A REVOLUÇÃO DE BEL SAMAEL AUN WEOR
DEDICATÓRIA Dedico este livro aos homens de vontade de aço, aos grandes rebeldes, às águias altivas, aos que não dobram jamais sua cervical ante o chicote de tirano nenhum, aos super-homens da humanidade, e aos grandes pecadores arrependidos, porque deles sairá uma raça de Deuses.
Sei bem que toda essa fauna de mentecaptos Teosofistas, Rosarucistas e Espiritualistas da Colômbia, lançarão mais uma vez suas difamações contra o Mestre da Fraternidade Universal Branca, Aun Weor, pelo simples fato de ser colombiano, pois é uma tremenda verdade que ninguém em sua terra é profeta. Se alguém vem do Oriente, falando inglês e sânscrito, essa fauna de pietistas e moralistas lhe beijarão os pés, embora se trate de um impostor; mas que na Colômbia exista um Mestre Colombiano, isso sim não o podem aceitar esses intrusos do espiritualismo. E cheios de ira acabarão de martelar os cravos de sua cruz a marteladas, zombarão do Mestre, e lhe cuspirão o rosto porque é uma tremenda realidade que ninguém em sua terra é profeta. Por isso lemos no versículo 24, capítulo 4 do Novo Testamento, estas palavras do Cristo: “E disse: Decerto lhes digo, que nenhum profeta é aceito em sua terra”. Assim, pois, não é de se estranhar que os mesmos espiritualistas da Colômbia tratem de me ridicularizar, “porque o próprio Jesus deu testemunho de que o profeta em sua terra não tem honra” (Versículo 44 capítulo 4 do novo testamento). Esta Sublime mensagem que eu, Aun Weor, entrego à humanidade, inevitavelmente será rejeitada pela maioria dos sabichões do Rosacrucismo, do Teosofismo, do Espiritismo e até por certos grupos de castrados volitivos cheios de moralismo excessivo e pietismo, como os denominados Irmãos Herméticos de Luxor, famosos por sua preguiça mental, os denominados Martinistas, seguidores do mago negro Papus, os denominados Budistas livres, entre os quais abunda o Homossexualismo. Os
partidários de Max Heindel, famosos por sua ignorância, exploradores das distintas religiões do mundo; e é que é tremendamente real e verdadeiro, que muita erudição corrompe. São milhões os eruditos do espiritualismo que sabem tudo, e não sabem nada, eles discutem, polemizam, argumentam e se declaram donos do saber, mas no fundo não são senão pobres mentecaptos cheios de ódios, egoísmos, cheios de invejas, cheios de intrigas e rancores. E é que para chegar à Alta Iniciação não é necessário ser erudito, o que se requer é ser perfeito, como nosso pai que está nos céus é perfeito. À Alta Iniciação não se chega com o intelecto, senão com o coração, e existem verdadeiros mestres da Fraternidade Branca que nem sequer sabem ler nem escrever, e, no entanto, são grandes sábios iluminados. O tempo que perdem esses mentecaptos das tão famosas escolas espiritualistas, enchendo a cabeça de teorias e misticismos doentios que a nada conduzem, deveriam empregálo em corrigir todos os seus defeitos e acabar com todas as suas sequelas morais, porque ao Gólgota da Alta Iniciação somente sobem as almas de coração puro e santo. O intelecto não chega jamais à Iniciação. Ao Gólgota da Alta Iniciação somente chega o coração. A maior parte dos espiritistas, teosofistas, rosacrucistas, etc., já estão corrompidos, e têm a cabeça cheia de teorias absurdas e preconceitos ancestrais, eles não dão “passe” a nada novo. Quando entrou em circulação nosso livro intitulado “O Matrimônio Perfeito”, não houve espiritualista da Colômbia que não tenha lançado contra nós a infâmia de suas críticas, e é que os tontos não estudam para aprender, senão para criticar. Cada escola, sociedade ou loja espiritualista tem seu “tirano” e seu “assessor” de mentecaptos; que não querem nada novo. Nenhum “chefinho” ou “tirano de classe” ou loja quer admitir nada que possa ameaçar-lhe a existência e o “negócio” de sua congregação.
Dentro de pouco tempo rugirão os canhões da terceira guerra mundial, e então, os que hoje zombam de Aun Weor, terão que escutá-lo. (E de que forma horrível). "A justiça é a suprema piedade e a suprema impiedade da lei". Os Deuses julgaram a Grande Rameira (a humanidade) e a consideraram indigna, a sentença dos Deuses é: Ao Abismo! Ao Abismo! Ao Abismo! Homens da era de Aquário! Homens do século XXI! Homens do século XXX, permanecei firmes na luz, lembrem-se que os homens do século XX, foram uns bárbaros, e que todos eles pereceram e foram castigados por suas maldades. Que isto lhes sirva de exemplo para que permaneçais firmes na fé de Cristo. Homens de Aquário! Apurai vosso caminho até a luz, redimi-vos e fusionai-vos com vossos íntimos, antes que os malvados do século XX saiam do abismo. Um novo sinal de trevas se aproxima (Capricórnio), e a vós os cabe estar alertas e vigilantes, porque a terra será novamente invadida pelas “Almas-Demônios” da idade negra que no século XX, eu Aun Weor, encerrei no abismo para que vós tivésseis a felicidade que agora estais desfrutando. Homens de Aquário! A vós especialmente dedico este livro que os bárbaros do século XX não entenderam. Homens do século XX, ouvi a palavra de Jeová: “Assim disse Jeová dos exércitos: Assim quebrarei este povo e esta cidade (a civilização atual) como quem quebra um vaso de barro que não pode mais ser restaurado, e em Topheth (vale da matança) serão enterrados, porque não terá outro lugar para enterrar” (Cap. 19 Vers. 11 Jeremias). AUN WEOR
NO VESTÍBULO DO SANTUÁRIO (Por Julio Medina V.) O homem na cidade se converteu em idólatra do “Bezerro de Ouro”, ou seja, do dinheiro, que é feitio do mesmo homem. Por dinheiro tudo é classificado e justificado, e em resumo, vem a ser a máxima aspiração na atual civilização. Tanto o homem que perdeu sua juventude adquirindo conhecimentos através do estudo intelectivo, como o que nada tem estudado, chegam a essa mesma aspiração: “o dinheiro”. Tanto para o que muito tem como para o que nada tem, o dinheiro é a panaceia para todos os males, é no único que estão de acordo os que sabem e os que nada sabem, os que têm e os que nada têm. Quando o grande iniciado Moisés subiu entre trovões, raios, relâmpagos e tempestades ao Monte Sinai para conquistar as Tábuas da Lei, não teve temor das dificuldades, entre as quais se debateu para adquirir os dez mandamentos da lei de Deus, que são as leis do código da Natureza. Todo seu imenso sacrifício se espatifou quando, baixando da montanha, encontrou o povo de Deus adorando ao “bezerro de ouro”, a esse mesmo dinheiro que hoje embriagou totalmente a espécie humana. E cheio de profunda dor e indignação rompeu as Tábuas da Lei, quer dizer, o conhecimento adquirido por ele com tanto sacrifício, não pôde chegar às mãos do homem porque o homem estava adorando as coisas de seu próprio feitio. Hoje chegou ao máximo essa idolatria, e o homem terá que saber por experiência própria qual será o resultado de ter rompido contra seus costumes e idolatria de falsos ídolos: as leis do código da Natureza. No material tudo progrediu, no campo moral o homem se tornou um perfeito artista e o campo espiritual o recorda como uma possível promessa. A palavra mistério serviu de rótulo maravilhoso para classificar o que o homem, despreparado, não alcança compreender. O homem em si, não progrediu, em vez disso, tornou-se inútil. Se ao homem civilizado tirassem-lhe os elementos de que se vale para ser poderoso, daria lástima seu aspecto. Parece-lhe que na comodidade está sua felicidade e com afã procura-a e consegue-a, mas depois que a obtém descarta-a caprichosamente, e isto o faz até no campo de seus
sentimentos íntimos. Assim vemos que diligente busca um amor, consegue-o, forma um lar carinhoso e respeitado. Cuidadoso, e através de muito tempo, vai formando o calor de seu lar, e o dia menos pensado, o mesmo se encarrega de descartá-lo, como se não sentisse dor pela obra que ele mesmo realizou, e se faz isto com sua própria obra, com sua própria dor, o que não será capaz de fazer com a dor alheia? Fez-se poderoso para o mal e trata de justificá-lo recorrendo à história, para confirmar que assim foi o homem em todas as épocas e que a história se repete. Maravilhosa a forma de justificar a perversidade! E assim continua preparando-se para destruir-se; no entanto, o homem acredita sinceramente que está buscando o bem e a perfeição. Pode ser que suas intenções sejam certas, mas vai por outro caminho em sua busca da perfeição, porque deu mais atenção às coisas de seu próprio feitio que, as que faz o eterno Deus vivo. A educação em geral é claramente material ainda quando se a acompanhe com sentimentos piedosos e sabor religioso, porque a educação atual não consegue transformar o ser, capacita-o, mas continua acompanhado por todos seus vícios e rancores; o mau e o perverso não o deixam de sê-lo pelo simples fato de que tenham muita instrução. Para que a educação consiga cultivar o ser, quer dizer, transformar suas más qualidades em boas, é indispensável conhecer a fundo as leis da natureza e a posição do homem diante delas. A cultura, que atualmente se lhes brinda aos povos somente serve para torná-los aptos para o consumo dos elementos que produz o bezerro de ouro. O progresso material tem íntima relação com os problemas econômicos. O progresso material se traduz em maior comodidade, e a maior comodidade requer maior investimento de dinheiro para a vida cotidiana. Por um lado, todo o mundo deseja e exige maior comodidade, uma completa facilidade para tudo, e por outro, o mesmo homem se queixa do custo da vida. Não se pode convidar o prazer sem que acompanhe seu irmão gêmeo, a dor, e por outro lado, o fato real é que assim como uma família grava-se notoriamente quando adquire comodidades para seu lar, assim também os filhos de uma cidade ficam de imediato, fortemente gravados no econômico, quando a cidade brinda-lhes com maiores comodidades e facilidades, quer dizer, aumenta de
imediato o custo da vida. Uma cidade que pavimenta suas ruas tem que tirar o custo dessa pavimentação do dinheiro de todos os que a habitam e dos que transitoriamente a visitam, porque de imediato a valorização que recebe o edifício, requer aumento do arrendamento, e isso implica no aumento das mercadorias que são adquiridas em dito edifício. A comodidade é o que fez do homem covarde, por isso tem medo da vida, da morte, do amanhã, do que dirão. O homem valente evita a comodidade porque não tem medo. De agora em diante a humanidade receberá muita dor, e tem que recebê-la com resignação, porque é o meio de que se vale a mãe Natureza, para fazer com que seus filhos voltem para ela. A dor virá para ser a bigorna com que se forje a nova humanidade. As raças que chegaram a gozar de maior comodidade, jamais foram as de maior durabilidade como agremiações humanas: essas desaparecem e delas somente ficam os vestígios de sua grandeza e opulência. O único que pode acabar com o bezerro de ouro é a dor, porque a dor foi o caminho que nos mostrou o Cristo para nos redimir. Aqui entre nós, os humildes índios da Serra Nevada de Santa Marta, vivem sem necessidade de dinheiro, e puderam se salvar da catequização civilizante através de nós, porque tanto seu número como a defesa natural que os protege, não o permitiu. Sua população escassa, não agrada os produtores e fabricantes para obtê–los como centros de consumo, e o terreno inacessível, evita que os curiosos civilizados cheguem até seus costumes tradicionais. Esses índios não possuem dinheiro, nem a nossa cultura e, no entanto, vivem felizes e contentes. Eles trabalham a terra e trocam seus produtos entre eles, e assim solucionam suas necessidades. As únicas tribos que já têm problemas, são aquelas que ficaram na parte baixa, ao alcance dos civilizados. Os índios que estão nas partes altas da Serra, não entendem de problemas, eles não sabem que coisas são os problemas. As ovelhas, o sisal e o algodão lhes dão a lã, a pita os fios para seus vestidos e utensílios indispensáveis, e suas mulheres nos momentos de ócio lhes confeccionam suas roupas e elementos
indispensáveis. O homem criou seus problemas econômicos quando se separou de sua mãe Natureza; e o homem se separou da Natureza quando foi criada a vida urbana, e na vida urbana o homem formou uma vida artificial, e na vida artificial da vida urbana, o homem está cheio dos problemas que ele mesmo criou. Com o homem ocorre o mesmo que ocorre ao pintinho que se separa da galinha; se o pintinho tem frio que busque sua mãe que ela o abriga com suas asas e lhe dá seu calor; se tem fome, que busque a galinha, que ela o alimentará: ela cavando a terra consegue alimentá-lo. Nenhum partido político, nem o melhor governo organizado é capaz de fazer pelo pintinho o que faz sua mãe a galinha, somente ela é capaz de solucionar esse duro e grave problema cavando-lhes a terra; somente a mãe sabe tirar a fome de seus filhos. Nenhum líder político, por mais inteligente que seja, e por maior que seja sua doutrina política, poderá jamais fazer o que é capaz de fazer a mãe por seu filho, pelo fruto de seu amor. É que somente a mãe conhece e entende as necessidades íntimas de seu filho, somente a mãe pode abrigá-lo com seu calor e alimentá-lo com seu peito, porque ela é a Natureza em miniatura. O homem se afastou de sua mãe, a Natureza, quando se isolou dentro da vida urbana: então o homem conheceu a fome e a nudez, surgiram os problemas, e corrompeu-se moralmente, porque ficou órfão. Se o homem quer solucionar seus problemas econômicos, tem que voltar ao seio de sua mãe, a Natureza, ela sempre aguarda a seus filhos de suas entranhas, como a galinha a seus pintinhos. Ela dá ao Homem a lã e o linho para que se vista, o fogo para que se abrigue e as madeiras de seus bosques para que construa sua casa, seu refúgio. Assim que, enquanto o homem recorra à vida urbana para solucionar seus problemas, estará fazendo tudo ao contrário para redimir-se deles. O Homem que tendo fome, sede e desnudez, recorre à vida urbana para solucionar suas necessidades, assemelha-se ao que vai buscar alimentos entre as areias do deserto. O alimento se busca onde pode-se produzir: nos campos, nos bosques, não na cidade, porque na cidade não se produz agricultura: ali somente podem estar os que produzem dinheiro, e o dinheiro faz com que os
homens, como feras, devorem-se mutuamente. Para que o homem solucione seus problemas, terá que dar as costas à vida urbana e ao Bezerro de Ouro, os ídolos de sua idolatria, acabar com as fronteiras egoístas, porque as fronteiras são filhas do egoísmo do homem, já que o mundo nos foi brindado sem fronteiras, e voltar para os campos para trabalhar, para produzir vida para assim ganhar o pão de cada dia com o suor de sua testa, e reverente, incline sua cervical ante a semente que deposita na terra para que multiplique seu alimento e o de seus filhos. Esse dia, o homem não terá mais problemas porque sua mãe, a Natureza, lhe tirará a fome, o frio e a nudez. Os partidos políticos se dissolverão porque os líderes políticos não podem existir sem massa que os siga e haverá felicidade. Nem o comunismo, nem o fascismo, nem o nazismo, nem o laborismo, nem o socialismo poderão dar ao homem o peito de sua mãe, porque somente a mãe pode dar o peito a seus filhos e tirar-lhes a fome e o frio. Não há motivos para que as pessoas morram de fome porque a terra dá abundantes frutos para alimentar a todos os seres que nela moram. Os animais que morrem de fome é porque o homem os encerrou em terrenos e lugares onde não encontram alimentos, como acontece com os homens que se encerram dentro da vida urbana. A solução econômica do mundo não consiste em dar-lhe mais dinheiro ao mundo, porque com o que tem, já tem suficientes problemas. O que cada homem necessita para viver é uma casinha e um pedaço de terra para cultivar seus alimentos, e nossa mãe, a Natureza, proverá o demais; para fazer isto não é necessário inventar mais partidos políticos. Os partidos são como muletas para a humanidade inválida. Acudimos sempre à Natureza colocando-a de exemplo para todo ensinamento, porque ela é um livro aberto, e seus ensinamentos nos são oferecidos como exemplos vividos, com fatos realizados, o qual nos dá experiência e a experiência é o melhor ensinamento, uma coisa se conhece quando se realiza: se não se executa, somente é para nós uma teoria. Por isso tratamos de reincorporar nos costumes sociais, os ensinamentos que nos dá a mãe Natureza, tratando de fazer as pessoas discernirem para buscar o que lhe é mais conveniente. Por isso apresentamos
exemplos como os seguintes: A mulher do campo cria seu filho, ela o alimenta com seu peito porque nela manda mais seu amor que seu interesse, e este alimento é brindado cada vez que seu filho o exige, e seu afeto indica-lhe quando o deseja e quando não o deseja, sem levar em conta a hora, minuto ou segundo, porque não tem relógio nem o conhece, nem o necessita; em troca, a mãe acostumada da cidade, não a martiriza o choro de seu filho, parece ter o coração de pedra e ao pé da letra espera que transcorram as quatro horas martirizantes que indicam todos os textos sobre criação, para oferecer-lhe o alimento. A mãe do campo dorme com seu filho indispensavelmente, ela o defende com seu calor, e intuitivamente faz com que seu filho continue alimentando-se com as cores de sua aura, ou seja, da força radiante que à maneira de auréola sai do corpo humano e, sobretudo da mãe, que é todo amor e ternura para com seu filho. Esta força vital é indispensável para que se reestabeleça uma íntima e estreita conexão externa e interna entre mãe e filho; em troca, a senhora da cidade a partir desse momento em que nasce seu filho, lhe é exigido que o coloque em cama à parte, além de não receber o calor de sua mãe, para que não a mortifique, fazendo com isto tudo o contrário do que faz a mãe Natureza, quando permite ao feto, não somente alimentar-se do mesmo sangue de sua mãe senão viver entre seu calor e colo. Tudo isto dá lugar a que exista mais compreensão e maior união entre mãe e filho, entre as pessoas do campo e a aldeia, que entre as pessoas de finos costumes civilizados e faz com que o primeiro fique mais ligado à sua mãe e a seu lar que o filho que é criado com tantos códigos, regras e sistemas antinaturais, o qual o desnaturaliza. O materialismo histórico, como teoria da ciência oficial, não pode servir de fundamento para a vida social, porque não conhece a história do materialismo, e não a conhece nem a podem conhecer, porque desconhecem a própria matéria e suas íntimas funções vitais que determinaram a teoria da matéria e o materialismo da história. A constituição da matéria está sujeita às leis do tempo e espaço, e os tempos não foram sempre os mesmos, nem os meios ambientes foram iguais. A composição físico-química da matéria não foi a mesma em todos os tempos, nem a biologia orgânica de alguns milhões de
anos atrás não se iguala com a atual. Aquelas peregrinas teorias do materialismo histórico, sobre que o homem teve que afastarse da Natureza e formar cidades para favorecer-se das inclemências da Natureza, são tão absurdas como pretender tirar um peixe das águas para favorecê-lo das inclemências das águas. Cada organismo está biologicamente adaptado ao ambiente em que se move e, portanto, o materialismo histórico como base para uma sociedade bem organizada é completamente inadequado, porque desconhece a história da matéria, a qual nem sempre foi igual em sua constituição biológica, física, psíquica, somática. O materialista nada sabe sobre o fundo vital, ou seja, os Tatwas. Os Tatwas são o fundo interno da matéria. Os físicos admitem o éter para explicar-se as leis de coesão, gravitação, vibração e pulsação, mas, nada nos dizem sobre a constituição do éter. Se a física quer realizar progressos eficientes tem que recorrer ao ocultismo e ao estudo sobre os Tatwas; que são as distintas modificações do éter, causa fundamental das tensões e distensões do calórico, do movimento que produz o calor e som, do calor e som produzem a luz, a luz que produz a cor. Por isso, nota, luz, cor e movimento; são uma só coisa com distintas vibrações, e se desenvolvem, evoluem e progridem sobre o éter e suas modificações chamadas Tatwas em linguagem oriental. A presente obra encerra uma série de conhecimentos incalculáveis, mas é de lamentar que esta luz não possa chegar aos demais, porque os demais estão somente empenhados em gozar e os que estudaram, já formaram juízo, estão contentes com suas crenças e preconceitos e são pouco amigos de fazer revisões. Tudo isto faz com que o homem não busque a felicidade dentro de si, senão fora de si. Ele acredita que com o dinheiro que obtém, consegue tudo, mas o dinheiro poderá somente brindar-lhe prazeres, mas não felicidade. Os prazeres cansam e desgastam, enquanto que a felicidade constitui nosso Íntimo contentamento e no interno não entra o dinheiro. A felicidade se traduz em beleza sã e não cansa jamais. Quando você, caro leitor, sente desejos de nos considerar amantes do atrasado e cantores da miséria, lembre que o que
tratamos é de fazer você compreender que a Natureza é um livro aberto e que nesse livro não se aprende com presunção nem com desprezo: lembramos-lhe que a alquimia da Natureza é muito mais poderosa que a química que o homem emprega, lembramos-lhe que o talo de uma flor por obra e graça da alquimia transforma a lama fétida no perfume de sua flor, que da sujeira do pântano sai a flor esplendorosa do lótus, que da podridão da semente sai o talo do fruto que nos dá alimento, que dos pastos e lixos, com que o gado se alimenta, sai o leite e a carne com os quais se alimenta o gênero humano, e lembramoslhe que antes de inspirar-lhe compaixão, se compadeça bastante de seu próprio corpo que exala pestilência, porque não tem decência e, se a conhece, não a pratica, e que ainda está imundo internamente porque não sabe fazer o que faz o talo de uma flor. Todo o dinheiro que é empregado em conforto, luxo e comodidade, pesa automaticamente, sobre a economia dos associados, em troca do dinheiro que é utilizado para facilitar o acesso a essas agremiações dos produtos que a terra dá, através de caminhos, estradas, vias férreas e as diferentes vias de transportes, diminuem o custo de vida, porque essas medidas contribuem para diminuir o custo do transporte dos alimentos que a terra dá e que são produzidos nas regiões onde há acesso, ao mesmo tempo coloca a cidade em contato com os produtores, evitando assim o complicado mecanismo dos intermediários, já que os terrenos vizinhos aos grandes centros de consumo, por seu alto custo estão em poder de pessoas que não lavram a terra. Não se pode negar que o homem melhorou notoriamente as espécies de que se serve e se alimenta, porque lhes tem dado muita atenção: o agricultor sabe que com a seleção da semente obtém o melhor grão, o mesmo o avicultor, o agrônomo, o pecuarista e enfim os que fazem produzir a terra e suas espécies. Os mesmos governos de forma eficaz contribuíram para essa bela realidade; o único que não mereceu a atenção do homem é sua mesma produção. Hoje em dia depois de tantos avanços e estudos para melhorar as raças dos animais e os frutos e sementes da terra, nada é feito para melhorar a produção humana.
Há que ensinar ao homem melhorar sua produção: para entrar neste terreno há que adentrar-se no conhecimento do próprio homem, o que o compõe, não somente seu corpo físico senão sua alma e seu espírito. A ciência contemporânea ensinou mal ao homem, que é o ato sexual, ou a união de um homem com uma mulher é um fato biológico, semelhante aos que cumprem o corpo da mulher por sua qualidade de mulher, dando a entender com isto que é uma função que somente é biológica chegando até o orgasmo, sem que os cientistas percebam que a secreção hormonal interna das gônadas também é função biológica, e que a magia sexual é um processo de secreção hormonal intensificado: a partir do ponto de vista puramente biológico, assim que nós não violamos a lei biológica; somos mestres da Lei Biológica. A ciência material esqueceu por completo o preceito Bíblico, que em seu sexto mandamento disse ao homem: NÃO FORNICAR. Ali não disse com quem está autorizado a fornicar, senão secamente NÃO FORNICAR, quer dizer, que o homem não deve empregar sua semente senão única e exclusivamente para criar, ou seja, para deixar descendência... Apesar do visto bom que as diferentes crenças e sociedades dão às uniões que não cumprem a lei de Deus. O homem não lembra que sua semente está sujeita às mesmas regras para reproduzir-se que os demais seres vivos? Com repugnância vemos o homem que, sumido na pior ignorância, usa sua semente sem selecioná-la, através de qualidades e condições internas, colocando seu corpo nas melhores condições, e, sobretudo, saber que vai cumprir o ato mais santo mediante o qual é um deus criador, e nas piores condições e com as mais baixas paixões apresenta-se ante a mulher, sem respeito e sem amor, para fazer tudo ao contrário do que ordena o sexto mandamento da Lei de Deus: NÃO FORNICAR. Em estado de embriaguez exalta seus mais baixos sentimentos e por último, como quem vai ao mercado, dá seu pagamento para assim selar o ato vergonhoso como fiel idólatra do bezerro de Ouro. Com razão, estes filhos da paixão, os chamam suas próprias mães, quando se referem ao novo ser que é gerado: um “descuido” indicando que naquela união jamais tiveram a intenção de criar. A Bíblia no Apocalipse chama a humanidade, de “a grande rameira”.
O que pode nascer dessa união que é verificada contrariando uma lei natural? O que pode esperar o gênero humano de sua produção humana? Qual virá a ser a qualidade moral desta nova semente que leva em potência o germe dos motivos que lhe deram a existência? Que educador poderá alterar as bases que geraram este novo ser? A educação ali terá que ser de uma transformação total do ser, e para transformar o ser há que conhecer o ser. A educação externa, poderá torná-lo apto para ganhar-se a vida no campo intelectivo para conviver em sociedade, mas no campo da cultura e da decência, nem lhe interessa a cultura nem quer a decência. Esta semente ruim, que inconscientemente para seus genitores converteu-se em um novo ser vivo, vem mais tarde a causar espanto à sociedade da qual procede. Aqui praticamente a sociedade vem a ser vítima de seu próprio invento. Logo horrorizada e sem dar com a causa do mal acode aos piores castigos para sua correção e inventa leis, prisões punhais, panópticos, trabalhos forçados, o castigo corporal e até a morte, para assim tratar de regenerar ou extirpar o mal; mas o mal não somente continua em pé, senão que muito apesar das leis e castigos existentes, continuam avançando de forma esmagadora. As prisões e os panópticos são antros de corrupção: ali cabem as piores indecências, e o problema sexual adquire sinais repugnantes. Almas perversas, almas afins em convivência íntima facilmente se corrompem umas às outras, e assim em vez de extirpar o mal o que se consegue é aumentá-lo. Nestas condições as prisões e os panópticos para regenerar o delinquente, tem que ser um completo fracasso, porque a prisão é um lugar de vício. Tiranizando o delinquente, aumenta-lhe o ódio com a sociedade da qual procede; logo esse não é o caminho para regenerá-lo, porque não consegue a finalidade que se persegue, que é converter aqueles delinquentes em indivíduos
úteis à sociedade. Reformar é voltar a formar, e se vai combater o mal com violência, com castigos vergonhosos, com grihões e cadeias, isto vem a aumentar o mal. Ao mal não se opõe o mal porque o aumenta. Ao mal se combate com o bem, que é seu contrário, como é o calor do frio, o duro do mole, a luz da escuridão. Para extirpar o mal lhe opõe o contrário, o bem. Se os delinquentes causam mal à sociedade, para regenerá-los há que buscar o modo ou a forma, de que lhe façam bem à sociedade, ou seja, o contrário do mal, e isto é factível fazendo com que o castigo seja convertido em coisas proveitosas para a sociedade, e para isso expomos os seguintes pontos: 1º- Fundar granjas agrícolas com quantidade suficiente de terra para sua agricultura e o cultivo de alimentos que deem vida. Ali a agricultura, a avicultura, a apicultura e tudo aquilo que seja criação de vida. Quando o homem faz produzir a terra, se agita dentro do plano divino. Para nosso governo isto não é problema porque dispõe de imensos baldios. O dinheiro que é empregado para prisões, empregue-o em colônias agrícolas, onde cada preso tenha seu pedaço de terra e logo, segundo seu merecimento, o tenha fora das colônias quando tenha cumprido sua sentença e viva com sua mulher, afastando-se assim da vida urbana e evitando-lhe que volte ao lodo do qual procede. 2º- Todo homem que tiver uma arte ou profissão, que pague sua sentença trabalhando dentro das granjas naquilo que é especialista. 3º- Manter psicólogos que estudem as aptidões dos presos e logo lhes ensinem ofícios e artes segundo suas aptidões. O ensinamento deve ser acompanhado de boa assistência social, filmes regeneradores e livros construtivos etc. Com estas medidas consegue-se baratear a vida e em vez do Estado estar mantendo preguiçosos e, formando especialistas no ócio, conseguiria uma superprodução agrícola e, por conseguinte, barateamento da vida. Assim em vez dos presos serem um estorvo, passariam a ser necessários, de
consumidores, passam a produtores, de carga pesada para a sociedade, passam a ser um alívio para os povos. Existem dois tipos de produção bem definidas e ao alcance de toda compreensão: O QUE O HOMEM NECESSITA PARA VIVER E O QUE NECESSITA PARA SUA COMODIDADE. O que necessita para viver, Deus cria e o homem cultiva. O que necessita para sua comodidade o homem elabora com os produtos que Deus cria. O primeiro é primordial para a vida e seu consumo iguala os homens. O outro não é primordial e seu consumo o divide em muitíssimos tipos, segundo o uso e consumo do que o homem elabora. Poderíamos dizer, que o homem segundo se ocupa em cultivar as coisas que Deus cria; ou seja, as que servem para dar vida, e as que o homem elabora; que são as que servem para sua comodidade. A uns, chama-se camponeses, lavradores, colonos, etc., e os outros, operários, artesãos, profissionais, etc. Os camponeses, segundo as quantidades que produzem, vão adquirindo os nomes de agricultores, pecuaristas, assentados, etc. Os operários e artesãos, segundo as quantidades que produzem, passam a ser fabricantes, industriais, magnatas, burocratas, etc. Dentro dos elementos que o homem constrói para sua comodidade, ficam incluídos os que usa para sua defesa e os que servem para manter seus vícios e prazeres. O homem como fiel idólatra do Bezerro de Ouro, desdenha das coisas que Deus cria e se esmera pelas que ele elabora. Isto permitiu que o camponês, que é o que se encarrega de oferecer ao homem os elementos que lhe servem para dar vida, tenha ficado relegado, nem se considera, e se lhe recorda, é com compaixão: na escala social não ocupa posto, somente pelo fato de não possuir costumes finos, que vem a ser em resumo o resultado a que aspira nossa cultura atual. Em troca, os que elaboram os elementos para sua comodidade, seus vícios e prazeres e até para a morte, formam a elite social entre aplausos
e sorrisos. Mas uma coisa é a justiça do homem e outra é a justiça de Deus. Ao homem que cria para a vida, lhe dá: Valor, paciência, mansidão, humildade, resignação, sinceridade, fé, amor, caridade, justiça, que são DONS E VIRTUDES, tudo isto se traduz em íntima complacência, em satisfação plena; em troca, os outros tornam-se poderosos, mas uma coisa é ser poderoso e outra coisa é ser virtuoso. Um vale ante os homens. O outro, vale ante Deus. Todas estas reflexões vamos fazendo a nossos leitores para que aprendam a discernir, e o discernimento os conduza a estabelecer uma diferença entre o real e o ilusório. Entre o direito divino e o direito social. É um fato real que hoje nós estamos assistindo à catástrofe final da falsa civilização moderna. Esta ordem de coisas está se esgotando através de grandes cataclismos sociais e o homem é impotente para conjurar o mal, porque o homem não discerniu, quer dizer, está caindo cego no abismo do desespero. Não é necessário ser filósofo para compreender a catástrofe atual da falsa civilização moderna. A vida nas cidades torna-se cada dia mais insuportável, e o custo da vida pior. Os líderes políticos oferecem panaceias, mas ao assumir o comando, seus respectivos partidos políticos, seus afiliados sentem-se frustrados, porque as promessas continuam sendo o que realmente são. A humanidade só quer colocar um abismo entre o humano e o divino e aí está precisamente o erro do homem, porque dentro do próprio homem está o divino (O Íntimo) que quer atualizar-se através do movimento da vida diária, mas o homem busca escapatórias; o homem com todas suas crenças, o que faz é afastar-se de si mesmo. O homem que se afilia a escolas materialistas ou espiritualistas, busca somente escapatórias, quer aludir o conflito, tirar-lhe o corpo, tem medo e preguiça de conhecer-se a si mesmo para resolver seus próprios conflitos. As escolas, crenças, filosofias, etc., são formas fictícias de consolo. A verdade não consiste em
ser materialista nem ser espiritualista, senão em ser realista, ou seja, realizar-se a fundo, abordar-se a si mesmo, julgar sua personalidade sem truísmos de virtude, (porque todo o mundo se sente virtuoso) sem hipocrisias, sem poses falsas, pietismos fingidos, sentando nossa própria personalidade no banco dos acusados para julgá-la sem consideração nenhuma, severamente. Logo traçar-se uma severa disciplina moral e ética, para assim acabar com as raízes mais íntimas de nossos próprios conflitos. Os conflitos são filhos de nossa própria ignorância. Estes conflitos individuais somados vêm a dar os conflitos sociais. Hoje mais que nunca é necessário que o homem comece a pensar por si próprio. As pessoas não querem usar seu critério senão que se acomodam ao alheio e opinam como opinam seus chefes. O problema da massa é o problema do indivíduo, e enquanto este não aprende a resolver seus próprios problemas, a massa inteira da humanidade estará cheia de incertezas, sofrimentos e calamidades, que em vão, os líderes políticos tentam resolver, porque eles mesmos estão cheios de problemas e primeiramente têm que aprender a resolver seus próprios problemas para logo tentar resolver os alheios. Hoje a massa desiludida aspira à catástrofe porque está martirizada e assim pretende sair rapidamente de seu desespero, e por isso, diariamente ouvimos frases como esta: "Antes que estar dependurado é melhor cair". Isto dá uma ideia clara do desespero das massas e a magnitude da catástrofe. A mente do homem terá que se libertar das travas do desejo, do medo, das apetências, (A vida sossegada) das ânsias de acumulação, do egoísmo, porque tudo isto coage a mente e a incapacita para discernir entre o real e o ilusório, o mutável e o permanente, o útil e o inútil assim como entre o mais útil e o menos útil. A mente atual do homem é um barco que vai de porto em porto, e cada porto é uma escola, uma teoria, uma crença, uma seita, um partido político, um conceito de bandeira, uma filosofia, uma religião e quando a mente se ancora nesses atracadouros mentais, então se encerra dentro desses cais para acionar e
reagir incessantemente com seus PRÉ-conceitos ali estabelecidos. Uma mente assim, está incapacitada para compreender a vida livre em seu movimento, uma mente assim, é escrava do eu animal e das energias estancadas da vida, onde existem conflitos, lutas de classes, onde existe a fome e a dor. A mente do homem necessita libertar-se do batalhar das antíteses que a dividem e a incapacitam como instrumento do íntimo. O homem racional, através da eleição mental, comete o erro de dividir-se a si mesmo, e dele resulta a ação errada e o esforço inútil de onde surge o conflito e a amargura. Se quisermos resolver nossos próprios problemas individuais, temos que aprender o uso e manuseio da mente. O pensamento deve fluir integralmente, sem o processo da opção (opinião) que divide a mente em opiniões tão opostas. A mente deve fluir serena, Integralmente, com o doce fluir do pensamento, guiada unicamente pela intuição, que é a voz do íntimo, a flor da inteligência; dele resulta a ação correta, o esforço correto e plenitude perfeita. A chama evocadora da nova era é a luz do pensamento! O homem não vive o presente senão através das experiências do passado e as preocupações do amanhã. Vê o presente através do colorido das experiências do passado, por conseguinte, o presente o vê desfigurado e, portanto, não vê a realidade do presente e, no entanto, se chama a si mesmo homem prático. O novo mundo não será um mundo de conquistas militares nem de linhas fronteiriças, senão o de um novo estado de consciência, que já está nascendo à margem de todas as limitações. Bandeiras vermelhas e azuis estão cheias de preconceitos ancestrais; tudo isso pertence ao passado, ao que já deu seu fruto. Já pronto ressoarão os sinos da Páscoa da Ressurreição de Aquário. Quando a labareda do entendimento iluminar a face da terra, todos os problemas do mundo desaparecerão e não haverá senão felicidade. O amor é a base da vida, e é conveniente falar do amor à luz da ciência oculta. As pessoas precisam ter um conhecimento mais profundo sobre essa vivência íntima do amor. As pessoas até agora não receberam uma luz sobre esses problemas profundos
da consciência; milhões de filósofos quiseram explicar o que não se pode explicar. A cada momento escutamos falar do amor, nas salas, nas ruas, nos clubes, as pessoas fazem diversos comentários sobre os diferentes problemas do amor, mas ninguém compreendeu jamais a fundo o que é essa força misteriosa que cochila no fundo de todos os corações humanos. Os filósofos, através de suas elucubrações mentais, querem ajustar o amor a regras fixas e frias, como se o amor fosse frio ou estivesse sujeito a regras. Com profunda dor observamos que as pessoas confundem a paixão mórbida com o amor, até tal ponto que a humanidade já não sabe quando é paixão carnal e quando é amor. O amor, até a data atual, é um mistério para a humanidade. Somente a ciência oculta pode tirar-nos o véu desse algo delicioso que jamais tivemos compreendido, mas que sempre sentimos no fundo do coração, como uma sede devoradora, como uma contemplação divina, e essa divindade, alcançamos senti-la através da forma, (figura da matéria) e quando o noivo ama e contempla sua noiva, esta, sentindo-se amada e absorvida, não troca esse instante por todo o ouro do mundo, porque seu amor puro e vívido a remonta até a exaltação e ali, através de um êxtase sublime, sente as delícias do amor, não se pertence e até se sente alheia. Assim, espontâneo como lhe nasce a um falar, se aproxima mais da verdade do amor que quando trata artificialmente de formar-se conceitos lógicos sobre esse algo que não admite conceitos. Muitos desiludidos do amor veem o final de uma tragédia amorosa como uma catástrofe, mas é que as pessoas confundem o que é uma vivência da alma com o que é uma paixão carnal. O amor não pode trazer jamais desilusões quando o que se sente é amor. Durante um transe de amor e quando os que se amam se sentem em plena contemplação, não lhes interessa que lhes expliquem o que é o amor. E é que o que se sente se sente e ninguém pode sentir teorias. O matrimônio, através da gnosis, exige afinidade de pensamentos, afinidade de sentimentos, união de vontades,
vivências afins das consciências (que internamente sintam o mesmo), e aspirações idênticas. No homem existem sete estados de consciência, os quais devem vibrar em uníssono com os sete estados de consciência do cônjuge. O casamento deve verificar-se no físico, no vital, no astral, no sentimental, no volitivo, no conscientivo e no místico, cada um deste sete estados de consciência se relaciona com cada um dos sete organismos do homem. É verdade que a muitos é raro isso de falar dos sete organismos que tem o homem, mas se o leitor tem interesse e lê cuidadosamente, compreenderá o que tratamos de explicar sobre as próprias bases do amor. Estes sete corpos do homem são os seguintes: 1º Corpo físico 2º " vital 3º " astral 4º " mental 5º " da vontade 6º " da consciência 7º " espiritual Estes sete organismos são totalmente materiais porque é um fato real que nada pode existir, mesmo Deus, sem o auxílio da matéria. Cada um destes corpos tem sua anatomia, sua biologia, sua fisiologia. Por isso, o médico ocultista cura rapidamente, porque conhece a anatomia desses sete corpos do homem. Um matrimônio perfeito realiza-se sobre a base de que todos os sete organismos do homem realizem o conúbio sexual com todos os sete organismos da mulher. Existem aqueles que estão casados com corpo físico, mas no mundo do desejo não estão casados por incompatibilidade emotiva e sentimental; neste caso, dito matrimônio é um fracasso. Ocorrem casos de casais que estão desposados no mundo físico e ainda no mundo emocional, mas seus corpos mentais não efetuam o conúbio sexual; ditos casais têm: pensamentos, planos, projetos sem afinação entre si, quer dizer,
não compartilham no mundo da mente; nestes casos, o matrimônio tampouco é perfeito. Há certos cônjuges que física, emocional e mentalmente, vibram afins, mas quando se trata de tomar uma decisão na vida diária, então chocam suas vontades e surge o conflito; estes matrimônios tampouco são perfeitos. Há consciências que vibram sem afinidades embora nos demais aspectos, ditos casais tenham afinidades; nestes casos, tampouco o matrimônio é perfeito, porque para que o matrimônio seja perfeito, é necessário que os sete organismos do homem verifiquem o conúbio sexual com os sete organismos da mulher. Muitas vezes, um homem e uma mulher que são simplesmente amigos no mundo físico e que se compreendem mentalmente de forma mútua, ocorre que no mundo da mente universal ditas almas são marido e mulher, embora no mundo físico estas estejam desposadas com outros cônjuges. Isto dará uma clara ideia ao leitor do que significa o conhecimento oculto do homem que cada dia mais desconhece o homem. Quando o matrimônio somente se verifica no mundo físico, somente existe a relação genésica, o único que os une é a relação sexual. Quando o matrimônio consegue ser no “Físico e Vital”, existe além do anterior, afinidade de gostos e pensamentos. Quando o matrimônio consegue ser no “Físico, Vital e Astral”, a mais do que o anterior, existe afinidade de emoções. Quando o matrimônio se consegue no “Físico, Vital, Astral e Mental”, além do anterior, existe afinidade de pensamentos e sentimentos. Se o matrimônio engloba o “Físico, Vital, Astral, Mental e Vontade” a mais do que precede, há afinidade de vontade, de resoluções, decisões, aspirações, etc. Se o matrimônio se consegue no “Físico, Vital, Astral, Mental, Vontade e Consciência”, a mais do que no anterior, se conseguem: afinidade de consciência, amor, ideias, aspirações, ideais, etc. e por último, o matrimônio em íntimos, nele somente podem estar casados os que pertencem ao mesmo raio, e isto vem a ser: “O MATRIMÔNIO PERFEITO”, O MATRIMÔNIO GNÓSTICO. Existem duas classes de vínculos matrimoniais: O Kármico, que começa do plano físico para cima, e o Cósmico, que se realiza de cima para baixo, ou seja, o de um casal que recebe uma missão
para cumprir nos planos superiores, e logo se vão encontrando nos diferentes planos e vão também realizando os diferentes matrimônios até encontrar-se no plano físico, dando lugar aos grandes amores, aos quais nem a morte amedronta porque vivem dentro do amor, e o amor os torna Imortais, sendo eles também um MATRIMÔNIO PERFEITO. Uma grande maioria de seres vão se encontrando através das idades e vão sendo marido e mulher em diferentes retornos e em distintos lugares da terra, produzindo isto grande afinidade e mútuo conhecimento. Tudo isto nos dá a entender, o grave que é, o que o homem ou a mulher realizem o matrimônio por conveniências próprias ou puramente social, o qual dá lugar a uma série de martirizantes condições que tem que suportar os desposados, sendo para muitos o matrimônio, uma pesada carga ou uma tremenda desgraça para sua escurecida mentalidade. Hoje em dia a mulher não busca um homem para casar-se como é o natural, senão que busca um “partido”. Isto cheira a banco, a negócio. Este partido implica: que o indivíduo seja endinheirado ou que possua um cargo bem remunerado, ou que tenha destacada posição social, ou que tenha conquistado um título acadêmico que lhe permita viver folgadamente. Tudo isso é um insulto à majestade do amor, tudo isso, somente dor e desilusão pode trazer. Ao homem jovem sempre lhe é apresentado uma mulher pura e honesta com quem pode formar um lar, e com a qual pode dignificar sua vida e assegurar-se uma ancianidade patriarcal através de um lar cheio de amor e ternura, com uma mulher e filhos que velem por sua ancianidade; mas ocorre que o jovem mal instruído pelo exemplo desolador e vergonhoso dos mais velhos, também é amigo da troca de mulheres, e com umas e outras perde sua juventude e virilidade chegando à velhice sem lar e sem mulher e sem quem lhe alcance um copo de água no leito de sua enfermidade. Então, busca e não encontra, pede e não lhe dão. Esse é seu castigo. “Prenderão ao ímpio suas próprias iniquidades e detido será com as cordas de seu pecado” (Provérbios de Salomão Cap. V. Ver. 22). Realmente assim termina a velhice do concupiscente.
A humanidade é escrava do sexo. O gnóstico é seu rei! Porque o gnóstico sabe honrar ao sexo e sabe que em sua própria semente reside a mesma raiz de sua existência, sua semente é para procriar, para vivificar-se e redimir-se. A humanidade se envergonha do sexo, mas a humanidade deveria sentir vergonha é da sua corrupção, não do sexo, porque o sexo não é culpado do mau uso que a humanidade fez dele. Os ensinamentos desta obra conduzem o leitor à mesma raiz do nosso ser, que é o sexo, que é a mesma origem de nossa existência, pois todo ser humano é filho de um homem e uma mulher. No entanto, alguns semivirtuosos que querem aparentar castidade, se horrorizam do tema sexual e dos nomes com que são representados por motivos de ensinamento das coisas que pertencem ao sexo. Parece que estes virtuosos não tiveram pai nem mãe; que foram formados do vento, eles não sabem que para o puro, tudo é puro, e para o impuro, tudo é impuro. Pois saibam eles que, ao homem não o transforma senão o sexo, e não o regenera senão o sexo, porque é filho do sexo e pelo sexo vive. Por essa porta entra ao mundo e por ela sai, por essa porta saiu do paraíso e por ela mesma voltará a entrar para conquistálo. O que insulta o sexo ou se horroriza dele, insulta a Deus, porque Deus fez o mundo com o sexo e está dentro do sexo. Do sexo somente se horrorizam os decrépitos porque já esgotaram sua seiva nos bacanais e na fornicação. Do sexo somente se horrorizam os hipócritas fariseus, os sepulcros caiados. Há aqueles que se horrorizam da magia sexual e, no entanto, adulteram à torto e à direita, superando às piores bestas; esses são os que difamam e é que cada qual dá do que possui; o sábio dá sabedoria e o hipócrita difamação. As aduanas motivam o maior desembolso para a economia das pessoas, elas têm em seu poder uma verdadeira chave econômica que pesa terrivelmente sobre os consumidores. Para saber a quem favorece o sistema aduaneiro, não há mais para falar publicamente sobre a supressão delas e veremos quem são os que se alarmam, e seguramente ali não cabe a teoria dos mais.
Nós defendemos o livre intercâmbio comercial, não à base de dinheiro como hoje se usa, senão de produtos e que pequenos e grandes possamos ter igualdade, equidade e fraternidade, de forma cristã, estimo que quando alcançarmos essa paridade encontramos o princípio econômico internacional da futura era de Aquário. O certo é que este sistema não causaria alarme nas pessoas do povo porque favorece a eles, somente se alarmariam os que hoje gozam dos sistemas atuais, ou seja, os menos. Mas o que criou o homem que não caia? Este sistema político econômico do livre intercâmbio sem barreiras aduaneiras e sem os controles que tanto descontrolam, afastaria totalmente ao hoje existente e que nos mantêm em permanente alarme. Quando nós falamos de reincorporar o homem à vida natural, ao seio de sua mãe, a Natureza, o primeiro que surge entre os leitores, são os defensores da vida urbana, porque não conhecem outra vida, o primeiro interrogador que deles surge é: acreditar que nós defendemos a selvageria das cavernas e da idade da pedra, a eles lhes contestaremos com o axioma oculto: (gnóstico) “O fim é igual ao princípio mais a experiência do ciclo” aqui também, a primeira ideia que surge no leitor e o ouvinte, é a figura do “círculo vicioso” (sair da selvageria para voltar à selvageria) e isto porque a maioria dos leitores não nos leem com ânimo de aprender senão de criticar, mas o círculo a que nós aludimos, “realiza-se de forma espiral”; quer dizer, “Que tudo retorna ao ponto de partida, mas com os frutos das experiências milenárias, o qual significa retornar ao começo, mas com uma cultura superior à que serviu de fundamento para a espiral da vida”; aquelas foram as fundações seculares de nossa espiritualidade triunfante e vitoriosa. O homem lhe tem temor às aparentemente inclemências da Natureza e por isso prefere viver encerrado dentro da vida urbana, pois parece-lhe que no campo não poderá gozar do luxo, conforto e comodidades que a vida urbana lhe oferece e no entanto, vemos como em Nova York, por exemplo, muitíssimos comerciantes de “Wall Street”, que durante o dia trabalham no meio do ruído tempestuoso da cidade e em meio do trabalho
brutal dos negócios, já durante as tardes, saem fugindo da vida urbana para passar a noite em suas mansões, quintas e chalés situados nos campos e a grandes distâncias da cidade e ali na tranquilidade do campo, têm suas esposas e seus filhos; isto nos dá a entender às claras, que os habitantes das grandes cidades estão começando a regressar ao seio da Mãe Natureza. Este gênero de política que nós preconizamos, significa transplantar cada qual o conforto e comodidades da cidade, ao seio da Mãe Natureza, assim defendemos meios de transportes cada vez mais rápidos e eficientes, estradas e vias férreas que atravessem o planeta em todas as direções, pequenas vilas comerciais, artísticas e culturais, a partir das quais se possa governar sabiamente os destinos da coletividade, quer dizer, nós queremos converter o planeta inteiro em uma gigantesca cidade, cheia de conforto e comodidades de toda espécie. Que objetivo tem que continuemos vivendo todos colados uns contra outros como sardinha em lata? Que necessidade temos de construir casa contra casa, e habitação sobre habitação? Por acaso o mundo não é suficientemente grande e espaçoso para que todos possamos ter nossa residência, nossa horta e nosso jardim? Que necessidade temos de nos atormentar uns com os outros e de respirar o ar viciado das grandes cidades? Convertamos o planeta terra em uma gigantesca cidade, em cujos domínios jamais se ponha o sol. Esta cidade celestial será a nova Jerusalém, descendo do céu de Deus, como uma mulher adornada para receber seu marido! (O Cristo). A era de Aquário está já às portas e é imprescindível que a humanidade desperte da letargia em que se encontra. O homem somente conseguiu com sua primordial ambição, o adultério, ao ter contribuído para multiplicar a maldade espalhando-a através
de sua semente concupiscente a todos os âmbitos da terra. Aqui e lá nascem diariamente os despropósitos, e o novo ser leva em seu germe forças latentes do mal contra as quais espatifa-se toda a educação, toda cultura e toda religião. O homem através de todas as suas crenças e sentimentos deu mais atenção à moral que à ética, até o extremo de que a juventude acredita que isso somente deve ser usado no ramo dos negócios. Não senhores, a ética provém nada menos que dos dez mandamentos da lei de Deus, do Decálogo, que são as leis do código da natureza, que servem para todos os tempos, para todas as raças e, por conseguinte, para todas as culturas e todas as civilizações. A ética da Natureza é superior à moral convencional dos homens, essa moral, é filha dos costumes de cada raça, e o homem a usa quando está na presença dos demais, enquanto a ética coloca o homem permanentemente na presença da divindade através da augusta eternidade... JÚLIO MEDINA V.
CAPÍTULO 1º A REVOLUÇÃO DE BEL Canta, oh Deusa da sabedoria, à majestade do fogo. Levantemos nossos copos e brindemos pela hierarquia das chamas... Escanceemos nossas ânforas de ouro e bebamos do vinho da luz até embriagar-nos... Oh Demóstenes! Quão rápidos foram teus pés em Cheronea... Mésmer, Cagliostro, Agripa, Raimundo Lulio, a todos conheci, a todos vi, e os chamaram de loucos. De onde tirastes vossa sabedoria? Por que a morte selou vossos lábios? O que se fizeram de vossos conhecimentos? Eu beberei o vinho da sabedoria esta noite, no cálice de vossos augustos crânios, e em um gesto de rebeldia onipotente me rebelarei contra a antiga cova. Eu romperei todas as cadeias do mundo, e me declararei imortal ainda que me creiam louco… Eu empunharei a espada de Demócles, e farei fugir à inoportuna hóspede... Mas não poderás contra mim, muda caveira, porque eu sou eterno... Cristo Ígneo, Cristo ardente, eu levanto meu copo e brindo pelos deuses, e tu, batiza-me com fogo… De onde surgiu esta enorme criação? De onde surgiram estas imensas massas planetárias que como monstros milenários parecem sair das mandíbulas de um abismo para cair em outro abismo mais terrível e espantoso que o primeiro?
Levanto meus olhos para o alto e sobre a cabeça ígnea do maior de todos os sacrificados, leio esta palavra: "INRI". Ignis natura Renovatur Integram. incessantemente toda a natureza).
(O
fogo
renova
Sim, amados discípulos, tudo no universo não é senão as granulações do Fohat. Oh! As hierarquias dos fogos. Oh! As hierarquias das chamas. Rosas ardentes, ardentes… Cobras ígneas… silvai… silvai eternamente sobre as águas da vida para que surjam os mundos... silvai, silvai, silvai eternamente, com o assovio de Fohat, santas chamas... Bendito seja o fiat luminoso, o fiat espermático do eterno Deus vivo que colocou em existência o universo. Divino fogo, tu és o numem divino de todas as existências infinitas, e quando a chama subterrânea devorar a forma e queimar os fundamentos do mundo, tu serás como eras antes, sem sofrer troca alguma, Oh! Fogo divino e eterno!... Fohat fecunda a matéria caótica e surgem os mundos à existência. Tudo o que foi, o que é e o que será é filho do fogo... O fogo do Espírito Santo é a chama do Oreb… Fohat vive em nossos testículos e somente é questão de colocá-lo em atividade através da magia sexual para nos converter em Deuses... em Devas, em seres divinos e Inefáveis. O fogo da castidade, é o fogo do Espírito Santo, é o fogo de Pentecostes, é o fogo do Kundalini... É o fogo que Prometeu roubou do céu... é a chama sagrada do templo que as vestais acendem... É a chama de tripla incandescência, é o carro de fogo no qual Eliseu subiu ao céu... Nos tempos do antigo Egito, o neófito que aspirava ser alquimista, para despertar o divino fogo, havia de casar-se com uma mulher madura, mas se o fazia com uma jovem, havia de demorar alguns meses antes de efetuar a conexão sexual, e entre as condições matrimoniais estava o ter que obedecer a sua mulher, à qual se sujeitava com muito gosto o alquimista...
Introduzir o membro na vagina e retirar sem derramar o sêmen, esta é a velha fórmula dos antigos alquimistas... Com ela se desperta a cobra ígnea e conseguimos a união com o Íntimo: é ele o real “Eu”, aquele Ruach Elohim que segundo Moisés lavrava as águas no princípio do mundo, e então nos convertemos no Rei Sol, no Mago Triunfador da Cobra... Fazemos-nos deuses onipotentes e com a espada de Demócles derrotamos a morte... A natureza inteira se ajoelhará ante nós e as tempestades nos servirão de tapete para nossos pés. Fohat é o elixir da longa vida, e com esse elixir podemos conservar o corpo através de milhões de anos... A mulher é a vestal do Templo... A mulher ascende a chama... de nosso arguir sonoro, o qual vibra nos espaços cósmicos com essa tremenda euforia solene e inefável dos dilatados céus de Urânia... Mulher, eu te amo... há muitas noites, que choro muito… muito… e ao final da jornada escuto teus cantares, e tremem de amor os sonolentos astros, e se beijam as musas celestiais com teus cantos... És um livro selado com sete selos. Não sei se és dita ou veneno. Estou na borda de um abismo que não entendo: Sinto medo de ti, e de teu mistério. Mulher, eu te adoro… Quero beber licor de mandrágoras, quero beijar teus seios, quero sentir o canto de tuas palavras e acender meus fogos. Mulher, não podes me esquecer. me disseste que me amavas e me juraste teu carinho, em noites adoradas... em noites de idílio... em noites perfumadas… e de cantos e de ninhos… Velha sacerdotisa, acende meu pavio
ascende minha chama de tripla incandescência; núbil vestal do templo divino... entregame-me os frutos da ciência...
Por AUN WEOR.
CAPÍTULO 2º A ARCADIA Quem é esse jovem de túnica acinzentada, olhos negros e profundos, nariz aquilino, corpo alto e cabelos despenteados? Quem é esse alegre jovem que ri alegremente em tertúlia com amigos, despreocupado e feliz na orgia? Ah! É Belzebu, o rei da festa, o simpático amigo das tavernas, o alegre companheiro da orgia, o romântico galã despreocupado da antiga Arcádia... Penetrei clarividentemente na época de Saturno… aqui não vejo nada vago nem vaporoso... Besant, Leadbeater, Heindel, Steiner, Onde estão vossos poderes? Que foi feito de vossos conhecimentos? Para que me falais de coisas vagas quando tudo aqui é concreto e exato? Estes homens da época de Saturno eram homens... e homens de verdade, porque tinham um “Eu” e sabiam que o tinham... As humanidades, sempre são análogas, e estes homens da época de Saturno, eram como os atuais... O ambiente semelhante... Quando se fala de humanidade, veem à mente negócios, tavernas, bordéis, orgias, belas jovens alegres, e belos galanteadores, princesas roubadas e velhos castelos, tenórios de barro, e poetas transnoitados, o ancião que passa, e o menino que chora, a mãe que arrulha uma esperança e o frei que murmura alguma oração... Enfim, toda essa gama de qualidades e defeitos, variados, diversos, que constituem os valores humanos... A humanidade é uma matriz onde são gerados Anjos e Diabos... Da humanidade não sai senão isso: Anjos e Diabos... Quando as mônadas divinas animam os três reinos inferiores não há nenhum perigo. O perigo está ao chegar ao estado humano: desse estado sai-se para Anjo ou para Diabo... Belzebu foi um grande rebelde que sacudiu sua cabeça e sua juba despenteada sobre os copos e delícias da Arcádia... Teve ânsias de Sabedoria e suas asas de águia rebelde não cabiam
dentro do galinheiro paroquial. Seu verbo tremendo e fogoso desconcertava os Imbecis e desmascarava os traidores com seus provérbios contundentes e luminosos... Em sua alma ardia o fogo da eternidade, e um grito de rebeldia sacudia suas entranhas de titã... gozava de todo tipo de comodidades e habitava em uma casa confortável e luxuosa da Arcádia... Esse era seu ninho de águia rebelde... A matéria toda era mental… todos os humanos usavam corpos astrais… Comiam, vestiam, bebiam e se divertiam como agora, porque o corpo astral é um organismo quase tão denso como o físico e era analogamente constituído como o físico... Certamente os homens da Arcádia recordavam antigos cataclismos e belas tradições milenárias... De épocas pré-saturninas... Mas no pleno apogeu do estado humano, a vida era semelhante à atual... Festinhas travessas... de alegres camaradas... pálidos fogos... e licor de mandrágoras. Noites de tempestade e orgia... noites de carnaval... Romances de amor e poesia... que mais vale não recordar... Donzelas de casta morena que caem entre os braços... e são como o vento ligeiras com estes trajes de cetim
CAPÍTULO 3º MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA Há sete verdades, sete senhores sublimes e sete segredos... O segredo do abismo é um dos sete grandes segredos indizíveis... Abaddón é o Anjo do abismo. Veste túnica negra e capacete vermelho como os Dugpas e os Bhonsos [Está assim no original] do Tibet Oriental e das comarcas de Sikkin e Bhután, como os magos negros do altar de Mathra (pronunciado Mazra pelos rosacruzes da escola “Amorc” da Califórnia). Magos de capacete vermelho são também os Veneráveis Anagarikas e enfim, os grandes jerarcas das cavernas tenebrosas... Uma coisa é a Teurgia e outra é a Necromancia... O Mestre interno do “Teurgo” é seu “Íntimo”. O mestre Interno do Necromante é seu Guardião do Umbral, ao qual chamam o guardião de sua consciência, o guardião do recinto, o guardião de sua câmara, o guardião de seu sanctum... O “Íntimo” é nosso espírito divino, nosso Eu superior, nosso Anjo interno. O Guardião do Umbral é o fundo interno de nosso eu animal. O Íntimo é a chama ardente do Oreb. Aquele Ruach Elohim que segundo Moisés lavrava as águas no princípio do mundo, o Rei Sol, nossa Mônada Divina, o “Alter ego” de Cícero. O guardião do Umbral é nosso Satã... Nossa besta interna, a fonte de todas as nossas paixões animais e apetites brutais... O Eu superior do Teurgo é o “Íntimo”. O eu superior do Necromante, é o Guardião do Umbral. Os poderes do Íntimo são divinos. Os poderes do Guardião do Umbral são diabólicos. O Teurgo rende culto ao Íntimo. O Necromante rende culto ao
Guardião do Umbral. O Teurgo se vale dos poderes do Íntimo para seus grandes trabalhos de magia prática. O Necromante rende culto ao Guardião do Umbral para seus trabalhos de magia negra. Chegamos ao Império onipotente da alta e baixa magia. A Luz Astral é o campo de batalha entre os magos brancos e negros. A Luz Astral é a chave de todos os impérios e a chave de todos os poderes. Esse é o grande agente universal de vida. Nela vivem as colunas de Anjos e de demônios. Para chegar à Teurgia precisa ser primeiro, alquimista, e é impossível ser alquimista sem uma mulher. Vitriolo é uma das chaves do Alquimista Gnóstico; esta palavra significa: “Visitan interiorem terre rectificatum invenias ocultum lapidum” – Visita o interior de nossa terra, que retificando encontrarás a pedra oculta. A chave está no vidro líquido flexível maleável... Este vidro é o “SÊMEN”. Temos que afundar-nos dentro de nosso próprio laboratório orgânico e aumentar e retificar nosso vidro líquido a fim de aumentar com heroísmo a pedra filosofal, a força de Nous, o Logos Imortal, a Cobra Solar, que no fundo de nossa arca dorme com silenciosa inquietude. A mulher é a Vestal do Templo, e a Vestal ascende o fogo sagrado de tripla incandescência. O elixir da longa vida é ouro potável, e esse ouro é O SÊMEN... O segredo está em conectar-se sexualmente com a sacerdotisa e retirar-se antes de derramar o sêmen. I A O: Essas três letras vocais deverão ser pronunciadas durante este transe sexual assim: I......... A......... O......... Cada letra requer uma exalação completa dos pulmões, logo se
enchem completamente e pronuncia-se a segunda e logo a terceira. Isto se deve fazer mentalmente quando a sacerdotisa não está preparada, evitando assim más interpretações de sua parte. Com esta chave desperta nosso Kundalini, e ao fim chegamos ao matrimônio de “Nous” e conquistamos à bela Helena pela qual brigaram tantos ilustres guerreiros da velha Troia. A bela Helena é a mente ígnea da alma que já se desposou com seu amado eterno, com o Íntimo. A bela Helena é a mente ardente do teurgo. Com essa mente o teurgo transmuta o chumbo em ouro real e efetivo... O teurgo empunha a espada, e como um Rei da Natureza, ressuscita os mortos, cura os cegos e os coxos e os paralíticos... Desata os furacões e heroico passeia pelos jardins de fogo da Natureza. Que lógica indutiva ou dedutiva serve de base aos Neoplatônicos, Plotino e Porfírio para combater a teurgia fenomênica? Todas as existências infinitas do universo são filhas da teurgia fenomênica... Há uma enorme diferença entre o espelho da teurgia e o espelho da necromancia; o espelho de Elêusis é diferente do espelho de Papus e a escola Amorc da Califórnia. O espelho da escola de Papus é Necromancia e magia negra. O espelho dos mistérios de Elêusis é pura e divina teurgia. O Iniciado de Elêusis, no estado Manteia (Êxtase), pronunciava a sílaba sagrada e então aparecia no resplandecente espelho, o Íntimo do Iniciado, todo feito de luz e beleza... Muitas vezes o Iniciado provocava o estado Manteia bebendo o cálice do Soma que o transportava ao Pleroma inefável do amor. O necromante da escola Amorc da Califórnia roga ao guardião do umbral para que apareça no espelho, e uma vez feita a visão, o candidato fica escravo do guardião do umbral, e convertido em mago negro. O ritual de primeiro grau da escola Amorc da Califórnia é o crime
mais monstruoso que se cometeu contra a humanidade. O discípulo, olhando ao espelho, invoca ao monstro do umbral com estas oito perguntas que se faz a si mesmo: 1-Queres conhecer o mistério de teu ser? 2-Queres conhecer o terror do umbral? 3-Escutarás a voz que responde? 4-Já ouviu falar da consciência? 5-Sabes tu que a consciência é a voz interna e que fala quando lhe dá a oportunidade de fazê-lo? 6-Darás à consciência liberdade para que te fale? 7-Sabes que tua consciência é tua guardiã e, portanto o guardião deste Sanctum? 8-E sabes que este sagrado guardião estará sempre presente neste sanctum para guiar-te e proteger-te? Estas oito perguntas que o ingênuo discípulo faz, e depois de recitar alguns outros parágrafos de magia negra ante o espelho, diz: “Ante meus irmãos e senhores e na presença do guardião do sanctum, proclamo que me aproximei ao terror do umbral e que não tive terror por minha alma, agora sou um morador do umbral, me purifiquei e ordenei a meu verdadeiro “eu” (o Guardião do Umbral), que tenha domínio sobre meu corpo físico e minha mente.” Assim fica o ingênuo discípulo convertido em mago negro, escravo do guardião do umbral e das trevas. Este ritual de magia negra, adaptada hoje ao século XX, é antiquíssimo. Belzebu depois de haver passado por ele, na antiga Arcádia, começou sua horrível carreira de demônio. Com justa razão, o reformador tibetano Tsong-ka-pa em 1387, atirou nas chamas todos os livros de necromancia que encontrou, mas alguns Lamas descontentes aliaram-se com os Bhonsos aborígenes e hoje formam uma poderosa seita de magia negra nas comarcas de Sikkin, Bhután e Nepal, entregues aos ritos negros mais abomináveis. Jámblico, o grande teurgo disse: “A teurgia nos une mais fortemente com a divina natureza; esta natureza forma-se por si mesma, atua através de seus próprios poderes, é inteligente e
mantém tudo; é o ornamento do Universo e nos convida à inteligente verdade, à perfeição, e a compartilhar a perfeição com os demais. Tão intimamente nos une a todos os atos criadores dos Deuses, em proporção com a capacidade de cada qual, que logo de cumprir os sagrados ritos se consolida a alma nas ações de inteligência dos Deuses até que identifica-se com elas e é absorvida pela primitiva e divina essência; tal é o objeto das sagradas iniciações dos egípcios”. Jâmblico invocava e materializava os deuses planetários. Primeiro se é alquimista, logo mago, e por último teurgo. Praticando magia sexual despertamos a cobra e nos tornamos teurgos. Todo o segredo está em aprender a conectar-se com a mulher e retirar-se sem derramar o sêmen. Nos mistérios de Elêusis a dança nua, a magia sexual e a música deliciosa era algo inefável. A Igreja Gnóstica abriu suas portas à humanidade inteira, e a mim, Aun Weor, me coube difundir a sabedoria da cobra entre a humanidade doente. ELÊUSIS Manteia, Manteia, Manteia... A música do templo me embriaga Com este canto delicioso... E esta dança sagrada. E Dançam as exóticas sacerdotisas Com impetuoso frenesi de fogo Repartindo luz e sorrisos, Naquele rincão do céu. Manteia, Manteia, Manteia, E a serpente do fogo, Entre os mármores augustos, É a princesa da púrpura sagrada, É a virgem dos muros vetustos. É Hadit, a cobra alada,
Esculpida nas velhas calçadas de granito. Como uma Deusa terrível e adorada, Como um gênio de antigos monolitos No corpo dos deuses enroscada. E vi em noites festivas, Princesas deliciosas em seus beliches, E a musa do silêncio sorria nos altares Entre os perfumes e as sedas. Manteia, Manteia, Manteia, Gritavam as vestais Cheias de louco frenesi divino, E silenciosos as olhavam os deuses imortais Sob os pórticos de alabastro. Beije-me amor, olhe-me que te amo... E um sussurro de palavras deliciosas... Estremeciam o sagrado arcano... Entre a música e as rosas Daquele santuário sagrado. Dançai exóticas dançarinas de Elêusis Entre o tilintar de vossos sinos, Madalenas de uma via-crúcis. Sacerdotisas divinas... (Manteia nos antigos mistérios de Elêusis quer dizer Êxtase).
CAPÍTULO 4º OS DOIS CAMINHOS "Eis aqui ante vós coloco dois caminhos: o da vida e o da morte” (Livro de Jó). À sombra do licor e da orgia cresce a feiticeira flor do delito. À sombra da folhagem núbil, de paixão, o animal predador silvestre e o réptil rasteiro formam seu ninho. Através da tempestade e a bacanal aprendeu Belzebu a jogar grandes somas de dinheiro, e o dinheiro e o pecado original são coexistentes: ambos são a tragédia do humano. O jogo levou à ruina e ao suicídio a dama elegante, e o cavalheiro astuto, o homem de trabalho e o jogador boêmio... Belzebu aprendeu o vício do Jogo, e ria alegre na bacanal, entre o seco som dos dados e o estouro alegre e triunfador de outra garrafa. Mas eis que nunca faltava na orgia um personagem misterioso; este fatídico personagem de rosto sinistro, vestia túnica negra ao estilo da Arcádia e em suas orelhas reluziam sempre umas grandes argolas. Que mistério envolvia esse sinistro personagem? Era acaso algum gênio da luz vindo de remotas esferas? Era acaso algum luminoso senhor da chama ou algum antigo habitante de alguma época histórica já morta? Não, nada disto, este homem era tão somente um horrível e monstruoso transgressor da lei: um mago negro. Belzebu aprendeu deste mago negro certas chaves secretas para ganhar no vício do jogo. A amizade mesclava-se com o agradecimento e a orgia, e assim o personagem sinistro foi conduzindo sua vítima pelo caminho negro... Os homens da época de Saturno usavam corpos astrais e eram altos de estatura: nesta época nossos atuais corpos eram tão
somente germes com possibilidades de desenvolvimento. Os atuais “íntimos” humanos, então, eram somente faíscas virginais que animavam o reino mineral; mas Belzebu era um homem daquela época, porque tinha um eu e sabia que o tinha. Se tivesse seguido pelo apertado e estreito caminho que conduz à luz, teria chego a ser um senhor da mente, um filho do fogo, como seus mais queridos amigos. Mas o licor, o prazer, o jogo e a fornicação, com suas flores exóticas de beleza maligna e sedutora, hipnotizam o débil e o levam ao abismo. Belzebu tornou-se amigo íntimo do sinistro personagem, que com suas chaves milagrosas saía triunfante no vício do jogo, e ao final um dia estava tristemente preparado para receber a primeira iniciação de magia negra em um templo tenebroso... Seu mestre lhe havia feito promessas inefáveis, lhe havia falado tanto do amor e da Justiça que era impossível duvidar dele, especialmente, quando lhe havia tirado com seus maravilhosos segredos sempre triunfante no jogo. Como poderiam hoje em dia os estudantes da escola de Amorc duvidar do Imperador de sua sagrada ordem, ou de seus “Santos Rituais”? O que vai cair não vê o buraco. O ritual da primeira iniciação tenebrosa que o discípulo Belzebu recebeu no templo, foi o mesmo primeiro ritual que hoje os estudante da Amorc verificam em seu quarto para receber o primeiro grau. Assim como o estudante do primeiro grau da “Amorc”, depois do rito, fica escravo do guardião do umbral, assim também Belzebu ficou escravo do guardião do umbral e começou sua carreira de demônio... Acontece que durante as horas do sonho ordinário, “Veritas”, o Guru negro, leva em corpo astral os discípulos do primeiro grau negro e os sujeita a um rito muito curioso, vejamos: O discípulo dá algumas voltas ao redor de uma mesa, golpeando-a e logo recebe um tijolo das mãos do Iniciador, o qual pronuncia cerimoniosamente estas palavras, “debaixo do Diabo, não se esqueça”; seguidamente o discípulo enterra o tijolo no chão. Esta cerimônia simboliza que o pobre discípulo colocou os fundamentos de seu discipulado negro, e que agora tem que obedecer às ordens da fraternidade negra. Depois disto fazem-
lhe certos tratamentos ocultos à vítima ingênua sobre os chacras principais da cabeça, a fim de controlá-lo para a irmandade negra e aplica-lhe sobre a nuca, uma lente em forma de olho para influenciar sobre os importantes centros de seu subconsciente. Quando o discípulo desperta em sua cama não traz nenhuma recordação do que passou no astral. Os magos negros têm sua mística, e sempre acreditam firmemente que vão pelo bom caminho: nenhum mago negro acredita que vai pelo mau caminho... O caminho da magia negra é o caminho longo cheio de vícios e prazeres. Mariela, a grande maga negra, cheia de uma beleza deliciosa e fatal, com sua voz encantadora e seu rosto terno, deslizava-se ágil e ligeira sobre o tapete macio dos grandes e esplêndidos salões da mais rançosa aristocracia da nobreza Europeia. Sua voz sedutora ressoava na festa como um poema de amor, como um beijo de sombras, como uma música inefável. Era algo assim como o romance de uma melodia ou como um sonho de uma sinfonia de Beethoven. Era Mariela a grande maga, a esplêndida dama de todas as cortes da Europa. As 60 almas da vasilha, com suas cabeleiras grisalhas, assemelhavam-se a algo assim, como um jardim de brancas margaridas entre os perfumes, as sedas e os fraques dos régios palácios... Eram as 60 almas da vasilha, um jardim de flores brancas onde soprava um hálito de morte. O testamento das 60 Elenas foi um testamento de trevas e de morte, e tu Ângela, com essa régia vestimenta, de cauda longa, pareces a ansiada prometida de um amante que nunca chega. Pareces a Ninfa misteriosa de um delicioso labirinto encantado, pareces uma beldade inesquecível entre o veludo da noite salpicado de estrelas. Quantas vezes te vi, oh! Ângela, como uma deusa fatal entre os espelhos feiticeiros daquele elegante salão de bruxaria, onde tu
eras uma rainha do mal. Como se chama oh! Filhos do mal, essa esplêndida mansão semelhante a um idílio? Ah! É Yahvé-semo, o salão delicioso da púrpura e da seda. Aqui somente reina o amor e a beleza fatal do abismo do mal. Cada dama aqui é um poema, cada sorriso, um idílio, e cada dança um romance de amor inesquecível... O talo flexível e delicado de cada beldade maligna é uma bailarina, entre a silhueta de uma paisagem misteriosa. Andramelek, o rico e pródigo mago negro da China, disse que o ser humano é um anjo e, portanto não tem porquê sofrer, e aconselha sempre a seus amigos que se metam na aristocracia e se vistam como príncipes e consigam muito dinheiro. Cherenzi o K. H. negro, falando no sentido social disse que seus discípulos devem ser triunfadores, e que o discípulo que não for triunfador, não pode ser discípulo. Os magos negros amam a fornicação e como tratando de justificar-se, dizem que é uma relação divina. Os magos negros sabem muito bem que as almas que se afastam do Íntimo, desintegram-se no abismo, mas então Cherenzi, porta-voz dos ensinamentos dos irmãos das cavernas tenebrosas, disse que a alma é tão somente um vestido e que ela deve desintegrar-se, porque a eles somente lhes interessa o “real ser” e que aspiram construir seu ninho no absoluto. Esta é a mística perigosa da magia negra. Qualquer neófito em ciência oculta cai facilmente nessa filosofia da beleza maligna e sedutora... Os magos negros odeiam a Cristo… e o consideram personagem malvado, Cherenzi o K.H. disse que o senhor Cristo não era Iniciado, porque nenhum iniciado se deixa matar... Os magos negros de São José da Califórnia são mais diplomáticos... Por conveniência econômica. Com essa filosofia das trevas, os magos negros formam sua mística e, cheios de regozijo, bebem, coabitam e se divertem... Assistem suas grandes festas e dançam deliciosamente em seus elegantes salões, e nos braços da fornicação gozam e riem-se... O caminho negro é fácil e plano e por esse caminho fácil e alegre
Belzebu se orientou, o bem-apessoado e simpático galã da antiga Arcádia... “Apertada é a porta e estreito é o caminho que conduz à luz, e muito poucos são os que a encontram”... O caminho que conduz à luz está cheio de abrolhos e espinhos. “Muitos são os chamados e poucos os escolhidos”. E em nossa evolução terrestre a maior parte das almas se perdeu: a todas elas foi mais fácil e acessível o caminho negro cheio de vícios e prazeres. A evolução humana está fracassada. Somente um punhado de almas se unirá com o Íntimo e ingressará no reino Angélico. A maior parte das almas humanas se desintegrará no abismo através dos séculos e das eras, entre as trevas exteriores, o choro e o ranger dos dentes. Cristo, o Divino Redentor do mundo, veio para abrir o sendeiro da iniciação publicamente para a humanidade inteira. Toda a viacrúcis do Divino Rabi da Galileia é o caminho da iniciação, que o iniciado deve percorrer em seu caminho até o Gólgota da “alta iniciação”, onde a alma se une com o Íntimo e imortaliza-se, alcançando as almas inefáveis do Pleroma. Um torpor de séculos impenetráveis pesa sobre os augustos e sagrados mistérios. O verbo feito carne jaz no fundo de nossa arca sagrada aguardando o instante supremo de nossa ressurreição. A doutrina santa do salvador do mundo brilha com o fiat luminoso e espermático do primeiro instante, e a vara de Aaron permanece aguardando o passo da cobra. A Santa Igreja Gnóstica é a zelosa guardadora da “Pistis Sophia”, onde se encontra escrito todo o ensinamento do Divino Rabi da Galileia, e no fundo das idades brilha resplandecente o antiquíssimo e doloroso caminho por onde transitaram todos os mestres da humanidade.
CAPÍTULO 5º O BASTÃO DOS PATRIARCAS Belzebu, ansioso cada vez mais por sabedoria, cumpria fiel e sinceramente todas as ordens que seu sinistro instrutor lhe dava. Conheceu o curso das correntes seminais e despertou seu Kundalini negativamente pelos procedimentos da fornicação e da concentração, tal como o ensina Omar Cherenzi Lind, em seu livro intitulado “o Kundalini ou a Serpente Ígnea de nossos mágicos poderes”. O crepúsculo da noite cósmica estendia o veludo de suas asas misteriosas sobre os vales profundos e as enormes e gigantescas montanhas da velha Arcádia. As corpulentas árvores milenárias, os últimos rebentos de pais desconhecidos, já tinham visto durante longos anos caírem as folhas do outono e agora pareciam secar-se definitivamente para caírem nos braços da morte. Nossos atuais corpos humanos pareciam já fantasmas de homens e os íntimos de nossa atual humanidade haviam já recebido suas mais finas vestiduras. Terríveis terremotos sacudiam a Arcádia e por todo lado que se queira, sentia-se um hálito de morte; daquelas enormes multidões de seres humanos tinham saído dois tipos de seres: anjos e demônios. A antiga beleza do bem-apessoado galã da Arcádia tinha desaparecido, seu corpo cobriu-se de pelo e tomou a semelhança de um gorila. Seus olhos tomaram o aspecto criminoso e horrível de um touro, sua boca se agigantou e com seus horríveis caninos apresentavam o aspecto das mandíbulas de uma besta voraz. Sua cabeça com enorme juba e seus pés e mãos disformes e gigantescos, deram-lhe o aspecto de um monstro horrível, corpulento e enigmático. Este era Belzebu, o enigmático e bem-apessoado galã da antiga Arcádia... Este era o cálice da sabedoria em que ele queria beber? Para chegar a essa horrível monstruosidade foram todas essas sagradas iniciações que ele passou no templo? Este era o néctar da ciência, ou o licor da sabedoria que ele anelava?
Sabedoria, divino tesouro Que com teu fogo me queimas Quando queria chorar não choro E se choro tu me consolas. Era, um velho lenhador da comarca Que não sabia ler nem escrever Somente amava o fio de seu machado E sentia ânsia de viver Regava o sulco com suas lágrimas E amor sentia pela sabedoria Sorriam suas bochechas pálidas E se embriagava de amor e de poesia. Sabedoria, sabedoria, sabedoria Quanto me queimas Exclamou o ancião que morria Sob as douradas estrelas Sabedoria licor dos deuses É licor que envenena E por um caminho muito duro meu espírito virá É terrível, Deus meu a tortura de esperar Sabedoria por ti levanto meu cálice E estou cansado de chorar Sabedoria a ti canto minhas estrofes E aguardo entre as rosas Ao amor que já voltará Sabedoria divino tesouro Que com teu fogo me queimas Quando queria chorar não choro E se choro tu me consolas. O Kundalini desperto de forma negativa o converteu em uma potência tenebrosa da natureza. Os magos negros durante a fornicação passional aproveitam o instante da ejaculação seminal para fazer ascender através da concentração mental os hormônios vitalizadores que segregam as glândulas sexuais, até
a cabeça, logo com a mente as levam ao coração e este último as envia até o dedo grande do pé direito, e assim despertam o Kundalini negativamente e se convertem no monstro das sete cabeças de que fala o Apocalipse. Na Índia há escolas de ioga negra, que instruem a seus discípulos nesta ciência tenebrosa. Todos os profundos estudos de ocultismo os podemos reduzi-los a uma síntese: “a cobra”. “Derramando o sêmen nos convertemos em demônios, e não derramando-o nos convertemos em anjos. Se a cobra sobe, somos deuses, e se a cobra baixa, se forma a cauda do Demônio em nós e nos tornamos demônios. A cauda do demônio é uma prolongação da contraparte astral do cóccix e resulta do movimento da cobra para baixo, até a terra. O Kundalini é o bastão dos patriarcas, a vara de Aaron, báculo de Brahma e o cetro dos Deuses. Praticando a magia sexual, o alquimista gnóstico, desperta o Kundalini e sobe pelo conduto de um canal, chamado Susumná: essa cobra ígnea é grossa naqueles que têm muita substância cristônica (sêmen) acumulada, e fina naqueles que não têm muita energia sexual armazenada. O despertar positivo do Kundalini vai acompanhado de uma grande festa no templo. Dores terríveis são produzidas no cóccix e o fogo serpentino vai abrindo passagem para cima, até a cabeça. A Passagem de um canhão para outro realiza-se segundo os méritos morais do discípulo. Estes canhões são as vértebras da coluna espinhal, também são chamadas de pirâmides. Qualquer ato indigno rebaixa o discípulo um ou mais canhões segundo a magnitude da falta. São 33 canhões que temos que conquistar para chegar à alta iniciação, que é a união com o Íntimo. Esses 33 canhões pertencem ao grau 33 da Maçonaria, esses são os 33 anos da vida de Cristo. O grau 33 somente recebem os Mestres de Mistérios Maiores, os dois três unidos são o símbolo da união da matéria com o espírito, o círculo perfeito da eternidade, cujo centro está em todas as partes e a circunferência em nenhuma. A alta iniciação realiza-se quando já tiver chegado à cabeça, mas
para que o Kundalini suba triunfante através dos 33 canhões, é necessário praticar ao pé da letra todos os ensinamentos dos santos evangelhos; para chegar à alta iniciação tem que passar primeiro as nove arcadas: estas são as nove iniciações de mistérios menores. Conforme o fogo serpentino vai subindo pela coluna espinhal, vão despertando todos os poderes do homem, pois cada canhão tem seu nome oculto e se relaciona com determinados poderes. Certo Mestre de Mistérios Maiores, conta que antes de chegar à alta iniciação, teve a debilidade de cair em certa falta e então o Kundalini baixou-lhe quatro canhões e para voltar a conquistá-los teve que lutar muitíssimo. As ordálias da alta iniciação são sumamente severas: o discípulo tem que seguir um caminho de santidade e castidade perfeitos, mas ao chegar à união com o íntimo, o homem se converte em um Mestre de Mistérios maiores e em um Teurgo”.
CAPÍTULO 6º EU ACUSO Depois de um período de repouso cósmico a vida recapitulou a época de Saturno e então iniciou-se a época solar: a terra brilhava e resplandecia com os coloridos inexplicáveis da luz astral, e a matéria do universo era própria luz astral. Os corpos físicos de nossa atual humanidade se desenvolveram um pouco mais e receberam o corpo vital que hoje em dia serve de base para toda a biologia humana. Os Anjos e os Diabos da época de Saturno flutuavam no ambiente da época solar... Ali vemos clarividentemente o Belzebu, o príncipe dos demônios, entregue aos piores delitos. Membro ativo de um grande templo de magia negra lutava intensamente para fazer prosélitos entre a humanidade da época solar e foram muitas as almas que ele conquistou para seu tenebroso templo. a Baixou Belzebu os 13 degraus da magia negra e conseguiu a 13 iniciação negra, que o converteu em príncipe dos demônios; em sua cintura levava o sinistro cordão de sete nós tal como o usam os aparentemente cavaleiros Templários do mago negro Omar Cherenzi Lind e os membros da escola de magia negra Amorc de São José da Califórnia. Tornou-se hábil no manejo da mente e recebeu a palavra perdida dos magos negros que se escreve Mathrem e se pronuncia Mazrem. Em sua cabeça cabeluda colocou o barrete da magia negra, e cobriu seus largos e aveludados ombros com a negra capa de príncipe dos demônios; em sua fronte apareceram os cornos do diabo. Estes cornos são a marca da besta, familiarizou-se com todas as palavras de passe e converteu-se em um grande jerarca da loja negra, em um adepto da mão esquerda. Os magos negros da Amorc de São José da Califórnia têm algumas palavras de passe muito curiosas para reconhecer-se entre si: Arco, palavra de passe para os de segundo grau; Kheira para os de terceiro grau e a qual pronunciam assim: “que-iraa”; Mathra, palavra de passe para os de quarto grau (se pronuncia Mazra). Esta é a palavra perdida dos magos negros, é
o nome de um templo de magia negra chamado Mathra. Dito templo, está situado em estado de Jinas na Montanha do Pico ou Pico da Montanha nas Ilhas dos Açores. Os magos negros do altar de Mathra são magos de capacete vermelho como os Bhonsos e os Dugpas do Tibet. Deste tenebroso atlante provém os rituais da “Amorc”, e não do Egito como falsamente sustentam. Eu, Aun Weor, o antiquíssimo sacerdote dos mistérios egípcios, acuso esta negra instituição ante o veredito da consciência pública pelo delito de engano. Eu acuso essa negra instituição por atribuir-nos, aos antigos egípcios, rituais de magia negra que nós no Egito jamais usamos. Eu acuso à Amorc da Califórnia, pelo delito da profanação. Eu acuso à Amorc da Califórnia por seu mercantilismo de almas. Eu acuso à Amorc da Califórnia ante o veredito da consciência pública, pelo horrendo engano de fazer acreditar a seus discípulos ingênuos que é uma instituição branca. Povo dos Estados Unidos levantai-vos como um só homem, para acabar de uma vez com esses antros de corrupção que estão conduzindo milhões de almas para o abismo. Povo bravo, povo heroico, chegou a hora das grandes revoluções e não há tempo a perder. Chegou a hora das grandes decisões, e todos os seres humanos, devemos nos reunir ao redor do Divino Rabi da Galileia, que desde os cumes do Gólgota exclama: senhor, senhor, como me glorificou! Em vão os magos negros do quinto grau gritarão sua palavrinha de passe: “Astro”, porque esse antro de magia negra irá para o abismo onde está a grande besta e o falso profeta. Em vão gritarão: Zocas, Zocas, Zocas, as vítimas horríveis do sexto grau, porque o fio da espada da Justiça cósmica selará suas gargantas entre as horríveis trevas do desespero onde somente se ouve o pranto e o ranger dos dentes. E vós, os místicos negros do sétimo grau, em vão queimareis o sal das bruxas com álcool e incenso.
O guardião imundo de vosso sanctum não poderá salvá-los das trevas e do desespero, porque chegou o milenário, e todo aquele que não estiver junto a Cristo, irá para o abismo embora grite como louco Mazrem, Mazrem, Mazrem.
CAPÍTULO 7º O ÁTOMO NOUS Belzebu, o príncipe dos demônios, foi engrossando as fileiras de suas legiões com novos prosélitos, que diariamente recrutava entre os homens da época solar e assim se converteu em jerarca de legiões. O universo brilhava e resplandecia cheio de inefável beleza. A humanidade da época solar era análoga às demais humanidades de qualquer época, e entre os homens daquela época, houve um que se esforçava terrivelmente por chegar à perfeição. Esse homem foi mais tarde Cristo, o Divino Rabi da Galileia, o Logos Solar. Havia na época solar outro templo de magia negra onde se iniciaram também muitíssimos homens que mais tarde se converteram em demônios. Astarot foi iniciado nesse negro e gigantesco templo. Ao aproximar-se, depois de milhões de anos, a noite cósmica daquela época solar, os quatro senhores da chama dotaram os atuais íntimos humanos da alma espiritual ou corpo búdico, que é o corpo da intuição. O veículo da intuição está conectado com o coração. O coração é, pois, o centro da intuição. O Chacra ou Flor de Lótus da intuição gira e resplandece com extraordinária beleza. Nesse chacra há sete centros atômicos que servem de instrumentos às 7 grandes hierarquias cósmicas para atuar sobre nosso maravilhoso organismo. Como já dissemos em nosso livro intitulado “O Matrimônio Perfeito ou a Porta de Entrada à Iniciação”, o coração do Sol está analogamente construído como o coração de nosso organismo humano. Assim como no sol há sete Jerarcas que dirigem os sete raios cósmicos, assim também em nosso coração há sete câmaras que pertencem às sete grandes hierarquias cósmicas. "Assim como o Sol tem um núcleo atômico central, que é o Átomo Nous, que é a sede de Brahma em nós, dito átomo é o primeiro centro vital que funciona no feto e o último que deixa de
viver em nosso organismo". Este átomo contém a mente, a vida, a energia e a vontade do homem, e tem uma aura luminosa translúcida que irradia e resplandece. Ao final da época solar a humanidade daquele tempo chegou ao estado Angélico, e são os Arcanjos de hoje em dia. O mais alto iniciado deles foi Cristo, mas nem todos os humanos desta época chegaram a esse estado, pois a maioria se converteu em demônios. Yahvé, o polo contrário do Cristo, foi o mais alto iniciado negro e tenebroso dessa época. Chegada a noite cósmica, pareceu que o universo sumia no caos. A natureza inteira entrou no sono feliz… As sementes de todo ser vivo se entregaram nos braços do sono... E nos espaços infinitos vibraram deliciosamente as arpas dos Elohim.
CAPÍTULO 8º A MENTE E A INTUIÇÃO O homem mental reside na cabeça com seus sete portais. O cérebro foi feito para elaborar o pensamento, mas não é pensamento. O cérebro é tão somente o instrumento do corpo mental. O corpo mental é um organismo material, mas não é organismo físico. O corpo mental tem sua ultrafisiologia, sua ultrabiologia e sua patologia interna que os atuais homens da ciência desconhecem por completo. O corpo mental está envolvido em uma sedosa envoltura que o protege e o mantém ligado com o sistema nervoso-cérebro-espinhal. Esta envoltura é a armadura engendrada do corpo mental, dita armadura está toda recoberta de certos “cones truncados” chamados “módulos”, os quais vêm a ser os sentidos do corpo mental. Entre esses centros sensoriais do corpo mental há um que lhe permite manejar as correntes seminais, individuais e universais. Também existem em nosso corpo mental certos sentidos que nos permitem receber a sabedoria das diferentes estrelas. A parte inferior de nossa armadura veio ao formar as circunvoluções do cérebro. O corpo mental tem um núcleo atômico que lhe serve de base: dito núcleo é o átomo mestre da mente. O átomo mestre da mente tem toda a sabedoria da natureza, e o que através da meditação interna aprenda a comunicar-se com dito átomo, ele o ensina e instrui na Sabedoria cósmica, porque ele é sábio. O átomo mestre reside em nosso sistema seminal, mas praticando magia sexual, o átomo sobe à cabeça e então nos ilumina no mundo da mente. A armadura prateada brilha como o ouro quando praticamos a magia sexual, porque milhões de átomos transformativos de altíssima voltagem a recobrem e transformam totalmente. Então sim, vem o despertar da consciência e a aristocracia da inteligência. Então sim, pode-se falar de cultura mental e de transformação étnica.
Como pode falar o senhor Cherenzi Lind de sublimação humana, de superação atual e de imediatos resultados, sem possuir uma sólida cultura mental? Conhece acaso o senhor Cherenzi Lind as íntimas relações existentes entre a sexualidade e a mente? O senhor Cherenzi Lind antes de seguir com sua postura de “Avatar” deveria estudar psicanálise de Sigmund Freud para que sequer conheça as primeiras noções da sexualidade em relação com a mente. Está acreditando o senhor Cherenzi que jogando futebol, montando a cavalo e selecionando sensações vai conseguir isto que se chama grandiosamente “novíssimas concepções”, “Cultura mental”, “Aristocracia da Inteligência” e o renascimento espiritual? Está acreditando o senhor Cherenzi que com seu simpático sistema de controles mentais, seus discípulos vão conseguir a intuição? As 10 regrinhas da quarta lição de seu curso Esotérico, estão boas como para que se as venda ao senhor Israel Rojas para que com elas faça muito negócio. Isso de falar de praticismo positivo e pragmático sem o discípulo ter passado por uma regeneração sexual, é o cúmulo da estupidez. Como pode falar de vida metódica e plena atenção, um indivíduo degenerado pelo mórbido da paixão carnal? Como pode falar de associação de ideias e de anelos, um indivíduo, cujo corpo mental, ainda não foi transformado pelos átomos transformadores? Como pode falar de expansão mental aquele que ainda não tem o átomo mestre em seu trono? Como pode falar da mente criadora o “coitoso”? Não sabe o senhor Cherenzi que os pensamentos que não estão penetrados pela energia determinativa da natureza (energia sexual) se desintegram? Ignora o senhor Cherenzi que a energia determinativa é a força sexual? Como pode falar de valor, vontade e triunfo um indivíduo, cuja glândula pineal esteja atrofiada pela fornicação? É que o senhor Cherenzi ignora as relações íntimas existentes entre a glândula pineal e as glândulas sexuais? Ou é que o
senhor Cherenzi ignora que a glândula pineal é o centro emissor do pensamento? Como pode falar de concentração mental um indivíduo cujo cérebro está debilitado pelo vício do coito? Como se atreve o senhor Cherenzi a dizer a seus discípulos aquilo de suprimir os esforços inúteis sem dar-lhes uma orientação definida? Como pode falar de satisfação pessoal e de bastar-se a si mesmo, um indivíduo que não reencontrou a si mesmo e que, devido à magia negra se afastou do Íntimo? Como pode bastar-se a si mesmo uma alma débil? Não se dá conta o senhor Cherenzi, que as almas afastadas do Íntimo são débeis? O senhor Cherenzi não é mais que um arrivista, um paranoico, um parvenus, um megalômano, autoconsagrado de Avatar, um falso profeta. A mente divide-se entre mente concreta e mente abstrata. Uma coisa é a crítica da razão prática e outra coisa é a crítica da razão pura. Os conceitos de conteúdo da crítica da razão prática fundamentam-se nas experiências das percepções sensoriais externas, e os conceitos de conteúdo da crítica da razão pura, alimentam-se das ideias a priori e dos intuitos. Cherenzi ignora totalmente a filosofia de Don Emmanuel Kant, o grande filósofo de Königsberg. Cherenzi, com seu sistema de controles e de seleção de sensações, somente busca escravizar a seus discípulos da crítica da razão prática, da mente inferior e da mente concreta. Tudo isso é pura e legítima magia negra, como ele somente se consegue converter o discípulo em um escravo das sensações externas e em um mago negro. O que sabe Cherenzi da crítica da razão pura? O que sabe Cherenzi sobre o Brahma-vidya e sobre os íntimos? Acaso conhece Cherenzi as íntimas relações físico-somáticas do Brahma-vidya? Acaso Cherenzi é um Samyasin do pensamento? Acaso Cherenzi é um Damiorfla da mente? Acaso Cherenzi é um estudante do Azug, livro de sabedorias orientais?
Não, querido leitor, Cherenzi não é mais que um “arrivista”, um paranoico, um megalômano, autoconsagrado de avatar, um falso profeta. O Brahma-vidya é a mente do Íntimo. A mente do Íntimo vem a ser o fruto ou extrato de todas as experiências adquiridas com o corpo mental. O Brahma-vidya vem a ser o corpo aureolado da vitória, mencionado no livro “Deuses Atômicos”. Uma coisa é a mente e outra coisa é a mente como instrumento. Das uniões momentâneas do Brahma-vidya com o corpo mental resultam as grandes iluminações cósmicas: a alma unida então com o Íntimo some dentro da grande alma do mundo, a superalma de Emerson, e percebe todas as maravilhas macrocósmicas; mas para realizar estas maravilhas é necessário ter aberto o olho de “Dagma”; este olho é a intuição. O que já é intuitivo tem um corpo mental especialmente constituído. O núcleo de uma mente assim é um círculo de cor violeta resplandecente. O livro Azug chama esta mente assim organizada, “Damiorfla”. Um “Damiorfla” não se dobra ante as potências do mal nem tampouco é escravo de “maia” (a “ilusão”). Aquele que queira estudar o “Azug”, livro da sabedoria oriental, tem que submeter-se primeiro às grandes e terríveis provas Iniciáticas. Eu recebi esse livro das mãos do autêntico Mestre da sabedoria Kout-Humi (K. H.). O simpático sisteminha Cherenzista de viver todo o dia selecionando sensações e aguilhoando a mente com controles e mais controles, somente consegue escravizar o discípulo à mente animal e ao não menos fatídico do intelecto, tudo isso é pura magia negra; com este tipo de ensinamentos tenebrosos somente se consegue uma separação total entre a Mônada e a personalidade, e isto é precisamente o que busca o senhor Cherenzi porque a ele não interessa a “mônada”, ele somente rende culto ao guardião do umbral, à besta interna.
Cherenzi, Paúl Yagot, Marde e Arkinson, não foram mais que grandes charlatães, pietistas e paranoicos enganadores que somente conheceram as atividades inferiores do entendimento. Qual deles conheceu a ultrafisiologia e ultrabiologia do corpo mental? A maior parte desses pomposos psicólogos praticistas com suas famosas injeções psicológicas não sabem senão de reações sensoriais e atavismos subconscientes, mas qual deles conhece a estrutura do corpo mental de um Brahamin? Qual deles conhece o uso e o manejo do tridente? Todos esses famosos psicólogos modernistas não são senão analfabetos em seu ramo. Uma coisa é a razão e outra coisa é a intuição. A razão somente se alimenta de percepções sensoriais externas (através dos sentidos percebe ou recebe as impressões e ela elabora as sensações), assim é negativa e limitada. A pessoa que raciocina acredita chegar à verdade através do batalhar das antíteses que dividem a mente e que a incapacitam para compreender a verdade. O intuitivo, somente sabe escutar a voz do silêncio, e em sua mente serena são refletidas com resplandecente beleza as verdades eternas da vida. A pessoa que raciocina converte sua mente em um campo de batalha cheio de preconceitos, medo, apetências, fanatismos, teoria e suas conclusões sempre lhe devem ser favoráveis. Um lago turvo não pode jamais refletir o sol da verdade. A mente do intuitivo flui serena e silenciosa, longe, muito longe do negro batalhar das antíteses e da tempestade dos exclusivismos. A mente do racionativo é como um barco que somente sabe trocar de molas, e a partir dessas molas que se chamam escolas, teorias, religiões, partidos políticos, etc., aciona e reaciona com os preceitos já estabelecidos. Uma mente assim é escrava das energias estancadas da vida, portanto tem complicações e dor. Os filhos da intuição, como águias rebeldes, se remontam altivas
até o sol das grandes verdades inefáveis, livres do medo, de ânsias de acumulação, livres de seitas, religiões, escolas, preconceitos sociais, fanatismos de bandeiras, apetências, teorias, intelectualismos, ódios, egoísmos, etc. A mente do intuitivo flui serena e silenciosa, deliciosamente como fonte cristalina de resplandecente beleza entre o augusto trovejar do pensamento. O corpo mental do intuitivo é um veículo maravilhoso do Íntimo. A mente do intuitivo somente atua sob a direção do Íntimo e dele resulta a reta ação, o reto pensar e o reto sentir. O homem que no mundo somente se move sob a direção do Íntimo, é feliz porque está longe de todo tipo de complicações e conflitos. Para chegar às alturas inefáveis da intuição, há necessidade de viver integralmente de acordo com os sábios ensinamentos que o Divino Rabi da Galileia trouxe para a terra. São os ensinamentos do Cristo os que nos conduzem às alturas inefáveis da intuição. O interessante é mover-nos no mundo físico exatamente de acordo com os sábios ensinamentos do Mestre. O interessante é fazer carne e sangue em nós os ensinamentos do Cristo. Cristo não veio para fundar religiões: veio para unir-nos com o Íntimo. (Nosso Pai eterno). Todos os ensinamentos do Cristo têm o grande ritmo musical do plano das ondas da vida, que é o mundo búdico ou intencional. O Mantra om mani padme jum, vocalizado 10 minutos por dia, desenvolve a intuição. Esse Mantra se pronuncia assim: om... ma... sssssss... iiiiiii... pad... me... yom... Este é o mantra da intuição. A prática dos ensinamentos Crísticos desperta o chacra do coração em nós e põe em atividade o corpo búdico ou intuicional, que nos conduz à sabedoria e à felicidade eterna. A magia sexual faz parte dos ensinamentos que Cristo ensinou em segredo a seus 70 discípulos, e conforme vamos praticando os ensinamentos Crísticos, o corpo etérico vai se reorganizando totalmente, aumentando o volume dos dois éteres superiores:
certo centro que se forma na cabeça, descende ao coração e organiza este centro para a intuição. Ao não desperdiçar nossa força Crística, se forma uma malha protetora ao redor do corpo etérico e nesta forma fica este corpo protegido das correntes externas. O corpo físico também se torna mais fino e forte e até o rosto se transforma e embeleza-se. Os ensinamentos do Logos Solar operam sobre todos os nossos corpos internos e os convertem em finos instrumentos do Íntimo. O importante é viver este ensinamento na vida prática. Os membros da “Amorc” confundem tristemente a mente cósmica com a consciência cósmica. Uma coisa são as ondas da mente e outra coisa são as ondas da consciência. A mente se nutre da consciência. A consciência cósmica reúne as ondas afins da mente. O tridente simboliza o jogo de tripla força dos átomos transformativos da mente. O corpo mental não é o “eu”. O corpo mental somente é um instrumento do “eu”, e pretende o senhor Cherenzi escravizar a seus discípulos desse instrumento material, é o cúmulo da nescidade. A mente do intuitivo é um cálice inefável cheio de sabedoria. A mente do intuitivo é o cálice do Santo-Graal repleto do sangue do Mártir do Gólgota. A mente do intuitivo é o cálice sagrado do Pleroma, é o cálice sagrado do Shamadi, é o licor dos deuses, é o Soma que bebem os senhores da mente, é licor do amor, é o licor búdico, é o vinho de luz, já transmutado na retorta ígnea.
ELENA Salve! Salve Deuses Imortais! Eu brindo por vós neste cálice delicioso E brindo pela virgem dos sete portais.
Eu brindo pela Elena de rosto majestoso e a ela canto meus cantares sob os pórticos imortais de seu templo silencioso. Elena, enche meu cálice com o vinho da intuição Elena, derrama no meu vaso tua ânfora de amor... Elena, consola, tu, meu dolorido coração. Quero provar o licor da sabedoria embora incluída dor… quero embriagar-me de luz e poesia e despertar nos braços de teu amor. Bela Elena, eu te amo, tu és o cinzel da filosofia, tu és o fogo do arcano, tu és a ânfora da sabedoria e a ansiada prometida dos sábios. A púrpura e o ouro da antiga Itaca os ponho a teus pés. Oh Elena! Ponho a teus pés o luxo de Atreida, oh! núbil donzela, ponho a teus pés as naves gregas. Oh! Deusa serena, ponho a teus pés todas as antigas cidadelas, oh! bela Elena. Elena, enche meu cálice, com o vinho da intuição verta no meu cálice tua ânfora de amor.
CAPÍTULO 9º O PERÍODO LUNAR Passada a noite cósmica do período solar, iniciou-se o amanhecer do período lunar. O universo solar se condensou em matéria etérica. A vida recapitulou todos os estados dos passados períodos cósmicos e depois desses processos de recapitulação, iniciou-se em nossa etérica terra, chamada terralua, o período lunar em toda sua plenitude. Os homens da época lunar eram pequenos de estatura e seus corpos eram de matéria etérica. Construíam suas casas sob a terra, embora sobre a superfície colocassem tetos análogos aos tetos de nossas casas atuais. Negociavam, trabalhavam e se divertiam o mesmo que nós, suas populações urbanas eram pequenas e estavam conectadas como as nossas, com caminhos e estradas. Tinham também automóveis semelhantes aos nossos e as montanhas eram transparentes como o cristal e de uma cor azul escura muito bonita; essa é a cor azul que nós vemos nas distantes montanhas, esse é o éter. Toda nossa antiga terra era dessa bela cor. Os vulcões estavam em incessante erupção e tinha mais água que em nossa época atual; em todos os lugares viam-se lagos imensos e mares dilatados... Nesse período lunar vemos Belzebu vivendo em uma enorme casa construída sob a terra. Ali instruía a seus discípulos em um amplo salão, vestia túnica de listras negras e vermelhas e usava turbante e capa dessa mesma cor, era um mago negro de corpo alto e robusto. Todos os Chelas negros o veneravam profundamente. Belzebu tinha dois livros: um no qual lia a seus discípulos e os instruía e outro que somente ele estudava em segredo. Foram muitos os prosélitos que ele conquistou para a magia negra entre os homens do período lunar. A flora e a fauna desse tempo era muito diferente da nossa: ali vemos clarividentemente vegetais minerais, quer dizer: semivegetais, semiminerais, vegetais semianimais, etc., quer dizer, os três reinos da natureza não estavam completamente definidos como agora: nessa época um reino se confundia com
outro. Tinha entre as árvores uma marcada tendência, a tomar com seus ramos e folhas, as formas côncavas o qual as tornava semelhantes a gigantescos guarda-chuvas. Percebia-se através de todo o existente uma marcada tendência de inclinar-se “para baixo”, quer dizer, até a condensação de nossa terra atual. A natureza é uma viva escritura em todos os lugares, e com essa viva escritura escreve seus desígnios. Em vez disso agora vemos em nossa época atual do século XX, uma marcada tendência do homem para construir elevados edifícios e aviões cada vez mais rápidos etc. Nossos arbustos atuais não querem inclinar-se, senão subir até o sol, para cima, e é que nossa terra já chegou ao máximo de condensação material e agora anela subir novamente, voltar a “eternizar-se”... Em realidade o éter está inundando o ar e eterizando a terra cada vez mais, e ao final da grande raça ária, o éter se tornará totalmente visível no ar, e então as criaturas que vivem no éter compartilharão com o homem todas as suas atividades. No período lunar os corpos físicos de nossa atual humanidade chegaram a um maior grau de perfeição e então recebemos o corpo astral. Os homens de hoje éramos os animais do período lunar, e os anjos e os demônios dos períodos antigos flutuavam na atmosfera etérica de nossa terra-lua: eram visíveis e tangíveis para toda a humanidade. O homem percebia por detrás do fogo dos vulcões em erupção, aos arcanjos (Arcangeloi) ou criaturas do Fogo e depois de todas as formas existentes aos senhores da forma. Os filhos da vida regulavam as funções vitais de todo o existente e as criaturas elementais dos cinco elementos da natureza conviviam com os homens. Foram os senhores da sabedoria que nos dotaram de corpos astrais, e foram os senhores da personalidade os que nos dotaram desta personalidade que hoje em dia olham com tanto desprezo os teosofistas. Ao terminar aquele grande período lunar, os íntimos da atual humanidade receberam o corpo do espírito humano, chamado corpo da vontade, que tanto despreza Krishnamurti. Vontade é o poder com o qual dominamos nossas paixões e nos
convertemos em deuses. Ao cumprir com a lei do alquimista gnóstico, de introduzir o membro na vagina e retirá-lo sem derramar o sêmen, o fogo da paixão se transmuta em luz astral e então o corpo astral se robustece e se enche de luz resplandecente, e todos os frutos resplandecentes desse maravilhoso organismo astral somem dentro do corpo da vontade e o embeleza. O fogo da castidade é o fogo do Espírito Santo, e o corpo do Espírito Santo é o corpo da vontade, chamado mente abstrata, corpo causal: na realidade, este é o corpo da mente abstrata que ao se inundar em fogo através da magia sexual, converte-se no fogo do Pentecostes, e o homem em êxtase fala embriagado do Espírito Santo em todos os idiomas, coisas inefáveis, disse textualmente a Santa Bíblica Gnóstica. “E como foram os dias de Pentecostes, estavam todos unânimes juntos. E de repente veio um estrondo do céu, como de um vento forte que corria, o qual inflou toda casa onde estavam sentados. E lhes apareceram línguas distribuídas como de fogo que se assentaram sobre cada um deles. E foram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, como o espírito lhes dava que falassem” (Capítulo 2 dos feitos dos apóstolos. Versículos 1, 2, 3 e 4). Jeová, o Espírito Santo, vela pelo corpo do Espírito Santo em nós. Este foi o maior iniciado da época lunar. Ao finalizar aquele grande período a humanidade se dividiu em anjos e lucíferes, pois muitos são os chamados e poucos os eleitos. Max Heindel e Steiner sustentam em suas obras que toda a humanidade se salvará, e isso se deve à ignorância desses autores. Os versículos 23, 24, 25, 26, 27 e 28 do capítulo 13 de Lucas dizem textualmente: “e disse-lhe um: Senhor, são poucos os que se salvarão? e ele lhes disse: Insisti para entrar pela porta estreita: porque lhes digo que muitos procurarão entrar e não poderão". "Depois que o pai de família se levantar e fechar a porta, e começares a estar fora e chamar à porta dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos: e respondendo lhes dirá: não os conheço de
onde sejais". "Então começaríeis a dizer diante de ti, comemos e bebemos, e em nossas praças ensinaste". "E lhes dirá: digo-lhes que não os conheço de onde sejais: afastai-vos de mim, obreiros da iniquidade". “Ali será o pranto e o ranger de dentes, quando viéreis a Abraão e a Isaac e a todos os profetas no reino de Deus e vós excluídos”. Chegada a noite cósmica do período lunar, Jeová e seus anjos, Lúcifer e seus demônios, retiraram-se do cenário cósmico e a natureza toda entrou em profundo repouso.
CAPÍTULO 10º O PERÍODO TERRESTRE Passada a noite cósmica do período lunar, o universo se condensou na nebulosa de que nos fala Laplace. Este foi o começo da época físico-química na qual nós vivemos. A natureza recapitulou os passados períodos cósmicos tal como alegoricamente os descreve o Gênesis. "No princípio Deus criou os céus e a terra” “e a terra estava desordenada e vazia e as trevas estavam sobre a face do abismo, e o espírito de Deus se movia sobre a face das águas” (Gênesis versículos 1 e 2 capítulo 1). Estes foram os tempos da nebulosa de Laplace durante os quais a terra recapitulou a época de Saturno. "E viu Deus que a luz era boa e Deus separou a luz das trevas" (Versículos 3 e 4 do Gênesis). As moléculas da nebulosa quente e escura entraram em fricção, sob o poderoso impulso da palavra perdida do Criador e então a nebulosa se fez ígnea. Esta foi a época hiperbórea, durante a qual, entraram em atividade os átomos solares da época solar. Nossa terra foi então um globo ígneo cheio da sabedoria do fogo e da luz que o mesmo fogo produz. E nesse globo ardente viveram os arcanjos que foram os homens da época Solar, e se expressaram em toda a plenitude de sua sabedoria. "E Deus disse: haja expansão no meio das águas, e separou as águas das águas". "E Deus fez a expansão e afastou as águas que estavam debaixo da expansão, das águas que estavam sobre a expansão, e foi assim". "E Deus chamou à Expansão céus e foi a tarde e a manhã do dia seguinte" (Versículos 6, 7, 8 do capítulo 1 do Gênesis). Aqui a Bíblia continua falando da recapitulação do período solar:
o globo ardente ao contato com as úmidas regiões interplanetárias produzia vapor de água e formavam-se enormes nuvens que ao condensarem-se, caíam em forma de chuva, formando enormes mares e poços que ferviam incessantemente sobre o globo ardente, e as nuvens separaram as águas do céu, das águas do globo ardente: “E Deus disse: juntem-se as águas que estão debaixo dos céus, em um lugar, e descubra-se a seca; e foi assim”. "E Deus chamou à seca, terra, e à reunião das águas chamou mares: e Deus viu que era bom" (Versículos 9, e 10, do Capítulo 1 do Gênesis). Os poços de água que ferviam incessantemente sobre o ardente globo, vieram para cristalizar-se em forma de “Cobertas” sobre a superfície do ardente globo, e assim se cumpriu a palavra do criador que disse: “Descubra-se a seca” “E Deus chamou à seca terra”. Assim foi como se formou a primeira crosta terrestre chamada Lemúria. Nesta época Lemur, a terra recapitulou o período lunar, porque é uma lei da vida que a natureza antes de iniciar suas novas manifestações, recapitule todas suas passadas manifestações. Aquele que quiser conhecer objetivamente todos os processos evolutivos da humanidade que observe o feto humano a partir de sua concepção. Entre o ventre da mãe o feto recapitula todas as metamorfoses do corpo humano desde suas antiquíssimas origens. O corpo humano é tão somente a escama de nossa serpente ígnea, e o universo solar é a escama da cobra do Logos do Sistema Solar. Quando a cobra abandona a escama, a escama se desintegra (A cobra ígnea é o Kundalini”, veja o capítulo que se intitula o Bastão dos Patriarcas). Há na Colômbia uma altíssima montanha chamada “A Juratena”, dita montanha se situa no território Vásquez, Departamento de Boyacá, às margens de um rio de águas largas e profundas, chamado o Rio Mineiro.
Os camponeses dizem que essa montanha é “encantada”, e contam dela as mais antigas tradições. Quando vai chover, dizem eles sentir o ruído como de enormes massas de pedra que rodam até o abismo; e quando eles querem chuva, basta-lhes atear fogo à montanha para tê-la em abundância. A esses camponeses não lhes importa um ápice o comentário dos cientistas sobre esse particular, pois como bem disse Goethe: “Toda teoria é cinza, e somente é verdade a árvore de frutas douradas que é a vida”. Aqueles camponeses contam que ao alto da Juratena chega-se por umas escadarias de pedra lavradas por mãos antiquíssimas. Um daqueles camponeses relatava ao autor da presente obra, como ao chegar às escadarias milenárias foi detido por uma chuva de pedras atiradas por mãos invisíveis, e como esteve a ponto de perecer sob o peso esmagador de uma gigantesca massa que esteve a ponto de esmagá-lo. Outro camponês explorou as bases da montanha seguindo o curso daquele rio, de águas largas e profundas. Aconteceu que nas massas enormes de granito, banhadas pelas águas tormentosas do rio, encontrou um gigantesco templo incrustado na rocha viva. O camponês tentou penetrar no templo pela porta central (aquele templo gigantesco tinha três portas), mas se encontrou com uma grande quantidade de escamas de serpente e fugiu esbaforido. Mais tarde voltou ao lugar para ver o templo, mas já não encontrou nada. O templo desapareceu como se as rochas gigantescas o tivessem devorado. Eu, Aun Weor, visitei no corpo astral aquele templo. Os Mestres que ali moram me receberam com os braços abertos e me conduziram ao interior do monastério, iluminado por um candelabro de ouro maciço com sete braços, semelhante ao candelabro de ouro de sete braços do templo de Salomão, e deles recebi secretos ensinamentos. Os teosofistas acreditam que somente no Tibet estão os Mestres e muitos deles desejariam viajar ali para seguir o Chelado, mas na verdade os monastérios da Loja Branca estão espalhados pelo mundo inteiro. No Oriente, aos Mahatmas os chamam “Najas”, quer dizer, serpentes, e todos os guardiões das criptas sagradas dos templos de mistérios têm a figura de serpentes
gigantescas e somente permitem o passo aos “Iniciados”. Assim como o veneno da cobra mata, assim também esse veneno é o “arcano precioso” com o qual chegamos à alta iniciação. Ouça-me, leitor iniciado: “O silvo da cobra é a base da vida”: Isto não é para todos os leitores: Aquele que tem ouvido que ouça. Os habitantes de “terra plana”. Estado Zulia, Venezuela, fazem fugir as cobras pronunciando os seguintes Mantras: Oooooooo... S... Oooooooo Oooooooo.... So... Aaaaaaaa Aaaaaaaa..... S..... Iiiiiiii As vogais destes Mantras são I. A. O. combinadas com a terrível letra S. Aqui há sabedoria, e o que tiver entendimento que entenda. O “S” também é vogal, embora os gramáticos não o digam. Durante a conexão da magia sexual com a sacerdotisa, temos que pronunciar estas três vogais I. A. O. porque I. A. O. é o nome de nossa cobra... Para esclarecer este capítulo diremos que a época Polar corresponde à inteligência Mercuriana da cobra do Logos (ao calor). A época Hiperbórea, aos átomos solares da cobra (ao fogo) e a época Lemúrica, aos átomos lunares da cobra do Logos (à umidade). Nosso Kundalini também é formado de átomos solares e lunares e de uma síntese de átomos oniscientes. Dentro da cobra está íntegra a sabedoria de 7 eternidades: A mulher é a vestal do templo e a vestal acende o fogo do templo. Antigamente o fogo só o acendiam e cuidavam as vestais. Com isso simbolizava-se que somente a mulher é a única que pode acender o fogo do Kundalini, de nosso corpo ou de nosso templo. Pois o templo do altíssimo Deus vivo é nosso corpo, e o fogo desse templo é o Kundalini, que nossa esposa vestal acende através do próprio contato sexual da magia sexual, tal como o ensinamos no livro “O Matrimônio Perfeito ou a Porta de entrada à Iniciação” e na presente obra. Hoje a igreja Romana perdeu
totalmente a tradição e vemos que o fogo do templo o acendem os coroinhas, o qual não somente é uma aberração senão um gravíssimo sacrilégio e um insulto à própria vida. Esses passados períodos cósmicos existem atualmente em nossos átomos seminais e somente é questão de aprender a técnica da meditação interior para entrar em seus domínios. A porta de entrada a essas poderosas civilizações atômicas são nossos órgãos sexuais. Os Pralayas e os Mahamvantaras ocorrem dentro de um instante sempre eterno, o passado e o futuro se geminam dentro de um eterno agora. O tempo não existe. É a mente do homem a que se encarrega de dividir o eterno “agora” entre passado e futuro. As poderosas civilizações de Saturno, Solares e Lunares, ainda existem no fundo atômico de nosso sistema seminal e podemos entrar em seus domínios através da meditação interior. A transição entre um e outro estado de consciência é o que erradamente chamamos tempo, mas esses estados de consciência dentro de um eterno agora estão em sucessivo encadeamento. O homem deve aprender a viver sempre no presente. O homem deve libertar-se de todo tipo de teosofismos pomposos, sectarismos de religião, fanatismo de pátria e da bandeira, religiões, intelectualismos, ânsias de acumulação e apegos em geral. Todas essas jaulas de papagaios sibaritas são antros de negócios e tirania e nada ganhamos com esses jargões, porque eles somente conseguem encher-nos de preconceitos e fanatismos absurdos. Toda a sabedoria das idades está dentro de nós mesmos, e o passado e o futuro são geminados dentro de um eterno “agora”. Dentro de nós mesmos está toda a sabedoria cósmica. Os átomos solares nos iniciam na sabedoria do fogo, e os átomos lunares nos iniciam na antiquíssima sabedoria neptuniana amentina. Quando os átomos solares e lunares fazem contato, então desperta o fogo sagrado e nos convertemos em Deuses. Em noites de lua cheia os átomos lunares fazem contato com a
armadura prateada de nosso corpo mental, e então, através da meditação, podemos receber os ensinamentos da sabedoria lunar. Há sete correntes etéricas lunares dentro das quais vive intensamente a civilização de nossa antiga terra lua. As civilizações Solar e Lunar, vivem em nossos mundos interiores e nós podemos visitar essas civilizações através da profunda meditação interna. Despertando o fogo sagrado do Kundalini através da magia sexual, as civilizações solares e lunares que palpitam intensamente em nossos próprios mundos interiores nos iniciam em suas profundas verdades, e nos levam à grande iluminação. Nossos Sete chacras são sete igrejas internas e cada uma destas igrejas contém a sabedoria de um período cósmico. Quando nós quebramos sete selos das sete igrejas do livro humano, através da espada do Kundalini, então as sete igrejas nos entregam toda a sabedoria cósmica dos sete períodos cósmicos do Mahamvantara e nos tornamos oniscientes... O Apocalipse disse o seguinte: “E quando ele abriu o sétimo selo foi feito silêncio no céu quase por meia hora, e vi os sete anjos que estavam diante de Deus: e lhes foram dadas sete trombetas”. "E outro anjo veio e parou diante do altar, com um incensário de ouro: e lhe foi dado muito incenso para que o acrescentasse a todas as orações de todos os santos, sobre o altar de ouro que estava diante do trono". "A fumaça do incenso subiu da mão do anjo diante de Deus, com as orações dos santos” (Capítulo 1 Versículos 1, 2, 3, 4). Aqui o Apocalipse nos fala desse livro selado com sete selos que em nosso organismo com suas sete igrejas, nos disse claramente que somente o cordeiro deve abrir seus sete selos com a espada do Kundalini. O Cordeiro é nosso Anjo interior, quer dizer, nosso Íntimo; nos ensina que ao abrir-se o sétimo selo, que é o da Igreja de Laodicea, situada na cabeça, os 7 anjos das 7 trombetas são os 7 anjos das 7 igrejas. O Anjo do incensário é nosso Íntimo, que entra triunfante na hierarquia branca junto com sua alma de diamante, Um perfeito
mais, na comunidade dos eleitos... “E o Anjo pegou o incensário, e o encheu do fogo do altar, e o deixou na terra, e ocorreram trovões e vozes e relâmpagos e terremotos.” (Capítulo 1 Versículo 5). Aqui nos diz o Apocalipse que quando já tenhamos aberto o sétimo selo com a espada do Kundalini, então as sete igrejas nos abrem suas portas e nos ensinam a sabedoria dos sete grandes períodos terrestres, que correspondem aos sete grandes períodos cósmicos. o
E segue o capítulo 8 do Apocalipse falando-nos dos sete anjos que conforme tocam suas respectivas trombetas, em sucessiva ordem vão acontecendo os grandes acontecimentos cósmicos. Esses sete Anjos são os anjos de nossos sete planetas que dirigem os sete chacras de nosso organismo e as sete épocas terrestres. Assim, as sete épocas terrestres são dirigidas por sete Jerarcas cósmicos, e toda a sabedoria dessas sete épocas está dentro de nossos sete chacras... Nosso período terrestre tem sete épocas. "E vi outro anjo forte descer do céu, fechado em uma nuvem e o arco celeste sobre sua cabeça, e o rosto era como o sol e seus pés como colunas de fogo". "E tinha em sua mão um livro aberto, e colocou seu pé direito sobre o mar e o esquerdo sobre a terra". "E clamou, com voz potente, como quando um leão ruge: e quando já tiver clamado, sete trovões falarão suas vozes” (Versículos 1, 2, 3, Cap. 10 Apocalipse). Este anjo é o Jerarca da sétima época, o Arco-Íris simboliza nosso atual período terrestre que começou com o sinal do ArcoÍris. Isto foi na Atlântida, pois a Lemúria foi uma recapitulação do período Lunar. O livrinho que o anjo tinha em sua mão, é o livro da evolução humana. É o livro selado com sete selos, é o livro já sem seus selos. É o organismo humano do que já rompeu os 7 selos. É o corpo do Mestre! É a sabedoria cósmica do que já se
realizou a fundo! "E clamou com grande voz, como quando um leão ruge: e quando clamou, sete trovões falaram suas vozes". Aqui o Apocalipse nos fala da palavra perdida, da sílaba sagrada: e os sete trovões dos sete chacras repetem suas vozes: estas vozes são as sete notas da palavra, e a sílaba sagrada abre os sete chacras e cada chacra tem sua nota chave. Aquele que tiver ouvidos que ouça. Aquele que tiver entendimento que entenda, porque aqui há sabedoria. a
Na 7 época, a palavra perdida será encontrada. E quando os sete trovões soltaram suas vozes eu ia escrever, e escutei uma voz do céu que me dizia: “sela as coisas que os sete trovões falaram e não as escrevas”. (Capítulo 10 versículo 4). Cada nota da palavra perdida encerra terríveis segredos indizíveis e cada uma das notas da palavra perdida é a nota chave de uma época terrestre. A nota chave da civilização egípcia é uma, a nota chave da civilização hindu é outra e assim sucessivamente. Na Sétima Época a palavra perdida consumará totalmente o reino de Deus. Swedenborg (filósofo místico sueco) falava da palavra perdida: Busque-a na China, e talvez a encontrará na grande Tartária. Os magos da Amorc usam para seus fins demoníacos o mantra “mathra”, pronuncia-se “mazra”, e asseguram a seus discípulos que essa é a palavra perdida; mas na verdade, este é nome de um templo de magia negra da antiga Atlântida e ao mesmo tempo um mantra de magia negra, assim que não é a palavra perdida. Na Índia os arahates foram perseguidos por possuir a sílaba sagrada. Na China os discípulos do "Tathagata" a possuem. A palavra perdida está muito bem guardada no Tibet; ali reside o "Maha-Choan". a Na 7 época a palavra perdida será encontrada. “Mas nos dias da o voz do 7 Anjo, quando ele começar a tocar a trombeta, o
mistério de Deus será consumado, como Ele o anunciou a seus o servos os profetas” (Apocalipse, Capítulo 10 Versículo 7). "E jurou por ele que vive para todo sempre, que criou o céu e as coisas que estão nele, e a terra e as coisas que estão nela, e o mar e as coisas que estão nele, que o tempo não será mais" (Apocalipse, Capítulo 10º Versículo 6). O iniciado que já se une com o Íntimo, se libera da ilusão do tempo, porque o passado e o futuro irmanam dentro de um eterno agora. Cada uma das sete épocas terrestres finaliza com um grande cataclismo, descrito simbolicamente pelo Apocalipse da seguinte forma: "E o primeiro anjo tocou a trombeta, e foi feito granizo e fogo, misturado com sangue, e foram arrojados na terra; e a terceira parte das árvores foi queimada, e queimou-se toda a erva verde” (Apocalipse, Cap. 8 Versículo 7). Este foi o primeiro cataclismo da primeira época. "E o segundo anjo tocou a trombeta, e como um grande monte ardendo com fogo foi lançado no mar; e a terceira parte do mar transformou-se em sangue" (Apocalipse Cap.8 Versículo 8) "E morreu a terceira parte de todas as criaturas que estavam no mar, as quais tinham vida; e a terceira parte dos navios pereceu" (Apoc. Cap. 8 Vers. 9). Este foi o final da segunda época. "E o terceiro anjo tocou a trombeta, e caiu do céu uma grande estrela, ardendo como um archote, e caiu na terceira parte dos rios, e nas fontes das águas" (Apoc. Cap. 8 Vers. 10). "E o nome da estrela disse Absinto. E a terceira parte das águas foi envolvida em Absinto: e muitos homens morreram pelas águas, porque foram feitas amargas”. (Apoc. Vers. 11 Cap. 8) Este foi o final da terceira época. "E o quarto anjo tocou a trombeta, e foi ferida a terceira parte do sol e a terceira parte da lua e a terceira parte das estrelas; de tal
maneira que escureceu a terceira parte deles, e não iluminava a terceira parte do dia, e o mesmo da noite" (Apoc. Cap. 8 Vers. 12). Este foi o final da quarta época. “E o quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que caiu do céu na terra, e lhe foi dada a chave do poço do abismo”. "E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço como a fumaça de um grande forno, e escureceu o sol e o ar pela fumaça do poço" (Apoc. Cap. 10. Vers. 1 e 2). O abismo é o Avitchi, e este é o plano de consciência submerso onde somente se escuta o pranto e o ranger de dentes. Ali entram as almas que tenham chifres na testa. Os chifres na testa são o sinal da besta. Nestes instantes o abismo está aberto e milhões de almas demoníacas estão entrando no abismo. "E tem sobre si por rei o anjo do abismo cujo nome em hebraico é "Abaddón" e em grego, "Apollyón" (Apoc. Cap. 9º Vers. 11). Estamos em época de guerras porque elas são necessárias. A guerra dá milhões de mortos, e as almas que têm chifres entram no abismo. (Todo clarividente vê as almas demoníacas). "E o sexto anjo tocou a trombeta; e escutei uma voz dos quatro chifres do altar de ouro que estava diante de Deus". "Dizendo ao sexto anjo que tinha a trombeta: Desata os quatro anjos que estão presos no grande rio Eufrates". "E foram soltos os quatro anjos que estavam emparelhados para a hora, dia, mês e ano para matar a terceira parte dos homens" (Apocalipse. Capítulo 9º Versículos: 13, 14 e 15). Esta é a sexta época: nela serão levados novamente ao abismo os demônios humanos, depois de ter-lhes dado uma boa oportunidade para progredir. "E o sétimo anjo tocou a trombeta, e foram feitas grandes vozes no céu, que diziam: os reinos do mundo vieram a ser os reinos de nosso Senhor, e de seu Cristo; e reinará para todo sempre"
(Apoc. Cap. 11 Vers 15). Nestes tempos a terra será mais etérica e nela somente viverão os seres humanos que tenham chegado ao estado angélico, porque as milhões de almas demoníacas irão definitivamente para o abismo, onde se desintegrarão através das idades. Essa é a segunda morte!
CAPÍTULO 11º A LEMÚRIA “E tinha Jeová Deus plantado um pomar no éden ao oriente, e colocou ali o homem que tinha formado”. Muito foi discutido sobre o paraíso terrestre. Max Heindel sustenta que esse paraíso terreno é a luz astral e não quis dar-se conta do que significa a palavra “terrestre”. Realmente esse paraíso existiu e foi o continente da Lemúria, situado no Oceano Pacífico. Essa foi a primeira terra seca que teve no mundo. A temperatura era extremamente quente. “Mas subia da terra um vapor que regava toda a face da terra”. (Gênesis. Cap. 2 Vers. 6). O intenso calor e o vapor das águas nublavam a atmosfera e os homens respiravam por guelras como os peixes. “E Deus criou o homem a sua imagem, a imagem de Deus o criou; varão e fêmea os criou” (Gênesis. Cap. 1 Vers. 27). Os homens da época polar e da época hiperbórea e princípios da época lemúrica eram hermafroditas, e se reproduziam como se reproduzem os micróbios hermafroditas. Nos primeiros tempos da Lemúria, a espécie humana quase não se distinguia das espécies animais; mas através de 150.000 anos de evolução chegaram os lêmures a um grau de civilização tão grandioso, que nós os ários, estamos ainda muito longe de alcançar. Essa era a idade de ouro, essa era a idade dos titãs. Esses foram os tempos deliciosos da Arcádia. Os tempos em que não existia o meu nem o teu, porque tudo era de todos. Esses foram os tempos em que os rios emanavam leite e mel. A imaginação dos homens era um espelho inefável onde refletiase solenemente o panorama dos céus estrelados de Urânia. O homem sabia que sua vida era a vida dos deuses, e aquele que sabia tocar a lira estremecia os âmbitos divinos com suas deliciosas melodias. O artista que manejava o cinzel se inspirava na sabedoria eterna e dava a suas delicadas esculturas a terrível majestade de Deus. Oh! A época dos titãs, a época em que os rios brotavam leite e
mel. Os lêmures foram de alta estatura e tinham testa larga, usavam túnicas simbólicas: brancas na frente, negras atrás, tiveram naves voadoras e embarcações com propulsão pela energia atômica, iluminavam-se com a energia nuclear, e chegaram a um altíssimo grau de cultura (em nosso livro “O Matrimônio Perfeito”, falamos amplamente sobre o particular). Esses eram os tempos da Arcádia: o homem sabia escutar entre as sete vogais da natureza a voz dos deuses, e essas sete vogais: i, e, o, u, a, m, s, ressoavam no corpo dos lêmures com toda a música inefável dos compassados ritmos do fogo. O discípulo gnóstico deve vocalizar uma hora diária na ordem aqui exposta: a forma indica o som prolongado de cada vogal que deve ser uma exalação completa dos pulmões: iiiiiiiiiii eeeeeeeee ooooooooo uuuuuuuu aaaaaaaa mmmmmmmm sssssssssss. A I faz vibrar as glândulas pituitárias e pineal e o homem se torna clarividente. A E faz vibrar a glândula tireoide e o homem se torna clariaudiente. A O faz vibrar o chacra do coração e o homem se torna intuitivo. A U desperta o plexo solar (boca do estômago) e o homem desenvolve a telepatia. O A faz vibrar os chacras pulmonares e o homem adquire o poder de recordar suas vidas passadas. As vogais M e S contribuem eficientemente no desenvolvimento de todos os poderes ocultos. Uma hora por dia de vocalização vale mais que ler um milhão de livros de teosofia oriental. O corpo dos lêmures era uma harpa milagrosa onde soavam as sete vogais da natureza com essa tremenda euforia do cosmos. Quando chegava a noite, todos os seres humanos adormeciam
como Inocentes criaturas entre a cama da Mãe Natureza, arrulhados pelo canto doce e comovedor dos deuses, e quando raiava o amanhecer, o sol trazia contentes diáfanos e não tenebrosas penas. Oh, a época dos titãs! Esses eram os tempos em que os rios brotavam leite e mel. Os matrimônios da Arcádia eram matrimônios gnósticos. O homem somente efetuava o conúbio sexual sob ordens dos Elohim, e como um sacrifício no altar do matrimônio para brindar corpos às almas que precisavam reencarnar-se. Desconhecia-se por completo a fornicação, e não existia a dor no parto. Através de muitos milhares de anos de constantes terremotos e erupções vulcânicas, a Lemúria foi se afundando entre as embravecidas ondas do Pacífico, no tempo que surgia do fundo do oceano o continente Atlante.
CAPÍTULO 12º A BATALHA NO CÉU “E foi feita uma grande batalha no céu: Miguel e seus anjos lutavam contra o dragão, e lutava o dragão e seus anjos”. (8) E não prevaleceram, nem seu lugar foi mais encontrado no céu”. (9) E foi lançado fora aquele grande dragão, a serpente antiga, que se chama Diabo e Satanás, o qual engana a todo o mundo; foi jogado na terra, e seus anjos foram arrojados com ele. (12) Pelo qual alegra os céus, os que moram neles. Ai dos moradores da terra e do mar! Porque o diabo desceu a vós, tendo grande ira sabendo que tem pouco tempo” (Apoc. Cap. 12 Vers. 7, 8, 9 e 12). Houve duas grandes batalhas contra os magos negros: A da Arcádia e a do ano de 1950 em que se abriu o poço do abismo. Esta última é a do milenário. A terceira será a da nova Jerusalém. Ao iniciar-se o período terrestre, o plano mental e ainda os planos mais divinos de consciência, estavam densamente superpovoados por todo tipo de magos: brancos e negros, pertencentes aos períodos de Saturno, Solar e Lunar. Os milhões de magos negros constituíam gigantescas populações de malvados, que obstacularizavam a ação e a vida dos magos brancos, e era já um gravíssimo inconveniente para a evolução cósmica nos mundos superiores da consciência. Por ter seguido a vida dessa forma, foi totalmente impossível o progresso dos aspirantes até os mundos superiores. Mas então a Fraternidade Branca entregou a Miguel a missão de expulsar dos planos superiores da consciência a todos os magos negros, e recebeu Miguel a espada da justiça, e lhe conferiram terríveis poderes para que pudesse cumprir sua missão totalmente. Todas as organizações da loja negra e todos os templos da fraternidade tenebrosa estavam estabelecidos nos planos superiores da consciência. Miguel pode receber esta missão devido a que pertencia ao raio da força. E Miguel travou tremendos combates, corpo a corpo com os terríveis Jerarcas da loja negra, e assim pôde expulsar dos planos superiores de consciência o Dragão, a serpente antiga,
que se chama Diabo e Satanás, quer dizer, a magia negra com todas as suas legiões de demônios. Luzbel, é um grande jerarca da loja negra; usa capa vermelha e túnica da mesma cor, sua cauda ou rabo é extremamente longa e na ponta desta leva um papiro enrolado onde está escrita a ciência do mal. Essa cauda nos demônios se vai formando quando a corrente do Kundalini se dirige para baixo, até os infernos do homem: essa cauda não é mais que o mesmo Kundalini que parte do cóccix para baixo. Os chifres de todo mago negro são propriamente a marca da besta e, portanto, pertencem ao guardião do umbral, que vem a ser o “eu” superior do mago negro. Ariman, grande jerarca negro, usa turbante vermelho e é Chefe de enormes legiões. Lúcifer, foi o maior iniciado negro da época lunar, e suas legiões são numerosas. Todos estes milhões de demônios ficaram no ambiente de nossa Terra e se dedicaram a encaminhar as almas humanas pelo sendeiro negro. Belzebu, com suas legiões, também se estabeleceu em nosso ambiente e através do tempo se tornou muito conhecido de todos os atuais humanos. A Belzebu o chama a Bíblia: Deus de Ecrom, porque em Ecrom levantou-lhe um templo e lhe adorou como a um deus. Belzebu estabeleceu sua caverna e dedicou-se de cheio, como nos antigos períodos, a extraviar as almas. A Bíblia nos fala de Belzebu no Cap. 12 de São Mateus, versículos 24, 25, 26 e 27. "Mas os fariseus, escutando-o, diziam: este não joga fora os demônios, senão por Belzebu, príncipe dos demônios". "E Jesus, como sabia o pensamento deles, lhes disse: todo reino dividido contra si mesmo é desolado, e toda cidade ou casa dividida contra si mesma não permanecerá". "E si Satanás joga fora Satanás, contra si mesmo está dividido. Como então seu reino permanecerá?" "E se eu por Belzebu jogo fora os demônios, vossos filhos por quem os jogarão? Portanto eles serão vossos juízes”.
Todos os magos negros estabeleceram em nossa terra seus templos, lojas, salas de aula, cultos etc. e se entregaram para desenvolver seus planos, de acordo com as ordens supremas de Yahvé. Eles foram os responsáveis do fracasso de nossa presente evolução humana, pois é uma terrível realidade que a evolução humana fracassou. Miguel triunfou nos céus, mas nossa terra encheu-se de trevas profundas. Ai dos moradores da terra!
CAPÍTULO 13º A ATLÂNTIDA Os homens da Atlântida chegaram a um altíssimo grau de civilização análoga à Lemur. A terra estava envolta por um espesso nevoeiro e os homens respiravam por guelras. Como na Lemúria, na Atlântida também se conheceram as naves aéreas e as embarcações movidas por energia atômica. Nos primeiros tempos as relações sexuais se verificavam unicamente para formar corpos para as almas reencarnantes, e escolhiam-se hora e dia pelos anjos, e por isso não existia a dor no parto, e o homem vivia em estado paradisíaco: mas Lúcifer e os lucíferes, que são os magos negros do período Lunar, tentaram o homem e o extraviaram pelo caminho negro. A serpente é a força sexual e não as atrações puramente materiais como pretendem os rosacruzes da Amorc (Califórnia) em suas monografias de nono grau. A força sexual tem dois polos: o positivo e o negativo. O positivo é a serpente de bronze que sanava os israelitas no deserto, e o negativo, a serpente tentadora do Éden. O trabalho dos lucíferes foi um trabalho de magia negra: eles despertaram o fogo passional da humanidade, com o único objetivo de fazer prosélitos para a loja negra, pois todo demônio é fornicário. O líquido cefalorraquidiano e o sêmen são os dois polos da energia sexual. O anjo tem seus dois polos para cima para a cabeça, e o homem e os demônios tem um polo acima e outro para baixo. Com um, formam o cérebro, e com o outro coabitam. O Kundalini do anjo sobe. O Kundalini do demônio desce. Jeová proibiu ao homem a fornicação. Lúcifer o seduz a ela. "E mandou Jeová Deus ao homem dizendo: mas de toda árvore do pomar comerás; mas da árvore da ciência do bem e do mal não comerás dela porque o dia que dela comeres morrerás" (Gênesis Cap. 2. Versículos 16 e 17).
Então a serpente disse para a mulher: “vós não morrereis, mas sabe Deus que o dia que vós comeríeis dela, serão abertos vossos olhos, e sereis como deuses sabendo o bem e o mal” (Gênesis. Cap. 2 Vers. 5 e 6). A ordem dada por Jeová é magia branca. A ordem dada por Lúcifer é magia negra. Conforme o homem se entregou aos prazeres do coito, perdeu seus poderes ocultos e foram cumpridas as palavras de Jeová quando disse: “No suor de teu rosto comerás o pão até que volte à terra; porque dela foste tomado, pois pó eres, e ao pó retornarás” (Gênesis Cap. 3 versículo 19). "Para a mulher disse: multiplicarei de grande maneira tuas dores, e tuas gestações; com dor parirás teus filhos e teu marido será teu desejo, e ele te dominará" (Gênesis Cap. 3 Vers. 16). A violação de toda lei traz dor. Na Lemúria a mulher não tinha dor no parto, porque o filho era formado em hora, minuto e segundo em que as leis cósmicas favoreciam a reprodução. A violação desta lei trouxe as dores no parto. No entanto, ainda hoje em dia há remédio para todos aqueles que resolvam seguir o matrimônio gnóstico. O matrimônio gnóstico retorna o homem ao paraíso. Na Igreja Gnóstica recebem os matrimônios gnósticos o dia, hora e minuto em que devem formar os filhos e assim não há dores no parto. O importante é aprender a viajar em corpo astral para visitar o templo. Mais adiante darei as chaves. Os Lêmures não conheciam a morte: eles sabiam exatamente a data e hora exata de sua desencarnação, e eles mesmos cavavam sua tumba; assim abandonavam seu corpo físico à vontade com o sorriso nos lábios. Tampouco desapareciam da vista de seus parentes porque eles eram clarividentes, eles seguiam convivendo com seus desencarnados porque o único que acontecia era que tinham passado a um diferente estado; mas quando o homem por culpa do coito perdeu seus poderes, conheceu a morte.
CAPÍTULO 14º A MAGIA NEGRA DOS ATLANTES Os magos negros da escola Amorc da Califórnia dizem que a magia negra não existe, que isso somente é uma superstição, porque aparentemente os pensamentos de ódio e maldade emitidos pelas mentes malvadas se desintegram, porque o cósmico é puro e portanto não pode servir de instrumento para as forças do mal. Esse conceito dos magos negros da Amorc tem por objetivo justificar seus tenebrosos ensinamentos e dar-lhes um colorido de pura magia branca. O cósmico é todo o infinito e no cosmos há de tudo. “Tal como é acima é abaixo”. Se o pensamento emitido por um malvado se desintegrasse no ato; Por que não se desintegra no espaço uma bala? Por que o cósmico serve-lhe de instrumento para a bala que vai matar um ser humano, que bem pode ser um ancião ou uma criança? 1
MAGOS NEGROS ANGARIKAS EM MEDITAÇÃO TRÊS ANGARIKAS Se esse conceito dos magos negros da escola da Amorc fosse certo, a bala teria que desintegrar-se no ato. Eles me diriam que a bala é um corpo material e um pensamento não o é, mas essa
tampouco é razão porque um pensamento também é matéria, pois nada pode existir, nem Deus, sem o auxílio da matéria. Além disso, todo átomo é sétuplo em sua constituição. A bala, por exemplo, é um composto de átomos físicos, etéricos, astrais, mentais, causais, conscientivos e divinais; um núcleo de consciência atômica carregada das ondas do ódio de quem a disparou. Por que não se desintegra? Por que o cósmico servelhe de instrumento? Por que o cósmico serve-lhe de instrumento para as ondas destrutivas da bomba atômica? Por acaso as ondas mentais são inferiores às ondas radioativas dos átomos de urânio? O conceito dos magos negros da Amorc é tão somente para encobrir seus delitos e para enganar incautos: com isso somente tratam de justificar-se como magos brancos. A maior parte dos ensinamentos e conhecimentos negros da escola o Amorc provém da Atlântida. Nas monografias do 9 grau chamam “assunção” a uma chave mágica para dominar a mente e a vontade de seus semelhantes, este procedimento é de pura magia negra. O procedimento em referência consiste em sentarse ou deitar-se comodamente, fechar os olhos e concentrar na mente na vítima distante identificando-se com ela e mudando sua personalidade pela da vítima ainda que seja de sexo oposto. Esta mudança realiza-se com a imaginação, sentindo-se ser a personalidade da vítima e atuando exatamente como deseja que ela atue. Isto é pura magia negra porque ninguém tem direito a exercer coação sobre a mente de ninguém: há que respeitar o livre arbítrio dos demais. o
Todas as aberturas das convocações negras de 9 grau da Amorc são exatamente como as dos templos de magia negra da Atlântida em trevas profundas. O mestre negro começa suas convocações com uma oração tenebrosa que diz assim: “Amados profetas velados, nos reunimos para comungar sob a proteção do véu da obscuridade, que nossos pensamentos e ações deem testemunho de nossas sagradas obrigações e de nossas tradições consagradas pelo tempo. Esta convocação tem agora caráter secreto. A luz no shekinah se extinguirá agora. (Mandar um frater ou soror ao oficial que apague a vela)”. Os amados profetas velados são magos negros que usam túnica
marrom ou vermelha e meio cobrem seus rostos com um capuz. É que os magos negros comungam sob o véu da escuridão e amam as trevas; eles não querem nada com a luz. Todas estas práticas vêm do continente Atlante. As palavras de clausura pronunciadas pelo mestre tenebroso de o 9 grau da Amorc, são as seguintes: “levantai-vos amados profetas e separemo-nos com a benção do sinal da cruz e a proteção do véu da obscuridade, esta convocação terminou”. O mestre atuante sai primeiro, e os profetas tenebrosos velados protegidos pelas trevas retiram-se entre as sombras da noite. As escolas de magia negra dão a seus afiliados um inumerável de práticas absurdas para o desenvolvimento dos poderes ocultos; tais práticas, de caráter absolutamente externo, somente conseguem romper as membranas do corpo mental e converter o o discípulo em um autêntico mago negro. Na monografia n 38 do o 9 grau lê-se a seguinte prática: Tomai um pequeno frasco que se mantenha firme sobre uma mesa e tenha um tampão de cortiça; o frasco pode ser de um tamanho que contenha quatro ou seis onças, tomai uma agulha corrente de cozer e enterrai perpendicularmente um centímetro da ponta no tampão de modo que fora do tampão fique uns quatro ou cinco centímetros de agulha. Tomai uma folha de papel de pouco mais de sete centímetros de comprimento por um centímetro de largura e dobrado pela metade em forma de V. Qualquer tipo de papel com consistência mediana e de qualquer cor servirá. Tomai este pedaço de papel e coloque-o na parte de cima para baixo em forma da letra A e pendure-o pela ponta da agulha de maneira que esta fique no centro da dobra que foi feita no papel. Se o papel está dobrado em partes iguais agora se manterá em equilíbrio sobre a agulha com as duas pontas para fora como a letra A ou em forma de um V com os dois extremos para baixo. Colocai um frasco com o papel sobre a agulha, no centro da mesa a distância de pouco menos de um metro de vosso corpo, enquanto vós sentai em uma cadeira. Tenha certeza de que no quarto não tenha nenhuma janela aberta por onde entre o vento que possa mover o papel e evitai que vosso alento tampouco o mova. Agora concentrai no papel e exercitai a vontade para que o papel se mova. Se o equilíbrio é completo sobre a agulha, se moverá facilmente e deves fazê-lo girar em uma direção; então fazei que pare seu movimento e que gire em direção contrária.
Praticai dez minutos em cada ação concentrando no papel e mova-o à vossa vontade. Logo descobrireis que existe uma força motriz que emana de vós para o papel. Ele provará o que dizemos e o que expusemos nas próximas monografias, a saber: que a vontade e a “área psíquica” podem ser empregadas para dirigir a força dentro ou fora do corpo. “Fraternalmente o Mestre de vossa classe”. Estes tipos de ensinamentos vêm de um templo de magia negra da Atlântida chamado o altar de Mathra, situado nas Ilhas Açores, na montanha do Pico. Este templo ainda existe dentro do plano astral. Antigamente chegava-se a dito templo em uma jornada de sete dias e no final de cada jornada diária até uma grande festa. Ali nesse templo há um salão chamado o Salão da Vontade, onde praticam-se inumeráveis exercícios similares ao da Amorc da Califórnia. O esforço que o discípulo realiza com este tipo de práticas absurdas, dá por resultado, que se rompam as delicadas membranas do corpo mental. Não desejeis poderes, querido leitor: eles nascem como frutos do Íntimo, quando nossa alma se purificou. A força mental que gastamos tolamente em mover um papel, o empregamos para dominar a paixão carnal, para acabar com o ódio, dominar a linguagem, em vencer o egoísmo, a inveja, etc. Purifiquemo-nos, que os poderes irão nos conferindo através das sucessivas purificações. Os poderes são flores da alma e frutos do Íntimo! Os poderes de um Mahatma são o fruto de purificações milenares. O discípulo gnóstico vai recebendo da Loja Branca, através das provas Iniciáticas, distintos poderes. Esses poderes os recebe a alma e os “agarra” o Íntimo, porque o Íntimo é o homem real em nós. Quando o gnóstico deseja, por exemplo, que um amigo distante venha a nós, roga a seu Íntimo assim: “Pai, traga-me ao senhor (fulano de tal), mas não faça minha vontade senão a tua”. E se o Íntimo considera justo o pedido, realiza o milagre, que é um trabalho teúrgico, e chega o distante amigo; mas se o Íntimo considera injusto o pedido, não realiza o pedido da alma. Esta é pura magia branca. O mago negro passa a usar sua chamada “assunção” ou a força
da vontade, sem levar em conta para nada a vontade do Íntimo. "Faça-se a tua vontade assim na terra como no céu" disse o gnóstico, porque o gnóstico não faz senão a vontade do Íntimo, assim na terra como no céu, ou seja, nos planos superiores de consciência. O gnóstico coloca todos seus anelos nas mãos do Íntimo. Dominando a raiva e adquirindo serenidade, preparamos nossas glândulas pituitária e pineal para a clarividência. Falando sempre palavras de amor e de verdade, nos preparamos para despertar o ouvido interno. A magia sexual, a vocalização diária e a purificação incessante nos levam aos cumes “da alta iniciação”. Não desejeis poderes. Não significa que os gnósticos, tomemos uma atitude passiva ao estilo dos teosofistas, senão que devemos nos preparar praticando magia sexual vocalizando e expulsando todas as escórias. O gnóstico transmuta suas secreções sexuais e aguarda pacientemente ser digno de receber os poderes ocultos que como flores da alma, brotam quando já nos tenhamos purificado. O gnóstico não deseja poderes: prepara-se para recebê-los. A preparação do gnóstico é purificar-se e praticar diariamente a magia sexual. Os magos negros têm estabelecidas em seus templos, provas similares às do mago branco. Cherenzi permite que em seus festivais ao presumível candidato lhe insulte, brigue, digam humilhações e até que se lhe pegue para aceitá-los como candidatos para sua iniciação. Na monografia número cinco do nono grau da Amorc, depois que o discípulo passou pelas quatro provas de terra, fogo, água e ar em um templo de magia negra, o discípulo recebe um pergaminho que diz assim: “Paz, os cumprimentos do Mestre do templo, por decreto do alto sacerdote, através dos guardiões que serviram e velaram sobre ti, em prova de tua perseverança, fé e desejo segundo foi manifestado nas câmaras externas, se te permite entrar ao seguinte Sanctum à espera para ser preparado, para admissão dentro do santo dos santos depois de três dias de
santificação e de purificação, teu nome será o 777, tua letra, R; tua saudação, AUM; teu livro será aquele com a letra “m”, tua joia o jaspe verde e na forma de um escaravelho; e tua hora será nove. Descansa com paciência e espera a hora, o número e o sinal”. Esta é, pois, pura e legítima magia negra. Estas provas o discípulo passa em um templo de magia negra situado no plano astral. Quando o gnóstico pede as quatro provas da terra, fogo, água e ar aos Mestres no astral, estas vão soltando os Mestres tal como o descrevemos em nosso livro “O Matrimônio Perfeito ou a Porta de Entrada para a Iniciação”, de uma em uma, quase sempre com intervalo de vários dias entre uma e outra prova e sempre que tenha saído triunfante na prova anterior. Cada triunfo é comemorado pelo discípulo no “Salão das crianças” com música inefável e festas. Cada uma das quatro provas tem sua festa especial. Chama-se o Salão das crianças porque os Mestres recebem o discípulo com a figura de crianças para dizer-lhes: “Até que não sejais como crianças não podereis entrar no reino dos céus”. Nada de letras R, nada de 777, nada de pedra de jaspe, nada de horas nem de sinais; esta é pura magia negra proveniente da Atlântida. Ao discípulo gnóstico o único que lhe coloca quando a pede é a pequena capa de Chela. O mago negro, depois de ter passado pela prova do ar, recebe uma joia com dois anéis entrelaçados o qual vem a ser o sinal de seu triunfo. O mago branco recebe o anel simbólico que representa o raio ao qual pertence. O anel do mago negro lembra que esteve sobre um abismo pendurado por duas argolas. Os mestres do templo negro vestem de branco, os profetas velados levam véus negros, os estilistas levam estolas cor cinza, os escribas vão de azul, os astrólogos de azul e branco, os músicos de amarelo e os doutores de cor o parda. O templo permanece na escuridão. Ao discípulo de 9 grau se admoesta com estas palavras: “A alma vivente que atravessa sozinha este horrível caminho sem vacilações ou
timidez, depois da purificação pela terra, o fogo, a água e o ar, será iluminada pelos gloriosos mistérios”. Logo depois o discípulo negro avança por entre os guardiões da morte. Na prova de fogo, um guardião lhe diz ao discípulo negro o seguinte: “Se desejas chegar até o Mestre, por esta porta deverás passar: para chegar a esta porta, através desse salão deverás passar: para cruzar este salão, sobre os ferros de fogo deverás pisar. Venha se buscas o mestre”. O discípulo disse: Adiante! Adiante! Adiante! E cheio de valor passa por entre o fogo. Na prova da água um guardião negro disse: “Se quer ver o mestre e entrar no templo santo, deves chegar a esta porta e passar por ela; para cruzar esta porta deves passar o lago”. Todo o aqui exposto refere-se o ao 9 grau da fraternidade Amorc. Tudo isto é pura e legítima magia negra. Os discípulos da Loja Branca, como já dissemos, unicamente celebram sua festa no Salão das Crianças, depois de cada prova em que saíram triunfantes. Na Loja Branca, as quatro provas são para examinar a moral do discípulo branco. Na prova do fogo, o discípulo é atacado pela multidão de inimigos que o insultam, e se o discípulo ao invés de lançar impropérios lança amor sobre seus inimigos, então triunfa na prova, e se é sereno passa por entre o fogo sem queimar-se. Como se vê, a prova de fogo tem que chegar a beijar o látego do verdugo para triunfar na prova, em troca na prova de fogo do mago negro, somente trata-se de passar por entre o fogo, porque ali a preparação moral não tem importância. Com a prova de água do gnóstico, somente trata-se de saber até onde chegou o altruísmo e a filantropia do discípulo. Com a prova de ar, somente trata-se de conhecer a capacidade de resistência do discípulo contra as grandes adversidades, e seu desapego das coisas materiais. É lógico que um discípulo que se suicide porque perdeu sua fortuna não pode passar a prova do ar. Simplesmente pelo fato de não ser capaz de resistir moralmente a um fracasso, é claro que não passará na prova do ar. Aquele que sucumbe ante os graves inconvenientes da vida, fracassa na prova de terra. Há muitas pessoas que pagaram essas provas na própria luta com a vida, no mesmo diário batalhar pelo pão de cada dia. Às vezes,
na própria vida houve homens que traçaram um grande plano em benefício da humanidade e o cumpriram integralmente apesar de todos os reveses, penas e lágrimas: ditos homens passaram em carne e osso pelas quatro provas. Temos o caso típico de Lenin, que libertou um povo da escravidão. Lenin é realmente um mestre dos mistérios maiores, o mesmo Carlos Marx. As quatro provas da terra, fogo, água e ar, são simplesmente para examinar a moral do discípulo, todos os nossos defeitos e sequelas morais, são precisamente o aspecto negativo dos quatro elementos da natureza para poder nos converter em reis dela. Na Loja Branca, as quatro provas vão acompanhadas de um rigoroso exame verbal para conhecer até onde chegam as purificações do discípulo. (Tudo isto ocorre no plano astral e o discípulo preparado, quer dizer, que tem maturidade espiritual, traz para o plano físico as recordações, como se tivesse sonhado). Na loja negra somente trata-se de ter o valor do macho brutal para sair triunfante nas provas. o
As monografias do 9 grau da Amorc da Califórnia provam até a saciedade o caráter tenebroso da instituição. Os oficiais da Amorc podem alistar suas armas contra o autor da presente obra, porque o Hierofante Aun Weor não os teme, chegou a hora de desmascarar os responsáveis pelo fracasso da evolução humana e Aun Weor somente segue os ditados da Venerável Loja Branca. A pistola silenciosa é inventada nos laboratórios da Amorc e sabemos muito bem que vocês a ensinam a armar a seus discípulos mais adiantados. Como pode um mago branco inventar armas destrutivas? O mal não pode originar-se senão do mal. Vocês estão violando um dos preceitos da Lei de Deus que diz: “Não matar”. Eu, Aun Weor não temo essa pistola silenciosa porque estou disposto a subir até o cadafalso em nome da verdade. Depois dessa pequena digressão, voltemos ao tema de nosso presente capítulo. A monografia número 6 do nono grau relatanos que depois que seus tétricos discípulos passaram triunfantes suas quatro provas, já alegadamente têm direito a receber a o sagrada iniciação. (Vejamos o seguinte parágrafo da página n 3 a o da 6 monografia de 9 grau): “Agora bem, deste modo é inteirado de que dois anéis entrelaçados tinham de ser meu sinal,
portanto, dois círculos entrelaçados semelhantes a dois elos de uma cadeia são o mesmo sinal e serão também vosso sinal nesta iniciação. Logo como este me fez entender, se me pediu assinar meu nome e deixar a marca digital do polegar sobre uma página de papel especial, aderida a uma peça de madeira, com outras também aderidas e logo me ordenou ir à porta, empurrar uma pequena tampa corrediça, e dar minha letra e número”. Isto cheira a delegacia de polícia, mas jamais a templos de iniciação branca. Em nenhum templo de iniciação branca se assina com o nome pessoal, nem se resenha ninguém. Nas Lojas Brancas e nos arquivos kármicos, o ser humano figura com o nome de seu Íntimo e não com nomes profanos. Muitos dos estudantes de Cherenzi, ao tomar parte de sua universidade espiritual, perdem seu nome profano, e o que conquista o anagarikado lhe atribuem um nome caprichoso em substituição do próprio, como prêmio por sua conquista, e em cadeia em seus Sanctum exclamam E... I... E... I... E... I... em ação de graças aos adeptos da mão esquerda. Os magos negros da Amorc dão no ritual de terceiro grau o nome de um demônio a seus ingênuos discípulos e para o efeito o discípulo escreve em vários papéis determinados nomes que lhe proporcionam e ao tirar um papel com o nome segue figurando com ele no astral. Os nomes são os seguintes: Adjutor, Afectador, Amorifer, Benefactor, Cognitor, Divinator, Justifique, Pensator. Cada um destes nomes pertence ao nome de um demônio que é cabeça de legião e o ingênuo discípulo fica sob suas ordens e mando do nome que escolheu ao acaso. Os oficiais da Amorc fazem crer a seus discípulos que esses nomes revelam simples qualidades morais e assim enganam suas vítimas. Amorifer é um demônio de capacete vermelho, alto e de rosto redondo, cada um destes demônios é terrivelmente perverso. Na religião católica o leigo também recebe um novo nome à disposição dos magos negros e isto devido a que hoje em dia todas as seitas religiosas caíram sob o domínio da magia negra. Isso de adotar nomes apócrifos é próprio das escolas de magia
negra. Na Loja Branca ao discípulo se o faz saber o nome de seu “Eu superior”, quer dizer, de seu Íntimo, nome com o qual figurou através de toda a eternidade e em todos os livros kármicos; assim temos, por exemplo, que Gautama, o Buda, nos mundos internos se chama Amithaba. Krumm Heller se chama Huiracocha, etc. Se abrimos o capítulo 19 do Apocalipse vemos que o santo da revelação chama o Jinete do Apocalipse “Verbo de Deus”. Deus é representado pelo monossílabo “Aun” y os dois vês da palavra verbo formam um duplo V o qual pode escrever-se assim W e com as vogais e, o, mais a letra r formamos o nome Weor assim. Completamos o nome do Eu divino do autor “AUN WEOR”. Eu vim ao mundo para cumprir uma grande missão de caráter mundial. Todos os homens ocidentais leram a Bíblia e sabem que o Jinete do Apocalipse virá (O Jinete de quem nos fala o capítulo 19 do Apocalipse) mas vim e não me conheceram, antes ao contrário, os líderes espirituais se lançaram furiosos contra mim e é que o mundo não quer tratos com os profetas da luz; a humanidade sempre matou os profetas, a humanidade não gosta dos iluminados, a humanidade somente gosta dos Imbecis, daí que a condição indispensável que é necessária para ganhar aplausos é ser imbecil. A humanidade crucificou Cristo, e deixou livre a Barrabás. Chovem aplausos para os campeões de boxe porque sabem dar socos: essa é a humanidade! Voltemos ao tema de nosso capítulo: Na iniciação branca gnóstica o discípulo não tem que escolher nome nenhum nem lhe é dado um nome ao acaso, senão que recebe o nome de seu Íntimo, o de seu Real Ser, nome com o qual figura no livro kármico através de todas as idades. Antes de entrar na autêntica iniciação branca, o discípulo tem que receber instruções esotéricas no salão de preparações. (Tudo isto é no astral): isto não é no plano físico. Escutamos agora como começa a iniciação dos magos negros da Amorc, também no plano astral. “Se me pede agora para caminhar atrás de uma grande tela dourada e ali dois oficiais vestem em mim uma túnica azul que me fica folgada; depois me colocam sobre a cabeça um fino véu amarelo ou dourado e em minha mão uma cruz de ébano sobre a qual há uma rosa vermelha, depois um
oficial vem até mim e anuncia que ele é meu condutor, veste uma túnica negra e um capuz também negro, me segura pelo braço direito e me vira de modo que estou pronto para sair detrás da tela e de novo para dentro da câmara ou templo. Então um jogo de campainhas começa a soar suas notas que parecem anunciar minha chegada e entramos de braços dentro do templo e nos separamos no centro e no fundo”. O condutor do discípulo usa túnica e capuz negro, é, pois, um autêntico mago negro, porque entre os mestres da Loja Branca, nenhum mestre usa capuz negro. Zanoni veste túnica negra e usa manto de distinção negro, mas não capuz negro: o capuz negro somente é usado pelos magos negros. "Tendo chegado novamente ao fundo do templo, me conduz até o centro do templo e um oficial coloca uma grande cruz sobre mina cabeça, enquanto me ajoelho, e três badaladas soam em alguma outra parte do templo. Então a partir do leste do templo, um mestre com túnica púrpura, se aproxima de mim carregando uma grande cruz egípcia presilhada, sustenta esta sobre minha cabeça no lugar da outra cruz, enquanto alguns oficiais param perto de mim e dizem: sob a cruz da imortalidade e vida eterna bendito tu és". Nos salões de iniciação gnóstica autêntica, jamais nenhum mestre veste túnica púrpura ou vermelha, essas cores somente a usam os jerarcas da loja negra. Na iniciação branca coloca-se sobre os ombros do discípulo uma enorme e pesada cruz de madeira que significa que o discípulo já começou a via-crúcis de 9 arcadas. O peso da cruz difere muito: o peso depende do karma de cada um. Algumas vezes o discípulo não pode com o peso da Cruz então o Cirineu tem que ajudar-lhe. As vogais E. U. facilitam ao discípulo o poder de carregar a cruz quando esta é muito pesada. A cruz sobre os ombros é magia branca; a cruz sobre a cabeça é magia negra. Cristo não carregou a cruz sobre a cabeça, senão sobre os ombros. A cruz significa a matéria, e carregá-la sobre a cabeça, é decidir-se a viver sob a matéria, sob o mundo. O mago negro disse sob a
cruz da Imortalidade e vida eterna: bendito és tu. O mago branco disse: sobre a cruz “eu sou”. Os Pontífices em suas mitras carregam a cruz sobre a cabeça. Nenhum mago branco carrega a cruz sobre a cabeça, senão sobre os ombros, tal como o mostrou o Divino Redentor, nós os gnósticos, não estamos debaixo da cruz, senão sobre ela. O gnóstico tem que morder certa figura na primeira iniciação, e antes de entrar nela, já terá recebido a autêntica palavra perdida, que jamais foi escrita. Os exames verbais são muito rigorosos para receber a iniciação. Ao mago negro pouco lhe importa a moral. Uma vez que o Chela passa triunfal a iniciação branca, lhe fazem a festa. Na cerimônia negra, o discípulo recebe de um mago negro vestido de amarelo, uma série de ensinamentos que eles utilizam para tornarem-se invisíveis para os demais. No próximo capítulo intitulado O Nirvana, falaremos sobre o particular, como já falamos, todos estes ensinamentos vêm da Atlântida. Na Atlântida, os homens utilizam também as forças sexuais para causar grandes danos. Orhuarpa, formava com a mente, monstros que logo materializava fisicamente e os alimentava com sangue. Esses monstros os jogava sobre suas vítimas indefesas quando queria. A Humanidade Atlante foi clarividente e manejou maravilhosamente as forças cósmicas, em dita época houve um santuário muito importante chamado Santuário do Vulcão. Os guardiões desses santuários tinham sob seu controle Ariman e suas legiões para que não pudessem atuar livremente em nosso planeta, esses átomos de Ariman danificaram a clarividência do homem e então a humanidade ficou escrava da ilusão do mundo físico. No entanto, na Atlântida havia um grande colégio de iniciados, e quando os malvados tentavam contra eles eram mortos pela espada da justiça. Os senhores de Mercúrio deram ao homem a mente para que pensasse e não para que a usasse com fins destrutivos. Vendo Orhuarpa que o povo o adorava como a um Deus, armou um poderoso exército e se colocou em marcha contra Tollán, a cidade das sete portas de ouro maciço, onde reinava o mago branco da Atlântida.
E vestido de aço com escudo, elmo, capacete e espada, lutava durante o dia, e à noite desatava suas bestas e suas feiticeiras que em forma de lobos danavam seus inimigos, e assim foi tomada Tollán, a cidade das sete portas de ouro maciço, e se tornou imperador de toda a Atlântida e estabeleceu o culto do sol tenebroso. Assim eram as coisas quando o mestre Moria reencarnou, reuniu seu exército de soldados e se colocou em marcha contra Orhuarpa. Orhuarpa lançava contra o mestre Moria suas bestas ferozes, que o mestre dissolvia com seus luminosos poderes. E com o fio de sua espada o Mestre tomou Tollán, a cidade das sete portas de ouro maciço e todos os soldados de Orhuarpa caíram sob o fio da espada das forças da luz. Vendo-se Orhuarpa perdido, se trancou em uma torre, e ali morreu queimado, pois os soldados do mestre Moria colocaram fogo à torre. Mas aqui não terminaram as coisas; imediatamente Orhuarpa voltou a reencarnar, e quando já tinha idade, reuniu outra vez seu exército de guerreiros e feiticeiros e se colocou em marcha novamente contra Tollán e não voltou a tomar a cidade e estabeleceu trono contra trono. Então os quatro tronos, disseram ao Imperador branco; Noenrra (Noé) “saí vós desta terra, e passai para o deserto de “Gobi” por onde quer que tenha terra seca, porque Deus vai afundar esta terra”. E obedeceu Noenrra, e saiu com todo seu povo até o deserto de “Gobi”. O povo de Noenrra eram as tribos semitas primitivas que haviam seguido o caminho da magia branca, e Orhuarpa se tornou amo e senhor da Atlântida. Tempo depois da saída do povo de Israel, começaram a aparecer algumas manifestações ígneas perigosas. O uso das forças sexuais utilizadas para a magia negra fez entrar em atividade o fogo dos vulcões adormecidos. E é que as forças sexuais têm íntima relação com todas as forças
da natureza, porque a força sexual não somente está em nossos órgãos sexuais senão em todas as nossas células e mais ainda, em cada átomo do Cosmos. A força sexual é a causa da eletricidade. É lógico, pois, que por indução haviam entrado em atividade os adormecidos vulcões. Pois esses vulcões e os magos negros estavam intimamente relacionados, através da energia sexual. E através de grandes terremotos afundou a Atlântida com todos os seus magos negros no fundo do oceano Atlântico. Todas as tribos indígenas da América são vestígios atlantes. Estas tribos conservam muitas práticas de magia negra provenientes dos Atlantes. Na América, há aqueles bonecos de cera e os que enterram com alfinetes e assim exaltam a imaginação e concentram a mente sobre a vítima. Há aqueles que utilizam as forças sexuais com propósitos destrutivos. Tudo isto é originário da Atlântida. Os índios Arhuacos da Serra Nevada de Santa Marta queimaram todo um povo, chamado Dibuya, através dos elementais do fogo, chamados “Animes” por eles. No pequeno povoado de Santa Cruz de Mora (Estado Mérida), conheci uma anciã humilde, que fez maravilhas com os elementais da natureza. Dita anciã quando era jovem se casou com um índio. Seu marido a levou para a selva, e conta dessa tribo, as coisas mais “raras”, alegadamente durante o dia os índios abandonam seu casario, e à noite todos chegavam com aparência de animais e, já dentro de seus ranchos, tomavam sua figura humana. Certo dia o marido se despediu dela dizendo-lhe que iria para a selva para morrer (pois esses índios se retiram para a selva para morrer) e lhe entregou um amuleto dizendo-lhe: “Te deixo esta recordação para que lhe peças o que precises quando tenha necessidade”. A anciã fez maravilhas no povoado de Santa Cruz: pedia ao
amuleto o que queria e lhe vinha o dinheiro, o vinho, as joias, os licores, os perfumes etc. etc., como que por encanto. Aquelas pessoas que tivessem sido roubadas não tinham mais trabalho que consultá-la, e no ato, ela pedia o objeto roubado ao amuleto, e trazido por mãos invisíveis, este chegava, e assim recobrava cada qual o perdido. Estas maravilhas terminaram para a anciã quando teve a debilidade de confessar-se com um padre o qual lhe tirou o maravilhoso talismã. Isto não tem nada de fantástico nem de raro; isto se faz simples com os elementais da natureza. A obra de dom Francisco Hartmann intitulada “Os Elementais” trata amplamente destas coisas. Todos estes conhecimentos vêm da Atlântida. Os Elementais o mesmo servem para o bem ou para o mal. Os Atlantes utilizaram os Elementais para o mal. Todos os conhecimentos da escola Amorc de São José da Califórnia vêm da magia negra dos Atlantes.
CAPÍTULO 15º O NIRVANA As tribos israelitas emigraram para o oeste desde o deserto de Gobi para formar a raça ariana. Isto é representado no êxodo pela saída de Israel da terra do Egito rumo à terra prometida. Enormes caravanas de seres humanos capitaneadas pelos Mestres de Mistérios Maiores saíram da Atlântida para o deserto de Gobi e logo desse deserto se encaminharam para o Oeste para cruzar com algumas raças ocidentais e formar nossa atual raça ariana. Os capitães desses êxodos bíblicos eram os mesmos Mestres de Mistérios Maiores. Eles eram profundamente venerados pela humanidade e ninguém ousava desobedecer às suas ordens sagradas. Moisés durou 40 anos no deserto, quer dizer, 40 anos permaneceram os israelitas primitivos no deserto e construíram a Arca da Aliança e estabeleceram os mistérios de Levi e adoraram Jeová. Os sete santuários de mistérios emigraram para o ocidente e à luz destes santuários floresceu a Pérsia dos magos, a Índia dos Risis, a Caldeia, o Egito, a Grécia Helênica, etc. A sabedoria oculta iluminou a Sólon, a Pitágoras, a Heráclito, a Sócrates, a Platão, a Aristóteles, a Buda, etc. À luz dos sagrados mistérios floresceram as mais poderosas civilizações do passado. O homem foi desenvolvendo o intelecto e o intelecto o tirou dos mundos internos. Quando o homem perdeu a clarividência conheceu o medo. Antes não havia medo porque o homem contemplava a ação dos Deuses e via o desenlace de tudo. O homem se afastou da Grande Luz e agora tem que regressar à Grande Luz. Os budistas nos dizem que quando o homem se libera da roda
de nascimentos e de mortes entra na dita inefável do NIRVANA. Os gnósticos, sabemos que Cristo é um Nirmanakaya, que renunciou ao Nirvana para vir a salvar a humanidade. O livro dos mortos disse: “Eu sou o crocodilo Sebec. Eu sou a chama de três pavios e meus pavios são imortais. Eu entro na região de Sekem. Eu entro na região das chamas que derrotaram meus adversários”. Essa região de Sekem, essa região das chamas, é a dita inefável do Nirvana. Um Dhyanchoan é aquele que já abandona os quatro corpos de pecado: físico, astral, mental e causal. Um Dhyanchoan somente funciona com sua alma de diamante e, portanto, já se liberou de Maia e vive feliz no Nirvana. O crocodilo sagrado é o Íntimo. O Íntimo é a chama com seus três pavios Imortais. Esses três pavios são sua alma de diamante, sua mente ígnea e “Atman”, seu próprio corpo espiritual. O Nirvana é uma região da natureza onde reina a felicidade inefável do fogo. Esse plano Nirvânico tem sete subplanos e em cada um desses sete subplanos de matéria Nirvânica há um grande salão esplendoroso, onde os Nirvanakayas estudam seus mistérios. Por isso é que chamam seus subplanos de “salões” e não subplanos como os chamam os teosofistas. Os Nirvanis dizem: “estamos no primeiro salão do Nirvana ou no segundo salão do Nirvana, ou terceiro ou quarto ou quinto ou sexto ou sétimo salão do Nirvana”. É impossível descrever a inefável felicidade do Nirvana: ali reina a música das esferas e a alma eleva-se em um estado de beatitude impossível de pintar com palavras. Os habitantes dos salões superiores do Nirvana usam túnica de diamante e carregam sobre suas cabeças mantos de distinção
que caem até seus pés. Nós podemos visitar o Nirvana em corpo astral, e os Iogues da Índia, em estado Shamadi, visitam o Nirvana em seus corpos mental ou causal, mas pretender visitar o Nirvana com procedimentos de magia negra ao estilo dos Amorc de São José da Califórnia é o cúmulo da loucura. º
Os discípulos de 9 grau da Amorc, depois de ter passado pela iniciação negra, recebem ensinamentos para formar uma nuvem com a mente e com o verbo, utilizando o Mantra “rama” que se pronuncia assim raaamaaa. Ra é masculino, Ma é feminino. Eles utilizam a força sexual e a força mental para formar uma nuvem de matéria astral. Uma vez formada a nuvem, se metem nela, tonificam-se com tal e qual lugar e como é perfeitamente lógico se produz uma separação ou desprendimento do astral e se transportam para onde querem em corpo astral. A isto eles chamam “Nirvana” e realmente com este procedimento viajam em corpo astral, mas não no Nirvana. O gnóstico sabe entrar no Nirvana utilizando os poderes de seu Íntimo. Quando o gnóstico quer entrar no Nirvana faz o seguinte: Primeiro: Sai em corpo astral. Segundo: Já fora de seu corpo físico, ora a seu Íntimo assim: “Meu pai, leve-me ao Nirvana”, e então o Íntimo transporta a alma do gnóstico até as ditas inefáveis do Nirvana. O procedimento gnóstico para sair em corpo astral é muito simples. O gnóstico aproveita o estado natural de transição entre a vigília e o sono para sair do corpo, com tanta naturalidade como quando sai de sua casa. Basta-lhe pronunciar o Mantra “rusti” no momento de estar adormecendo e logo vai se descendo de sua cama, não com a mente, nem com a imaginação, senão como se fosse em carne e osso. O corpo fica na cama. O Mantra se pronuncia assim: russsssssstiiiiiii, por várias vezes. o
Esse trabalho de concentração do mago negro de 9 grau da
Amorc, junto com o gasto prejudicial para os discípulos. o polo masculino da força glândulas sexuais. A sílaba feminina que levamos dentro.
tremendo de energia sexual, é O Mantra “ra” coloca em atividade sexual que levamos em nossas “ma” exterioriza a força sexual
O mago negro da Amorc utiliza com o Mantra "rama" suas próprias forças sexuais que combinadas com a força mental, permitem-lhe a saída em corpo astral. Claro que tem que formar uma nuvem com a mente, logo atrair esta nuvem, estando em meditação e logo meter-se nela, tonificar-se com determinado lugar e fica fora do corpo. Os antiquíssimos magos negros se envolviam com a nuvem assim formada e logo, cheios de fé intensa, começavam a andar com corpo de carne e osso e então esse corpo submergia dentro do plano astral e assim transportavam-se a remotas distâncias em poucos minutos. Isto já se esqueceram os oficiais modernos da Amorc. Os magos negros sempre gastam suas energias sexuais nestas experiências e em muitos outros. O gnóstico sabe muito bem que deve economizar sempre suas forças sexuais, porque, com elas desperta seu KUNDALINI. O procedimento dos Rosa-cruzes da Amorc danifica o Kundalini de qualquer discípulo da fraternidade branca e assim estancaria seu progresso. O Mantra "ra" ajuda a despertar o Kundalini, mas tem que saber como, e isto é o que ignoram os magos negros da Amorc. Eles acreditam que pronunciando ra-ma todas as manhãs, em posição de pé e fazendo várias aspirações de ar vão purificar-se, e com isso demonstram desconhecer por completo a sabedoria dos Egípcios. Nós, os antigos Egípcios, pronunciamos o Mantra "ra" na posição egípcia: os joelhos na terra, as palmas da mão tocandose com os polegares na terra e a cabeça sobre o dorso das mãos. Pronuncia-se o Mantra assim: raaaaaaa, por várias vezes. Como já dissemos, os antigos magos negros envolvidos na
nuvem se transportavam fisicamente onde queriam. A nuvem vinha a ser a alavanca ou instrumento para tirar o corpo físico da região física e submergi-lo dentro do plano astral. E quando chegavam onde queriam ir, então abandonavam a nuvem e ficavam novamente dentro do plano físico, no lugar desejado. Os magos negros da amorc já estão esquecidos deste. A força com que se faz isto é extraída das glândulas sexuais e isto é o que eles não explicam a seus discípulos. Eles dizem laconicamente em sua sétima monografia de nono grau. “Ra representa a força criativa positiva e Ma a negativa que completa a Ra. Ra Ma juntos é a força da criação”. Por que não explicam a seus discípulos isto? Por que tapam-lhe isto a seus estudantes? Por que não falam com franqueza? O que lhes passa? Eles sabem muito bem que o dia que a máscara for tirada fracassa sua tenebrosa instituição e por isso é pelo que se calam. Isso de empregar a força sexual para estas coisas é magia negra. Com estas experiências o discípulo negro é descarregado totalmente como uma pilha elétrica e perde as forças que poderia utilizar para despertar o Kundalini positivamente. Cristo, o Divino Rabi da Galileia, nos ensinou o segredo para viajar com corpo físico por entre o plano astral: vejamos os versículos 24, 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31 e 32: Cap. 14 Evangelho. "E o barco já estava no meio do mar, atormentado pelas ondas; porque o vento era contrário". "Mas à quarta vela da noite. Jesus foi a eles andando sobre o mar". "E os discípulos vendo-lhe andar sobre o mar, turvaram-se, perturbaram-se dizendo: “fantasma é”, e deram vozes de medo". "Mas logo Jesus lhes falou dizendo: "Confiai, eu sou, não tenhais medo".
"Então Pedro lhe respondeu, e disse: Senhor, se tu és manda que eu vá a ti sobre as águas". "E Ele disse: venha, e descendo Pedro do barco andava sobre as águas para ir até Jesus". "Mas vendo o vento forte, teve medo; e começando a afundar deu vozes, dizendo; "Senhor, salva-me". "E logo Jesus, estendendo a mão, travou dele e lhe disse: "Homem de pouca fé, por que duvidaste?" "E como eles entraram no barco, o vento sossega-se". Este é o segredo gnóstico para entrar com corpo de carne e osso dentro do plano astral. Pedro estava caminhando sobre as águas, porque seu corpo físico por obra da força da fé submergiu dentro do plano astral, mas no momento em que duvidou saiu do plano astral e esteve a ponto de submergir-se. As forças do plano astral sustentavam Pedro sobre as águas e era o plano astral o que sustentava Cristo sobre as águas. Os gnósticos, quando queremos ir com corpo de carne e osso ao astral, utilizamos a chave que nos ensinou o Mestre. Nós procedemos da seguinte maneira: No exato momento de despertarmos do sono natural, sem dar tempo a nenhuma análise, dúvida ou vacilação, cheios de muita intensa FÉ, nos levantamos de nosso leito, saímos de nosso quarto e nos suspendemos na atmosfera. Nisto somente a FÉ nos sustenta, qualquer análise, dúvida ou vacilação prejudicam a experiência. Também podemos aproveitar o instante de estarmos adormecendo, ou simplesmente um instante em que a mente esteja em profundo repouso, como um lago tranquilo.
O corpo físico flutua simplesmente porque por meio da fé abandonamos a força da gravidade e o plano físico, e penetramos com nosso corpo físico dentro do plano astral, onde reinam as leis de levitação. Nossos discípulos também sabem caminhar sobre as águas, o mesmo que nosso Mestre. Nós somos cristãos autênticos. Os magos negros da escola de Amorc também utilizam o procedimento da nuvem para envolver-se com ela e tornarem-se invisíveis. Nisto não esqueceram o “mimetismo”: encontram-se entre uma selva, farão a nuvem verde, e se é entre um quarto de paredes brancas, a farão branca, e assim se tornam invisíveis. Nós, magos brancos, utilizamos o poder de nosso Íntimo para nos tornar invisíveis, mas esse poder somente nos será entregue quando o tivermos merecido. Os magos negros da Amorc acreditam que com suas experiências negras podem penetrar no Nirvana, e estão equivocados. Penetram no astral, mas não no Nirvana. Nós gnósticos, podemos visitar o Nirvana até em carne e osso. É claro que os teosofistas rirão de nós, porque eles não sabem destas coisas. Eles são os únicos que têm na cabeça um arsenal de teorias, mas na prática realmente, não são mais que uns eunucos do entendimento, místicos mórbidos, refinados fornicadores. Ainda me lembro do Teosofista A., membro da Loja Maçônica Arco Íris de Bogotá, como fugiu esbaforido no parque de Cartagena quando eu Aun Weor lhe comuniquei que ele trabalhava conscientemente no astral. Este é o cúmulo do negativismo dos teosofistas: horrorizam-se ao simples fato de pensar em despertar a consciência. A eles somente lhes interessa ter a cabeça cheia de baratas e viver adormecidos, no entanto, aparentemente algum dia pensam entrar no Nirvana. Tontos, modelos de sabedoria, imbecis. No
Nirvana somente entram aqueles que já tiverem passado pela alta iniciação. Aqueles que deram até sua última gota de sangue pela humanidade. Todos ansiamos pela alta iniciação, mas ao altar da alta iniciação somente se chega com o membro viril em estado de ereção. Para chegar à alta iniciação tiveram que ser muito machos. O gnóstico tem sempre um eu forte e uma robusta e poderosa personalidade, nada de debilidades. O gnóstico vive sempre heroico, sempre triunfante e sempre rebelde, como os heróis de Rabelais, nada de debilidades. O gnóstico sobe à alta iniciação com o membro bem reto, porque o gnóstico é muito macho. O gnóstico aspira ao Nirvana, mas sabe muito bem que o Nirvana o tem nos testículos e somente quer realizá-lo em si mesmo através da coragem.
CAPÍTULO 16º O ELIXIR DE LONGA VIDA O mestre Zanoni, recebeu sua Iniciação Caldeia em idades remotíssimas, e se conservou jovem durante milhares de anos. Megnour, companheiro de Zanoni viveu também idades inteiras. Estes mestres eram invencíveis, e a morte não podia contra eles, foram os cidadãos de uma antiga nação já desaparecida (A Caldeia). Onde estava seu segredo? Qual seu poder? Ao chegar ao presente capítulo desta obra, muitos cirurgiões, analfabetos da medicina oculta, olharão com desprezo e com gestos de compaixão zombarão do “Elixir da Longa Vida” considerando insensatos estes ensinamentos, que para eles são impossíveis. Os rosacruzes desequilibrados e os místicos doentios do espiritismo não compreenderam jamais nem querem admitir que o “Elixir da Longa Vida”, “a pedra filosofal”, e “a chave do movimento perpétuo”, se encontram dentro dos testículos do macho e dentro do útero da fêmea. Já dissemos e não nos cansaremos de repeti-lo, que a Iniciação é a mesma vida, intensamente vivida e que a redenção do homem reside exclusivamente no ato sexual. Quando circulou nossa obra “O Matrimônio Perfeito”, tal como já o tínhamos previsto, surgiram inumeráveis críticos que nos qualificaram de pornográficos, por ter falado com uma linguagem simples ao alcance de toda compreensão e por ter dado a chave da magia sexual, nós, no entanto, sabemos que “para o puro tudo é puro e para o impuro tudo é impuro”. Esses tais, modelos de sabedoria, místicos doentios, através de suas elucubrações mórbidas que acreditam-se supertranscendidos, nos qualificaram de materialistas. Tais sujeitos ignoram totalmente que nada pode existir, nem mesmo Deus, sem o auxílio da matéria. Alguns velhos decrépitos e desgastados pelo coito passional e beatas sexuais insatisfeitas, jogaram horrorizados o livro, qualificando-o de escandaloso e pornográfico; é que a humanidade não ama o bem, senão o mal. “Houveram místicos alucinados que advogaram pela castidade absurda que pregam e
que não praticam algumas seitas religiosas, não sabendo que a própria natureza se revela contra essa nefasta abstenção, por isso vem as poluções noturnas, a descalcificação geral pela uretra e como consequência a enfermidade, é que a natureza é sábia em seus desígnios; os homens foram feitos para as mulheres e as mulheres foram feitas para os homens. O que temos é que aprender a gozar a mulher sem prejudicar-nos, para isso, a magia sexual”. "Durante os transes amorosos, o gnóstico refreia o ato sexual e então o sêmen se transmuta em energia atômica e sobe por certos canais espermáticos à cabeça e o homem se converte em um Deus”. Isto não o entendem, não o podem entender, nem o explicaram os pseudoapóstolos da medicina moderna, simplesmente porque eles não conhecem a anatomia dos sete corpos do homem, nem a química oculta, nem a ultrabiologia dos organismos interiores do homem, que são a base fundamental da vida hormonal e das glândulas endócrinas. Os hindus chamam os canais espermáticos, por onde sobe internamente a energia sexual à cabeça, canais de “idá e Pingalá”. Estes são os cordões nervosos que se relacionam com o vago e o simpático, se enroscam na coluna espinhal na forma simbólica com que o representa o Caduceu de Mercúrio. "O organismo humano tem canais para a saída do sêmen e também possui canais espermáticos por onde o sêmen convertido em energia sobe da bolsa seminal até a cabeça, porque a massa se transforma sempre em energia, como já o grande sábio Einstein o provou, e a este processo é o que nós chamamos “transmutação”. Em épocas antiquíssimas o homem usava os canais espermáticos de subida e atualmente os médicos dos índios da Serra Nevada de Santa Marta, Colômbia, usam esses canais desde os tempos antigos, por isso chegam até a idade muito avançada, mantendo seu entendimento, com seus cabelos negros, sua dentadura intacta e com frequência se vê neles filhos de octogenários e centenários, enquanto que em nossa atual civilização o homem aos sessenta anos de idade é um decrépito”. Existem milhares de provas para colocar o homem civilizado e cientista para pensar sobre este particular. Por exemplo, em um menino onde ainda não foi recolhida sua força
sexual em suas gônadas, esta força está latente em todo seu organismo, e por isso sim o menino se corta, cura mais rapidamente que um adulto, porque este desde a puberdade já está desperdiçado suas forças sexuais, além de não saber manejá-las como no caso do menino. Grande erro os jovens e seus pais cometem quando permitem que seus filhos derrotem a força sexual em prazeres e displicências, tem que ensinar-lhes que nessa grande força reside o princípio vital, é verdade que como disse a ciência oficial, é uma função biológica, mas o Decálogo nos ensina com o sexto mandamento que não devemos desperdiçar essa força porque ela somente cumpre a função criadora ou de criar, assim que a liberdade que os pais dão a seus filhos para que cumpram livremente suas funções biológicas não deixa de ser um crime que se comete com a juventude. A magia sexual tem as seguintes vantagens: 1º Marido e mulher seguem pela vida amando-se com maior intensidade que se fossem noivos. 2º Não enche aos esposos de filhos. 3º A mulher rejuvenesce, torna-se cada dia mais bela e atraente porque, graças a seu marido, diariamente se carrega de poderosas forças. 4º O homem de idade rejuvenesce e não envelhece jamais, porque está dando vida com sua força criadora e a sorte e felicidade o rodeiam por todas as partes. 5º Se desperta a ambos o sentido da clarividência e então o véu dos mundos invisíveis discorre ante sua vista. 6º O fogo sagrado do Espírito Santo os ilumina internamente. 7º Unem-se com seu Íntimo (Deus interno) e se convertem em reis da criação, com poderes sobre os quatro elementos da natureza: Terra, Água, Ar e Fogo. 8º Adquirem o elixir de longa vida que reside no Kundalini. 9º A morte já não será mais. Tudo isto, apesar das bravatas de nossos médicos, que consagram a universidade materialista”. Quando entrou em circulação nosso livro “O Matrimônio Perfeito,” milhares de magos negros se lançaram iracundos com pedras nas mãos contra nós, muito apesar de que esse livro ensina o bem e ensina ao homem a ser casto e puro.
Israel Rojas R., meu discípulo traidor, não pôde resistir ao colapso da ira, quando constatou que tínhamos publicado em nossa obra, os ensinamentos secretos que o Mestre Huiracocha trouxe para a Colômbia para nosso bem; e deu motivo para que o senhor Rojas queimasse o livro, porque ele queria que jamais a pobre humanidade doente conhecesse os mistérios do sexo: Ele somente ensinava esta ciência secreta a seus discípulos mais adictos, em troca de suas muitíssimas obras que lhe deram abundantes utilidades, nada concreto ensinou a seus leitores. Ao senhor Rojas lhe confiaram os Mestres da Venerável Loja Branca uma missão que não soube cumprir, enchendo sua sabedoria de orgulho e vaidade, traindo seu antigo mestre Aun Weor. O fato de que alguns elementos façam mau uso destes ensinamentos não pode privar à humanidade deste conhecimento porque a humanidade já está madura para recebê-la, senhor Rojas. Pelo fato de que alguns discípulos do senhor Rojas tenham feito mau uso da magia sexual, por este motivo não se vai privar deste conhecimento à humanidade, porque mais dano se faz à humanidade sua vida fornicária e passional; enquanto a humanidade for fornicária não terá a luz. Nem entrais no paraíso nem deixais entrar os demais. Eu desmascararei aos traidores e desconcertarei os tiranos ante o veredito da consciência pública. Eu romperei todas as cadeias do mundo. Eu, Aun Weor, o poderoso hierofante dos mistérios egípcios iniciarei a era de Aquário, embora tenha que converter a terra inteira em um gigantesco cemitério. Não me atemoriza o sorriso sutil de Sócrates, nem tampouco me desconcerta a gargalhada estrondosa de Aristófanes. O céu é tomado de assalto, porque o céu é dos valentes. O gnóstico envolto, na couraça de aço do caráter, empunha a espada da vontade e como um guerreiro terrível se lança à batalha para tomar o céu de assalto. Nós gnósticos, somos os homens das grandes tempestades e
entre o estrondo do trovão, somente entendemos em linguagem de majestades. Quando o guerreiro já se aproxima à iniciação, pode então rir-se da morte, com uma gargalhada que pode estremecer todas as cavernas da terra. Então se tem direito ao elixir de longa vida, que é ouro potável, vidro líquido, flexível, maleável. Pede aos senhores do Karma, mais anos de vida para pagar suas dívidas, e assim se cumpre a morte e ressurreição na presente encarnação, se une com o Íntimo e logo, pagando o Karma, convoca os senhores do Karma para declarar-lhes que resolveu ficar no mundo para trabalhar pela humanidade e que em consequência continua com seu corpo físico até a consumação dos séculos. Os mestres Kout Humi, Moria, San German, etc., têm corpos físicos que datam de milhares de anos atrás, todos eles têm idades incalculáveis. O que um Mestre de Mistérios Maiores faria trocando de corpo constantemente? O fundador do Colégio de Iniciados é o Maha-Gurú, permanecerá conosco até que o último iniciado tenha chegado a sua estatura. O autor de “Deuses Atômicos” nos disse que no Egito há dois mestres de idade realmente indecifráveis: um deles o mencionam antiquíssimas escrituras religiosas. O Mestre conserva seu corpo durante milhões de anos porque possui o elixir de longa vida, e este reside no Kundalini. O Mestre vive engendrando seu corpo diariamente através do Kundalini. As células de um Mestre não murcham, porque o fogo do Kundalini não as deixa murchar. O Kundalini é, pois, o elixir de longa vida. Este fogo é o ouro potável dos antigos alquimistas, esta é a árvore da vida da qual nos fala o Gênesis no seguinte versículo: "E tinha Jeová Deus feito nascer da terra toda árvore deliciosa à vista, e bom para comer, também a árvore da vida no meio do o horto, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gênesis Cap. 2 Versículo 9). A árvore da vida é o Kundalini e a árvore da ciência do bem e do mal, é o sêmen. Ambas as árvores são da horta de Deus.
"E um rio saia do Éden para regar o horto e dali dividia-se em quatro ramais". "O nome de um era Pisón: este é o que cerca toda a terra de Havilah, onde há ouro". "E o ouro daquela terra é bom: tem ali também bedelio e pedra cornerina". A terra de Havilah, é nosso próprio corpo, e o ouro desta terra, são os átomos solares de nosso sistema seminal, quer dizer, o ouro potável do sêmen. "O segundo rio é Gihón: este é o que rodeia toda a terra da Etiópia". Este segundo rio é o líquido cefalorraquidiano, que é o outro polo de nosso sistema seminal, com o qual rodeamos toda nossa terra da Etiópia, quer dizer, nossa cabeça e garganta, pois com o líquido cefalorraquidiano formamos, cérebro e garganta. "E o nome do terceiro rio é Hiddekel: Este é o que vai diante da Assíria, e o quarto Rio é o Eufrates" (Gênesis Cap. 2 Versículos 11, 12, 13 e 14). O rio que vai diante da Assíria e o Eufrates são os dois pólos da força seminal da mulher. A mulher está diante de nós porque é a porta do Paraíso, e a porta sempre está diante. O Éden é o mesmo sexo e a árvore da vida está no mesmo Éden. O grande Hierofante, Eliphas Levi, disse que o grande arcano era a árvore da vida, banhada pelos quatro rios do Éden. Mas então, temeroso, disse em um momento de explosão: “Temo ter falado demais”. Este é o terrível segredo indizível que jamais nenhum iniciado tinha ousado divulgar. Este é o terrível segredo do “Grande Arcano”. Estes quatro rios do Éden são as forças sexuais do homem e da mulher. A Árvore da Vida está no meio dos quatro rios do Éden. Se o homem com todos seus vícios e paixões tivesse podido
comer da Árvore da Vida, então ainda teríamos Nero vivo e os grandes tiranos não deixariam um só instante de luz para a humanidade. Ainda viveria Calígula, e os 12 Césares de Roma ainda estariam sentados sobre seus tronos, mas felizmente Jeová soube guardar a árvore da vida. "Tirou fora o homem, e colocou no oriente do horto do Éden querubins, e uma espada acesa que se revolvia para todos os lados, para guardar o caminho da árvore da vida” (Gênesis. Cap. 3 Vers. 24). Acende tuas nove lâmpadas místicas, oh Chela! Escuta-me! Há no fundo de tua alma um Mestre que permanece em vigília mística, aguardando a hora de ser realizado. Escute-me, amado discípulo, esse Mestre é teu “Íntimo” e tu és a alma do Mestre. O Íntimo torna-se Mestre com os frutos das experiências milenárias através das inumeráveis reencarnações. Não esqueças, amado discípulo, que tu és uma alma e que teu corpo é teu vestido. Escuta-me, amado discípulo: Quando um vestido te danifica, que fazes? Tira-o de ti, porque já não te serve, e isso não me podes negar. Porém, e se tu desejas repor teu vestido aonde vais? Tu me responderás que vai à alfaiataria, para que o alfaiate te confeccione outro vestido. Pois bem, querido discípulo, já te disse que tu és uma alma e que teu corpo é teu vestido. Teu vestido de carne foi bem feito à tua medida, e dois obreiros o fizeram: teu pai e tua mãe. Quando esse vestido se danifique, O que fazes? O tiras de ti, e se queres recolocá-lo tens que buscar um novo par de obreiros que sejam varão e fêmea para que te façam outro vestido de carne bem feito e em tua medida. Tu me dirás: Como? E eu te pergunto: Como te fizeram o vestido de carne que tens? Da mesma forma te farão os novos alfaiates outro vestido de carne. Por que isto te parece estranho? Quando tu tiras um vestido de pano e colocas outro, deixas de ser o senhor X. X. e te esqueces de teus negócios e de tuas contas? Claro que não: seja com um vestido de pano ou com um de brim
tu sempre pagas tuas contas. O mesmo acontece quando tu, que és uma alma, te revestes com um vestido de carne. Tu pagas tuas contas velhas e as paga porque não resta mais remédio. Essas contas são tuas más ações. Escute-me amado leitor: são milhões os vestidos de carne que tu tiraste desde o começo do mundo. Se tu não te recordas disso, outros sim se recordam, e chegará o dia em que tu poderás recordar teus milhares de mortes e nascimentos desde a constituição do mundo. Não esqueças que Adão não é somente um indivíduo, nem Eva uma só mulher, Adão são os milhões de homens da Lemúria, e Eva, as milhares de mulheres da Lemúria. As almas, que hoje em dia vês vestidas com carne e osso, são as mesmas da Lemúria, que então estavam vestidas com outros vestidos de carne e osso. Os quatro tronos ao amanhecer emanaram de sua própria vida milhões de corpos humanos em estado de embriões. Esses corpos humanos se desenvolveram através das idades e agora são nossos maravilhosos vestidos, feitos do limo da terra. Tudo isto explica a Bíblia. Mas para estudar a Bíblia é necessário ter estudado o ocultismo, porque a Bíblia é um livro de ocultismo e não se pode ler à letra morta como quem lê um jornal. A Bíblia é o livro dos gnósticos e somente sendo gnóstico a pode entender. Entremos agora no problema da vida e da morte. Escute-me, leitor: cada vez que vestes um novo vestido de carne, sois um pouco menos canalha, um pouco menos assassino, um pouco menos invejoso, porque é muito certo que na vida se aprende a golpes e realmente a força de sofrer vai se aperfeiçoando a alma. O potro selvagem é amansado a chicotadas, e chega o dia em que a alma se funde com o Íntimo e se converte em anjo. Isto se realiza nascendo e morrendo milhões de vezes, mas é também muito certo que em uma só vida bem aproveitada pode-se chegar à união com o Íntimo.
Também é muito certo que podemos nos conservar jovens e não morrer, através do elixir de longa vida. Megnour viveu sete vezes sete séculos com seu corpo de carne e osso. Zanoni também viveu milhões de anos, sempre Jovem. O conde San German vive atualmente no Tibet com o mesmo corpo que teve durante os séculos XVII, XVIII e parte do XIX na Europa. Nós os gnósticos, rimos da morte. Nós temos o segredo para zombarmos da muda caveira, e como já dissemos no primeiro capítulo, “com a espada de Dâmocles faremos fugir a inoportuna hóspede”. Sentimos-nos onipotentes e com um gesto de rebeldia soberana desafiamos a ciência. Médicos tontos, biólogos ignorantes, físicos pedantes, onde está vossa sabedoria? A morte varre a todos, ricos e pobres, crentes e descrentes. A todos a morte vence menos a nós os gnósticos. Nós, os gnósticos, rimos da morte e a colocamos a nossos pés, porque somos onipotentes. Acenda tuas nove lâmpadas místicas, oh! Lanú (discípulo). Recorde que cada uma das nove iniciações de mistérios menores tem uma nota musical e um instrumento que a produz. Três são as condições necessárias para adquirir o elixir da longa vida: magia sexual, santidade perfeita e saber viajar conscientemente em corpo astral. Muitos podem começar viajando com seu próprio corpo físico pelo astral, porque isto é mais fácil. Mais tarde tornam-se práticos no uso e manejo do astral. Outros vão adquirindo a santidade pouco a pouco: para o efeito, o melhor é fazer uma soma dos próprios defeitos e logo ir acabando em ordem sucessiva com cada defeito, dedicando dois meses a cada um.
Aquele que tente acabar com vários defeitos de uma vez parece ao caçador que quer caçar dez lebres ao mesmo tempo. Então não caça nenhuma. Agora, quanto à magia sexual, há que ir acostumando o organismo pouco a pouco. Há indivíduos tão brutais, que poderia até amputar-lhes uma perna durante o ato sexual sem que sentisse nem a mais leve dor: essas são bestas humanas. No princípio o casal poderá praticar de pé. O homem fará uma massagem em sua mulher desde o cóccix para cima com os três dedos, indicador, médio e polegar, e com a intenção de despertar o Kundalini em sua mulher, e esta por sua vez fará o mesmo com seu marido com a intenção de despertar-lhe o Kundalini. A mente tem que se concentrar na medula e não nos órgãos sexuais. Os dias serão quinta-feira e sexta-feira na aurora para os principiantes. A princípio não haverá conexão sexual. Mais tarde o homem já poderá introduzir o Pênis na vagina e retirá-lo a tempo para evitar a ejaculação seminal. Homem e mulher deverão beijar-se e acariciar-se mutuamente durante esta prática pronunciando o Mantra I A O, assim: Iiiiiii Aaaaaaa Ooooooo sete vezes ou mais, uma letra por cada aspiração de ar. Quando já sentirem fortes dores no cóccix, é sinal de que o Kundalini despertou, ele subirá pelo canal da coluna espinhal, canhão por canhão, segundo nossos méritos morais. O despertar do Kundalini é celebrado no salão das crianças com uma grande festa. No progresso, desenvolvimento e evolução do Kundalini, a ética é o fator decisivo. É necessário que o discípulo seja adestrado no astral e assista ao “Pretor” da Santa Igreja Gnóstica às sextas-feiras e domingos na aurora. Os demais dias pode o discípulo receber sabedoria no salão de instrução esotérica do templo. No pórtico da Santa Igreja Gnóstica há alguns guardiões que somente permitem a passagem aos discípulos com a condição de que a conduta destes tenha sido correta durante o dia, e estes
guardiões têm certas balanças para pesar as boas e más ações do discípulo durante o dia. Há também na Igreja Gnóstica uma lente para examinar as cores do discípulo. Quando o discípulo não leva todas as suas cores completas, não pode trazer as recordações ao corpo. Essas cores ficam muitas vezes entre o corpo físico devido às preocupações diárias. Em nosso cérebro existe um tecido nervoso muito fino e que os homens da ciência desconhecem totalmente. Dito tecido é o instrumento para trazer nossas “recordações” internas, mas quando apresenta-se algum dano em dito tecido, o discípulo não pode trazer suas recordações ao cérebro. Então há que solicitar aos mestres Hermes, Hipócrates ou Paracelso, a cura de ditos centros. Escreve-se uma carta para o Templo de ALDEN solicitando ajuda de qualquer dos três mestres mencionados. Dita carta satura-se primeiro de incenso e logo se queima com fogo, pronunciando os Mantras "OM TAT SAT OM". Este ato deve ser realizado cheio de fé e estando em posição de joelhos, orando ao céu e rogando ser escutado. Certamente se queima a parte material da carta, porém a contraparte astral desta vai diretamente as mãos do mestre ao qual se dirigiu a carta. O Mestre lê a contraparte astral da carta e procede a curar o discípulo. O Templo de Alden é o templo da ciência. Os corpos internos também enfermam e necessitam de médicos. Os mestres da ciência são ricos em sabedoria e eles curam os corpos internos dos iniciados e de todo aquele que peça ajuda. Um dos inconvenientes mais graves para a prática da magia sexual é a impotência. O excesso de coito traz, entre outras coisas, a impotência, e nenhum dos remédios inventados pelos médicos alopatas deram resultado, mas a prática de magia sexual diária cura a impotência.
Agora vou dar duas fórmulas para que se curem os que sofram dessa terrível doença, sempre e quando não tenha nenhuma lesão no membro viril. Muito poucos são os seres humanos que foram detidos para meditar sobre o valor transcendental da planta chamada Babosa. Vi essa planta pendurada em uma parede sem ar puro, sem água e sem luz e sem terra, e, no entanto, cheia de vida, multiplicando suas folhas e reproduzindo-se milagrosamente. De que vive? De que se alimenta? Isso é o que nenhum homem da ciência se deteve para meditar jamais. Nem o senhor Israel Rojas que tanto escreveu e tanto falou sobre Botânica, lhe ocorreu jamais estudar este caso. E é que na verdade dito senhor não é mais que um copista da obra de Juanzin. Essa é precisamente a inconveniência de todos estes pseudobotânicos modernos: não fazem senão copiar o que outros dizem, mas a ninguém ocorre investigar por sua própria conta no maravilhoso laboratório da Natureza. Os farmacêuticos, o único que sabem é fazer aguardente alemão e compor peitorais de babosa. Isso é o único que fazem com seus famosos cristais de babosa. É um grande peitoral, mas a transcendental importância da babosa nem remotamente a conhecem. A babosa se alimenta diretamente dos raios ultrassensíveis do sol, da substância cristônica do sol, os cristais vem a ser a cristalização da luz astral do sol. Os cristais são, pois, o sêmen do sol, e existe uma grande semelhança entre os cristais da babosa e o sêmen humano. A babosa é, pois, uma grande panaceia para curar a impotência. O procedimento é o seguinte: Enche-se entre uma frigideira, panela de pressão ou caldeira, açúcar-mascavo bem branco para que se derreta ao fogo. A vasilha não deve levar água. Uma vez liquefeito o açúcar mascavo, pôe-se os cristais de uma babosa inteira acrescenta-se umas dez gramas de ferro “Giraud” e batese bem, tudo ao fogo, com um amolador. Logo já bem batido tudo, tira-se a vasilha do fogo, engarrafa-se seu conteúdo, acrescenta-se um pouco de benzoato de sódio para que não se fermente, rotula-se e toma-se em colheradas uma a cada hora.
Com esta maravilhosa fórmula cura-se a impotência. Em nosso próximo livro em preparação intitulado: “TRATADO DE MEDICINA OCULTA E MAGIA PRÁTICA” daremos a outra fórmula maravilhosa para curar a impotência. A mulher que quiser despertar o Kundalini tem que praticar magia sexual com seu marido. Ela também deverá vocalizar o I A O e refrear o ato. A mulher também deverá retirar-se do marido antes que ocorra o derrame de sêmen feminino. Assim a mulher desperta o Kundalini de uma forma positiva. A única diferença com o varão quanto ao Kundalini, é que os dois canais espermáticos, IDÁ e PINGALÁ, estão ao inverso que no varão. A ordem é: o IDÁ à direita e o PINGALÁ à esquerda no varão e na mulher o IDÁ à esquerda e o PINGALÁ à direita. Estes dois canais espermáticos ressoam com a nota “Fá” da Natureza. Escute-me, bom leitor, quando já te sentires devidamente preparado, peça na Santa Igreja Gnóstica aos mestres que te submetam às provas de rigor, e se desejares ajuda especial, invoque a mim, AUN WEOR, e eu te conduzirei através dos nove portais que te darão o direito de subir até o Gólgota da Alta Iniciação, com a cruz de madeira tosca e pesada que te entregam na primeira iniciação de mistérios menores. Lembra-te, bom discípulo, que essa cruz pesa com o peso de teu próprio Karma e não te deixes cair, porque o discípulo que se deixa cair tem que sofrer e lutar muitíssimo para recuperar o perdido. Escuta-me, bom discípulo, o caminho é duro e cheio de seixos e espinhos, a pobreza e a infâmia tirarão suas máscaras para ferirte na metade da jornada. Suarás sangue e teus pés também sangrarão na metade da jornada com os seixos do caminho. O sendeiro da Alta Iniciação é o sendeiro do Gólgota; um sendeiro de angústias e lágrimas. No silêncio da noite, acende tuas velas, e no silêncio profundo onde velas, lembra-te de teu Deus interior e penetre em sua
caverna, que ele te espera lá dentro, bem dentro de ti mesmo, esperando a hora de ser realizado. Acenda tuas velas, oh Chela! No silêncio profundo da noite e penetre fundo, muito fundo, na cidade sagrada da serpente; lá dentro está teu Deus, esperando-te. Acenda o fogo da noite, feche teus olhos, retire tua mente de todo tipo de preocupações mundanas, adormeça um pouco e trate de conversar com teu Deus interior, em mistério, através da meditação interior, oh lanú! Quando aprendas a entrar em tua própria caverna através da profunda meditação interior, poderás conversar com teu próprio Íntimo, oh! Discípulo. Acenda o fogo sagrado na noite profunda onde velas, deixando a densa obscuridade: teu Deus quer falar-te entre a sarça ardente do Oreb. Sensibiliza tuas sete igrejas com teu canto, oh! Discípulo, e não esqueças que o verbo abre as sete portas das sete igrejas de teu organismo. Canta discípulo, canta! Éfeso corresponde à nota “dó”, Esmirna vibra com a nota “ré”, Bergamo com a “mi”, Tiátira com a “fá”, Sardes com a nota “sol”, Filadélfia com a nota “la” e Laodiceia corresponde ao “si” musical. I Clarividência, nota "si", E Ouvido oculto, nota "sol", O Coração, intuição, nota "fa", U Plexo solar, nota "mi", A Pulmões, vibra com nota "la". Uma hora diária de vocalização, cantando estas vogais, desperta todos estes poderes internos. Israel Rojas, em seu livro “Logos Sophia”, disse que vocalizando a “i” o sangue sobe à cabeça. Com a “e”, o sangue vai para o pescoço. Com a “o” ao coração. Com a “u” o sangue vai aos intestinos, e com a “a” vai aos pulmões. Claro que isto é assim e como consequência estes órgãos
podem ser sanados quando estão sofrendo. Mas por que Israel se cala sobre o melhor? Por que a negou à pobre humanidade doente o segredo da vocalização? Por que não lhes disse o segredo da vocalização oculta para o desenvolvimento dos poderes internos? Por que tanto egoísmo para a pobre humanidade sofredora? Israel Rojas não é mais que um egoísta explorador dos ensinamentos ocultos. Quando dito senhor ensinou publicamente o Mantra da cadeia de cura AE-GAE, que se pronuncia guturalmente assim: AE-GAE? Um milhão de juramentos exige a seus discípulos para entregar-lhes o Mantra AE-GAE, Isso não é espiritualismo nem é nada, isso é egoísmo e exploração vil. O Mantra AE-GAE e o Mantra PANCLARA que se pronuncia assim: PAN-CLARA servem para curar-nos e curar os demais. Em um dos rituais rosacruzes que o mestre Huiracocha trouxe à Colômbia, há uma oração mântrica que serve para a magia sexual e que deve se pronunciar no momento de estar praticando a conexão da magia sexual com a sacerdotisa. A oração diz assim: ORAÇÃO "Oh Hadit, serpente alada de luz, sê tu o segredo gnóstico de meu ser, o ponto central de minha conexão. A sagrada esfera e o azul do céu são meus: O A O KAKOF NA KONSA" (três vezes). Estes Mantras fazem subir nossa força seminal das glândulas sexuais à cabeça. Por que o senhor Rojas não ensinou nada disto a seus discípulos? Por que se cala sobre coisas tão importantes para a humanidade? Por que é assim tão egoísta? Isso de que o senhor Israel recebeu a iniciação das mãos do Mestre Zanoni ali em Bogotá, é bom para que seja anotado como piada e venda-o para Cantinflas para alguma obra cômica. Nós, que conhecemos pessoalmente o Mestre Zanoni, sabemos
muito bem que o Mestre nem remotamente lhe ocorreu viver jamais em Bogotá. Tudo o que Israel Rojas conheceu em Bogotá foi antioquirenho esperto que lhe ensinou a conhecer ervas, mas esse não era o mestre Zanoni. O Mestre Zanoni desencarnou na guilhotina durante a Revolução Francesa e não voltou a obter corpo físico até a data. Israel Rojas quando fala de (pseudônimo) Gómez Campuzano, o antioquenho que se fez passar por Zanoni, parece “um clérigo de missa e panela”. Que curiosa comicidade a do senhor Rojas. Em seu livro “Logos Sophia”, Israel Rojas faz longas e complicadas dissertações sobre o verbo, mas nem remotamente lhe ocorre entregar a seus discípulos publicamente a chave oculta do grande verbo universal da vida, e essa chave não é outra que a magia sexual. Quando o Kundalini acende os átomos da linguagem situados no sistema seminal, o homem adquire o poder de falar em todos os idiomas do mundo. Os grandes iluminados da cadeia Atlante falam todos os idiomas do mundo. O Kundalini se faz criador na garganta. O mago pode criar uma determinada figura com a mente e materializá-la através do verbo criador do Kundalini. Assim é como criam os anjos coisas viventes. E quando o homem já se une com o Íntimo, ao chegar à alta iniciação, então fala o verbo divino de ouro em que falam os deuses e nos elevamos ao pleroma da felicidade eterna: nos convertemos em deuses criadores através da palavra. Um livro que trate sobre o verbo e que não ensine magia sexual, é simplesmente um disparate. E por isso considero que o livro “Logos Sophia” de Israel Rojas é bom unicamente para envolver cominho. Tirar-lhe à palavra os mistérios do sexo é o cúmulo da loucura, porque o sexo é a base da palavra e não se pode chegar a falar o verbo de ouro sem despertar o Kundalini, e este somente se desperta praticando magia sexual. Aquele que se une com o Íntimo se torna onipotente e onisciente. Sabe mandar e obedecer, jamais se envaidece porque aprendeu a ser simples e humilde no cosmos.
A vista do Mestre penetra em todas as esferas da natureza e, como um soberano do infinito, desata as tempestades, apazigua os furacões, faz a terra tremer, e o raio lhe serve de cetro e o fogo de tapete para seus pés. Praticando magia sexual conseguiremos o elixir da longa vida e nos tornaremos onipotentes, mas é indispensável aprender primeiro a obedecer à hierarquia branca para chegar à onipotência. “Eu sou o Alfa e Ômega, princípio e fim, o primeiro e o último. Bem aventurados os que guardam seus mandamentos, para que sua potência seja na árvore da vida, e entrem pelas portas na cidade” (Apocalipse Cap. 22 Vers. 13 e 14).
O CANTAR DOS CANTARES Sinto em minhas entranhas um fogo atormentador; é o vinho delicioso do amor... Eu sou a Rosa de Saron, e o lírio dos vales, eu sou o delicioso perfume da paixão. Eu vivo entre a taça dos poetas coroados, eu sou o canto dos abacales eu sou o amor dos céus estrelados, eu sou o cantar dos cantares... O mel de teus lábios agita minhas entranhas, e sinto que te amo... És o monte da mirra.. e o outeiro do incenso... És o fogo do Arcano... és a erótica colina... e o delicioso sorriso... do amor se desnudou... Agora alegres do vinho imortal, acendamos uma fogueira e cantemos às Valquírias com um canto triunfal
de chamas e poesias. Venha licor, venha luz e música... Que dancem os casais sobre o suave tapete, Que a Rosa de Saron brilhe entre as taças e que o fogo devore as sombras... Venha alegria, sonho e poesia... Dancemos felizes nos braços do amor, digam o que digam gozemos na deliciosa câmara nupcial, entre os nardos e as mirras, e cantemos nosso hino triunfal de luz e poesias... Por AUN WEOR
CAPÍTULO 17º BEL E SUA REVOLUÇÃO 2
ARREPENDIMENTO DE BEL
Tudo na vida é somente questão de costumes. Um fornicário é um sujeito que acostumou seus órgãos genitais a coabitar intensamente; mas se esse mesmo sujeito muda o costume de coabitar pelo costume de não coabitar, então se transforma em um casto. Temos por exemplo o caso assombroso de Maria Madalena, a famosa prostituta; Maria Madalena veio a ser a famosa Santa Madalena, prostituta arrependida. Maria Madalena veio a ser a casta discípula do Cristo. Paulo de Tarso, o feroz perseguidor dos gnósticos, depois do fato que aconteceu em seu caminho à Damasco, recebeu a sagrada iniciação e deixou o costume de perseguir aos cristãos, e em troca adotou os costumes gnósticos, e se tornou um profeta gnóstico, cristão. Um malvado se muda seus costumes de malvado, pelos costumes de santo, se torna santo. E depois deste preâmbulo, entremos no interessante tema de nosso presente capítulo. Belzebu, o antigo príncipe dos demônios, em nosso atual período terrestre chegou a um grau de perversidade impossível de pintar com palavras. Quando o mago queria chamá-lo no astral tinha que armar-se de um valor terrível para poder fazer frente à besta mais monstruosa que puderam conhecer os inumeráveis ciclos de evolução histórica. O mago pronunciava o sinistro Mantra de evocações tenebrosas que se escreve assim: Antia rara rá rá... e se pronuncia assim: aaaaannn... tiiiii? Aaaaaa! ra... rá...? rá...? rá...! E chamando a Belzebu três vezes por seu nome.
Então uma brisa de morte gelava a atmosfera do invocador, e o príncipe dos demônios contestava com um rugido assustador que parecia sair de todas as cavernas da terra. Belzebu concorria ao chamado do valente mago, e seus passos eram como o trotar de um potro infernal, e sua presença, mil vezes mais terrível, mil vezes mais horrível que a morte. Ai daquele ousado que se atrevesse a chamar o príncipe dos demônios sem estar devidamente preparado. Ai do atrevido, porque morria sob as garras da horrível besta. Mas o mago bem disciplinado, firme como um guerreiro estendia sua mão direita até o príncipe dos demônios e o conjura com as seguintes palavras: “Em nome de Júpiter, pai dos deuses, eu te conjuro” “Te vigos cossilim” o monstro fica então atordoado. Sua presença era como a de um peludo e gigantesco gorila. Com sua longa cauda envolvia seus discípulos ou amigos enquanto falava com eles. Seus olhos eram como de touro, seu nariz como de cavalo, boca como de mula, seus pés e mãos enormes e horríveis, seu corpo peludo como o corpo de um gorila. Na cabeça levava um barrete e em seus ombros uma capa negra de príncipe dos demônios, e em sua cintura um cordão com sete nós, como o que usam os cavaleiros templários de Cherenzi e os magos negros da escola Amorc da Califórnia. Todas estas prendas denotavam que era o um príncipe dos demônios, um mago negro de 13 iniciação negra. Quando assinava pacto com os magos negros, escrevia em um documento o seguinte: “Bel tengo mental la petra, y que a el la anduve sedra vao genizar ledes”. Belzebu sabia abandonar o plano astral momentaneamente para entrar no plano físico e assim se tornava visível e tangível para seus atrevidos invocadores do plano físico. Enriquecia àqueles com quem assinava pactos e a alma do
pactante ficava escrava de Belzebu. Ele lhes dava dinheiro, mas o invocador tinha que resolver-se a seguir Belzebu em determinado momento em dia, hora e minuto determinado. Belzebu mesmo desencarnava o pactante e o levava para colocá-lo a seu serviço, pois lhe exigia a vida e a alma de seu filho mais querido. Sei de um rico proprietário de terras que tem pacto assinado com outro demônio que não é Bel, e cada ano desaparece misteriosamente um obreiro de sua propriedade. Uma menina contemplou sua mãe precisamente no momento em que por mão misteriosa desaparecia, arrancada por alguém sem ser visto, ficando a menina órfã, e é que os magos negros podem levar ao plano astral suas vítimas ainda com carne e osso para colocá-las a seu serviço neste plano. Tanto os rosacrucistas, como seus congêneres, os pseudorosacrucistas, dirão que isto é impossível, que o autor anda descontrolado de lado a lado; eu lhes recomendo que estudem o romance Iniciático do ocultismo de Krumm Heller (Huiracocha) para que entendam a história do Santo Graal. Esse cálice esteve no plano físico e agora está dentro do plano astral, junto com o templo que antes era físico e uma parte da montanha de Monserrat na Espanha, Catalunha. Isto se chama estado de Jinas (dito cálice está cheio do sangue do Redentor do mundo, que José de Arimateia recolheu ao pé da cruz do Gólgota). Em dita obra vemos como o Comandante Monteiro entrou com seu corpo físico no templo autêntico Rosacruz de Chapultepec. Esse templo está em estado de Jinas, e Monteiro entrou nesse templo com seu corpo em estado de Jinas. O doutor Rudolf Steiner, grande médico alemão, disse: “Um corpo pode estar dentro dos mundos internos sem perder suas características físicas”. Mário Rosso de Luna faz belos estudos sobre as terras de Jinas, Dom Mário morreu desiludido com a Sociedade Teosófica. A Rosacruz é um dos sete santuários iniciáticos que estão no astral; mas todas as escolas rosacrucistas conhecidas no mundo físico atualmente, são falsas: ditas escolas caíram nas mãos de Yahvé.
Os índios da América conheceram a fundo os estados de Jinas, e, quando chegaram os conquistadores espanhóis, esconderam seus templos mais sagrados dentro do plano astral, e assim salvaram seus mistérios Maias da profanação espanhola. O Santuário dos Mistérios Maias é outro dos sete grandes santuários ocultos que estão agora dentro do plano astral. Quando um corpo físico atua dentro do plano astral, fica sujeito às leis de dito plano, sem perder suas características fisiológicas. Sei de um sujeito que furtou duas barras de ouro da profunda caverna dos Pregadores (Estado Mérida, Venezuela) o homem em questão sentiu que as barras se moviam em suas mãos simultaneamente com uma tempestade que estourou quando o homem saiu da caverna. Ao olhar viu que suas duas barras de ouro tinham se tornado duas horríveis cobras; o homem as atirou de suas mãos e fugiu apavorado. Ocorre também que um desencarnado abandona momentaneamente o plano astral e se coloca dentro do plano físico; então dito indivíduo se torna invisível para os do plano astral, mas torna-se visível e tangível para os do mundo físico; nesse caso o desencarnado fica sujeito momentaneamente às leis que regem no plano físico, mas sem que seu corpo astral perca suas características. Desses casos contam-se milhares nos anais das aparições das sociedades psíquicas. Estas são as aparições de falecidos de quem falam os espíritas. Mas estes jamais souberam explicar estas coisas e somente superficialmente dizem que esses são fenômenos de materialização e os enchem de um milhão de teorias. Eles ignoram que a alma pode entrar nos diferentes departamentos do reino. O que se requer é aprender a fazê-lo como o sabem os magos. O mago não precisa de médiuns espíritas para realizar estes fenômenos de magia prática; o que acontece é que quando se explica a magia tal como é aos fanáticos lhes faz algo sem razão e preferem seguir seu mundo de ilusão. Conheço o caso de um invocador que chamou Belzebu com a clavícula (chave) de Salomão, que é como segue: “Agíon tetra-gram vaicheón estimilia matón espares tetragramaton
orgoran irion. Erglion existion eryona ómera brasin moim mesias soler, Emanuel Sabaot Adonai. Te adoro e te invoco”. Quando o invocador viu Belzebu em metade da peça, se encheu de infinito terror e não se atreveu a fazer com ele nenhum pacto porque a língua ficou travada. Belzebu tinha sempre sua caverna cheia de armas e de selos para marcar os corpos astrais de seus discípulos. Eu, Aun Weor, observava sempre no astral a Bel e procurei ganhar seu carinho, porque me chamava muitíssimo a atenção o fato de que irradiava amor para seus amigos. Era um caso raríssimo e único em seu gênero, pois eu jamais tinha ouvido falar de que um demônio irradiara luz azul que é a do amor. Certamente que me fazia terríveis ameaças, mas eu o vencia com meus Mantras e o acompanhava a suas cavernas no astral, e cheguei até a fazer parte em suas festas fingindo-me de mago negro e até seu colega, para assim estudar mais de perto aquele personagem. Minha intenção, a longo prazo, era realizar a maior façanha do cosmos: tirar Bel da Loja Negra e convertê-lo em discípulo da Loja Branca. Meus discípulos consideravam tudo aquilo como um verdadeiro impossível, e Bel não deixava de me ameaçar, mas apesar de tudo eu não desmaiava. Houve um curioso acontecimento que veio para dar-me ânimo em meu intento. Uma noite, junto com um Chela, invocamos a Belzebu no astral, e uma vez que ele atendeu a nosso chamado, o convidamos para jantar. Ele aceitou o convite e fomos a um restaurante do plano astral. (Como já explicamos o corpo astral também come elementos afins a seu organismo e o mundo astral é quase igual ao nosso); assim foi que pedi, para Bel um alimento, e eu me contentei em beber um copo de água. Quando Bel se sentou à mesa, tirou o barrete da cabeça e cavalheirescamente começou a comer. Era curioso ver aquela espécie de gorila comendo na mesa, todo como um senhor. Alguns Chelas que se encontravam naquele recinto se dirigiram a mim dizendo-me que isso era falta de
respeito meu, levando esse demônio àquele recinto, e como era de esperar, o olhavam com asco e foram embora. Eu lhes respondi: este também é um homem e merece que lhe respeitem. Bel tomou a palavra e em tom de profunda tristeza disse: “todos me desprezam. O único que não me despreza é meu amigo Aun Weor”. Esta experiência astral me deu ânimo para continuar com meu anelado objetivo de tirar Bel da Loja Negra e torná-lo discípulo da Fraternidade Branca. Para alguns teosofistas lhes será impossível que o corpo astral possa beber e comer, mas é que para eles sua mística mórbida vive dizendo que o corpo astral é algo vago, um fluido vaporoso, intangível e imaterial e como somente são teóricos, não se lhes ocorre comprovar. Que estudem, ditos senhores, a Vivekananda, para que se inteirem de que os corpos internos (corpo astral) também são materiais. Nós gnósticos dizemos que nada pode existir, nem mesmo Deus, sem a ajuda da matéria. O corpo astral também é material e é um organismo tão denso como o físico. Pelo fato de que a matéria em última instância se reduza a energia, por isso não se vai negar quando passe a dito estado, se com nosso sentido da vista não o podemos ver, é porque pertence à quarta dimensão, e nossos olhos físicos não servem para ver o astral, até tanto que os tornemos aptos ou que nos coloquemos no mundo astral com nosso corpo físico. O organismo astral é tão denso como o físico, mas pertence a outro departamento do reino. O corpo astral é muitíssimo mais sensitivo que o corpo físico. O organismo astral é como um duplicado do físico e tem que nutrirse com alimentos afins, tal como o faz o corpo físico. O ocultista utiliza o corpo astral para estudar e para suas grandes investigações, porque dito corpo está colocado vantajosamente sobre o material, para ele não existe tempo nem distância, e o que ele aprende fica de imediato gravado para sempre na consciência do ser. Assim, meu caro leitor, não ache estranho que o Belzebu tenha jantado comigo em dito campo. Várias vezes eu tinha chamado a atenção ao Íntimo de Bel para que fizesse algo por sua alma, mas a resposta de seu Íntimo era:
“não posso, não me obedece, muito lutei, mas é impossível”. E é que o Belzebu, como os magos negros da escola Amorc, considerava que o espírito é inferior e que a alma é superior, por ser aparentemente mais psíquica. Belzebu como os discípulos da escola Amorc, estava convencido de que o Guardião do Umbral era seu Eu superior. Precisamente por isso Bel não escutava seu Íntimo. Ele ignorava que estava no mal e atacava furioso os magos brancos acreditando-os perversos. Ele se sentia santo e bom e aos magos brancos os considerava demônios. Ele ignorava nosso princípio gnóstico que diz: “Uma alma se tem, e um espírito se é”. “Antes de que a falsa aurora aparecesse sobre a terra, aqueles que sobreviveram ao furacão e à tormenta, louvaram o Íntimo, e para eles apareceram os arautos da aurora” (Do testamento da sabedoria). O Íntimo é nosso sol interno, e a alma que se afasta do Íntimo, vai ao abismo. O espírito é nosso Eu superior, e a alma que se afasta de seu espírito, se desintegra: essa é a segunda morte. Cheio de ânimo por aquelas palavras que Belzebu manifestou em meio à cena, fiz uma nova experiência: o invoquei novamente no astral, e uma vez que atendeu a meu chamado, diplomaticamente o convidei para tomar alguns copos comigo. Belzebu alegre e feliz aceitou meu convite, e conforme caminhávamos pelo plano astral, eu ia mudando a vibração, até que ao final o tirei do plano astral e o levei ao plano de consciência mais divino do cosmos. Este plano é chamado pela Mestra Blavatsky em seu primeiro tomo da Doutrina Secreta, “O anel não se passa”. Consideremos o cosmos como uma grande árvore, com suas raízes no absoluto: essas raízes vêm a ser o “Anel não se passa”, porque desse plano não pode passar ninguém, nem os maiores deuses do cosmos podem passar desse anel.
Belzebu ficou realmente deslumbrado ante a terrível luminosidade dessa inefável região, indescritível por sua beleza e felicidade, mas sentiu terror; até quatro eternidades que Belzebu vivia entre as trevas das cavernas tenebrosas, e agora ao ver a luz, sentia medo... E com voz rouca, exclamou: “Isto sempre é aterrorizante”. “Mais aterrorizantes são as trevas em que tu vives”, lhe respondi, e caminhando por esse plano passamos pela frente de uma casa. “Pode-se entrar?” perguntou-me, e eu lhe respondi afirmativamente. Imediatamente entramos e estivemos nela um momento. Para Belzebu tudo aquilo era realmente novo e se sentia mal: ele estava acostumado a viver entre os profetas velados e, portanto, a luminosidade terrível desse plano o fastidiava horrivelmente. Depois de um tempo de luz o levei ao outro extremo, às terríveis trevas do Avitchi de nossa terra, onde não se veem senão pedaços de almas em estado de desintegração, almas de prostitutas que a força de tanto coabitar se separaram totalmente do Íntimo, que deitadas em seus leitos imundos vão se desintegrando, como velas que se derretem com o fogo da paixão. Havia ali almas de demônios que já pareciam somente pedaços. “Aqui me sinto um pouco melhor”, me disse Belzebu e eu lhe respondi: “terás que acostumar-te à luz”. “Isso dá trabalho porque faz muito tempo que vivo nas trevas”, me respondeu, e eu mostrando-lhe os pedaços de almas, lhe adverti: “Aqui virás se continuas com tuas maldades. Logo o levei novamente a seu plano astral”. A pesar de que não foi de todo satisfatória para mim aquela prova, eu não desanimei. Compreendi que ele tinha o Guardião do Umbral dentro de seus corpos internos e, como é lógico, esse guardião tão respeitado pelos magos negros de Cherenzi e da Amorc o escravizava totalmente apesar das esperanças prometedoras que eu observava em Belzebu. Não havia se enfurecido contra a luz, unicamente o tinha incomodado. No astral sofria muito: todos os espiritualistas lhe faziam o asco e ele estava muito desiludido de seu povo. Sempre o mesmo déspota que atrás do altar dirigia seu templo,
sempre os mesmos vícios, e esses vícios já o tinham feito um gorila, uma besta imunda. Tudo isto, eu, Aun Weor, o compreendia e por isso não desanimava, especialmente quando se tratava de sentir carinho por mim e me considerava seu melhor amigo. Realizei uma terceira experiência, a qual foi realmente decisiva: Levei a Bel pela segunda vez ao “Anel que não se passa”, já ali, invoquei seus melhores e antiquíssimos amigos da época de Saturno: esses amigos eram agora luminosos senhores da mente, senhores da luz e, cheios de dor abraçaram Belzebu e um deles lhe disse: “jamais acreditei chegar a ver-te neste estado”. Bel respondeu: “já vês aonde cheguei”. Parecia Bel naquele plano, algo assim como um gorila da selva africana dentro de um elegante salão de Paris. Mas Belzebu ao reconhecer seus amigos mais queridos, se consternou no fundo de sua alma e compreendeu totalmente seu extravio. Esse era Belzebu, o simpático e charmoso galã da Arcádia. Se não fosse pelas tavernas, não teria conhecido o horrível mago negro que o extraviou. Pedi permissão aos Mestres daquele luminoso plano, para deixar Belzebu por um tempo nessa luminosa região, e os Mestres concordaram alegremente com o meu pedido, com a condição de visitá-lo constantemente, e formamos cadeia de amor ao redor de Bel. E o inundamos com nosso amor, e o enchemos com nossos melhores átomos e o saturamos de luz e esplendor. Constantemente eu visitava Belzebu; ele permanecia triste, era o único gorila naquele plano de deuses... Todos os seres daquela região o olhavam com curiosidade e os antigos amigos do período de Saturno o aconselhavam e o ajudavam. Belzebu ia se acostumando pouco a pouco à luz, e no fundo de sua alma sentia remorso pelo tempo perdido, vergonha com seus melhores amigos e ânsias de melhora. O ajudamos e o unimos temporariamente com seu Deus interior, com seu Íntimo, e o “Glórian” também fez um esforço supremo para chamar sua alma
para a união com o Íntimo. Ao chegar a esta parte de nosso livro, aos ocultistas lhes será estranho escutar falar do “Glórian”. Na verdade o “Glórian” não é mais que um raio de onde emanou o Íntimo. O “Glórian” é substância, mas não é espírito nem matéria. O "Glórian" é um hálito para si mesmo desconhecido, um hálito do Absoluto, um dos tantos hálitos do Grande Alento. O fio "Átmico" dos hindus. O Absoluto em nós, nosso raio individual, nosso “Real Ser” todo feito glória, a alma aspira unirse com o Íntimo, e o Íntimo aspira unir-se com o “Glórian”. A sede de nosso “Glórian” é a cadeira turca de nosso organismo. A cadeira turca é formada pelas vértebras cervicais de nossa coluna espinhal, aí tem o “Glórian” seus átomos de prata, e ao unir-se Bel com seu “Glórian”, brilhava a luz branca do “Glórian” com todo seu esplendor nessa parte de seu organismo astral. A fusão momentânea com o Íntimo tirou-lhe a horrível aparência de gorila, e vestido com as vestimentas do Íntimo tomou a presença do simpático jovem da Arcádia, não devemos esquecer que os átomos do “Glórian” são de prata e que o Santo Graal é de prata e não de ouro como pretendem alguns Rosacrucistas, e o Cálice que levam sobre o capuz de sua testa os iniciados do Deus Sírio, é de prata. Qualquer Chela que visite a igreja transcendida da estrela Sírio se convencerá de minha afirmação. Em Belzebu produzia-se uma grande Revolução interior. Uma noite, a mais quieta, a mais calada, fiz uns experimentos de Teurgia que foram realmente decisivos. Projetei para Bel, sobre o cenário cósmico, algumas cenas dos Arquivos Akáshicos. Ali apareciam aquelas primitivas épocas do período de Saturno, quando ainda Belzebu era um homem bom e simples, quando ainda não havia colhido vícios, quando ainda não era amigo de
bordéis nem tavernas. Aquelas cenas deslizavam-se todas em sucessiva ordem, e Belzebu as contemplava silencioso. Logo apareceram as tavernas e as Festas e as noites de vela, e vieram os bordéis e a orgia. Belzebu cheio de terrível emoção interna contemplava aquelas antiquíssimas cenas e lembrava seus erros. Estava na presença das primitivas causas que o tinham conduzido a seu atual estado. Uma verdadeira revolução de Bel estava em atividade. Bel se revolucionava contra o ódio, contra o egoísmo, contra os vícios, contra a fornicação, contra a ira, contra o crime, etc. Logo surge dentro da cena algo tétrico e horrível: este ser, era um demônio horrível, vestido com túnica negra, e em suas orelhas tinha dois brincos. Os olhos de semelhante demônio brotavam-se para fora, e uma atmosfera de profundas trevas o envolvia. Belzebu ficou atônito contemplando-o, era seu antiquíssimo Mestre, era o horrível mago negro que com suas chaves maravilhosas o fazia ser sempre triunfante do vício do jogo, era o horrível demônio que o conduziu à primeira iniciação negra. Foi quem o escravizou do guardião do umbral naquele antiquíssimo templo tenebroso, onde passou o primeiro ritual que hoje em dia passam os magos negros da escola Amorc da Califórnia. Sorridente se aproximou o sinistro personagem de Bel para saudá-lo, e Belzebu, como que atraído por um feitiço hipnótico, quis aproximar-se para corresponder à saudação, mas se deteve, um gesto de rebeldia surgiu no fundo de sua alma e exclamou heroicamente: “não, não te saúdo, nada quero contigo, tu és o culpado de eu estar neste estado”. Então o sinistro personagem respondeu com uma voz muito rouca, que parecia derivar do fundo dos séculos, e da profundidade das cavernas tenebrosas: “Este é o pagamento que dás a meus serviços?
Já não te recordas de meus sacrifícios? Já não te recordas dos ensinamentos que eu te dei? Te estás deixando levar pelo mal caminho.” Mas Belzebu respondeu cheio de energia: “Não quero escutar-te, tu és o culpado de eu estar neste estado; os favores recebidos acredito tê-los pago”. Então eu conjurei o sinistro personagem para que se retirasse, e o mago negro se retirou com suas profundas trevas. Pareceu afundar-se no abismo. Esta foi uma prova para Bel e saiu bem da prova. Bel se revolucionou contra a magia negra. Um gesto de rebeldia estourava no fundo de sua alma. E depois que projetei estes arquivos Akáshicos na atmosfera, para que Bel os contemplasse, os mestres e meus discípulos fizemos cadeias de amor para irradiar luz a Belzebu. Logo projetei para Bel e em forma de quadros o futuro que lhe aguardava se seguisse o caminho negro. Apareciam quadros onde se via Belzebu feliz nas tabernas, entregue a todos os vícios da terra. Por último aparecia o crepúsculo da noite cósmica, os mares transbordados sobre a terra, todo ruínas e gelo, e ali, em uma praia, atirado um pedaço da cabeça com seu peito e braços, do que antes tinha sido Belzebu. Uma vez terminado este quadro disse-lhe: "eis aqui o futuro que te espera se seguir no caminho negro". Logo lhe projetei em quadros, o futuro que lhe esperava se seguisse o caminho da magia branca. Nesses quadros se via Belzebu já unido com seu “Íntimo” vestido com a túnica do Mestre, com sua capa comprida de Hierofante e seu cetro de poder. Aparecia um luminoso jardim e Belzebu passeava nele como um Deus onipotente e celestial. “Este é o futuro que te espera se segues o caminho da magia branca”.
Resolva-te agora mesmo! Segues com a magia branca, ou continuas pelo caminho negro? Belzebu respondeu: “sigo com a magia branca”. Sua resposta foi firme, e Belzebu caiu de joelhos chorando como um menino levantou seus olhos para o céu, uniu suas mãos sobre o peito, e entre lágrimas e soluços orou para o céu. Um demônio arrependido; brilhavam os chifres de sua testa, como se já quisessem dissipar-se com a luz. Os irmãos mais velhos o abraçavam com lágrimas nos olhos, todos se regozijavam entre si e uma marcha triunfal e deliciosa com suas inefáveis melodias nos céus estrelados da Urania. E é que “tem mais alegria no céu por um pecador que se arrepende, que por mil justos que não necessitam de arrependimento”. Logo de joelhos me prostrei ante o Jerarca mais poderoso do cosmos, chamado pelos tibetanos “a mãe da misericórdia”, ou a voz melodiosa Oeaoeh. Esse é o único Engendrado, o grande verbo universal da vida, cujo corpo são todos os sons que são produzidos no Infinito; sua beleza é inefável; carrega uma coroa de três pontas, e sua longuíssima capa é levada pelos Elohim. Eles levam a longa cauda de sua capa. E roguei ao único Engendrado que tivera a Belzebu junto para que lhe ajustasse o Kundalini. O Kundalini de Belzebu fluía abaixo formando a cauda do Demônio, agora tocava ao único Engendrado subir-lhe o Kundalini até a cabeça para que se convertesse em anjo. O Mestre aceitou meu rogo, e naquele plano de luz diamantina colocou Belzebu dentro de um resplandecente jardim, e lhe entregou um livro cósmico para que o estudasse, e o instruiu no sendeiro da luz e o encheu de átomos de sabedoria. Mais tarde fez Belzebu “reviver” toda sua vida através dos quatro grandes períodos cósmicos, e lhe mostrei o belo futuro que lhe
esperava se seguisse pelo sendeiro luminoso, e ao ver-se “Bel” já feito um Jerarca do futuro, me perguntou: “Isto será logo?” Eu lhe respondi afirmativamente. Quando já reviveu tudo isto chegou onde estava o único filho dizendo: “veio com a alma transformada” e o mestre continuou ajudando-o; o Kundalini subiu e desapareceu “a cauda” do demônio. Mas os chifres continuavam em sua testa, porque os chifres são do Guardião do Umbral e ele estava estreitamente ligado com o Guardião do Umbral. Essa besta interna era realmente um obstáculo para sua evolução, e tinha necessidade de que a expulsasse para fora, para liberar-se desse monstro interno que fazia idades inumeráveis o tinha escravizado. Esse monstro interno tinha se apoderado de sua vontade, de seu pensamento, de sua consciência, de tudo, e tinha necessidade de expulsá-lo para fora de seu ser para realizar um rápido progresso interno. Então foi quando o levei ao astral para submetê-lo à primeira prova Iniciática, pela qual tem que passar irremediavelmente todo aquele que quiser chegar à “Iniciação”. Esta é a prova do Guardião do Umbral. Ao invocar o monstro, este sai de dentro de nós e se nos lança ameaçadoramente. Belzebu chamou várias vezes, uma brisa horrível soprava por todo lado, e então apareceu o espectro do Umbral em forma terrível e ameaçadora; aquele ser era um gigante com três metros de altura, e dois metros de largura; tinha a aparência de um gorila monstruoso, de rosto chato e redondo, com chifres e olhos saltados. Belzebu o tinha fortalecido através das idades, e agora não lhe restava mais remédio que combatê-lo; assim, Bel se lançou sobre o monstro valorosamente e o pôs em derrota.
Este era o monstro que dava a Bel essa horrível aparência de gorila; essa era a besta do Umbral. Um ruído “seco” ressonou no espaço, este som é diferente ao som metálico que é produzido em casos similares com nossos discípulos atuais, é que Belzebu é de outro período mundial. Recebeu-lhe no salão dos meninos com grande festa e música deliciosa, e ficou convertido em discípulo dos irmãos maiores. Os Mestres lhe deram de presente um simbólico cálice de prata. Passada a primeira prova, levei-o novamente aonde o único Engendrado para que continuasse ajudando-o, os chifres desapareceram de sua testa, porque esses chifres eram de sua besta interna do Guardião do Umbral chamado pelos Rosacruzes da Amorc “O Guardião de sua Câmara, o Guardião de seu Sanctum”. A monstruosa figura de gorila também desapareceu porque essa não era sua, era do Guardião do Umbral, chamado pelos Rosacruzes de Amorc o guardião de sua consciência. Belzebu se embelezou, mas agora devia cumprir com o que disse o Mestre: “Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César”. Ele tinha que devolver aos magos negros as roupas que tinha deles; o Barrete, o cordão de sete nós, e a capa de príncipe dos demônios. Também tinha que apagar seu nome do livro onde estava inscrito. Ao chegar a esta parte de nosso presente capítulo, temos que dar algumas explicações sobre o particular, porque a muitos leitores lhes parece estranho ouvir falar de livros no mundo astral; é que as pessoas estão acostumadas a pensar que o plano astral é um mundo “vago, vaporoso, intangível, imaterial, etc.”. Nós, os gnósticos, somos essencialmente “realistas” e chegamos à conclusão de que nada pode existir, nem mesmo Deus, sem a ajuda da matéria, e é que esta última é absolutamente desconhecida para as assim chamadas escolas materialistas. Ditas
escolas
são
tão
somente
“gaiolas
de
papagaios”
teorizantes, porque na verdade, os sabichões do materialismo, não conhecem senão os estados mais grosseiros da matéria. Mas que sabem eles, por exemplo, sobre a química oculta e a anatomia e ultrabiologia dos corpos internos do homem? Tampouco nós compartilhamos as máximas doutrinais desses pietistas puritanos das escolas espiritualistas. Ditos incultos fantásticos estão totalmente afastados das realidades fundamentais da vida. Todo o mundo foi testemunha do desarranjo mental e das aberrações místicas desses iludidos do rosacrucismo, do teosofismo e do espiritismo; já é hora das autoridades de polícia acabarem com essas aulas de espiritismos mórbidos e de Rosacrucismos e teosofismos enfermiços e pomposos, que estão levando à degeneração e à demência muitas pessoas. As cidades estão cheias de espiritistas “birutas” com presunção de transcendidos e de rosacrucistas e teosofistas que estão causando gravíssimos danos aos cérebros jovens de ambos os sexos. Tanto as teorias materialistas como as espiritualistas levaram a muitos “iludidos” ao manicômio. O Ceticismo materialista é o resultado de uma demência cerebral, isto os médicos psiquiatras de Paris acabaram de confirmar ao analisar o cérebro de um existencialista. É que na verdade dentro de todo homem normal existe uma mística natural, sem aberrações de nenhuma espécie, e tanto as teorias materialistas como as espiritualistas estão cheias de aberrações e fantasias; assim, pois, nós os gnósticos, não somos espiritualistas nem materialistas, “somos realistas”. Conhecemos a fundo as infinitas manifestações da matéria e do espírito, e sabemos que a base fundamental do ser, não é espírito nem matéria. O Glórian é substância que assim mesmo se dá substância, mas não é espírito nem matéria. Quando afirmamos que Belzebu devia apagar seu nome do livro de um templo, falamos com tanta segurança, como quando dizemos que devemos apagar um nome de um livro físicomaterial e é que se no plano físico existem objetos materiais, na região astral também existem objetos sólidos materiais porque
dito plano é tão material como o físico, e ainda podemos visitá-lo cada vez que quisermos, penetrando dentro dele, com corpo de carne e osso, vestidos e preparados como se saíssemos à rua para passear. Em todo templo de magia negra existem livros de matéria astral, nos quais estão anotados os nomes de seus afiliados, e todo mago negro ao retirar-se de um templo de magia negra deve sempre apagar seu nome do livro onde está anotado. Também deverá devolver-se todas as prendas a seus donos: “Dai a Deus o que é de Deus, e a César, o que é de Cesar”. Assim, pois, depois da prova do Guardião do Umbral, se apresentou Belzebu a seu tenebroso templo para apagar seu nome do livro onde estava anotado. Aquele é um enorme e gigantesco templo de magia negra. Atrás do altar estava o Grande Jerarca do templo; e quando viu chegar a Belzebu, impaciente e colérico exclamou: “Por fim lembraste de vir? Sendo você quem dirige este templo, por que demorou tanto para vir?” Então Belzebu respondeu em tom enérgico: “eu já não pertenço a este templo, agora sigo o caminho da magia branca”. Imediatamente tirou o barrete da cabeça e o cordão da cintura e o atirou sobre o altar dizendo: “aí lhe deixo isso porque já não o necessito; agora sou da Loja Branca”; e acrescentou: “alcanceme o livro para apagar meu nome”; então respondeu o tenebroso sacerdote em forma de déspota: “busque o livro você, eu não me coloco neste trabalho”. E Bel buscou o livro, apagou seu nome e saiu do templo com passo firme e triunfal. Imediatamente nos dirigimos a certa caverna tenebrosa, onde devia entregar a capa de Príncipe dos Demônios. Bel ao entrar na caverna negra falou: “vim para entregar esta capa que já não me pertence porque agora sou discípulo da Loja Branca”. E lhes atirou a capa; enquanto aqueles magos negros da caverna insultavam-lhe, saía Bel da caverna.
Uma vez fora dessa caverna nos dirigimos à própria de Bel. Ali se viam inumeráveis armas e selos de magia negra. Bel queimou tudo aquilo com as salamandras do fogo. E assim, querido leitor, foi como se livrou da magia negra, o antigo príncipe dos demônios, “Belzebu”. Belzebu continuou morando entre a luz do “Anel não se Passa” e o Único Filho continuou ensinando-o. Dias depois, apresentou-se a prova do Grande Guardião do Umbral mundial, esta é a segunda prova que todo discípulo deve passar e Belzebu enfrentou o segundo Guardião valorosamente, e lhe celebrou festa em outro templo, e lhe entregou outra simbólica taça de prata. Passada a segunda prova vem outra prova para queimar com fogo as escórias que tenham ficado no discípulo. Belzebu entrou no salão de fogo e se manteve entre as chamas valorosamente. Esta é a terceira prova e Belzebu a fez muito bem, o fogo queimou todas as lavras de seu corpo astral e assim ficou limpo. Mais tarde passou pelas quatro provas e provou que estava disposto até a beijar o látego do verdugo. Estas quatro provas são: a da Terra, Fogo, Água e Ar. Belzebu passou por essas quatro provas corajosamente e então recebeu a capa de Chela da Loja Branca, e lhe vestiu com túnica roxa. Belzebu tornou-se discípulo da Loja Branca e se santificou totalmente. Os irmãos maiores celebraram com tal motivo uma grande festa cósmica, e o divino Rabi da Galileia o recebeu entre seus braços e a mim, Aun Weor, me felicitou pelo triunfo. O acontecimento foi escrito no livro dos 24 anciãos e o cosmos todo estremeceu.
Este é o maior acontecimento da evolução cósmica. Eu tinha ouvido falar de anjos caídos, mas jamais tinha ouvido falar de um demônio arrependido. Belzebu se entregou a curar os enfermos e a levá-los pela noite em corpo astral ao templo de Alden para sua cura. Entregou-se ao bem, à bondade e à justiça, mudou seus costumes demoníacos por costumes de santo e tornou-se santo. Perdido o principal elo, que era Belzebu, espalhou o pânico entre a Loja Negra. Os magos negros desenrolavam velhos pergaminhos e se assombravam ao ler os inumeráveis graus que tinha Belzebu, e como os tinha “aparentemente” traído, alguns contavam o caso dizendo: “Agora não nos resta senão o “Chefe Yahvé”, o “Patrão”, se ele nos abandona, estamos perdidos”. Depois que Bel passou pelas quatro provas da Terra, Fogo, Água e Ar, visitou a Yahvé, seu antigo chefe, e disse-lhe: “vim para despedir-me; agora já não dependo mais de teu governo, porque agora sou discípulo da Loja Branca”. Yahvé furioso respondeu-lhe: "Traidor! Miserável! Canalha! Deixaste-te convencer por Aun Weor, mas Aun Weor não tem teus graus nem os meus, veja que vais pelo mau caminho". Então Bel lhe respondeu em tom enérgico: “o que vai pelo mau caminho és tu, eu sigo com Aun Weor, eu não tinha visto a luz, mas agora que ele me mostrou, já não volto a sair dela, e sigo a Aun Weor como o seguem todos os seus discípulos”. Então Yahvé lhe disse: "Maldito! Maldito! Maldito! minha maldição te perseguirá eternamente”, mas Belzebu sorrindo lhe respondeu: “tua maldição não me entra, porque estou protegido pela Loja Branca”. E depois que Bel acabou de falar, Yahvé se voltou contra mim dizendo-me: “a ti é a quem devo atacar porque tu és o responsável por tudo isto”. Ato seguido me atacou com todo seu sinistro poder oculto, mas o conjurei facilmente e o pus em derrota.
Bel continuou curando doentes e chegou o instante em que foi necessário pedir corpo físico para escalar o sendeiro da “Iniciação”. E Bel pediu o corpo e seu pedido foi aceito, e foi inscrito no escritório kármico número 9 e entrou em nossa evolução humana. O iniciado "Gargha Cuichin" ofereceu generosamente sua cooperação para que Belzebu tomasse corpo em seu lar, mas aquilo foi completamente impossível por motivos de saúde de sua mulher, ela não pôde suportar a terrível vibração de Bel. Mas os irmãos mais velhos tinham bem previsto, e o “Chela” Belzebu se encarnou em corpo feminino na França. Agora é uma bela menina da França que assombrará ao mundo por sua Santidade, Poder e Sabedoria. Seus pais são um matrimônio jovem e belo, onde somente reina o amor e a compreensão, pois ambos são “iniciados”, são trabalhadores, mas gozam de uma vida simples e bonita. Belzebu nasceu com corpo de menina, porque o corpo feminino é indispensável para o desenvolvimento do sentimento, da ternura e do amor, agora já com corpo físico poderá ir passando rapidamente as 9 iniciações de mistérios menores, e ao fim se unirá com o Íntimo e se converterá em um mestre de mistérios maiores da Fraternidade Branca. "Dos grandes pecadores nascem os grandes virtuosos".
A SAPIÊNCIA DO PECADO A sabedoria é elaborada com a sapiência do pecado, e a vertigem do absoluto, Oh! Madalena vencida, teus lábios murchos de tanto beijar, também sabem amar... Por isso a ti te quero, mulher caída,
eu por ti morro, digam o que digam, Eu gosto do baile e teus amores, Ah! mulher, não me deixes, que eu por ti morro, ah! mulher, não me deixes que eu somente a ti te quero. A fruta proibida nos faz deuses. As palavras deliciosas de amor, e teus graves juramentos, são como o fogo das rosas, são como aqueles deliciosos momentos que ninguém sabe... Os anjos maiores sempre foram diabos dos grandes Bacanais; eles gozaram os lábios do amor, eles cantaram o cantar dos cantares... As rosas vermelhas são melhores que as brancas, porque tem a sapiência do pecado e a vertigem do absoluto, e pelo muito que choraram, um doce Nazareno as perdoa... A tentação é a mãe do pecado, e a dor do pecado é a sapiência, Cristo amou àquela que muito chorou, e dize-lhe: "mulher, pelo muito que tenhais amado, eu lhe perdoo"... Os Deuses mais divinos, são os que foram mais humanos; os Deuses mais divinos são aqueles que foram Diabos. Canta! Bel, canta tua canção, Canta! Bel, um canto de amor.
Mulher, sois rosa da paixão, Tens mil nomes deliciosos, Mas teu verdadeiro nome é amor... eu quero cingir tuas têmporas com louro, eu quero beijar teus lábios com amor... Eu quero dizer-te coisas raras, eu quero dizer-te coisas íntimas, eu quero dizer-te tudo, na perfumada peça de mogno. Quero dizer-te tudo em noites estreladas; tu es a estrela da Aurora, tu es a luz da Alvorada... Teus peitos destilam mel e veneno, e o licor da fêmea é licor de Mandrágoras, é o auge, é imensidão, é fogo, é a chama ardente e adorada por onde se entra no céu... Por AUN WEOR
CAPÍTULO 18º O MILÊNIO Quebrado o elo principal da Loja Negra, a revolução de Bel se estendeu sobre toda à face da terra e começou o Milênio exatamente no ano de 1950. Os alicerces do mundo estremeceram e outros magos negros seguiram o exemplo de “Bel”. Astarot, companheiro inseparável de Belzebu, e Santa Maria, companheira de Mariela a grande maga, também seguiram o exemplo de Bel. A Revolução de “Bel” está em marcha; por todo lado se levantam os oprimidos contra os opressores, e por onde quer que haja guerras e rumores de guerras. O velho já agonizante se agarra à vida, e o novo quer nascer e viver. A Revolução de "Bel" está em marcha. A era de Aquário se aproxima e a tempestade dos exclusivismos se desatou com todo seu furor. Os partidos lutam contra os partidos, as religiões contra as religiões; as nações se lançam à guerra e cada mão se levanta contra cada mão. Todo caduco, todo velho luta para viver enquanto o novo quer impor-se. É a luta entre duas épocas; uma que agoniza e outra que nasce. Entramos no Milênio. A evolução humana fracassou: Quase todos os humanos que atualmente vivem na terra já receberam a marca da besta em suas frontes, e são demônios. Os bilhões de almas que atualmente estão encarnadas são almas demônios, almas perversas. Somente um pequeno punhado de almas se salvarão. O astral estava cheio de trilhões de demônios que lutavam terrivelmente para ganhar a grande batalha e estabelecer seu governo mundial tal como figura nos Protocolos de Sião.
3
YAHVÉ Yahvé e sua loja negra já estavam a ponto de triunfar sobre a terra, tudo marchava de acordo com seus planos.
A tempestade estava em todo seu apogeu. Aproximava-se a era de Aquário e não havia nem um raio de esperança entre as trevas do ódio. A segunda guerra mundial acabava de terminar e milhões de almas desencarnadas nos distintos teatros da guerra seguiam em nosso ambiente astral sedentas de sangue. Então, foi quando a venerável Loja Branca entregou em minhas mãos a chave do abismo e uma grande corrente para que se cumprisse o versículo primeiro do capítulo 20 do Apocalipse que diz: "E vi um anjo descer do céu que tinha a chave do abismo e uma grande corrente em sua mão". E recebi ordem dos senhores do Karma para encerrar a Yahvé e a todos os magos negros no abismo. A tarefa era realmente esmagadora para mim, mas me senti onipotente porque os venerados Mestres depois de submeteremme às terríveis provas da iniciação, entregaram-me a espada da justiça e o cavalo branco. Foi conferida a mim a maior honra para um ser humano o qual é “julgar” e iniciar a idade de Aquário. E me foi colocada uma fita sobre a coxa, que em letra simbólica dizia “Rei dos Reis e Senhor dos Senhores” para que se cumprisse o Capítulo 19 do Apocalipse que diz: "Em sua vestimenta e em sua coxa tem escrito este nome: ‘Rei dos Reis e Senhor dos Senhores’". Essa fita a levo na coxa para representar que o poder do ser humano está no sexo. E em consequência me entregou a missão de ensinar-lhe à humanidade pela primeira vez na vida os terríveis segredos do sexo; por isso é que o “Íntimo” ou Eu superior do que isto escreve, leva essa fita na coxa, com isso simboliza-se minha missão nesse sentido. Com a chegada da noite em que devia obedecer a ordem de
prender Yahvé, marchei com todos os meus discípulos em rigorosa formação militar. Dando vivas a Yahvé, nós o cercamos e prendemos de surpresa. Ele estava convencido de que íamos homenageá-lo e por isso não escapou de nossas mãos. Logo o encerramos no Avitchi da lua negra. Sete portas atômicas de ferro conduzem a esse plano de consciência e na grande porta externa permanece pendurada a espada com a qual Miguel venceu Luzbel e a todas as legiões tenebrosas dos antigos períodos cósmicos. Os magos negros se horrorizam ao ver essa espada. Yahvé tinha um Karma gravíssimo, pois foi o autor secreto da crucificação de Cristo, e o responsável direto pelo fracasso da evolução humana na terra. Essa dívida velha tinha que pagá-la irremediavelmente, pois ninguém pode impunemente esquivar-se da lei. Os senhores do Karma me entregaram uma enorme e pesada cruz cheia de espinhos para que crucificasse Yahvé com a cabeça para baixo e os pés para cima, pois ele crucificou a Cristo e agora o Karma entrará em ação. E eu obedeci a ordem e fui até a cruz e o coloquei com a cabeça para baixo e os pés para cima. E assim se cumpriram os versículos 2 e 3 do Apocalipse, capítulo 20 que dizem: "E prendeu o dragão, aquela serpente antiga que é o Demônio e Satanás, e o prendeu por mil anos". "E o atirou ao abismo, encerrou e selou sobre ele, para que não engane mais as nações até que sejam cumpridos mil anos; e depois disto é necessário que seja desatado um pouco de tempo". Mil anos significam vários milhares deles. Yahvé e seu povo permanecerão no abismo durante todo o luminoso ciclo de Aquário; no ciclo de Capricórnio, lhes brindará a última oportunidade em nossa terra para que se arrependam.
As palavras “Dragão”, “Demônio” e “Satanás” são palavras individuais e genéricas, porque simbolizam Yahvé e bilhões de almas, que eu, Aun Weor, estou encerrando no abismo. Ao localizar o mal do mundo, pude perceber que toda maldade da Ásia tinha seu foco principal na China, e toda maldade ocidental tinha seu foco principal em Roma. Lembrei-me que à cobra se mata pela cabeça e comecei por levar para o abismo os Jerarcas de outros períodos cósmicos junto com seus trilhões de demônios. E vi Luzbel com sua túnica e turbante vermelhos; na ponta de sua cauda levava enrolado um antiquíssimo pergaminho. E vi Ariman, o autor do grosseiro materialismo. Ariman veste túnica e capacete vermelho. E vi Lucífugo Rofocale, autor do dinheiro. E vi Orhuarpa, o fundador dos mistérios do sol tenebroso na Atlântida. E vi Bael, o polo contrário do luminoso anjo Adonai. O Rei Bael leva coroa e em um grande livro ensinava a seus discípulos em sua caverna do deserto. E vi os soldados de Yahvé que assassinaram ao Cristo. Disfarcei-me de ancião e mago negro para convencer a Luzbel que seu patrão Yahvé o chamava com todas as suas legiões. E dancei diante deles e pouco a pouco os conduzi ao abismo. E assim caíram Lúcifer e suas legiões; Ariman e suas legiões; Lucífero e suas legiões; Orhuarpa e suas legiões; Bael e suas legiões; “Baal Peor” e suas legiões. Diante desses chefes fiz maravilhas: dancei, cantei, toquei tambores etc., fiz tudo o que esteve a meu alcance para limpar a atmosfera do mundo, utilizei todos os meus antiquíssimos conhecimentos para encerrar todos esses bilhões de demônios que já tinham o mundo em suas garras.
Disfarcei-me de mil maneiras para poder levar os magos negros ao abismo. E todos esses magos negros com seu povo me apresentaram grandes combates na luz astral, e eu montado em um cavalo branco e com a espada da justiça na boca, os venci; e assim foram cumpridos os versículos 15 e 19 do capítulo 19 do Apocalipse que dizem: "E de sua boca sai uma espada aguda para ferir com ela às pessoas, e ele os regerá com vara de ferro; e ele pisa o lagar do vinho, do furor, e da ira do Deus Todo poderoso". "E vi a besta e os Reis da terra e seus exércitos congregados para fazer guerra contra o que estava sentado sobre o cavalo e contra seus exércitos". Todas estas maravilhas as realizou o Eu superior daquele que isto escreve, e as realizou bem. O que escreve isto é tão somente a humilde e tosca personalidade do mestre Aun Weor. Este mestre é meu Eu superior, quer dizer, meu “Íntimo”, “meu ser real”, “minha Mônada”. E limpei a China, e limpei o ocidente, e foram tão numerosos os magos negros da China e do ocidente como as areias do mar. Todos os magos negros da China dependiam das ordens da Loja Negra, chamada o Dragão Negro. E todos os magos negros do ocidente dependiam de certo mago de Roma (o Papa). E caíram no abismo milhões de mortos da segunda guerra mundial. E caíram no abismo milhões de sacerdotes católicos, e centenas de pontífices romanos e todos eles ficaram encerrados no abismo. Todos os templos negros, todas as aulas ficaram vazias.
E no Avitchi os senhores do Karma estabeleceram tribunal e me deram o poder de julgar a estes magos negros e de aplicar-lhes o castigo. E assim se cumpriu o versículo 11 do capítulo 19 do Apocalipse que diz: "E vi o céu aberto e eis aqui um cavalo branco e o que estava sentado sobre ele era chamado fiel e verdadeiro, o qual com justiça julga e luta". Encheríamos enormes volumes se relatássemos minuciosamente todas as cenas e todas as coisas que fiz para poder limpar a terra de tanta maldade. Se não tivéssemos feito isto, teria sido impossível iniciar a luminosa idade de Aquário. Eu, Aun Weor, sou o grande Avatar de Aquário, e estou cumprindo fielmente minha missão e agradeço profundamente aos Mestres a honra que me conferiram: eu sou o iniciador da nova era. E os mestres puseram sobre minha cabeça muitas diademas brilhantes e minha roupa parecia manchar-se de sangue no meio da batalha e assim foram cumpridos os versículos 12 e 13 do capítulo 19 do Apocalipse que dizem: "E seus olhos eram como chamas de fogo, e tinha em sua cabeça muitas diademas; e tinha um nome escrito que ninguém entendia senão ele mesmo". "E estava vestido com uma roupa manchada de sangue, e seu nome é chamado ’O Verbo de Deus‘". Neste nome Verbo de Deus oculta-se o nome de meu Eu superior, pois a Bíblia é altamente simbólica. Deus é representado com o monossílabo Aun, e com as duas vezes do verbo forma-se um W que, junto com as outras três letras restantes da palavra verbo forma o Weor, e assim temos o nome Aun Weor oculto dentro da frase “Verbo de Deus”. E foi de propósito ocultado meu nome dentro dessa frase porque
esta missão a cumpriu com a “palavra perdida”, com o verbo de Deus, com a sentença respaldada, entre esse fiat luminoso e espermático do primeiro instante, com o silvo do “fohat”, e depois de todas estas coisas o plano astral ficou limpo de magos negros. A palavra perdida da loja negra “Mathrem” que figura na o monografia de 9 grau da escola de Amorc, os amparou milhões de anos entre o véu da escuridão, mas agora no Milênio já não os protegerá mais. Os Deuses julgaram a “Grande Rameira” com o número 6 e a consideraram indigna. A sentença dos Deuses foi ao abismo, ao abismo, ao abismo. O plano astral ficou limpo: milhões de almas humanas caíram no abismo; mas no plano físico ficaram bilhões de demônios de carne e osso. Então foi quando os Deuses julgaram a grande rameira para lançá-la ao abismo. A terceira guerra é a inevitável, e morrerão pessoas aos milhões, como as areias do mar, para que sejam cumpridos os versículos 17 e 18 do capítulo 19 do Apocalipse que dizem: "E vi um anjo que estava no sol e clamou com grande voz dizendo a todas as aves que voavam através do céu: vinde e ajuntai-vos ao jantar do grande Deus". "Para que comais carnes de Reis, carnes de fortes, carnes de cavalos e dos que estão sentados sobre eles; e carnes de todos livres e servos de pequenos e de grandes". Morrerão os homens aos milhões como as areias do mar, e o colosso do norte pagará seu Karma. Haverá guerra entre oriente e ocidente para o bem da humanidade, assim disse o senhor Jeová: “As almas demoníacas dos mortos da terceira guerra irão para o abismo”. De 1950 em diante somente lhe dará corpo físico às almas devidamente preparadas para viver na era de “Aquário”. Nosso planeta ficará quase desabitado, mas milhões de habitantes de
outro planeta virão para iluminar a era de Aquário. Em nosso livro “O Matrimônio Perfeito”, já falamos sobre os discos voadores e explicamos que são naves voadoras e que nelas virão os instrutores de Aquário. No Avitchi da Lua negra os seres de nossa terra estão estabelecendo-se com os mesmos costumes que aqui tiveram. Formaram seu ambiente tal como aqui o tiveram. E os Jerarcas da Loja Negra são obedecidos por esses bilhões de almas- demônios. Ali se veem por todos os lugares as mesas de adivinhação. As famosas figuras mágicas de Phurbu sobre a tartaruga quadrada, as placas e mesas de sacrifício, os círculos de “Chinsreg”. Todos os magos têm desperto o Kundalini negativamente, e coabitam incessantemente para praticar a magia sexual negra que ensina Omar Cherenzi Lind, para dar-lhe força a seu Kundalini negativamente. Pois como já dissemos nesta obra, há duas magias sexuais: uma que cria para a vida e outra que cria para a morte. A primeira é magia branca e a segunda é magia negra. Em um princípio estes magos fizeram milhares de experiências para escapar do Avitchi, mas todas as suas experiências fracassaram. E é que eles acreditavam no princípio que o Avitchi era alguma cova ou algo pelo estilo, e agora já estão percebendo que o Avitchi é um plano da natureza análoga ao ambiente físico da terra. Assim, eles fizeram milhões de experiências e consultaram seus livros sem ter nenhum resultado, todos os seus conhecimentos fracassaram. E ali permanecerão até a idade de Capricórnio, em que lhes brindará a última oportunidade para arrepender-se de suas maldades.
O fogo tudo o transforma, porque do fogo tudo saiu e ao fogo tudo regressará. A redenção do homem está no fogo, Fohat transforma tudo o que é, tudo o que foi e tudo o que será. Vencemos a morte e somos imortais. A espada de Dâmocles se levanta ameaçadora contra a muda caveira. O mundo está entre o fogo da Alquimia e as escórias estão caindo no abismo. Terminei este livro no meio da tempestade. Rugem os canhões, treme a terra, se escuta o terrível estrondo do trovão, e entre o espantoso gemido do furacão, escutam-se vozes de majestade e palavras terríveis. A terra está em chamas e Fohat silva incessantemente, e entre o terrível silvo do Fohat escuta-se a sentença dos Deuses do fogo: Ao abismo! Ao abismo! Ao abismo! FIM
HINO DA NOVA ERA (para cantar em coros) Pelo grande Avatar de Aquário AUN WEOR I Rompamos cadeias. . . já caiu a tirania. Om... om... om... Está em festa a vida.. . rompamos cadeias. . om... om... om... II Bom Jesus, venha, venha, venha, Ele não quer escravos. Já caiu Yahvé, já caiu Luzbel; III Rompamos cadeias... já caiu a tirania.. . om.. om.. om... Está em festa a vida... rompamos cadeias. .. om.. om.. om.. IV Nos espaços infinitos Os Deuses imortais Entre relâmpagos divinos Cantaram cantos celestiais V Já passou a negra noite. . E seus cadafalsos de dor. . .
Agora cantemos aos heróis da noite Um canto de amor VI Rompamos cadeias... já caiu a tirania. om... om... om... está em festa a vida... rompamos cadeias... om... om... om... VII Bom Jesus, venha, venha, venha, ele não quer escravos, já caiu Yahvé, já caiu Luzbel, agora somos livres, agora somos sábios. já caiu Luzbel... VIII Rompamos cadeias... já caiu a tirania, om... om... om... está em festa a vida... rompamos cadeias... om... om... om... INRI INRI INRI AUN WEOR MESTRE DE MISTÉRIOS MAIORES DA FRATERNIDADE UNIVERSAL BRANCA
CONCLUSÃO Depois de ter lido detidamente esta obra do Mestre do Raio da Força, Aun Weor, se lamenta o fato de que o despreparo existente da maioria dos leitores no campo oculto não lhes permite receber a luz que se lhes brinda à humanidade através deste livro. A humanidade se tornou objetivista e tudo o julga através de seus dois órgãos: olho e ouvido. Seu conhecimento o adquire valendo-se destes dois sentidos, e por isso os aplica para esclarecer quando tem dúvidas, mas nestes ensinamentos onde a vista e o ouvido são instrumentos muito densos, com isso não alcança perceber a verdade nem entender o divino, e ante sua impotência, frente ao desconhecido, prefere culpar ao autor, porque o homem jamais quer fazer-se responsável pelo que acontece. “O Matrimônio Perfeito”, do mesmo autor, é uma pedra, mas esta obra já é um edifício para a nova era Aquária. Sem dúvida todos estes ensinamentos terão atualidade para aquela época luminosa. Agora os homens estão muito ocupados espremendose e dando cotoveladas uns contra os outros, como se o mundo não fosse o suficientemente largo para viver nele. O conceito que se formou do divino é a principal barreira em meio a sua obscurecida mentalidade. Através destes ensinamentos se lhes ensina a dissipar essa obscuridade, dizendo-lhes simplesmente que as trevas se rompem com a luz. Se lhe diz ao homem cheio de trevas internas que acenda seu fogo interno, para que se ilumine com a luz de seu espírito, e se lhe ensine a forma como se acende a chama e quem a acende, e o que faz é defender sua tenebrosa obscuridade sacando as milhares de teorias que leu, e as defende como se as tivesse evidenciado ou como se já as tivesse vivenciado. Assim chama lei, a tudo aquilo do qual tenha se transformado em costume, e o confirma dizendo que o costume faz lei. Assim confunde o ilusório com o real, o mutável com o imutável, a alma com o espírito.
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O LOGOS SOLAR (O CRISTO) Sem dúvida o homem formou um abismo entre o humano e o divino porque ainda não chegou a compreender que o corpo físico é o veículo que usa a divindade para se expressar; que a alma é o mediador entre o corpo e a divindade, ou seja, entre o humano e o divino, e que cada um desses três corpos dispõe de elementos afins que são os que estudam o ocultismo. O conceito material sobre o ocultismo é completamente errado. O
que mais dano causa às pessoas para adquirir conhecimento é precisamente o errado conceito que se formou do que desconhece. Todo homem se encontra preso ao poste de suas crenças e, segundo o longo da cadeia que o prende são de grandes os círculos que descreve ao redor de cada crença. Possivelmente muitos leitores encontram muito claros os conceitos que por meu pensamento se expressam: em troca os que emite o Mestre, os confunde. A realidade é que minhas concepções são menos profundas e estão mais ao alcance dos neófitos. Nos ensinamentos que nos brinda o Mestre Aun Weor, há sabedoria, há luz, e somente ao passá-las pela peneira densa da minha escassa claridade são percebidas pelos leitores. O Mestre Aun Weor pertence ao Raio da Força: por isso o sentimos muito forte ao expressar-se, por isso seus ataques contundentes, por isso empunha sua espada contra todos aqueles ensinamentos que escravizam o homem e o limitam e o encadeiam à dor. Todos os seus gloriosos ensinamentos conduzem o discípulo que tem maturidade espiritual até sua realidade presente: o sexo. O sexo é o primeiro degrau que nos oferece nosso corpo físico para entrar nesse grandioso e imenso campo do amor e ao não menos misterioso da paixão, e segundo o caminho que o homem toma através do sexo, já seja do amor ou da paixão, assim se eleva ou se funde no abismo: a base fundamental da magia negra e da dor é a relação sexual, e a base fundamental da onipotência e da felicidade absoluta, é a castidade perfeita; isto é um axioma. Agora, a castidade não é questão de poses, pietismos ou retórica de catecismos. Quando nós falamos de castidade, aludimos à decência sexual, à castidade científica, à magia sexual. Á união que se verifica entre marido e mulher, não para criar homens senão para formar deuses; mas o homem corrente, o homem comum nem sequer se une como os animais, para criar animais, senão que o usa para saciar torpes e brutais apetites. Os enamorados, como a mesma palavra o indica, em amor a dois. A enamorada: en amor ada, e o enamorado; en amor ado, mantêm uma força esmagadora. Sua atração é tão poderosa que rejeita toda a ameaça para separá-los. São capazes de todos os
sacrifícios quando estão ligados por essa força irresistível. Com o fogo do amor, fazem da vida um paraíso; mas todo este éden em meio do qual vivem esfumaça-se quando o concluem com a união puramente animal, quando fornicam, então passam a outros estados; ao cansaço, ao fastio, à desilusão. Aqui se cumpre a máxima de Virgílio; “Post cuitum animalia tristia”. O amor, o exaltamos quando nos unimos para acender nossos fogos internos (Magia sexual), e o extinguimos quando a união é puramente animal, quando violamos a lei divina. O amor opera milagres quando lhe damos espaço em nosso coração, por isso, a mulher quando ama seu marido, suporta-lhe até seus vícios, mas quando não lhe tem amor, até suas virtudes lhe cansam. Da mesma forma como o amor opera milagres e faz com que o perceba, faça da vida um paraíso, nessa mesma forma o homem sedento de luz atrai até ele o conhecimento, e, como as portas de sua compreensão estão permanentemente abertas, pode entrar a luz do conhecimento. Por isso o sábio vive permanentemente em função de estudo; por isso, o filósofo fica extasiado com a natureza, porque ela é um livro aberto, o qual somente sabem ler os dignos. Por isso o professor vive aprendendo, porque percebe que o conhecimento é infinito, e para saciar as ânsias de conhecimentos que seus discípulos lhe demandam, se vê obrigado a ir além do alcance de seus discípulos. Por isso, no Templo de Delfos (Templo da Sabedoria) mantém na frente do edifício um letreiro que diz assim: “Nosce te Ipsum” CONHEÇA-TE A TI MESMO, E CONHECERÁS O UNIVERSO. O Mestre Aun Weor, através dos ensinamentos deste livro, conduz ao estudioso, àquele que tem sede de verdade e de conhecimento, por uma via de estudo simples, prática e muito correta para conquistar a sabedoria e a consciência de si mesmo. De minha parte, desejoso de aproximar o Mestre aos demais para que eles também recebam a luz de sua palavra e o saber de sua experiência, aspiro através de uma série de perguntas e respostas formuladas não somente, por mim, senão por inumeráveis pessoas de diferentes conhecimentos, ofício e profissão, colocá-lo mais ao alcance de todos os leitores, aproximá-lo mais da compreensão daqueles que não têm
informação suficiente sobre o que é a Gnosis, porque para mim foi muito favorável ter obtido permanentemente do Mestre a resposta precisa para cada pergunta, quando em meus momentos de grandes dúvidas me aproximei dele para interrogálo. Com vocês deixo o Mestre, para que esteja mais próximo de cada leitor e participem como eu participei, e cada um dos que indistintamente formularam suas perguntas, da luz de seu entendimento e o profundo saber de sua experiência e assim foi como fiz a seguinte pergunta ao Mestre para esclarecer uma de minhas dúvidas. 1-P. Mestre, por que Goethe disse em sua obra “Fausto” que dentro do ser humano existem duas almas: uma que nos atrai para a luz; outra que nos atrai para paixões animais? E o mestre respondeu: R. Quando já a alma divina se une com o Íntimo, seguindo os ensinamentos que nesta obra damos, se abre ante nós um mar vastíssimo e grandioso, porque então nos toca redimir a alma animal. A união com o Íntimo significa que já completamos a evolução do período terrestre, mas não significa que encontramos a evolução completa. Cada um de nossos corpos internos terá que chegar à perfeição absoluta antes de ser assimilada a consciência de cada um dos quatro corpos interiores pelo íntimo. Nossa terra densa se sutilizará e eterizará na chamada era de Júpiter. Mais tarde nossa terra será feita do mesmo material de nosso corpo astral; muito mais tarde nossa terra será feita da mesma matéria de nosso corpo mental. Assim, pois, a humanidade não poderá ter um corpo etérico absolutamente perfeito, senão ao finalizar aquela época etérica de nossa futura terra, e nosso corpo astral não terá chegado à perfeição senão ao finalizar a época de nossa terra feita de matéria astral, e por último a mente humana que hoje em dia somente está na aurora de seu nascimento, somente terá chegado à perfeição absoluta ao finalizar aquela época mental de nosso planeta.
A consciência anímica de cada um destes instrumentos deverá ser extraída e assimilada pelo Íntimo quando os veículos tenham chegado à perfeição: então o homem se realizará como um hierofante de mistérios maiores. A primeira iniciação de maiores, ou seja, a da Alta Iniciação é tão somente a união da alma puramente espiritual com o Íntimo. Esta alma puramente espiritual vem a ser a soma total de todos os frutos de nossas experiências milenares através das inumeráveis reencarnações, e aquele que recebe a Alta Iniciação, tão somente termina sua aprendizagem quanto ao período terrestre se refere, e como é natural, colhe seus frutos milenares na forma de poderes e extrato divino. Esta é a alma de Diamante do Íntimo. A segunda Iniciação de Mistérios Maiores permite ao adepto colher todos os frutos da futura perfeição do corpo etérico do homem. A terceira Iniciação de Mistérios Maiores permite ao adepto, colher todas as perfeições do corpo de desejos do homem. A quarta Iniciação dos Mistérios Maiores permitirá ao adepto colher todas as perfeições do corpo mental do homem. Há uma quinta Iniciação de Mistérios Maiores, que não nos é dado revelar, porque não alcançamos compreender. É assim que liberamos nossa alma animal do lodo da terra e da dor. Então teremos nos liberado dos quatro corpos do pecado e seremos um Dhyanchoan, ou seja, Deuses inefáveis vivendo na imensidão do infinito. Com cada uma destas iniciações de mistérios maiores, adquirimos a sabedoria correspondente a cada um dos grandes períodos cósmicos do futuro. Este mesmo processo de aperfeiçoamento segue a humanidade comum e corrente através de eternidades de dor e de amargura. Cada uma destas cinco grandes iniciações de mistérios maiores tem também 9 graus análogos às noves Arcadas (ou iniciações) de mistérios menores, às quais, se referem à maioria dos Mestres de ensinamento de Mistérios. Muitos estudantes de ocultismo, tais como teosofismo, espiritismo, rosacrucismo, etc., pensam que para chegar a ser adepto ou Mahatma é necessário indispensavelmente abandonar
o mundo e retirar-se aos cumes nevados do Himalaia para viver uma vida acética, longe, muito longe de toda relação sexual e humana. Esses tais modelos de sabedoria através de suas fantasias mórbidas, o que estão é buscando escapatórias da vida real e formas de consolação para seus pietismos e vãs elucubrações mentais, porque em realidade e em verdade, o homem somente pode unir-se com seu Íntimo vivendo uma vida intensamente vivida e praticando magia sexual com sua mulher sacerdotisa. Quando nós dizemos que o sexo é o mesmo éden, não queremos falar de forma simbólica, senão de forma literal e sem metáforas de nenhuma espécie. A luz edênica inunda os espaços interplanetários com uma cor rosa choque, cheio de átomos transformativos de altíssima voltagem, e quando nos conectamos com a esposa sacerdotisa atraímos para nossa atmosfera individual essa poderosa luz edênica, que então nos submerge dentro de seu oceano inefável chamado Éden. Assim, penetramos nós nesse precioso jardim de que nos fala a Bíblia e nos convertemos em Anjos. A luz “Edênica” é a agência de todas as criações cósmicas do infinito, e isto foi o que Einstein esqueceu quando lançou sua teoria da relatividade. A luz Edênica é o grande agente universal de vida que manipulam os Deuses para elaborar suas criações planetárias. Assim terminou falando o Mestre, e isto me sugeriu a seguinte pergunta: 2-P. Mestre, ao falarmos de Deuses me perguntam os leitores, se nós somos politeístas, o que diz você sobre esta pergunta? E o Mestre me respondeu: R. Diga à humanidade que os Deuses são homens perfeitos e que cada ser humano é um Deus acorrentado. Um Prometeu acorrentado, à dura rocha da matéria. Como estas respostas tão rápidas dava o Mestre na presença de alguns discípulos e particulares, surgiram de imediato perguntas em abundância e o Mestre as respondia com tanta rapidez que somente sim podíamos tomar nota delas, e assim passamos a
vocês caros leitores, essas perguntas e respostas para torná-los partícipes daqueles momentos tão sublimes e aproximá-los assim para que sua luz chegue até vocês. 3-P. Mestre, o conceito que têm todas as religiões por nós conhecidas é que existe um só Deus eterno e imperecível. O que diz você sobre isso? R. As pessoas têm razão porque o sistema solar no qual vivemos, nos movemos e temos nosso ser, é tão somente a escama da serpente ígnea de um grande ser ao qual rendemos a mesma adoração que rendem os átomos de nossos próprios corpos individuais ao Eu do homem, quer dizer, ao Íntimo. 4-P. Mestre, por que a maioria das pessoas ao falar com alguém se interessam tanto por saber se este acredita ou não em tal ou qual coisa? R. As pessoas perguntam assim por temor de perder suas próprias crenças, dentro das quais se encontrem enjauladas as mentes de tantos e tantos místicos doentes, cheios de pietismos e moralismo excessivo antiquíssimo. Hoje não se trata de acreditar ou não acreditar em tal ou qual coisa, o que se deve é compreender e discernir, com o bisturi da crítica, para desnudar as coisas de seus valores e ver o que é o que tem de real. As crenças são formas mortas, crostas duras, às quais se apegam os beatos e os débeis. 5-P. Mestre, ouvimos muitas pessoas falarem da seguinte forma: Homem: pertenceram a minha religião meu pai, minha mãe e todos meus antepassados, assim que para que começar a pensar sobre outros sistemas para buscar Deus? R. Não se preocupe você por isso, meu amigo, porque isso me indica às claras que você, todavia, vive pendente do que dirão. Essas pobres pessoas das que você me fala, devem merecer de você compaixão, pois elas não são culpadas por sua preguiça mental; o que ocorre é que estas pobres pessoas vivem uma vida puramente instintiva e somente lhes interessa comer, dormir e divertir-se. Eles ainda não pensam, e se agarram a essas tradições de seus familiares precisamente para se evitar o
trabalho de pensar; eles vivem tranquilos, contentes com sua vida puramente instintiva e animal. 6-P. Mestre, por que você se apresenta tão humilde e até a mim mesmo me chama a atenção, já que estou acostumado a uma vida social distinta? E o Mestre respondeu: R. Você se equivoca, amigo meu, em sua pergunta, porque eu jamais me apresentei humildemente ante ninguém, nem tampouco me apresento com orgulho, vaidade nem ostentação; o que ocorre é que eu vivo uma vida simplesmente natural sem artifícios de nenhuma espécie, pois estou extremamente ocupado no trabalho de minhas próprias realizações internas, e, portanto, não me resta tempo para me preocupar pelo que dirão. 7-P. Mestre por que você ataca tão fortemente os diretores de outras escolas tais como a de Rojas, Cherenzi, Amorc da Califórnia, teosofistas, espiritualistas, etc., eles não se meteram com você? Ou você tenta monopolizar o conhecimento e a verdade? R. Sua pergunta é capciosa, meu amigo, e entendo que a você lhe molesta isso. Terei que dizer-lhe a propósito de suas perguntas que todos os membros das escolas que você menciona estão incomodados com meus ataques e eles têm razão de estar incomodados, porque não há coisa que mais doa que a verdade e precisamente eles se sentem ofendidos quando eu lhes tiro o mais sagrado que eles amam, isto é, o véu com que se cobrem, a manta peluda com que cobrem suas próprias corrupções morais. Não é que eu pretenda monopolizar o conhecimento, o que quero é precisamente o contrário e por isso ataco, porque a verdade não se pode monopolizar e os membros de todas essas instituições não somente quiseram monopolizar a verdade, senão também a mercantilizaram. 8-P. Mestre, a você não dá pena abordar o tema sexual tão diretamente, não se envergonha que o tachem de pornográfico? R. Ao que deveria lhe dar vergonha é a você por fazer-me essa
pergunta. Essa pergunta me revela às claras que você deve ser um fornicário, pois para o puro tudo é puro e para o impuro tudo é impuro. Se a mim me desse vergonha tratar sobre os problemas sexuais, isso denotaria às claras que eu também estaria sujo internamente, mas como estou limpo, falo com a naturalidade com que pode falar um menino sobre o que é natural. E quê? 9-P. Mestre, muitas pessoas desejariam a prisão para você em obediência ao que você ensina. E o Mestre respondeu: R. Pobres pessoas, meu amigo, não sabem o que têm entre suas mãos; minhas obras sobre “O Matrimônio Perfeito” e “A Revolução de Bel” são para formar uma raça de Deuses. Nelas entrego à humanidade o que jamais ninguém havia entregado, as mesmas chaves do “Éden”; mas já vê você, amigo meu, que todos os redentores morrem crucificados. A ingratidão é a moeda com que paga o Demônio. Todos os Irmãos Maiores da humanidade receberam as piores infâmias como pagamento a seus sacrifícios; Cristo morreu crucificado. Sócrates envenenado com cicuta; Apolônio de Triana, encarcerado; Joana D´Arc, queimada na fogueira; Simon Bolívar, libertador de cinco repúblicas de nosso Continente, passou os últimos dias de sua vida quase na indigência: triste e decepcionado, e não o alojou em sua casa nenhum dos colombianos pelos quais ele se sacrificou, senão precisamente um dos inimigos contra os quais ele combateu. Gandhi, o grande Mahatma, libertador da imponente e majestosa Índia, morreu assassinado à bala por um de seus próprios compatriotas, por um de seus mesmos libertados. Assim, meu amigo, para mim seria uma honra ir à prisão e até ao cadafalso se fosse necessário para salvar o mundo da dor e da amargura. Saiba você que estou disposto a sacrificar-me pela humanidade, até dar a última gota de sangue com o objetivo de iniciar a nova Era de Aquário. 10-P. Mestre, a você lhe agrada o comunismo? R. Meu amigo: entendo que sua pergunta é capciosa. Com ela você tenta uma das duas: ou confirmar suas opiniões políticas,
se você é comunista, ou buscar uma arma política para combater-me, se você não é comunista. Deve você saber que a felicidade verdadeira não se encontra dentro de nenhum sistema político. O comunismo como ensaio da mente embrionária da atual humanidade cumprirá unicamente sua missão embrionária; mas quando a mente humana deixar de ser embrionária e amadureça, então o comunismo fracassará totalmente, como fracassaram todos os sistemas políticos da humanidade. Você já verá como Rússia, depois que ganhe a batalha, se dividirá a si mesma por uma revolução política interior, e assim acontecerá que as fundações do edifício comunista serão quebradas e o edifício irá ao chão. Perdoe-me Mestre que o interrompa, mas é que me deixa perplexo, como é isso de Rússia ganhar a presente batalha política e logo cair dividida por ela mesma, depois de ter triunfado? E o Mestre prosseguiu: Cavalheiro, parece que você não estudou História universal. Leia César Cantú para que se instrua um pouco. Não foi por acaso o velho Egito dos Faraós, berço de uma poderosa civilização, na qual beberam: Sólon, Pitágoras, Heráclito de Éfeso, Aristóteles, Plotino, Parménides, e muitíssimos outros? Não foi por acaso Egito a luz da Grécia, da Pérsia, da Assíria, de Roma, de Troia, de Cartago, de Fenícia, de Ática, da Macedônia, etc.? E, no entanto, sendo berço dessa antiga civilização do signo zodiacal de Taurus, sendo a pedra fundamental ou fundamento dessa antiquíssima cultura, que datava de época remotíssima. Você não lembra do acontecimento de Marco Antonio e Cleópatra? Você ignora a decadência que minou os fundamentos dessa arcaica civilização? O Egito não se dividiu a si mesmo? Não se solidificou dentro de si mesmo e com lutas mortíferas sua queda? Não foram seus mesmos filhos que corromperam seu próprio povo? Não foram eles que inconscientemente lhe prepararam a entrada de Dario, Rei da Pérsia? E Jerusalém, a cidade querida dos profetas, o Império do velho Salomão, por acaso não foi ela mesma, aquela que apedrejou seus próprios profetas, e arruinou a si mesmo com guerras entre as doze tribos de Israel, depois de ter fundado uma poderosa civilização entre os países da Media, a Pérsia, a Etiópia, com essas ideias luminosas que brotavam desde os cumes de Sião?
Você acredita, meu amigo, que Nabucodonosor, o poderoso Rei da Babilônia, tivesse podido assaltar a sagrada cidade dos profetas e o templo de Salomão se os próprios filhos de Judá não tivessem se corrompido? Oh! Amigo, você é cru em história, mas eu lhe direi que o “Mene mene Phares Opharsin” (ou seja, o “Mane thecel pharés” como figura nas escrituras) que escreveu o anjo no lado oculto da parede, atrás dos resplandecentes candelabros de ouro e prata no pródigo banquete de Baltazar, poderia também ser aplicado a Rússia e a Roma. Você já verá, meu amigo, comprovará esta profecia dentro de algum tempo. 11-P. Mas diga-me Mestre: Como definiria então, na realidade, o comunismo? E o Mestre continuou: O comunismo não é mais que uma ponte podre entre duas eras, uma que agoniza e outra que quer nascer. 12-P. Bom Mestre, o que ganha com pôr meio mundo de inimigo? R. O amigo parece que está mal de situação econômica e por isso me faz essa pergunta. Eu, por minha vez, perguntaria a você: O que ganha em me fazer essa pergunta? E o sujeito manifestou: Pois realmente eu não ganho nada com a pergunta; e se a fiz, é porque me admira que você, conhecendo a fundo a humanidade se esmere tanto por ela. E o Mestre continuou: amigo, você não tem porque intrometer-se em meu foro íntimo. Você nada ganha em saber o que ganho eu, o que interessa a você saber é o que você ganha com meus ensinamentos. Eu lhe asseguro meu amigo; que o que dá recebe, e enquanto mais se dá mais recebe, isto é uma lei que você pode aplicar a si mesmo. 13-P. Mestre, por que as pessoas quando leem seus ensinamentos, o único que não se explica, é o porquê você, com seus ensinamentos que são tão admiráveis indique que com os Mantras ou vocalização de sons servem para despertar centros internos adormecidos, e por isso se esquivam desses ensinamentos? R. Meu amigo, essas pobres pessoas são ignorantes, e você
deve saber muito bem que a ignorância é atrevida. 14-P. Mestre, por que as pessoas se esmeram mais pela vida urbana (a vida da cidade), que pelo que você diz e ensina? R. Essas pobres pessoas têm razão, porque a vida urbana lhes oferece comodidades, dinheiro, prazeres, vícios, jogos, amizades, vida social, escutar falar mal dos demais e enfim: tudo aquilo que é grato para eles. Em troca, em meus ensinamentos não lhes ofereço nada disto, por isso é pelo que é mais fácil e mais cômodo o caminho negro, porque é largo e cheio de vícios e prazeres. Precisamente a mesma pergunta que você me faz nos explica às claras por que a evolução humana fracassou e a humanidade caiu no abismo da dor e da amargura. 15-P. Mestre, por que você cura e conhece tanto de medicina? R. Porque conheço a anatomia, a biologia, a fisiologia, química oculta e patologia de todos os sete corpos do homem, enquanto a ciência oficial conhece unicamente o corpo mais grosseiro do homem; aliás, ninguém pode ser médico se antes não tiver sido ungido por Deus. Saiba você que estou de acordo com o Mestre Paracelso quando este afirmava: “Nem as Universidades, nem os Papas, nem os reis poderão dar ao homem o poder de curar, se antes não tiver sido ungido por Deus”. Precisamente está em circulação meu livro que colocará à ciência médica sobre uma nova base. Esta obra se intitula “Tratado de Medicina Oculta e Magia Prática”. 16-P. Mestre, se é verdade que você sabe tanto, por que não vive em Paris, Londres ou Nova York, e não entre nós que mal entendemos o que você disse? Mestre respondeu: R. Parece que o amigo gosta muito das poses de comediante e o exibicionismo, o espetacular, mas nenhum dos membros da Loja Branca buscamos jamais esses exibicionismos, antes pelo contrário, nós gostamos da modéstia e até viver anônimos e desconhecidos, mas isso sim, sacrificando-nos pela humanidade. 17-P. Mestre, as pessoas não acreditam em seus ensinamentos!
R. A mim não me interessa que acreditem em meus ensinamentos, a mim o que interessa é que os compreendam, e se não o compreendem nem os querem compreender, isso se deve a que as pessoas não têm tempo para estudá-los, pois todo o mundo está ocupadíssimo no trabalho de explorar seus semelhantes e na satisfação de seus prazeres bestiais mais degradantes. Devemos sentir compaixão por essas pessoas, meu amigo, pois todas essas pessoas cairão no Avitchi de que nos fala a Mestra H. P. B. em seu sexto volume da Doutrina Secreta. 18-P. Mestre, você poderia dizer-me quem individualizou a mente humana? R. Com muito gosto, meu amigo, e até me agrada sua pergunta, pois vejo por ela que você tem certas inquietações espirituais. Acredito que você ouviu falar de Hermes Trimegisto, o Deus Íbis de Thot; adorado pelos egípcios. E a propósito, lembro agora, que no Egito há um baixo relevo no qual aparece o Deus Íbis de Thor, com o membro viril em estado de ereção, e ao pé uma inscrição que diz “DOADOR DA RAZÃO”. Não lhe parece estranho que se relacione com Hermes com a razão e com o membro viril? E o espiritualista respondeu: Sim Mestre, isso me parece estranho, mas não compreendi. E o Mestre prosseguiu: O Símbolo fala claro meu amigo. O átomo Mestre da mente reside no sistema seminal do homem, e quem lhe deu este átomo ao homem foi Hermes Trimegisto, o mensageiro do Deus Mercúrio. Este átomo é quem dá ao homem toda a sabedoria da Natureza, e o que o instrui na sabedoria oculta quando o homem, a força de praticar magia sexual com sua mulher sacerdotisa, o faz subir à cabeça. O espiritualista disse: graças, Mestre, por sua explicação, mas eu queria que me explicasse quem é esse Deus Mercúrio de quem você fala, e me perdoe a impertinência.
O Mestre respondeu: você não se preocupe, meu amigo, que com muito gosto responderei sua pergunta. O Deus Mercúrio é um homem perfeito, sua presença é realmente sublime, parece um ancião venerável de barba longa, rosto rosado e cor de fogo; tem sua morada em um templo do coração do planeta Mercúrio, e leva sempre por cetro o tridente da mente, que é o mesmo que usam os Brahmanes da Índia Oriental. O tridente simboliza o jogo triplo de força dos átomos transformadores da mente. O Deus Mercúrio é um Anjo estelar, e a estrela Mercúrio é seu próprio corpo físico; foi ele quem enviou Hermes à Terra. O espiritualista, interrompendo a palavra do Mestre disse: perdoe-me Mestre, que o interrompa novamente, mas é que quero perguntar-lhe algo muito importante: Se poderia obter ajuda, invocando ao Deus Mercúrio, e o Mestre respondeu: Os Deuses sempre estão dispostos a ajudar o homem, quando o que se pede é justo. O espiritualista, algo pensativo, disse ao Mestre: Mestre, eu ante tudo, quero ter uma mente poderosa e firme. Seria possível que o Deus Mercúrio me ajudasse? E o Mestre lhe respondeu: Peça ao Deus Mercúrio (A mãe do pescado); concentre-se no Deus Mercúrio com todo seu coração e com toda sua alma, em oração profunda durante uma hora, rogando-lhe que lhe entregue essa substância mental para que lhe dê “firmeza à Mente”, e tenha você a segurança meu amigo, que se o Mestre considera seu pedido justo, concorrerá a seu chamado e colocará dentro de seu corpo mental uma bola branca formada pela substância raiz do corpo mental que reside na mente ígnea do Íntimo. Essa substância monádica lhe dará a você uma firmeza mental, jamais nem sequer imaginada por você, mas se seu pedido não é justo, de nada lhe servirá um milhão de súplicas. Esta substância monádica, chama-se “A mãe do pescado”, e isto nos lembra o peixe Oanes e ao profeta Jonas, vomitado por um peixe. O peixe simboliza o Íntimo, a força mãe de “Manas” (A Mente). O que a possui se torna poderoso no mundo da mente; mas é necessário ser “muito digno e muito merecedor” para ter a honra de recebêla.
Um milhão de vezes poderia chamar o indigno e não será escutado. Para o indigno todas as portas estão fechadas, menos a do arrependimento. 19-P. Um estudante Heindelista Rosacruz: Mestre, é certo o que diz Max Heindel, que assim que expirou Jesus Cristo, não teve trevas como disse a Bíblia, senão muita luz? E o Mestre respondeu: Max Heindel não alcançou à “Alta Iniciação” e por isso não pode esclarecer bem isto, mas eu que sou um Mestre de Mistérios Maiores, sim posso esclarecer-lhe a você isto: A Bíblia, ao relatar-nos o acontecimento do Gólgota e ao afirmar que no momento em que o Senhor expirou, a Terra se encheu de trevas, simplesmente nos pinta um feito espiritual, real e verdadeiro, que se repete em todo iniciado que chega à Alta Iniciação, e é que no Instante do homem unir-se com seu Íntimo, fica submerso na profunda treva do infinito, iluminando-se com seu próprio azeite espiritual, a luz que antes o iluminava em todos os planos cósmicos e em todo o Infinito “era emprestada” essa luz com que se nutria, era a luz dos Deuses; eles eram seus pais espirituais e o nutriam com essa luz. Agora ele tem que nutrir a outros com sua própria luz. Os Deuses o alimentavam, o cuidavam, o iluminavam e o nutriam da mesma forma em que uma mãe o faz com o fruto de suas entranhas, enquanto este cresce e se torna apto para trabalhar e ser um cidadão consciente, mas uma vez que este é capaz de bastar-se a si mesmo, já não necessita de seus pais. Assim aquele que se une com seu Íntimo já é um irmão maior capaz de iluminar-se a si mesmo, com seu próprio azeite espiritual extraído da árvore da ciência do bem e do mal, e então os Deuses lhe retiram a luz que o nutriram durante seu estado de gestação espiritual no seio da bendita Deusa Mãe do mundo. Mas ao nascer à vida espiritual, o homem já se torna um cidadão consciente do cosmos e tem então que iluminar-se com seu próprio azeite espiritual. Durante os primeiros dias da Alta Iniciação o Mestre sente a nostalgia, aquela do jovem que, abandonando pela primeira vez seu lar paterno, se sente interno dentro das grandes cidades, em busca de trabalho para conseguir o pão. Agora já não há para ele considerações, agora, somente rostos estranhos onde “cada um é cada um”, onde cada
um tem que bastar-se a si mesmo. Agora, acredito que o amigo já compreendeu o significado oculto de sua própria pergunta. E o Heindelista, perguntou novamente: Mestre, e o Gólgota da Alta Iniciação, onde se passa? E o Mestre respondeu: O Gólgota da Alta Iniciação se passa em carne e osso, meu amigo, e nisto não falta jamais um Judas, nem uma Madalena, nem um Pedro, e em pleno calvário o discípulo se sente abandonado por seu próprio Íntimo, e o mundo já não tem para ele nenhuma atração. Então o iniciado exclama cheio de dor: “Meu pai, por que me abandonou?”. O Iniciado tem que viver seu próprio Gólgota e repetir a vida do Cristo nele mesmo, e ressuscitará nos mundos internos ao unir-se a alma com o Íntimo. Este processo da Iniciação é muito minucioso e delicado, e por isso somente posso dar-lhe uma resposta sintética e superficial, pois seriam requeridas horas inteiras e até anos inteiros para relatar a você o processo da Alta Iniciação. Além disso, o esoterismo proíbe revelar os grandes segredos da Alta Iniciação ao profano; por isso, somente me limito a dizer-lhe que o Gólgota da Alta Iniciação se passa em carne e osso e que a ressurreição é interna. Acredito que com isto você terá me compreendido; o resto “intua-o”, meu amigo. A Iniciação é tua própria vida! A Iniciação é um parto da Natureza e todo parto é doloroso! O Heindelista perguntou novamente: Mestre, você me disse que o Gólgota se passa em carne e osso, e embora eu passe por impertinente, eu quero saber algo concreto sobre o seu: Quem foi seu Judas e quem foram seus acusadores? E o Mestre respondeu: Já lhe disse que com todos os detalhes da Alta Iniciação se encheria um volume inteiro, mas com muito gosto respondo a sua pergunta: Meu Judas foi um discípulo muito estimado, e meus acusadores, me dói confessar-lhe, a maior parte foram os espiritualistas da Colômbia, os inimigos de minha obra “O Matrimônio Perfeito”;
todos eles protestavam contra mim e contra minha obra e no astral me acusavam ante um mago negro que foi meu Pilatos. Se você, meu amigo, quer chegar à Alta Iniciação, terá que viver toda a tragédia do Gólgota em carne e osso. Já lhe disse que a Iniciação é sua própria vida, mas jamais poderei entregar-lhe ao profano os segredos esotéricos da Alta Iniciação, porque isto seria profaná-los. Você terá também seu Judas, seu Pilatos e seus acusadores quando se decidir a subir em seu próprio Gólgota. 20-P. Mestre, você acredita que uma pessoa, por amor a Deus, deve suportar as impertinências de seu próximo ou deve defender-se? R. Amigo, cada um se defende com o que tem de mais forte: o imbecil dando patadas, e o sábio com sua sabedoria. O sábio sabe perdoar e escuta com resignação ao rancoroso fazendo-lhe participar de sua magnanimidade. Conta-se que Buda, que tendo sido insultado grosseiramente por um perverso, a cujos ouvidos chegou a notícia de que aquele não se alterava ante ninguém nem ante nada, que depois de receber o insulto, lhe disse: Meu filho, se tu levas um presente a uma pessoa e ela não o aceita, de quem fica sendo esse presente? E o rancoroso respondeu: Ora, meu, de quem mais? O Buda satisfeito respondeu-lhe: Agradeço teu presente, mas não posso aceitá-lo. 21-P. Um artesão: reencarnação?
Mestre,
o
que
você
entende
por
R. Meu amigo, eu entendo por reencarnação trocar de roupa. “Mestre, mas eu não me troco semanalmente de roupa e, no entanto não compreendo a que roupa se refere você”. O Mestre prosseguiu: Você poderia dizer-me quem é você? E aquele respondeu: Eu sou um homem de carne e osso, que tenho uma alma imortal. E continuando o Mestre disse: Caramba, amigo, me surpreende que você pense o contrário.
“Mestre, diga-me por que eu penso ao contrário?” Amigo, porque você se confunde com a roupa. Você não sabe que é uma alma que tem um corpo, e não um corpo que tem uma alma? - “Como assim? Mestre, eu jamais tinha dado atenção a esse fato”. - Amigo, nós somos almas e o corpo de carne e osso, é tão somente um vestido de pele feito por dois alfaiates de ambos os sexos: teu pai e tua mãe, ou seja, o vestido de pele de que nos fala a Bíblia. Agora bem, amigo, se você danifica uma roupa das que você usa o que faz depois de danificado, quer dizer, que não lhe serve? E o interlocutor respondeu: Pois simplesmente o boto no lixo. Mestre: “E se queres repor teu vestido o que podes fazer?” R. Pois vou onde o alfaiate está para que me faça um novo, e com ele me sinto como novo. O Mestre continuou: "E se o vestido de pele se danifica, o que fazes?” “Pois, Mestre, para o cemitério: isso o sabe todo o mundo”. Prossegue o Mestre: e se queres repor esse vestido de pele aonde irias? “Isso sim não o sei, Mestre, a menos que você me diga”. Meu amigo, já lhe disse que você é uma alma e que seu corpo é sua veste, e que há necessidade de mudar de roupa constantemente, assim, pois, se você quer repor esse vestido de pele, tem que ir onde há outro par de alfaiates para que lhe confeccionem outro vestido de carne e osso, bem feito e na sua medida. O interlocutor: mas Mestre, isto me parece estranho, como podem voltar a fazer-me outra veste de carne e osso? O Mestre: Explique-me meu amigo, de que forma lhe fizeram o vestido de carne e osso que tem agora? E o primeiro sorriu maliciosamente (parece que havia se recordado da união de seus pais), e o Mestre ignorando o interlocutor continuou: O amigo é malicioso, (risos do auditório), da mesma forma que lhe confeccionaram o atual vestido de carne e osso, dois seres humanos, assim mesmo e da mesma forma, outro homem e outra mulher, lhe confeccionarão outro vestido de carne e osso, bem feito e na sua medida.
“Mestre, eu voando o faria, mas como faço para ter consciência de mim, depois de morto?” E o Mestre respondeu: Amigo, quando você tira a roupa, seja para banhar-se, ou simplesmente para trocar-se, você quando está sem roupa não tem consciência de si mesmo? E o interlocutor respondeu: Claro que sim Mestre, porque eu percebo que estou sem roupa, e o Mestre continuou: Você é uma alma meu amigo, o expliquei e não me cansarei de explicá-lo, e o corpo é tão somente seu vestido de pele, assim pois, não há morte, senão simplesmente a troca de veste, mudar-se de roupa, porque o verdadeiro homem é a alma, e a alma sempre vive consciente de sua própria existência, e para ela o processo de nascer e morrer não é nada mais que uma troca de roupa; assim, toda mulher em estado de gravidez, leva dentro de seu ventre a alma de um defunto pois toda criança que nasce, é um morto que ressuscita. Nós, os gnósticos cristãos, sabemos entrar e sair do corpo de carne e osso de forma consciente e a vontade, por isso não temos medo da morte. Por isso nossa sabedoria; precisamente porque lembramos de nossas experiências de todas as nossas vidas passadas. Por isso causamos assombro aos que vivem nas trevas. 22-P. Mestre, e quantas vezes uma pessoa troca de roupa? R. Diga-me: Quantas vezes você trocou de roupa em sua vida? O interlocutor respondeu: milhares de vezes; tantas que não me lembro. E o Mestre continuou: O mesmo acontece com a roupa de pele, meu amigo. Se tu pudesses lembrar todos os vestidos de pele com que te vestiste e despiste, desde que o mundo é mundo, poderias formar com todos esses vestidos juntos uma montanha de cadáveres. Da mesma forma, se tu pudesses recolher toda a roupa que usou desde que nasceste até a data atual de tua vida, formarias com ela também uma verdadeira montanha de roupas e de trapos velhos e, no entanto, tu és o mesmo, não mudou, apesar da inumerável quantidade de roupas que usou. Nós, os gnósticos, lembramos todas as nossas vidas passadas e conhecemos todas as nossas vidas futuras e sabemos nos vestir e despir à vontade. 23-P. Mestre, e até quando nos cabe estar vestindo-se e
despindo-se com roupa de pele? E o Mestre continuou: Até quando chegarmos à santidade perfeita. 24-P. Mestre me fascina o que você disse, mas para mim é muito duro abandonar meu sistema sexual porque já estou acostumado. R. O Mestre respondeu: Isso mesmo disse Raimundo e todo mundo e é que o costume se torna moda, meu amigo. A humanidade pegou a moda de fornicar desde que saiu do paraíso e se quer voltar ao paraíso novamente, tem que tomar o costume de não fornicar. Mestre, mas como faz alguém para não fornicar? Eu tive um tempo em que me “aguentei” sem mulher e então às noites me sobrevinham sonhos pornográficos e poluções noturnas que estavam me descalcificando horrivelmente, e de ter continuado com minha abstinência sexual, já tinha ido parar no cemitério ou a um asilo de alienados. E o Mestre lhe respondeu: Amigo, você tem razão, eu conheço também o caso de um religioso em Cúcuta que se sujeitou totalmente a seu voto de castidade e, como consequência, se inflamaram suas glândulas sexuais porque se encheram de forma exagerada de esperma. Você compreenderá que o ser humano come, bebe, assimila, e, em consequência, seus vasos seminais vão preenchendo-se de esperma, e então nós explicamos o caso do religioso de Cúcuta. E como não houve poluções noturnas, já que o religioso era casto de verdade, os médicos tiveram que operá-lo para extrairlhe o excesso de esperma. Mas, se esse religioso tivesse conhecido a castidade científica, teria se tornado um verdadeiro super-homem, um gênio de Deus, com essa quantidade de matéria seminal armazenada em suas glândulas, mas desafortunadamente estes conhecimentos sobre castidade científica, os religiosos da época atual já os têm esquecidos, e digo que os têm esquecidos, porque os sacerdotes do cristianismo primitivo, daquela religião cristã gnóstica que Pedro fundou em Roma, e à qual pertenceram todos os príncipes da Igreja Gnos-católica, tais como Tertuliano, São Ambrósio, Irineu, São Tomás de Aquino, São Agustín, Orígenes, Carpócrates, que fundou vários conventos na Espanha, o Patriarca Basílides, Marco, que cuidou da Unção gnóstica, Cerdon e muitos outros
cristãos primitivos que conheceram a fundo o cristianismo e seus segredos, praticaram a fundo a castidade científica, quer dizer, a magia sexual, que nós pregamos, propagamos e difundimos para o bem da humanidade e para maior glória de Deus. 25-P. Mestre, queria que me dissesse que relação existe entre os 7 chacras do corpo astral e as 7 igrejas? O Mestre respondeu: Os 7 chacras do corpo astral, as glândulas endócrinas e seus correspondentes etéricos e mentais são tão somente os exponentes puramente animais dos 7 sóis do Íntimo. Estes 7 sóis do Íntimo residem em sua alma de Diamante. Assim, quando dizemos que o Kundalini abre as 7 Igrejas sob a direção do Íntimo, estamos falando da Cristificação da alma de Diamante. Esta tem que acender seus sete sóis e Cristificar-se totalmente para poder fundir-se com o Íntimo. O olho de Brahma tem a figura de uma estrela branca e resplandecente, que o Mestre leva em sua fronte divina. O ouvido de Brahma é um sol branco amarelado que o Mestre leva em sua laringe criadora. O coração de Brahma brilha com as cores branca e azul divino, no coração do Mestre. E no umbigo de Brahma resplandece o fogo solar e, por último, os outros três centros de Brahma brilham como sóis inefáveis. O Íntimo tem suas 7 Igrejas em sua alma de diamante, e os Chacras astrais são tão somente seus expoentes animais; algo assim como a sombra dos sete sóis do Íntimo. Não interessa a nós gnósticos, não nos interessa o psiquismo inferior nem os chacras astrais da alma animal, a nós somente nos interessa a alma de diamante e o Íntimo. A nós somente interessa os poderes superlativos da consciência, devemos terminar o processo da alma animal e extrair com heroísmo os extratos anímicos de nossos corpos inferiores para assimilar esses extratos anímicos dentro de nossa alma de diamante e realizarmos cada um como um Brahamin, como um Dhyanchoan, como um Pitri solar.
A alma de diamante é o corpo Búdhico ou intuitivo, é o corpo do espírito de vida, é a “alma-espírito”, é Buda, a consciência superlativa do Ser. E embora os chacras astrais girem e resplandeçam, eles não são senão simples e míseras velas de sebo comparando-os com resplendor inefável das sete Igrejas que o Íntimo tem localizadas em sua alma de diamante, feliz aquele que se liberte dos corpos de pecado. 26-P. Um matemático: Diga-me Mestre, em síntese, que é a evolução? R. A evolução é o espiral da vida em progressão infinita. Nós somos focos de consciência que aspiramos a ser cada vez maiores dentro da grande consciência. Pergunta: eu não entendo a vida senão à base de números, assim que a partir do ponto de vista matemático, poderia você dizer-me que coisa é a morte? E o Mestre respondeu: “A morte não é mais que uma subtração de frações”, por sua vez perguntou ao matemático: O cavalheiro poderia responder-me que fica depois de que fez uma subtração de frações? E o matemático um pouco pensativo respondeu: FICAM OS VALORES. E o Mestre prosseguiu: Essa é a morte amigo: morto o corpo físico do homem, ficam os valores da consciência, os quais somados constituem a alma do homem. 27-P. Um espiritista: Mestre, eu tenho um poder hipnótico formidável, consegui levar até a catalepsia a muitas pessoas. Com minha força hipnótica rompo uma lâmpada, e fiz maravilhas. Como lhe parecem a vocês meus triunfos? R. Meu amigo, essa força vital que você gasta tristemente nesses deploráveis espetáculos que a nada conduzem, deveria bem utilizá-la na prática da meditação interior e em esforços de superação incessante. Esses fenômenos são obra do psiquismo inferior da alma animal. Você deve saber que nenhum entendido discípulo dos Mestres se ocupará jamais dessas “tolices”. Nós temos duas almas: uma divina e outra animal; a primeira nos trás
até o Íntimo; a segunda, até as paixões puramente animais, e até o psiquismo inferior, hipnotismo, mesmerismo. O hipnotista, preocupado respondeu: Mestre, você me deixa surpreso. Então o que me aconselha? E o Mestre respondeu: Eu lhe aconselho, meu amigo, que faça uma soma total de todos os próprios defeitos e que logo os acabe a todos, de um a um, dedicando-lhe dois meses a cada defeito, pois o que tenta acabar com todos os seus defeitos ao mesmo tempo se parece com o caçador, que quer dar a caça a dez lebres ao mesmo tempo; então não caça nenhuma. Este esforço de purificação Incessante, junto com as práticas diárias de magia sexual e meditação interior, o conduzirão até o Gólgota da Alta Iniciação, onde você se unirá com seu Íntimo e se converterá em um Anjo. Este trabalho de autoenaltecimento espiritual e de aperfeiçoamento superlativo é muitíssimo mais importante que cultivar poderes tenebrosos da alma animal e do psiquismo inferior. Estas práticas de hipnotismo, mesmerismo, espiritismo, somente conduzem à ruína e à degeneração moral a quem as pratica. Um Logos Solar é o resultado de “milenárias” purificações, e cada um de nós é chamado para ser um “Logo Solar”, um Deus. O hipnotista: Mestre, é que eu desejo ter grandes poderes, então como faço? E o Mestre respondeu-lhe: Não desejeis poderes, eles são flores da alma que nascem quando nos “santificamos” totalmente. “Buscai o reino de Deus e sua justiça; que todo o demais se lhe dará por acréscimo”. Este assunto de andar buscando “poderes” levou muitas pessoas à magia negra e ao manicômio. Nós, os gnósticos, não desejamos poderes, nos preparamos para recebê-los através de incessantes purificações. 28-P. Um espiritualista: Mestre, qual é o Mantra para despertar a intuição? R. O Mantra para despertar a intuição se escreve assim: OM MANI PADME JUM e se pronuncia assim: OM MASI PADME o YOM. Lamento que na página n 37 de minha obra intitulada “A
Revolução de Bel”, tenha sido cometido um erro de Impressão na primeira sílaba do Mantra, pois não é ONI como ali se lê, senão OM e se pronuncia tal como aqui o indico, quer dizer, silabando cada letra assim: OOOOMMMM MMMMAAAA SSSSIIII PPPPAAAADDDMMMEEE YOOOMMM e significa: “Eu estou em ti e tu estais em mim”. “Eu sou a joia do lótus e nele permanecerei”. Esta é uma oração ao Íntimo. Ele é nosso pai que está em segredo, nosso espírito individual, nosso real “Eu”. Em linguagem cristã Om masi padme yom poderia expressar-se com a sétima frase que pronunciou o Mestre em Gólgota”: “Meu Pai, em tuas mãos encomendo meu espírito". Om masi padme yom, deve-se pronunciar com o coração, e submerso em profundo recolhimento, adorando o “Íntimo”, amando o “Íntimo”, em meditação profunda... E assim despertará a intuição, e o cristão aprenderá a contar com seu pai que está em segredo. 29-P. Um discípulo: O Mestre poderia explicar-me algo sobre a vinda do Espírito Santo e o Pentecostes? O Mestre respondeu: Com muito prazer, meu amigo, observando cuidadosamente a Bíblia veremos que o evento de Pentecostes, em que os apóstolos receberam o Espírito Santo, veio depois do sacrifício do Gólgota, e isto é muito significativo. Quando o gnóstico já passou pelo Gólgota da Alta Iniciação deverá continuar praticando a magia sexual com sua mulher sacerdotisa por dois motivos: o primeiro, para manter a harmonia de seu lar, pois a relação sexual entre marido e mulher é indispensável, e isto qualquer pessoa que viva vida conjugal o compreende; e o segundo, para receber o Espírito Santo da Pentecostes. O fogo do Kundalini é o fogo do Espírito Santo, e este sai fora depois de abrir o seu “caminho” pela parte superior do crânio através de certo orifício etérico o qual sempre permanece fechado em pessoas comuns e correntes. Quando o fogo do Kundalini sai do corpo humano mediante “supremos esforços” de magia sexual, então assume a figura de uma pomba branca entre uma chama de cor azul.
Essa pomba branca é o Espírito Santo, que nos ilumina com a onisciência do fogo sagrado do Kundalini; já expliquei que o Kundalini é o mesmo fogo do Espírito Santo. Ao receber o Espírito Santo, o Kundalini se converte em instrutor onisciente do Mestre, guia-o sabiamente e o Mestre é filho do Espírito Santo, porque é filho da magia sexual, por isso, o Espírito Santo apareceu na forma de uma pomba sobre o Cristo no instante em que este era batizado no Rio Jordão, e por isso disse: “Este é meu filho muito amado no qual depositei toda minha complacência”. Esta pomba branca flutua sobre a cabeça de todo Mestre e o ensina e guia com sua onisciência, e assim o Kundalini se converte em instrutor, quando dominamos a besta totalmente. Ao sair o fogo do Kundalini fora do corpo físico, Jeová entrega ao Mestre uma joia sagrada profundamente simbólica. Vejamos os Versículos 1, 2, 3, 4 do capítulo 2 dos Atos: “E como se cumpriram os dias de Pentecostes, estavam todos unânimes juntos”. “E de repente veio um estrondo do céu como de um vento forte que corria, o qual inchou toda a casa onde estavam sentados”; “E lhes apareceram línguas repartidas, como de fogo, que se assentou sobre cada um deles”. “E foram todos cheios do Espírito Santo, e começaram a falar em outras línguas, como o Espírito lhes dava o que falar”. Essas línguas de fogo sobre cada apóstolo é o “Kundalini” de cada apóstolo, é a força sexual, é o fogo sagrado da castidade, são os átomos da onisciência. Assim, pois, o Mestre é filho do Espírito Santo, é filho da força sexual, é filho da Serpente ígnea do Kundalini. Quando o fogo do Espírito Santo acende os átomos da linguagem situados na região seminal, o Mestre recebe o dom das línguas e assim fala então todos os idiomas do mundo. Os grandes clarividentes, podemos ver que sobre a cabeça de todo Mestre existe uma chama de cor azul, e, entre essa chama, a figura de uma pomba branca.
Os átomos oniscientes do Espírito Santo, ou energia sexual chamada Kundalini no Oriente, assumem a bela figura da pomba branca para iluminar e guiar o Mestre. Assim, o Mestre é filho do Kundalini. O Mestre é filho da energia sexual. O Mestre é filho do Espírito Santo; e este exclama: “Este é meu filho muito amado, no qual depositei toda minha complacência”. 30-P. De um comerciante: Mestre, eu ante tudo sou um homem prático, e, sobretudo, o que eu necessito é dinheiro, porque cheguei à convicção de que sem o dinheiro não se pode viver. Eu aceitaria seus ensinamentos se eles me servissem para conseguir dinheiro e mais dinheiro. R. Não me explicou como o cavalheiro se atreve a chamar-se a si mesmo de homem prático pelo fato de amar tanto o dinheiro. Pode por acaso chamar-se prático ao criar-se tantos problemas? E o comerciante interrompendo o Mestre, lhe disse: Mestre, mas é que com dinheiro não há problemas. E o Mestre continuou: Se o dinheiro não cria problemas, então por que o mundo tem tantos problemas tendo tanto dinheiro? E continuando o Mestre disse: Pode chamar-se homem prático quem passa uma vida acumulando dinheiro para no final não poder levá-lo a tumba, mas vem a servir seu tesouro para trazer o conflito entre seus herdeiros? Não sabe que o dinheiro que se acumula com tanto empenho e privações, morre com seu dono, já que passa ao poder de outras mãos, e geralmente são de olhos que o estavam olhando com ganância e logo o gastam com desprezo? Pode isto ser prático? 31-P. Mestre: Eu gosto sempre daquilo que me alegra e diverte, e seus ensinamentos, francamente nem me distraem nem me divertem porque se eu quero rir, vou ao cinema para assistir Cantinflas; se quero saber da informação do momento, leio os jornais; se quero erudição, leio o Dicionário Enciclopédico; assim, me distraio, me informo e obtenho erudição. Então para que quero seus ensinamentos? R. Cavalheiro, entendo que para você o que interessa é divertirse e nisto de diversões vejo que você não é perito, porque se
fosse perito em diversões você já teria descoberto atrás de todas essas poses de comediantes o truque que lhe serve de base a tudo isso, em consequência, já não se riria, mas sentiria compaixão pela pessoa que lhe brinda as palhaçadas ao descobrir que dentro da alma daquele cômico se encerra a dor que acompanha todo ser humano, e que as poses que lhe brinda não tem outro objetivo que os porta-moedas que busca o ator, sabe Deus, para resolver quantos problemas e quantas tragédias de sua vida privada. Você já vê que não é perito em diversões, nem sabe divertir-se, porque se você soubesse, recrearia com a música de Chopin, com a de Beethoven ou com a de Liszt, e vocês gozaria realmente de ler o Hamlet de Shakespeare, o Fausto de Goethe, então sim você seria perito em diversões porque aprenderia a sorrir com as ocorrências de Mefistófeles ou com o Corcunda de Paris, ou com as de Moliére e suas caricaturas, enquanto que agora somente sabe gargalhar, como disse o grande poeta Julio Flores: “Como um louco, como um idiota”. 32-P. Mestre: a vida espiritual é muito bela, mas uma pessoa com esta vida tão difícil e tão dura tem primeiramente que ver por sua mulher e seus filhos, e isto não lhe permite dedicar-se à vida espiritual que você prega. R. O amigo está cometendo um erro gravíssimo ao querer estabelecer um abismo entre a vida espiritual e a material, é que o cavalheiro não percebe que a vida cotidiana com sua labuta brutal é precisamente a oficina onde trabalha o “Íntimo”, é a maravilhosa escola onde a Alma adquire e aperfeiçoa todas as suas capacidades. Aquele que despreza esta maravilhosa escola, não é espiritualista. 33-P. Um espiritualista-comunista-cristão-intelectual: Por que na página 29 de teu livro “O Matrimônio Perfeito” dizes que há almas sem redenção? Eu te digo que se Deus cria almas para que não se salvem esse Deus seria mal, o qual não é assim. Como verás tua afirmação está muito mal. R. Amigo, um Mestre expõe suas vivências, quer dizer, o que vê, toca e apalpa, para que outros igualmente a ele façam o mesmo.
Você têm suas razões e as expõe e até pode convencer a milhares de ouvintes com o que você afirma, mas o mundo continua o mesmo, em nada se modifica porque você, e os que a você seguem, acreditam que estão com a razão: eu pelo momento me limito a dizer-lhe que a razão é um instrumento da alma animal e como tal apresenta argumentos e formas conclusivas que parecem verdade. Real é aquilo que alguém mesmo experimenta. Ninguém pode experimentar raciocínios nem teorias, nem vão palavreado sem substância de conversa ambígua. O Mestre é uma pedra incólume, portanto ele expõe a verdade e guarda silêncio deixando aos demais o trabalho de meditar e até combater o que ele afirma. O intelectual joga com os raciocínios e palavras, como uma criança com seus brinquedos, mas a pedra da verdade não joga, ela é a base fundamental da sabedoria. A verdade é a pedra filosofal, e a pedra filosofal, é o Íntimo do homem, por isso. Cristo disse a Pedro: “Tu és Pedro (que quer dizer pedra) e sobre essa pedra edificarei minha Igreja”. Cristo não disse que sua igreja se fundamentaria sobre os corpos astral ou de desejos, vital, físico nem intelectual que pertence ao corpo mental, senão “sobre a pedra”, quer dizer, sobre o Íntimo. Agora, se você quer confirmar (não lhe digo evidenciar porque você ainda não despertou positivamente suas capacidades internas) o que eu afirmo na página 29 do “O Matrimônio Perfeito”, busque os documentos das Sagradas Escrituras. Vejamos os Versículos: 23, 24, 25, 26, 27 e 28 do Cap. 13 de São Lucas: “E disse-lhe alguém: Senhor, são poucos os que se salvarão? E ele lhe disse: “Persista para entrar pela porta estreita; porque os digo que muitos procurarão entrar e não poderão”. “Depois que o pai de família se levantar e fechar a porta, e começareis a estar fora, e chamar à porta, dizendo: Senhor, Senhor, abre-nos! E respondendo os dirá: “Não os conheço de onde sejais”. “Então, começareis a dizer: diante de ti comemos e bebemos, e em
nossas praças ensinaste”. “E os dirá: Digo-lhes que não os conheço de onde sejais; afastem-se de mim todos os operários de iniquidade”. “Ali será o pranto e o ranger de dentes, quando vereis Abraão, Jacó, Isaac e a todos os profetas no reino de Deus, e vós excluídos”. A interpretação que nós damos a este documento, fidedigno, é sabiamente corroborada pela Mestra Blavatsky nas últimas o páginas do 6 volume da Doutrina Secreta, quando nos fala sobre o Avitchi. O espiritista um tanto preocupado interrompeu novamente dizendo: Mestre, eu queria que você me dissesse claramente o que é o que consegue salvar-se das almas perdidas, quando estas caem no abismo? Com muito prazer responderei a sua pergunta: Quando as almas Demônios caem no abismo, somente se salva o “Eu superior” formado por “Atman-Buddhi”, mas o “eu inferior” se desintegra no abismo através dos Aeons e dos séculos e de forma lenta e terrível suportando as angústias mais espantosas entre o pranto e o ranger de dentes, esse é o horrível final das almas infernais. O final das almas malvadas é horrível: trevas, choro e desespero, esse é seu desastroso final. Dessa horrível desgraça somente se salva o Íntimo, quer dizer, o espírito “Atman-Buddhi” falado em língua oriental, estes dois princípios superiores do homem são eternos, mas atualmente existem em carne e osso muitas almas infernais já separadas totalmente de seu “Ego superior” e muitas dessas almas malvadas são de brilhantíssima intelectualidade. Existem damas de beleza extraordinária e cavalheiros distintos da alta sociedade, já totalmente separados de seus “Íntimos”; esta classe de pessoas irá para o abismo imediatamente assim que morram, sem consideração nenhuma, essa é a segunda morte de que nos fala o Apocalipse. E de nada lhes servirão novenários, nem missas de “réquiem”, porque o abismo é o abismo. 34-P. Mestre: Por que você para escrever não requer livros de consulta, nem dicionários enciclopédicos, nem possui biblioteca
alguma? R. Porque eu não sou intelectual nem quero sê-lo. O intelecto é totalmente deficiente como capacidade cognitiva. O intelecto se nutre das percepções sensoriais subjetivas e com essas sensações elabora seus conceitos de conteúdo (do que contem suas sensações). Se o ser humano tivesse todos os sentidos desenvolvidos abandonaria o intelecto, porque perceberia que a informação do intelecto é limitada e somente se baseia em cinco dos doze sentidos que o homem tem. Mas como o homem ainda é um embrião, utiliza o intelecto como fonte de informação cognitiva, mas os que já desenvolvemos os sete sentidos restantes não precisamos do intelecto para nada, e olhamos com piedade para os intelectuais; eles são para nós, os gnósticos ocultistas, algo assim como as escolas de ensino primário, como o perfume do passado, como as imagens borradas de nossos avós. 35-P. Mestre: Em seus ensinamentos você dá a sensação de que na luz astral fica escrita a verdadeira história de tudo o que ocorre no grande teatro do Universo, e que com nosso corpo astral podemos evidenciá-lo. Isto é assim? R. Realmente, a luz astral é o depósito de todas as formas passadas, presentes e futuras da Natureza, e certamente podemos evidenciá-lo se aprendemos a nos mover conscientemente com o corpo astral; mas estas coisas, meu amigo, realmente não são para estes tempos, porque as pessoas destes tempos não acreditam senão na carne, o sebo e a manteiga, porque a compram e a vendem. Ocorre que os teosofistas, os rosacrucistas de Cherenzi e até o livro “Deuses Atômicos” olham com desprezo o corpo astral e o consideram como um remanescente do passado, como algo sem importância. “E você o que diz Mestre”? E este continuou: A Natureza não faz nada inútil, meu amigo. Verdadeiramente dá vergonha pensar como estas pessoas que se dizem espiritualistas, desprezam as magníficas obras do Criador. Na Índia, por exemplo, há ascetas mórbidos nos bosques mais profundos e torturam seu corpo físico e o desprezam, e até se fazem eunucos, para assim não sentir desejos passionais; outros místicos mórbidos se lançam no rio Ganges e perecem afogados,
e outros se lançam debaixo das grandes rodas dos carros de seus Deuses durante as procissões de Shiva, Vishnú e Brahma, aparentemente por desprezo ao corpo físico, e assim, nesta forma negativa, liberar-se. Quanto às escolas do ocidente, de forma análoga cometem estes mesmos erros ao desprezar seu organismo astral. Nós, os gnósticos, realmente somos positivistas e sabemos que a Natureza não faz nada inútil, e cuidamos, aperfeiçoamos e desenvolvemos os sete maravilhosos instrumentos do homem, para extrair deles o máximo de proveito e a mais profunda sabedoria, de forma de extratos anímicos. 36-P. Mestre, com seus ensinamentos irrefutáveis e cheios de tanta sabedoria logo poderá ser chefe e até líder de muitos seguidores. Não será que você quer converter-se em algo assim como um novo Pontífice ou superlíder? R. Meu amigo, se essa sua suspeita fosse certa então já teria formado uma nova organização, a qual pressupõe como indispensável um chefe e uma mesa do conselho, mas você já verá que nada disto existe, porque para que queremos uma nova organização? O que o mundo ganhou com tantas organizações que possui? Para que acrescentar-lhe mais uma? Já sabemos muito que cada indivíduo encaixa dentro de uma organização, algo assim como uma peça automática dentro de uma engrenagem social, algo assim como uma figura inconsciente que repita sempre os mesmos movimentos automáticos da máquina. Isto se chama simplesmente escravidão. Castramento volitivo. Moralismo excessivo que a nada conduz. Misticismos mórbidos que somente causam vícios secretos. Então para que queremos uma nova organização? Uma organização é uma maquinaria que marcha de acordo com as regras fixas e frias. Como se a vida pudesse encerrar-se dentro das normas artificiais estabelecidas pela estupidez humana. Então para que queremos uma nova organização? Meu amigo, eu não sigo ninguém nem quero que ninguém me siga, o que quero é que cada um siga a si mesmo. O que quero é que cada um escute a seu próprio íntimo. Que cada um converta-se em líder de si mesmo, no chefe de si mesmo e por isso não vim
para fundar nenhuma nova organização nem cobro dinheiro, nem dou certificados, nem estendo diplomas, patentes, autorizações, etc. Não aceito elogios nem adulações, nem homenagens, nem me interessa o desprezo dos rancorosos. Eu não sou mais porque me elogiam, nem menos porque me criticam, porque eu sempre sou quem sou. 37-P. Um letrado: em que revelação ou Teosofia você baseia sua doutrina? R. O cavalheiro na mesma pergunta formulada, tem a resposta. Pois, minha doutrina se baseia no conhecimento revelado que todo o mundo pode obter de seu Mestre interior (O Íntimo). Este conhecimento divino se chama Teosofia, quer dizer, Sabedoria divina. Téo significa Deus e Sophia, sabedoria. A meditação constitui nossa técnica, e quem se torna atleta em meditação pode obter o conhecimento revelado ou “Teosofia” e é neste tipo de conhecimento interior que eu baseio minha doutrina, a qual pode ser obtida diretamente por todo aquele que se dê ao trabalho de desenvolver as capacidades superlativas do ser, através da técnica científica da meditação. Não há que confundir a Teosofia, na qual eu fundamento minha doutrina, com o teosofismo escolástico e mórbido. Esta Teosofia ou sabedoria divina não é de minha exclusiva propriedade, e cada um pode adquiri-la por sua própria conta e sem necessidade de minha intervenção pessoal, porque ela é cósmica e universal, e o Íntimo de cada pessoa é o zeloso guardião dessa arcaica sabedoria. O importante é converter-se em um atleta da meditação para receber esse conhecimento diretamente do próprio Mestre Interior de cada um, quer dizer, de seu Íntimo. 38-P. O letrado: Com ensinamentos?
que autoridade
você
prega tais
R. Cavalheiros: enquanto o homem estiver coagindo sua mente com o complexo de autoridade e de tradição, será um escravo. Esses complexos são travas que incapacitam a mente para compreender a vida livre em seu movimento. A autoridade e a
tradição constituem bancos pétreos aos quais se ancora o barco da mente, e se incapacita para pensar por si mesmo e para compreender-se a si mesmo e ainda se incapacita como instrumento de consciência do ser. Enquanto a mente do ser humano estiver enredada dentro de complexos de autoridade e tradição, o homem será escravo do passado e não poderá compreender o instante eterno da vida livre em seu movimento. Autoridade é exploração, e se o cavalheiro defende alguma autoridade e a preconiza, nisso há exploração. Aquele que desenvolve a intuição, aquele que desperta as capacidades superlativas da consciência, recebe o conhecimento divino e não necessita para isso afiançar-se nos bancos antiquados de supostas autoridades. 39-P. O letrado: Como você explica a mesma criação de Deus e do Universo, já que as almas foram criadas pelo Ser Supremo e não podem ser partículas de divindade porque o criado não pode ser criador? R. O cavalheiro está confundindo a Alma com o Espírito. Uma alma se tem e um espírito se é. Seria melhor afirmar que o espírito é um fragmento ou partícula do divino, e não um simples fragmento ou partícula de uma divindade particular, porque o primeiro baseia-se solidamente na consciência cósmica, a qual é inerente à vida, como é a umidade inerente à água, enquanto o segundo seria um antropomorfismo do divino na forma de um Deus particularizado, o qual seria Idolatria. As almas não foram jamais criadas por um ser supremo; elas são simplesmente o resultado das experiências milenares que o espírito adquiriu através das idades, quer dizer, o extrato conscientivo de todas as experiências adquiridas pelo espírito através de formas cada vez mais perfeitas dentro de um instante eterno. O cavalheiro faz em sua pergunta, uma distinção entre criação e criador o qual é manifestamente absurdo, porque criar significa fazer algo novo e Salomão disse: (Nil nove sub sole) não há nada novo sob o sol. Não existe criação; o que existe é transformação e evolução infinita. Cada fragmento do absoluto em nós aspira a conhecer-se a si mesmo, e este autoconhecimento de si mesmo se realiza mediante as experiências incessantes da vida, através
das quais o espírito adquire consciência de si mesmo, quer dizer, Alma. E quando esta alma já chegou ao sumo de todas as perfeições, então é absorvida pelo Íntimo, e este, converte-se por tal motivo em um Mestre do Cosmos. 40-P. O letrado: Diga-me: Os valores da consciência são próprios do princípio vital ou da consciência anímica? Eu quero que me explique isto. R. Cavalheiro: os biólogos conhecem a biomecânica dos fenômenos orgânicos. Mas o que eles sabem do fundo vital? Nós sim, conhecemos a fundo os princípios vitais do organismo humano e os funcionalismos mais diversos da consciência. Nós jamais confundimos os princípios vitais com os valores da consciência; mas se conhecemos a fundo as interrelações entre os valores da consciência, os princípios vitais e os hormônios, V.gr.: Um enamorado exalta sua energia interior ou princípios vitais atuando através deles sobre as substâncias das glândulas endócrinas, produzindo-se uma grande quantidade de genes e cromossomos, os quais vêm por último a converter-se em espermatozoides. O enamorado, devido à exaltação de sua energia interior, estimula subconscientemente suas glândulas endócrinas para uma superfunção, cujo resultado é uma grande produção hormonal. Assim vemos, muitas vezes, um ancião decrépito encher-se de vigor e vitalidade depois de estar enamorado, e isso se deve à superprodução de hormônios que entraram na circulação sanguínea, graças à exaltação de seus princípios vitais durante a euforia dos valores transcendentais da consciência da alma de um enamorado. Os valores da consciência são, pois, da alma, e não dos princípios vitais que animam o organismo. 41-P. O letrado: Ao ser extinta a espécie humana por resfriamento do sol ou por um choque da terra com um astro, as almas como partículas de Deus aonde vão a não ser reencarnadas? R. Cavalheiro: Os científicos afirmam que o sol vai resfriando-se e assim chegaria o dia em que a terra se resfriaria totalmente e se extinguiria a raça humana. Mas isso não é assim, o Sol não
está resfriando-se, o que está é eterizando e sutilizando simultaneamente com a terra, pois esta também está eterizando e sutilizando, junto com todos os seres vivos que vivem nela. Isto o sabem os pecuaristas e agricultores que vivem em um contato mais estreito com a Natureza. Os gados de hoje não têm o mesmo peso e volume de 50 ou 100 anos atrás, e as matas de banana ou outros produtos agrícolas já não têm tampouco o mesmo volume. Quando Cristo desencarnou no Gólgota, penetrou até o coração da terra e tomou seu corpo, e essa foi a causa do terremoto daquela sexta-feira santa, porque o corpo astral do Cristo se chocou com o corpo astral da terra e o resultado foi o terremoto. Desde aquele dia ele está sutilizando e eterizando a terra com os raios eletromagnéticos da aurora boreal. A terra é o corpo de Cristo. Estes raios saem do coração da terra, e são os raios do Cristo. O éter inundará o ar e então tudo isto que eu preconizo hoje se tornará visível e tangível no ar para o mundo inteiro. O azul do céu, e o azul que vemos nas montanhas distantes, é éter. Neste elemento da natureza estão transmutando as duras pedras e as gigantescas montanhas, os vales profundos e os mares imensos. O mesmo corpo do homem e os corpos de todas as espécies que povoam o planeta, se eterizarão totalmente e por isso, que o apóstolo João no Apocalipse, nos fala da Jerusalém celestial. Esta Jerusalém celestial será nossa terra etérica do futuro; que terá a mesma cor azul que vemos nas montanhas distantes. "E vi um céu novo, e uma terra nova, porque o primeiro céu e a primeira terra se foram, e o mar já não é". "E eu, João vi a cidade santa, Jerusalém nova, que desceu do céu de Deus disposta como uma esposa, enfeitada para seu marido” (Versículos 1 e 2 do Cap. 21 do Apocalipse). Naquele momento, a luz do Sol será desnecessária para nós porque cada um se iluminará com seu próprio azeite espiritual. "E ali não heverá mais noite, e não tem necessidade de luz da tocha, nem de luz do sol, porque o Senhor Deus (O Íntimo) os
iluminará, e reinarão para todo sempre" (Vers. 5 Cap. 22 do Apocalipse). A terra é o corpo físico de um grande gênio (O Cristo). Agora será explicado ao cavalheiro que me fez esta pergunta, o porquê é impossível que a terra se choque contra outro corpo celeste no espaço. Cada astro no espaço é o organismo físico e material de um Anjo Estelar, por isso é impossível que a terra se choque: se isso fosse possível, já teria chocado, tendo transcorrido tantos milhões de anos. 42-P. Aonde vão as más almas depois da morte? Jesus disse: “Na verdade te digo que hoje mesmo verás comigo no Paraíso”. Também disse: “E tu às trevas exteriores”. Assim Jesus nega a reencarnação. O que você diz Mestre? R. Nem há tal morte, nem as almas se vão a alguma parte. Este problemático “Além” tem sido o quebra-cabeças para muitos, e ao amparo desse problema surgiram inumeráveis seitas religiosas com todas as suas mais diversas formas de exploração. Não há tal “Além”, o infinito e a eternidade estão dentro de nós mesmos, aqui e agora. A vida é sempre um instante eterno, e nem o tempo nem o espaço existem. Somos nós mesmos que dividimos o instante eterno da vida, entre um passado e um futuro. O espaço é também outra ilusão porque tudo está dentro de nós mesmos “aqui e agora”. Já dom Emanuel Kant, o grande filósofo alemão, disse em sua “Crítica da Razão Pura”: “O exterior é o interior”. Assim, filosoficamente falando, posso responder a você sua pergunta dizendo-lhe que as más almas submergem dentro da Lua Negra, pois nada está fora, tudo está dentro de nós mesmos; o exterior é o interior. Quando uma alma abandona o corpo, não faz senão entrar dentro de si mesma, aqui e agora; quando a química dos raios solares faça visível o éter da atmosfera, então as almas dos
mortos serão visíveis e tangíveis para todo o mundo, e em consequência os negócios frutíferos à sombra da problemática “Além” sairão de moda. Quando Cristo no Gólgota disse ao bom ladrão “Decerto te digo que hoje estará comigo no Paraíso”, não teve para nada em conta o conceito tempo, inventado pelos homens. Para nós entendermos esta resposta que o Cristo deu ao bom ladrão, vejamos nos Vers. 15, 16 e 17 do Cap. 11 do Apocalipse a resposta que buscamos: “E o sétimo Anjo tocou a trombeta, e foram feitas grandes vozes no céu, que diziam: os reinos do mundo vieram a ser os reinos de nosso Senhor e de seu Cristo, e reinará pelos séculos dos séculos”. "E os vinte quatro anciãos, que estavam sentados diante de Deus em sua cadeira, se prostraram sobre seu rosto e adoraram a Deus". Para compreender o sentido da súplica feita pelo bom ladrão, vejamos o versículo 42 do Cap. 23 de São Lucas: E disse a Jesus: “Lembra-te de mim quando venhas a teu reino”. O bom ladrão disse: “venhas” a teu reino; ele não disse quando “fores” a teu reino, senão quando “venhas” em teu reino. A que reino se referia, pois, o bom ladrão? "Dizendo: te agradecemos, senhor Deus Todo Poderoso, que és, e que eras e que há de vir, porque tomou sua grande potência, e reinou". Por estes versículos Bíblicos percebemos das palavras exatas do bom ladrão: “Senhor, lembra-te de mim quando venhas a teu reino” e da sábia resposta do Mestre: “Decerto te digo, que hoje estarás comigo no Paraíso”. Com isso “o bom ladrão” prova que ele conhecia a reencarnação, e que não ignorava que o Mestre voltaria em corpo etérico a seu reino, a terra etérica do futuro. Nós chamamos tempo para a transição de um para outro estado de consciência; mas os estados de consciência sucedem-se um a um dentro de um eterno agora. O bom ladrão conhecia a luz da reencarnação e sabia que o Cristo tinha que voltar “a seu reino”, a terra etérica, “a nova Jerusalém”, e por isso pediu ajuda ao
Mestre. Se fazemos abstração do conceito tempo, o fato mesmo de arrepender-se totalmente significa estar “hoje mesmo no Paraíso”. Nós podemos voltar “agora mesmo para o Paraíso”. A reencarnação ou reencarnificação foi conhecida por todos os povos antigos, e Cristo a ensinou em segredo a seus 70 discípulos e a confirmou publicamente nos versículos: 10, 11, 12 e 13 do Capítulo 17 de São Mateus. Vejamos: “Então seus discípulos lhe perguntaram: por que os escribas dizem que é necessário que Elias venha primeiro” (Ver 10 do Cap. 17 de São Mateus). Por esta pergunta podemos entender que os escribas aguardavam “Elias” novamente, quer dizer, aguardavam que Elias se reencarnificasse ou reencarnasse novamente. Quer dizer, os escribas conheciam a luz da reencarnação, como se depreende do versículo em questão. "E respondendo Jesus lhes disse: à verdade Elias virá primeiro, e restituirá todas as coisas. Mas lhes digo que Elias já veio, e não lhe conheceram; antes fizeram nele tudo o que quiseram: assim também o filho do homem padecerá deles". "Os discípulos então entenderam que lhes falou de João o Batista" (Versículos 11 12 do Cap. 17 de São Mateus). Por estes versículos percebemos que os discípulos entenderam que lhes falou de João o Batista, quer dizer: Cristo lhes explicou que Elias já havia voltado e que era o mesmo João Batista. João Batista é, pois o mesmo Elias reencarnado novamente. O cavalheiro que me fez a pergunta não tem, pois nenhuma razão sólida para sua pergunta. Eu sou matemático na Investigação, e exigente na expressão. 43-P. Se as almas são castigadas como partículas ou partes de Deus então Deus castiga a si mesmo. A alma como partícula dele lhe dá livre arbítrio e castiga as más ações. Como você vê estes autocastigos? R. Cavalheiro, Deus quer a felicidade de seus filhos, e como não
os quer escravos, lhes dá livre arbítrio. Mas que culpa tem Deus, por exemplo, de que você se dê um banho de sol e tenha por isso uma insolação? Que culpa Deus tem do cavalheiro tomar umas cervejas e logo, embriagado, caia e frature uma perna? Que culpa Deus tem de você tomar um banho excessivamente demorado e se resfrie? A violação de toda lei natural traz dor, e Deus não é culpado por seus filhos violarem suas leis. Toda causa produz seu efeito inevitável, e as más causas produzem efeitos ruins. O próprio homem vive condicionando-se diariamente com seus próprios atos, e cada reencarnação é uma repetição da reencarnação passada mais as consequências boas e más dos atos passados e pensamentos. Ninguém nos traça nosso destino, somos nós os autores de nossos destinos, e os agentes do governo mundial, ou senhores do destino, são unicamente os juízes da lei. 44-P. Vi muitos deuses. Isto é politeísmo. Deus disse: Não terás outros deuses diante de mim. Ísis, Marte, Mercúrio e outros são deuses de fábula greco-latina. Se Mercúrio é Deus, a terra pode ser deusa. R. Cavalheiro, já disse que a terra é o corpo de um grande ser que é Cristo. Também afirmei que cada astro do firmamento é o corpo físico de um anjo estelar ou Deus planetário e esta mesma lei podemos aplicá-la também ao Átomo. Pois cada átomo é um trio de matéria, energia e consciência, o mesmo que cada astro do espaço “Tal como é acima, é abaixo”. A lei das correspondências e das analogias entre o macrocosmos e o microcosmos reina em todo o universo. Assim, cada átomo, cada homem e cada estrela têm corpo, alma e espírito; esta é uma lei cósmica, a trindade é a base da cosmicidade. O átomo quer ser homem, o homem quer ser estrela, e assim vive a vida em um eterno progresso infinito dentro do eterno agora. Nós somos “focos” de consciência que aspiramos a ser cada vez maiores dentro da grande consciência. Vejo que o cavalheiro fala desdenhosamente dos mitos sem tê-
los analisado jamais nem muito menos compreendido. Um mito é um cofre sagrado dentro do qual se encerram grandes verdades cósmicas. Marte, Mercúrio, Júpiter, Vênus, Saturno, Lua e Sol, são simplesmente os corpos dos 7 espíritos que estão diante do trono de Deus (o Logos de nosso sistema solar). "João às sete igrejas que estão na Ásia: graças seja conosco, e paz do que é e que era e que há de vir, e dos sete espíritos que o estão diante de seu trono” (Versículo 4, Cap. 1 do Apocalipse). "E tinha em sua destra 7 estrelas e de sua boca saía uma espada aguda de dois fios, e seu rosto era como o sol quando resplandece em sua força” (Vers. 16 Cap. 1 do Apocalipse). "E do trono saíam relâmpagos, trovões e vozes, e sete lâmpadas de fogo estavam ardendo diante do trono, as quais são os sete o espíritos de Deus” (Vers. 5 Cap. 4 do Apocalipse). Estes sete Anjos, chamamos Deuses, pois, são infinitamente superiores ao homem, embora eles também foram homens de outras manifestações cósmicas. 45-P. Toda religião tem seu corpo de doutrina. O Cristianismo tem o Credo, e como oração o Pai Nosso. Qual é o corpo de doutrina de sua religião? R. Cavalheiro, eu não vim para fundar nenhuma nova religião, e o corpo da doutrina que preconizo é o mesmo homem, e a doutrina que ensino está “dentro” do próprio homem. Já entreguei à humanidade dois livros, “O Matrimônio Perfeito” e “A Revolução de Bel”. Aquele que se sujeite pacientemente às práticas que eu entrego nestes livros, poderá ver e tocar tudo o que eu ensino publicamente, porque a doutrina que eu preconizo está dentro do mesmo homem. Infelizmente o homem somente pensa em explorar a seus semelhantes e não ocorre a ninguém explorar-se a si mesmo. O homem que aprende a explorar a si mesmo se converte em um Deus. Esta doutrina os envia à Loja Branca. Eu, Aun Weor, sou um Mestre e um mensageiro da Loja Branca, que é o Colégio de Iniciados ao qual pertencem “Os Irmãos Maiores da
Humanidade”, Cristo, Buda, Maomé, Gandhi, Francisco de Assis, Antônio de Pádua, Lao-Tse, Rama Krishma, Joana D´Arc, Conde San Germán, Paracelso, Kout Humi, ou seja, Pitágoras, Platão, Aristóteles, etc. 46-P. Um Astrólogo: O Mestre poderia dizer-me que conceito tem sobre a Astrologia? Com muito gosto, cavalheiro: A Astrologia é tão somente o corpo físico da Astroturgia. A Astrologia é com respeito à Astroteurgia o que é o corpo físico com respeito ao “Íntimo”. Jâmblico, o grande teurgo, invocava aos Deuses planetários e os materializava no plano físico para falar com eles. No coração de toda estrela ou planeta existe um templo onde mora e trabalha o Anjo estelar ou Deus planetário, pois cada estrela é o corpo físico de um Anjo estelar. E se o gnóstico quer aprender a conversar com os Deuses planetários, necessita despertar os poderes superlativos da consciência através das mais severas práticas de meditação interior. "Dharana", ou concentração, "Dhyana", ou meditação, "Samadhi", ou êxtase, são os três degraus da Iniciação.
e
Através da augusta contemplação interior atualizamos os poderes de nosso princípio Bhúdico ou intuicional, e assim, despojados da alma animal, penetramos nos templos dos Deuses planetários e aprendemos deles a sabedoria sideral e a astroquímica que permite aos Deuses trabalhar no grande Laboratório Alquimista da natureza, transmutando forças e atualizando acontecimentos cósmicos dentro do relógio sideral. Os Astrólogos sabem como caminham os Deuses estelares, mas não sabem como eles trabalham. Os Astrólogos e as mulheres são totalmente superficiais, porque tanto uns como os outros somente sabem vigiar os passos alheios e o exterior dos demais. Mas o que os Astrólogos sabem sobre os poderes divinos dos
Anjos estelares? Mas o que sabem os Astrólogos sobre a química dos raios siderais que transfere essências e provoca mudanças e acontecimentos? Que saibam os Astrólogos, e que o saibam agora mesmo, que nós, os Mestres da Fraternidade Branca, trabalhamos nesta grande fábrica de Deus sob a direção pessoal dos Deuses planetários, e que os acontecimentos que se sucedem no mundo físico são tão somente o resultado da teurgia e da Astroquímica que nós manipulamos nos mundos internos para impulsionar a evolução espiral da vida. Eu, Aun Weor, sou o grande Avatara de Aquário, mas tenho que obedecer estritamente às ordens de um grande anjo planetário que mora no “Templo-coração” de uma estrela do firmamento, sem ele eu nada poderia fazer. A hierarquia é a base da ordem. O Apocalipse nos fala claramente desse anjo sideral que está transformando o mundo nos seguintes versículos: “E vi um anjo que estava no sol, e clamou com grande voz dizendo a todas as aves que voavam pelo céu: vinde e congregai-vos a ceia do grande Deus, para que comais carnes de Reis e de capitães, carnes de fortes, carnes de cavalos, e dos que estão sentados sobre eles e carnes de todos, lebres e cervos, de pequenos e grandes” (Versículos 17 e 18 Capítulo 19 do Apocalipse). Isto se chama guerra, isto se chama abismo, isto é o final desta falsa civilização do século XX; e o cavaleiro do cavalo branco do capítulo 19 do Apocalipse cumpre fielmente as ordens desse anjo sideral. 47-P. Um espiritualista: Mestre, você disse que o homem tem duas almas, uma espiritual e outra animal, nos disse também que na alta iniciação a alma espiritual se une com o Íntimo. Então eu queria saber o que se faz da alma animal? R. Quando a alma espiritual se une com o Íntimo, apresenta-se ante nós a tarefa mais terrível e fastigante a qual é redimir a alma animal. Há que liberar e extrair com heroísmo o sumo de todas as essências anímicas da alma animal, há que extrair as quintessências mais finas de cada um dos corpos de pecado, e
este trabalho é extremamente árduo, porque o mal humano tem raízes tão fundas que são necessárias as mais severas provas para extinguir totalmente essas profundas raízes do mal que vivem em nós. Este trabalho minucioso e difícil realiza-se através das grandes iniciações de mistérios maiores, onde somente reina o terror de amor e lei. E é que o estado humano deixou em nós “marcas” tão profundas, tão antigas e tão más, que realmente são necessárias as purificações mais terríveis para extirpar totalmente de nós até as mais finas e profundas raízes do mal, a fim de extrair com heroísmo as quintessências anímicas mais finas e delicadas de nossa pobre alma animal. E digo “pobre” alma animal porque realmente ela merece compaixão, embora ela seja muito intelectual e se expresse com elegância; sempre é o burro em que Cristo entrou montado em Jerusalém, e sofre o indizível e sofrerá até que nós a liberemos dos corpos de pecado e de dor. Saiba você, amigo meu, que o “intelecto” e as apetências são da alma animal. Agora acredito que você compreenderá porque nós não damos importância ao “intelecto nem ao intelectualismo”. O burro é o animal que mais sofre, meu amigo; por isso é que eu digo “pobre” alma animal. O burro simboliza sempre a alma animal. Falando simbolicamente, lhe direi que para nos unirmos com o Íntimo, nos cabe montar no burro, e que para nos unirmos com o “Glorian”, nos cabe converter o burro em homem; aqui há sabedoria, e aquele que tenha entendimento, que entenda. 48-P. Um advogado penal: Mestre, o divino Redentor nos disse: “Com a vara que medireis sereis medido”. Você poderia nos dizer de que forma paga-se as más ações? R. Sempre houve um grande governo mundial dirigindo os destinos do mundo, e este governo mundial tem sua constituição e suas leis. A constituição deste governo mundial, é a sabedoria divina, e suas leis são as leis da Natureza que constituem o código de justiça mais perfeito. Este grande governo mundial, é a Loja Branca; e seus decretos são irrevogáveis. As cortes de justiça deste grande governo castigam e premiam de acordo com a justiça cósmica, e todo o mal que se faz, se paga. As nações, os povos e os homens estão severamente
vigiados pelos agentes deste grande governo mundial. 49-P. Uma senhora: Mestre, eu não fui má e, no entanto, sofri muito. Por que isto? R. Amiga, em sua reencarnação passada você cometeu faltas gravíssimas e agora não lhe resta mais remédio que pagá-las, os agentes do governo mundial encontraram falhas em seu livro. Todos os atos de nossa vida são rigorosamente anotados nos livros do governo mundial, e depois de mortos não nos resta mais remédio que aguentar o peso da justiça, e ao voltar a nos vestir com um corpo de carne e osso nos cabe suportar o peso da Justiça divina. Agora se explica meus ouvintes, por que muitas pessoas sofrem. 50-P. Um curioso: Mestre, Mas por que tenho que pagar o que outro faz? R. De maneira, que porque o amigo troca de roupa já não paga o dinheiro que deve, e se sente outro? Amigo, o homem verdadeiro é a alma, e o corpo não é mais que o vestido de pele. Com a morte, o que acontece é que nos desnudamos, e com o novo nascimento, voltamos a nos vestir. Nós somos defuntos ressuscitados e não nos resta mais remédio que pagar o que devemos. É que não há tal morte, meu amigo, o que há é troca de roupa. A vida vive brotando por todo lado, e cada criança que nasce é um morto que ressuscita; é a alma de um defunto vestido com corpo de menino, e vem para pagar as contas que deve, porque não lhe resta mais remédio. Nós vivemos nos condicionando diariamente com nossos próprios atos, isto é o que se chama “carma” no oriente, mas por mais grave que seja nosso Karma, podemos nos liberar dessa cadeia no momento em que nos fundimos com o Íntimo, porque quando uma lei inferior é transcendida por uma lei superior, a lei superior lava a lei inferior. 51-P. Um bígamo: Mestre, eu estou em um problema muito grave, é que tenho duas mulheres e com ambas tenho filhos. O que faço? R. Meu amigo, nenhum discípulo dos Mestres pode ser jamais adúltero e, também, tem que ser sincero consigo mesmo.
Nenhum homem pode amar a duas mulheres ao mesmo tempo. Mas geralmente se confunde a compaixão com o amor; nestes casos o adúltero arrependido deve discernir entre o que é compaixão e o que é amor. E se você quer sair do problema moral em que se encontra, eu lhe aconselho que fixe seu lar com a mulher que ama, e que continue sendo compassivo com a que você sinta compaixão. A que ama, converte-a em sacerdotisaesposa e a outra, ajude-a economicamente, e continue mantendo com ela os mesmos deveres que você mesmo se criou. Mas seja você compassivo, meu amigo. Ajude-a, mas não a engane, é melhor que você a desiluda de uma vez, e não que a siga “assassinando” com faca de madeira. Nestes casos, a ajuda de longe costuma ser melhor, pois o encontro de dois seres que tiveram carinho é doloroso; mas se a pessoa pela qual você sente piedade tem possibilidades econômicas suficientes para viver bem, então não continue prejudicando-a, meu amigo. Neste caso está livre; retire-se e fixe seu lar com a mulher que ama. 52-P. Um espiritualista: Mestre, você nos disse que na alta iniciação a alma espiritual se une com o Íntimo. Não seria necessário um conhecimento oculto para essa alma espiritual? R. A alma espiritual, ou alma de diamante, é nossa consciência enaltecedora e dignificante, é o veículo dos mais diversos funcionalismos da consciência, cujo instrumento físico é o coração, é a intuição divina. Há necessidade de preparar e atualizar os mais diversos funcionalismos da consciência superlativa do ser; isso se consegue através das práticas de meditação “Interior” no Íntimo. Concentração, meditação e adoração no Íntimo, estas são três escalas que conduzem à atualização dos poderes superlativos da “Alma de Diamante”, ou alma espiritual. Ela é a prometida do Íntimo e tem que prepará-la para a grande “Boda” através das práticas da meditação interior, da magia sexual e santidade perfeita. O discípulo depois de ter treinado no corpo astral, deve então aprender a funcionar como alma espiritual, livre dos corpos do pecado. Estes corpos de pecado são os veículos inferiores da alma animal. Então será necessário que o discípulo aprenda a se
despojar voluntariamente de seus corpos: astral, mental e da vontade, para funcionar livremente como “alma espiritual” nos mundos superiores da consciência. A chave para isso é muito simples, o discípulo já prático abandona momentaneamente seu corpo físico para se mover no astral, com corpo astral, e uma vez dentro desse plano deverá abandonar todo desejo e sentir-se como uma criança, e logo armado de uma força de vontade, ordenar seu corpo astral assim: “Corpo astral, saia fora de mim”. Esta ordem deve ser acompanhada da ação, o discípulo procederá energicamente despojando-se deste veículo, tirando fora de si, pela coluna espinhal, quer dizer, para trás, efetivamente o corpo astral sairá fora do discípulo por certas portas atômicas situadas na coluna espinhal. Este mesmo processo será logo aplicado ao corpo mental, e logo ao corpo da vontade. E assim a alma espiritual, livre dos corpos de pecado, poderá funcionar feliz e consciente em todos os planos de consciência, visitar o Nirvana e preparar-se rapidamente para a grande boda. O discípulo, além de suas práticas esotéricas, necessitará sujeitar-se às mais severas e sucessivas purificações, necessitará santificar-se totalmente e sacrificar-se completamente pela humanidade, pois do contrário não realiza nenhum processo. Aqueles a quem lhes seja difícil viajar em corpo astral, que pratiquem de cheio os exercícios de meditação interior, até que consigam o despertar da consciência e a atualização dos poderes superlativos da alma de diamante, e assim aprenderão também a mover-se a vontade em sua alma de diamante, livres dos corpos de pecado e da alma animal que se expressa dentro deles. A Alma de Diamante deve aprender a mover-se dentro dos céus estrelados da Urânia, livre dos corpos de pecado. “Om masi padme yom; tu és a joia de lótus e eu em ti permanecerei”. Eu estou em ti, e tu estás em mim”. Este é o Mantra da intuição, este é o Mantra da alma de Diamante, este é o Mantra da meditação interior do “Ser”. A alma espiritual é a Bela Sulamita, que nós devemos despertar e vestir para a grande boda nupcial da alta iniciação em que a alma espiritual se funde com o Íntimo.
A Alma de Diamante é a esposa do Íntimo, é a Bela Sulamita do Cantar dos Cantares, é a prometida eterna, e o Íntimo a ama e a adora e lhe canta da seguinte forma: "Bela és tu, oh amiga minha; como Tirsa, de desejar, como Jerusalém; imponente como exércitos em ordem”. "Afaste teus olhos diante de mim, porque eles me venceram. Teu cabelo é como manada de cabras que se mostram em Galaad". "Teus dentes como manda de ovelhas que sobem do lavadeiro, todas com crias gêmeas, e estéril não há entre elas". "Como cachos de romã são tuas têmporas entre tua cabeleira". "Sessenta são as rainhas, e oitenta as concubinas, e as donzelas sem conto". "Mas uma é a pomba minha, a perfeita minha, única é sua mãe escolhida a que a formou. Vieram as donzelas, e chamaram-na bem-aventurada, as rainhas e as concubinas, e a elogiaram". Quem é esta que se mostra como o amanhecer, bela como a lua, esclarecida como o sol, imponente como exércitos em ordem?” "Ao pomar das nogueiras descendi para ver os frutos do vale, e para ver se brotavam as vinhas, se floresciam as romãs". "Não o soube: minha alma feita como os carros de Amninabad". "Torna-te, torna-te, oh Sulamita, torna-te, torna-te, e te olharemos. O que vereis em Sulamita? Como a reunião de dois o acampamentos” (Cantar dos Cantares. Capítulo 6 Versículos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13). Assim o Íntimo canta a sua prometida e ela, por sua vez cheia de amor canta para seu amado (O Íntimo) com os seguintes versículos: "Meu amado descendeu a seu pomar para às heras dos aromas, para apacentar nos pomares e para colher os lírios".
"Sou de meu amado, e meu amado é meu” (Cantar dos o Cantares. Capítulo 6 versículos 2 e 3). E continua a Bela Sulamita (a alma espiritual ou Alma de Diamante) cantando para o Íntimo (seu amado); nos seguintes versículos: "Meu amado é branco e loiro, assinalado entre dez mil". "Sua cabeça como ouro finíssimo, seus cabelos crespos, negros como o corvo". "Seus olhos, como pomba junto aos córregos das águas, que se lavam com leite, e à perfeição colocados". "Suas bochechas como uma era de espécies aromáticas, como flores perfumadas, seus lábios, com lírios que destilam mirra que transcende". "Suas mãos como anéis de ouro embutidos de jacintos; seu ventre, como marfim claro coberto de zafiras". "Suas pernas, como colunas de mármore fundadas sobre bases de ouro fino; seu aspecto, como o Líbano escolhido como os cedros". "Seu paladar, docíssimo e todo ele desejável. Tal é meu amado, o oh! donzelas de Jerusalém”. (Cantar dos Cantares. Capítulo 5 , versículos 10, 11, 12, 13, 14, 15 e 16). Todo o Cantar dos Cantares, são os amores da alma espiritual ou alma de diamante com seu Íntimo. Salomão é o Íntimo de cada ser humano, e a bela Sulamita é a alma espiritual, a Alma de diamante, por isso disse o sábio: “Mas uma é a minha pomba, a minha perfeita”. E o Mestre terminou perguntando aos ouvintes: “Não parece a vocês, senhores, que nós os espiritualistas vamos melhor”? Nós cultivamos a alma espiritual, e os intelectuais cultivam a
alma animal. Todo intelectual é altamente fornicário e passional, e muitas vezes caem nos vícios mais repugnantes, porque eles somente desenvolveram a alma animal, com todas as suas capacidades intelectuais e bestiais, pois tanto a fornicação como o intelecto são da alma animal. A cultura da alma espiritual é a maior obra que podemos realizar em nossa vida. O Íntimo é a voz do silêncio, que chama sua Alma de diamante para a “grande Boda”, “abre-me minha irmã, minha amiga, minha pomba, minha perfeita, porque minha cabeça está cheia de orvalho, meus cabelos da gota da noite” (Cantar dos Cantares, Capítulo 59 Versículo 2). Mas a alma dos seres humanos não quis escutar a voz do amado, nem quer abrir a porta de sua câmara; sua resposta sempre é dura: desnudei minha roupa, como tenho que vesti-la? “Lavei meus pés, como tenho que sujá-los?” E assim as almas enredadas em religiões, escolas, crenças, etc. não abrem a porta para o amado, nem escutam a voz do silêncio... 53-P. Um Evangelista: Mestre, se como você disse, são umas mesmas almas as que evoluem a partir do começo do mundo, de onde saíram tantas, já que o mundo cada dia tem mais habitantes? R. Cavalheiro, já disse que a morte é uma subtração de frações e se você quer resolver este problema, faça uma grande subtração de frações de toda a humanidade. O que fica depois de fazer essa subtração de frações? Pois os valores das consciências de todos os seres que integram a humanidade. E o Mestre continuou: Esses valores de consciência são os valores humanos, e onde estavam anteriormente e como se expressavam?... Mestre, disso sim eu não entendo. E o Mestre continuou: Esses valores de consciência (almas humanas) estavam nos mundos suprassensíveis da Natureza e se expressaram através das grandes raças do passado; assim, a matemática nos prova que não houve tal aumento de almas como você o concebe, o que existe é ignorância de sua parte. Errônea interpretação dos ensinamentos bíblicos, pois Adão
nunca foi um só homem, nem Eva uma só mulher. Estes nomes são genéricos e não individuais; Adão compreende o sexo masculino da época Lemúrica, e Eva o sexo feminino dessa mesma época. Assim, pois, Adão são todos os homens daquela época, e Eva são todas as mulheres da mesma época. Tampouco são nomes individuais os filhos desse casal, que figuram na Bíblia com os nomes de Caim e Abel, senão que Abel é a humanidade do continente Lemur, e Caim é a humanidade do continente Atlante. A Bíblia disse que Abel era pastor de ovelhas e que Caim era caçador e se trata que homens da Lemúria realmente foram pastores e agricultores, se alimentavam do leite de seus animais e dos grãos da terra. Eles não matavam animais para alimentarse, eles foram puramente vegetarianos, como voltarão a ser os homens da última raça que tenha no mundo, pois o fim sempre é igual ao começo, mais a experiência do ciclo. Caim simboliza a humanidade da época Atlante e até a atual em que cada mão se levanta contra cada mão, e em que cada ser humano é um Caim para seu semelhante, ou seja, para seu irmão. Caim é sempre fratricida porque lhe dá morte a seus semelhantes e caçador porque se alimenta dos cadáveres dos animais, tal como o faz nossa raça atual. 54-P. Mestre, mas a Bíblia disse que Deus criou um só homem, que foi Adão, e o fez à sua imagem e semelhança, e que a Eva lhe tirou de sua costela. Então como se explica isso que você disse? E o Mestre lhe esclareceu: “À sua imagem e semelhança Deus o fez, varão e fêmea os fez”. Aqui a Bíblia nos simboliza que o homem primitivo era hermafrodita, tal como Deus o é, já que tinha os dois polos: positivo e negativo, dentro de si mesmo, quer dizer, sua força sexual, a qual se torna criadora através da palavra, e prova disso temos os mamilos masculinos, que são glândulas mamárias atrofiadas, e o clitóris da mulher, o qual vem a ser um membro viril atrofiado. Assim, todas as almas atuais estavam vestidas com corpos físicos hermafroditas naquelas remotíssimas idades da terra. E foram os quatro tronos, os jardineiros que regaram as sementes dos corpos humanos sobre
o limo da terra, em uma antiquíssima idade que ignoram totalmente nossos maiores historiadores. Essas sementes germinaram no decorrer de várias eternidades até chegar a nosso estado atual. Assim, quando se diz na Bíblia que Deus criou o homem, o que se quer é simbolizar com isso: que as hostes de Elohims criaram o homem através de sucessivas eternidades, e as formas pelas quais a humanidade passou durante toda esta imensidão de tempo, e recapitulado durante os 9 meses do estado de gravidez de cada mãe. Isto devido à Natureza que sempre vive recapitulando seus ciclos evolutivos passados e nunca inicia uma nova atividade sem ter recapitulado suas atividades passadas. Quando se fala que Eva foi tirada da costela de Adão, com isso se quer simbolizar a época em que a humanidade se separou em sexos, seguindo um processo biológico, também de várias eternidades, pois “Natura no tacit saltus”, “A Natureza não dá saltos”. Acredito que agora o amigo se dará conta exata de que não teve tal aumento de almas, nem aumento da população humana, porque as mesmas almas de hoje vem sendo as mesmas do passado que constituíram as raças primitivas. Nós somos os lêmures, os atlantes, mas agora são outros disfarces. Isto indica por que o espírito tem a sabedoria das idades e é nosso mestre interno. Também lhe direi que não houve tal aumento de população, o que está havendo é diminuição. Porque a maior parte das almas humanas está se perdendo por suas maldades. Todas elas estão sendo afastadas da atual onda evolutiva da humanidade. 55-P. Um ocultista gnóstico: O Maestro poderia ensinar-me a pronunciar o Mantra Aum? Com muito gosto, frater. O Mantra Aum pronuncia-se Aom. Tem que abrir bem a boca com a vogal A, arredondá-la com a O e fechá-la com a M e entre cada uma destas letras devem contar-se sete segundos assim: aaaaoooommmm. AOM é a soma total de todos os Tatwas em função criadora.
As estrelas e tudo o que vive engendram-se com a "A", se gestam na matriz com a "O" e nascem com a "M". Milhares de ocultistas ocuparam-se do Mantra "AUM" e até o K.H. negro Omar Cherenzi Lind escreveu um livro sobre o AUM, mas nenhum ocultista o tinha jamais ensinado a pronunciar, certamente este Mantra se escreve "AUM", mas pronuncia-se AOM, e seu número cabalístico é 666. Todo pensamento bom, vocalizado com o AOM, cristaliza matematicamente. 56-P. Mestre: Que diferença existe entre os poderes psíquicos e os dons espirituais? O Mestre respondeu: os poderes psíquicos são da alma animal, e os dons espirituais são do Espírito Santo. O fogo do Espírito Santo (Kundalini) abre as sete igrejas da Alma de Diamante. “Mas há repartição de dons; mas o mesmo espírito é: o Espírito Santo ou Kundalini”. “E há repartição de Ministérios; mas o mesmo senhor é” (Cada Mestre tem seu ministério). "E há repartição de operações; mas o mesmo Deus é que obra todas as coisas em todos". “Mas a cada um lhe é dada manifestação do espírito para proveito”. "Porque para a verdade, a este é dada pelo espírito, palavra de sabedoria; a outro, palavra de ciência segundo o mesmo espírito; a outro, fé pelo mesmo espírito; a outro, dons de sanidades pelo mesmo espírito; a outro, operações de milagres; a outro, profecia; a outro, critério de espíritos; a outro, gêneros de línguas; e a outro, interpretação de línguas". “Mas todas estas coisas obra um e o mesmo espírito (quer dizer, o fogo sexual do Espírito Santo) repartindo cada um como quer” (Capítulo 12, versículos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11).
Quando o fogo do Espírito Santo consegue abrir caminho através do crânio, e sai fora assumindo a pictórica figura da pomba branca do Espírito Santo, então se converte esta mística pomba, no instrutor do Mestre, e lhe confere os dons espirituais. Cada Mestre, ao unir-se com seu Íntimo, recebe nos mundos suprassensíveis duas coisas: um trono e um templo, e assim todos somos chamados a ser reis e sacerdotes do universo. Os dons que o Espírito Santo confere ao Mestre dependem do Raio do Mestre, pois existem raios de evolução cósmica. Não esqueça você, cavalheiro, que os dons do Espírito Santo são os poderes do Íntimo expressando-se através da personalidade do Mestre. “E se algum não obedecer a nossa palavra por carta, note a tal, e não os junteis com ele para que se o envergonhe” (Capítulo 3 versículo 14 do tessalonicenses). Este é o novo mandamento que eu, Aun Weor, entrego a meus discípulos: "Permanecei firmes na palavra do Senhor, e guarde-os bem da maldade das assim chamadas escolas espiritualistas". Não se confundam os 7 Chacras do corpo astral com os 7 sóis do Íntimo, onde residem todos os dons do Espírito Santo, que logo se expressam através da personalidade do Mestre. Quem sobe os trinta e três escalões recebe o bastão dos Patriarcas, mas quem recebe a pomba do Espírito Santo e a sagrada joia, recebe a vara inefável do Mestre de Mistérios Maiores, e aqui há sabedoria, aquele que tenha ouvidos que ouça, e aquele que tenha entendimento que entenda, somente os puros de coração podem receber a Alta Iniciação, e o Espírito Santo. O Colégio de Iniciados trabalha no laboratório da Natureza sob a direção dos Deuses planetários, e cada Mestre trabalha em seu ministério. Por
mais
erudito
no
Espiritismo,
ou
Teosofismo,
ou
Rossacrucismo que seja um Indivíduo, não alcançará jamais estes dons, porque estes dons somente os recebem aqueles que tenham chegado à santidade perfeita, e à castidade mais absoluta. Por aí existem alguns espiritualistas mórbidos que acreditam que podem se entender com os puríssimos “espíritos estelares” sem ter recebido os dons do Espírito Santo, nem terem se santificado nem purificado, e sem ter recebido a Alta Iniciação, nem o trono, nem o templo, nem a vara, nem a joia, nem a espada. Esses tais espiritistas, com aparência de superdifundidos, são candidatos seguros para os asilos de loucos. Os apóstolos de Cristo eram pobres analfabetos e humildes pescadores, mas puderam receber os dons do Espírito Santo por sua santidade e castidade perfeitas. Quando o Íntimo se funde com sua alma de Diamante ou o Búdhico, então nasce o autêntico homem cósmico, o homem celeste, o qual não necessita para nada dos corpos mental, astral, vital, físico ou volitivo, e de todos os veículos inferiores, o homem Cósmico somente extrai seus extratos, suas essências sagradas e logo abandona esses veículos. Assim, os dons do “Espírito Santo” somente os podem receber, aqueles que tenham nascido como homem Cósmico (homem celeste), e discípulos dos anjos estelares somente podem ser aqueles que já nasceram como homens Cósmicos, e os dons do “Espírito Santo” nada têm a ver com o Espiritismo nem com o Teosofismo ou Rosacrucismo, nem com os poderes dos Chacras astrais. A Bíblia é o livro sagrado dos gnósticos. A Bíblia é a palavra do Senhor e para nós, os gnósticos, não nos interessa nada que se afaste da Bíblia. Os íntimos que ainda não se fundiram com sua Alma de Diamante, ainda não nasceram como homens celestes, e são, por conseguinte, embriões espirituais e nenhum embrião pode Jamais ser discípulo dos anjos estelares, nenhum embrião pode jamais afiliar-se ao “Templo-coração” de uma estrela. Somente podemos ser discípulos dos anjos estelares os irmãos
maiores da Fraternidade Branca. Os Irmãos Maiores, trabalhamos sob as ordens diretas dos anjos estelares de acordo com os planos cósmicos, mas cada um de nós já se fundiu com sua Alma de Diamante ou princípio Búddhico, cada um de nós já recebeu o “Espírito Santo” e os dons espirituais. Cada um de nós já nasceu como homem celeste com a fusão de Atman-Buddhi. Quando o Íntimo (Atman) se funde com sua alma de Diamante (corpo Búddhico), então nasce como homem celeste, e cheio da solene euforia grandiosa do cosmos, se levanta sobre todos seus veículos e se impõe sobre todos eles, controlando a Laringe e expressando-se através da palavra criadora. Então se tem o direito de ser discípulo dos Deuses estelares, mas aquele que quiser ser Discípulo desses espíritos planetários sem ter se realizado a fundo, o máximo que conseguirá será comunicar-se com larvas ou demônios, que cedo ou tarde o conduzirão ao manicômio. Por isso vemos que a maior parte dos espiritistas são “doidos”, todos eles. Aparentemente se acotovelam com os anjos, se tuteam com Deus e jogam bilhar com o mesmo Jesus Cristo, todos eles se sentem como sendo reencarnações famosas, entre eles abundam os Bolívares, os Batistas, as Madalenas e as Joanas d´Arc, nenhum espiritista se sente pequeno, todos eles aparentemente são estigmatizados e Cristificados, etc. São tantas as sandices dos espiritistas que se a humanidade se deixasse guiar por eles, todo o mundo iria parar no manicômio. Falando em linguagem oriental, diremos que “Atman-Buddhi” já fundidos, quer dizer o Mestre, se levanta eufórico e solene sobre o “Manas” superior, e sobre o “Manas” inferior, ou seja, sobre a mente superior e sobre a mente inferior, e sobre “Camas” (o corpo de desejos) e sobre o Linga Sarira (o corpo vital), e sobre Estula Sarira (o corpo físico) para ter o solene direito dos espíritos estelares. 57-P. Um estudante gnóstico: Mestre, ainda temos algo de tranquilidade no mundo, mas quando as coisas se recrudesçam de tal forma e a vida se torne totalmente inviável, como se
desenvolverá a humanidade, de que forma e de que maneira sairá desse caos? R. Querido frater: A nova era é um parto da Natureza e todo parto é doloroso. Cristo falando da nova era e do estado atual em que vivemos, nos deixou dito o seguinte: "Mas quando ouvireis sobre guerras, e de rumores de guerras, não os perturbareis porque convém fazer-se assim, mas ainda não será o fim". "Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em muitos lugares, haverá fome e alvoroços, princípios de dores serão estes" (São Marcos: Cap. 13 versículos 7 e 8). Esta é a época atual em que estamos vivendo, e todo este século será de guerras, epidemias, terremotos e amarguras. O comunismo e o capitalismo serão lançados ao desastre para dominar o mundo e, finalmente, o conglomerado humano abandonará a vida urbana e voltará aos campos para viver de acordo com as leis da Natureza. Rússia ganhará a guerra, e o comunismo é tão somente uma ponte apodrecida entre duas eras: uma que agoniza e outra que quer nascer. Depois de o comunismo triunfar, será dividido em muitas seitas políticas, e finalmente o homem desiludido dos partidos políticos e da vida urbana se estabelecerá nos campos e converterá suas armas em arados. Então virá o despertar da inteligência e a labareda do entendimento iluminará a face da terra. O futuro do homem será no seio da Natureza, nos campos, as chuvas constantes tornarão toda a terra fértil, e as cidades serão destruídas. Cristo nos deixou escrito o que devemos fazer nestes tempos: "Porque estes são dias de vingança, para que sejam cumpridas todas as coisas que estão escritas" (São Lucas. Cap. 21 versículo 22).
"E quando vires a Jerusalém (simboliza toda a terra) cercada de exércitos, sabei então que sua destruição chegou". "Então os que estiverem em Judeia, fujam para os montes; e os que através dela, vão-se, e os que estiverem nos campos não entrem nela" (São Lucas. Cap. 21 versículos 20 y 21). Assim vemos que as cidades serão destruídas e perecerão todos os malvados da terra antes de iniciar-se a era de Aquário. O futuro do homem estará nos campos, e a política que governará o mundo é esboçada pelo iniciado gnóstico Julio Medina V. em seu escrito intitulado “No Vestíbulo do Santuário”. Bandeiras vermelhas e azuis estão cheias de preconceitos, elas pertencem ao passado. O pensamento será a chama evocadora da nova era, e a bandeira branca de Cristo flutuará vitoriosa. Homens de Aquário! Aproveitai o tempo agora que as almas malvadas estão enterradas no abismo. 58-P. Um gnóstico: Quisera o Mestre explicar-me qual diferença existe entre a ressurreição e a ascensão? O Mestre respondeu: com muito gosto irmão. A ressurreição é a fusão da Alma de Diamante com o Íntimo, e a ascensão é a fusão do Mestre com seu “Glorian”. A ressurreição é da alma e não do corpo, vejamos os versículos 44, 45 e 50 Cap. 15 Coríntios: "Semeia-se o corpo animal, ressuscitará o corpo espiritual; há corpo animal (o corpo de carne e osso), e há corpo espiritual (o corpo do espírito). "Assim também está escrito: foi feito o primeiro homem Adão em alma viva (este é o homem da rua, o homem comum e corrente), o posterior Adão (este é o homem já fundido com seu Íntimo) em espírito vivo". "Este, no entanto digo, irmãos: que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a
incorrupção". Com estes versículos o Apóstolo Paulo ensinou que a ressurreição é interna, o homem pela fornicação conheceu a morte e a dor, e com a castidade e a fé em Cristo conhecerá a ressurreição e a vida. Os seres humanos estão mortos e precisam ressuscitar, vós sois filhos da fornicação de vossos pais e nós, os membros da Grande Fraternidade Branca, somos filhos da ressurreição porque já nos fundimos com nossos íntimos; essa é a ressurreição. "Porque assim como em Adão (o homem comum e corrente) todos morrem, assim também em Cristo todos serão vivificados" (Versículo 22, Cap. 15 Coríntios). Depois da ressurreição (Alta Iniciação), todo Mestre se prepara para a Ascensão descrita pela Bíblia. "E tendo dito estas coisas, vendo-o eles, foi alçado e uma nuvem lhe recebeu e lhe tirou dos seus olhos" (Versículo 9º, Capítulo 1 dos Feitos). Essa nuvem branca e resplandecente é o “Glorian” que cheio de alegria faz vibrar seu estrondo vitorioso nos espaços infinitos. Quando o Mestre se une com seu “Glorian”, converte-se em um Deus resplandecente do infinito, mas para chegar a esses cumes inefáveis tem que passar pelas cinco grandes iniciações de Mistérios Maiores. Absorvida é a morte com vitória. "Onde está, oh morte! Teu ferrão? Onde, oh sepulcro! Tua vitória?". Depois de o Mestre ter terminado com todas as perguntas que uns e outros lhe formularam, falou da seguinte forma: Amigos, até agora haveis conhecido a doutrina do Nazareno histórico, mas o mais importante é que vós também os transformareis em Nazarenos. O caminho do Gólgota deve ser vivido por cada um de vós, e caireis sob o peso da cruz muitas vezes, mas não vos
aflijais, tende valor e deixai a cruz sobre vossos ombros com vontade forte e potente, embora o látego da dor e o arrependimento os firam as carnes depois de cada queda. Finalmente chegareis ao Gólgota solene de vossa vida, e a ressurreição fará de vós filhos de Deus, porque sereis filhos do Espírito Santo, essa força sexual que agora gastais em vossa fornicações, feita todo fogo assumirá, sobre vossas cabeças, a simbólica figura da pomba branca do Espírito Santo e assim os ensinará e instruirá com seus átomos de onisciência na autêntica sabedoria de Deus. A mulher é o caminho, “é a porta estreita e apertada” que conduz à luz, por isso disse o Mestre (Cristo): “Apertada é a porta e estreito é o caminho que conduz à luz; e muito poucos são os que o façam”. “A mulher é a porta do Éden” e a porta do Éden é sempre apertada. A mulher é a sacerdotisa da luz e o templo sagrado do querubim do Éden. A mulher é o que é, e o Diabo é sua sombra. Discípulos amados, hoje sois escravos da força sexual, amanhã sereis discípulos diretos dos átomos oniscientes da força sexual. Hoje sois filhos do Diabo, porque sois filhos da fornicação, amanhã sereis filhos do Espírito Santo, porque sereis filhos da Magia Sexual e do fogo solene do sexo. O marido sempre deve viver apaixonado por sua esposa. Deve ser noivo eterno. Deve ser adorador perene, porque nenhum humano pode fazer pelo discípulo o que faz a mulher (a mulher sacerdotisa). Ela é a única que pode nos converter em Deuses.
Vou ler para vocês, meus Amigos, para terminar uma carta que um iniciado gnóstico envia para sua mulher sacerdotisa, a fim de que vós imiteis sempre este exemplo e vivais sempre enamorados de vossas mulheres. Queridíssima mulher, Com o motivo de cumprir-se hoje mais um ano para tua preciosa existência, receba minhas felicitações muito sinceras e permitame que te expresse meu afeto e minha adesão neste cartão que te acompanho. Nela vai expresso em forma de canto o que jamais me deixou dizer-te com palavras. Tu pensarás que eu não falo de amor senão de um tema que se apoderou de mim. Eu por
minha vez te recordo que o amor entre dois seres não começa com palavras senão com emoções: se manifesta com um olhar e o recebe um rubor, e assim as coisas se repetem porque o verdadeiro amor se sente, e logo se realiza com a união dos amantes, e se a mãe quer tanto a seu filho é porque vem a ser o documento que lhe resta de seu amor puro e vívido. Agora, uma coisa é a paixão mórbida, o desejo desenfreado em que se agita o passionário, mas esses não buscam uma mulher para amá-la e querê-la, senão que buscam várias para saciar seus instintos pervertidos. Por isso não pode ser o mesmo a união que é verificada entre uma mulher de vida livre e aquele que se diz ser seu amante. Esse tal nem é amante nem conhece as delícias do amor, esse ser é um corrompido. Converteu em vício o ato mais santo, mediante o qual é o homem um Deus criador. Ele busca a mulher para fornicar, quer dizer, para violar a lei divina, esse sexto mandamento que como um impasse terrível figura no decálogo da lei de Deus. Ele somente sabe saciar apetites torpes e brutais. Eu não me sinto adorador de Cristo senão seu discípulo, por isso não quero violar seus mandatos, ensinamentos que são leis da Natureza; por isso quando me uno com minha mulher, que é para mim a sacerdotisa, me sinto um oficiante no templo do amor. E tu, minha mulher adorada, ainda quando não saibas, estás fazendo, estás conseguindo em mim uma transformação: estás me convertendo em filho preferido, irmão bondoso, marido amoroso, pai generoso, amigo fiel, cidadão exemplar e homem virtuoso, tudo isto ante os olhos dos homens, ante os olhos de Deus: é muitíssimo mais sublime esse trabalho, ali és como a escala de Jacó, para elevar-me até ele. Eu, cada dia espero a hora em que tu queiras escutar-me, para que aprendas e compreendas o que hoje por vão orgulho sem base nem fundamento, não te deixa compreender, porque não te permite que atendas a teu eleito, ao que amargamente chora tua ausência com os sublimes arreios como sacerdotisa do templo de meu amor onde tu és minha rainha. Então poderei fazer conscientemente por ti, o que tu inconscientemente estás fazendo por mim.
Então compreenderás que meus afetos tem uma transcendência maior da que tu hoje alcanças a compreender, sentirás mais puro teu amor. Ao chegar a ti, tu o purificas, porque tua compreensão já é como água cristalina, e então poderás dizer como eu te digo: “minha mulher adorada, minha amada”. Eu sei que tu me queres, que me amas intensamente, mas sofres com meu amor, mas eu te esclareço: um amor sofre quando não é correspondido. Se o eleito ama, o que mais se pode pedir? Quando a mulher não atende os chamados de seu coração, seu olho e seu ouvido a traem porque a informam mal. Por isso uma mãe sempre é justa quando julga seu filho porque o julga com seu coração. Hoje, minha súplica é que escutes teu coração e deixes que teus sentidos te informem nas coisas materiais, mas não no amor, porque o amor não é material. Leia esta carta, meu amor, e a releia, que esta é portadora do mais puro sentir de meu coração. Se isso te alegra, tu me alegras, se te causa tristeza, me pagas com dor; mas isso sim: meu amor por ti, nem eu mesmo o poderei mudar. Beijos.
E assim o Mestre terminou, esclarecendo cada suspeita, resolvendo cada consulta, refutando cada teoria, instruindo e dando luz ao ansioso por conhecimento, mitigando penas, fustigando os perversos, compadecendo os débeis, e voltando até a mim me disse: Sede altivo com os poderosos, mas mais bondoso que eles, para demonstrar-lhes vossa Superioridade. O Mestre com estes ensinamentos busca por todos os meios chegar até as massas e fazer com que o homem recapacite e pense por si próprio. É doloroso dizê-lo, mas é muito certo que este triste formigueiro humano não se componha senão de seres autômatos; ninguém aprendeu a pensar por si próprio, e cada um faz o que outros fazem, dizem o que outros dizem e pensam como outros pensam. O grande formigueiro humano não gosta de pensar, se contentam obedecendo às ordens de seus astutos caudilhos: por isso a humanidade ama a chefia.
O Mestre Aun Weor, conhecedor a fundo desta triste realidade, deu à humanidade este livro para que cada qual siga a si mesmo e seja o “chefe de si mesmo”, e afirma que não quer nem seguidores nem escravos, porque a sabedoria que ele ensina não é de sua propriedade nem de nenhum homem, senão que é Universal... Que é a sabedoria que cada um leva dentro de si mesmo e que cada um pode encontrar dentro de seu próprio Íntimo. Através desta obra ensina a humanidade o caminho para chegar aos cumes da alta iniciação, dizendo-lhe que esses caminhos esotéricos os têm o Íntimo de cada ser humano e, portanto, a ele ninguém tem porque agradecer-lhe nada, porque o que ele ensina não é novo nem é propriedade exclusiva dele. O Mestre Aun Weor escreveu este livro para entregar-lhe a todo aquele que pede luz e tem sede de conhecimento as ferramentas (indispensáveis para que cada um possa trabalhar em seu próprio templo, até conseguir a fusão com seu Íntimo). A Natureza aguarda que seus filhos regressem a seu seio, e nós nascemos para esporear à esfinge, para mandá-la, e não para seremos escravos. A Natureza é uma mãe de inefável bondade que somente sabe amar com sabedoria infinita seus filhos. E Mestre Huiracocha estampou em um de seus rituais esta oração à Natureza: “Oh Isis! Mãe do Cosmos, raiz do amor, tronco, botão, folha, flor e semente de tudo quanto existe, a ti, força naturalizante, te conjuramos”. "Chamamos à rainha do espaço e da noite, e beijando seus olhos amorosos, bebendo no orvalho de seus lábios, exclamamos: Oh Nuit! Tu, eterna Divindade do céu, tu, que és o que foi e o que será, com o sinal da cruz eu te conjuro, grande ser; traça um caminho de relação entre nós, e que tua luz ilumine nosso entendimento para lograr nossa encarnação". "Omnia in duobus. Unos in hilo".
E em um de seus rituais o Mestre Huiracocha faz esta outra oração: "Faz o que queiras, mas fixe-te nisto, que o que emana desta lei brota estas cinco fontes: Luz, Amor, Vida, Liberdade e Triunfo". "Amor é lei, porém amor consciente". "Com a testa para o alto, adorai ao senhor, escutai sua palavra de místico som; um caminho assinala: de luz e eterno amor aos homens e povos que entenderam sua voz. A parte mais funda da Natureza, é a “Aeônica” vida que em nós fulgura". "Que o santo Graal seja com vós. Assim seja". Através destes conhecimentos, nos ensina a escutar o Íntimo e a adorá-lo, porque nós somos náufragos de uma tempestade horrível e não temos mais tábua de salvação que o Íntimo. Ele é nosso Deus interno, e somente ele pode dar-nos essa luz e essa felicidade que buscamos. Somente o Íntimo pode glorificar-nos. Aquele que pratica os ensinamentos que dá o Mestre neste livro chegará inevitavelmente ao Gólgota da Iniciação, e já fundido com o Íntimo, poderá exclamar desde os cumes majestosos do calvário: "Meu Pai, em tuas mãos encomendo meu espírito!" (a alma espiritual).
Julio Medina V.
Canto à sacerdotisa A ti majestosa princesa de meu amor. De joelhos recebo tua candura porque sois a chave poderosa que a meu amor forma lhe dás. Fazes de minha morte uma ilusão. Minha amargura o convertes em calda e consegues de meu ser a ressurreição. Julio Medina V.
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA .................................................................. 3 NO VESTÍBULO DO SANTUÁRIO ................................ 6 A REVOLUÇÃO DE BEL............................................... 29 Mulher, eu te amo... .................................................... 31 A ARCADIA ..................................................................... 33 Festinhas travessas... ................................................. 34 MAGIA BRANCA E MAGIA NEGRA .......................... 35 ELÊUSIS....................................................................... 39 OS DOIS CAMINHOS .................................................... 41 O BASTÃO DOS PATRIARCAS.................................. 46 Sabedoria, divino tesouro .......................................... 47 EU ACUSO....................................................................... 50 O ÁTOMO NOUS ............................................................ 53 A MENTE E A INTUIÇÃO.............................................. 55 ELENA .......................................................................... 61 O PERÍODO LUNAR ...................................................... 63 O PERÍODO TERRESTRE............................................ 67 A LEMÚRIA...................................................................... 78 A BATALHA NO CÉU.................................................... 81 A ATLÂNTIDA ................................................................. 84 A MAGIA NEGRA DOS ATLANTES........................... 86 O NIRVANA ................................................................... 101 O ELIXIR DE LONGA VIDA........................................ 109 O CANTAR DOS CANTARES................................ 125 BEL E SUA REVOLUÇÃO .......................................... 127 A SAPIÊNCIA DO PECADO................................... 147 O MILÊNIO ..................................................................... 150 HINO DA NOVA ERA................................................... 160 CONCLUSÃO ................................................................ 162 Canto à sacerdotisa.................................................... 226
ÍNDICE DE IMAGENS
Magos Negros Angarikas em Meditação ............................86 Arrependimento de Bel .....................................................127 Yahvé ................................................................................151 O Logos Solar ...................................................................163