Revista torcida 07

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A n o 2 - N ú m e r o 7 - A b r i l /M a i o /2010 - R$ 5,90

Alcoolismo no futebol

Atraente e sedutora, a bebida alcoólica faz várias vítimas no esporte

> Brasão arde

de amor pelo Santa Cruz


GRテ:ICA MXM

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por Beto Lago

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lcool e futebol. Essa é uma combinação que nunca deu certo no esporte. O assunto voltou ao cenário nacional depois do caso envolvendo o atacante do Flamengo, Adriano, que ganhou até mesmo repercussão internacional. Na história do futebol, outros grandes craques sofreram com a danada da bebida. A Revista Torcida relembra alguns jogadores que passaram por este problema e conversa com especialistas sobre os problemas que afetam no rendimento dos atletas. Outra reportagem da revista é com o atacante sensação do futebol pernambucano: Brasão, que vem conquistando o coração dos torcedores do Santa Cruz. O pernambucano Guga Zlocowitch é destaque no mundo árabe, comandando as seleções de futebol de areia e de futsal do Bahrain. As colunas de Kleber Medeiros e Léo Medrado, a charge de Humberto e, como sempre, as maluquices de Mário Júnior. Curtam mais esta bela edição da nossa Revista Torcida.

A Batalha na Série B............................................ 18 a 21 À Espera do Dono....................................................... 22 Maluco da Torcida...................................................... 24 Blog dos Números..................................................... 26 Garota da Torcida................................................ 28 a 31 Mulher Na Torcida....................................................... 32 O Poderoso Brasão............................................. 34 a 37 Fazendo Sucesso nas Arábias................................ 38 a 41 Divulgação

Bebida e Futebol

Editorial........................................................................ 4 Expediente e Opinião do Torcedor.................................... 6 Você na Torcida............................................................. 7 Giro da Torcida........................................................ 8 e 9 A Danada da Cachaça.......................................... 10 a 15 A Briga No Interior............................................... 16 e 17

por Bruno Falcone

“O design da capa deste mês explode com a foto de Will sobre o alcoolismo, a marca e os títulos vão nos tons pasteis, já que o que se sobre sai é a cor da cevada. No detalhe, o ídolo Brasão, para dar mais um molho.” revista

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O Circo da Fórmula 1.......................................... 42 a 45 Esporte Solidário.................................................. 46 e 47 O Jogo Que Eu Vi................................................ 48 e 49 Marketing Esportivo.............................................. 50 e 51 Charge da Torcida........................................................52 Verão Chesf............................................................... 53 Tá Na Rede............................................................... 54

www.revistatorcida.com.br


Falta

de informação é pênalti. Domingo, após S.O.S. Emergência.

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Diretor de Redação

Beto Lago betolago10@revistatorcida.com.br (81) 9666-7596 Direção de Arte/Design

Falsford Design falsford@gmail.com (81) 3465-4195 Projeto Gráfico

Bruno Falcone Stamford bfalconestamford@gmail.com (81) 9922-0982 Diretor Executivo e Marketing

Kléber Medeiros kleber@revistatorcida.com.br (81) 9259-0850 Diretor Comercial

Léo Medrado leomedrado@revistatorcida.com.br (81) 9973-2010 Fotógrafo

WCstudio.com.br will@revistatorcida.com.br (81) 8749-0249 Repórter

Hildo Neto hildoneto@revistatorcida.com.br (81) 9708.6749 Tratamento de Imagens

Daniel de Orange Colaboradores: Adethson Leite, Daniele Soares, Humberto Araújo, Mário Júnior e Flávio Junior. Impressão

MXM Gráfica e Editora (81) 2138.0800 Endereço para correspondência

KM2 Produções Av. João de Barros, 1527, sala 201, Espinheiro, (81) 3427-9961 - Recife/ PE - CEP 52.021-180 Tiragem 10 (dez) mil exemplares

Juninho Pernambucano

“Adorei a reportagem de capa (Juninho Abre o Jogo), da edição de março. Como torcedor do rubronegro pernambucano tenho o maior orgulho que ele tenha vestido o nosso manto sagrado. E pena que Dunga não lhe dê outra oportunidade, pois ele ainda joga muito mais que alguns que vão à África”. João Guilherme – Jaboatão dos Guararapes (PE)

Esporte local

“Em meu recente retorno à Recife – moro na capital paulista há 6 anos –, onde fui passar férias, fiquei surpreso e feliz em conhecer a Torcida. Afinal, uma revista onde dá grande destaque aos esportes, equipes e atletas locais, em que ser elogiada. Como faço pra comprá-la aqui em São Paulo? Já fazem assinatura?” Francisco Gama – São Paulo (SP)

Bronca Tricolor

“Senhores...por que vocês só dão destaque ao Sport e Náutico? Na última edição, não tem uma linha sequer falando do meu Santinha. É porque estamos na Série D?” Luiz Aires – Olinda (PE)

Sempre Kuki

“Lendo a matéria de Kuki na Revista Torcida (O Inesquecível Kuki), e vendo o desempenho dos atacantes do meu Náutico, me pergunto: será que o baixinho ainda não joga muito mais que Bruno Meneguel, Geilson, Rodrigo Dantas e Emanuel juntos? Acho que Diretoria Timbu bobeou, revista

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não renovando com Kuki. Que nas próximas rodadas eles ‘queimem’ a minha língua”. Amanda Pedrosa – Recife (PE)

Mulher Bonita...

“Se eu já gostava da Revista Torcida antes – tenho desde a primeira edição –, agora, depois de ver a ‘Garota da Torcida’, virei fã número 1. E a linda Priscilla ainda torce pelo meu Sport? É um sonho... Espero que vocês estampem bonitas garotas em todas as próxima edições”. Mário Filho – Recife (PE)

Erramos

Correção do ranking da CBF Alguns leitores enviaram email para corrigir reportagem na quinta edição da Revista Torcida. Na verdade, o Náutico passou o Santa Cruz no ranking oficial da CBF. O Timbu agora é o 21º, com 1.117 pontos, enquanto que o Tricolor está uma posição atrás, com 1.136 pontos. Vale destacar que os clubes baianos estão acima dos dois times pernambucanos, sendo o Bahia o 19º (1.318) e o Vitória, o 20º (1.291). O Sport ainda é o melhor clube do Nordeste, ocupando a 14ª posição, com 1.463 pontos, sete a menos que o Guarani. O líder é o Grêmio, com 2.092 pontos, seguido por Corinthians (2.079), Flamengo (2.039), Vasco (2.031) e São Paulo (1.997). Desculpas aos leitores pelo erro na nossa edição! AOS LEITORES

Para mandar sua opinião, sugestões ou críticas envie e-mail para: contato@revistatorcida.com.br


>

Mande sua foto lendo a Revista para contato@revistatorcida.com.br, que vamos publicar nas próximas edições

Gustavo Miranda e Thaísa Wanderley curtem a Revista Torcida

Manoel e Henrique Barros: Paixão pelo Santa Cruz de pai para filho

Cassiano e Cassiano Filho: vibram e torcem pelo Sport neste Estadual

O amor de Camila Asfora Deschamps pelo seu Sport

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O leitor Odilon Luz e sua cadelinha, Mel, não perdem uma edição da Torcida


Odebrecht vai construir arena

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O consórcio liderado pela Odebrecht vai ser a responsável pela construção da Arena pernambucana para a Copa do Mundo de 2014. O consórcio A Norberto Odebrecht, da Bahia, fez a caução obrigatória da licitação, no valor de R$, 4,8 milhões e venceu a disputa com a Andrade Gutierrez, de Minas Gerais, que teve sua proposta desclassificada pela comissão. Vale lembrar que 30 grupos compraram o edital da PPP (Parceria Público-Privada) e 19 grupos chegaram a visitar o terreno de 270 hectares em São Lourenço da Mata. Durante o processo licitatório, o gestor das PPPs em Pernambuco, Sílvio Bompastor, confirmou que o empréstimo de R$ 400 milhões junto ao BNDES (para financiar a construção da arena) já está sendo articulado pelo Estado. A arena tem um custo estimado de R$ 520 milhões, mas todo o projeto da Cidade da Copa gira em torno de R$ 1,6 bilhão. Segundo estim ativas, apenas com a construção da Arena serão abertos mais de três mil empregos.

Rodada Nordestina no Recife

A cidade do Recife recebeu, nos dias 15 e 16 de março, a Rodada Nordestina Rumo à Copa do Mundo de 2014, promovida pelo Ministério do Esporte e pelo Instituto Brasileiro de Desenvolvimento do Esporte. O encontro serviu para esclarecer todas as dúvidas, apresentar opiniões para o grupo que coordena o Mundial no nosso País. O evento contou com palestras como o jornalista Sérgio Kobayashi e do professor Felip d´Avila, do Ministério do Esporte, de Luís Fernando Pozzi, gerente de marketing do Flamengo, e do secretário de Esportes do Governo do Estado, George Braga. “Ficou bem claro para quem participou da Rodada o que será feito antes, durante e depois da Copa no Recife, principalmente em torno do legado que será deixado para o nosso Estado”, destacou Braga. revista

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Fórmula Sul-Americana em Caruaru

Parece que o automobilismo pernambucano está começando a dar uma nova guinada. O presidente da Federação Pernambucana de Automobilismo, Zeca Monteiro, confirmou que no dia 30 de maio vai acontecer uma etapa da Fórmula 3 Sul-Americana no autódromo de Caruaru. E o mês promete ser bem agitado, já que teremos no dia 16, na cidade do interior, a etapa do Brasileiro de Fórmula Truck, que já virou sucesso de público.

Cartões serão zerados nas quartas

Uma ação boa da Fifa, a partir deste Mundial da África do Sul: o Comitê Executivo decidiu que serão anulados, depois das quartas-de-final, os cartões amarelos recebidos nas fases anteriores da Copa. Com isso, acaba a possibilidade de um jogador chegar pendurado às semifinais e ficar de fora da decisão. Outras medidas do Comitê Executivo da Fifa: a data do Mundial de Clubes da Fifa será entre 8 e 18 de dezembro, com premiação total de US$ 17 milhões, o Mundial de Beach Soccer de 2011 será na Itália e o de 2013, no Taiti, e a Tailândia receberá o Mundial de Futsal em 2012.

Os milionários da bola

O brasileiro Luiz Felipe Scolari, atualmente no Bunyodkor, do Uzbequistão, foi o terceiro, com 9,5 milhões de euros.

Copa Recife Open

Vai acontecer a partir do dia 30 a VI Copa Recife Open de Esportes, reunindo quatro modalidades esportivas (handebol, futsal, basquete e vôlei), do pré-mirim ao adulto. Serão mais de 250 equipes, três mil atletas, 150 árbitros, 250 dirigentes e 30 fisioterapeutas trabalhando neste evento. Serão utilizados 25 ginásios esportivos do Recife e de Olinda. As inscrições vão até o dia 18, pelo site www. coparecifeopen.com. No dia 20 acontece o Conselho Técnico, no Colégio Agnes. A competição tem a coordenação da Liga de Handebol de Pernambuco, sob o comando da dupla Iberê Caldas e André Diniz.

Estrangeiros na Copa do Brasil

Além de ser o país que mais exporta jogadores, o Brasil também recebe alguns “craques” do futebol mundial. Atualmente, na CBF, estão cadastrados dois angolanos, seis argentinos, um camaronês, dois chilenos, seis chilenos, um conguiano, dois equatorianos, dois japoneses, dois americanos, seis paraguaios, um sul-coreano e cinco uruguaios.

O atacante argentino Lionel Messi e o técnico português José Mourinho são os desportistas que mais recebem no futebol mundial. Segundo a revista France Football, o meia do Barcelona recebeu 33 milhões de euros em 2009. Só de salários do clube Catalão foram 10 milhões de euros. Messi é seguido pelo inglês David Beckham (com 30,4 milhões de euros) e do português Cristiano Ronaldo (30 milhões de euros). Entre os treinadores, Mourinho ganhou 13 milhões de euros, com o italiano Roberto Mancini, do Manchester City, em segundo lugar, com 12 milhões de euros. revista

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A danada da O consumo excessivo de álcool pelos atletas pode prejudicar uma variedade de habilidades psicomotoras, tais como coordenação ampla, equilíbrio e tempo de reação, sem contar que pode jogar por água abaixo uma história de vitórias e conquistas. O tema é delicado e, vez por outra, ganha força quando algum ídolo do esporte se envolve em polêmica relativa ao alcoolismo.

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bebida alcoólica está presente em tudo na vida. Se for para comemorar alguma coisa, as pessoas vão beber, para esquecer, então, não existe nada melhor. Até o primeiro milagre de Jesus foi transformar água em vinho. Imagine a situação dos atletas, que vivem sob a pressão do resultado o tempo inteiro e são cobrados como máquinas. O que fazer para apagar um resultado negativo no domingo e já estar pronto para entrar em campo ou em quadra na quarta-feira? E como festejar um título, depois de tanta cobrança, sem dar uma exagerada na cerveja, vodka ou uísque? O consumo do álcool causa, em um primeiro momento, euforia, desinibição e sociabilidade, mas o que pode parecer a princípio bem-estar, possivelmente levará a dependência e a problemas muito maiores. As mais recentes polêmicas envolvendo o atacante da Seleção Brasileira e do Flamengo, Adriano, o pentacampeão Mundial e meia do Milan, Ronaldinho Gaúcho, e o armador norte-americano, do Philadelphia 76ers, Allen Iverson, reacenderam as discussões sobre o tema. Exemplos não faltam para ilustrar a triste mistura do álcool em excesso com o esporte. Sem dúvida, o caso mais famoso no Brasil é o de Mané Garrincha, que, com suas pernas tortas, encantou torcedores do mundo inteiro. Ele foi derrotado pelo álcool aos 49 anos de idade. De acordo com o Colégio Americano de Medicina Esportiva (CAME), em posicionamento oficial sobre o uso de álcool no esporte, os efeitos agudos da ingestão de álcool podem exercer um efeito deletério em ampla variedade de habilidades psicomotoras, tais como tempo de reação, coordenação mão-olho, precisão, equilíbrio e coordenação ampla; O consumo excessivo pode promover alterações no fígado, coração, cérebro, os quais estão fortemente relacionados com incapacidades e morte e, por fim, conclui afirmando que esforços contínuos e sérios devem ser feitos para educar atletas, revista

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técnicos, profissionais da saúde, educadores físicos, treinadores, jornalistas esportivos e público em geral sobre os efeitos agudos da ingestão de álcool na performance esportiva humana e no alto potencial de problemas crônicos do consumo excessivo. Não se trata aqui de um caça as bruxas às bebidas alcoólicas, até porque consumida de forma moderada, podem até fazer bem ao organismo, mas um alerta para um problema que não é só esportivo, mas social. Na opinião do coordenador do Laboratório de Psicologia do Esporte da Universidade Federal de Pernambuco, Antonio Roberto Rocha Santos, as pessoas utilizam a bebida como uma válvula de escape. “As pessoas usam o álcool para reduzir a ansiedade e o estresse, principalmente, nas situações de pressão que o atleta sofre”, afirma. “Começam com pequenas dozes e, depois, passam a consumir mais, porque elas deixam de fazer efeito. Esse é o caminho para usar outras substancias psicoativas”, salienta. Entre as situações que levam os atletas a recorreram ao álcool, o paulista radicado em Pernambuco, profissional de Educação Física e Psicólogo, aponta as transições de carreira, o isolamento social, as contusões, a pressão pela excelência e as negociações como sendo os principais fatores. “Como eles são, via de regra, cobrados para ter um desempenho 100% sempre, acabam desafogando isso no álcool, pois nenhum ser humano consegue todos os dias estar 100%, seja para trabalhar, dirigir o carro ou escrever. Não somos máquinas”, justifica Santos. A transição de carreira, compreendida desde a passagem entre as fases de desenvolvimento do atleta no esporte, até o encerramento da carreira esportiva, é o ponto mais crítico. “A gente conhece jovens que quando vão passar do infantil para o juvenil, vivendo uma situação de muito estresse, precisam tomar uma, inclusive, para jogar”, revela. “Você ser avaliado é sempre uma situação de


Para o professor Antônio Roberto Rocha, a bebida é como uma válvula de escape para os jogadores

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estresse extremo”, acrescenta. Talvez, aqui, esteja a principal pista de ação dos clubes: prevenção. Na maioria dos casos, os talentos têm uma ascensão meteórica, saem do anonimato para a fama quase instantaneamente, e não recebem nenhum tipo de acompanhamento psicológico e/ou social. É difícil encontrar psicólogos nas equipes, quem dirá assistentes sociais. Um dos exemplos a ser seguido em termos de prevenção é o do Grêmio de Porto Alegre, que possui nas categorias de base uma equipe biopsicosocial, formada por psicólogos, assistentes sociais, nutricionistas e pedagogos. “A gente faz todo um trabalho de desenvolvimento e formação com os atletas de 12 a 18 anos, que abrange toda a parte de cidadania e respeito ao ser humano”, declarou a coordenadora da equipe, Alexandra Vanti, em entrevista a uma rede de televisão. Enquanto as empresas, cada vez mais, valorizam o setor de recursos humanos, muitos clubes ainda não acordaram para esta realidade e continuam tratando os jogadores como mercadorias, como se eles não tivessem problemas, emoções e sentimentos. Quando a prevenção não foi feita e o atleta já sofre com o alcoolismo, o tratamento deve englobar uma equipe multidisciplinar, com o apoio da família. “Não se trata de colocar o jogador no divã, mas de ajudá-lo a resolver questões internas que levam ao consumo em excesso. Numa situação de bem-estar psicológico e social, com certeza, ele reduz a procura pelo álcool”, finaliza Antônio Santos.

Propaganda

A indústria do esporte no Brasil gera R$ 31 bilhões por ano, segundo a Fundação Getúlio Vargas, e boa parte desta quantia vem da publicidade, principalmente de grandes marcas de bebidas alcoólicas, que têm como personagens principais dos anúncios jogadores e treinadores. revista

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Uma das patrocinadoras oficiais da seleção brasileira, por exemplo, utiliza o técnico Dunga e os atletas como garotos propaganda. Esse bombardeio publicitário colabora para alcoolismo entre os jogadores. Por isso em muitos países ela foi banida, com excelentes resultados para a saúde pública. Várias já foram as propostas no Brasil para restringir a participação de artistas e desportistas nestes comerciais que não obtiveram sucesso. Quando quantias volumosas de dinheiro estão envolvidas, alguns valores humanos são chutados para longe. O que dizer da situação da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que proibiu a comercialização de bebidas nos estádios e vai ter de liberar durante a Copa do Mundo de 2014? A mudança de atitude é explicada por um contrato milionário da Budweiser com a Fifa, que se estende até o Mundial no Brasil. O acordo prevê a venda de bebidas alcoólicas nos estádios, como nas últimas seis Copas do Mundo. A questão do alcoolismo no esporte será um fato presente enquanto algumas atitudes não forem modificadas. A começar pela sociedade, passando pelos clubes e até a legislação do País. Quantos outros casos, que não se tornam públicos, estão ocorrendo com atletas Brasil afora? Carreiras e famílias sendo destruídas por uma droga que é socialmente liberada e aceita. Quantos Garrinchas, Reinaldos, Marinhos Chagas serão necessários até que a consciência comece a bater na sociedade?

Casos famosos de alcoolismo Garrincha

Manoel Francisco dos Santos - bicampeão Mundial pela Seleção Brasileira em 1958 e 62. Entre 1963, quando o seu futebol começa a sofrer por causa de uma artrose no joelho, e 1983, quando


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morre em consequência do alcoolismo, Garrincha enfrenta uma série de episódios trágicos: tentativas de suicídio, acidentes de automóvel e dezenas de internações por alcoolismo. Morreu aos 49 anos.

Ortega

Ariel Arnaldo Ortega, 36 anos - revelado nas categorias de base do River Plate, chegou a ser apontado, no início da carreira, como o novo Maradona, mas tem a caminhada prejudicada pelo alcoolismo. No ano passado, foi convocado para retornar à seleção argentina em um amistoso, mas nesta temporada, faltou ou chegou atrasado a inúmeros treinos devido a problemas com o álcool.

Ronaldinho Gaúcho

Ronaldo de Assis Moreira, 30 anos – campeão do Mundo em 2002 pela Seleção. Teve um início de carreira brilhante no Grêmio. Em 2001, se transferiu para o Paris Saint-Germain, onde a sua presença nas noites parisienses já levantavam polêmicas. Em recente entrevista, o técnico do Milan, o tetracampeão Leonardo, afirmou que Gaúcho “passou dois ou três anos de escuridão e embriaguez”.

Adriano

Adriano Leite Ribeiro, 28 anos - jogador do Flamengo. Esteve na Copa do Mundo de 2006, foi campeão da Copa América de 2004 e da Copa das Confederações de 2005 vestindo a camisa da Canarinha. Em 2009, Adriano abandonou a Internazionale, da Itália, e retornou sem autorização ao Brasil, alegando problemas pessoais. Na época, o jogador chegou algumas vezes embriagado aos treinamentos e se envolvia em várias confusões em festas. Em março, após retornar de amistoso com a seleção brasileira, o Imperador é protagonista de nova polêmica e admite problemas com o alcoolismo.

> O alcoolismo causa 57 mortes por dia no Brasil > Entre 2000 e 2006 foram contabilizadas 92.946 mortes

associadas ao consumo excessivo de álcool. Todas são consideradas como evitáveis. > 12,3% dos brasileiros entre 12 e 65 anos são portadores de alcoolismo. > O álcool é responsável por 70% das mortes violentas ocorridas no Brasil. > O álcool é responsável por 45% de todos os problemas familiares e conjugais. > O álcool é responsável por 42% dos acidentes de trânsito. > A cerveja representa 73% do consumo de doses acima do recomendável. Fonte: Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas

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A briga

no interior

Segundona do futebol pernambucano tem início no dia 9 de maio, com 14 clubes do interior disputando duas vagas para a Série A1 de 2011

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partir do dia 9 de maio, o futebol pernambucano inicia a disputa do Estadual da Série A2, a nossa Segunda Divisão. Serão 14 equipes do interior do nosso Estado, brigando pelas duas vagas para a elite do futebol. As equipes são Petrolina, 1º de Maio, Pesqueira, Ferroviário do Cabo, Belo Jardim, Flamengo de Arcoverde, Centro Limoeirense, Decisão, Olinda, Timbaúba, Carpinense, Barreiros, América e Íbis. América e Íbis são os mais tradicionais da Segundona. O América tem seis títulos estaduais, passou por um momento complicado na sua história e tenta trazer de volta a glória e as vitórias do seu passado. Já o Pássaro Preto, conhecido como “o Pior Time do Mundo”, por pouco ficou fora da competição, mas no último momento conseguiu o estádio José de Andrade, em Itambé, para levar seus jogos. A fórmula de disputa da competição é bem simples: as 14 equipes vão jogar entre si, em turno único, classificando-se os oito clubes com maior número de pontos nesta fase. Eles serão divididos em dois grupos de quatro times, que jogarão entre si nas chaves assim compostas: Grupo 2 – primeiro, quarto, quinto e oitavo; e Grupo 3 – segundo, terceiro, revista

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sexto e sétimo. Os dois primeiros colocados de cada grupo garantem presença no Estadual da Série A1 do próximo ano. Como não haverá a disputa da decisão, o campeão da competição será o clube que tiver conquistado o maior número de pontos em todo o Pernambucano. O vice-presidente da FPF, José Joaquim Pinto de Azevedo, acredita que este Pernambucano da Segunda Divisão será ainda melhor que o torneio do ano passado. “Tivemos uma grande média de público em 2009, mas acredito que esta fórmula vai movimentar ainda mais a competição. É praticamente um campeonato de pontos corridos”, disse. Vale destacar que os clubes tiveram muito trabalho para deixarem seus estádios em ordem para receber os jogos. “É uma preocupação minha e do presidente Carlos Alberto Oliveira essa exigência de bons gramados, de infraestrutura para o torcedor e para os clubes visitantes decentes e tudo mais. Se não fosse assim, teríamos um torneio com muitos clubes, mas de um nível técnico e de estrutura baixos. Vamos priorizar a qualidade do nosso futebol”, completou José Joaquim.


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A batalha

na Série B Começa a Segundona. Náutico estreia em casa contra o Coritiba e o Sport vai pegar o Brasiliense na Boca do Jacaré

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o dia 8 de maio começa o Campeonato Brasileiro da Segunda Divisão para os clubes pernambucanos. A CBF divulgou a tabela da competição, com todas as 38 rodadas. O Náutico fará seu primeiro jogo em casa, recebendo o Coritiba, no estádio dos Aflitos. Já o Sport joga fora contra o Brasiliense, em Taguatinga, na Boca do Jacaré. Na segunda rodada, o Leão faz seu primeiro duelo na Ilha do Retiro, encarando o estreante Guaratinguetá, de São Paulo, no dia 11. Três dias depois, o Náutico sai para seu primeiro jogo fora de casa, diante de outro estreante, o Duque de Caxias, no Rio de Janeiro – com o estádio ainda a ser definido. Vale lembrar que a Série B, assim como a Primeira Divisão, terá uma parada durante a Copa do Mundo. Assim, as sete primeiras rodadas vão ocorrer antes do Mundial da África do Sul. Somente no dia 13 de julho, dois dias após à final

da Copa, é que a bola volta a rolar nos gramados brasileiros. O primeiro Clássico dos Clássicos será na 12ª rodada, nos Aflitos. No returno, Sport e Náutico se enfrentarão pela 31ª rodada, provavelmente no dia 23 de outubro. O Leão encerra a sua participação encarando a Portuguesa, na Ilha. Já o Timbu visita o Santo André. A última rodada está prevista para 27 de novembro. Os quatro primeiros colocados sobem para a elite. Todos os times jogam 38 vezes. Na primeira fase da competição, os jogos televisionados já foram definidos, com Sport e Náutico tendo privilégios na questão da transmissão esportiva das partidas. Pela TV aberta, o Leão terá nove partidas transmitidas e outros nove pelo canal fechado SporTV. Já o Timbu, terá oito partidas na TV aberta e quatro pelo canal fechado. Os demais jogos serão vistos pelo sistema pay-per-view.

Primeiro Clássico dos Clássicos será na 12ª rodada, nos Aflitos. Nos jogos de volta, o duelo será na 31ª, na Ilha do Retiro

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Sport Data Jogo 08/05 11/05 22/05 25/05 29/05 01/06 05/06 13/07 17/07 24/07 27/07 07/08 10/08 14/08 17/08 24/08 28/08 31/08 04/09 07/09 11/09 14/09 21/09 25/09 28/09 02/10 05/10 12/10 16/10 19/10 23/10 26/10 02/11 06/11 09/11 13/11 20/11 27/11

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Brasiliense x Sport Serejão Sport x Guaratinguetá Ilha do Retiro ASA x Sport A definir Sport x Icasa Ilha do Retiro Bahia x Sport Pituaçu Sport x Paraná Ilha do Retiro América/RN x Sport Machadão Ipatinga x Sport Ipatingão Sport x Ponte Preta Ilha do Retiro Coritiba x Sport A definir Sport x Duque de Caxias Ilha do Retiro Náutico x Sport Aflitos Sport x Figueirense Ilha do Retiro Bragantino x Sport Marcelo Stefanni Sport x São Caetano Ilha do Retiro Sport x Vila Nova Ilha do Retiro Santo André x Sport Bruno José Daniel Sport x América/MG Ilha do Retiro Portuguesa x Sport Canindé Sport x Brasiliense Ilha do Retiro Guaratinguetá x Sport Dário Leite Sport x ASA Ilha do Retiro Icasa x Sport Mauro Sampaio Sport x Bahia Ilha do Retiro Paraná x Sport Durival de Brito Sport x América/RN Ilha do Retiro Sport x Ipatinga Ilha do Retiro Ponte Preta x Sport Moisés Lucarelli Sport x Coritiba Ilha do Retiro Duque de Caxias x Sport A definir Sport x Náutico Ilha do Retiro Figueirense x Sport Orlando Scarpelli Sport x Bragantino Ilha do Retiro São Caetano x Sport Anacleto Campanella Vila Nova x Sport Serra Dourada Sport x Santo André Ilha do Retiro América/MG x Sport A definir Sport x Portuguesa Ilha do Retiro

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Náutico Data Jogo 08/05 15/05 21/05 25/05 28/05 01/06 05/06 13/07 17/07 24/07 31/07 07/08 10/08 14/08 21/08 24/08 27/08 31/08 03/08 07/09 11/09 14/09 21/09 25/09 28/09 02/10 05/10 12/10 16/10 19/10 23/10 26/10 02/11 06/11 09/11 13/11 20/11 27/11

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Náutico x Coritiba Aflitos Duque de Caxias x Náutico A definir Náutico x Bragantino Aflitos Figueirense x Náutico Orlando Scarpelli Náutico x América/RN Aflitos São Caetano x Náutico Anacleto Campanella Náutico x Ipatinga Aflitos Náutico x ASA Aflitos América/MG x Náutico A definir Náutico x Bahia Aflitos Paraná x Náutico Durival de Brito Náutico x Sport Aflitos Guaratinguetá x Náutico Dário Leite Náutico x Portuguesa Aflitos Icasa x Náutico Mauro Sampaio Ponte Preta x Náutico Moisés Lucarelli Náutico x Brasiliense Aflitos Vila Nova x Náutico Serra Dourada Náutico x Santo André Aflitos Coritiba x Náutico A definir Náutico x Duque de Caxias Aflitos Bragantino x Náutico Marcelo Stefanni Náutico x Figueirense Aflitos América/RN x Náutico Machadão Náutico x São Caetano Aflitos Ipatinga x Náutico Ipatingão ASA x Náutico A definir Náutico x América/MG Aflitos Bahia x Náutico Pituaçu Náutico x Paraná Aflitos Sport x Náutico Ilha do Retiro Náutico x Guaratinguetá Aflitos Portuguesa x Náutico Canindé Náutico x Icasa Aflitos Náutico x Ponte Preta Aflitos Brasiliense x Náutico Serejão Náutico x Vila Nova Aflitos Santo André x Náutico Bruno José Daniel revista

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À espera do dono Ela é única. Uma obra de arte exclusiva. A taça do campeão do Estadual deste ano é uma das mais belas da história do futebol pernambucano. Neste ano, o troféu vai prestar uma homenagem ao Tribunal de Justiça de Pernambuco. O presidente da FPF, Carlos Alberto, fez questão de visitar o presidente do TJPE, José Fernandes de Lemos, para ratificar a homenagem ao órgão, destacando que o Governo do Estado e a Assembleia Legislativa também tiveram seus nomes em outras taças do Estadual. Agora, é esperar pelo fim da competição para saber quem será o dono desta obra de arte, feita pelo artista plástico Sérgio Vasconcelos.

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Por Mário Júnior

Hoje eu tive um sonho! S

inceramente, amigos da Revista Torcida, eu estava sonhando com os nossos clubes e foi um sonho maravilhoso. Sonhei que o nosso Campeonato Pernambucano estava supervalorizado, principalmente depois desta nova fórmula. O Santa Cruz disputando a Copa Libertadores, o Sport jogando a Liga dos Campeões da Europa e o Náutico na Copa Pernambuco. Mas, torcedor, no meio da madrugada, eu acordei e percebi que era tudo mentira. Como vamos chegar a Libertadores, Liga dos Campeões e Copa Pernambuco, se o nosso Estadual não vale vaga para nenhuma dessas competições? E falando em competições, será que o Náutico vai seguir os mesmos passos do Santa Cruz, que caiu da A para a B, da B para a C e, depois para a D? Pelo amor de Deus, ninguém aguenta mais esse time do Náutico. Eu não gosto de criticar ninguém, mas é muito ruim. E falando em ruindade, quero mandar um abraço aos amigos do Palmeiras. Que time péssimo é esse Beluzzo.

Na coluna deste mês quero mandar um abraço para o meu amigo Tutubarão, que é um dos leitores mais fiéis desta coluna. Calma, Léo Medrado, eu não falei em você não. Agora, mudando de assunto, Niélson Nogueira Dias, pelo amor de Deus, o que foi que você fez com o Vera Cruz. Anulaste um gol legítimo, Niélson! Vou lhe dar uma dica: será que você não entende nada de física? Será que você não entende o que é a Lei da Gravidade? A bola em linha reta e em movimento retilíneo uniforme não tem como fazer uma curva centrífuga. A bola em movimento perpendicular não tem como mudar o sentido. Desse jeito, serei obrigado a mandar você de volta para o Ginásio, Niélson! Qualquer dúvida, vou mandar você consultar Hélio Macedo, que dez mil anos atrás fez um exame de admissão. Mais uma vez, quero mandar um abraço aos leitores desta coluna e, principalmente, para o meu amigo Dado Cavalcante. E por falar em Dado, você que estão lendo esta coluna tem Dado em casa?

Quero mandar um abraço para o meu amigo Tutubarão, que é um dos leitores mais fiéis desta coluna

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por Adethson Leite

O efeito Dado F

utebol é uma coisa dinâmica e muitas vezes um elogio em determinado momento se apaga em críticas e o que serve em uma competição pode parecer sem efeito em outra, tudo isso em curto período de tempo. Para as coisas mudarem da água para o vinho ou em sentido contrário, basta uma seqüência de resultados ou até mesmo um jogo específico para que sejam criados heróis e vilões. O Santa Cruz saiu dos trilhos depois do Pernambucano de 2006. Um campeonato que seria o primeiro desafio para um time que já havia conquistado o certame estadual do ano anterior e vivia a euforia de retornar ao convívio dos grandes times, disputando a Série A do Brasileirão. Nada ou nenhum time parecia capaz de apagar o momento mágico vivido no Arruda. O time perdeu a decisão para o Sport nas penalidades, perdeu o rumo. Rebaixamentos, campanhas vexatórias na Copa do Brasil e no estadual, a cada competição disputada, já se esperava o pior para os Corais. Incrédula, sua torcida apaixonada vivia a angústia de acompanhar o desmoronamento de um clube que tantas vezes já encheu de orgulho o peito de cada um de seus torcedores, em cada conquista, em cada momento de bravura e superação. Em 2009, a disputa desastrosa da Série D provocaria férias antecipadas para o time Tricolor, que fracassou em sua tentativa de classificação na chave local, em um quadrangular onde em tempos recentes jamais se pensaria em algo diferente de uma campanha com sobras. Nas sombras, a oportunidade. Dado Cavalcante assumiu a equipe como um verdadeiro plano B para que o time desse revista

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continuidade na temporada e a Copa Pernambuco foi a competição tapa-buraco para alimentar o time até que a temporada acabasse. Adversários semiamadores, competição sem grandes recompensas ou atrativos, mas que por falta de opção despertou o interesse da massa Coral. Apesar de não ter um referencial que medisse a capacidade do time, o Santa levou e Dado assinava de forma vitoriosa sua primeira experiência comandando o time. Chegou 2010, novas mudanças. Para Dado, coube o papel de repassar as observações e impressões sobre o elenco que disputou a Copa Pernambuco e aguardar por uma chance lá na frente que talvez sequer surgisse. Veio Lori Sandri, Não resolveu, não agradou. O Santa Cruz parecia cumprir o mesmo destino dos 4 anos anteriores, quando começou a acumular seus insucessos. Parecia. Dado, 28 anos, um dos mais jovens técnicos em atividade no comando de grandes clubes do futebol brasileiro, impressiona por sua capacidade de conduzir um grupo que apesar de limitado, conseguiu superar diversos obstáculos em campo e tornou-se competitivo. A classificação na segunda fase da Copa do Brasil diante do Botafogo, foi reflexo disso. Algo que só se consegue com dedicação, com amor ao trabalho. Do restante da temporada, dos outros passos largos que esse jovem treinador poderá dar, quase impossível prever diante do que se configura o futebol. Porém, inegavelmente, sem inventar, sem pensar em redesenhar a roda, Dado mostrou a todos que do simples pode se extrair muito. Conseguiu com méritos. A torcida agradece.


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G arra Tricolor revista

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nossa Garota da Torcida desta edição é a Cibelle Mendonça. Ela é bancária, adora frutos do mar e é uma apaixonada torcedora do Santa Cruz. Vive, como toda tricolor, a expectativa do crescimento do clube no futebol nacional. Não perde um jogo do Mais Querido no Arrudão e aponta Brasão como seu mais novo ídolo.

Perfil

Nome: Cibelle Silvério Mendonça Apelido: Bella Altura: 1.68 Peso: 53kg Data de Nascimento: 02/02/1984 Signo: Aquário Profissão: Professora de Matemática / Bancária Jogo que mais marcou sua vida: A inesquecível virada em Santa Cruz x Náutico, na final do Pernambucano em 1993. O Santa Cruz precisava da vitória no tempo normal de jogo, para poder ir para a prorrogação, jogar pelo empate e assim ser

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campeão. O Santa estava perdendo de 1x0, virou para 2x1, faltando cinco minutos para acabar o segundo tempo, empatou na prorrogação e foi campeão pernambucano Qual o melhor jogador do Santa Cruz: Brasão Sonho: Constituir uma família Comida: Frutos do mar, em especial caranguejo Filme: Prova de Fogo Hobby: Ir ao jogo do Mais Querido e cinema O que pretende ser: Ser sempre uma profissional de sucesso Qual seu recado para a torcida do Santa Cruz: O maior patrimônio de um time é sua torcida que o acompanha, vibra, se emociona. Que nós continuemos unidos, APAIXONADOS e ao lado do nosso time em qualquer fase, pois quando o Mais Querido entra no gramado, ficamos todos arrepiados, somos tricolores de coração!!! Somos apaixonados e fiéis ao nosso time. Por isso e muito mais somos parte de uma torcida apaixonada, a torcida do “MAIS QUERIDO”.


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por Daniele Soares

Quem não sonhou em ser um jogador

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randes salários, carrões, extravagâncias. Há quem acredite que a vida de um jogador de futebol se resuma a isso. Mas será que é mesmo dessa maneira, ou a rotina dos jogadores não é tão fácil assim? Vamos começar pela carreira. A grande maioria dos jogadores abre mão da sua formação para se dedicar ao futebol. E se essa escolha não for bem sucedida, vários serão os obstáculos para se obter uma nova profissão. Outro ponto importante é o grande fardo psicológico de um atleta. Adquirir a confiança de diferentes técnicos de tempos em tempos, não decepcionar os familiares, além da grande pressão da torcida e da imprensa, tudo isso é estafante. Sem contar as injustiças do futebol, como jogadores “indicados” por dirigentes e empresários, técnicos que “protegem” determinados jogadores... Enfim, acontecimentos corriqueiros para quem vive nesse meio. Passar de herói a vilão é igualmente habitual no dia-a-dia de um jogador de futebol. Errar ou cair de rendimento é inadmissível, ainda mais se a queda ou o erro forem repetidos sucessivamente. E assim, em pouco tempo, ídolos são esquecidos, “craques” já não têm o mesmo valor. Aliás, nesse mundo, a memória é curta. Bem curta. Um equívoco que costumam cometer é em relação aos salários. Nem todo jogador de futebol ganha bem. Se levarmos em conta o número de jogadores profissionais existentes no Brasil, veremos que poucos são os que têm padrões de vida elevados. Isso sem falar daqueles que nem chegam a ver revista

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seus rendimentos no final do mês, pois é enorme a gama de clubes brasileiros que não paga em dia. E é claro que não podemos deixar de comentar sobre o desemprego. Com a concorrência cada vez mais acirrada, vários jogadores não têm clube para atuar. A maior parte dos jogadores profissionais passa por clubes sem estrutura e de pouca expressão. Mas mesmo aqueles que têm a oportunidade de atuar em clubes mais estruturados sabem que a profissão exige sacrifícios. Ser diariamente submetido a grandes cargas de esforço físico, faça chuva ou faça sol (e no caso de Recife, faça sol escaldante!), tendo que a cada treino superar a si mesmo para garantir sua vaga no time não é para qualquer um. Além de tudo isso, o esforço pessoal também é uma das exigências da profissão. Concentrações, viagens, finais de semana distante da família, adaptação dos filhos em diferentes cidades em um curto espaço de tempo, são situações pelas quais um jogador terá que passar durante vários anos. E é claro, a falta de privacidade. Dependendo da fase pela qual o clube está passando, é impossível ir sequer a um shopping passear com a família sem ser importunado. Por essas e outras razões, amigo leitor, posso assegurar que vida de jogador realmente não é moleza. E posso afirmar com maior convicção que vida de esposa de jogador é mais difícil ainda. De esposa de zagueiro então... Mas isso é história para outra hora! Até mais! Assessora de comunicação e esposa do zagueiro Igor, do Sport


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O Podero-

Brasão

Contratado como um desconhecido, atacante caiu nas graças da torcida do Santa Cruz logo nas primeiras partidas. Explosão, faro de gol e carisma fazem do goleador o xodó tricolor

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esmo antes de chegar ao Santa Cruz, o sangue pernambucano já corria nas veias de Ivan Fiel da Silva, popularmente conhecido como Brasão. Filho de um caruaruense, o atacante tricolor venceu o anonimato rapidamente e se candidatou a ídolo da torcida Coral. A história dele lembra a de outro artilheiro de nome inusitado que chegou ao Recife em 2001 e fez história no Náutico, o baixinho Kuki. As semelhanças não param por aí. Além do faro gol, raça e muita disposição, outro aspecto aproxima os dois: o nervosismo e a ansiedade dentro de campo. E, no momento, tudo o que os tricolores querem é que o novo xodó possa permanecer no Arruda o mesmo tempo que Kuki ficou no Timbu. “Sou bem melhor fora de campo do que dentro. Quando a bola rola, a adrenalina vai a mil”, afirma Brasão, que no tempo livre gosta de ficar na piscina, navegar na Internet estar com os amigos. Por sinal, foram eles que colocaram o apelido no atacante. “Vem desde a infância em Jardim

Brasília (bairro de São Paulo). Eu era meio arteiro e gostava de por fogo em tudo”, revela. Na infância, o principal adversário era a escola – atenção crianças ele recomenda que vocês estudem -, pois desde os sete anos matava aula para jogar bola. Esse fato rendeu uma situação inusitada para o jogador. Acostumado a trocar a sala de aula pelos campos de pelada, Brasão já deu de cara com o portão do colégio fechado. “Como eu tinha matado aula um dia antes, fui para escola crente que era um dia normal. Cheguei sozinho lá e não tinha ninguém. Resultado: não ia ter aula”, fala com um sorriso. Nessa época, entre 1993 e 94, o atacante fez uma visita ao Corinthians e tirou uma fotografia ao lado de um dos maiores jogadores já revelados pelo Santa Cruz, o pentacampeão Rivaldo, que formou o “Carrossel Caipira” ao lado de outros dois ex-tricolores, Válber e Leto. Os contos de Brasão vão desde as aventuras da infância até os quatro anos em que esteve na Índia. revista

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Ele diverte todo mundo com as suas “resenhas”. Do futebol indiano, o atacante guarda boas lembranças, apesar de representar um período de esquecimento no futebol brasileiro. “Eu aprendi muita coisa, principalmente de que quando você é devoto de algo, então, tem de cumprir, e deu para ter noção de que não existe nenhum futebol como o daqui. Eles ainda vão crescer”, comenta. Em termos de cultura, o atacante destaca o Taj Mahal, uma das novas Sete Maravilhas do Mundo Moderno, e a fidelidade dos muçulmanos ao Ramadã, mês sagrado islâmico. Até chegar ao Santa Cruz, Brasão já passou 15 clubes e não vai ser uma tarefa fácil mantê-lo para a Série D, já que várias especulações rondam o nome do atacante. No ano passado, ele chegou a ser contratado pelo Atlético-PR, porém algumas contusões o atrapalharam na disputa da Série A. O assédio dos times do Centro-Sul deve ser forte após o Campeonato Pernambucano. Mas, enquanto isso, ele segue aproveitando a boa fase e sentindo o carinho da Brasãomania. Por onde passa, Brasão desperta a atenção dos fãs, principalmente das revista

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crianças, seja devido ao seu aspecto físico, que mais parece o de um lutador de boxe ou de um superherói, ou pela simpatia em que trata cada um que se aproxima. Para quem considera isso apenas uma jogada de marketing, o atacante dá um drible e dispara: “Eu não pedi para nada disso acontecer. Tudo o que faço é de coração. O torcedor sente isso. Ele não é bobo”, desmente Brasão. O atacante admite que não esperava cair nas graças da torcida tão rápido e se disse surpreso com o carinho. “Isso já tinha acontecido em outros clubes, mas nunca igual aqui. O lugar mais apaixonado por futebol do Brasil é Pernambuco”, afirma o jogador, que garante permanecer no Santa Cruz, pelo menos, até o final do ano. “Meu pensamento é de continuar e dar alegria para este povo que não merece estar na Série D do Campeonato Brasileiro”. Quanto a colocar salto alto devido ao prestígio com a torcida, Brasão chute a possibilidade para longe. “Sempre fui do jeito que sou e vou continuar. Pelo contrário, agora, tenho uma responsabilidade


ainda maior. Vou me aperfeiçoar mais para alegrar aqueles que pagam ingressos”, assegura. A felicidade maior dos tricolores passa pelo título do Campeonato Pernambucano, chegar o mais longe possível na Copa do Brasil e a ascensão para a Série C do Brasileiro. “Estamos trabalhando para isso. Sabemos do nosso potencial e podemos sonhar alto”, finaliza.

Perfil do atleta

Nome Completo: Ivan Fiel da Silva Clubes Anteriores: Juventus (SP), Goianésia (GO), Flamengo de Guarulhos (SP), Americano (RJ), Osasco (SP), Águia Negra (MS), União Mogi (SP), Fransa (Índia), Navegantes (SC), Guarani (SC), Camboriuense (SC), Salgaocar (Índia), Fluminense de Feira (BA) e Atlético (GO) e Atlético (PR) Data de Nascimento: 01/01/1982 1- Qual sua comida preferida? Frango com quiabo 2- Qual a cor preferida? Branco 3- Do que você tem medo? Morte 4- Música preferida? Como é Grande o Meu Amor

Por Você (Roberto Carlos) 5- Lugar inesquecível? Taj Mahal, na Índia 6- Quantos filhos? uma, Lyssendra 7- O que mais detesta? Falsidade 8- Tem animal de estimação? Não 9- Cantor(a) que prefere? Kleber Lucas 10- Um filme? Coração Valente 11- Toca instrumento? Não 12- Lugar para descansar? Casa da Mãe (São Paulo) 13- Uma mania? Ficar com os amigos 14- Um defeito? Muito nervoso 15- Uma qualidade? Sinceridade 16 – Se não fosse jogador, seria: Comentarista esportivo 17 - Hobby? Jogar no campo de Jardim Brasília 18- Um Sonho? Diminuição da desigualdade social no mundo 19 – Mensagem para os admiradores: Nem Deus agradou a todos, não sou eu que vou agradar. Mas, tenho certeza de que todos que gostam de mim, gostam de como eu sou. Por isso, sempre ajudarei as pessoas. revista

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divulgação

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Fazendo sucesso

nas Arábias

Instrutor da Fifa, o pernambucano Guga Zlocowitch brilha no futebol de areia e futsal do mundo árabe

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azer sucesso fora do País não é uma tarefa fácil para um esportista pernambucano. Ainda mais sendo treinador de esportes amadores no mundo árabe. Um jovem talento da nossa terra preferiu trocar o litoral do Estado para ensinar beach soccer e futsal no outro lado do Atlântico. Gustavo Zloccowick virou unanimidade no continente árabe, recebendo elogios pelo trabalho que vem desenvolvendo e, principalmente, pelas conquistas no seu comando. O sucesso de Guga foi bem rápido. Em 2000, começou a trabalho no Colégio Boa Viagem, como preparador físico das equipes de futsal. Foi quando surgiu o circuito escolar de beach soccer. “Conquistamos o título no masculino e no feminino e, no Nacional, fomos vice-campeões nas duas categorias. Assim, recebi o convite para comandar a Seleção Juvenil e ganhamos o Nordestão”. Depois de outros trabalhos, assumiu o comando

da Seleção Pernambucana principal e fez um trabalho de renovação do time. Em 31 jogos, foram 31 vitórias. No Brasileiro de 2002, foi terceiro colocado, a melhor colocação do Estado na história da competição. “Foi quando o presidente da Federação de Portugal estava observando a competição e fez o convite para treinar a seleção de lá. Aceitei na hora. Tinha 25 anos e era um grande desafio”. Conquistou o Europeu, a Liga Europeia e o Mundialito, competição disputada na cidade de Figueira da Foz. Um título que nunca tinha sido conquistado por Portugal. Como a federação fez cortes no orçamento, Guga voltou para o Brasil. Em 2004, foi trabalhar como assistente de Carlos Alberto Silva no Atlético Mineiro, observando clubes no Nordeste. Em 2005, foi assumir a Seleção da Rússia de Beach Soccer, que tinha jogadores do futebol de revista

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campo. Conseguiu o vice da Liga Europeia da Segunda Divisão e o acesso à elite. Ao voltar no fim do ano, trocou a areia pelos gramados de futebol. “Recebi um convite do coordenador de esportes da Ulbra-RO e assumi o time. Fomos campeões e conquistamos o acesso à Primeira Divisão no ano seguinte”. Coincidentemente, foi quando Guga montou uma nova estrutura de trabalho, e um dos que chegaram ao clube foi o atual técnico do Santa Cruz, Dado Cavalcanti. Porém, ainda na fase de preparação, ele foi demitido pela diretoria. “Resolvi voltar ao Recife, mandei um email para a Fifa, que comandava o beach soccer, falando que estava disponível para voltar. Quinze dias

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depois, Fúlvio Danilas (na época, diretor da Fifa Beach Soccer e atual diretor do comitê da Fifa para organização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil) e perguntou se queria ir para o Bahrain, assumir a seleção local. Aceitei na hora”. Foram 20 dias de treinos para a disputada do Campeonato Asiático e as eliminatórias da Copa do Mundo no Rio. Guga sofreu com a imprensa local, por ser tão novo e o trabalho errado da federação do Bahrain. No Asiático, disputado nos Emirados Árabes, a seleção foi vencendo todos os adversários e, ao passar pelo Irã na semifinal, a vaga para a Copa do Mundo estava garantida. Nunca o Bahrain tinha conquistado uma vaga em um Mundial de esporte


coletivo. O Shaik queria liberar o time para festear, já que o objetivo tinha sido alcançado e era difícil bater o Japão, mas Guga não queria isso. “Na final, um sol de 40 graus, chegamos 40 minutos antes. O Shaikh veio questionar o horário da minha chegada, já que o Japão treinava 20 minutos antes. Falei que o planejamento era meu, a preleção era minha, o time que vai entrar era eu que colocaria. Em oito minutos já estávamos vencendo por 4x0 e conquistamos o título”. O rei fez questão de chamar o time e disse ao jovem treinador que estava feliz por ensinar futebol de areia aos seus jogadores e proporcionar alegria ao povo. Um feito que poucos conseguiram na história do país. Recebeu um relógio de ouro pelo feito. Em 2006, foi sexto no Mundial. No ano seguinte, depois de clínicas na Rússia, Guga Zlocoowith voltou ao Recife. Foi observar o trabalho de suas escolhinhas, a Guga Soccer, espalhadas por diversos bairros da Cidade. Em 2008, novo desafio, agora comandando a seleção de beach soccer do Azerbaijão. Mesmo com todos os problemas, chegou na terceira colocação na Copa da Europa. Em 2009, iniciou um novo projeto no Bahrain, com o futsal.

INSTRUTOR OFICIAL

Guga tentou ser jogador de futebol. Chegou aos aspirantes do Sport, mas parou de atuar aos 20 anos,

diante de alguns problemas familiares. Hoje, além de ser treinador, atua como instrutor oficial da Fifa no beach soccer. São apenas 12 em todo o Mundo e ele é o único pernambucano neste cargo. “Ministro cursos por todo o Mundo, divulgando o esporte por países que não têm muita tradição”. Em abril, estará na Arábia Saudita e em maio na Síria. Lembrando que todo o curso é financiado pela Fifa. Nos planos de Guga é continuar desenvolvendo o trabalho no beach soccer e no futsal do Bahrain, mas sabe que o futebol também pode ser uma opção na sua carreira. “O Shaikh fica sondando para assumir a seleção olímpica, mas tenho que ter os pés no chão. Ver as melhores oportunidades para continuar no país. Lógico que o meu sonho é voltar ao Brasil, mas apenas se for para comandar um grande clube. Se isso não acontecer, prefiro ficar aqui no Bahrain”. Um ponto importante na vida de Guga é sobre a sua família. Casado e com um filho, ele lembra que teve que sacrificar muita coisa para brilhar no cenário esportivo mundial. “Minha esposa largou tudo na vida para seguir comigo. Vivemos em perfeita harmonia e não conseguiria suportar essa vida longe de todos. Hoje, posso proporcionar uma boa vida a eles, meus pais, meus irmãos – um deles é o ex-jogador Joca, que atuou no Sport e Santa Cruz e hoje é empresário de futebol, e ao meu filho. Eles são minha fortaleza”.

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O circo da Fórmula 1

Início da temporada mostrou o equilíbrio da categoria com as novas mundaças no regulamento e na pontuação Mário Victor Moraes

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Fórmula 1 começou em alta velocidade. As primeiras etapas nos deixaram com a impressão de que tudo que se esperava para a temporada 2010 da principal categoria do automobilismo mundial era exatamente o que estava para acontecer. Mas ainda não podemos afirmar que a F1 terá o sucesso que desejado pelos fãs. Isso por causa da primeira etapa do campeonato, que aconteceu no Bahrein. Tudo foi, realmente, ao contrário do que queria ser visto. A frustração foi geral. Ninguém imaginava que a primeira corrida do ano seria tão sem graça como aquela. E uma corrida tão monótona deu margem para críticas de todos os lados. Com pouca movimentação, o momento de maior expectativa foi quando a maioria dos carros foi para os boxes ao mesmo tempo, deixando todos esperando quem voltaria na frente de quem. Uma ultrapassagem aqui, outra ali, não foram suficiente para animar críticos, fãs, pilotos e equipes. Não demorou muito e começaram as revista

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reclamações contra o novo regulamento. A queixa maior foi com relação à proibição do reabastecimento. Hamilton foi o primeiro a culpar a falta do reabastecimento pelo marasmo. Depois dele vieram Alonso, Schumacher, Webber e os chefes das equipes. Apesar de tudo, o chefão da F1, Bernie Ecclestone, presidente da Formula One Management (FOM) e detentor dos direitos comerciais da categoria, se manteve firme e disse que não iriam alterar as novas regras. Parecia chegar a primeira polêmica da temporada. Chefes de equipes criticavam Bernie e a FIA, enquanto que consultores da Federação declararam que monotonia e falta de ultrapassagens era culpa das próprias equipes. Mas, após posição firme do presidente da FOM, o assunto foi esquecido, provavelmente por terem percebido que ainda era muito cedo para tirar conclusões. Aí veio a segunda etapa do campeonato e tudo mudou. Tudo o que se queixou por não ter acontecido no Bahrein, teve em Melbourne. Disputa por posição do começo ao fim, estratégias


O brasileiro Felipe Massa liderou as tr锚s primeiros etapas do Mundial de F贸rmula 1

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PETER PARKS/AFP

diferentes, corrida repleta de ultrapassagens e, para completar, acidentes. Parece que a receita para uma corrida emocionante é um pouco de chuva antes de começar a prova. Era o ingrediente que faltava para a emoção tomar conta da F1. Alguns minutos antes do início do GP, a chuva fez as equipes mudarem de estratégias às pressas. A largada foi um nó geral. Quem se deu bem foi Felipe Massa. O brasileiro saiu bem e pulou da quinta para a segunda posição, passando Mark Webber, da Red Bull, Fernando Alonso e Button. O companheiro de Massa se enroscou com Janson na primeira curva, rodou, atingiu o carro de Michael Schumacher, que foi obrigado a parar para trocar o aerofólio dianteiro, e ficou parado na contramão, esperando todos os carros passarem. O espanhol e o alemão sofreram com o incidente, indo para o pelotão de trás. Já Button não teve grandes problemas e esse foi o detalhe que o fez ganhar a prova. Depois de se estranhar com a Ferrari, o inglês perdeu duas posições, indo para o sexto lugar e, sem ter muito o que perder, arriscou. O atual campeão da categoria foi o primeiro a correr para o pitstop e colocar pneus de pista seca. Quando os outros pilotos começaram a fazer a mesma alteração, o piloto da McLaren pulou para a segunda posição. Massa caiu para quarto na ida aos boxes. O terceiro lugar ficou com Robert Kubica, da Renault. revista

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Esse foi um bom detalhe da corrida. A imprensa européia, principalmente a espanhola, condenou o time de Maranello por permitir que Alonso servisse de escudo para Felipe, já que consideram o bicampeão mundial atualmente mais rápido do que o brasileiro. No final, viu-se a vitória incontestável de Button, um segundo lugar mais que merecido de Robert Kubica, e Felipe Massa em terceiro, com um desempenho regular, sem ultrapassar ninguém mas perseguido por muitos. A Red Bull foi, sem dúvida, a principal diferença entre o GP de Melbourne e o de Sepang, na Malásia. Ao final da etapa na Austrália, a equipe da marca de bebidas energéticas somava um péssimo retrospecto para quem aparentava estar com um dos melhores, se não o melhor carro da temporada. Sebastian Vettel, que havia chegado em quarto lugar na primeira corrida do ano, foi ainda pior na segunda, quando abandonou a prova. O outro piloto da RBR, Mark Webber, teve um rendimento ainda mais fraco: oitavo lugar no Bahrein e nono em Melbourne. Pelos dois primeiros GPs, percebiase que a RBR vinha para brigar pelo título, mas problemas mecânicos impediram que eles mostrassem todo o potencial antes. Mais do que nunca, a classificação na Malásia foi decisiva para o resultado no domingo. Quando a pista foi liberada para os pilotos no sábado, uma


chuva forte prejudicava os planos das equipes. Os danos maiores ficaram para a Ferrari e a McLaren, que esperaram a chuva passar para entrar na pista. Resultado: ficaram de fora logo na primeira parte do treino, ficando para largar entre os últimos. Quem não viu nada a respeito da formação do grid para a largada até o domingo, pode ter tomado um susto ao procurar, e não achar, os carros da Ferrari e McLaren entre os primeiros. Parece que fizeram um pacto de andarem juntos. Largaram lá atrás, com Button em 17º puxando a turma. Em seguida vieram Alonso em 19º, Hamilton em 20º e Massa em 21º. A chuva torrencial esperada também para o dia da disputa não apareceu em Sepang. A terceira etapa do mundial só não foi uma versão arrumada do Bahrein por causa do quarteto que foi parar no grupo de trás. Eles foram a animação das voltas na Malásia. Hamilton começou a todo vapor, distanciando-se dos outros e passando quem estivesse pela frente. Mas não foi por muito tempo. Quando os carros começaram a entrar nos boxes, a trindade, que já havia perdido a pompa por não conseguir ultrapassar equipes pequenas que surgiram pela frente, foi parar lá na frente. E sempre juntos. Hamilton chegou ao segundo lugar antes de trocar os pneus e terminou na sexta posição. Massa terminou em sétimo. Depois da troca de pneus o

brasileiro se transformou e começou a se destacar, assim como Hamilton. Massa chegou a fazer o menor tempo por várias voltas seguidas. O quarteto só não terminou junto por causa da afobação de Alonso. O espanhol foi um verdadeiro guerreiro, tendo guiado a Ferrari com um problema na embreagem até quase o fim. Mas foi quase. Faltando duas voltas para acabar, Alonso tentou, mais uma vez, passar por Button, o motor não agüentou e foi fim de prova para o espanhol. Quem se deu bem foi Felipe. Com a saída do companheiro de equipe, que deixou pontuar, o brasileiro assumiu a liderança, com 39 pontos. Alonso e Vettel, com campanhas idênticas até agora (os dois um ganhou uma corrida, abandonou outra e chegou em quarto em outra), somam 37. O interessante é que, segundo o presidente da FOM, Bernie Ecclestone, o novo sistema de pontuação foi implantado para favorecer a vitória, mas o atual líder ainda não venceu uma corrida. Entre os primeiros, Massa foi o mais regular, subindo ao pódio nas duas primeiras corridas. Ainda está cedo para dizer se as mudanças no regulamento trarão emoção ou tédio para a Fórmula 1. Se precisar, que a chuva caia em todo o final de semana na região dos GPs, pois, até agora, ela foi a responsável por duas animadas corridas. Fica a pergunta: “e se não chover?”. Tomara que não seja como no Bahrein.

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Esporte

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A prática esportiva é um importante instrumento auxiliar no desenvolvimento integral das crianças e adolescentes

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uando se fala em esportes, é natural que a primeira visão que venha em nossas mentes seja a dos grandes campeões olímpicos e mundiais, medalhas sendo recebidas, troféus erguidos e a execução do Hino Nacional. Entretanto, a prática esportiva vai muito além do que simplesmente o alto rendimento e a busca incessante pelos resultados. Ela é um dos fenômenos socioculturais mais importantes da atualidade. É uma ferramenta que deve ser utilizada para a educação, inclusão social e solidariedade. O esporte necessita ser entendido num sentido amplo, na perspectiva da formação e do desenvolvimento integral. A vivência da prática esportiva oportuniza o exercício da cidadania, melhora a qualidade de vida e o convívio com os valores éticos, além de oferecer as condições para que os jovens se fortaleçam contra o uso das drogas, a falta de iniciativa e o temor ao esforço. Completando 30 anos de Jogos de Internos, o Colégio Damas, nas Graças, Zona Norte do Recife, alia a prática esportiva à solidariedade. Primeiro, dentro de quadra, uma vez que todos os alunos inscritos devem participar das partidas de basquete, futsal e vôlei e, depois, no gesto concreto, já que revista

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todo o dinheiro arrecadado é revertido para uma obra social. “Os jogos educam muito, pois os alunos desenvolvem a autonomia, o respeito, a liderança, aprendem a ganhar e a perder. Tudo isso, dentro do espírito olímpico, em que o importante é participar”, afirma a coordenadora do Departamento Esportivo da Instituição, irmã Socorro Freire. Além das modalidades coletivas, também são disputadas competições de dança, natação, judô e ginástica artística e rítmica. O objetivo dos jogos é contribuir para uma formação integral, evidenciando o exercício da cidadania, promovendo a socialização de toda a comunidade. A cerimônia de abertura, evento reconhecido por sua grandiosidade e bela apresentação das ginastas, será no dia 30 de abril, no ginásio do Colégio Damas. As competições iniciam em 1º de maio e seguem até o dia 8. Nesse período, serão realizadas mais de 400 partidas, abertas para o público em geral. Este é um dos vários exemplos em que o esporte é usado para formar campeões na vida e não apenas nas quadras e campos. As pessoas estão unidas por interesses comuns, de maneira que cada elemento do grupo se sinta na obrigação moral de apoiar o outro e não de vencê-lo.


divulgação

Público Total: Média de Público:

Parabéns, torcedor pernambucano! O Campeonato Estadual teve a melhor média de público entre todas as competições do futebol brasileiro.

Administração: Carlos Alberto Oliveira


Os jogos da minha vida F

alar ou escrever de um jogo emocionante do Sport, daquele que seja capaz de marcar na vida, não me parece uma tarefa assim tão simples. De fato, um é pouco, porque existem jogos. E quando o assunto é o Sport em campo, a realidade o faz plural por todas suas conquistas. Para mim, a escolha única é tão complicada quanto um pênalti a favor, marcado nos acréscimos de um jogo decisivo. “Dar de bico” não é o correto, pois existe a premência do gol imperdível. Portanto, muita calma e responsabilidade nessa hora! Pensar é preciso. Por essa razão, arrisco-me deixar de lado a idéia de “o jogo” e falo de “os jogos”. Mesmo assim, ainda parece redundante falar de jogos emocionantes do nosso glorioso “Leão da Ilha”. Em pelo menos 43 anos de assiduidade torcedora, já que desde os 6 anos fui educado no ambiente sagrado da Ilha, muitos jogos inesquecíveis tive a oportunidade de acompanhar. E não destaco aqui somente aqueles em que saí do estádio com o gosto daquela vitória provocante sobre os rivais. Afinal, dentro do espírito de que o Sport não perde, apenas adia as vitórias, existiram muitos momentos de emoção, mesmo que naquelas circunstâncias efêmeras do silêncio, do recolhimento. Na verdade, instantes da breve reflexão sobre as vitórias futuras, o que os rivais podem entender como derrotas. Dentro dessa perspectiva, não dá para esquecer a emoção do primeiro jogo, aquele que serviu para despertar uma paixão, lá nos idos de 1967. Aqui, o início de um caso de amor definitivo, explicado pela garra dos onze guerreiros vestidos de vermelho e preto. O placar adverso não me disse nada. A perda do turno ou do campeonato, muito menos. Tudo isso foi irrelevante. O que valeu a pena mesmo foi o acerto do meu pai em me deixar envolver pela sedução e magia promovidas pela genética ímpar de “ser Sport”. Veja-se que depois de 1975, o “ser Sport” e o revista

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“ser campeão” viraram irmãos siameses, com todo respeito aos rivais e os que ainda queiram contestar o incontestável. Já naquele ano, tirar o grito da garganta, depois de 11 títulos “postergados”, foi mesmo um momento ímpar. Não só essa decisão, mas todos os jogos do então “super time da Ilha” foram para lá de emocionantes. Quer mais? E o título pernambucano de 1977, conquistado após sucessivas prorrogações, já na madrugada do dia seguinte? E a “vitória garfada” sobre o Flamengo, quando um certo “homem de preto” não validou aquele gol que certamente não daria mais o título aos cariocas? Logo depois, a legítima conquista, no campo de jogo, do primeiro título nacional, com o gostinho de estar na Libertadores pela primeira vez. Foi ali que a História registrou a “primeira invasão dos novos romanos”, que fincaram em Lima, no Peru, o pavilhão rubro-negro de Pernambuco. Lembro ainda das goleadas seguidas no Brasileiro de 94, sobre o Botafogo e o São Paulo. Enfim, o tempo mostrou que as décadas finais do século foram mesmo marcantes para o Sport, pois lhes deram a projeção e o respeito nacional. Todavia, ainda na década de 80, tenho a lembrança de uma emoção forte acontecida em campo de jogo. Naquela decisão em Caruaru, ocorrida em 1983 - quando apenas adiamos mais um título – houve outro jogo marcante, embora doloroso para mim. Por não suportar esse “adiamento”, que vez por outra o nosso Sport apronta, perdi meu pai numa emoção típica de torcedor. A partir daquele momento, pude aprender que realmente se pode morrer de amor. A perda do meu pai foi irreparável, embora não tenha perdido dele o legado e a lição de continuar “sendo Sport”, enquanto exemplo de luta, por maiores que sejam as adversidades. Ainda bem que os anos 2000 chegaram para reafirmar essa supremacia, expressa nas emoções


por Alfredo Bertini

de outros tantos jogos. Não dá para deixar de lado toda trajetória de fibra e resistência, que culminou com a conquista merecida da Copa do Brasil de 2008. A final na Ilha, contra a força do rival e da mídia, foi uma demonstração euclidiana do quanto o nordestino é forte. Mas, o melhor desse triunfo, foi o retorno à Copa Libertadores e com ele a “segunda invasão dos novos romanos”, ocorrida em solo sul-americano. O que foi aquilo que acontecer em fevereiro de 2009, em plena Santiago do Chile? Difundir o “cazá, cazá” em cada recanto da cidade foi um gesto de grandeza, uma obra de arte inigualável em pleno solo de Neruda. Assistir no estádio ao show em cores rubro-negras foi uma imagem inesquecível, registrada fora do país. E o melhor ainda foi assistir a uma vitória que nenhum

outro clube brasileiro havia conseguido até então. Só por esse jogo histórico, ganhamos a Libertadores. Aliás, esse foi “o jogo”. Foi também o melhor e mais autêntico exemplo de luxo no futebol, pois será sempre único e inalcançável. Bem, fatos são fatos. Portanto, não há como reviver tantas emoções, como diria o Rei Roberto na sua canção. Ou melhor, o “Rei Leão”, nas quatro linhas do gramado. E para respaldar o que diz o nosso hino, “se com o Sport eternamente estarei”, certamente muitas outras “razões de viver” esse grande amor serão alcançadas. Por mim e por todas as gerações que me sucedam nessa mística. Assim seja! Economista, produtor cultural e conselheiro do Sport desde 1999

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Marketing Online

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s clubes de futebol têm, cada vez mais, apostado em estratégias diferenciadas para fidelizar torcedores (clientes), e, assim, gerarem mais receitas. E uma das formas mais eficazes para potencializar essas ações são os sites dos próprios clubes. Senão vejamos... Hoje em dia, grande parte da população – e, consequentemente, dos torcedores – têm acesso à Internet. Seja no celular, em casa, no trabalho, ou mesmo numa lan house, é raro encontrar alguém que não esteja conectado à “grande rede”. Por essa razão, a Internet vem se tornado um dos meios de comunicação preferidos dos amantes do futebol. Principalmente pela velocidade e facilidade de acesso. E a prova desse potencial é a frequência com que os torcedores acessam os sites dos clubes. Não raro, o fazem por mais de uma vez por dia, sempre sedentos por notícias e informações atualizadas, contratações, escalações, novidades, promoções, campanhas de sócios e espaço para sugestões. E já que esses acessos são, comprovadamente, crescentes (em 2009, a média da audiência diária dos clubes brasileiros foi de 1.7 milhões de acessos), várias são as formas que os clubes podem usufruir deles. Seja na publicidade, merchandising, venda de produtos oficiais, ingressos para os jogos... Existe uma gama muito grande de opções a serem exploradas. Porém, é importante que os clubes mantenham seus sites modernos, bem geridos, e atualizados. Tomemos como exemplos alguns sites de clubes europeus (Ok...você deve estar dizendo: “Esse cara sempre usa, como exemplo, os europeus”. Resposta: precisamos sempre nos “espelhar” nos melhores!). O Manchester United, clube que encabeça a revista

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lista dos sites mais visitados – mais de 452 milhões visitantes únicos anuais – gera cerca de 20% da sua receita total (324 milhões de Euros) através de transações online, o que significa algo em torno de € 65 milhões.. Apenas pela internet. Realmente é um número bastante. Através dele, o torcedor compra ingressos, participa de promoções, assistem a vídeos exclusivos, vende produtos...resumindo: completo. Além do Manchester United, outros clubes também exploram – e lucram! – bem a Internet. O Real Madri (271,6 milhões) e Arsenal (205,6 milhões) são segundo e terceiros lugares, respectivamente. Dos clubes brasileiros, o Corinthians é o que tem o site mais visitado, com 6,1 milhões, seguido do Palmeiras (3,2 milhões) e Internacional (3,0 milhões). Como podemos ver, ainda estamos a anos-luz de distância dos clubes europeus. Andei dando uma olhada nos sites oficiais dos nossos clubes. O do Sport, remodelado recentemente, com bonito visual, aposta em promoções para os torcedores. O do Náutico tem como diferencial a TV Timbu, que mostra bastidores, viagens, entrevista exclusivas. Interessante, mas ainda deixa a desejar no quesito “atualização”. Ponto positivo para a “Ouvidora”, onde o torcedor deixa mensagens, críticas, reclamações... E é respondido. Já o do Santa Cruz mostra apenas o básico. Destaque para o plantão de notícias. Na verdade, esses sites ainda precisam melhorar muito para que se tornem mais atrativos, com uma maior participação dos torcedores. Para, assim, se tornarem uma ferramenta a mais – e, quem sabe, a principal? – de receita do clube.


por Kléber Medeiros

Embaixada da Ilha

Foram inaugurados nos dias 06 e 20 de abril, respectivamente, no Tacaruna e Guararapes, os primeiros quiosques de shoppings, para vendas de produtos exclusivos do Sport: a Embaixada da Ilha. Segundo Camilo Simões, do marketing do clube, outros quiosques serão abertos, ainda esse ano, nos shoppings, Recife, Boa Vista e Difusora, em Caruaru. Mais uma boa opção para o torcedor comprar os produtos do seu time do coração.

Santa Fidelidade Interessante a nova campanha de sócios do Santa Cruz, que tem como foco o torcedor apaixonado. Se a intenção era chamar a atenção, utilizando imagens de torcedores-símbolos, sem dúvida, conseguiu! A campanha, dividida em três modalidades – Cooperador, Contribuinte e Cadeira Cativa – dá várias vantagens aos sócios, desde entradas exclusivas, a descontos em lojas conveniadas. Os preços variam de R$ 15,00 a R$ 1.300,00 (concessão da cadeira).

DESAFIO A DAR UM SHOW

RÁDIO ENTRA EM CAMPO PAR A , A SELEÇÃO SEJA NO RÁDIO, SEJA NA TV DE BOLA PRA VOCÊ! NDO DE LÉO BOLÃO! SOB O COMA DO RÁDIO BATE UM O UM E IRREVERÊNCIA FAZEND MEDRADO, MUITA CRIATIVIDADE VOCÊ. ÇÃO E DIVERSÃO PRA SELEÇÃO DO

INFORMA FUTEBOL COM MUITA

ESPORTIVO

TODOS OS SÁBADOS NA DAS

TV TRIBUNA CANAL 4 10H30 ÀS 11H

TODOS

OS DOMINGOS NA

TV TRIBUNA CANAL 4 DAS 10H ÀS 11H MARIO JR. AÍ, EU TÔ DENTRO!

O JR!!

AH, E TEM O LOUCO DO MÁRI

REDE

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Seleção do Rádio, um Futebol Inteligente! Só na Transamérica FM 92,7 MHZ. www.selecaodoradio.com.br

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por Humberto AraĂşjo

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fotos: Sports Consult

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oi realizada, de 6 a 20 de março, a 7ª edição do Verão Chesf. O evento movimentou as areias da Praia do Pina, com competições esportivas, atividades recreativas, malhação, aulas de dança, ioga, dicas de saúde, entre diversas outras atividades, numa arena de 3 mil metros quadrados. E, mais uma vez, teve grande participação da comunidade. Disputadas competições esportivas foram realizadas, como

vôlei, futebol de areia, rúgbi, frescobol, futevôlei, triatlon e xadrez. Além as escolinhas de vôlei e xadrez. Para a criançada, paredão de alpinismo, cama elástica, ioiô humano, tobogã, artes e artesanato. A população teve a seu dispor dicas e avaliação da saúde, aferição de pressão, freqüência cardíaca, taxas de glicose e gordura e capacidade aeróbica. É a Chesf sempre apoiando e incentivando o esporte.

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por Léo Medrado

Os filhos da parabólica Q

uando criança, convivi com duas situações bem diferentes. Passava 130 dias (de 20 de novembro a 1 de março) dos 365 anuais, no alto sertão pernambucano. Em Santa Maria da Boa Vista, para ser mais preciso. 1975: sem televisão, aliás, sem energia elétrica sequer na fazenda onde passava férias, acostumei-me a ouvir rádio como principal fonte de informação esportiva. Infelizmente, não conseguíamos sintonizar as emissoras do Recife. Só escutávamos as rádios Sociedade de Salvador, Nacional e Globo do Rio e Tupi de São Paulo. Conseqüentemente, as discussões às margens do “Velho Chico” giravam em torno do Flamengo de Zico, do Fluminense de Rivelino, do Vasco de Roberto Dinamite ou do Botafogo de Jairzinho. Nos outros 265 dias, estava no Recife. Aí o papo mudava. Era o Náutico de Jorge Mendonça, o Santa de Ramon e o Sport de Dario. O tempo passou. Em Boa Vista, a TV chegou em 82. Na década de 90, os jornais passaram a circular no mesmo dia em que eram editados. Hoje existe celular e Internet. O Pernambucano passou a “ter vida”. Antes, no interior, apenas o Central. Hoje disputam ou disputaram clubes de Petrolina, Salgueiro, Araripina, Serra Talhada, Itacuruba, Arcoverde, Santa Cruz do Capibaribe, Garanhuns, Caruaru, Timbaúba, Vitória, Limoeiro e Cabo. Nessas cidades, e em várias outras, cresceu e muito a torcida por clubes do nosso estado. A

transmissão do nosso campeonato contribuiu de maneira decisiva para o aumento da nossa pernambucanidade esportiva. Um componente eletrônico, porém, nadou contra a maré e se tornou um inimigo imponente: A antena parabólica. Praticamente 100% das casas no interior tem parabólica. Existe TV, tem parabólica. Depois de uma luta titânica para as emissoras transmitirem o nosso campeonato, eis que a “maldita” antena insiste em mostrar Flamengo x Volta Redonda ou Corinthians x Bragantino. E vários jovens torcedores embarcaram nessa. A parabólica afasta nossos torcedores na medida em que os aproxima dos clubes do eixo Rio- SP. Mas cabe aos pais insistir junto aos torcedores mirins a não adoção desses times, que não possuem o mínimo de identidade com a nossa terra, com o nosso estado. Respeito a opção de cada um em torcer por quem quiser e bem entender. Mas há 25 anos comprei uma briga inglória. A de lutar pra que não aconteça em PE o que já existe nos demais estados do nordeste. A torcida pernambucana torce por Pernambuco em primeiro plano, em primeiro lugar. Continuarei plantando essa sementinha de bairrismo na ideologia clubística dos nossos torcedores. Um dia, as parabólicas irão nos permitir sintonizar a programação local. Assim seja o mais urgente possível...

Continuarei plantando essa sementinha de bairrismo na ideologia clubística das torcidas

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Se nível de ensino não fosse importante, Harvard não seria tão disputada.

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