44) e Maicon (41). No continente sul-americano, além do Brasil, as vagas são do Paraguai, Chile e Argentina, que conquistou a classificação ao bater o Uruguai, em Montevidéu. Os uruguaios jogam a repescagem contra uma seleção da Concacaf. revista
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R O Rio de Janeiro comemora na praia de Copacabana, a conquista das Olimpíadas de 2016
OLIMPÍADAS
no Brasil Depois da festa, agora começa a se questionar o custo para a realização dos Jogos Olímpicos na Cidade Maravilhosa revista
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io de Janeiro, sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Depois que o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o suíço Jacques Rogge, apresentou a cidade brasileira como vencedora, batendo favoritas como Madrid, Chicago e Tóquio, fica agora questões em aberto: será que o Brasil está preparado para receber uma Olimpíada? E o que as cidades poderão ganhar com os Jogos no Brasil? E quais nomes poderão fazer parte do time olímpico daqui a sete anos? Uma coisa é certa: o Governo Federal vai investir pesado na infraestrutura do Rio de Janeiro. O que deixou o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, um pouco preocupado, já que a Copa do Mundo de 2014 acontece no País. Assim, serão dois grandes eventos esportivos para tomar a atenção do Governo, dos patrocinadores e da mídia internacional nos próximos anos. Os números apontam que os jogos no Rio vão ter um custo estimado, hoje, em torno de R$ 26 bilhões, um valor jamais visto na história do esporte nacional e que chegou a ser duas, três e até quatro vezes mais que as concorrentes. Todas as obras do Pan-Americano de 2007 vão passar por uma ampla reforma. Outras serão construídas do zero. Presidente do Banco Central, Henrique Meirelles estava presente em Copenhague, quando do anúncio do Rio de Janeiro e acredita que a viabilização da obra será possível. “Nós temos a 10ª maior economia do mundo e o Banco Mundial prevê que seremos a quinta até 2016. Já somos o quinto maior mercado publicitário do Mundo e ainda estamos crescendo. E graças ao descobrimento do maior campo petroleiro do mundo, temos também grande reserva de petróleo. Nossa força econômica traz a certeza que podemos ter os jogos olímpicos”, disse Mirelles. A observação no orçamento será essencial para que não se repita com o Pan, quando o Rio gastou bem mais do que estava previsto no orçamento –
Lula, Pelé e Guga foram responsáveis pelo sucesso do Brasil em Copenhague
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Você sabia? HISTÓRIA DOS JOGOS OLÍMPICOS
Os primeiros Jogos Olímpicos eram realizados de quatro em quatro anos há mais de 2.700 anos na Grécia Antiga. A competição era uma celebração de tributo aos deuses. O imperador Teodósio I terminou com os Jogos entre os anos de 393 e 394. Todas as referências pagãs da antiguidade deveriam ser interrompidas.
Os brasileiros comemoram como munca a conquista do Rio de Janeiro. Agora, é hora de trabalhar... e muito
orçado em R$ 1 bilhão teve um aumento de cinco vezes mais - e não entregou alguns pontos chaves do projeto, com a melhoria na rede de transporte. O projeto original previa a despoluição das lagoas de Jacarepaguá e Barra, mas pouca coisa foi feita. Além disso, a expansão do metrô e a linha de trem que ligaria a Barra da Tijuca ao aeroporto Santos Dumont nunca saíram do papel. O sistema de hotelaria da cidade causa preocupação, mas Prefeitura e Governo Estadual vão intensificar e apoiar o surgimento de novos hotéis e pousadas.
TODOS GANHAM – Não será apenas o Rio
de Janeiro que vai ganhar sozinho com os Jogos de 2016. São Paulo, por exemplo, vai receber algumas partidas de futebol. Cidades vizinhas vão melhorar a infraestrutura para receber delegações. As principais capitais brasileiras já estão se planejando para ter dividendos com o aumento do número de turistas no País. Segundo a presidente da Embratur, Jeanine Pires, o setor turístico brasileiro irá cresce 15% em 2016 em comparação ao ano anterior. Esse número impressiona porque a média de crescimento no Mundo é, no máximo, 2%. revista
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QUEM FOI O BARÃO DE COUBERTIN?
Para que o Recife, por exemplo, possa receber uma parcela deste número, será preciso ampliar a rede hoteleira e melhorar o sistema de transporte da cidade. Porém, como a capital pernambucana receberá dois anos antes a Copa do Mundo, os investimentos poderão ser feitos para os dois eventos. Uma coisa impossível de prever, agora, é quais os nomes que poderão surgir como estrelas brasileiras nos Jogos. Por ser sede da competição, o Brasil irá participar de todas as modalidades, sem a necessidade de disputar Pré-Olímpicos. Assim, vamos conhecer esportes como luta greco-romana, hóquei sobre grama, softbal e até o rugby, que fará parte já na Olimpíada de Londres, em 2012. O Comitê Olímpico Brasileiro vai precisar trabalhar forte, investindo em diversos clubes e entidades esportivas, além das federações e confederações. Garotos e garotas, hoje com 11,12 e até 15 anos, poderão ser os nossos ídolos dos Jogos. Preparar esta nova geração é importante para o crescimento do esporte nacional. Esse, sim, será o maior legado que uma Olimpíada deixa para uma nação.
Pierre de Frédy foi pedagogo e historiador francês, tendo ficado para a história como o fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Ganhou o título de Barão Pierre de Coubertin. Ele tinha o sonho de reviver os Jogos Olímpicos e organizou um congresso internacional em 23 de Junho de 1894 na Sorbonne em Paris para criar o Comitê Olímpico Internacional (COI). Dois anos depois foram realizados os Jogos Olímpicos em Atenas na Grécia, a pátria dos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Até a sua morte em 1937 em Genebra na Suíça o Barão de Coubertin era o presidente honorário do COI. Coubertin foi enterrado na sede do COI em Lausanne, mas o seu coração foi sepultado separadamente, num monumento perto das ruínas da antiga Olímpia.
O QUE SIGNIFICA A BANDEIRA?
O Barão de Coubertin idealizou a bandeira olímpica em 1913 e a apresentou no congresso olímpico de 1914, em Alexandria (Grécia). Estreou nos Jogos da Antuérpia, em 1920. A bandeira branca com os cinco anéis entrelaçados representa os continentes (azul, Europa; amarelo, Ásia; preto, África; verde, Oceania; e vermelho, América) e as cinco cores que podem compor todas as bandeiras
do mundo. O lema olímpico “Citius, Altius, Fortius” (“Mais rápido, mais alto, mais forte” em latim) foi criado pelo monge francês Didon, amigo do Barão de Coubertin, em 1890.
QUAIS SÃO AS MODALIDADES?
Para ser considerado olímpico o esporte tem de ser praticado por homens em pelo menos 50 países e em três continentes, e por mulheres em pelo menos 35 países e em três continentes. Nos Jogos Olímpicos de Atenas 2004 foram consideradas 29 modalidades olímpicas: Atletismo, Badminton, Beisebol, Basquetebol, Boxe, Canoagem, Ciclismo, Equitação, Esgrima, Futebol, Ginástica, Halterofilismo, Handebol, Hóquei em campo, Judô, Lutas Amadoras, Natação, Pentatlo Moderno, Polo aquático, Remo, Softbol, Tiro, Tiro com Arco, Taekwondo, Tênis, Tênis de Mesa, Triatlo, Vela e Vôlei. Existem subdivisões dos esportes olímpicos e competicões separadas para homens e mulheres e competições mistas. revista
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fotos: divulgação
SUELY GUIMARÃES revista
Nossa paraatleta continua batendo recordes e brilhando nas pistas
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oucas pessoas merecem tamanho destaque no esporte nacional como Suely Guimarães. Ela já esteve presente em cinco Jogos Paraolímpicos e já sonha com os Jogos de Londres, em 2012. Porém, um feito desta pernambucana de 44 anos foi pouco divulgado pela imprensa local: na primeira etapa do Nacional, em Fortaleza, Suely bateu, mais uma vez, o recorde mundial do lançamento do disco, com 25m05. “Eu sou atleta do Paradesporto desde 1981. Desde então, venho colecionando vitórias, recordes nacionais e internacionais, mas reconheço que o mérito não é só meu. Tive muito apoio dos meus pais que souberam me proteger, mas de forma discreta”. O feito foi ainda mais
importante porque foi pela primeira vez batido no País. Para quem precisou amputar as duas pernas aos 7 anos por conta de um acidente automobilístico – tendo perdido uma amiga –, Suely superou as dificuldades e os traumas com esforço, trabalho e muita coragem. “Estava na calçada da minha casa com uma amiguinha e um carro dirigido por um homem bêbado nos atingiu. Minha amiga morreu na hora. A partir desse momento, com muitas dificuldades, mas por orientação da minha mãe sempre fui tratada igual às outras meninas. Tive que cumprir todas as minhas tarefas como forrar a cama todos os dias, por exemplo”. Outro momento difícil foi no ano dos Jogos de Pequim,
Suely Guimarães vem treinando forte, sonhando com os Jogos Olímpicos de Londres, em 2012
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uma vencedora revista
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Em Fortaleza, Suely Guimarães bateu o recorde mundial do lançamento de dardo, com 25m05
quando teve que fazer uma cirurgia no ombro que faz os movimentos para o arremesso. Suely foi operada em maio e em setembro já estava competindo, conquistando o quinto lugar no lançamento do disco e o sétimo no arremesso de peso. Na raça e na determinação. “Então, desde que o esporte entrou na minha vida naquela época, ainda não se falava no desporto em cadeiras de rodas em Pernambuco. Quando comecei, fazia natação, tênis de mesa, halterofilismo, atletismo (arremesso de peso, lançamento de disco e dardo) e corria 100m, 200m e 400m”.
Ela vai continuar treinando forte. No início de outubro disputou o Aberto de São Paulo, em São Caetano, e no dia 30 do mesmo mês, em Porto Alegre, vai para a segunda etapa do Nacional. Porém, Suely está trabalhando em busca de outro desafio: apoio. Ela faz parte do Bolsa Atleta do Governo do Estado, mas precisa de um patrocinador para bancar as viagens para as competições do País e também no exterior, o que poderá garantir vaga para os Jogos de Londres. É importante destacar que, mesmo que Suely Guimarães conquiste o índice a vaga não será dela, mas do País. Ela quer adquirir novos equipamentos
para melhorar seu treinamento, incluindo aí um dardo que tem um custo estimado em R$ 1.500,00. Quem quiser ajudar basta ligar para (81) 9977-7770. Ela é uma vencedora. Uma batalhadora. Uma campeã em todos os sentidos, que superou todas as adversidades para se transformar em um exemplo internacional. “Temos um valor que carregamos dentro de nós como seres humanos plenos de potenciais. É um desafio na nossa vida. Eu amo desafios, pois é através deles que nós alcançamos as maiores vitórias. E também, o esporte não deixa de ser um resgate à cidadania”.
> Algumas das conquistas de Suely Guimarães > 3 medalhas de ouro no Pan-Americano de Porto
NNONN NOQO NOBO NO BNO BONOB NOBON OB ONQO NOB OBB O BO NOBON revista
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Rico,1986 > 3 medalhas de ouro no Pan-Americano da Venezuela,1990 > Medalha de ouro e recorde Mundial na Paraolimpíada de Barcelona,1992 > 3 medalhas de ouro no Mundial de Berlim,1994 > 3 medalhas de ouro no Internacional Weelchair Games Stoke Mandeville,1995. > Medalha de bronze e recorde Mundial nos X Jogos das Paraolimpíadas de Atlanta/EUA, 1996 > 3 medalhas de ouro no Mundial de Stoke Mandeville, na Inglaterra,1997 > 3 medalhas de ouro no Mundial de Mar Del Plata, na Argentina,1997 > 3 medalhas de ouro no Mundial Birmingham, na Inglaterra, 1998 > 3 medalhas de ouro no Mundial de Nova Zelândia,1999
> 3 medalhas de ouro no Pan-Americano do México,1999 > 3 medalhas de ouro no Mundial de Nova Zelândia, 2003 > 3 medalhas de ouro no Open Paraolímpico de São Paulo, 2003 > 3 medalhas de ouro e um recorde Mundial nos Jogos Parapan-Americano de Mar Del Prata, 2003 > Medalha de ouro e recorde Paraolímpico na Paraolímpiada Atenas/Grécia, 2004 > 3 medalhas de ouro nos Jogos Mundiais Tributo à Paz Rio de Janeiro, 2005 > Jogos Parapan-Americano Rio, 2007 > Premio Melhor Atleta de Pernambuco, 2002 > Premio Melhor Atleta de Pernambuco, 2003 > Premio Melhor Atleta do Comitê Olímpico Brasileiro, 2004 > Premio Melhor Atleta de Pernambuco, 2004 > Prêmio Melhor Atleta Atitude Campeã / Secretaria de Esportes de PE, 2007 revista
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Depois de conquistar o Campeonato Brasileiro, trio de ouro do hipismo pernambucano sonha com saltos mais altos revista
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las são crianças. Na faixa dos 10 e 11 anos de idade. São atletas de hipismo, na categoria mini-mirim. São jovens, mas campeões. Melhor ainda: são campeões brasileiros. Amanda Pedrosa, João Victor Black e Rebeca Costa Carvalho fazem parte de uma nova geração de amazonas e cavaleiros pernambucanos. Promessas para um futuro bem próximo. Na cabeça de cada um deles, um objetivo, um sonho: disputar uma Olimpíada. No último Campeonato Brasileiro, disputado na Sociedade Hípica de Contagem, em Minas Gerais, esse trio arrebentou. Mesmo sem um conjunto - são quatro que competem tendo um para fazer o descarte do pior resultado -, os três pernambucanos brilharam na prova por equipe, conquistando o primeiro lugar. Amanda Pedrosa ainda foi vice-campeã nacional, montando Landirene Max Horse, e ainda foi sexta colocada com Alazão Max Horse. Já João Victor foi terceiro colocado, montando Dark CS. Os resultados deixaram os dois pernambucanos na liderança do ranking nacional, com Amanda em primeiro e João Victor em segundo. Esses resultados são frutos do trabalho de um experiente cavaleiro, que tem mais de 30 anos de hipismo e é um dos maiores nomes do esporte brasileiro: Coronel Weldon Nogueira. Ele é considerado um pai pelos garotos. Opinião compartilhada até mesmo pelos pais dos cavaleiros e amazonas, admirando o estilo educador e disciplinador de Weldon Nogueira. “Weldon passa confiança, respeito e admiração. Ser treinada por ele é sinal de prestígio”, confidenciou Ana Cláudia Pedrosa, mãe de Amanda. Weldon Nogueira tem um perfil que agrada a qualquer pai ou mãe preocupada em ver os filhos montando um cavalo. A tranqüilidade, o cuidado e a experiência ajudam e passam a confiança necessária para que o talento cresça na criança. Mas, ser professor ou treinador não é uma tarefa fácil. revista
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“É verdade que estamos lidando com um talento, mas temos que observar que tem o animal. Além de você lapidar o garoto, precisamos escolher bem um cavalo para que ele possa evoluir no esporte”. Desde cedo, para os olhos atentos de Weldon Nogueira, é fácil observar um jovem talento. Além do mais, o cuidado com a escolinha é uma preocupação constante nos clubes pernambucanos. No Caxangá Golf & Country Club, três professores são responsáveis pela formação das crianças, que já chegam com três anos de idade. E quanto mais jovem, melhor para aperfeiçoar o talento. “A criança tem mais facilidade para se aprimorar, adquirir a coordenação necessária com o animal. O adulto fica mais travado no início e isso atrapalha muito”, comentou a amazonas e professora da escolinha, Maria Luiza, 26 anos, e que seguiu os passos de Weldon Nogueira. Além de Maria Luiza, a escolinha conta com Sandoval Araújo e Cláudio Gomes, além de três tratadores e 20 animais, que estão na faixa dos 16 anos.
CUSTO – Mas, para você que está lendo esta reportagem, é preciso deixar bem claro: fazer hipismo não é para qualquer um. Além da dedicação intensa dos garotos, tem um alto custo. Além da roupa específica – casaca, botas, calças e os materiais como capacete -, tem ainda a mensalidade de uma escolinha, tratador para os animais, veterinário e, o principal, o cavalo. “Para quem está começando agora, um animal, que venha a competir nacionalmente, pode chegar a custar R$ 20 mil a R$ 30 mil”, disse Weldon Nogueira. E o que dizer de um talento como Amanda Pedrosa: tem quatro animais, sendo dois de competição (Landirene, de 15 anos, e Alazão, de 10 anos) e dois outros que estão sendo preparados (Apolo, de seis anos, e Mesclado, de cinco anos) para o futuro. Vale lembrar que os pais de Amanda.
O Coronel Weldon Nogueira é o responsável pelos ensinamentos aos jovens Amanda, Rebeca e João Victor
o empresário Armando Pedrosa e Ana Cláudia, são quem banca todo o esporte, tendo até mesmo adquirido um caminhão para o transporte dos animais em torneios fora da hípica do Caxangá. Amanda treina três vezes por semana e Ana Cláudia sempre acompanha a filha. Para unir o
útil ao agradável, criou uma confecção exclusiva para os atletas do hipismo. “Quando estamos na competição, aproveito para vender a minha coleção, mas na hora que Amanda entrar na pista, tudo muda, não vendo nada. A minha atenção é toda para a prova”, disse. revista
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epois de muitos títulos e campeonatos vencidos com o cavalo Garoto Chesf, o cavaleiro Hermano Pontes de Miranda que compete pelo Núcleo Hipico de Vitória (NHV) volta a trilhar o caminho das vitórias com suas éguas Corsage Chesf e Cazalecchi Chesf. A primeira tem apenas 5 anos e está iniciando suas participações de competições oficiais na categoria 1m20. Já Cazalecchi, um pouco mais experiente, está conseguindo conquistar seus primeiros resultados positivos na categoria amador top (1m30). Como por exemplo, no N/NE, onde foi vice campeã na etapa realizada na Villa Hípica, em Gravatá (agosto) e na etapa realizada na Sociedade Hípica de Alagoas, foi a grande campeã. “Tenho intensificado os treinos bastante, sempre simulando os principais obstáculos das provas onde irei competir”, explica Hermano que
fotos: divulgação
As vitórias no hipismo
Hermano Pontes e Carlos Alberto Neto (detalhe): dois talentos do hipismo estadual
também conquistou a vitória na primeira etapa no N/NE, realizado no Caxangá Golf Country Clube. O cavaleiro que treina no NHV há exatos 15 anos está intensificando os treinos já com o objetivo de conquistar mais uma etapa dessa vez em Fortaleza, que aconteceu no Centro Hípico Harafah, entre os dias 9 e 12 de outubro. “A ideia é evoluir e tornando essas éguas, que ainda são muito novas, cada vez mais competitivas e assim conquistar mais títulos”, finaliza Hermano.
HISTÓRICO – Hermano Pontes de Miranda
carrega em seu currículo vários títulos e uma passagem pela Montclair Riding Academy, New Jersey (EUA). Com Garoto Chesf o cavaleiro arrematou o título de campeão N/NE em 2005 na categoria livre (1m20) e o vice do Concurso Nacional de Saltos Agromen também na categoria livre (1m20), em São Paulo.
Candeias forma campeões A
lém do Caxangá Golf & Country Club, outro local que vem formando talentos do hipismo é o Centro Hípico Zona Sul, em Candeias, Jaboatão dos Guararapes. Criado em 2006, o Centro já trabalha com mais de 30 crianças abaixo dos 15 anos. Segundo o instrutor André Felipe Ferreira, o centro já vem formando campeões na categoria escola. “Impressiona pelo potencial. Vários já são campeões estaduais e outros já lideram rankings”. Um dos futuros talentos é Carlos Alberto Oliveira Neto, que com 11 anos se tornou uma grata surpresa no hipismo. Competindo na Escola Preliminar, ele é neto do presidente da FPF, Carlos Alberto Oliveira, e já foi vice-campeão em uma das etapas do Norte/ revista
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Nordeste, mesmo com o pouco tempo que monta. “Recordo que Neto teve que ficar fora das pistas, por conta de um castigo. Quando voltou, mostrou o quanto ele é talentoso. Se não tivesse ficado fora das competições, já estaria liderando o ranking estadual e regional”, lembrou o instrutor André Felipe. O presidente Carlos Alberto Oliveira incentiva o jovem e já adquiriu um cavalo do Haras Souza Leão – Sommet I – para ele competir nas principais competições. O cavalo é filho de Silvestre, que foi montado por Luiz Felipe Azevedo, na conquista da medalha de ouro no Pan de Havana, em 93. “É um investimento alto, mas você observa que ele tem jeito para isso, tem talento”, disse o dirigente.
CHESF. A MAIOR gERAdORA dE EnERgIA ElétRICA dO bRASIl. Além de energia, a Chesf leva algo a mais por onde passa: desenvolvimento. Porque, para crescer, energia é fundamental. E é por isso que a Chesf, a maior empresa de geração de energia elétrica do País e uma das maiores em comercialização e transmissão de eletricidade, trabalha para levar a energia que o povo nordestino precisa para se desenvolver cada vez mais. No Brasil, e muito mais no Nordeste, a força da Chesf é a força de todos.
www.chesf.gov.br
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por Humberto Araújo
A mania de Zé
Mania todo mundo tem. Porém, o técnico da Seleção Brasileira, José Roberto Guimarães tem duas bem estranhas. A primeira é que usa a mesma cueca durante toda a competição que estiver disputando. Segundo ele, para não mudar a sorte. Mas, a outra é ainda mais estranha: ele não usa o número 4, desde o dia em que uma numeróloga falou que o número não traz sorte. No Centro Esportivo em São Paulo, os quartos têm a sequência 1, 2, 3 ... 5, 6 e assim por diante. O quarto de número 4 não existe. Na China, que também não usa o número, ele viveu momentos de pura alegria.
Novo kartódromo chegou ao Recife
Já está funcionando no supermercado Carrefour, no bairro da Torre, o mais novo kartódromo da cidade. O GKI (Guararapes Kartódromo Indoor) pertence a Carlos Eduardo Bandeira e tem as principais inovações do automobilismo nacional. A pista indoor tem 350 metros e vai servir de inspiração para as novas gerações e, é claro, para os apaixonados por velocidade. A pista conta com novos itens de segurança, cercada de pneus, com painel eletrônico para 12 posições, marcando número de voltas, posição e tempo. Mesmo não tendo o tamanho das pistas oficiais, o local vai servir para provas de enduros, de longa duração, campeonato de empresas e corridas entre mulheres. São 17 karts novos, com motores de 200 HP e 6,5 cavalos. E para os garotos a partir dos 8 anos, Bandeira colocou cinco karts infantis. O novo kartódromo vai funcionar de segunda a sexta, das 14h às 23h, e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 23h. revista
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O Rei Midas
O sonho de 10 em cada 10 jovens tenistas é se transformar em um grande ídolo do tênis mundial. Mas, ao falar em dinheiro e títulos, ninguém se compara ao suíço Roger Federer. Aos 27 anos, o tenista é o maior vencedor de Grands Slam (reunindo US Open, Roland Garros, Wimbledon e Aberto da Austrália). Federer já acumulou uma premiação acima dos US$ 48 milhões, além de US$ 15 milhões por ano dos patrocinadores (Wilson, Gillete, Rolex, Nike, Mercedes Benz, Seguradora Nationale Suisse, Máquina de Café Jura e a Companhia Aérea Swiss). revista
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por Kléber Medeiros
Copa e Olimpíadas no Brasil M ostrando grande força, o Rio de Janeiro desbancou as potências Tóquio, Madri e Chicago e irá sediar a Olimpíada de 2016. O Comitê Olímpico Brasileiro avalia a grife Rio 2016 em US$ 570 milhões. Apenas dez empresas serão selecionadas e vão disputar a participação no patrocínio do projeto.
E várias delas já começaram a aumentar os seus investimentos para garantir sua presença na mídia, através dos atletas e das competições. Empresas como Embratel, Caixa Econômica Federal e Petrobras, que, normalmente, já têm um grande orçamento para patrocinar vários esportes, certamente irão aumentar seus investimentos na área.
Timbushop no Tacaruna Investindo alto O torcedor alvirrubro tem mais uma ótima opção para comprar camisas e diversos artigos relacionados ao Timbu. Além das lojas da Av. Rosa e Silva e Shopping Recife, uma nova loja oficial do Náutico foi inaugurada: a do Shopping Tacaruna. Comprando na Timbushop o torcedor ainda ajuda o seu time do coração.
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Formação de atletas para as Olimpíadas de 2016. Esse é o principal objetivo da mineradora Vale – antiga Vale do Rio Doce – que vai investir pesado no esporte. A empresa investirá algo em torno de R$ 300 milhões na formação de atletas de natação, judô e atletismo, modalidades em que o Brasil tem grandes chances de se tornar uma “potência”.
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