Vale Educação - Jornal valeparaibano - 2009

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Rogério Marques

valeparaibano | DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2009

INFORMATIVO PUBLICITÁRIO ESPECIAL


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Geografia

Estudantes concorrem a viagem Mais de mil escolas públicas e particulares de todo o país já garantiram presença no 2º Desafio National Geographic, uma grande competição estudantil que tem como objetivo principal estimular jovens estudantes, com seus núcleos familiares e escolares, a conhecer melhor o espaço, o país e o mundo onde vivem. O Projeto Viagem do Conhecimento - Desafio National Geographic é uma iniciativa da Editora Abril e da revista National Geographic, que assim também buscam contribuir para a melhoria da qualidade de ensino da disciplina de geografia. Podem participar da competição estudantes alunos regularmente matriculados nos 8º e 9º anos do Ensino Fundamental e 1ª série do Ensino Médio. Os critérios e formas de inscrição do concurso são simples: basta que um responsável da instituição (diretor, coordenador, professor de Geografia etc.) inscreva sua escola no site oficial do desafio www.viagemdoconhecimento.com.br, onde encontra também o regulamento completo e todo o material de apoio. A relação dos 20 estudantes que serão premiados com medalhas e uma viagem com todas as despesas pagas para a Fase Final (prevista para acontecer em São Paulo) será divulgada no site oficial do concurso, em 14 de outubro. A premiação da viagem se estende a um responsável e ao professor de cada um desses 20 estudantes.

valeeducação Circula no 2º domingo de cada mês Editor Edilon Rocha (edilon@valeparaibano.com.br) Textos Rodrigo Machado e Daniela Borges Diretor Comercial Arnaldo Stein Gerente Comercial Priscilla Xavier (priscilla@valeparaibano.com.br)

valeparaibano Av. Samuel Wainer, 3755 - Jd. Augusta São José dos Campos - SP CEP 12216-710 - Caixa Postal 8030 PABX (12) 3202-4000 Comercial (12) 3202-4051 Fax Comercial (12) 3202-4002

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Eugênio Vieira/vp

Mensalidades

Faculdade começa aceitar o cartão Foi-se o tempo que as opções de pagar mensalidade ou efetuar a matrícula do curso superior eram apenas dinheiro, cheque ou boleto bancário. A novidade é que universidades do Rio e de São Paulo fecharam parceria com a Redecard para que alunos possam pagar com cartões de débito ou crédito das bandeiras MasterCard e Diners Club. Entre as universidades que agora aceitam o sistema estão a Estácio de Sá, a PUC Rio e a Anhembi Morumbi. A comodidade fica para os estudantes que já começam a usar o siste-

ma para negociar débitos atrasados, segundo o diretor-executivo Comercial da Redecard, Marcos Negreiros. “Além de trazer praticidade para os estudantes, que deixam de se preocupar com boletos e compensação de cheques, os meios eletrônicos de pagamentos têm potencial para reduzir os índices de inadimplência nas instituições de ensino e simplificar o gerenciamento de pagamentos”, explica. Em São Paulo, nas quatro unidades da Anhembi Morumbi é possível parcelar os débitos em até 10 vezes sem juros. Cartão de crédito passa a ser aceito para pagamento de mensalidade

Inclusão Digital

SP amplia Acessa Escola São José, Jacareí e Monteiro Lobato ganham mais salas com micros A Secretaria de Educação do Estado anunciou a expansão do programa Acessa Escola para algumas cidades do interior até o final deste ano. Na região, São José dos Campos, Jacareí e Monteiro Lobato passam a contar com 23, 20 e 3 salas respectivamente, para a inclusão digital de alunos e funcionários das escolas estaduais. O programa, que funciona atualmente em 518 escolas da capital e está em fase final de implantação em outras 80, mantém salas de informática abertas durante todo o período de aulas com apoio de monitores. Com a ampliação do Acessa Escola, o Estado deve atender 1.934 escolas em 293 cidades. “O acesso ao mundo digital é fundamental para que o jovem se prepare para o mercado de trabalho cada vez exigente e competitivo. Preparar o aluno para esse cenário está entre nossas principais metas”, diz o secretário de Estado da Educação, Paulo Renato Souza. Segundo ele, os computadores são de uso livre, mas o tempo para utilizá-los é de 30 minutos, que pode ser renovado, depen-

dendo do número de pessoas em espera. “Tanto alunos como funcionários podem navegar, fazer pesquisas, formatar e imprimir trabalhos, além de utilizar o espaço para uso pedagógico e também integração.”

Os monitores de cada sala cadastram os usuários, liberam as máquinas para uso, asseguram o funcionamento dos equipamentos e orientam os iniciantes. O Acessa Escola conta ainda com o portal sobre tecnologias e

internet, e orienta os gestores da rede de ensino. Neste ano, professores e alunos terão a oportunidade de trabalhar e aprender em rede. O endereço do portal é http://acessaescola.fde.sp.gov.br. Divulgação

Estudantes em sala de informática do Acessa Escola, que vai atender 1.934 escolas em todo o Estado


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valeparaibano | DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2009 Alex Brito

INPG deixa aula mais ‘tecnológica’ Utilizar as ferramentas da Educação à Distância no ensino presencial. Esta é a novidade das Faculdades INPG de São José e Campinas. O AVA (Ambiente Virtual de Aprendizagem) usa a tecnologia para conteúdos de aulas, fórum de discussão e chat para promover maior interação entre alunos e professores. Há ainda o portifólio que funciona como arquivo pessoal para guardar trabalhos, caderno digital e unidades curriculares. A lista de e-mails auxilia na formação de rede de contatos. O blog é utilizado para entrega de trabalhos, resenhas, exercícios e estudos de casos. “Queremos que os alunos ganhem agilidade na obtenção de conteúdo e aumentem a interação com o professor”, diz José Olinquevitch, diretor do INPG, que ministra cursos de administração e gestão empresarial.

Inovação

Pesquisa cria a sala de aula inteligente Tecnologia e interação entre aluno e professor marcam o novo modelo

O professor José Germano toca quadro digital na Sala Inteligente

ITA inaugura o modelo este mês Prevista para ser inaugurada ainda neste mês, a Sala Inteligente do ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) foi baseada no sistema Escola Inteligente, idealizada pelo professor Cassiano Zeferino Neto. “Achamos a ideia muito interessante e implementamos o projeto com algumas adaptações às características do ITA”, explica José Silvério Edmundo Germano, professor de Física da Divisão de Ciências Fundamentais do ITA. A Sala Inteligente do ITA é composta por várias mídias integradas, como recursos multimídia, laboratório experimental e de informática, e biblioteca que

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nada lembram uma sala tradicional. “Nesse projeto colocamos todas essas mídias num mesmo ambiente de forma integrada, para que o professor possa explorar todo o seu potencial”, explica Germano. A Sala pode ser usada para qualquer disciplina. Segundo Germano, os benefícios gerados com a implementação da sala vão desde a melhoria na qualidade da informação que o professor pode transmitir aos alunos, até o aumento do interesse dos alunos pelos assuntos abordados com a ajuda da complementação visual, espaço agradável e propício para desenvolvimento de outras habilidades.

Imagine uma sala de aula com laboratório de pesquisa e de informática, estações de trabalho com duas ou mais pessoas, internet sem fio, videoconferência, quadro digital touch screen e outras mídias interativas. Pode parecer utópico, mas este é o cená-

A Escola Inteligente O professor: Propõe problemas para os alunos, coordena debates e orienta pesquisas. Resume a aula expositiva ao mínimo necessário O aluno: É desafiado constantemente a solucionar problemas, pesquisar, criticar e debater temas ligados à disciplina. A conversa entre os colegas não só é permitida como estimulada Disposição da sala - O professor fica circulando entre os alunos, verificando o andamento dos debates ou da pesquisa, tirando dúvidas e dando orientações. Os alunos sentam-se em mesas de três lugares para estimular atividades em grupo As atividades - Os estudantes assumem o papel de pesquisadores, em vez de ouvintes. Passam a maior parte do tempo buscando respostas, debatendo e avaliando o trabalho de outros colegas Recursos pedagógicos - Na mesma sala há computadores, material de laboratórios de ciências e recursos da sala de artes. O professor pode estimular os alunos a encontrar um tipo de relevo num programa de mapas na internet e sugerir que eles reproduzam aquele tipo de terreno utilizando material como papel, massa e tinta O tempo - A aprendizagem não se limita à escola. Pela internet, em qualquer horário, o estudante pode participar de chats ou fóruns com os colegas, acessar materiais elaborados pelo professor e publicar o resultado de seus próprios estudos Fonte: IGGE

rio de uma sala de aula da Escola Inteligente, nome dado ao processo de gestão de conhecimento no âmbito da educação, que vem sendo colocado em prática por instituições brasileiras. Idealizado pelo professor e pesquisador Cassiano Zeferino de Carvalho Neto, especialista em Qualidade na Educação e presidente do IGGE (Instituto Galileo Galilei para a Educação), de São Paulo, o conceito concentra todas as ferramentas e soluções para o desenvolvimento humano por meio do aprendizado em um único espaço. “A Escola Inteligente tem por princípio ser uma escola democrática, porque pode propiciar a aprendizagem de novos conhecimentos tácitos (habilidades e competências) e explícitos (teóricos) aos estudantes de um modo que possam integrá-los à sua vida, independentemente do nível sócio-econômico”, conceitualiza o especialista. Os custos para desenvolvimento de uma sala inteligente são estimados em R$ 50 mil. O IGGE, instituição do terceiro setor sem fins lucra tivos, fornece toda a consultoria necessária e estudos para a instalação das salas inteligentes (www.igge.org.br).


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valeparaibano | DOMINGO, 14 DE JUNHO DE 2009 Fotos: Roosevelt Cássio/VP

Aprendizagem

PNL traz dicas de exercícios

Estudo pode deixar de ser um sacrifício Psicóloga prega atitude mais positiva para adquirir novos conhecimentos em conhecer novos conteúdos. “Podemos afirmar que o aluno tem uma positividade diante do ato de aprender”, destaca Márcia. O oposto também acontece. Márcia explica que se uma criança é chamada de lenta ou dispersa a sua relação com os estudos será outra. “Essa pessoa terá outra relação com o ato de aprender, possivelmente mais desestimulante”, comenta. A Programação Neurolinguística, afirma, pode reverter este quadro. “No processo de aprendizado, a PNL realiza avanços formidáveis, atuando no sistema de crenças de cada indivíduo para transformá-las e construir novas que são positivamente impulsionadoras”, define Márcia.

Quando a pessoa acredita que estudar é uma tarefa desgastante, todos os dados que irá colher são de desânimo durante o processo Márcia Rezende, psicóloga e especialista em PNL (Programação Neurolinguística)

O positivismo deve começar antes até de abrir os livros, diz psicóloga

Dicas para estudar ✓ Prepare o ambiente para o estudo ✓ Separe o conteúdo em partes e a cada 50 minutos pare e mude o foco de atenção, depois volte ao estudo ✓ Construa um fluxo de informações, algumas pessoas anotam com canetas coloridas ✓ Medite antes de começar, imagine que sua mente está apta a absorver os conhecimentos ✓ Depois de uma atuação de três horas com pausas a cada 50 minutos, faça uma pausa de 15 minutos ✓ Construa associações entre o conteúdo aprendido e experiências da vida cotidiana ✓ Escolha a música preferida e coloque ao fundo enquanto estuda ✓ Imagine o conhecimento sendo projetado no futuro ✓ Caso haja outro objetivo “povoando” a mente, faça uma lista de tudo antes de começar a estudar ✓ Desenvolva a flexibilidade alterando a ordem dos estudos ✓ Registre, no final da semana, o que teve maior facilidade e o que requer maior envolvimento ✓ Saiba a hora de parar e buscar uma atividade relaxante e durma bem Fonte: psicóloga Márcia Rezende

Para muitos, estudar ainda é uma ação obrigatória, como se adquirir conhecimento fosse uma tarefa de sacrifícios Márcia Rezende, psicóloga

Pensamento positivo. Quem nunca ouviu falar no poder da positividade? A questão é se realmente existe uma relação entre conquistar algo que se deseja e adotar um atitude positiva para isso. De acordo com a PNL (Programação Neurolinguística), no que diz respeito à aprendizagem, é realmente possível conquistar melhoras surpreendentes no desempenho escolar, bastanto uma mudança individual de atitude mental. A PNL considera a maneira como os pensamentos são influenciados pelas palavras que levam à ação. Para a psicóloga Márcia Rezende, diretora do Instituto Saber, de São Paulo, com o auxílio de uma orientação correta, a pessoa pode transformar a atitude mental em algo produtivo, modificando a forma de adquirir mais conhecimentos de forma simples e descomplicada. De acordo com ela, uma atitude mental negativa irá refletir em todo o processo, dificultando a aprendizagem. “Estudar para muitos ainda é uma ação obrigatória, como se adquirir conhecimento fosse uma tarefa de sacrifícios. Com isso, a experiência passa a ser muito desgastante e improdutiva”, alerta. Se o estudante encarar os estudos de maneira prazerosa e positiva ele estará promovendo sua auto-motivação, que, segundo Márcia, resulta na retenção segura das informações. O sistema de crenças, ou seja, aquilo no que o estudante acredita e a maneira como ele se autoavalia, também está relacionado com a forma de receber o conteúdo. Se o aluno acredita que tem facilidade para aprender e for estimulado por pais ou professores segundo este raciocínio, sentirá prazer

Preparar o ambiente para o estudo, encarar os trabalhos escolares como algo que trará novos conhecimentos, todas essas ações colaboram para formar uma atitude mental positiva sobre o aprendizado. Alguns exercícios também podem ajudar na mudança de postura diante dos estudos, segundo sugere a psicóloga Márcia Rezende. Para começar, o estudante deve criar uma lista com as crenças que impedem a sua evolução e geram insatisfação no aprendizado. Em seguida, para cada frase escrita na lista, o estudante deverá pensar em um contraexemplo. Por exemplo: Eu tenho dificuldade de guardar dados. O contraexemplo será: Eu me lembro de muitos dados importantes que aconteceram na família. No começo essa atividade vai solicitar que a criatividade e lembranças sejam ativadas. Em seguida, a psicóloga recomenda um complemento que deverá criar a almejada positividade. “Eu tenho dificuldade de guardar dados, mas me lembro de muitos dados importantes que aconteceram com a minha família, isso significa que tenho boa memória, principalmente quando desejo guardar algo”. Os exercícios propostos pela psicóloga têm o objetivo de tornar a mente receptiva à ação de aprender, de estudar e de utilizar o conhecimento absorvido.

Fazer experiência e adquirir conhecimento torna-se desgastante se encarados como ações obrigatórias


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Reportagem de Capa

Que tema escolher para o TCC? Opção certa pavimenta o caminho para o sucesso do Trabalho de Conclusão de Curso Considerado por especialistas uma ponte entre a vida estudantil e a profissional, o TCC (Trabalho de Conclusão de Curso) é o momento em que os estudantes colocam em prática os ensinamentos técnicos e teóricos aprendidos durante o curso universitário. A escolha certa do tema e a orientação adequada de um professor podem contribuir com o portifólio profissional. A realização do trabalho final passa pela escolha do tema e, em alguns casos, da modalidade — como por exemplo, monografia, vídeos, livros, produtos, exposições. Não à toa que com tantas regras e temas explorados os estudantes ficam perdidos logo nos

Geralmente aconselho que o aluno trabalhe com um tema atual, com um foco inédito e que ele tenha afinidade

Edilene Maia Almeida, coordenadora de TCC do Departamento de Comunicação Social da Unitau

Dicas para produção

✓ Reflita sobre qual será o seu encaminhamento profissional, pois o TCC pode ser o primeiro item de um portifólio profissional ✓ A monografia é indicada a quem pretende seguir a área acadêmica ✓ O projeto prático é a melhor opção para quem quer atuar no mercado ✓ O tema escolhido deve despertar o interesse do aluno ou grupo

primeiros meses do projeto. O primeiro passo — e importante — é a liberdade de escolher um tema que traga realização

pessoal e profissional. A recomendação hoje é de que, se houver opção de escolha, o estudante deve refletir a respeito dos ob-

aARogério Marques

Priscila (esq.) e Thais com panfleto relacionado ao TCC que fazem, na área de Relações Públicas

Conversa com professor ajuda As universitárias Priscila Moscatello Roman, 26 anos, e Thais Monteiro, de 23 anos, cursam o último ano de relações públicas da Unitau. As duas são parceiras no TCC, cujo o tema trata das “Relações Públicas Internacionais - Uma Nova Tendência”. As estudantes optaram por fazer o TCC com caráter monográfico com o objetivo de identificar a importância do profissional de relações públicas, além de explicar os impactos

da globalização e as diferenças culturais na área de atuação. “Vamos apontar o que mudou de lá pra cá e quais são as novas ferramentas que o profissional deverá adquirir para alcançar o sucesso daqui pra frente. Tratase de um assunto atual”, diz Priscila. “Buscamos entender como o mundo contemporâneo exerce papel no profissional e como a comunicação entre fronteiras se faz necessário hoje em dia”, completa. Segundo Priscila, a única difi-

✓ Siga à risca todas as regras; Os projetos escritos e monografias devem seguir as normas da ABNT ✓ Fique atento aos prazos. Anote todas as datas importantes e as consulte sempre Fonte: Reportagem e Portal Universia

culdade encontrada foi quando começaram a escrever a monografia, pois as normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) sofreram mudanças e a dupla já havia começado o desenvolvimento do trabalho. “Foi o único problema, mas acredito que o bate-papo com professores e profissionais da área contribui muito na hora de escrever o trabalho. A escolha do orientador foi apostada pelo fato dele ter experiências profissionais no exterior”, conclui.

Maia Almeida, coordenadora de TCC do Departamento de Comunicação Social da Unitau (Universidade de Taubaté), o trabalho é importante porque alguns alunos são vistos pelas empresas com grande potencial, seriedade e profissionalização com relação ao trabalho que desenvolvem. “O TCC ou Projeto Experimental é algo que ainda assusta os alunos pelo caráter de profissionalização. Na Unitau temos um histórico de TCCs de sucesso, pois em vários anos consecutivos os nossos trabalhos foram premiados no Congresso Nacional de Estudos em Comunicação”, diz. Segundo ela, o segredo de fazer um bom trabalho é a soma de um aluno disciplinado, um tema com o qual ele se identifica, a escolha de um orientador que seja da área e muitas pesquisas e leituras. “Antes de dar início à produção do trabalho, o aluno começa com o anteprojeto de pesquisa, seguida de uma pré-banca para avaliação e sugestões sobre o projeto. Em seguida, o estudante faz pesquisa bibliográfica ou de campo para dar início à produção”, conta. Edilene ressalta a importância da escolha do assunto e o trabalho do orientador. “É ele o primeiro leitor, aquele que vai ajudar o aluno a delimitar a proposta, direcionar o trabalho, acompanhar o desenvolvimento desde a sua ideia até a finalização.” Outro ponto que deve-se levar em consideração é a sincronia do aluno, do tema e todas as suas propostas. “Ele é necessário para demonstrar os objetivos propostos e concretizar as sua hipóteses.” Por Rodrigo Machado

✓ Após definir o tema, restrinja o foco do TCC a uma área específica ✓ Cada universidade segue um padrão próprio, portanto não se baseie no manual de outras instituições

jetivos profissionais e tentar seguir a mesma linha para alcançar suas metas. Segundo a professora Edilene

A escolha do Orientador ✓ Converse informalmente com possíveis candidatos a orientador para saber de sua disponibilidade ✓ Priorize professores com interesse no assunto a ser pesquisado e na modalidade do projeto para que a orientação não seja superficial ✓ Procure alunos que já tenham sido orientados pelo professor escolhido e verifique se suas características são

compatíveis com seus interesses ✓ Escolha um co-orientador para ter mais uma opinião ✓ Confira as regras da universidade para a escolha do orientador ✓ Escolha um professor com quem tenha empatia Fonte: Reportagem e Portal Universia


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As 10 Melhores

Colégio Zerbini dita a receita Escola de Guaratinguetá obteve 70,55 na prova do Enem e ficou em segundo lugar no Vale O desafio de fazer com que o aluno compreenda a importância de estudar todos os dias, de se manter atualizado do que acontece no mundo e de entender que a informação e a formação são imprescindíveis no mercado de trabalho foram os pontos chaves para que o Colégio Zerbini, de Guaratinguetá, conquistasse o segundo lugar no Vale no ranking do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio). O colégio, aliado ao Sistema de Ensino Poliedro, obteve a nota 70,55 na avaliação, feita em setembro do ano passado, e se prepara para ingressar mais alunos às universidades públicas do país. A instituição destaca-se nas diversas aprovações de vestibulares e concursos públicos. No Enem de 2006, o colégio ficou na 5ª posição na região.

Célia Maria Correa Nogueira, diretora do Zerbini

Temos turmas pequenas, o que ajuda a fortalecer a amizade e a confiança entre nós e os nossos alunos

O Ranking do Vale 1º Colégio Juarez Wanderley - São José (76,02) 2º Colégio Zerbini - Guaratinguetá (70,55) 3º Colégio Pequeno Príncipe - Jacareí (69,73) 4º Colégio Poliedro - São José (69,45) 5º Colégio Técnico e Ind. de Guará - Guaratinguetá (69,13) 6º Colégio Cassiano Ricardo - Taubaté (68,93) 7º Escola Henriqueta Vialta - Taubaté (68,81) 8º Colégio Técnico de Lorena - Lorena (68,17) 9º Instituto São José - São José (67,92) 10º Organização Cassiano Ricardo - São José (67,84) Fonte: MEC

Na edição passada, o valeeducação abriu a série de reportagens com as dez melhores escola do Vale do Paraíba, segundo o ranking do Enem, com reportagem sobre o colégio Engenheiro Juarez Wanderley, mantido pelo Instituto Embraer em São José dos Campos, com a nota 76,02.

TURMAS PEQUENAS - Criado em 2000 e batizado com o nome de um ilustre médico da cidade, o Colégio Zerbini estreou no cenário educacional de Guará com o propósito de oferecer um ensino básico de qualidade. Sete anos depois, a instituição já lançava o ensino fundamental, médio e

pré-vestibular, junto ao Extensivo Noite. A escola possui 153 estudantes, que formam turmas pequenas. O que se percebe no Zerbini é a velocidade em que o aluno aprende e desenvolve sua capacidade de aprendizagem. O compromisso entre escola, aluno e Divulgação

professor é reflexo da proposta de ensino da instituição: a direção investe em plantões de dúvidas diário, simulados periódicos de classificação e redistribuição das turmas, obtendo-se o desempenho de cada estudante. Segundo a diretora Célia Maria Correa Nogueira, 64 anos, a nota alcançada no Enem é o reconhecimento do trabalho dentro e fora da sala de aula, dos incentivos aos estudos e da proposta de ensino juntamente com a dedicação de professores e estudantes. “Temos excelentes professores e estudantes comprometidos com o ensino. Nosso foco é a formação integral dos alunos. Hoje, o valor da mensalidade está em torno de R$ 500 e a média do colégio é 7,5.” Por Rodrigo Machado

Alunos em clima de vitória A foto da vitória: alunos e professores do colégio Zerbini, de Guará, comemoram o bom resultado no Enem

Escola investe em atualização O coordenador pedagógico do Colégio Zerbini, Thales Simões Vieira, chegou na escola há pouco tempo e já contribui com o sucesso dos estudantes e professores. Após ser atraído pela dedicação e o método de ensino proposto pela instituição, ele dá a resposta para a pergunta: qual é o segredo para coordenar a segunda melhor escola do Vale? Segundo ele, a resposta é simples: estar por dentro das mudanças propostas pelo governo, manter professores e alunos sempre informados e atualizados, e treinar os estudantes com modelos de provas dos anos anteriores. “Quando

se tem uma equipe de professores comprometida, como na nossa proposta, e um material didático atualizado, que é o caso do Sistema de Ensino Poliedro, a tarefa se torna bem mais fácil e dinâmica”, diz. Vieira explica que 90% das aulas ocorrem no período da manhã (exceto o terceiro ano e o pré-vestibular, que têm carga horária maior). No período da tarde são realizados plantões, e laboratórios. “Além de uma carga horária diferenciada temos aulas de laboratório na escola e projetos pedagógicos em ambientes fora do colégio, como o projeto Maresias, onde nossos alunos

viajam um fim de semana para estudos relacionados ao meio ambiente”, completa. “Os alunos vêem na prática a aplicação do que foi visto em sala de aula tornando o aprendizado mais fácil e prazeroso.” VESTIBULAR - No terceiro ano do ensino médio, o colégio faz uma revisão dos dois anos anteriores e completa o ciclo com os assuntos novos. . Segundo ele, um fator importante e que não pode faltar é o papel da família. Os alunos que melhor se destacam são aqueles que têm em casa uma família preocupada e participativa com sua vida escolar.”

om todo direito e respeito, os estudantes do ensino médio do Colégio Zerbini têm mesmo que comemorar a conquista do segundo lugar no ranking das escolas particulares na região. A estudante Thais Maia Cardoso de Oliveira, do 2º ano do ensino médio,considera gratificante ser aluna da segunda melhor escola do Vale. “Tenho estudado bem mais que no ensino fundamental, e agora começo a ficar mais atenta às mudanças rápidas que vêm ocorrendo nos vestibulares”, diz ela, que dedica de duas a três horas aos livros fora do ambiente escolar. Seu colega, o aluno Newton de Freitas Centurião, do 3º, chegou no colégio há dois anos e já vive o clima de vitória. “Com o resultado, sinto-me privilegiado porque sei que tenho um ensino de qualidade, além de que os professores são amigos e os funcionários dóceis e competentes. Nesse último ano, tive mais responsabilidade em relação aos estudos. Comecei a pensar no meu futuro profissional”, conta.


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PARANINFO

Respeito pauta relacionamento Professor da Faculdade Bilac, de São José, revela por que caiu nas graças dos estudantes Fotos: Alex Brito

Por que o professor Solano é tão querido? José Scarpel, 44 anos, aluno de administração e ciências contábeis

“Já nos primeiros dias de aula, o professor Solano deixa bem claro quais são as regras que irá seguir — e as segue. Isso cria uma relação de confiança” Talita Ponte Theophilo, 23 anos, aluna de ciências contábeis

“Ele é um excelente profissional, que se esforça para que seus alunos alcancem um rendimento de alto nível refletindo diretamente na qualidade do curso. Suas aulas são ministradas com extrema sabedoria e objetividade Seu comprometimento, deslumbramento e dedicação contagiam os alunos” Maurício Francisco Pereira, 42 anos, aluno de administração

“Suas aulas são descontraídas, ele está sempre bemhumorado e isso deixa a sala mais receptiva. O professor Solano sempre utiliza situações interessantes para ilustrar suas aulas, envolve toda a sala com perguntas. É muito organizado e suas aulas são dinâmicas”

ção cotidiana, em que o conteúdo exposto poderá ser aplicado”, define. Permitir que os estudantes dêem opinião sobre o assunto abordado e aceitar a interação em sala de aula, são, segundo ele, os segredos para despertar a atenção. O cólégio Olavo Bilac, que recentemente passou por uma reestruturação e se transformou na Faculdade Bilac, direcionou sua atuação apenas nos cursos técnicos e de ensino superior, e em ambos o professor ministra aulas.

O aluno não pode sair da sala de aula do mesmo jeito que entrou. Ele deve sair refletindo sobre como e onde vai por em prática as informações recebidas

Solano de Souza e a turma: descontração fica dentro dos limites

entendem que é preciso disciplina para aprender. Assim, o resultado, não somente em nota para aprovação, mas em crescimento pessoal e profissional é muito positivo”, explica. O professor classifica o seu

Divulgação

Incentivo à Leitura

DPaschoal doa 1 milhão de livros Para celebrar seis décadas de atuação, a DPaschoal optou por substituir uma comemoração tradicional por diversas ações que reforçam o princípio de sustentabilidade da companhia nestes 60 anos. Entre as iniciativas está a doação de um

temperamento em sala de aula como democrático e descontraído. “Em certos momentos, o professor deve assumir uma postura um pouco mais autoritária, mas sempre que possível utilizo o humor para exemplificar uma situa-

milhão de livros infantis no Brasil, que serão distribuídos até o fim de junho em 115 municípios onde estão as lojas DPaschoal. A distribuição dos livros tem como base o projeto “Leia Comigo!”, que já distribuiu mais de 30 milhões de livros

em todo o Brasil. Segundo os mentores do projeto, criado pela Fundação Educar, os títulos do “Leia Comigo!” estimulam iniciativas de voluntariado e o gosto pela leitura. Além da distribuição de livros, conta das comemorações

Os livros infantis que serão distribuídos nas cidades onde a DPaschoal tem loja

dos 60 anos a transformação de 25 bairros em parceria com a comunidade local e as escolas estaduais de Campinas. Também haverá distribuição de kits com dicas de consumo consciente do programa Economia Verde, também da Fundação Educar .

Solano de Souza, professor

Educador Nota 10

PALAVRA DE ALUNO

Respeito que transmite confiança. Esta é a base do relacionamento do professor Solano Rodrigues de Souza com seus alunos na Faculdade Bilac, em São José. Apesar do pouco tempo na escola, apenas dois anos, o professor conquistou a admiração dos estudantes com uma postura realista e séria na maneira com que conduz as atividades relacionadas ao conteúdo. Também agrada pela pontualidade e pelo método de expor as informações. “No trato com os alunos, sou descontraído, dentro do aceitável, de forma que eu cumpra a minha função de professor e eles de alunos. Sigo a seguinte linha: não seja rude e nem suave, seja justo”, pondera o professor. Formado em administração de empresas e pós-graduado em marketing e comércio exterior, o professor, de 34 anos, atuou no gerenciamento e coordenação de empresas e organizações até chegar à sala de aula. “Em 2000, passei a aplicar treinamentos corporativos nas empresas que trabalhava e os treinandos gostavam muito, isso me motivou a procurar dar aulas, pois além da facilidade em passar os conteúdos eu senti muita satisfação em ensinar”, explica. Extrovertido, comunicativo e hábil nos relacionamentos, o professor se mostra exigente quanto a horários, trabalhos e principalmente avaliações. “Eles

Professores concorrem a prêmio Professores podem se inscrever até dia 12 de julho na 11ª edição do Prêmio Educador Nota 10, promovido pela Fundação Victor Civita. O prêmio tem como objetivo eleger as melhores experiências de ensino em todo o País, tanto de escolas públicas como privadas, rurais ou urbanas, voltadas para a Educação Infantil e para o Ensino Fundamental. Os dez professores selecionados recebem R$ 10 mil cada e um troféu. Também haverá prêmio para gestor. Mais informações em “www.novaescola.org.br/premiovc”.


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Tecnologia

Pós-graduação do sofá de casa Parceria do Uninter com a SKY lança projeto inédito de ensino à distância no Brasil Divulgação

Se o ensino à distância sempre facilitou a vida de pessoas ocupadas, agora ficou ainda mais ajustado à agenda “corrida” de quem opta por esta modalidade de curso. Já é possível fazer pósgraduação assistindo a aulas da própria televisão, sem a necessidade de sair de casa. O novo sistema foi lançado pelo Grupo Uninter em parceria com a SKY e só está disponível para assinantes. O recurso se baseia em atividades supervisionadas em que o aluno pode contar com ferramentas de apoio, como reprises das aulas já lançadas através da Internet. A interação durante as aulas poderá ser feita pelo 0800 e pela WEB. A avaliação será presencial, aplicada no Polo de Apoio Presencial Uninter mais próximo do aluno. Os dois primeiros cursos lançados — que já tiveram inscri-

Cursos em S. José ✓ Graduação: Pedagogia, Produção Industrial, Logística, Processos Gerenciais, Gestão Financeira ✓ Novas turmas: vestibular dia 21/06 ✓ Pós-graduação Educação Especial e Industrial; Psicopedagogia Clínica e Institucional; Gestão do Trabalho Pedagógico, Supervisão e Orientação Escolar; MBA em Gestão de Recursos Humanos ✓ Novas turmas: inscrições abertas

Gravação de aula de pós-graduação em estúdio do Grupo Uninter, que está sediado em Curitiba

ções encerradas dia 15 — foram de Marketing Estratégico e Gestão e Direito Ambiental. EM SÃO JOSÉ - O Grupo Educacional Uninter, por meio das fa-

culdades Facinter e Fatec Internacional, soma aproximadamente 100.000 alunos nos sistemas presencial em Curitiba e a distância em mais de 600 cidades, inclusive em São José dos

Campos (veja quadro), onde tem pólos no ITS (Instituto de Tecnologia em Saúde) que fica na avenida Tívoli, e também no colégio Casimiro de Abreu, no Jardim Paraíso.

✓ O Sistema: Duas horas por semana em aula com videoconferência. Participação do aluno por telefone e internet. Contato também pelo portal digital e rádio web no caso de entrevista com especialistas convidados pelo Uninter Fonte: Luciene Quintas, diretora do colégio Casimiro de Abreu (um dos polos Uninter)


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