edição número 51 ano 06/2013
especi
al
morar bem Sustentabilidade, tecnologia e afetividade são as marcas das casas deste século!
t e ndência s direto de paris e milão, as linhas, cores e formas da temporada
co nsumo as lojas de decoração mais incríveis do mundo
p u ra astú c i a projetos de bricolagem que dão gosto de ver 1
m o r a r b e m A rigor, uma casa é feita de um teto e quatro paredes. Um lar, porém, é um pouco mais complexo do que isso. Porque, além da estrutura física que nos garante proteção contra as intempéries, ele pressupõe um lugar dentro do qual nos sentimos plenos, onde nossa individualidade pode ser expressada e, sobretudo, um endereço com o qual mantemos uma relação afetiva. Muita gente tem seu lar em palácios aparentemente impessoais. Outros se orgulham das construções exteriores simples e repletas de histórias familiares. Há ainda quem encontre na instabilidade da falta de um endereço fixo a segurança do lar doce lar. Qualquer que seja o tipo de relação, uma coisa é certa: nós sempre buscamos reunir dentro e em torno deste ninho os objetos, cores e memórias que nos enchem de prazer.
capa > jaqueline miranda _joy model fotografada por > debora spanhol produção > leo tramontin e allan ponciano hair > allan ponciano make > isabela canhoto look > a modelo veste blusa_ capoani calça_ dress to, óculos_ ótica winnikes locação > thá
Pensando nisso, resolvemos dedicar nossa atenção ao fenômeno da arquitetura sustentável, que tão bem trata a natureza, endereço certo de todos nós, e listamos uma série de ideias capazes de transformar espaços pequenos em grandiosos templos do bem morar. Fomos procurar também inspirações para encher os cômodos dos nossos adorados recantos com peças e objetos de decoração exclusivos e de produção própria, além de darmos um giro pelas duas maiores feiras de decoração do mundo em busca das tendências que podem deixá-los na moda.
expediente
Boa leitura!
A MAIS é uma publicação de responsabilidade da Nogueira Saltori Editora Ltda. Des. Hugo Simas, 1299 - casa 2 . Bom Retiro 41. 3016 9094 www.saltori.com.br . diretores executivos / renato saltori e alessandra nogueira saltori . projeto gráfico / ideale design 41. 3016 9594 ideale@idealedesign.com.br . direção de arte / alessandra nogueira saltori
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su má rio [10] Sustentabilidade A tecnologia e os bons arquitetos acabaram com o estereótipo negativo que pairava sobre os projetos sustentáveis.
dá ela [20] Só A madeira é a rainha do décor. Mas, em tempos do ecologicamente correto, saiba como garantir a boa procedência das tábuas.
[26] Consumo Uma seleção de lojas de decoração que merecem espaço no seu guia de viagens.
melhor deste ano [36] OListamos as principais tendências em design e decoração apresentadas nas feiras de Paris e Milão.
e sobrenome [44] Nome Contamos a história de algumas das peças de decoração que enfeitiçam nossos olhos.
os pequenos [50] Para Dicas de decoração para quem tem poucos metros quadrados para chamar de seus.
[58] Bricolagem Um faça você mesmo cheio de ideias inusitadas e copiáveis.
[66] High-tech Equipamentos e sistemas que transportam nossas casas diretamente para o futuro.
Os artigos assinados e publicidades veiculadas não expressam necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores e anunciantes.
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A arquitetura sustentรกvel pode salvar nossas vidas do marasmo urbano do concreto
futuro verde
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elhor esquecer aquela aparência hippie e as comunidades alternativas. Quando hoje um arquiteto ou urbanista fala de construções ecológicas e cidades sustentáveis eles fazem referência a soluções construtivas de alta tecnologia, materiais de construção limpos e amplos espaços verdes onde o convívio entre vizinhos é estimulado. Os países escandinavos estão aí para provar isso. Especialmente a capital da Dinamarca, Copenhague, onde o crescimento urbano sustentável é coisa séria: até 2025, a cidade pretende se tornar a primeira metrópole livre de carbono do mundo. O Plano de Ação Climática CPH 2025, que vai reduzir o volume de emissões de gases poluentes na atmosfera, foi lançado em junho passado. O projeto acontecerá em duas etapas. Na primeira fase, que termina em 2015, as autoridades prometem cortar em 20% as emissões de dióxido de carbono (CO2) e garantir as condições para que o resto do plano seja colocado em prática. Ou seja, garantir que a energia consumida venha de fontes limpas. Das 50 ações previstas para zerar a cota de emissão, 44 já estão em andamento. Entre elas, a instalação de 100 novas turbinas eólicas que aumentarão em 50% a contribuição dos ventos para a eficiência energética. A grande estrela do projeto, porém, vem do lixo. Uma nova usina de biomassa, chamada Amager Slope, está sendo construída em Orestad, o cool e ecológico bairro da capital. Quando estiver concluída, ela terá capacidade 20% maior que a planta atual e despejará entre 50 e 60 mil toneladas de dióxido de carbono a menos na atmosfera graças aos sistemas especiais de filtragem: em vez de acinzentadas nuvens de fumaça, uma fina bruma branca formada exclusivamente de H2O saíra de suas chaminés. Antes que você se admire e pense o quão ecológico é o projeto, saiba que ele é ainda mais verde do que isso. Toda a fachada do edifício, que mais parece uma montanha, funcionará como um parque. Suas laterais receberão árvores, gramas e canteiros de flores. Já o telhado será usado como rampa de patinação ou esqui, conforme as condições climáticas permitirem, claro. Tão eco-friendly quanto esta usina-lixão só mesmo o trabalho monumental de despoluição dos canais e da costa que banham a cidade realizado nos anos 90. Ele culminou na construção de diversas piscinas dentro do mar, onde os moradores podem nadar com toda a tranquilidade. Sim, por lá, as pessoas saem de suas casas na região da cidade com suas roupas de banho, vão até a beira dos canais e se jogam, literalmente, sem vergonha alguma. 11
Ecovilas, de verdade O bairro de Orestad é um marco urbanístico da cidade dinamarquesa e um exemplo para o mundo no que se refere ao crescimento sustentável. Com 310 hectares, ele foi construído em 1994, após um concurso público que elegeu o melhor projeto de desenvolvimento e ocupação deste pedaço esquecido e abandonado da capital. Hoje, a zona reúne empreendimentos comerciais, universidades e moradias em torno deste conceito de vida mais respeitoso dos seres humanos e da natureza. Ali é fácil se deslocar até a região central, do outro lado do canal, ou mesmo até a Suécia, usando o transporte público. A ligação com o restante da cidade também se dá por meio de ciclovias. E, como trabalho, escola e lazer realmente existem e proliferam ali, os moradores acabam criando uma rotina de bairro, que dispensa grandes movimentações e estimula a convivialidade. Porque conhecer o seu vizinho e dar bom-dia a ele também é um ato de cidadania e preservação. Neste caso, social. Quando estiver pronto, o bairro de Nordhavn também vai servir de exemplo. Localizado às margens do Mar do Norte, esta zona industrial e portuária é objeto de um outro plano de desenvolvimento, desta vez metropolitano, que propõe a criação de uma gigante comunidade ecológica. Nela, as casas vão emitir baixos índices de CO2, os canais serão abertos e os píeres, passarelas
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e passeios serão construídos sobre as águas, para colocar a população em contato com a natureza e estimular ainda mais os passeios a pé e de bicicleta. Quer mais? Pois então se prepare. Até mesmo a latina e quente comunidade espanhola de Rioja entrou de cabeça nesta onda urbanística verde. Logroño Montecorvo Eco City é o nome de um projeto idealizado pelo escritório holandês de arquitetura MVRDV, em parceria com o espanhol Gras, que criará um habitat verdinho e não poluente, social e dinâmico para três mil famílias. A área de 56 hectares fica em uma região montanhosa, entre La Fonselada e Montecorvo. Apenas 10% desta área será ocupada pelos imóveis residenciais e demais estruturas urbanas, incluindo um museu, lojas, restaurantes, cafés e escolas. O restante abrigará parques, jardins e as usinas geradoras de energia limpa. As turbinas eólicas e os painéis fotovoltaicos instalados ao longo de boa parte da área verde garantirão 100% da energia utilizada na minicidade. Um sistema de tratamento vai reciclar a água usada pelos moradores na pia e no banho (água cinza) antes de colocá-la em uso novamente, desta vez nas fontes que irrigam os jardins. O investimento para a construção deste oásis foi estimado em 388 milhões de euros. Valor semelhante ao do estádio Itaquerão, em São Paulo, onde serão realizadas partidas da Copa do Mundo de 2014.
De vidro, não. De grama!
Para melhor. Sobre a Ilha Zira, no Mar Cáspio, serão construídas sete torres cuja silhueta foi inspirada nas montanhas que marcam o visual do país. Cada uma delas abrigará centros de lazer, educação, saúde, cultura e moradia, criando também uma nova cidade. Passarelas e passeios elevados, mais uma dezena de caminhos por terra, conectarão os imóveis às vilas particulares que logo vão aparecer por ali e todas elas às belas praias do local. O abastecimento energético será feito por meio de usinas eólicas e solares instaladas na região. Junto com as centrais de tratamento da chamada água cinza e de coleta da água da chuva, este será o primeiro conglomerado urbano com emissão zero de carbono em toda a Ásia.
As coberturas verdes, ou telhados ecológicos, são as vedetes da arquitetura sustentável. Benéficos para as construções e para as pessoas que vivem nelas, os tetos verdes constituem um interessante modelo de isolamento acústico e térmico, além de ajudarem na filtragem e captação das águas pluviais, o que traz um bem enorme às cidades. Especialmente para as concretadas como São Paulo. Outra vantagem é o afago aos olhos que tais estruturas promovem a quem observa o horizonte de cima, afinal, a poluição visual também merece ser combatida. No Azerbaijão, outro audacioso projeto deve mudar a paisagem e os hábitos da região.
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A construção civil subentende desperdício, uso de materiais tóxicos e poluição, correto? Nem sempre. Os projetos sustentáveis se diferenciam dos demais canteiros de obras por conta de uma combinação de técnicas construtivas inteligentes e o uso responsável dos insumos. Isso quer dizer produtos cuja fabricação não tenha agredido o meio ambiente, que sejam renováveis e recicláveis, ou, no mínimo, possam ser reutilizados depois, E, sempre que possível, que sejam produzidos na própria região, diminuindo assim o impacto ambiental provocado pelo transporte das mercadorias. Ao lado, listamos os materiais e produtos mais empregados nas construções sustentáveis. Confira.
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divulgação
O bê-á-bá da arquitetura verde
Fibras vegetais Substitutas das fibras de vidro e sintéticas, elas são feitas à base de uma série de plantas e vegetais, como a juta, o sisal, o coco, a cana-de-açúcar e o algodão. Suas características físicas e mecânicas são em alguns casos até melhores do que as industriais, principalmente quando incorporadas aos compostos plásticos. Misturadas ao concreto, elas agregam maior resistência. São usadas na produção de telhas, tapumes, revestimentos acústicos e térmicos, painéis, tecidos, tapetes e carpetes.
Óleos vegetais Vinculados ao setor energético, na produção de biocombustíveis, eles também são aproveitados em vários insumos da construção civil. Derivados de tipos de vegetais e sementes como o girassol, a mamona, a soja, o dendê, o cânhamo, o milho, a palma e até o amendoim, eles viram tintas, vernizes, impermeabilizantes e solventes.
Solo cimento Trata-se de um material homogêneo resultante da mistura de solo, cimento e água. Ideal para construções de pequeno porte, este tipo de cimento para argamassa ou estrutura é adequado para o uso em revestimentos de pisos e paredes devido à elasticidade. Vem sendo amplamente utilizado na pavimentação, em muros de arrimo, confecção de tijolos e telhas sem que haja uma queima prévia.
Pisos de bambu e cortiça Espécies de rápido crescimento, se comparadas aos tradicionais carvalho e pinho usados na fabricação de assoalhos, eles ainda apresentam mais duas vantagens em relação às madeiras tradicionais: como dispensam o uso de adesivos tóxicos na instalação, também emitem menos gases tóxicos durante o processo.
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concreto reciclado O concreto é composto por cimento, areia, água, compostos britados (brita, cascalho e ou pedregulho) que eventualmente contenham materiais ligantes como colas, fibras e outros aditivos. Já o concreto reciclável pode ser obtido das sobras de minérios e asfalto, recolhidas em demolições e entulhos.
Tintas naturais Livres de substâncias orgânicas tóxicas (COVs), como as derivadas do petróleo, estas tintas à base de água, ceras e óleos vegetais misturam resinas naturais com pigmentações minerais, menos agressivas e totalmente livres de metais pesados.
Telhas ecológicas Feitas de placas prensadas de fibras naturais ou de materiais reciclados, como as embalagens do tipo tetrapak, elas possuem características mecânicas melhores do que as das telhas de fibra de vidro e amianto, são mais leves e ainda não prejudicam a saúde e o meio ambiente.
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Construções saudáveis Não é só a preservação ambiental que vive esta nova arquitetura. A salubridade também entra na pauta de discussões. Edifícios mal projetados, subutilizados, mal geridos e precários são doentes e suas enfermidades podem resultar em problemas de saúde. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define essas “doenças” construtivas como Síndrome do Edifício Enfermo (SEE). O termo vale para designar prédios e casas que apresentam baixa e ineficiente dispersão de poluentes, alta umidade, má ventilação, descompensação térmica, péssima ergonomia e algum tipo de contaminação de ordem biológica ou química. A entidade estima que, em todo o mundo, a SEE seja responsável por 20% dos problemas respiratórios, mal-estar, irritações alérgicas nasais e oculares que afetam a população.
Em muitos países, conselhos para o desenvolvimento dos conceitos da construção sustentável orientam e discutem os padrões que podem evitar a proliferação da SEE. No Brasil, o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável – formado por acadêmicos, pessoas ligadas às áreas social e financeira, construtores e representantes de organizações não-governamentais –, é quem cuida deste assunto. Uma série de selos e certificações também foi criada para identificar as construções saudáveis. O BREEAM (Building Research Establishment Environmental Assessment Method) e o LEED (Leadership in Energy and Environmental Design) são os mais importantes entre eles. 17
Cuidados básicos
va o r p a d o at Reciclados e ecológicos, resistentes e duráveis, o papel e o papelão se transformam na matéria-prima da vez Os japoneses conhecem as vantagens do papel e do papelão como material de construção há tempos. Agora, é a vez dos brasileiros descobrirem que esses produtos tão leves e aparentemente tão efêmeros rendem também robustas peças de mobiliário. Usadas na fabricação de cadeiras, bancos, escrivaninhas e até estantes e mesas, as lâminas de papelão ondulado prensadas, por exemplo, são capazes de suportar centenas de quilos e têm durabilidade tão grande quanto outros materiais. Como a madeira, elas também não toleram muito bem a água. O benefício número um destas peças é o preço, claro. Mas os aspectos ecológicos e a praticidade também contam bastante. Quase sempre produzidas a partir do papel reciclado, essas lâminas nunca demoram mais do que um ano para serem decompostas, em caso de arrependimento e dispensa do investimento. Quanto à praticidade, nós bem que poderíamos incluir a diversão a este quesito, uma vez que a montagem dos móveis em papelão é quase sempre tão simples e divertida quanto um jogo de quebra-cabeças. 18
Quando se trata da manutenção das peças, as vantagens vão ainda mais longe. Como o papelão não resiste à água, todo e qualquer pano úmido, esponja e afins devem ser mantidos a distância. Limpeza mesmo, só com espanador ou aspirador de pó para eliminar o excesso de partículas sobre a superfície. A aplicação de uma camada de verniz impermeável pode ser bastante útil no caso das peças mais caras (ou queridas). Além de proteger contra a ação do tempo, ela evita a deformação provocada pelo sol. Os raios ultravioletas e o calor podem danificar as peças, fazendo com que elas se verguem e entortem.
Ícones Antes que você pense que móveis de papelão e objetos de papel são simples demais e, por isso, presenças non gratas na sua casa, lembre-se que dois dos maiores nomes do design mundial eram apaixonados por eles. Frank Gehry construiu uma série experimental de poltronas e cadeiras com o papelão ondulado entre os anos 1969 e 1972. A Wiggle Chair é, inclusive, uma das peças mais copiadas, amadas e bem catalogadas da nossa história mobiliária recente. O japonês Isamo Noguchi criou a sua série Akari na década de 50. As luminárias feitas em papel de arroz e com estrutura em bambu são verdadeiras esculturas, delicadas e atemporais.
da C e r t if ic a a Ec o l 贸 g ic ta m e n t o s e r o l f e De r
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Agora sim, a origem das tábuas usadas na produção dos seus móveis é legal!
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ouve um tempo em que as casas eram cheias de leis. Não de regras, veja bem, mas de volumosos, pesados e ostensivos móveis fabricados de maneira quase que artesanal com as tábuas extraídas das grandes e frondosas árvores das florestas nacionais. Ipês, imbuias, jacarandás e paus-brasil retirados em conformidade com as leis da época. Logo, legais. Felizmente, toda essa cadeia de eventos extrativistas foi enquadrada. Hoje, para serem comercializados legalmente, os móveis novos não podem exibir os veios das nossas espécies vegetais mais caras. Eles podem ser naturais, claro, desde que a matéria-prima seja proveniente de zonas de reflorestamento ou de áreas em que a derrubada de árvores seja regulamentada. Peças recém-saídas das linhas de produção feitas a partir de espécies usurpadas de matas nativas até são permitidas, mas só em casos especiais: ou quando a matériaprima já foi usada – a chamada madeira de demolição –, ou quando a árvore em questão não figura na lista de espécies protegidas. Como o pau-brasil. Hoje, toda madeira extraída em território brasileiro deve ser acompanhada do Documento de Origem Florestal (DOF). Este documento é emitido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, o IBAMA, e atesta que a retirada
da madeira respeitou as leis ambientais. Ele também indica se ela é procedente de reflorestamento ou de mata nativa por meio de informações de geolocalização que mostram precisamente de onde e como ela foi retirada, garantindo assim ao consumidor a legalidade do produto de madeira que ele está comprando. Outras certificações não-obrigatórias emitidas por auditorias independentes também ajudam a guiar o comprador de móveis rumo às peças amigas da natureza. Além dos dados de extração da madeira, o Forest Stewardship Council (FSC) analisa o impacto social e as iniciativas econômicas das empresas nas áreas de exploração. Inspeção semelhante à do Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC). A diferença entre um e outro é que o segundo é mais comum na Europa. Por aqui, nós temos o selo do Programa Brasileiro de Certificação Florestal (Cerflor).
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texturas: Naideron Jr.
Na foto, ambientes da arquiteta Cris Daros
é bom saber Madeira certificada e madeira legal não são sinônimos. O lenho legalizado é extraído de acordo com as exigências do país de onde ele foi retirado e só pode ser comercializado mediante uma licença ambiental em nome da madeireira, ou documento equivalente. Já as certificadas não só cumprem as mesmas exigências legais como ainda consideram (e respeitam) outros aspectos ambientais e econômicos desta incursão pela floresta. Por aqui, as principais madeiras certificadas são as do gênero pinus e os lenhos provenientes de eucalipto e teca, no caso das árvores vindas de fazendas de reflorestamento. Na Amazônia, porém, as espécies nativas ipê e cedro também recebem os selos. Mas, no caso delas, apenas se o corte e a retirada da mata obedecerem a regras ambientais.
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Quando um móvel, objeto de decoração ou utensílio de cozinha é feito a partir de matériaprima certificada, obrigatoriamente, ele exibirá pelo menos um destes selos. É verdade que a preocupação com a economia local e o meio ambiente expressa por estes símbolos tem preços mais elevados que os produtos não certificados e, possivelmente, clandestinos. Mas, entre a sedução da barganha e a redenção da consciência ecológica limpa, é sempre melhor escolher esta última. "A madeira usada de forma responsável e sustentável agrega valores ao projeto de interiores”, comenta a arquiteta especialista em sustentabilidade, Rose Guazzi. E ela não está se referindo apenas aos estéticos...
Até no banheiro Agradável aos olhos e ao toque, a madeira não faz bonito apenas sobre as peças mobiliárias convencionais ou no chão da sala. Cada vez mais, o material aparece como revestimento de paredes, acabamento de tetos e, surpreenda-se, móveis, acessórios e acessórios para banheiro – incluindo pias e banheiras de imersão. Banheiras que nada têm a ver com o tradicional ofurô, apesar de serem um claro resultado da observação destas grandes tinas japonesas. Exemplo mais precioso, e recentemente premiado com o Elle Decoration International Awards 2013, é a linha desenvolvida pelo designer nipônico Oki Sato, do escritório Nendo, para a italianíssima Bisazza Bagno e que aparece nesta página.
fotos: divulgação
Ao optar por este acabamento em uma área sempre úmida como o banheiro, porém, é necessário investir em madeiras que suportem bem o 'molha e seca' constante e o onipresente vapor d’água. “Os pisos laminados, por exemplo, ficam de fora. Eles podem ser utilizados apenas em lugares secos, onde o uso de água seja nenhum e o índice de umidade seja baixo”, recomenda a arquiteta Rose. “Nos banheiros, cozinhas e lavanderias deve-se optar por madeiras e derivados com pinturas e acabamento que impermeabilizam as superfícies e dificultam a entrada de materiais líquidos”, completa.
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naideron jr.
Subindo pelas paredes Como revestimento mural e de teto, a madeira pode ganhar formas diferentes das características tábuas. A marca brasileira Oca Brasil, por exemplo, representada em Curitiba pelo Espaço Goya, produz painéis que dão textura e volume às superfícies. Ecológicos, eles usam apenas madeiras de reflorestamento certificadas pelo FSC. O processo de fabricação das peças é livre de resíduos e, para garantir a sua longevidade, cada painel é submetido a um tratamento que o imuniza contra o ataque de fungos e cupins. Além do conforto térmico e da aparência aconchegante, a madeira absorve o som, como uma espécie de isolante acústico leve.
Nada de gato, nem de lebre Para verificar se o selo de certificação estampado na embalagem da sua nova mesa é mesmo autêntico, o FSC mantém um banco de dados das empresas que trabalham com madeira certificada. Por meio do seu site www.fsc.org.br, é possível pesquisar e confirmar a boa procedência das tábuas. Os consumidores mais preocupados com a sua pegada ambiental ainda podem buscar informações referentes à cadeia de produção do item, rastreando todos os seus elos industriais.
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paraísos a r t if ic ia is Algumas lojas de decoração parecem ilhas de bem-estar, planejadas para fazer seus clientes descolarem da realidade e das pequenas lutas diárias e entrarem em uma viagem sensorial, onde as regras são subvertidas em favor do sonho. E do gasto. Nesta seleção dos melhores endereços de compra no Brasil e lá fora, o que importa é se deixar conduzir por essa atmosfera sedutora e seguir, passo a passo, os percursos seguidos pelos lojistas, não se privando nem mesmo de cruzar a linha do caixa! 26
pa ri s
merci
Um apanhado de objetos para casa, louças, talheres, bugigangas, livros, muitos supérfluos, roupas, acessórios e móveis de primeiríssima qualidade espera os consumidores que chegam a esta escondida, porém, nada desconhecida, concept store parisiense. Situada no chamado Haute-Marais, a parte norte do badalado bairro homônimo, ela ocupa três andares de uma antiga construção industrial. A disposição das peças e o conteúdo da loja são renovados todos os meses. As mercadorias à venda e a exposição delas sempre obedecem um tema. Quando a gastronomia esteve em pauta, no início do ano, por exemplo, todo o piso térreo foi tomado por itens para a cozinha e livros de receita. Os móveis ocupam o primeiro piso, na verdade, uma espécie de mezanino. Lá, as peças são ambientadas como pequenas salas de estar ou áreas de jantar. 27
Tão apetitosas e aconchegantes que é comum ver pessoas estiradas sobre os estofados durante horas. No subsolo, as bugigangas para armazenar alimentos, facas, acessórios para cozinhar, luminárias e um simpático café retêm os visitantes durante mais algumas horas. Só que, diferente de boa parte das lojas que deixam aquela sensação de culpa pelo tempo perdido dentro delas, isso dificilmente acontece aqui. Talvez porque a maneira como os produtos ficam expostos deixe uma sensação de contemplação estética. Mas a razão mais certeira é porque parte da renda dos produtos vendidos é revertida a instituições de caridade que cuidam de crianças em Madagascar.
111, Boule vard Beaum archa is, Paris. www .merc i-mer ci.com
Sentou Robert Sentou emprestou seu nome primeiro para uma fábrica de móveis dedicada à produção de peças desenhadas por arquitetos e designers de renome no país e, mais tarde, em 1986, para uma galeria de design – uma das primeiras da cidade a se dedicar inteiramente à venda de ícones da produção contemporânea, oferecendo aos seus clientes uma mistura de clássicos do design com novos criadores a exemplo das galerias de arte que tantos endereços ocupam em Paris. Hoje, sua butique é uma referência nacional. Com dois endereços na cidade, um na margem esquerda do rio Sena e outro na direita. Neles, é possível admirar e comprar cadeiras de Jean Prouvé, Panton e Charles e Ray Eames, luminárias de Isamu Noguchi, os relógios de George Nelson, só para citar os mais conhecidos, além de peças de criadores do nosso tempo, como os irmãos Bouroullec. A marca Sentou também financia e produz colaborações especiais e são essas as peças que acabam atraindo os consumidores mais novidadeiros. Porque, independente do tamanho do bolso, elas acabam invariavelmente incluindo alguns bons negócios.
26, Boule vard Raspa il e 29, rue Franç ois Miron , Paris. www .sento u.fr 28
lo nd re s
the conran shop Apesar de já ter se dispersado pelos cinco continentes, é na capital inglesa que se encontra a representante oficial – e também a mais encantadora – desta loja de decoração. A flagship da Fulham Road, batizada The Chelsea Store, ocupa um prédio histórico onde antes funcionava o quartel-general da Michelin, a empresa de pneus que hoje é cool por conta dos seus guias gastronômico e de turismo. A loja também marca o início deste fenômeno comercial. Inaugurada pelo arquiteto e business man Terence Conran, ela simplesmente agrupa o melhor que o dinheiro pode comprar. Seja lá de quanto nós estejamos falando! O que inclui pequenos objetos de decoração mais baratos, produzidos por marcas importantes no cenário internacional, até móveis que são ícones da história contemporânea, livros, relógios, brinquedos, louças, artigos de cozinha, cama, mesa, banho e até perfumes para casa e sabonetes.
81 Fulha m road, Londr es. www .conra nshop .co.uk
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a m st er d ã
Hotel Droog
Staals traat 7b,1.0 11 JJ, Amste rdã. www .hotel droog .com
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Como se não bastasse toda a criatividade empregada e apresentada no showroom holandês deste coletivo de design, a capital do país ainda conta com um hotel fora do comum, onde os hóspedes têm a oportunidade de mergulhar no universo nada comum da marca. Instalado em um prédio de 700 metros quadrados, do século 17, no centro histórico de Amsterdã, o endereço reúne um café restaurante, um jardim, uma loja, um local de exposições e eventos e uma única suíte. Neste caldeirão cultural, porém, tudo pode ser comprado. Desde as cadeiras e as poltronas onde os comensais do café se acomodam até as luminárias, os tapetes e os demais objetos que decoram o apartamento onde os hóspedes são recebidos. A ideia é dar ao cliente a oportunidade de experimentar os produtos antes de decidir pela compra. O que no caso deles se justifica pelo alto valor de muitas de suas obras. Especialmente as que rodam o mundo sendo expostas como peças de arte em museus…
m il ã o
kartell A marca italiana foi uma das primeiras a apostar no plástico como matéria-prima de móveis. Hoje, uma menção ao seu nome já traz à cabeça imagens de luminárias, cadeiras, sofás e acessórios projetados por importantes nomes do design mundial. Milão sedia sua primeira loja e também a mais importante. A flagship está instalada no bacaníssimo bairro de Brera e sua visita vale como uma ida a um museu. Com a diferença que dá para empacotar e levar para casa as obras mais interessantes.
Via Carlo Porta , 1. www .karte ll.it
Cassina A loja milanesa desta que é uma das principais editoras de móveis de design do nosso tempo é endereço obrigatório para os fãs de uma decoração com nome e sobrenome. Não só porque lá é possível ver, sentir e testar à vontade as peças assinadas por gente como Gió Ponti, Macintosh, Charlotte Perriand e Piero Lissoni, mas especialmente porque a casa dá aos seus visitantes a oportunidade de vivenciar uma experiência única neste segmento: as peças e as vitrines normalmente são organizadas como se fossem instalações artísticas e quem dá sorte de visitar a cidade em épocas de Salão Internacional ainda encontra ambientações criadas especialmente para o evento e planejadas por grandes nomes do design atual. Sim, é um arraso. E sim, deixa muita gente de queixo caído. O que justifica o fluxo considerável de pessoas, mesmo em um comércio cujo valor médio de compra costuma se apresentar acima dos três dígitos…
Via Durini 16, Milão . www .cassi na.co m
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m il ã o
de Padova Criada em 1965, consolidada com o apoio do gênio do design Achille Castiglioni e considerada pelo americano George Nelson a mais bela loja de mobiliário do mundo, essa representante do comércio de design milanês merece algumas horas do dia de qualquer turista. Ao longo dos seus mais de 2 mil metros quadrados, ficam expostas criações dos nomes mais importantes das invenções mobiliárias e de luminárias do último século. Suas 18 janelas para a rua compõem outra atração à parte: a composição das vitrines é um dos trabalhos mais bem planejados pela casa e se tornou um ponto de apreciação cult entre os amantes desta arte industrial que é o design.
Cor so Ven ezi a 14, Mil ão. ww w.d epa dov a.it
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w ei l a m rh ei n
VitraHaus Ok, tudo bem, boa parte dos turistas não tem nenhum motivo para chegar perto de uma pequena cidade alemã sem monumentos históricos perdida em algum ponto entre a fronteira com a França e a Suíça. Mas os aventureiros que se deixarem convencer pelo apelo da marca Vitra certamente não vão se arrepender. Porque é em Weil am Rhein que funciona a VitraHaus, um misto de loja, atelier e galeria histórica desta marca, uma respeitada e importante fabricante de móveis e objetos de design – em cuja lista de direitos exclusivos de reprodução estão nada menos que as cadeiras de Charles e Ray Eames, a Panton de Verneer Panton e tantos outros marcos estilísticos do nosso tempo. Melhor ainda, o prédio em si é uma obra a ser considerada. E admirada. Projetada pelos arquitetos Herzog & de Meuron, ela apresenta um excêntrico jogo de sobreposições capaz de provocar vertigens até no mais resistente crítico da arquitetura moderna.
Ray-E ames -Str. 1, D-795 76 Weil am Rhein . www .vitra. com 33
uma seleção impredível de endereços em são paulo
A Lot Of
Concebida pelo designer Pedro Franco, que sentia falta de um lugar onde o design fosse exposto como merece – como expressão cultural –, esta loja paulistana reúne o melhor da produção nacional, incluindo nomes consagrados e jovens talentos.
Alame da Gabrie l Monte iro da Silva, 256, Jardim Paulis tano. www. alotof. com.b r
MiCasa A arquitetura e o design são levados a sério por aqui e este recado fica evidente mesmo do lado de fora: a vista da fachada de concreto armado em forma de cubo projetada por Marcio Kogan é de tirar o fôlego. Lá dentro, o impacto não é suavizado. Ao longo dos salões e dos anexos, sucedem-se peças nas quais a provocação é o adjetivo que mais rápido vem à mente. Entre as marcas representadas, estão as corajosas Mooi e Swivel.
Rua Estado s Unidos , 2.109, Jardim Améri ca. www. micas a.com .br
Conceito Firmacasa Apontada como a responsável por colocar a Alameda Gabriel Monteiro da Silva no circuito internacional do design, com suas ótimas lojas enfileiradas, essa concept store foi a primeira do gênero no país dedicada aos assuntos da casa. Em seu interior, peças dos irmãos Campana dividem espaço com nomes de fora, numa democracia das mais invejáveis.
Al. Gabriel Monteiro da Silva, 1.522, Jardim Paulistano. www.conceitofirmacasa.com.br 34
Desmobilia A marca curitibana especializada em móveis e peças vintage adotou de vez a Pauliceia como lar e mudou para lá o seu showroom. Assim como nosso saudoso endereço curitibano, ela reúne peças garimpadas, restauradas e customizadas pela equipe de criação da casa.
Rua Mateu s Grous, 401, Pinhei ros. www. desmo bilia.c om.br
verticecom.com.br
sua vida, suas atitudes
Ambientes Personalizados Cozinhas | Dormitórios | Salas | Escritórios | Áreas de Serviço | Banheiros 60 lojas exclusivas em todo o Brasil | 0800 702 8500 | www.evviva.com.br Rua Saldanha Marinho, 1325 - Batel - Curitiba - PR evviva@evvivacuritiba.com.br - T (41) 3324.2346
TENDÊNCIAS
TUDO NOVO! AS FEIRAS EUROPEIAS JÁ PASSARAM O RECADO E NÓS LISTAMOS AS TENDÊNCIAS MAIS QUENTES PARA A SUA CASA NESTA TEMPORADA
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s grandes feiras de design de Milão e Paris são um marco no calendário de arquitetos de todo o mundo. A razão é fácil de entender. Tanto o Saloni quanto a Maison & Objet reúnem as mais importantes fabricantes de móveis e peças de decoração da atualidade. Um passeio pelos seus intermináveis corredores revela as novidades trazidas pelas marcas, com uma diversidade de formas, cores e materiais planejados para colocar qualquer milímetro de uma casa em evidência, não raro fornecendo aos visitantes o deleite de ver peças recém-lançadas ou mesmo protótipos. Sem contar a experiência única de vislumbrar em um mesmo espaço as tendências que vão despontar neste segmento. Como nem todo mundo pode se deslocar para o lado de lá do Atlântico, a MAIS resolveu trazer para cá uma seleção dos produtos e modismos que vão dar o que falar nesta temporada. Aproveite! 36
s
concretado
Móveis feitos em concreto ou que pelo menos exibem uma camada dele como revestimento e que antes eram restritos às áreas externas vêm ganhando cada vez mais espaço nos ambientes internos. A Concrete by LCDA, por exemplo, apresentou no salão francês uma coleção de móveis feitos a partir do material. Apesar da dureza e do toque frio, as peças não são pesadas nem tampouco impessoais. Já a alemã Mensch Made preferiu reservar o seu uso para a produção de acessórios.
tramados Pontos de crochê e tricô excessivamente grandes tomam conta dos tapetes, almofadas e sobem até os sofás e poltronas. A coleção criada pela designer espanhola Patrícia Urquiola para a Gan é o ícone desta nova tendência que, pelo jeito, vai fazer muita gente trocar as festas pelas noites de cinema em casa.
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ecológicos O senso ecologista de que devemos acabar de vez com o desperdício das matérias naturais e colocar um ponto final a toda e qualquer forma de poluição ecoa de maneira cada vez mais persistente entre os designers de móveis. Nos últimos anos, o número de profissionais e empresas que apostam suas fichas na fabricação de peças feitas em papel e papelão não para de crescer. A desconfiança dos consumidores, contudo, ainda existe. Uma pena. Porque as mesas, cadeiras, poltronas, luminárias e até mesmo divisórias em papel podem ser tão confortáveis e resistentes quanto seus similares feitos em madeira. Com a vantagem de serem constituídos de matéria-prima reciclada, o que deixa a consciência leve também.
brilhantes Nem ouro nem prata. Desta vez é o cobre o metal a brilhar sobre as prateleiras das estantes e nas salas de jantar, sob as mais variadas formas de objetos decorativos, louças e serviços de jantar. Alguns criadores, felizmente, fugiram a esse lugar-comum e colocaram o material também sobre as mesas e luminárias. O inglês Tom Dixon foi um deles.
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ico
d acento nór
Já faz uns bons anos que o estilo nórdico anda ditando suas regras no setor moveleiro. E, pelo visto, nada disto vai mudar. Para sorte de quem ama peças bem construídas, com pernas torneadas, estruturas claras, assentos macios e toques de cor que fogem ao comum. Nos projetos, a influência escandinava é marcada pelo autocontrole na hora de escolher e dispor as peças num ambiente. Nada nunca é demais. Menos para as estampas. Elas são os únicos elementos a ganharem carta branca e a ocuparem todo e qualquer espaço livre.
destac ados Saída diretamente das passarelas da moda, a tendência dos barrados em cores fortes invadiu o mundo dos tecidos, estofados e até mesmo das porcelanas. É verdade que esta é a tendência da temporada com maior probabilidade de ficar datada no ano que vem. Mas, como os itens em questão são realmente tentadores e boa parte dos produtos não chega a ser assim tão cara, o gasto vale a pena. 39
po
túnel do tem
Os tempos mudaram, mas os pés palito e a fórmica dos anos 60 seguem ornamentando a estética doméstica de muitas casas. Sobretudo dos mais jovens. O estilo retrô parece atrair de maneira especial os homens e mulheres que decoram suas primeiras casas. A indústria, sabendo disto, não mostra o menor acanhamento em se aproveitar desta relação saudosista com o tempo dos pais ou avós dos seus clientes. A designer britânica Orla Kiely anda explorando como ninguém este segmento.
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nais
multifuncio
Para muita gente, o sofá é o centro do lar. Werner Aissingler, arquiteto alemão, parece ter levado isto ao pé da letra na hora de projetar a coleção Bikini Landscape para a editora italiana Moroso. Nela, espaços de armazenagem, mesas, cortinas, bibliotecas e até mesmo vasos foram integrados ao sofá para criar verdadeiras áreas de convívio. Ou lares completos, dependendo do caso e do tamanho do apartamento. Em algumas das possíveis combinações do projeto, uma cama de solteiro e até um leito de casal podem ser fixados à estrutura.
afetivos Memórias de infância, tons pastel e uma certa nostalgia presente nas formas dos móveis e objetos parecem querer dizer aos consumidores que o tempo das linhas puras e racionais ficou para trás. Nosso tão desejado século 21, quem diria, é sensível. Adesivos e papéis de parede carregam cores de outros tempos e padronagens que vão das flores românticas às geometrias mais psicodélicas, mas também dividem espaço com pássaros e rabiscos de criança.
naturais Sustentabilidade é a palavra de ordem deste novo século e quando se fala em decoração ela ganha uma força além do normal. Porque a madeira agora utilizada em boa parte dos móveis vem acompanhada de certificados que garantem sua boa procedência (leia mais na matéria De Madeira!) e é bastante comum encontrar peças feitas a partir de matérias-primas tecnológicas que dispensam o corte de qualquer árvore. Nesta lista, entram o já citado concreto, o plástico, o polipropileno e o vidro. Outro aspecto interessante desta busca pelo natural que anda rondando a cabeça dos designers é a obsessão deles em reproduzir as formas e as cores das plantas, animais e até mesmo paisagens e outros elementos da natureza em seus móveis. Caso dos designers do escritório turco Autoban e sua mesa-nuvem.
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na prática Fotos_Gerson Lima
Consultamos os arquitetos Luiz Maganhoto e Daniel Casagrande para saber quais tendências não vão faltar em seus projetos
A variação dos tons de cinza mais saturados até os mais suaves é uma das apostas da dupla. A cor faz parte da concepção arquitetônica e aparece desde o chão, de concreto aparente ou cimento queimado, até as paredes e móveis. “Para compor uma paleta de cores mais interessante, pinceladas e composições geométricas de vermelho, azulmarinho com suas listras em estilo navy, roxo e lilás”, recomendam. "No mobiliário, o foco vai para as linhas retas bem exploradas, mas sem perder o conforto e a praticidade”, indicam, lembrando que o vintage, para eles, ainda é o grande destaque. “Tecidos encorpados, tricô e renda imperam porque chamam a atenção para os detalhes e as composições”. “Os papéis de parede aparecem como grandes articuladores na hora de acrescentar texturas que combinem com a estação, seja o linho, o couro, o treliçado, o rendado ou os aspectos retrô”. “O animal print (estampas de animais) chega com força total e vai muito bem em almofadas e tapetes”.
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biografia Panton, Arco, Bertoia, Tulipa, Swan... Hoje esses nomes fazem parte da história do design contemporâneo e são presença obrigatória nos projetos de decoração. Que tal saber um pouco mais sobre eles?
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Diamond Chair de Harry Bertoia
Esta poltrona foi uma das primeiras peças de mobiliário a ser produzida a partir de fios de metal dobrados e torcidos, daí toda a sua fama. Quem deu o crédito ao projeto superinovador do designer italiano Henri Bertoia foi a Knol Associates, uma das mais importantes e influentes companhias de design do século XX. Mesmo sem conhecer muito bem o designer, o pessoal da fábrica decidiu apostar no talento e nas boas ideias de seu criador. Para a nossa sorte.
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Arco de Achille Castiglioni
A luminária Arco, editada pela italiana Flos, foi desenhada em 1962 pelo gênio italiano do design, Achille Castiglioni, para solucionar o problema da iluminação interna nas residências dos seus compatriotas. Sustentada sobre uma base retangular de mármore carraro branco de 55 centímetros, a luminária se ergue a mais de dois metros do chão – altura suficiente para iluminar uma mesa de refeições dispensando totalmente os pontos de luz e furos no teto. Característica que faz dela uma peça representativa na história do design moderno. Aqui no Brasil é um pouco difícil compreender a revolução de formas e usos que ela desencadeou sem uma viagem no tempo, até o pós-guerra, quando os grandes imóveis e palazzos típicos da Itália foram divididos em unidades menores para abrigar todas as famílias italianas desalojadas pelos bombardeios. Muitas vezes, esses novos apartamentos não tinham sequer um único ponto de luz no teto.
gn Sacco de gatti Paolini e Teodoro Até 1968, ano em que o pufe Sacco foi criado pelo trio de designers italianos Gatti, Paolini e Teodoro, a imagem-conceito de um grande saco de couro recheado com espuma como uma peça de design desejável e confortável simplesmente não existia. Foi o desenho simples e impactante do Sacco e seu estrondoso sucesso de vendas em todo o mundo que fizeram nascer essa associação entre conforto e pufe. A peça original é produzida pela Zanotta, na Itália, e vendida na Europa, Ásia e América do Norte. Em seu interior, 12 milhões de bolinhas de poliestireno expandido conferem a ele sua característica mais importante. 45
Egg, Swan e The Ant de Arne Jacobsen Arquiteto de formação, o dinamarquês Arne Jacobsen entrou para a história como um dos mestres da escola escandinava de design graças aos seus projetos mobiliários. Sua fama era tanta que no final dos anos 50 ele foi chamado para projetar um hotel que representasse o espírito contemporâneo e vanguardista de seu país. Resultado: ele não só criou um marco arquitetônico no centro de Copenhague como deu ao mundo algumas das cadeiras mais copiadas dos nossos tempos. A Swan, com o seu espaldar baixo e forma inspirada em um cisne, e a Egg, com sua forma de ninho, foram desenhadas para o saguão do hotel Radisson SAS e lá continuam até hoje. Já a cadeira Ant, cujo assento de madeira lembra a silhueta de uma formiga e dotada de apenas três pernas, saiu das pranchetas direto para as mesas dos refeitórios de uma indústria farmacêutica, também na capital dinamarquesa. 46
RAR de Charles e Ray Eames
foto: fernanda peruzzo
Acrônimo para Rocking Armchair Rod, esta cadeira de balanço foi o primeiro sucesso comercial da dupla de designers norteamericanos Charles and Ray Eames. Apresentada pela primeira vez ao Museu de Arte Moderna de Nova Iorque em 1948, seu assento em forma de concha era então feito de fibra de vidro moldado em uma peça única. Essa quase-escultura ficava afixada às pernas de metal cujo desenho imita a base da Torre Eiffel. Anos depois, o assento passou a ser produzido em plástico e, com a facilidade das linhas de produção, tornou-se um best-seller. Hoje, o material usado pela Vitra, editora que detém seus direitos de fabricação, é o polipropileno, mais leve e resistente.
PH Louvre de Poul Henningsen Apesar do nome da peça e o do seu criador não serem exatamente populares, a luminária de formato arredondado é. O pendente faz parte de uma série nascida em 1942, especialmente para uma exibição em Paris, e sobre a qual o designer trabalhou ao longo de sua vida. Em todas as peças, ele brincou com os volumes e formas que surgiam da união de diferentes placas de metal ou plástico a suportes discretos. No caso desta, foram utilizadas 13 placas. Número que parece não ter incomodado nem o Sr. Poul nem a Congregação da Igreja Adventista de Skodsborg, que encomendou a peça em 1957, para decorar a igreja da cidade.
Wassily de Marcel Breuer Arquiteto e designer, Breuer revolucionou a produção mobiliária ao usar tubos metálicos na produção de cadeiras e poltronas. E esta, cujo nome rende uma homenagem ao amigo Wassily Kandinsky, criou furor ao ser mostrada em público pela primeira vez. Não pela homenagem ao pintor, mas sim pelo seu método de construção: ela foi a primeira cadeira a ser construída a partir de tubos curvados. 47
Side Chair nº14 de Michael Thonet Esta é simplesmente a primeira cadeira produzida em escala industrial no ocidente. Sua concepção data de 1859, ano em que o alemão Thonet colocou os funcionários de sua indústria para trabalhar na montagem de uma cadeira constituída de seis peças únicas de madeira que, quando fixadas umas às outras por meio de parafusos, resultavam num belo e confortável assento. À parte suas curvas bem moldadas e sua resistência apesar da aparência frágil, o que chamou a atenção do mundo na época para essa peça foi mesmo o método usado em sua produção. Para reduzir custos e agilizar os processos, Thonet montou uma planta industrial na Moravia, hoje República Checa, e organizou seus operários em linhas de montagem muito antes do conceito de produção em série ter sido lançado pelo americano Henry Ford.
Tam tam de Henry Massonet Se a banalização é o efeito colateral mais visível do sucesso, então esta peça criada em 1968 é, sem dúvida, um dos maiores hits do último século. Nascida do desejo do designer francês Henry Massonet por uma peça que fosse ao mesmo tempo leve, simples e confortável, ela conquistou o mundo após aparecer sob o cobiçado derrière de Brigitte Bardot. Na época, a musa falou sobre a praticidade da peça e ajudou a vender nada menos que 12 milhões de unidades até meados dos anos 70!
The Hill House de Charles Rennie Mackintosh Esta cadeira de espaldar alto, linhas retas e quadriculado indefectível foi criada em 1900, pelo arquiteto escocês Charles Rennie Mackintosh, como parte do mobiliário imaginado por ele para a residência de Walter Blackie, batizada The Hill House, daí o seu nome. Mesmo tendo sido feita para um cliente particular, a cadeira caiu nas graças dos consumidores ávidos por design e se tornou um dos primeiros sucessos de público da história do design contemporâneo. Que o digam as milhares de cópias que existem por aí… 48
pequenos espaços
g r a n de fotos: fernanda peruzzo
T
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em gente que mora em apartamentos pequenos por obrigação, outros por falta de dinheiro. Mas há aqueles que preferem a praticidade e o aconchego dos metros quadrados reduzidos. E é sobretudo para eles que as soluções decorativas que criam a sensação de um cômodo maior fazem mais sentido. Porque, apaixonados por seus pequeninos lares, tudo o que eles buscam é ampliar o bem-estar que sentem quando estão lá dentro. Claro, se entre os cantos aparentemente inúteis for possível encaixar um armário ou um sistema de organizadores, tanto melhor. Felizmente, para eles e todos aqueles que se apertam entre quatro paredes, os arquitetos sempre têm na ponta da língua uma série de truques decorativos que caem muito bem. Como a infalível pintura das paredes em cores escuras. Antes que você solte um grito de descrença, afirmando que isto é uma afronta ao conceito das paredes brancas para engrandecer os ambientes, o arquiteto Jayme Bernardo defende essa polêmica tese: “Quando se pretende enfatizar ou criar uma sensação de profundidade a utilização de cores mais fortes favorece o projeto de maneira satisfatória. Combinar tecidos com estampas listadas também ajuda a explorar a horizontalidade, o que auxilia a criação de um espaço amplo, ou a verticalidade, cujo intuito é insinuar um pé-direito mais alto”. Isso dito, fica liberado o investimento em cortinas listradas, almofadas floridas, papéis de parede com arabescos e tapetes retrô. Para outras ideias tão controversas e eficientes quanto essa, conversamos com profissionais da cidade e selecionamos os melhores conselhos do mercado. Aproveite!
Decorar grandes salões é fácil. Difícil é transformar pequenas áreas em zonas de convívio confortáveis e bem equipadas
s ideias
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Uma sala longa e estreita sempre parecerá mais larga quando um espelho for instalado em uma das paredes laterais. Posicionado próximo a uma janela, sua eficácia é dobrada: a luz refletida sobre ele iluminará a peça e abrirá ainda mais o espaço.
A composição harmônica de cores entre as paredes e os móveis evita contrastes desagradáveis que chamam a atenção para as dimensões do ambiente. Por exemplo, móveis escuros ou pretos em locais cuja cor dominante seja clara devem ser evitados. Afastar o sofá da parede dá profundidade à sala. Além de ceder espaço extra para a circulação ou para acomodar uma escrivaninha, junto ao fundo do sofá, ou uma estante baixa para acomodar livros, CDs e aparelho de som. Se este deslocamento for impossível, afaste o móvel apenas o suficiente para colocar atrás dele um vaso com uma planta alta. Pintar portas, esquadrias e paredes na mesma cor dão continuidade ao plano. E isso reforça a sensação de amplitude. 52
marcelo stammer
efeito Ótico
maria roesler fernanda peruzzo
A luz cria volumes e eles são os maiores responsáveis pelo engano ótico que abre e engrandece as peças. Por isso, capriche na iluminação indireta, equipandose com uma boa variedade de abajures, arandelas e luminárias de chão, como sugere o arquiteto Maurício Pinheiro Lima, responsável pela transformação do pequeno imóvel onde hoje funciona o Lucci Meeting Club. Se possível, escolha peças de diferentes formatos, tamanhos e alturas e as posicione no nível do chão, a meia altura e bem altas. Lâmpadas embutidas em prateleiras, também ajudam. Grandiosidade e extravagância cabem muito bem em espaços pequenos. Nossa razão entende que estampas e móveis extragrandes costumam ser usados exclusivamente em áreas avantajadas e, por isso, julgará a pequetita sala de estar onde uma estante se ergue do chão ao teto como sendo uma área grande. Espelhos em tamanho G encostados (não fixados) a uma das paredes ou uma poltrona superdimensionada criam efeito semelhante. No quarto de dormir, as cabeceiras altas é que exercem esse papel. Aplique revestimentos de piso diferentes. Nas salas onde a cozinha é aberta, a mistura e um piso para cada uma das áreas cria uma divisão imaginária que identifica e delimita os seus usos e, olha só, faz tudo parecer maior. Transforme as paredes em móveis de armazenagem. Instalar estantes e prateleiras que cheguem até o teto sugere ao olhar um deslocamento vertical, o que por sua vez parece aumentar o pé-direito.
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espaço
para tudo
Móveis de apoio e banquetas empilháveis ou multiuso foram feitos para quem vive apertado. Pufes com baú que podem servir de mesa lateral quando as visitas não estiverem na sua casa são um ótimo exemplo. Ou banquetas empilháveis, que podem ser posicionadas no canto da sala, formando uma espécie de escultura, e facilitando a circulação interna. O sofá-cama elimina o colchão de hóspedes; a cama-baú dobra o espaço de armazenagem; a bancada com pia e fogão elétrico embutidos economiza espaço e ainda serve de mesa nas cozinhas integradas. “No quarto, uma bancada de trabalho pode servir também como mesa de cabeceira”, aponta a arquiteta Gisela Carnasciali Miró. Escadas são excelentes estantes. Os degraus parecem feitos para acomodar livros, peças de decoração e vasos. Ou sapatos, se esta for a coleção mais importante da casa. Neste caso, as laterais ainda podem receber pequenos ganchos e servir como cabideiro.
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fotos: fernanda peruzzo
Não dizem que a diversidade da natureza é o estopim para as boas criações da humanidade? Pois o mesmo acontece com os projetos de interiores. Quanto menor o espaço disponível para guardar, organizar e viver, melhores são as soluções arquitetônicas e decorativas!
divulgação
Não é porque o banheiro é pequeno que ele deve ser desconsiderado como guardião de todos os cosméticos, toalhas e artigos de higiene pessoal. O que ele precisa são apenas de algumas prateleiras bem instaladas. Sabendo onde estão as tubulações de água, ninguém precisa ter medo de furar os azulejos. Espelhos com armário e cabides retráteis liberam espaço no chão e ampliam as possibilidades de armazenagem. Na hora de escolher uma cama, dê preferência para os modelos altos e aproveite todo aquele precioso espaço embaixo dela para guardar sapatos, roupa de cama, cobertores ou objetos pessoais. Estes itens podem ficar dentro de caixas de plástico, pano ou papelão, ou ainda podem ocupar gavetões de madeira construídos sob medida. Comece a olhar para as portas com mais atenção. Elas são muito mais do que simples divisórias. Sobre a madeira, ganchos e cabideiros acomodam as bolsas, chapéus, lenços e cachecóis. Sobre o batente, instale prateleiras estreitas e coloque ali os objetos leves de escritório ou mesmo quadros e artigos decorativos. A mesma lógica vale para as portas dos armários da cozinha e do guarda-roupa, que facilmente podem se transformar em espaços extras de armazenagem. Na cozinha, placas furadas de aço galvanizado, madeirite ou placas vazadas de alumínio podem ser coladas na parte interna das portas, dando a elas a nova função de suportar acessórios como raladores, descascadores de legumes, cortadores de queijo, abridores de garrafa, descanso de panelas, potes de tempero ou mesmo panos de prato. No guarda-roupa, instale porta-gravatas e ganchos estreitos para acomodar os cintos ou bijuterias. 55
Selecionamos alguns projetos de decoração que qualquer um pode fazer. Até quem não tem jeito para a bricolagem
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fotos: fernanda peruzzo
Mesa rapida A última troca do jogo de pneus do seu carro pode até ter esvaziado a sua carteira, mas que tal encarar a pilha de borracha usada como matéria-prima para uma nova mesa? Com tinta acrílica e borrifador (ou uma lata de spray), na cor que você preferir, pinte a superfície dos pneus velhos e deixe secar. Compre uma lâmina de vidro temperado, na medida da sua nova mesa. Empilhe os pneus na altura que desejar, acomode o vidro sobre eles e, voilà: pode se sentar e colocar os pés em cima!
Boa sacada Sacas de café podem ser transformadas em cestos para organizar a casa, estocar frutas ou alimentos, guardar objetos ou mesmo dar ares mais interessantes à lavanderia e ao tradicional (e chato) cesto de roupas sujas. Para isso, basta criar uma estrutura para elas a partir de um simples cesto de metal, daqueles vazados, e “vesti-la” com as estopas vazias. Os modelos de plástico também podem ser usados, desde que tenham uma cor discreta.
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ordem Para uma estante ou um sistema de armazenagem pouco convencionais, porém, bastante ecológicos, separe a maior quantidade de caixas de armazenamento que você puder. Dê preferência para aquelas de formato redondo, feitas de papelão. Com a ajuda de um martelo, alguns pregos e mãos francesas, crie um suporte para acomodá-las presas à parede. Quem tiver talento para a marcenaria, pode tentar recriar uma estrutura igual a esta da foto.
toque de
mestre
Os palets, aqueles estrados de madeira usados no transporte de cargas, são tão versáteis que se tornaram sinônimo de projeto de bricolagem. Quem tem sorte de encontrar peças inteiras e bem construídas pode usá-las como base para sofás. Para isso, basta empilhá-las na altura desejada e acomodar um bom colchão por cima. Ele fará o papel de assento. Para o encosto, espalhe dezenas de almofadas, de diversos tamanhos e espessuras sobre ele. Outra ideia para o reaproveitamento deste material é fixá-lo sobre uma parede, aproveitando o desenho de sua estrutura como divisórias para uma estante diferente ou mesmo um móvel organizador para a cozinha. 60
fotos: fernanda peruzzo
tudo em
direto da feira Para as caixas de frutas feitas em madeira poderem reinar nas cozinhas, arme-se de alguns parafusos, buchas, chave de fenda e uma furadeira e transforme-as em prateleiras. Com o aparelho, faça dois furos no fundo de cada caixa. Marque a posição e a altura na parede escolhida e fure-a também. Em seguida, é só acertar e apertar os parafusos. Quem prefere trabalhos mais elaborados, ou tem um fim de semana em branco pela frente, pode decorar a cozinha inteira com elas, usando-as como peças para um conjunto de armários abertos. Para dar firmeza ao grupo de caixas, é interessante usar pequenos ganchos ou abraçadeiras, encontrados nas lojas de material de construção. Se a ideia de um móvel feito de caixas de frutas agradou, mas é o seu escritório que anda precisando de um reforço, crie uma biblioteca com elas! Em ambos os casos, prefira os modelos mais sólidos, feitos com madeira de verdade. Por fim, que tal partir para o mais básico dos projetos que é transformar velhas caixas de madeira em mesinhas laterais? Tudo o que você precisa fazer é acomodar uma sobre a outra. Que tal?
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fotos: fernanda peruzzo
bem resolvido Duas banquetas velhas e um armário de parede que não tem a menor chance de ser afixado é tudo o que você precisa para criar este balcão. Claro, furadeira, buchas e parafusos também. Com o aparelho, faça os furos que vão garantir o contato entre o móvel e seus novos pés.
estoque escolar Inclua umas três dúzias de lápis pretos na lista de compras do material escolar e, com a ajuda da cola quente, crie uma cúpula um tanto... Esperta! Aproveite a estrutura de metal de uma cúpula que esteja condenada e cole os lápis, lado a lado, sobre ela. 62
mural decorativo Coloque todas as milhares de fotos armazenadas nos celulares e discos rĂgidos a serviço da sua casa. Imprima suas imagens preferidas e cole-as sobre uma parede da sala ou do escritĂłrio, tomando o cuidado de realmente cobrir a parede, criando assim esse aspecto de mosaico.
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pes ligados
fotos: fernanda peruzzo
Canos de metal não servem apenas para conduzir água quente ou fios de eletricidade. Eles podem também dar sustentação a uma mesa de jantar. Com os conectores próprios para estes tubos, é possível criar uma estrutura completa, desde a base do tampo até os pés. Chave inglesa e controle da força para apertar os joelhos e ligações sem amassar tubos também são úteis.
centro das
atencoes
Uma porta velha pode ser o detalhe que faltava na sala de estar. Livre de qualquer possível camada de tinta, deite-a sobre uma base formada por tijolos de concreto. Sobre ela, acomode notas, cartas antigas ou mesmo rascunhos de texto e, por cima de tudo, coloque uma lâmina de vidro.
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casa dos jetsons Quem nunca invejou a rotina doméstica ultratecnológica da família Jetsons, do homônimo desenho animado criado pela dupla Hanna Barbera e que ajudou a formar o imaginário de tantas crianças (e adultos) nos anos 80 e 90? É verdade que ainda hoje a governanta e faz-tudo da casa, Rosie, e os carros-voadores continuam sendo um elemento de ficção. Mas você já parou para pensar em quantas das invencionices que pareciam sonho de escritor superotimista fazem par te da nossa vida cotidiana? Para provar que nossas casas andam mais geeks, listamos alguns dos brinquedinhos oferecidos por aqui por empresas especializadas em encher nossos lares de confor to...
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desembaçador de espelhos
central de aspiração Adeus aparelhos que atrapalham a ordem dos armários! Como o nome sugere, esse sistema nada mais é que um aspirador de pó central, cujo acesso se dá por meio de tubulações alojadas dentro da parede e instaladas em diferentes cômodos da casa. O motor de sucção aspira e envia o pó, e toda sorte de sujeira, menos água, para uma central implementada em local separado, longe das áreas sociais. Para usá-lo, basta conectar um cano à saída destes tubos. O cano, de 9 metros, é semelhante ao das barulhentas máquinas convencionais. E, por falar em barulho, a segunda vantagem desta muito bem pensada ferramenta doméstica é o baixo nível de ruído. A terceira fica por conta do nível de limpeza e purificação, pois o sistema da central de aspiração é de cinco a oito vezes mais potente e garante uma limpeza e purificação do ar que pode chegar a até 99,97%.
aquecimento Se o ar-condicionado é sabidamente o sistema mais indicado para resfriar um ambiente, aqui pelo Sul do Brasil – onde o que interessa mesmo é manter os cômodos quentes durante o inverno –, o termo split soa como música ao ouvido graças a sua função de aquecimento. Os modelos mais modernos, chamados split inverter, utilizam um gás ecológico que não agride a camada de ozônio e um tipo de compressor que varia a frequência de acordo com a demanda, garantindo uma economia de até 40% de consumo de energia em comparação aos sistemas convencionais. Benefício número dois: nível de ruído próximo a 0.
Colocar lentes de contato, acertar a maquiagem ou fazer a barba após um banho quente sem ter que abrir a porta do banheiro para se livrar do vapor d’água que insiste em embaçar o espelho a sua frente pode não ser nenhum fim do mundo, mas que faz muita gente perder tempo – e o humor – ah isso faz. Daí a boa sacada dos fabricantes deste sistema, que mantém as superfícies reflexivas sempre limpas. Um adesivo de poliéster colado atrás dos espelhos é que faz todo o serviço. A energia elétrica faz funcionar as resistências presentes neste fino adesivo que, por sua vez, aquece o espelho a uma temperatura média de 35ºC. Normalmente conectado ao mesmo circuito elétrico que alimenta as lâmpadas acima (ou ao lado) do espelho, ele é acionado sempre que se acende a luz. O nível de consumo energético é baixo e o de segurança bastante alto, mesmo em uma área tão úmida quanto a do banheiro. 67
direto da fonte A automação residencial é a nova menina dos olhos do segmento de luxo do mercado nacional da construção civil. Agora, além de todos os aparatos de segurança e as criativas áreas de lazer, as construtoras que desejam se destacar e conquistar o exigente consumidor das classes mais abastadas precisam incluir no pacote básico a infraestrutura necessária para a instalação dos sistemas de automação; quando não, os próprios sistemas em si. Como revela nesta entrevista o diretor de marketing da construtora Partilha, Antonio Carlos Marques Júnior, uma das primeiras a apostar neste complexo extra. Quais são os sistemas de automação que já fazem parte da realidade do brasileiro e como eles funcionam? ACMJ. A praticidade que os meios eletrônicos prometiam nas histórias de ficção científica hoje é realidade. O controle de utensílios domésticos a distância se tornou possível. Ligar o home theater, fechar persianas e mudar a temperatura do ar-condicionado usando um iPhone ou iPad são algumas das possibilidades oferecidas. Pelos visores sensíveis ao toque dos aparelhinhos consagrados pela Apple, é possível por exemplo subir ou baixar persianas motorizadas, acionar um projetor e o telão. Com caixas de som em diferentes cômodos da casa, eles permitem ligar o som na sala e ouvir no quarto ou na cozinha, por exemplo. O sistema de luzes do apartamento também pode ser todo controlado por eles.
Como é feita a implantação de um sistema destes? Os custos são ainda muito altos? ACMJ. A automação requer uma estrutura de instalação elétrica específica. Se o apartamento ou casa já tiver isso, a necessidade de obra é reduzida. Só é preciso instalar os equipamentos escolhidos. Caso a residência não tenha nada disso, será preciso realizar uma obra muito maior.
Você acredita que essas tecnologias vão se popularizar no Brasil, ou elas serão sempre elitizadas? ACMJ. A tendência é ficarem mais acessíveis sim. Já estão bem mais acessíveis do que há anos. A tecnologia sem fio permite a instalação em casas prontas, sem a necessidade de reforma. Desse modo, comercializando em massa, o preço cai. Hoje, com investimento de R$ 5 mil é possível instalar automação luminotécnica, incluindo o sistema de controle nos interruptores, em uma sala de cerca de 20 metros quadrados.
De que maneira estes sistemas modificam/facilitam a rotina dos moradores? ACMJ. A automação traz muitas possibilidades que facilitam o dia a dia. As pessoas querem explorar a tecnologia para o seu bem-estar e qualidade de vida. Outro ponto importante é que ela ainda ajuda na redução do consumo de energia. É possível controlar a intensidade da luz e desligar aparelhos eletrônicos que não estão sendo usados. Pelo menos 80% da automação residencial está focada no consumo de energia. Controlando a intensidade das lâmpadas e desligando automaticamente equipamentos eletrônicos após determinado período sem uso, há uma economia substancial. 68
Moradas breves Portátil, design, subaquático… Estes projetos de hotéis no exterior brincam com os nossos conceitos de hospedagem e estimulam a nossa imaginação
hotello
Imaginado pelos italianos Antonio Scarponi e Roberto Deluca a pedido do escritório suíço Das Konzept, este hotel portátil ironiza os nossos sentidos de privacidade e proteção, além de dar um tapa na cara de quem acha que não tem espaço para nada em casa… Dentro de uma mala de metal, com aparência vintage superbacana, aliás, encontra-se toda a estrutura necessária para montar um quarto. Minimalista, é verdade, mas um quarto. E dos confortáveis, composto por uma cama, uma escrivaninha e um espaço para guardar as roupas. Cortinas de tecido leve fazem o papel de divisória, garantindo a privacidade dos seus ocupantes bem como a divisão do espaço, no caso de grandes galpões, lofts e fábricas abandonadas. Locais estes cuja ocupação inspirou o projeto, que por enquanto não passa de um protótipo, exposto em Milão, durante a feira de design, para discutir exatamente esta questão do uso dos espaços ociosos.
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het arresthuis
O prédio pode não ser o mais convidativo, mas a sua ambientação… Instalado dentro de um antigo presídio do século 19, esse hotel holandês convida seus hóspedes a passar a noite em confortáveis celas. Muitíssimo bem ornamentadas, com peças de design contemporâneo, lustres de cristal e muito, muito luxo! Após uma longa reforma iniciada em 2007, as 105 celas originais – que abrigaram os maus elementos da região de Roermond, no interior da Holanda –, foram convertidas em 40 suítes abertas para o vão central, onde está também o corredor. Na área externa, nada de cercas. Um jardim repleto de oliveiras acomoda as mesas de um dos cafés. 70
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fotos: divulgação
new hotel
Os irmãos Campana assinam a decoração deste hotel, inaugurado há pouco tempo em Atenas, na Grécia. Dentro do prédio, uma mistura de mitologia, história, cultura grega e adereços brasileiros. Entre as 79 suítes, algumas rendem homenagem aos personagens mitológicos. Outras, aos templos, palácios e sítios arqueológicos que atraem tantos turistas para a capital. Em todas elas, os hóspedes encontram exemplares de peças famosas assinadas pela dupla de designers, como a cadeira Favela. Os mais sortudos poderão dormir em meio a obras únicas, criadas especialmente para o hotel, como os esculturais revestimentos de parede. Nas áreas do lobby, do restaurante e na recepção, o passeio estético não fica por menos. newhotel.athenshot
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Este é o projeto do maior hotel subaquático do mundo. Obra dos poloneses da empresa Deep Ocean Technology, especializada em desenvolver veículos e equipamentos subaquáticos, será construído sob as águas que banham Dubai. Claro. O emirado é famoso por suas estripulias arquitetônicas. O prédio terá duas estruturas principais em forma de disco, uma acima da linha do mar e outra mergulhada nele. Conectando uma à outra, haverá uma estrutura composta por cinco colunas, nas quais serão instalados os elevadores e as escadas. O disco submerso contará com 21 suítes, todas devidamente equipadas com janelas panorâmicas, com vistas inacreditáveis da paisagem marinha, um bar e um centro de mergulho.
vinhos do mês . vinhos do mês . vinhos do mês . vinhos do mês . vinhos do mês
vitrine Marius rouge 2011 (M. Chapoutier)
Domaine Tournon Mathilda Shiraz 2010
Delicioso tinto elaborado por Chapoutier no Languedoc Roussillon. As duas variedades utilizadas no corte têm raízes no Rhone: Syrah e Grenache. O resultado é um vinho alegre, descontraído, frutado e com agradável frescor. Ideal para acompanhar carnes leves, aves, massas e risotos. Produtor > M. Chapoutier País > França Região > Languedoc-Roussillon Tipo > Tinto Uva > Syrah e Grenache Graduação alcoólica > 13,5% preço..................................................... R$ 57,00
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Na contramão dos Shiraz cheios de notas de madeira, o Mathilda Shiraz é maturado em tanques de concreto, combinando a fruta intensa e macia da casta com um admirável frescor, que lhe renderam nada menos que 91 pontos de Robert Parker na safra 2010. Harmoniza perfeitamente com carnes grelhadas. Produtor > M. Chapoutier País > Austrália Região > Austrália Tipo > Tinto Uva > Shiraz (100%) Graduação alcoólica > 13,5% preço............................................... R$ 90,00
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Santa Carolina Ekun Cabernet Sauvignon Este vinho representa o compromisso da Santa Carolina com a sustentabilidade e o meio ambiente, suas uvas são de cultivo exclusivamente orgânico. De cor vermelho rubi-violáceo, aroma de frutas vermelhas (cassis e mirtilo), frutas escuras (cereja e ameixa) e notas de cedro. No paladar, é seco e encorpado. Apresenta acidez em equilíbrio com taninos finos, final de boca complexo com retrogosto de baunilha e tostado. Para acompanhar carnes vermelhas assadas e carne de cordeiro grelhada. Produtor > santa carolina País > Chile Região > Valle Central Tipo > tinto Uvas > Cabernet Sauvignon Graduação alcoólica >13,5% preço................................................. R$ 56,00
porto a porto*
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* A importadora não comercializa seus produtos para o consumidor final.
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Marques de Borba Tinto Vinho de cor rubi intenso com boa concentração aromática. Destaque para o seu aroma intenso de frutas, amoras, cassis e compota. No paladar, apresenta taninos maduros e bom equilíbrio. Deve ser servido entre 12°C e 15°C. Produtor > João Portugal Ramos País > portugal Região > Alentejo Tipo > tinto Uvas > Aragonês, Trincadeira, Alicante Bouschet e Cabernet Sauvignon Graduação alcoólica >14% Marius de borba tinto..................................R$ 48,00
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INVISTA NO POTENCIAL ECONÔMICO DE TODA UMA CIDADE.
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SUCESSO DE VENDAS DAS UNIDADES % HOTELEIRAS
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Perspectiva ilustrada da fachada
VENDIDAS EM APENAS 4 MESES
A prestigiada revista The European elegeu Curitiba como o melhor destino de investimentos na América Latina. Segundo o estudo Placar da Hotelaria 2015, realizado pelo SENAC, Curitiba apresenta o melhor potencial de investimentos hoteleiros do país. A operação do Hotel será realizada pela renomada Rede InterCity. Estrategicamente localizado em um eixo comercial consolidado na cidade, o Urban Office & Hotel destaca-se por ser o único Hotel com perfil Premium da região. Será o principal hotel de apoio ao Centro Cívico, próximo ao Palácio do Governo, ao novo Centro Judiciário e do futuro Tribunal Regional Federal, excelente tanto para negócios como para o turismo. • Em crescimento contínuo, o PIB de Curitiba, 4º maior do país, destaca-se a cada dia. • • • • •
41 3071.7865 | CYRELA.COM.BR Todas as imagens utilizadas neste material são meramente ilustrativas. Incorporação registrada sob o número R.3 da matrícula nº 65.902 do Livro nº 2 – Registro Geral do Ofício de Registro de Imóveis da 2ª Circunscrição da Comarca de Curitiba, PR. Projeto arquitetônico: Baggio Schiavon Arquitetura. (*) Não contempla custo de mobília e equipagem do hotel. A adesão ao "Pool Hoteleiro" é
ESCANEIE E CONFIRA
compulsória, bem como ao contrato referente a mobília e equipagem. Valores sujeitos a alteração sem prévio aviso.
Incorporação e Construção:
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Este prato não é típico de Curitiba, mas com certeza vai agradar quem aprecia frutos do mar. Ainda mais considerando que a receita vem do talentoso chef Ari Perez, do Armazém Santo Antônio. Confira.
preparo Descongele o camarão. Em uma panela, e no fogo alto, refogue a cebola com o óleo de soja e um pouco de azeite de dendê. Acrescente ao refogado o leite de coco, o caldo de legumes e o purê de mandioca. Mexa bem até que a mistura fique bem homogênea. Coloque o coentro, o sal, a pimenta do reino preta e a pimenta vermelha.
bobó de camarão
À parte, tempere o camarão com sal e acrescente-o à mistura. O tempo total de preparo é de 15 a 25 minutos.
receita 300g de camarão rosa 1 colher de óleo de soja 1 cebola pequena picada azeite de dendê 1 concha de leite de coco 3 conchas de caldo de legume purê de aipim sal pimenta do reino molho de pimenta vermelha a gosto
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Armazém Santo Antônio 41. 3077-5505 Rua Solimões, nº 344, São Francisco www.armazemsantoantonio.com.br www.facebook.com/ArmazemSantoAntonioCuritiba
por milene kanda . m i l e n e k a n d a . w o r d p r e s s . c o m . f a c e b o o k . c o m / M i l e n e K a n d a m i d i a
a cor do ano Milene Kanda é jor nalista especializada em Cosmetologia
De acordo com a Pantone, a cor do ano de 2013 é o verde-esmeralda. Ela está presente na arquitetura, decoração, moda e beleza. Que tal aderir a essa tendência e deixar o espírito de renovação do verde contagiar você?
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charutos, amigos e
m u i ta d i v e r s ã o
Na Bulldog Tabacaria & Cigar Bar, em pleno coração do Batel, os clientes encontram grande variedade de charutos, em um ambiente para lá de confortável e divertido Um local perfeito para se reunir com os amigos, relaxar e apreciar um belo charuto. É o que promete a Bulldog Tabacaria & Cigar Bar, em Curitiba, com o seu agradável espaço lounge preparado especialmente para receber os amantes do charuto. As principais marcas de charutos cubanos podem ser adquiridas e degustadas na loja, inclusive às tardes e nos happy hours, onde o lounge é frequentado por grupos de aficionados que, em torno de um bom charuto, compartilham de animadas conversas durante toda a semana, além dos sábados e domingos. Em um ambiente climatizado e com perfeito sistema de exaustão, a Bulldog Tabacaria & Cigar Bar também oferece bebidas especiais, com carta de vinhos e cervejas, e petiscos saborosos para acompanhar a degustação de charutos. A loja, mesmo durante seu horário de funcionamento, conta ainda com uma área reservada, na qual é possível fazer reuniões privativas.
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“Para os apreciadores de charutos, degustá-los faz parte de um ritual, pois envolve paixão – mesmo que também envolva entretenimento. Quando, onde e o quê fumar são decisões cuidadosamente planejadas. E isto porque um charuto, para ser adequadamente apreciado, exige tempo, atenção e um estado de espírito especial. A finalidade da Bulldog Tabacaria é justamente esta, possibilitar este momento único aos apreciadores, para darem uma ‘pausa na vida’ e relaxar enquanto degustam seu charuto”, explicam Luiz Roberto Farah e Luiz Marlon Mansur, proprietários da loja.
“O charuto é algo que exige respeito. Apela a todos os sentidos, a todos os prazeres, ou olfato, ao gosto, ao tato, ao olhar... Um bom charuto encerra a promessa de uma experiência de puro deleite.” Zino Davidoff
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Bulldog Tabacaria Rua Gen. Aristides Athayde Jr. nº 254, Batel 41. 3029-1299 e 3225-1594 contato@bulldogtabacaria.com.br I bulldogtabacaria.com.br facebook.com/BulldogTabacaria
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elegância moder na
Antenados e elegantes. Foi dessa forma que o CEO da Artefacto, Paulo Bacchi, definiu o estilo dos arquitetos curitibanos que participam da 12ª edição da Mostra Artefacto na sede da loja em Curitiba, aberta no final de maio.
A arquiteta Rosa Dalledone criou um espaço que integra jardim e área de convivência, com cozinha gourmet e sala de estar (foto). Para adequá-lo ao clima de Curitiba, ela instalou o piso aquecido da Hotfloor, usado também por Sharise Gulin em seu Lar Urbano Contemporâneo. Além da calefação, Sharise usou a maior novidade desta edição para compor seus ambientes: os móveis da Artefacto Beach & Country (foto). “Esta é a loja da casa de campo ou de praia. Os produtos utilizam madeira mais orgânica e têm um toque artesanal. É uma novidade em Curitiba que os arquitetos estão utilizando nos espaços com muito sucesso”, afirma Bacchi. 80
O casal Lais e Paulo Bacchi fotos: divulgação
A mostra também foi inaugurada em São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Goiânia. Em cada cidade, a proposta da empresa é convidar parceiros para criar ambientes que ficam em exposição por 11 meses. Em Curitiba, 23 profissionais produziram 17 ambientes. “Em cada cidade existe uma leitura, que varia de acordo com diferenças culturais e climáticas. Há também muito da herança cultural que a miscigenação trouxe ao país”, diz Bacchi.
Scheyla Ciruelos e Leticia Rodrigues, da Hotfloor, com a arquiteta Rosa Dalledone
divulgação renato elkis
LOFT . ivan wodkzinsky
renato elkis
ESPAÇO BEACH AND COUNTRY . rosangela e julia sabbag
SALA ALMOÇO E BISTRÔ . luciana patrao e sergio valliati 81
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indústria do
conforto Destaque mundial na indústria do conforto, a Maxflex é reconhecida como empresa referência quando o assunto é Qualidade de sono
Única empresa brasileira com certificação ISO9001 nos escopos Desenvolvimento, Produção e Comercialização. Os últimos 2 anos foram marcados por um aporte de capital de mais de 3 milhões de euros investido em tecnologia europeia com destaque para as exclusivas máquinas italianas de alta performance. Entre as mais recentes aquisições estão o complexo Max Power Coil system que permite a produção de molejos pocket com 2000 molas e o MaxForm System, um maquinário que constrói o inimaginável em geometria de última geração, produzindo camadas desenhadas que proporcionam exclusivos pontos de apoio para as regiões mais pesadas com notas suaves do conforto para um sono restaurador.
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O alto investimento se completa com matéria primas desenvolvidas com exclusividade para a indústria Maxflex, além das adquiridas em feiras mundiais da indústria do conforto. Alta tecnologia com materiais nobres e uma equipe de mais de 100 profissionais que trabalham incansavelmente, mas motivados pela escolha consciente de clientes que buscam em suas noites a excelência do descanso, traduzem a Maxflex atual. E o momento é de comemoração, com a inauguração da Maior loja de Colchões do Mundo, e a apresentação da Coleção Maxflex 2014, comercializada exclusivamente nas seis lojas da rede. A Maxflex almeja a excelência nos seus produtos e serviços, reconhecendo que sempre existirá algo a ser melhorado.
VITRINE+
por marta xavier
A Vitrine+ inaugura um espaço dedicado ao design para a casa. A coluna reúne produtos que podem incrementar a nossa vida e representar nosso lifestyle. Porque se antes eles eram comprados por conta de sua performance, hoje as pessoas escolhem os itens que acreditam estar descrevendo melhor elas mesmas. A cada edição, essa vitrine acompanha o tema da revista e apresenta uma seleção de peças escolhidas entre lojas brasileiras e locais.
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hiperfashion E
por
leo
tramontin
o v e n t o t ro u x e n ova m e n t e ...
Nada mais moderno do que rolar pelas escadarias da vida, sujar a cara e comer raízes cruas, além, claro, de levantar a sobrancelha e fazer aquela cara de diva do cinema. Pois é, minha linda, a Scarlett O’hara é a bola da vez! A heroína de “E O Vento Levou”, por sinal, o filme que mais curto, saiu da renascida Tara e chegou com tudo ao friozão deste ano. Não, você não precisa arrancar as cortinas de casa para criar um look arrasador, basta investir nos veludos vermelhos, verdes e marrons. A dica é olhar com mais carinho para o veludo molhado – apesar de ter ficado, um tempão, na sacolinha dos renegados, ele mostra força e já está causando furor entre as antenadas. Bordados com toque de feirinha livre não podem ser dispensados das montarias, tanto em casacos, camisas, como em calças. Para cair, de cabeça, no bafo da O’hara, os babados precisam de espaço no seu coração! Com moderação para não errar no filme e acertar os desenhos da Disney. Agora é correr para a locadora (ai ai, Leo, larga mão de ser retrô) e pegar o clásssssico “E O Vento Levou”.
Coloriu de vez E agora rapaziada? Usar ou não usar uma jaqueta de couro colorida? Elas estão por aí, causando tudo o que podem nas mais diversas marcas. Mas ainda resta aquela dúvida sobre o investimento. Pagar caro... Mas nem pensar! É uma peça com o prazo de validade bem definido. Também não dá para ficar por fora dos burburinhos. Quer saber, o negócio é encontrar uma peça barata, sem perder a qualidade e o acabamento (principalmente!). Vale apostar nas cores: verde-musgo, azul royal, mostarda e vermelho bem forte. Depois é só agarrar uma calça com tonalidade neutra e finalizar com aquele suéter monocromático que há tantas temporadas não sai do seu guarda-roupa.
Cropped? Pode?
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Ah o tal Top Cropped, afinal, ele é vilão ou amigo? Caso esteja com a barriga em dia, a blusinha curta é a bola da vez para deixar o look super repaginado, com a cara das grandes stars. Pode usar com shorts de cintura bem alta, saia longa e até a calça rasgadona que adora uma rebeldia. Mas, se você estiver com aqueles pneuzinhos tão amaldiçoados, o negócio é a velha torcida de nariz, já que o Cropped não será nada favorável.
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Sessentinha Formas retas, trapezóides, afastadas do corpo, tudo com visual limpinho, charmoso. Yeah! O futurismo da década de 1960 é o que há de mais booom para o frio deste ano. Tudo com vibe de gente grande que sabe como comprar bem – peças que vão durar por bons e longos anos, sem entrar na portinha da cafonice. Jackie Kennedy poderia dizer de boca cheia: as minhas roupas serão sucesso em 2013! Bora copiar e colar os looks da ex primeiradama americana.
Rainha da geometria Para ser a mais linda... Geometria: de todos os prints do ano, as formas geométricas estão no top das mais modernas. Minimalistas, refinadas, bem como a gente gosta! Caso não esteja em dia com a balança – opte por formas laterais, elas afinam a silhueta. Já as baixinhas podem usar, e muito, as formas longilíneas – elas são bemaceitas. Inspiração: o clássico Mondrian.
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Vibe Mulher Maravilha É moda! Cinto metalizado, repleto de dourado. O acessório que já deu charme à Mulher Maravilha ressurge em versão ultra chic, para levantar qualquer look. Um simples toque de glamour e pronto, a produção será deslumbrante. Vale para todos os estilos e idades.
léo tramonti n
Quando nasceu, em Caxias do Sul, rodou no teste do pezinho. Com 17 anos, saiu de casa e partiu para Curitiba. Bate ponto com a pluralidade da moda: assessor de imprensa, promoter, produtor e colunista, enfim, tudo que envolve o universo das ‘fashionitudes moderno ides’. Apresentador da ÓTV, colunista de moda do UOL, BellezaTotal, Ledux e Portal Batelli. contato@leotramontin.com.br
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leo tramontin e allan ponciano fotografia:
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Quem disse que roupa confortável e quentinha não pode ser elegante e cheia de estilo? Casacos de lã bem cortados e em tons vibrantes afastam o frio e fazem ótima companhia às calças, saias, vestidos e malhas finas que você não consegue viver sem!
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trench coat: capoani cal莽a: dress to acess贸rios: salma nasser
por priscilla malheiros
Recebendo os
amigos
Priscilla Malheiros é Especialista em Comunicação e Consultora de Imagem Pessoal, Profissional e Corporativa
A tarde de chá é um evento mais informal, e permite que as pessoas se relacionem e se comuniquem de uma forma dinâmica, sem maiores cerimônias, como seria em um jantar, por exemplo. Além disso, por causa do horário, os convidados estarão menos cansados, e o horário noturno não fica comprometido, possibilitando que as pessoas sigam com sua rotina diária ou não precisem desmarcar compromissos pré-agendados.
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Casa arrumada, aconchegante... Que tal agora preparar uma tarde de chá para os amigos?
Tardes de chá também podem ser muito úteis para estreitar relações de amizade, ou conhecer uma vizinhança nova – no caso de mudança de cidade, ou de país, ou até mesmo de empresa. Normalmente, o chá é servido entre 16 e 17h. Por isso, os convidados devem chegar entre 15 e 16h. O chá da tarde deverá ser servido com um cardápio variado – bufê – com café, leite, chocolate e sucos diversos. E poderá ser acompanhado de canapés, sanduíches, queijos, frios, geleias, tortas (doces e salgadas), bolos, biscoitos etc. A princípio, nada será servido antes de se abrir o bufê. Ele deve estar em uma mesa próxima (ou uma bancada), onde os convidados irão se servir (a si mesmos ou com auxílio de um copeiro). Cada prato (doces, salgados, queijeiras, compoteiras etc) estará distribuído sobre a mesa do bufê, cada qual com seu respectivo talher. As bebidas poderão ficar ao lado do anfitrião, e ele mesmo poderá servir os convidados. Geralmente, bules, só com água quente, são colocados sobre a mesa, juntamente com pequenas cestinhas contendo saquinhos de chás de sabores variados. Nos dias quentes, também são servidos dois ou três sabores diferentes de chá gelado. Quando o chá for somente para amigos mais próximos, basta um convite por telefone. Para pessoas que você não tem muita ligação, ou ainda não foram apresentadas, ou que sejam muito importantes (chefes, pessoas representativas da sociedade etc), o convite pode ser feito por meio de um cartão impresso. 94
mais uma coisa... normalmente, a tarde de chá se prolonga até o início da noite. Se acontecer a situação de alguém vir buscar o seu convidado, você deverá receber esta pessoa e convidá-la para fazer parte do encontro. E, em vez de chá, você poderá também oferecer um drink, transformando o final do evento em um agradável happy hour. Ao servir drinks, prepare um prato diferenciado, com queijos, azeitonas, patês, palmito, pepino, torradinhas... e lembre-se... trate todos os convidados igualmente. Não importa se você conhece alguém há 20 anos, nunca diga que já são de casa, que fiquem à vontade, e não deixe de dar a atenção necessária – lembre-se que ele pode não estar se sentindo à vontade com os outros convidados que não conhece. Da mesma forma, é indelicado você tratar alguns com mais cerimônia e outros sem a atenção devida. Se estão na sua casa, se são seus convidados, devem ser muito bem tratados, igualmente.
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Quem ainda não viu, precisa sair já de casa. E, quem já viu, pode se esbaldar mais um pouquinho com a visão da mais completa exposição já realizada no Brasil dedicada ao artista gráfico holandês Maurits Cornelis Escher (1898 – 1972). A mostra, que fica em cartaz até o dia 11 de agosto, reúne 85 obras, entre gravuras originais, desenhos e fac-símiles, incluindo todos os trabalhos mais conhecidos do artista. Algumas animações feitas a partir das gravuras do artista, filmes 3D e mais uma série de instalações interativas ajudam o público a perceber e entender a técnica utilizada por ele e a reconhecer os seus truques óticos. Um quebracabeça gigante, por exemplo, mostra como ele se utilizava de imagens geométricas ou figurativas unindo-as umas às outras para criar gravuras que remetem ao infinito. Depois de Curitiba, “A magia de Escher” segue para Belo Horizonte, onde ocupará os salões do Palácio das Artes, de 18 de setembro a 17 de novembro. Para quem não conhece o artista, Escher ficou mundialmente famoso por representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses, padrões geométricos entrecruzados em gravuras em preto e branco que geram imagens com impressionantes efeitos de ilusões de ótica.
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Museu Oscar Niemeyer (MON) Rua Marechal Hermes, 999
Telefone +55 41 3350 4400 Visitas até as 20 horas, de terça a sexta-feira. Nos outros dias, até as 18 horas.
tum blr F uc k Y o ur N o guc h i C o ffee Tab l e Irônico, rabugento e invejoso são adjetivos que cabem muito bem a este tumblr, que faz uma cômica apresentação das peças de design mais desejadas do momento e de todos os modismos relacionados à decoração. Usando a expressão inglesa cuja tradução é melhor não incluir aqui, ele traz diariamente imagens inspiradoras de ambientes repletos de ícones do design e ótimas soluções decorativas, que vão do chão pintado com a ajuda de um estêncil ao cabideiro feito com um galho de árvore. f uck you r nog uch icof
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feetable.tumblr.com
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museu
Na sua próxima viagem a Paris, passe direto pela entrada principal do Louvre e siga até o número 107 da Rua Rivoli. Ali fica a entrada para o museu de design da cidade, um dos mais bacanas da Europa, cujo acervo mobiliário inclui os maiores ícones do século passado. Periodicamente, o museu também organiza exposições e grandes retrospectivas. Até setembro deste ano, por exemplo, quem fica em cartaz são os irmãos Bouroullec, os enfants terribles da decoração francesa da atualidade.
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107, rue de Rivoli, 75002, Paris
Metrô Palais-Royal Museé du Louvre ou Pyramides.
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livro T h e S e l by i s i n y o ur p l ace Todd Selby está para a decoração assim como Scott Schumann, o Sartorialist, está para a moda. Responsável pelo blog que leva o seu sobrenome, ele conquistou o mundo com suas belas fotos de casas decoradas com muita personalidade, por moradores de muito estilo, mundo afora. Este é o seu primeiro livro. Lançado em 2010, ele traz uma coletânea das imagens mais bacanas publicadas no seu endereço virtual até então. São imagens de tirar o fôlego de residências e escritórios em Nova York, Paris, Los Angeles, Tóquio, Sidnei e Londres e que, juntas, ajudam a revelar as preferências decorativas dos habitantes de cada uma destas cidades. Mas, só pela capa, já vale a compra. 97
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F l o deau Florence Deau é uma arquiteta francesa nascida no interior e que se tornou uma das blogueiras mais respeitadas do seu país, onde é campeã de acessos. Ainda que os textos estejam todos na sua língua materna, as imagens dos projetos escolhidos por ela falam por si só e valem visitas diárias, mesmo que você não esteja pensando em reformar ou redecorar a sua casa.
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f lodeau.com
site O h
J o y !
Criado e mantido pela designer gráfica Joy Deangdeelert Cho, o site é repleto de ideias inspiradoras para decorar a casa. Mas não só. Há também lindos projetos de artesanato, receitas apetitosas, quitutes coloridos e sanduíches de fazer até a mais neurótica com dietas salivar. Ou seja, é um pequeno oásis virtual do bem morar. Quem procura dicas para produzir uma festa caprichada para os amigos ou para a família também encontra ali. É visitar e se apaixonar. ohjoy.blogs.com
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