2014 • n.º 51 • Distribuição gratuita
Rm REVISMARKET Revismarket
O mercado Electro em revista
2014
em revista
Tendências
Estará o mercado português de produtos tecnológicos a recuperar da quebra?
Fnac, Media Markt, Rádio Popular e Worten no Facebook
para
2015
Principais acontecimentos no mercado nacional em 2014
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Ficha Técnica
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N.º 51 • 2014
Propriedade: Revismarket - Edição de Publicações, Lda. Rua das Giestas, n.º 6, 2.º Dt0. 2770-075 Paço de Arcos Tel.: +351 914034879 Tel redacção: +351 934130605
Direcção/Editor: Cidália Ribeiro cirib@revismarket.com
Redacção: Carina Rodrigues redaccao@revismarket.com
Área Comercial: pub@revismarket.com comercial@revismarket.com
Paginação: LSF outsourcingdesigners@gmail.com
Impressão: Lisgráfica Distribuição gratuita e por assinatura Tiragem: 2.000 exemplares
Depósito Legal n.º 236.204/05 Publicação registada no Instituto da Comunicação Social com o n.º 124843
Interdita a reprodução total ou parcial de textos, fotografias e ilustrações, salvo autorização expressa e por escrito. Os artigos assinados apenas veiculam a posição dos seus autores. A Rm-Revismarket afirma a sua independência em relação a todos os poderes, inclusive, as entidades que a patrocinam e apoiam, sendo apenas responsável perante os seus leitores. A Rm-Revismarket não se responsabiliza por erros de texto ou imagem fornecidos para publicação após a aprovação e revisão de provas.
Editorial
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á lá vai um ano que não escrevia um editorial pois, com a evolução natural da informação online, a edição impressa passou a ser anual. Esta deixou de ter o cariz de revista para ser mais um anuário com o resumo dos principais acontecimentos do ano e algumas tendências para o próximo, para que possam ficar com um registo em papel do ano que termina. Este ano de 2014 foi francamente atípico pois o mercado esteve “paradíssimo” no primeiro semestre, começando a animar timidamente no início do quarto trimestre. Será este um indicador do princípio do fim da quebra que abalou o nosso mercado? Poderíamos interpretar como tal mas, pessoalmente, não o vejo desta forma. Vejo apenas como o início de uma nova era. Uma nova fase em que só os mais rápidos e resilientes se mantêm activos, desenvolvendo a capacidade de mudar as suas estratégias ajustando-as às necessidades e desejos do consumidor. O mercado, tal como tive o privilégio de o conhecer e acompanhar durante mais de 15 anos, acabou. Novas formas de comercialização, novos formatos, novas ferramentas de trabalho e novas pessoas, tudo diferente, é assim que vejo o sector electro neste momento. Se é bom ou mau? Apesar das dificuldades pelas quais todos passamos, na minha opinião é bom, porque aprendemos muito com estes últimos anos e perdemos o “medo” de inovar, de fazer diferente, de errar para fazer de novo. Vivemos numa era de experiências, experimentar novas formas e processos de chegar e surpreender o consumidor, na qual já pouco “parece mal”. A tentativa e erro passou a ser um processo normal, tal como poderão comprovar no artigo de destaque. Independentemente do tamanho e do sítio do mundo, marcas e insígnias testam todos os dias algo diferente e são essas experiências e experimentações que fazem avançar o mercado. Da nossa parte também vamos fazer uma experiência há muito anunciada, avançando finalmente para o conceito de conteúdos pagos. Em Janeiro lançaremos a Rm-Premium, uma nova plataforma que reunirá a “comunidade” de leitores da Revismarket que querem conteúdos e informação diferentes e detalhados. Não sabemos como irá correr, se bem ou mal, sabemos apenas que o mercado gosta de nos ler e quer mais conteúdos diferenciados. Assim, vamos fazer exactamente o que nos pedem, alicerçando o negócio com possíveis entradas de verbas fixas que ajudam na criação de conteúdos diferenciados e a manter a qualidade dos existentes. Espero que gostem e que se juntem a este novo projecto; se assim não for, fico de consciência tranquila por ter experimentado também. Aproveito para desejar um excelente 2015, que traga a cada um de vós tudo o que merece! Cidália Ribeiro
Directora cirib@revismarket.com
Nota da redacção:
A Rm-Revismaket informa os seus leitores que optou por manter a grafia pré acordo ortográfico nas suas edições em papel e online. Rm-Revismarket - 2014
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Índice
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Expandir os limites do território nacional através do retalho
Tema de capa 2014 em revista
A ascenção do pequeno doméstico
2014- rico em inovação e novos serviços diferenciadores
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Principais acontecimentos no mercado nacional em 2014
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Fnac, Media Markt, Rádio Popular e Worten no Facebook 28
Consumidores portugueses usam novas tecnologias para poupar
10 principais tendências tecnológicas para 2015
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Estará o mercado português de produtos tecnológicos a recuperar da quebra?
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Expandir os limites do território nacional através do retalho 36 A ascenção do pequeno doméstico Consumidores portugueses usam novas tecnologias para poupar
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Groupe Brandt e AJPinto acordam parceria para a distribuição da De Dietrich 44 Momentos Electro
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[ Destaque ] Texto: Cidália Ribeiro Fotos: D.R.
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2014 um ano
movimentado
Apesar da conjuntura pouco favorável, 2014 foi um ano dinâmico e com fortes movimentações, tanto ao nível de insígnias como de produção. Assistimos a alianças estratégicas, aberturas, retiradas de mercados menos interessantes, sendo que a principal tendência residiu na clara aposta na diversificação de canais, formatos e serviços para estar mais próximo do consumidor.
2014 em revista – Internacional O
ano começou com boas notícias, com a recolocação de mais de 400 trabalhadores da Fagor Electrodomésticos noutras empresas da Corporación Mondragón e com a previsão de retoma de actividade com uma nova equipa gestora. No final de 2014 já não restavam dúvidas sobre uma das marcas do gru-
po. Após a compra pelo grupo argelino Cevital, a Brandt voltava a arrancar em Espanha com a expectativa de ser relançada em Portugal no próximo ano. Em contrapartida, logo no início de 2014, o tribunal decretou a liquidação da Memup e a Sharp iniciou uma reforma estrutural do seu negócio europeu de electrónica de consumo, que levou à elimi-
nação de 300 postos de trabalho. A Miró, um histórico do retalho de electrodomésticos e electrónica de consumo em Espanha, declarou falência, após ter falhado o pagamento da dívida financeira aos seus credores. E, após vários meses de negociações, o fundo de capital suíço Springwater comprou a cadeia espanhola, prevendo a manutenção de 67 lojas e Rm-Revismarket - 2014
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Expansão em alta
Apesar da situação económica que se vive, e de acordo com o estudo publicado pela Cushman & Wakefield (C&W), a tendência na promoção de centros comerciais é positiva em todo o mundo. Em 2012 e 2013, mais de 1.650 novos centros comerciais foram concluídos nos mercados analisados. Os Estados Unidos da América, Rússia, Brasil, México, Índia e China foram os países que inauguraram mais centros comerciais. Só no continente americano foram concluídos mais de mil destes “shoppings”. Apesar de alguns mercados emergentes registarem um abrandamento, entre 2014 e 2016 são esperadas aberturas significativas de centros comerciais em países emergentes como Brasil, Rússia, Índia e China. A Auchan, por exemplo, revelou planos 8
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O Grupo Bosch comprou os 50% da Siemens na joint-venture Bosch und Siemens Haugeräte, GmbH (BSH) e terminou, assim, uma aliança que uniu os dois grupos alemães durante mais de 45 anos, com a BSH a passar a ser a 100% uma filial do Grupo Bosch
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de 476 dos 500 postos de trabalho. Um dos acordos mais falados do ano foi o da Whirlpool Corporation com a Fineldo S.p.A para compra da participação desta na Indesit Company S.p.A. A multinacional norte-americana também acordou a compra das acções com elementos da família Merloni. Nos termos dos acordos, a Whirlpool assegura uma participação maioritária na Indesit Company. Já o Grupo Bosch comprou os 50% da Siemens na joint-venture Bosch und Siemens Haugeräte, GmbH (BSH) e terminou, assim, uma aliança que uniu os dois grupos alemães durante mais de 45 anos, com a BSH a passar a ser a 100% uma filial do Grupo Bosch.
para abrir cinco centros comerciais na Tunísia, com um parceiro tunisino, a Magasin Géneral, de forma a concorrer taco a taco com o Carrefour e a Géant. A retalhista francesa abriu também o seu primeiro hipermercado via “franchise” no norte do Iraque, na capital curda de Erbil, dois anos após a assinatura de um acordo de parceria com a SI Retail. Além disso, o grupo assinou um memorando de entendimento com o CT Group para desenvolverem conjuntamente um negócio de supermercados no Vietname. Em Maio, a Costco Wholesale abriu a sua primeira loja em Sevilha, em Espanha, que é, também, o primeiro ponto de venda do “wholesale club” norte-americano na Europa continental, e em Junho inaugurou mais uma loja no mercado mexicano. Também em Maio, o Carrefour avançou no Magrebe com a abertura de
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internautas e compradores online no segundo país mais populoso do mundo, a Amazon confirmou o investimento massivo na expansão das suas actividades na Índia. A Media Markt apostou em sete novas lojas na Rússia, pontos de venda que aumentam a rede russa da insígnia para 64 lojas
Retiradas estratégicas e optimização de operações
As empresas também reviram a estratégia de lojas físicas. Caso da Sony, que anunciou o fecho de dois terços das suas lojas nos Estados Unidos da Amé-
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duas novas instalações (um hipermercado e um supermercado Market), através do seu parceiro de “franchise” Label’Vie, e pouco depois apostou no Dubai, onde abriu um novo hipermercado. Já o operador de discount Lidl anunciou pretender investir 180 milhões de euros este ano na abertura de 20 lojas e melhoria de outras 50 lojas em Espanha e investiu 274 milhões de euros no Reino Unido, abrindo 20 novas lojas. As Galerias Lafayette anunciaram que vão chegar ao mercado italiano em 2017 ou 2018, com a abertura de uma primeira loja em Milão. Atraída pelo crescente número de
As empresas também reviram a estratégia de lojas físicas. Caso da Sony, que anunciou o fecho de dois terços das suas lojas nos Estados Unidos da América
E do lado da produção, quais os principais acontecimentos ? Convidámos a produção a destacar o acontecimento mais importante de 2014 de cada organização. O grupo SEB escolheu o lançamento do robot de cozinha multifunções Moulinex Cuisine Companion como o acontecimento de maior relevância do ano 2014. Para o grupo, “Portugal é um país pioneiro na adopção de produtos inovadores e, por isso, fazia todo o sentido trazermos este produto para o mercado nacional, porque sabemos da boa receptividade que viria a ter junto dos consumidores”. Continua na página seguinte
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Omnicanal continua a ser uma aposta estratégica
A “batalha” entre lojas físicas e canais digitais torna-se uma história do pas10
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rica, e do Grupo Delhaize que encerrou a exploração própria de 14 supermercados no mercado belga. O Grupo Metro considerou terminar com as suas operações de cash & carry na Dinamarca e a Leroy Merlin prepara-se para sair do mercado turco, seguindo os passos da sua concorrente alemã Praktiker, que também já saiu deste mercado em 2013. A Conforama também abandonou a Turquia e o Grupo Metro concluiu a venda dos seus hipermercados Real neste país à empresa local Hacı Duran Beğendik, desfazendo-se, assim, de 12 grandes superfícies na Turquia. O Carrefour, por sua vez, retirou-se da Índia, dando, assim, por terminados quatro anos de presença neste mercado. A Dixons vendeu as suas operações na Europa Central ao NAY, um retalhista especializado líder na região. À semelhança do que aconteceu noutros mercados europeus, a MediaSaturn vai terminar com a estratégia de duas insígnias também na Holanda ainda este ano. As 13 lojas Saturn sofrerão um “rebranding” para Media Markt. Tal como sucedeu na Grécia em 2011, na Rússia e na Hungria em 2012 e em Espanha, na Bélgica, na Suíça e na Turquia no ano passado, a estratégia deverá ajudar a optimizar os volumes de investimento em marketing da Media-Saturn, ao prescindir da insígnia menos reconhecida e que tem tido pior desempenho em vários mercados.
O eBay, por sua vez, lançou um novo “marketplace” que permite às marcas venderem directamente aos consumidores, semelhante ao Tmall da chinesa Alibaba, um site de compras que aloja mais de 70 mil marcas.
sado, com o “e-commerce”, “m-commerce” e “in-store commerce” a evoluir para o comércio omnicanal e cada “player” a apostar nos vários formatos para chegar junto do consumidor. Operadores tradicionalmente de lojas físicas lançam-se no digital um pouco por todo o mundo, como é o caso da Leroy Merlin que lançou a sua loja online e da Jerónimo Martins, que está a preparar o lançamento da operação de comércio
electrónico da Biedronka. O Grupo Casino, por seu turno, está a desenvolver o comércio electrónico no mercado africano e o retalhista francês Carrefour a apostar no “e-commerce” na região da África Subsaariana. A Walmart começou também a vender produtos online na Índia, com base em dois dos seus negócios “wholesale”. Os consumidores apenas conseguirão comprar se forem membros das lojas cash & car-
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ry de Hyderab (sul) e Lucknow (norte). No início de Junho, a Walmart tinha também aberto um portal de comércio electrónico B2B naquele mercado. Em simultâneo, a Walmart aposta em ser o maior retalhista online do Brasil com um novo website, cerca de dois milhões de SKU’s e um novo “marketplace”. Ao longo dos próximos anos, a Walmart.com.br irá abrir três centros de abastecimento para o negócio de “e-commerce”. O formato de “marketplace” é adoptado por vários gigantes, como é o caso da Immochan, subsidiária da Auchan que gere 80 centros comerciais em França, que anunciou um investimento de 12 milhões de euros para lançar um centro comercial online naquele país. “Todos os utilizadores que desejarem vão poder fazer compras online no nosso novo centro comercial, onde vai estar disponível roupas, perfumes, telemóveis, televisores. O factor diferenciador que a nossa plataforma vai oferecer é que apenas vai vender produtos das marcas pre-
sentes nos nossos centros comerciais físicos”, diz o director de “e-business” da Immochan, Herve van den Abeele. O eBay, por sua vez, lançou um novo “marketplace” que permite às marcas venderem directamente aos consumidores, semelhante ao Tmall da chinesa Alibaba, um site de compras que aloja mais de 70 mil marcas. A Darty lançou também o seu “marketplace”, um local onde terceiros podem comercializar os seus produtos aos clientes da insígnia francesa, para ampliar a dimensão do seu site de comércio electrónico. O El Corte Inglés lançou a sua loja online no Reino Unido, Irlanda e Holanda, com o objectivo de promover as marcas espanholas junto dos turistas que visitam o país de origem da cadeia de grandes armazéns. A página www.elcorteingles.eu converteu-se num grande “marketplace” europeu das marcas espanholas, que ali podem dar-se a conhecer aos compradores estrangeiros e internacionalizar as suas vendas. O fenómeno inverso também acontece,
Continuação da página anterior A IT People destaca a nova versão da plataforma Next Reality, uma solução que veio “alavancar a inovação que a organização coloca no mercado e que a leva para outro patamar enquanto empresa”. A LG destaca o lançamento do ArtCool Stylist, o ar condicionado “que permite uma experiência sensorial de cor e, simultaneamente, uma climatização imersiva proporcionando um excelente conforto térmico e elevada eficiência energética”. Em 2014, a Junex colocou no mercado uma linha completa produtos de lavagem, roupa, loiça e frio, que “tem sido muito bem aceite pelos nossos parceiros, mais pelas características dos produtos e não tanto pelo preço, o que nos Continua na página seguinte
“A qualidade não deve ser um luxo”
Pequeno doméstico, Climatização e Desumidificação, Cuidados Pessoais, Cuidados de Saúde e Cuidados de Bebé Koeln, Comércio Electrodomésticos Unipessoal Lda. Tel: 226 069 317/8 - Fax: 226 069 319 Web: www.tristar.pt E-mail:geral@tristar.pt Rm-Revismarket - 2.º semestre de 2014
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com as organizações tradicionalmente digitais a entrarem em novos canais, tal como o gigante Google que avança para a sua primeira loja na zona do SoHo, em Nova Iorque. Recorde-se que, até agora, a Google apenas tinha testado pequenos espaços em lojas de outros retalhistas, como a Best Buy, para promover a sua gama Nexus e Chromebooks. Além disso, abriu vários espaços “pop-up” nos Estados Unidos da América durante 2013 para que as pessoas pudessem testar os equipamentos e obter aconselhamento junto das equipas por si treinadas. Já a Groupon abriu uma “concept store” em Hong Kong. A loja, localizada em Causeway Bay, uma das localizações
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de retalho mais caras do mundo, oferece aos clientes uma plataforma para testar os produtos e pretende aproximar os mundos online e offline. Também a Amazon e o eBay apostam noutro tipo de espaços físicos e experimentam “vending machines” automáticas em aeroportos e centros comerciais.
Proximidade e conveniência
Dentro das lojas físicas, há também uma clara aposta na diversificação de formatos e conceitos, oferecendo proximidade e conveniência aos consumidores. É o caso da Media Markt, que apostou em lojas multicanal, urbanas e de proximidade em Espanha, mercado onde quer alcançar uma centena de lojas. Ainda em
Espanha, a Eroski inaugurou um franchising Aliprox no campus universitário de Leioa e a Conforama diversificou a sua expansão com o lançamento de um projecto de franchising, dirigido a proprietários e empreendedores no negócio dos móveis e decoração, com activos acima dos 2.500 metros quadrados. A Auchan estreou um novo conceito de loja em França, denominado Simply City, modelo de proximidade baseado nos frescos e na conveniência. Este conceito está a meio caminho entre os supermercados Simply Market e as lojas A2pas. O maior retalhista do mundo rendeu-se também ao formato de conveniência e lançou, no Arkansas, um novo formato híbrido que combina o comércio de proximidade com o “fast food”: o Walmart To Go. Além disso, reforçou a sua aposta nos pequenos formatos de loja, com planos para abrir 270 a 300 novos pontos de venda. Estes formatos estão a ter um melhor desempenho em termos de vendas que os grandes centros da Walmart, registando, a cada trimestre, crescimentos numa base comparável e aumentos de tráfego. De igual modo, a IKEA chegou aos centros das cidades, com a sua primeira loja num centro urbano em Hamburgo, localizada numa zona pedonal e comercial daquela cidade alemã. A Spar abriu na Holanda uma loja “pop-up” para impulsionar a sua marca própria, durante quatro semanas. O formato Drive tem cada vez mais adeptos entre as insígnias, como é o exemplo da Media Markt que estreou, na Alemanha, o seu primeiro Drive,
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A “batalha” entre lojas físicas e canais digitais torna-se uma história do passado, com o “e-commerce”, “m-commerce” e “in-store commerce” a evoluir para o comércio omnicanal e cada “player” a apostar nos vários formatos para chegar junto do consumidor
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tornando-se no primeiro retalhista desta área de negócio a lançar um Drive no mercado alemão. O E.Leclerc desenvolveu lojas no formato Drive na Polónia e, em França, lançou uma nova instalação Drive numa área de serviço da autoestrada A8, entre Frejus e Cannes,
no sul de França. O E.Leclerc espera apelar aos viajantes no seu caminho para o trabalho ou àqueles em férias na área. “O Drive oferece as vantagens de compras online sem o incómodo e preços idênticos aos dos hipermercados”, disse o retalhista. Já o Carrefour abriu o seu primeiro formato autónomo de Drive na Bélgica. Ao longo dos últimos anos, o Carrefour tem vindo a trabalhar na criação de novos formatos de Drive em diferentes localidades ao redor da Bélgica, um país em que agora tem um total de oito “Pontos Drive”, ampliando os supermercados existentes. No entanto, no momento em que comemora 10 anos, a Chronodrive, a operação Drive do Grupo Auchan, vai entrar numa fase de racionalização, em que o crescimento virá de novas formas para gerar compras por impulso, em simultâneo com a expansão da rede. Nota: As referências contidas no texto basearam-se nas notícias publicadas na RmElectro durante o ano de 2014.
Continuação da página anterior surpreendeu bastante e foi uma aposta ganha”. O acontecimento do ano para a Dyson foi a abertura da loja online http://shop.dyson.es/ e o enquadramento da gama de aspiradores à nova lei de etiqueta energética, sendo que nenhum aspirador da marca tinha mais de 1.400 watts ainda antes de a lei entrar em vigor. A Whirlpool destaca o crescimento de vendas como acontecimento marcante de 2014, com um acréscimo superior a 40% em loiça, superior a 100% em frigoríficos e arcas de uma porta e acima dos 40% em encastre, acreditando “estar no caminho certo para um futuro consolidado”. Para o grupo Electrolux, o ano de 2014 trouxe o reforço da posição Continua na página seguinte
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Texto: Cidália Ribeiro/Carina Rodrigues Fotos: D.R.
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2014, rico em inovação e novos serviços diferenciadores Em 2014, as insígnias reformularam estratégias e investiram em novos serviços para garantir a comodidade e reforçar a experiência positiva do consumidor. Uma forte aposta generalizada no desenvolvimento do “mobile” como resposta às exigências do utilizador que procura uma experiência simplificada.
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Também a Walmart promete prazos de 24 horas para a entrega das encomendas na Índia. Já o El Corte Inglés avançou com o serviço “click and collect”, que permite a compra online e recolha da mercadoria em mais de 200 lojas do grupo, Supercor e Supercor Exprés por toda a Espanha. O eBay e a Argos ampliaram a sua parceria e agora é possível recolher os produtos comprados no eBay em 650 lojas da retalhista britânica. A parceria tinha iniciado em Se-
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consumidor procura inovação e experiências de compra positivas e as insígnias estão conscientes desta realidade. Serviços diferenciadores foram uma constante aposta em 2014. Dar ao consumidor o que ele deseja, quando e como lhe for mais conveniente, foi a pedra de toque neste ano que finda. Uma das áreas que revelou maior cuidado foi a comodidade na entrega de bens e serviços. Por exemplo, a Media Markt e a Saturn expandiram a todo o território alemão a entrega através de táxis dos produtos comprados nas suas lojas ou online, no âmbito da parceria com a MyTaxi. As insígnias estão, inclusive, a testar várias opções de entrega, incluindo uma possibilidade de entrega no próprio dia para as encomendas online. As entregas expresso serão feitas até três horas após a encomenda ter sido feita ou, em alternativa, numa data e hora escolhidas pelo cliente. Além disso, a Media-Saturn aposta na entrega em casa e na instalação de electrodomésticos, como factor distintivo face à concorrência.
A Media Markt estreou, na Alemanha, o seu primeiro Drive, tornando-se no primeiro retalhista desta área de negócio a lançar um Drive no mercado alemão.
Continuação da página anterior das suas marcas, especialmente no segmento de encastre. “É a prova de que as gamas das marcas AEG, Electrolux e Zanussi se complementam e encontram, nos vários tipos de consumidores, argumentos consistentes para o crescimento das três marcas”. O destaque da Metronic recai na consolidação das vendas das smartbox Android, a evolução das mesmas quer a nível de velocidade e performance e o reforço da gama de áudio portátil com introdução de artigos com tecnologia Bluetooth e NFC. Actualmente, mais de um 60% das vendas da bq são de smartphones. A previsão de vendas em Portugal para 2014 é de cerca de 100 mil unidades e de facturação é de 12 milhões de euros. O Continua na página seguinte
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tembro de 2013 com 50 vendedores do eBay a permitirem recolher os produtos em 150 lojas Argos. Ao fim de quase um ano de teste, a empresa estima que cerca de 65 mil vendedores do eBay ofereçam esta possibilidade.
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de aceder à app do Facebook Comm’outil e solicitar as mesmas. A iniciativa está em linha com a estratégia multicanal da insígnia do Grupo ADEO, que pretende atrair utilizadores das redes sociais para as suas lojas. A IKEA Alemanha passou, por sua vez, a aceitar devoluções de produtos sem limite de prazo. Na Dinamarca e na Noruega, a retalhista já oferecia a possibilidade de devolver produtos num limite até três anos, enquanto no Reino Unido e em Espanha irá aplicar uma política de 360 dias. Outro exemplo, a plataforma brasileira
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Trocas, usados, empréstimos, devoluções encomendas Segundo um estudo do Observador Cetelem, que procurou perceber que iniciativas poderiam as lojas desenvolver para continuar a captar a atenção dos consumidores, destaca-se a possibilidade de poder devolver material usado que já não é utilizado (79% na Europa e 82% em Portugal). De acordo com esta vontade do consumidor, algumas insígnias já deram os primeiros passos, como, por exemplo, o novo serviço que a MediaSaturn oferece aos clientes do seu site de comércio electrónico Redcoon, isto é, a possibilidade de trocarem equipamentos usados por vouchers de compras, uma acção em parceria com a Flip4New, uma operação de “e-commerce” em que a holding do Grupo Metro adquiriu uma participação minoritária. Já a Leroy Merlin está a testar o empréstimo de ferramentas, por um período de 48 horas. Os consumidores apenas têm
O maior retalhista do mundo rendeu-se também ao formato de conveniência e lançou, no Arkansas, um novo formato híbrido que combina o comércio de proximidade com o “fast food”: o Walmart To Go
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Retorna, que quer quebrar parte das barreiras que ainda existem quanto às compras online e, para tal, está a apostar num modelo de “cashback” em que parte do valor gasto pelo cliente é posteriormente reembolsado. Muitos consumidores (71%) esperam também encomendar na loja um produto que já não está em stock e ver modelos ou variantes de um modelo que não estão presentes no ponto de venda. Nesse sentido, a Ahold testou um novo serviço na Holanda, que permite aos clientes encomendarem na loja caso não encontrem o produto que procuram. Os itens podem ser encomendados da loja online da Ahold e pagos e recolhidos no próprio ponto de venda no dia seguinte. Ao oferecer este serviço, a Ahold é capaz de oferecer todo o sortido online mesmo nas lojas mais pequenas. Outra forma de marcar a diferença é o
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O El Corte Inglés avançou com o serviço “click and collect”, que permite a compra online e recolha da mercadoria em mais de 200 lojas do grupo, Supercor e Supercor Exprés por toda a Espanha.
ajuste ou expansão do sortido ou áreas de negócio. A Amazon expandiu a sua oferta de marca própria aos consumíveis, incluindo os produtos alimentares, e ampliou a disponibilidade de entrega no próprio dia do seu serviço Amazon
Continuação da página anterior
Fresh. Este serviço expandiu-se para a Alemanha, sendo o ponto de partida da conquista do mercado alimentar europeu pela Amazon que amplia a oferta de produtos na sua plataforma ao leite, peixe, frutas, verduras e carnes. A insígnia lançou também um novo serviço de “takeout” de refeições em Seattle, como parte do seu programa Local. O serviço oferece cupões, descontos e negócios, numa lógica similar à do Groupon, para comerciantes locais. Outro exemplo, o Grupo IKEA expande a sua oferta de equipamentos de produção residencial de energia, inicialmente testada no Reino Unido, para a Holanda e Suíça. Durante os próximos 18 meses, a oferta vai também estar disponível em mais seis países. A IKEA está também a fazer progressos no investimento de 1.500 milhões de euros em energia eólica e solar para as suas próprias operações. Até ao momento instalou 700 mil painéis
destaque da marca recai, assim, no crescimento de 35% do volume de vendas. Com uma nova direcção e com uma equipa rejuvenescida, o “core” do negócio da Philips Consumer Lifestyle ganhou “ainda mais significado”. Procurando trazer inovação ao mercado, com impacto na vida dos consumidores portugueses, onde se destaca como grande lançamento a nova máquina de barbear Serie 9000, “com resultados impressionantes no barbear masculino”. 2014 caracteriza-se pela celebração dos 25 anos da PHC e o arranque de toda uma nova estratégia de internacionalização com definição de novas geografias na América do Sul, os primeiros passos na Irlanda e Reino Unido, a criação Continua na na Continua página seguinte página seguinte
“A qualidade não deve ser um luxo”
Telecomunicações fixas, Walkie-Talkies, Powerlans, Cuidados de Saúde e Cuidados de Bebé Koeln, Comércio Electrodomésticos Unipessoal Lda. Tel: 226 069 317/8 - Fax: 226 069 319 Web: www.tristar.pt E-mail:geral@tristar.pt
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A IKEA Alemanha passou a aceitar devoluções de produtos sem limite de prazo. Na Dinamarca e na Noruega, a retalhista já oferecia a possibilidade de devolver produtos num limite até três anos, enquanto no Reino Unido e em Espanha irá aplicar uma política de 360 dias O Continente lançou uma aplicação que permite utilizar o Cartão Continente através do telemóvel, sem que o cliente tenha consigo o cartão ou os cupões físicos
solares nas suas lojas e edifícios e está empenhada em deter e operar 224 turbinas eólicas, como parte do objectivo de usar energia 100% renovável até 2020. O cuidado com os recursos e serviços disponibilizados na loja física é comum a vários operadores, como no caso do Lidl que disponibiliza agora pagamentos “contacless” com o apoio da Caixa Geral de Depósitos, tornando-se, assim, na primeira cadeia de grandes superfícies em Portugal a disponibi-
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lizar esta solução de pagamentos na grande distribuição, inicialmente numa fase de piloto. Na Bélgica, a insígnia abriu uma loja neutra em CO2, num projecto-piloto de um ponto de venda ecológico, que consome menos 38% de energia. Para facilitar a gestão de tempo do consumidor, o Auchan lançou em França um novo conceito para Point of Service (POS), a fim de proporcionar flexibilidade na gestão de filas. A
solução híbrida, que adopta o nome das lojas da Auchan “Trolley Express”, permite aos operadores de loja alternar rapidamente para o modo de serviço de caixa tradicional em menos de dois minutos. Já a Tesco anunciou planos para expandir o seu serviço de “self-scanning” para mais 100 lojas até final de 2014. app, app e mais app A maioria dos consumidores europeus (75%) tem preferência por aplicações digitais que permitam aceder a informações mais detalhadas sobre os produtos. Esta é uma das conclusões de um recente estudo do Observador Cetelem, que constatou que no top dos serviços esperados em tablets e terminais interactivos estão aplicações que, antes de mais, respondam às necessidades básicas do consumidor, tanto em termos de informações de preços e de produtos, como em termos de conforto e ganho de tempo. Nesse sentido, o ano de 2014 foi rico em exemplos de soluções inovadoras que fortalecem o negócio “mobile”, tal como fez a Staples, que lançou uma nova versão da sua App mobile, na qual os utilizadores acedem aos dados do seu cartão de cliente Staples BIZ e Prof +.e a toda a informação útil. Tam-
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bém o Continente lançou uma aplicação que permite utilizar o Cartão Continente através do telemóvel, sem que o cliente tenha consigo o cartão ou os cupões físicos. Em Espanha, a Conforama lançou uma app com loja online para smartphones e tablets. A nova app é gratuita e mostra informação detalhada e imagens de todos os produtos, assim como promoções. Dá a possibilidade de marcar os produtos como favoritos e partilhá-los nas redes sociais, criar listas de compras e encontrar toda a informação sobre as lojas. A Walmart, por sua vez, lançou um comparador de preços, o Savings Catcher, uma ferramenta que analisa os preços da
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Um dos serviços mais inovadores de 2014 foi o “botão de pânico” da Darty, que visa ajudar os seus clientes com todas as questões de assistência técnica. O dispositivo sincronizase com o serviço de Internet ou com o smartphone do cliente e, quando pressionado, alerta os técnicos da Darty que existe um problema
concorrência e, caso o cliente encontre o produto a um preço mais barato, oferece a diferença. Também no digital novas soluções são testadas, como a ferramenta Amazon Basket que permite aos clientes comprarem via Twitter. Sempre que um tweet incluir um link para um produto disponível no seu site, o utilizador pode responder com a hashtag #AmazonBasket para que este possa ser armazenado automaticamente no carrinho de compras. A Amazon espera que a ferramenta impulsione as compras por impulso. Mais se tem feito nesta área. O Twitter está a testar uma nova funcionalidade de comércio electrónico que permite a empresas e artistas venderem directamente através dos seus tweets. Este serviço está a ser testado em parceria com a empresa de pagamentos online Stripe. Mas um dos serviços que foi considerado mais inovador no World Retail Congress 2014 foi o “botão de pânico” da Darty, que visa ajudar os seus clientes com todas as questões de assistência técnica. O dispositivo sincroniza-se com o serviço de Internet ou com o smartphone do cliente e, quando pressionado, alerta os técnicos da Darty que existe um problema. Os colaboradores da insígnia francesa ligam, então, para o cliente para obter mais informações e tentar solucionar o seu problema.
Continuação da página anterior de escritório em Londres e o reforço sustentado da actividade em Espanha com os novos clientes e parceiros. O NIODO Refresh é o acontecimento mais importante em 2014. Com o “refresh” das soluções Cloud, em particular do NIODO Desktop, a Knowledge Inside pretende “dar, a cada utilizador, software com versões mais recentes, maior disponibilidade de software, aumento de capacidade de armazenamento de e-mail (+150%) e dados (+100%)”. A Gateway Portugal lançou várias soluções de merchandising seguro, com destaque para o CT100 desenvolvido para tablets, um sistema de segurança ideal para todas as empresas que usam quiosques de auto atendimento ou que tenham necessidades de informaContinua na ção de acesso rápido, invenpáginagerir seguinte tários e controlar pedidos. A Braun destaca o lançamento da primeira depiladora facial no mundo, com escova esfoliante, como principal acontecimento do ano. Para a Electrolux Small Appliances Iberia, o destaque vai para o lançamento da gama de aspiradores Eco Force, que garante a redução do consumo energético sem perda de performance e eficácia. “O nosso grande objectivo é a redução das emissões de CO2 em 50% até Continua na página seguinte Rm-Revismarket - 2014
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Texto: Cidália Ribeiro/Carina Rodrigues Fotos: D.R.
Principais acontecimentos no mercado nacional em 2014 E em Portugal, o que aconteceu de mais relevante em 2014? Foi também um ano dinâmico e de forte aposta no digital. E um ano de comemorações, com o aniversário da Fnac, os 10 anos da Media Markt, os 20 anos do Grupo Os Mosqueteiros e os 50 anos da Makro. Primeiro trimestre de 2014 O ano começou com a reintegração da Best Sell Electrodomésticos, S.A. na A.A.A. – Associação dos Agentes Autorizados (Euronics) tornando-se, assim, na 51.ª empresa associada da AAA. Foi altura de dizer adeus à marca TMN, que desapareceu para dar lugar à MEO, a marca única para oferta móvel e residencial da PT. A Staples premiou o mérito e desempenho escolar com o projecto “Quadro de Honra”, que incentiva o sucesso de crianças e jovens do 1.º ciclo ao ensino secundário, recompensando o seu desempenho escolar com base num sistema de atribuição de pontos. Uma forte aposta na Web, neste trimestre, com a Conforama a inaugurar a nova página www.conforama.pt, com um novo design e novo serviço de vendas online, e a Worten a estrear-se no Google+, dando continuidade à estratégia de reforçar a sua presença nos suportes digitais. Também a Saeco lançou um novo portal de pós-venda, “Saeco IES”, para facilitar a gestão de máquinas de “vending” por 20
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parte dos operadores. Pessoas: Destacamos um bom exemplo de profissionalismo português, com Armando Anjos, até então country manager da Indesit Company para Portugal, a assumir o mesmo cargo em Espanha. Marco Rota assumiu o cargo de Managing Director da Indesit Company em Portu-
gal, sucedendo a Armando Anjos. Segundo trimestre de 2014 Para celebrar os 10 anos desde a abertura da primeira da primeira loja em Portugal, a Media Markt lançou a campanha inédita “Loucura Total”. As lojas Jumbo e Jumbo Pão de Açúcar lançaram uma campanha
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Continuação da página anterior 2020, relativamente aos níveis de emissões de 2005”. A marca conta com aspiradores optimizados para um consumo energético mais reduzido, desenvolvidos a pensar nos consumidores e nas suas necessidades. O lançamento da primeira escova eléctrica no mundo com Bluetooth, a Oral-B Smart Series, é o acontecimento destacado pela marca Oral B Para além do novo “packaging”, a Tristar destaca a motivação de ter conseguido “manter a oferta acessível para as famílias portuguesas, num ano em que se verificaram aumentos de preços em praticamente todos bens e serviços”, como o acontecimento mais relevante de 2014.
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Um período rico em prémios, com Belmiro de Azevedo a ser distinguido com o “Prémio Inspiração”, devido ao seu exemplo na área do empreendedorismo em Portugal, e José Luís Simões a receber o Prémio Carreira na primeira edição dos prémios Logística Moderna 2014. A cadeia DIA Portugal Supermercados recebeu a Menção Honrosa do Prémio de Excelência Inovação no Retalho, na categoria Inovação e Sustentabilidade, com
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de aniversário e, durante todo o mês de Julho, colocaram mais de três mil artigos a “preços absolutamente Jumbásticos”. De realçar a abertura do Centro de Ciência do Café (CCC), em Campo Maior, um espaço único na Europa e que tem como objectivo proporcionar, a quem o visita, uma viagem interactiva ao mundo do café. A Siemens Portugal inaugurou o seu novo Centro Global de Operações mundial na área das Tecnologias da Informação (TI).
Armando Anjos, até então country manager da Indesit Company para Portugal, assume o mesmo cargo em Espanha. Marco Rota assumiu o cargo de Managing Director da Indesit Company em Portugal, sucedendo a Armando Anjos.
o sistema iLEAK, e a Makro Portugal e Espanha foi reconhecida com a distinção Top Employers 2014. O projecto de responsabilidade social e ambiental da Worten, Equipa Worten Equipa, foi distinguido com uma menção honrosa na primeira edição do Prémio Excelência – Inovação no Retalho, promovida pela APED, na categoria de Inovação e Sustentabilidade. A Worten foi também galardoada com bronze nos Prémios de Criatividade Meios & Publicidade, na categoria de redes sociais, que distinguiu a campanha “Código Secreto” da autoria da FUEL. A Sonae foi distinguida nos Kofax Transform Awards 2014 pela visão e inovação incluídas nos processos de gestão documental impleRm-Revismarket - 2014
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Terceiro trimestre de 2014 A Whirlpool reuniu os clientes para apresentar as novidades do novo catálogo geral no primeiro evento de marca do ano. O cartão Worten Resolve contou com mais de um milhão de adesões. O Grupo Os Mosqueteiros celebrou o 20.º aniversário da sua base logística de Alcanena. Para celebrar o seu 50.º aniversário no mundo, a Makro promoveu diversos eventos e lançou campanha com o mote “50 Dias 50 Ofertas” A 1 de Setembro entrou em vigor a norma sobre a apresentação da nova etiqueta com a eficiência energética dos aspiradores, assim como o seu nível de desempenho de limpeza. Pessoas: Luis Hernández Rodríguez é o novo director de marketing e de e-commerce da Worten Espanha. Mark Huijs22
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mans, que integrou a empresa alemã, na Holanda, em 2009, como director de marketing durante quatro anos, assumiu o cargo de director geral da filial portuguesa da Miele. Hugo Faria reforçou a equipa da Novabase como Head of Brand Ignition da empresa, com a missão de desenvolver o marketing estratégico e operacional nos países onde já opera. Caroline Phillips integrou os quadros da
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Mark Huijsmans assumiu o cargo de director geral da filial portuguesa da Miele.
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mentados nos serviços administrativos e em diversas áreas da organização. O Continente lançou uma aplicação que permite utilizar o Cartão Continente através do telemóvel, sem que o cliente tenha consigo o cartão ou os cupões físicos. A Leroy Merlin lançou a sua loja online, em leroymerlin.pt, onde já é possível adquirir mais de 900 produtos de mobiliário de jardim, piscinas e barbecues. O Jumbo lançou o Jumbo Pet Club, uma plataforma online para os amigos e donos de animais de companhia. Pessoas: Pedro Faria é o novo director comercial da Indesit Company em Portugal. A Leroy Merlin nomeou Carlos Malo para dirigir a sua sucursal em Portugal e José Silva assumiu a direcção de vendas e marketing da MEI Europa.
Marisa Pires foi nomeada Marketing Manager ibéria, sendo responsável pelo marketing da Electrolux para Portugal e Espanha
Microsoft Portugal como directora para a área de Desenvolvimento e Empreendedorismo, Paloma Real foi nomeada como nova responsável de Desenvolvimento de Negócio da MasterCard em Portugal e Espanha. Outubro - fecho de edição O grupo Candy Hoover convidou os parceiros para conhecer as novidades no Grande Real Villa Itália Hotel SPA, em Cascais. A Nestlé e a Krups celebraram o sétimo aniversário da Nescafé Dolce Gusto. O Grupo AJPinto reuniu os parceiros para anunciar a distribuição da marca De Dietrich Electrodomésticos no mercado português. Pessoas: Marisa Pires foi nomeada Marketing Manager ibéria, sendo responsável pelo marketing da Electrolux para Portugal e Espanha. Carlos Cunha é o novo business manager para a área de consumo da Lenovo no mercado português.
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Texto: Cidália Ribeiro/Carina Rodrigues Fotos: D.R.
Distribuição continua a abrir espaços comerciais em 2014 Apesar dos indicadores de consumo não serem os mais animadores, a distribuição não congelou os seus investimentos, como se pode verificar pelo “tour” que fizémos pelas notícias publicadas em 2014 sobre aberturas de novas lojas, remodelações e novos conceitos.
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O ano de 2014 começou com a remodelação da loja AKI de Alverca, que apostou num novo conceito de proximidade na área de bricolage, casa e jardim, a 8 de Janeiro. Seguiu-se a Apple, que abriu um novo espaço Apple Premium Reseller no Chiado, a segunda maior loja da Europa e que o grupo pretende transformar na sua loja mais rentável no mercado português, título que cabe, de momento, à loja do Colombo. Em Maio foi a vez da Conforama investir num novo centro logístico, um espaço de seis mil metros quadrados no Parque Logístico de Cabra Figa, em Sintra. Em Junho, o Meu Super expandiu-se até Lagos e anunciou a abertura de 24
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mais três lojas no Algarve. A 27 desse mesmo mês, abriu em Braga a primeira loja franqueada da nova marca note!, antes book.it., um espaço de 200 metros quadrados que combina, num só local, vários conceitos de negócio - livraria, papelaria, publicações e presentes -, com uma oferta complementar de serviços. Ainda no final de Junho, a Miele Store
abriu, no Porto, um espaço renovado de 200 metros quadrados que inclui um showroom, onde os clientes podem ter acesso às mais recentes novidades da marca no sector dos electrodomésticos e uma área exclusiva de Cozinha Activa. 16 anos após ter chegado a Portugal, a Fnac reinaugurou, no dia 11 de Julho, a loja que marcou, precisamente, a sua
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Em Maio foi a vez da Conforama investir num novo centro logístico, um espaço de seis mil metros quadrados no Parque Logístico de Cabra Figa, em Sintra
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16 anos após ter chegado a Portugal, a Fnac reinaugurou, no dia 11 de Julho, a loja que marcou, precisamente, a sua entrada no mercado português, a Fnac Colombo, apostando na reinvenção do conceito e na modernização desse espaço
entrada no mercado português, a Fnac Colombo, apostando na reinvenção do conceito e na modernização desse espaço. Ainda em Julho, o Grupo Sonae deu cartas com a abertura da nova loja Continente Modelo em Ílhavo, da nova Galeria Comercial Continente Bom Dia
em Tondela e da nova loja Continente Bom Dia na Quinta do Anjo, em Palmela. O Algarve foi a aposta das aberturas de Verão que se iniciaram com a da nova boutique Nespresso e a da nova loja Apple Premium Reseller, no Fórum
Algarve, em Faro, a 8 de Agosto. Ainda em Agosto, o Freeport acolheu uma loja outlet do Grupo SEB, com uma área de 184 metros quadrados e que representa mais um conceito novo em Portugal. Com a abertura da loja Meu Super em
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As ilhas também estão bem presentes nas aberturas de Setembro, com a Expert a inaugurar, dia 18, o seu novo espaço em Valados, em Ponta Delgada, com cerca de 800 metros quadrados e a Conforama a instalar-se na Madeira, no Centro Comercial Modelo Continente
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Arruda dos Vinhos, a insígnia atingiu a meta das 100 lojas em Setembro, o mês que a Sonae escolheu para anunciar que a Well’s está também disponível para franchising. No dia 9 de Setembro, a Nespresso abriu mais uma boutique em Portugal, no Arrábida Shopping, em Vila Nova de Gaia. Neste mesmo mês, o Pingo Doce do Forum Viseu reabriu as suas portas e a Staples reabriu a loja em Lagoa, no dia 13. As ilhas também estão bem presentes nas aberturas de Setembro, com a Expert a inaugurar, dia 18, o seu novo espaço em Valados, em Ponta Delgada, com cerca de 800 metros quadrados e a Conforama a instalar-se na Madeira, no Centro Comercial Modelo Continente, num primeiro passo para as seis novas lojas que a insígnia quer abrir em Portugal até 2017. Fora de portas, na vizinha Espanha, a Agriloja inaugurou a sua terceira loja, dando continuidade ao plano de expansão na Península Ibérica. Também a Worten abriu um novo espaço em Granada, outro em Santiago de Compostela, a 45.ª loja em território espanhol. Em contrapartida, encerrou a loja do centro comercial Parque Espacio Mediterráneo, na região de Murcia, que tinha aberto em 2010. Estas foram as aberturas e reaberturas das insígnias que publicámos ao longo do ano e até à data de fecho de edição. Mas está ainda prevista a inauguração
de três lojas Fnac, situadas em Setúbal, Faro e Oeiras, prosseguindo, assim, com a sua estratégia de investimento no mercado nacional. Ainda em Novembro assiste-se à inauguração do Alegro Setúbal, o primeiro centro comercial da cidade e o primeiro a inaugurar em Portugal após dois anos e meio sem aberturas de novos “shoppings” no país. Nota: As referências contidas no texto basearam-se nas notícias publicadas na RmElectro. Abriram, certamente, mais unidades que não foram referenciadas no artigo por não terem sido publicadas online.
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Texto: Cidália Ribeiro/Carina Rodrigues Fotos: D.R.
Worten tem mais fãs, Fnac é a mais activa e Rádio Popular a que mais se envolve no Facebook Sendo as redes sociais uma fortíssima tendência de aproximação do consumidor, analisámos as movimentações das maiores insígnias portuguesas. Numa análise de Pages Performance do Facebook, comparámos as movimentações da Fnac, Media Markt, Rádio Popular e Worten no período de 1 de Janeiro a 30 de Setembro.
Worten lidera em número global de seguidores Page
Fans
Worten Fnac Rádio Popular Media Markt
809.402 600.761 203.099 194.376
New fans 80.490 85.549 89.690 85.132
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Page
Crescimento 9,94% 14,24% 44,16% 43,79%
A Worten lidera claramente em número global de seguidores com 809.402 fãs a 30 de Setembro. Em contrapartida, a Media Markt é a última insígnia da tabela, não chegando aos 25% do número total de fãs da Worten. A Rádio Popular lidera, com 44,16%, o capítulo dos novos seguidores no período analisado, enquanto a Worten contou com apenas 9,94% de novos fãs. 28
Rádio Popular lidera em taxa de envolvimento
Worten Fnac Rádio Popular Media Markt
Avg. Response Time
Avg. Engagement Rate
(tempo de resposta)
(envolvimento com a marca)
15:11:08 00:24:04 19:26:39 00:49:25
0,01 0,01 0,03 0,02
A Fnac é a insígnia que responde mais rapidamente aos seus fãs, logo seguida pela Media Markt. A Rádio Popular é a que demora mais tempo na resposta. De realçar que a diferença entre a resposta mais rápida e a menos rápida é de mais de 19 horas. Em contrapartida, é a insígnia que demora mais tempo a responder aos seus fãs a que detém a maior taxa de envolvimento (0,03) triplicando os resultados das duas insígnias líderes em fãs e interacções.
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Fnac lidera em Posts de página Page
Likes
Comments Page Post
Worten Fnac Rádio Popular Media Markt
59.943 56.469 16.889 10.516
4.211 3.069 2.441 1.765
758 1.056 385 415
O Lidl alcançou no dia 27 de Fevereiro o marco dos 10 milhões de fãs no Facebook. Dados confirmados pelo estudo “Lidl Now #1 European Food Retailer on Facebook”, publicado pela Socialbakers. Em Setembro, a Vulcano lançou a sua página oficial no Facebook,
People Talking About 1.069.295 1.020.262 750.147 650.582
Ainda que o mural do Facebook da Worten se revele o mais activo, liderando nos likes e comments, no que toca ao “talking about”, a página da Fnac está muito próxima da da Worten, com apenas menos 11,20%. A Fnac lidera no número de posts, destacando-se claramente das outras insígnias com 1.056 intervenções.
disponibilizando um conjunto de aplicações, desde um simulador de poupança a jogos infantis didácticos. 71% das empresas que actuam no mercado nacional carecem de especialistas em redes sociais. Dados do estudo do IPAM - The Marketing School publicado em Junho.
94% das organizações utiliza uma ou mais redes sociais e o Facebook lidera as preferências de um terço das organizações mas registou uma quebra de 3% face a 2013. O LinkedIn (21%), YouTube (20%) e Twitter (15%) são as restantes redes sociais ao serviço dos negócios. Dados do estudo do IPAM - The Marketing School e publicado em Junho.
Os dados que servem de base a este estudo/artigo foram recolhidos através do Buzzmonitor, plataforma de social media acessível para teste gratuito em buzzmonitor.pt
“A qualidade não deve ser um luxo”
Linha Castanha, Audio Portátil, DVD´s Portáteis e Tablets Koeln, Comércio Electrodomésticos Unipessoal Lda. Tel: 226 069 317/8 - Fax: 226 069 319 Web: www.tristar.pt E-mail:geral@tristar.pt Rm-Revismarket - 2.º semestre de 2014
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Texto: Cidália Ribeiro Fotos: D.R.
10 principais tendências tecnológicas para 2015 A Gartner apresentou um estudo com as 10 principais tendências tecnológicas estratégicas para 2015 e define o negócio digital como novos projectos de negócios que se misturam no mundo virtual e o mundo físico, mudando a forma como os processos e as indústrias trabalham. A fusão entre o mundo real e o mundo virtual, a inteligência em todo o lado e o impacto da tecnologia num mundo digital são os temas centrais das tendências para o próximo ano.
1 - Computing Everywhere
Como os dispositivos móveis a proliferar, a Gartner prevê um maior ênfase nas necessidades do consumidor móvel. Cada vez mais marcas e serviços terão de se adaptar aos desafios de gestão que implica esta tendência, através de soluções tecnológicas, mas sem esquecer que este consumidor também dá atenção ao design e experiência de utilização.
2 - A Internet das Coisas
O cruzamento do digital com o físico dá lugar à “Internet das Coisas”. A combinação de fluxo de dados e serviços criados pelo digital cria quatro modelos básicos de uso - “Manage, Monetize, Operate, Extend” - e as empresas de todos os sectores podem aproveitar esses quatro modelos para as suas áreas de negócio. 30
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3 - Impressão 3D
As impressoras 3D deverão crescer 98% em 2015. Novas aplicações biomédicas e de consumo irão demonstrar que a impressão 3D é uma realidade,
4 - Analytics mais avançado, invisível e penetrante
Analytics será o centro das atenções na análise de dados. As organizações precisam saber gerir e filtrar a enorme
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No curto prazo as aplicações irão evoluir para suportar a utilização simultânea de vários dispositivos, como actualmente ver televisão com o uso de um dispositivo móvel. Dentro de pouco tempo, jogos e empresas usarão vários equipamentos para fornecer uma experiência aprimorada.
quantidade de dados que recebem, para obter a informação certa para a pessoa certa, no momento certo. Analytics irá tornar-se mais aprofundado e invisivelmente acoplado a todo o tipo de dados, em qualquer lugar.
5 - Sistemas de segurança adequados e de fácil utilização
A inteligência combinada com a análises de dados irá impulsionar sistemas
capazes de responder adequadamente no contexto da segurança e prevenção. As aplicações não só deverão ajustar a resposta ao nível da segurança mas também ser de fácil compreensão e utilização para o utilizador, simplificando um mundo digital cada vez mais complexo.
6 - Máquinas Inteligentes
Dados mais aprofundados proporcio-
nam o desenvolvimento de máquinas inteligentes que entendem o ambiente, aprendem por si e agem de forma autónoma. Protótipos de veículos autónomos, assistentes pessoais virtuais e assessores inteligentes já existem e irão evoluir rapidamente, dando início a uma nova era de “máquinas ajudantes”. A era da máquina inteligente será o período mais perturbador na história das TI.
7- Cloud/ Client Computing
A convergência da nuvem e computação móvel vai continuar a promover o crescimento de aplicações de coordenação central que podem ser entregues a qualquer dispositivo. No curto prazo, o foco para cloud/cliente estará sincronizado em vários dispositivos e as aplicações irão evoluir para suportar a utilização simultânea de vários dispositivos,
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como actualmente ver televisão com o uso de um dispositivo móvel. Dentro de pouco tempo, jogos e empresas usarão vários equipamentos para fornecer uma experiência aprimorada.
8 - Aplicações e infraestruturas definidas por software
Redes, armazenamento, centros de dados definidos por software e segurança estão a amadurecer. Para lidar com a rápida evolução das necessidades dos negócios digitais, é necessário que as empresas se afastem dos modelos de programação estática e optem por modelos dinâmicos.
9 - Web-Scale IT
Mais organizações vão começar a pensar em aplicações e infraestruturas como as dos gigantes da Web, como a Amazon, Google e Facebook. Não acontecerá de imediato mas irá evoluir ao longo do tempo. O primeiro passo será o DevOps, o desenvolvimento e operações a trabalharem em conjunto de forma coordenada para impulsionar o desenvolvimento rápido e contínuo de aplicações e serviços.
10 - Segurança baseada em risco e auto-protecção
Todos os caminhos para o futuro di32
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gital levam à segurança. No entanto, num mundo de negócios digitais, a segurança não pode ser um obstáculo que impede o progresso. As organizações reconhecem cada vez mais que não é possível fornecer um ambiente seguro a 100% e começam a aplicar instrumentos de avaliação e redução do risco mais sofisticados. O
reconhecimento de que a protecção é insuficiente dá origem a uma nova abordagem multifacetada e levará a novos modelos de segurança directamente em aplicações. Firewalls já não serão suficientes e cada aplicação terá sua própria auto-protecção. Fonte: Gartner Symposium/ITxpo
2.800 CEO’s de 84 países estão conscientes de que terão de mudar para ter sucesso no negócio digital. 75% dos executivos de TI assumem que precisam de mudar o estilo de liderança nos próximos três anos e a Gartner destaca a falta de competências de gestão de portfólio e gestão inadequada dos riscos como as duas áreas potencialmente vulneráveis. A Gartner prevê que, em 2017, o uso de smartphones vai reduzir em 10% os custos dos cuidados diabéticos. Em 2020, a expectativa de vida no mundo desenvolvido vai aumentar em 0,5 anos devido à adopção generalizada da tecnologia de monitorização de saúde. Em 2018, o custo total das operações comerciais será reduzido em 30% graças às máquinas inteligentes e serviços industrializados.
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Dados de mercado de 2014
]
Estará o mercado português de produtos tecnológicos a recuperar da quebra? De acordo com o índice GfK TEMAX, o mercado português de produtos tecnológicos registou um crescimento de 11% e uma facturação de 617 milhões de euros em todos os segmentos, no terceiro trimeste de 2014. A evolução nas vendas dos produtos de tecnologia mantém-se claramente positiva e a questão que se coloca é se até final do ano irá compensar a tendência negativa que se verificou no ano passado.
A
boa performance com crescimentos s telecomunicações contide dois dígitos. nuam a ser um dos motores Nota ainda para o abrandamento na do crescimento (+32,7% nos electrónica de consumo (+7,3% nos primeiros nove meses do ano primeiros nove meses do ano face face ao período homólogo anterior). ao período homólogo anterior), após Com um total de 159 milhões de euros, a campanha positiva do Mundial de não só são o mais dinâmico como tamFutebol. Na área das tecnologias de bém aquele que mais contribui para o informação, que registou um crescicrescimento do mercado electro. mento de 6,6% nos primeiros nove Segue-se a área dos pequenos elecmeses do ano face ao período homótrodomésticos (+10,3% nos primeiros logo anterior, os tablets são o produnove meses do ano face ao período to estrela. Por fim, relativamente ao homólogo anterior), na qual os produmercado de Office Equipment, há que tos ligados ao cuidado do cabelo apredestacar o crescimento de 0,1% nos sentaram um crescimento superior a 20% no terceiro trimestre. O mesmo é válido para alguns produtos de pequenoalmoço, tais como as torradeiras e as chaleiras eléctricas. Já as vendas de grandes domésticos voltaram a acelerar entre Julho e Setembro, fechando com mais 7,5% da facturação do terceiro trimestre de 2013. De realçar que os produtos de lavagem mostraram uma Fonte: GfK TEMAX® Portugal, GfK 34
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primeiros nove meses do ano face ao período homólogo anterior. A fotografia é, de todas as áreas, a que apresenta piores resultados com uma queda de 28,8% nos primeiros nove meses do ano face ao período homólogo anterior, antecipando um colapso anunciado. Embora as câmaras Reflex ainda resistam, as compactas de lentes intermutáveis estejam a crescer e as smart cameras continuem a ganhar quota de mercado, a verdade é que esta categoria continua a perder peso na carteira do consumidor.
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Tendências de mercado
] Texto: Carina Rodrigues Fotos: D.R.
Expandir os limites do território nacional através do retalho
De Portugal para o mundo. Poderá parecer um chavão mas após avanços e recuos é nos mercados externos que as duas principais insígnias retalhistas portuguesas, Jerónimo Martins e Sonae, geram grande parte da sua facturação. Com operações alimentares e não alimentares de monta, a internacionalização destes dois grupos económicos portugueses surgiu como natural na evolução da sua actividade comercial. Da Colômbia à Polónia, de Espanha à Arábia Saudita, um pouco por esse mundo fora come-se, bebe-se, veste-se e compra-se “gadgets” em insígnias Made in Portugal. Nem as más experiências do passado demoveram estes dois gigantes portugueses de continuar a expandir os limites e a influência do território nacional através do retalho.
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por outras geografias, com provas dadas na Polónia onde conquistou a liderança do mercado. Em 2008, foi a vez da Sonae relançar as suas operações em Espanha, seguindo-se todo um conjunto de novos mercados.
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Um dos eixos estratégicos da Sonae, que desde 2008 tem procurado alargar o seu “footprint” internacional, a internacionalização tem-se feito também através do desenvolvimento de actividades de “wholesale” na Zippy, MO, marcas desportivas, nomeadamente a Berg, e nos produtos de marca exclusiva do Continente.
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om o rebentar da crise financeira global, Portugal tornouse no terceiro país da União Europeia a pedir o resgate ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e à União Europeia. Os termos do mesmo impuseram duras medidas aos portugueses, entre as quais o aumento da taxa fiscal, nomeadamente o IVA, e a necessidade de um conjunto de reformas estruturais. Medidas que prejudicaram fortemente o consumo e, em consequência, o desempenho dos retalhistas, num país mergulhado na recessão. Alguns operadores foram severamente afectados, com a crise a reclamar algumas vítimas. Casos dos supermercados Freitas e AC Santos, assim como do operador de cash & carry Manuel Nunes, fortemente atingido pelas dificuldades dos muitos retalhistas independentes e pelo fraco desempenho da sua insígnia Supersol. Sonae e Jerónimo Martins continuaram, no entanto, a contrariar as condições do mercado, muito devido à sua aposta fora de portas. Desde a década de 1990 que a Jerónimo Martins se tinha aventurado
Jerónimo Martins Mas vamos por partes. Corria o ano de 1990 quando a Jerónimo Martins começou a sua aventura fora de portas. Seguindo dois percursos diferentes: um, para o Brasil, onde apesar da familiaridade do idioma o projecto não singrou, tendo sido abandonado em 2002, por falta de capacidade financeira para suportar a operação; o outro, na direcção do leste europeu, para a Polónia, que tinha muito recentemente aberto ao investimento estrangeiro. Em 1995, o grupo retalhista português comprou uma cadeia de cash & carry e começou a estudar e a conhecer o mercado. Dois anos mais tarde, adquiriu a Biedronka, na altura com 243 lojas de discount. Numa altura em que a sua principal concorrência apostava no formato hipermercado, a Jerónimo Martins decidia-se a abrir lojas nas pe-
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Na primeira metade deste ano, a Jerónimo Martins abriu oito novas lojas Ara mas o objectivo traçado para 2014 foi o de cumprir meia centena aberturas. Caso seja concretizado, no final do ano, a Jerónimo Martins terá, pelo menos, 86 lojas no mercado colombiano. A Colômbia poderá, assim, proporcionar um novo fôlego para a empresa portuguesa, numa altura em que o mercado polaco começa a endurecer, com uma forte pressão promocional por parte da generalidade dos operadores e um maior nível de organização da distribuição de proximidade.
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quenas cidades, de forma a atrair aqueles consumidores que procuravam promoções e cujos recursos escasseavam antes do final do mês. Uma aposta que se revelou acertada, com a Biedronka a ser hoje o maior retalhista alimentar do país. “De facto, a Biedronka lidera destacadamente o mercado do retalho alimentar na Polónia, servindo cerca de 3,5 milhões de consumidores que visitam diariamente as suas mais de 2.500 lojas, em aproximadamente 900 cidades e localidades polacas. Há três aspectos que fazem parte do ADN da Biedronka e que têm sido grandes forças por detrás da capacidade de conquista da preferência dos consumidores polacos: as
localizações de proximidade, a liderança de preço no mercado e a qualidade dos produtos que oferece, nomeadamente de marca própria”, assegura fonte oficial da Jerónimo Martins. Com o passar dos anos, a insígnia modernizou-se, acompanhando a evolução dos hábitos de consumo, com lojas mais confortáveis, onde os preços baixos continuam, contudo, a ser a premissa. Apesar do crescimento económico da Polónia não ser tão proeminente como noutros tempos, a Biedronka continua a representar a grande fatia do volume de negócios do grupo, mais precisamente 67% das vendas e 82% do “cash flow” operacional (EBITDA).
A Jerónimo Martins nunca esqueceu, contudo, o objectivo que a moveu na direcção do Brasil: compensar a sua forte exposição ao mercado europeu. Meta atingida em Março de 2013, quando entrou na Colômbia, um mercado em forte crescimento e com um enorme potencial para o desenvolvimento de projectos de retalho moderno. E, tal como já afirmou publicamente Pedro Soares dos Santos, chairman e CEO da Jerónimo Martins, assim que a estratégia na Colômbia esteja plenamente afinada e a operação a ter retorno, poderá servir de plataforma para a expansão para outros mercados vizinhos. Para já, este cenário é uma mera possibilidade, até porque, como nos avança a mesma fonte, “é preciso primeiro ganhar escala e a operação na Colômbia é, ainda, muito recente para que se possa falar de retorno do investimento”. Que sublinha, contudo, o entusiasmo com que as lojas Ara têm sido recebidas pelos consumidores, o que se traduz num “crescimento sustentado do número de clientes e das vendas”. A Ara terminou 2013 com as vendas totais a ascenderem a 21 milhões de euros, de acordo Rm-Revismarket - 2014
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Na base do sucesso da aventura internacional da Jerónimo Martins está a sua capacidade para avaliar e tomar decisões estratégicas difíceis sobre a viabilidade dos seus projectos de expansão e uma noção muito clara que estes implicam um forte balanço financeiro, já que durante oito a dez anos se pode perder dinheiro dades de descontos imediatos para os consumidores polacos. Além disso, uma fatia considerável, cerca de 15% a 20%, dos 2,2 milhões de euros do investimento projectado para o período de 2014 a 2016 será canalizada para os novos negócios, nomeadamente a Ara na Colômbia e a Hebe na Polónia. Por outro lado, sabe-se, há algum tempo, que a Jerónimo Martins estará a equacionar o
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com os resultados anunciados pelo grupo em Fevereiro passado. Na primeira metade deste ano, a Jerónimo Martins abriu oito novas lojas Ara mas o objectivo traçado para 2014 foi o de cumprir meia centena aberturas. Caso seja concretizado, no final do ano, a Jerónimo Martins terá, pelo menos, 86 lojas no mercado colombiano. A Colômbia poderá, assim, proporcionar um novo fôlego para a empresa portuguesa, numa altura em que o mercado polaco começa a endurecer, com uma forte pressão promocional por parte da generalidade dos operadores e um maior nível de organização da distribuição de proximidade. “Existem, actualmente, desafios exigentes que se colocam à actividade de todos os operadores de retalho na Polónia, nomeadamente algum abrandamento do consumo, a intensificação da deflação alimentar e o aprofundamento dos níveis de concorrência, que se traduz num forte aumento da actividade promocional por parte das várias cadeias”, confirma a Jerónimo Martins. Empenhada em reforçar a sua liderança e em continuar a aumentar quota de mercado, já no ano passado, a Biedronka somou ao seu posicionamento de “Every Day Low Price” uma dinâmica promocional com vista a gerar oportuni-
Tendências de mercado
Em standby continua o muito esperado projecto Angola, mercado que está a ser estudado para analisar as oportunidades existentes para um projecto de retalho alimentar, não estando, ainda, definida nenhuma data em concreto para a abertura da primeira loja. Até porque, como sustenta Luís Reis, “a internacionalização é um caminho demorado e com muitos obstáculos, pelo que é necessário estudar bem os mercados antes de avançar”.
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regresso ao mercado brasileiro. Na base do sucesso da aventura internacional da Jerónimo Martins está a sua capacidade para avaliar e tomar decisões estratégicas difíceis sobre a viabilidade dos seus projectos de expansão e uma noção muito clara que estes implicam um forte balanço financeiro, já que durante oito a dez anos se pode perder dinheiro. Além disso, a disponibilidade para adaptar os seus produtos aos gostos locais, o que a empresa portuguesa soube fazer com mestria, nomeadamente ao nível dos vinhos. “Nos seus processos de internacionalização, as empresas devem assumir como prioridade o conhecimento profundo da realidade local e a adaptação da sua proposta de valor às necessidades e expectativas dos consumidores do país em que decidiram investir”, sustenta a Jerónimo Martins. O que também pode ser feito comprando maioritariamente a fornecedores locais, uma prática do grupo em todos os países onde opera, incluindo na Colômbia, “país que tem uma indústria forte, assim como um sector agropecuário desenvolvido”. No entanto, a Ara está também a importar de Portugal alguns produtos específicos para reforçar a sua oferta, como sejam o vinho, o azeite ou a pêra-rocha, ao passo que a Biedronka tem vindo, consistentemente, a aumentar as importações de produtos agroalimentares nacionais, nomeadamente de vinhos, queijos, tostas, fruta, vegetais e azeite, contando com mais de meia centena de fornecedores portugueses na sua cadeia de abastecimento. No primeiro semestre de 2014, o valor das importações a fornecedores portugueses atingiu cerca de 22 milhões
Tendências de mercado
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Em termos de receitas, as actividades internacionais representam 9% das vendas consolidadas da Sonae sendo que, no caso da área de retalho especializado, ascendeu a 29% no primeiro semestre.
Sonae Os projectos de internacionalização dos retalhistas portugueses prestam, assim, um forte contributo ao desenvolvimento de outras empresas nacionais, uma vez que a maioria dos produtos de marca própria e exclusivas é produzida em Portugal. Assim acontece também na Sonae, e especificamente com o Continente, como salienta Luís Reis, Chief Corporate Center Officer (CCCO) do grupo. Um dos eixos estratégicos da Sonae, que desde 2008 tem procurado alargar o seu “footprint” internacional, a internacionalização tem-se feito também através do desenvolvimento de actividades de “wholesale” na Zippy, MO, marcas desportivas, nomeadamente a Berg, e nos produtos de marca exclusiva do Continente. Durante o primeiro trimestre, a Sonae reforçou a sua aposta nos mercados internacionais através da exportação de produtos das suas marcas da área de retalho alimentar para seis países, tendo o volume de exportações aumentado 138% face ao período homólogo do ano anterior. Entre os mercados de exportação da Sonae MC no primeiro trimestre do ano estiveram Timor, São Tomé e Príncipe, Eslovénia, Croácia, China e Chipre. A actividade de “wholesale” internacional da Sonae MC aposta na gama de marcas como Continente, É Continente, Continente Gourmet, Área Viva, Contemporal, My Label e Kasa, oferta que, segundo a empresa, tem merecido muito interesse e aceitação in-
ternacional, com a diversidade da gama, a qualidade dos produtos, para além da proposta de valor a serem percepcionados pelos clientes externos. Através dos seus vários negócios, o grupo está já presente em mais de 60 países. “No que diz respeito às actividades de retalho, as nossas marcas estão hoje disponíveis em cerca de três dezenas de países em todo o mundo, seja através de lojas próprias e em franchising, de parcerias, de “wholesale” ou de outros formatos “capital light”. Temos os quatro formatos de lojas da Sonae SR já internacionalizados (Worten, Sport Zone, Zippy e MO), bem como o franchising internacional da Zippy, MO e Sport Zone”, detalha Luís Reis. “Sentimos um crescente interesse de consumidores e parceiros pelas nossas insígnias a nível mundial, o que nos deixa confiantes em relação ao desenvolvimento futuro deste
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eixo de crescimento da Sonae”. Em termos de lojas, a presença internacional está centrada na Sonae SR. Além de Espanha, onde as quatro insígnias - Worten, Sport Zone, MO e Zippy - têm unidades, a Sonae está também presente em Malta com a MO e Zippy. Adicionalmente, a Zippy conta com lojas na Arábia Saudita, Arménia, Azerbaijão, Cazaquistão, Egipto, Estados Unidos da América, Jordânia, Líbano, Malta, Marrocos, Qatar, República Dominicana, Saint Maarteen, Turquia e Venezuela. No final de Junho deste ano, as insígnias da Sonae contavam com 171 lojas fora de Portugal, das quais 53 em franchising. No retalho especializado, a internacionalização é uma aposta que permite diversificar as fontes de receita da Sonae, conjugando mercados maduros com economias em forte crescimento ou com forte dinamismo. “Só em 2013 entrámos em seis novos países (Marrocos, Líbano, Qatar, St. Maarten, Estados Unidos da América e Jordânia) e no primeiro semestre deste ano abrimos lojas Zippy na Arménia, Malta, Arábia Saudita e Líbano, uma loja MO também em Malta e a primeira loja Sport Zone em franchising em Ceuta, cidade autonómica espanhola no Norte de África”, detalha Luís Reis. A estratégia da Sonae assenta, não só, na abertura de novos mercados mas também pela expansão crescente das várias insígnias. “Estamos a estudar no-
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de euros, aproximadamente mais 15% do que no mesmo período de 2013.
Em termos de lojas, a presença internacional está centrada na Sonae SR. Além de Espanha, onde as quatro insígnias - Worten, Sport Zone, MO e Zippy - têm unidades, a Sonae está também presente em Malta com a MO e Zippy. Rm-Revismarket - 2014
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“Só em 2013 entrámos em seis novos países (Marrocos, Líbano, Qatar, St. Maarten, Estados Unidos da América e Jordânia) e no primeiro semestre deste ano abrimos lojas Zippy na Arménia, Malta, Arábia Saudita e Líbano, uma loja MO também em Malta e a primeira loja Sport Zone em franchising em Ceuta, cidade autonómica espanhola no Norte de África”, detalha Luís Reis.
a ser desenvolvido na melhoria da eficiência e na exploração de sinergias que, garante o responsável da Sonae, está a dar frutos. “O EBITDA da área internacional da Sonae SR melhorou quatro milhões de euros no primeiro semestre de 2014, depois de em 2013 já ter registado uma melhoria de 12 milhões de euros face ao ano anterior. A internacionalização é uma estratégia de longo prazo na Sonae, pelo que a nossa principal preocupação é realizar uma expansão que dê frutos a prazo”, defende. Em termos de receitas, as actividades internacionais representam 9% das vendas consolidadas da Sonae sendo que, no caso da área de retalho especializado, ascendeu a 29% no primeiro semestre. “Igualmente interessante, e
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vos mercados, explorando estratégias “capital light” (parcerias, franchising, “wholesale” e serviços). Na Sonae MC estamos a olhar para oportunidades em vários mercados, nomeadamente na Ásia, na Europa, em África e na América do Sul, aproveitando os contactos comerciais e a presença em feiras alimentares a nível internacional, onde os participantes tiveram a oportunidade de conhecer os produtos da marca Continente e das outras marcas do nosso portfólio e perceber a inovação e qualidade associada. Em conclusão, estamos disponíveis para avaliar oportunidades de negócio e parceria em todo o mundo, desde que façam sentido para todas as partes”, sustenta o gestor. Em standby continua o muito esperado projecto Angola, mercado que está a ser estudado para analisar as oportunidades existentes para um projecto de retalho alimentar, não estando, ainda, definida nenhuma data em concreto para a abertura da primeira loja. Até porque, como sustenta Luís Reis, “a internacionalização é um caminho demorado e com muitos obstáculos, pelo que é necessário estudar bem os mercados antes de avançar”. Além disso, trata-se de um projecto de longo prazo na Sonae, cuja principal preocupação é realizar uma expansão que dê frutos a prazo. No último ano, a actividade internacional cresceu a dois dígitos, com o grupo focado em melhorar a sua rentabilidade, “que ainda é muito influenciada pela presença no mercado espanhol”. Daí o trabalho que tem vindo
Tendências de mercado
“Vamos continuar a investir na expansão das nossas actividades no exterior, sendo que o valor fará parte do capex normal da empresa, que varia em função das oportunidades de expansão detectadas/”.Uma estratégia onde, as aquisições, como aconteceu no arranque da operação espanhola da Worten, com a compra dos activos da Boulanger, são um caminho que, de acordo com Luís Reis, se mantém dentro das possibilidades.
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tal como acontece em outras áreas de negócio (centros comerciais, corretagem de seguros e software e tecnologias de informação - Wedo), a Zippy hoje já realiza mais de metade das suas vendas no exterior, sendo um exemplo do potencial de desenvolvimento internacional das nossas insígnias”. Explorando a sua base de activos e a capacidade de inovação que já demonstrou em Portugal, na criação, desenvolvimento e comercialização de produtos, a Sonae vai continuar a apostar na sua internacionalização em 2015. “Vamos continuar a investir na expansão das nossas actividades no exterior, sendo que o valor fará parte do capex normal da empresa, que varia em função das oportunidades de expansão detectadas”. Uma estratégia onde, as aquisições, como aconteceu no arranque da operação espanhola da Worten, com a compra dos activos da Boulanger, são um caminho que, de acordo com Luís Reis, se mantém dentro das possibilidades. Texto gentilmente cedido pela revista Grande Consumo
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Tendências
] Texto: Carina Rodrigues Foto: D.R.
A ascensão do pequeno doméstico Em 2019, o volume de vendas mundiais de pequenos domésticos irá ultrapassar o dos grandes domésticos e crescer 22%. Dados da consultora Euromonitor, que detectou um crescente interesse do consumidor por produtos como os sistemas de tratamento do ar, aspiradores e equipamentos para cozinhar. Mais de metade destas vendas será gerada na China, seguindo-se França, Japão e Turquia.
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m 2014, as fritadeiras que usam apenas uma pequena quantidade de óleo têm sido a categoria mais popular junto dos consumidores, crescendo mais de 20% globalmente em volume. “Com o crescimento, em todo o mundo, da taxa de obesidade, espera-se que estes produtos continuem a crescer até 2019”, avança Jamie Ko, responsável pela área de estudos de electrodomésticos na Euromonitor. “A Philips e o Grupo SEB ainda dominam o mercado, com uma quota de mais de 70% em 2014. Mas, com mais fabricantes a lançarem produtos relacionados com a saúde, irão aparecer mais equipamentos com funções e características semelhantes nos próximos anos”. Nos grandes domésticos, as vendas têm flutuado devido à crise económica. Contudo, a consultora encontra alguns “oásis no deserto”, nomeadamente na categoria de máquinas de lavar a loiça, que está em forte crescimento na América Latina, com uma subida de 14% este ano. As previsões apontam que o Brasil seja o maior mercado para
“A Philips e o Grupo SEB ainda dominam o mercado, com uma quota de mais de 70% em 2014. Mas, com mais fabricantes a lançarem produtos relacionados com a saúde, irão aparecer mais equipamentos com funções e características semelhantes nos próximos anos”.
estes produtos, com uma taxa de crescimento acumulado entre 2014 e 2019 a rondar os 21%. Os fabricantes locais de electrodomésticos, como a Esmaltec e a Suggar, poderão potencialmente entrar nesta categoria e lançar as suas próprias gamas, dirigidas a um consumidor de classe média, com propostas mais acessíveis das actualmente existentes no mercado. Rm-Revismarket - 2014
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Tendências de mercado
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Consumidores portugueses usam novas tecnologias para poupar Os portugueses são cada vez mais racionais e responsáveis no que diz respeito ao consumo. No momento da compra, a principal preocupação continua a ser o preço e, por esse motivo, não hesitam em usar as novas tecnologias para poupar.
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siderável que ainda não o faz (32%) acredita que é um método muito útil. No top de aplicações para smartphones nota-se uma clara preferência por
53% dos portugueses pesquisa sobre os produtos na Internet antes de os ir comprar à loja, contra 43% da média europeia. Além de produtos online, muitos (70%) dizem procurar promoções e reduções na Internet antes de ir a um estabelecimento comercial.
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estudo do Observador Cetelem revela que os portugueses têm consciência de que, apesar da retoma económica que já se começa a sentir, vão ter de continuar a gastar mais em despesas obrigatórias, o que dificulta a sua capacidade de poupança. 48% declarou querer aumentar as suas poupanças em 2013 mas este ano são apenas 35% a pretender fazê-lo. Actualmente, o consumidor europeu é mais racional na hora de comprar e já não dispensa a consulta de informação na Internet sobre os produtos que quer adquirir. Portugal está no topo desta tendência. A análise do Observador Cetelem indica que 53% dos portugueses pesquisa sobre os produtos na Internet antes de os ir comprar à loja, contra 43% da média europeia. Além de produtos online, muitos (70%) dizem procurar promoções e reduções na Internet antes de ir a um estabelecimento comercial. 22% dos inquiridos ainda não o fazem mas consideram esta opção muito vantajosa. Se já era regra pesquisar online antes de ir a um estabelecimento comercial, é agora cada vez mais recorrente aceder à Internet na loja. Grande parte dos inquiridos (41%) chega a utilizar o seu smartphone para comparar os preços dos produtos e a percentagem con-
ferramentas que respondam a necessidades reais. Aplicações que sirvam para comparar os preços dos produtos com os de outras lojas ocupam o primeiro lugar do top de apps esperadas nas lojas pelos consumidores. 73% considera esta ferramenta de grande utilidade. Os já bem conhecidos sites de vendas de ocasião continuam a ser uma opção dos consumidores mas o estudo revela agora uma nova tendência: a compra de material usado nas próprias lojas. 60% dos consumidores europeus declaram que poder comprar material de ocasião os incitará a frequentar mais as lojas.
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Mercado
] Texto: Carina Rodrigues Fotos: Cidália Ribeiro
Groupe Brandt e AJPinto acordam parceria para a distribuição da De Dietrich em Portugal O Groupe Brandt e o Grupo AJPinto deram início a uma parceria comercial, que se traduz na distribuição da marca De Dietrich Electrodomésticos no mercado português. Este acordo, efectivo desde o mês de Outubro, abrange os serviços de assistência técnica. A apresentação formal aos clientes aconteceu no dia 27 de Novembro, no Palácio do Freixo no Porto.
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empresa portuguesa importa e distribui electrodomésticos desde 1979, tendo inclusive lançado e comercializado a De Dietrich durante largos anos. “Know-how ao qual o Groupe Brandt naturalmente não ficou indiferente”, introduz Rui Mota, director comercial da AJ Pinto. O acordo surgiu no seguimento da reorganização do grupo após ter sido adquirido pelo conglomerado argelino Cevital. “A imagem, fiabilidade e a alta qualidade da marca, aliada à experiência das empresas envolvidas no processo, oferecem-nos a esperança que este desafio se traduza numa aposta de sucesso, com óbvios benefícios para o mercado onde a De Dietrich está presente há mais de 30 anos. Salientamos o indesmentível contributo que emprestámos à superior notoriedade da marca De Dietrich que, apesar das recentes vicissitudes e hiatos no presente, ainda consegue manter”, acrescenta o gestor. A De Dietrich está a ser relançada nos 44
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segmentos trabalhados no passado, designadamente o médio-alto, tendo nos fabricantes e especialistas de cozinhas os seus principais canais de distribui-
ção. Os objectivos passam por relançar a marca de forma sustentada e atingir os patamares alcançados no passado. “Estamos perante uma marca premium,
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Mercado
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“Sendo a gama relativamente larga, é possível definir uma estratégia produto/ canal, sem colisões e indesejáveis sobreposições. Esperamos ser capazes de, ao longo dos tempos vindouros, interpretar os sinais do mercado, concretamente quanto às suas tendências e necessidades
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assegura uma continuidade estável e competitiva. A proximidade da relação entre a estrutura e o cliente está nas nossas cogitações estratégicas”, sustenta o director comercial da AJ Pinto. Em todo o processo, a empresa portuguesa antecipa algumas dificuldades, nomeadamente as impostas pela actual conjuntura social e económica, assim como as provenientes da recente trajectória da marca que, de acordo com Rui Mota, “não correu bem”. Já a competitividade do sector e a concorrência são encaradas como obstáculos salutares. “Face a tudo isto, obriga-mo-nos a um esforço redobrado para sermos melhores e mais equipa. E contamos com o nosso parceiro, com a nossa estrutura e obviamente com os clientes. Será nossa obra, e esperemos que nosso mérito, dinamizar esta trilogia para que os resulta-
“Confiança no passado, onde assumimos a importância da resolução dos eventuais problemas. Garantia de continuidade, com compromisso de fiabilidade e responsabilidade para que a marca faça jus ao seu lema e capacidade distintiva “Objetos de valor”.
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“Contem com a nossa lealdade, seremos sempre iguais á A. J. Pinto” assegurou o presidente do grupo. O director internacional da De Dietrich brindou com António Pinto ao “retorno a casa” da marca em Portugal.
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que se dirige a um segmento de mercado alto, portanto queremos conquistar uma quota de mercado relevante no segmento em que se enquadra”, detalha Rui Mota. Em termos qualitativos, a AJ Pinto pretende prestar um serviço de qualidade nas vertentes comercial, logística e pós-venda. A estratégia passa, assim, pela adaptação da oferta às necessidades e exigências do mercado, utilizando os diversos canais de distribuição. “Sendo a gama relativamente larga, é possível definir uma estratégia produto/canal, sem colisões e indesejáveis sobreposições. Esperamos ser capazes de, ao longo dos tempos vindouros, interpretar os sinais do mercado, concretamente quanto às suas tendências e necessidades. Na nossa opinião, este é um factor crítico determinante, que
dos apareçam”, defende o gestor. A mensagem transmitida pela AJ Pinto nesta nova etapa da De Dietrich em Portugal é, assim, pautada pela confiança. “Confiança no passado, onde assumimos a importância da resolução dos eventuais problemas. Garantia de continuidade, com compromisso de fiabilidade e responsabilidade para que a marca faça jus ao seu lema e capacidade distintiva “Objetos de valor”. E contribuir para que este sector de actividade seja um bom exemplo e possibilite positivamente o desenvolvimento dos negócios”. Durante o evento, e perante mais de uma centena de parceiros, António Pinto, presidente do grupo A.J.Pinto, agradeceu o empenho da equipa, dos clientes e dos representantes da marca que se deslocaram propositadamente para a apresentação, nomeadamente Jean de Poncins, director internacional, e Madalena Macedo, export área manager. “Contem com a nossa lealdade, seremos sempre iguais à A. J. Pinto” assegurou o presidente do grupo. O director internacional da De Dietrich brindou com António Pinto ao “retorno a casa” da marca em Portugal. Rm-Revismarket - 2014
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MOMENTOS Electro
Media Markt Alfragide - Dia sem IVA
Media Markt Benfica - Dia sem IVA
Media Markt Braga- Dia sem IVA
Equipa Expert
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MOMENTOS Electro
Prémios EISA
Equipa AKI de Torres Novas
Apresentações Miele
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Visita à Makro - Chefe Cozinheiro do Ano
Convenção Whirlpool
Evento Candy-Hoover
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MOMENTOS Electro
Inauguração Conforama V.N.Gaia- Manuel Estévez
Inauguração Conforama Vila Nova de Gaia
Apresentação AJPinto-De Dietrich.
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