Portfólio - Rita Balduino

Rita Balduino Artista Visual, nascida na cidade de São Paulo, onde vive e trabalha. É pós-graduada em Psicologia pela Unicamp e em Artes Visuais pelo Centro Universitário Belas Artes.

Em sua pesquisa a artista utiliza os meios digitais como ferramenta de criação e ponto de partida para desenvolver instalações, realizar intervenções, produzir imagens digitais fotográficas e videográficas, assim como livros e objetos. Mais recentemente vem pesquisando as relações entre a palavra poética e imagem materializadas em suportes e meios diversos.

Já realizou exposições individuais na Capital e interior de São Paulo e participou de várias exposições coletivas no Brasil. Como participante de movimentos de Arte Postal, teve trabalhos expostos na Argentina, Chile, Espanha, Venezuela e Suécia. Participou de duas edições da Feira Tijuana de publicações e tem poemas publicados na Revista Gente de Palavra de Porto Alegre e Revista CTRL+Verso do Centro de Estudos Haroldo de Campos – Casa das Rosas.

Exposições Individuais: “Fantasmagorias” video/instalação no Museu Histórico Prudente de Moraes – Piracicaba – SP – 2016 e no do projeto Diálogos da Casa Contemporânea – SP em 2015. “Sombrio Universo da Luz“ no espaço Papel de Gente em SP – integrante do projeto SPEstampa – 2015; “Caixa de Diálogo – A Vitrina como Dispositivo de Inacessibilidade“ na Vitrina do Masp – Estação Trianon do Metrô –SP - 2014; Janela Muda”, no Museu Paulo Setúbal em Tatuí – SP – 2014 e na Casa Contemporânea – SP – 2013.

Exposições Coletivas: (Des)Limites Livros de Artistas – Casa Contemporânea – São Paulo – SP – Set/2017. Cooperativa da Invenção – Ocupação Casa das Rosas – São Paulo – SP – Julho e Dez/2017. Grupo Mola no Instituto Tomie Ohtake – São Paulo – SP – Dez/2016. “Qualquer Semelhança é Mera Coincidência” coletiva do Grupo Anexo na cidade de Piracicaba – SP – 2016. “O Espaço através da Imagem” na Fauna Galeria curadoria de Denise Gadelha – SP – 2014; Projeto de Arte Postal do Coletivo 308 – 50 Anos de Arte Contra o Estado – no Centro Cultural São Paulo - 2014; 13o. Festival Internacional da Imagem – Colômbia – 2014; Finalista no 3o. Prêmio Belvedere Paraty de Arte Contemporânea - RJ - 2012; “O Princípio da Volatilidade” Galeria Smith - Grupo Transitório, com curadoria Juliana Monachesi - SP - 2012; Labyrint 9: Botkyrka Konsthall - Suécia - 2011; II Bienal Internacional de Pequenos Formatos - Venezuela - 2010; I Bienal do Triângulo Mineiro - Uberlândia - MG – 2007.

Prêmios: Referência Especial do Júri no 10o. Salão de Arte Contemporânea de Marília – 2013; Menção Honrosa na Mostra de Artes Visuais do Espaço Cultural São Paulo Tower – 2010.

Contato:

Fone: 55 11 99345.9774

ritabalduino@terra.com.br

“Ode ao Cio” A série é composta por poemas visuais criados a partir do sufixo “cio”, começando com a palavra ó c i o. Palavra-Imagem que evidencia um duplo sentido: enquanto palavra, um tempo em que nada se faz e, enquanto frase, revela o enaltecimento e glorificação dos estados de receptividade sexual. Uma afirmação do corpo enquanto máquina desejante. Nesta ocupação do espaço público, os poemas em forma de banners foram espalhados pelo jardim, ao lado da fonte; e as letras da palavra Ó C I O, produzidas em material flutuante, foram colocadas no espelho d’água.

“Ode ao Cio” – Instalação – Casa das Rosas – São Paulo/SP - 2017

“PontuAção” Este trabalho integrou a mostra (Des)Limites – Livros de Artistas e para sua realização o espaço expositivo foi concebido como uma casa/livro. Nesta narrativa, onde os trabalhos apresentados são vistos como texto que compõe o grande Livro/Casa, proponho instaurar elementos gráficos que, por se prestarem a recuperação dos recursos da língua falada, como as pausas e entonações, trazem para o espaço a vivacidade dos recursos rítmicos e melódicos presentes na linguagem oral. Os sinais gráficos de pontuação foram colocados em locais próximos a outras obras da exposição, estabelecendo um diálogo com elas e com o espaço expositivo.

“PontuAção” - Objetos Gráficos – Casa Contemporânea – São Paulo/SP – 2017

“CarimbAção” Para esta intervenção, integrante da exposição (Des)Limites – Livros de Artistas, disponibilizei um carimbo para que o público continuasse minha ação de carimbar a parede do espaço expositivo com o poema visual: “QU N~O SE R PITA”. Fazer da parede uma páginAção , um espaço ativado pela ação que se opõe ao modo verbal imperativo do poema. O vestígio do ato inscrito na parede são acúmulos do gesto que subverte o texto, criando sempre novas configurações gráficas a partir das repetições.

“CarimbAção” – Ação Gráfica – Casa Contemporânea – São Paulo/SP - 2017

“Poesia na Janela” Este trabalho fez parte da Ocupação realizada na Casa das Rosas. Trata-se da projeção de poemas visuais e vídeo-poemas na janela frontalsuperior do edifício na Av. Paulista. A janela foi usada como dispositivo de visualização, abrindo um canal de comunicação com o espaço da rua através da produção de poemas visuais de minha autoria e dos poetas e artistas que fazem parte da Cooperativa de Invenção do Centro de Estudos Haroldo de Campos..

“Poesia na Janela” - Intervenção – Casa das Rosas – São Paulo/SP – Julho/2017

“Rotas de Fuga” Este trabalho fez parte da Ocupação realizada na Casa das Rosas. Trata-se de um projeto de intervenção composto por 11 placas de sinalização de orientação e salvamento customizadas com textos e nomes que remetem à urgência de saídas poéticas e criativas em situações críticas e de emergência como as que vivemos em nosso momento atual. As placas Rotas de Fuga foram espalhadas em pontos estratégicos do espaço expositivo.

“Rotas de Fuga” – Intervenção – Casa das Rosas – São Paulo/SP – Jul/2017

“Ao rés do chão” Trabalho que fez parte da mostra do Grupo Mola – Arte Contemporânea e Tecnologia. A pesquisa de relações entre corpo e tecnologia me levou a esta proposição de uma obra/ texto colocada rente ao chão. Os dois sentidos da palavra vão” (o que é oco, vazio e o que é contrário à realidade, falso) como qualidades do corpo no tempo das inovações disruptivas e das novas tecnologias da comunicação, onde palavra e seus efeitos adversos estão sendo sentidos na própria carne.

“Ao rés do chão” – Instalação – Instituto Tomie Ohtake – São Paulo/SP - 2016

“Memórias Brancas” A instalação é composta por uma mesa, cadeira e objetos de uso comum de escritórios: canetas, porta-canetas, relógio, um caderno sem pauta, porta-retrato com espelho e fotografia sobre caixa de acrílico. Móveis e objetos pintados de branco. Na parede, acima da mesa, estão 02 espelhos cobertos com adesivo de recorte com texto: Quem tem vez? e Quem tem voz? Do relógio, os números foram apagados e no porta-retratos há um espelho no lugar de um retrato, que reflete quem se sentar na cadeira para fazer seu registro. Canetas e lápis brancos ficam a disposição do público para o registro suas histórias no caderno sobre a mesa. O único objeto não manipulável é uma fotografia pixelada de uma multidão que está protegida por uma caixa de acrílico transparente, como menção às coisas de valor que se tornam objetos de culto. A instalação de fato se ativa com a participação do público que se dispõe a registrar algo de sua história pessoal no caderno aberto sobre a mesa. Contudo, a experiência é de escrever com lápis branco em folhas brancas, numa proposta de explorar o sentido de quase invisibilidade das experiências comuns. Memórias Brancas são lembranças do esquecível, do silêncio daquilo que não se registra e dos registros que não tem visibilidade. Trata-se de um projeto itinerante, por isso o caderno já contém os relatos registrados da primeira montagem da instalação, que ocorreu na cidade de Piracicaba – SP, em Fevereiro de 2016.

“Memórias Brancas” – Instalação Museu Prudente de Moraes –Piracicaba/SP - 2016

“Lugar de imagem” Trabalho que fez parte da mostra coletiva “Bordas, linhas, entrelinhas” proposta para realizar pequenas intervenções em locais específicos do espaço expositivo. A mostra pontua ressignificações na estrutura da casa, tomando para si o uso de nichos, paredes, escadas e corredores na concepção dos trabalhos.

Instalação/Site-Specífic - Fotografia no nicho e espelho adesivado – Exposição Bordas, notações, entrelinhas - Casa Contemporânea - São Paulo/SP – 2015