jornal Bandeira UM, edição 179, março 2020

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Ano 16 nº 179 Curitiba - PR Publicação mensal direcionada aos taxistas e usuários

Março 2020

Distribuição Dirigida Comprometido com os interesses da categoria

Um táxi e um café, por favor! Taxista curitibano passa café na hora para passageiros

PÁG. 06

Crédito da foto: Diculgação

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Curitiba, Março 2020

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Corrida nas ruas, parada nas palavras

Crédito da matéria: Jeniffer Oliveira

Taxista afirma que é possível escrever mais de 10 livros com as histórias que já ouviu

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er escritor não é apenas escrever livros, é muito mais uma atitude perante a vida, uma exigência e uma intervenção. Essa ideia, defendida pelo escritor José Saramago, parece ser bem compreendida pelo taxista Eloir José Golemba. Motorista de táxi desde 2002, Eloir conta que começou a escrever bem antes, mas considera que sua paixão pelas narrativas aumentou quando pode ter o contato com várias histórias no dia a dia de sua profissão. Desde 2005, ele começou a anotar os relatos ouvidos e os acontecimentos vivenciados dentro do táxi. “Antes eu tinha sempre um computador no carro, então aproveitava as paradas a espera de passageiros para escrever”, revela Eloir.

Segunda edição do livro foi apoiada pela Editora Juruá, e o lançamento foi prestigiado por amigos e autoridades.

Em 2011, o taxista lançou seu primeiro livro. O compilado de 35 histórias, distribuídas em 159 páginas, foi batizado de “Meu táxi não fala, a se falasse”. O livro fez tanto sucesso que a tiragem de mil exemplares esgotou, chamando atenção da editor Juruá, que lançou uma segunda edição em 2013, intitula de “Se meu táxi falasse”. Outro livro com 32 histórias, distribuídas em 216 páginas, já está pronto desde julho de 2015. Inclusive, revisado, diagramado e ilustrado. Tudo isso graças a ajuda de uma cliente, Adriana Aparecida Scrok, que também se tornou personagem do livro. Infelizmente, oito dias depois de terminar o trabalho, Adriana acabou falecendo de câncer. Hoje, Eloir alimenta o sonho de publicar o livro como forma de homenagear a cliente, que se tornou sua amiga, mostrando que toda sua ajuda o trabalho não foi em vão. “O táxi é minha vida. O que mais gosto é o convívio com as pessoas. A Adriana, por exemplo, foi minha cliente durante 10 anos. Ela sempre pegava o táxi para ir trabalhar porque a empresa dela tinha convênio. E não é só fazer uma corrida, é ouvir, as vezes dar um conselho. Todo cliente acaba se tornando parte da família”, descreve Eloir, afirmando que nessa rotina, a cada dia que se passa, novas histórias vão surgindo e cativando a sua atenção. “Trabalho todos os dias, das 9h às 21h. As vezes faço umas 20 corridas, então, é muita coisa nova sempre”, acrescenta, revelando que tem mais 70 histórias prontas. “Isso porque parei um pouquinho de escrever, com tudo que já ouvi no táxi dá para escrever fácil mais de dez livros”, pontua.

Eloir José Golemba já escreveu dois livros com os relatos coletados entre corridas.

O primeiro livro escrito foi publicado e ganhou duas edições.

São José dos Campos também entra na onda dos apps

Crédito da foto e matéria: Jeniffer Oliveira

Prefeitura lança aplicativo para o serviço de táxi na cidade

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Prefeitura de São José dos Campos lançou, no início do ano, o aplicativo Táxi SJC. A nova ferramenta permite a solicitação de viagens pelo próprio celular. De acordo com o município, o aplicativo foi criado para modernizar o serviço e dar mais uma opção à população, principalmente aos que preferem utilizar os aplicativos de transporte já existentes. "A ideia, inclusive, é que o Táxi SJC funcione nos mesmos moldes destes aplicativos, priorizando principalmente a previsibilidade,

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ou seja, quando o cliente fizer o pedido já saber o horário que o taxista irá chegar e o tempo da corrida até o destino, além do valor já estabelecido no momento do pedido”, informou a prefeitura. Uma das funcionalidades do aplicativo será a possibilidade de descontos que vão de 10% a 40% nas corridas, conforme a disponibilidade de taxistas no momento da solicitação da viagem. Atualmente, a cidade possui 399 taxistas.

Redação e Dep. Comercial |41| 3362-0604 jornalbandeiraum@gmail.com

Jornalista Fernando Cruz Jornalista Responsável DRT/PR 5109 Neide Camussi Diretora - Presidente

As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião do Jornal.

Atualmente, quase 400 taxistas trabalham em São José dos Campos.

Uma publicação de: Bandeira UM Agência de Notícias Ltda. CNPJ 07.314682/0001-56

JBC


Curitiba, Março 2020

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CORONAVÍRUS. A MELHOR PROTEÇÃO É A PREVENÇÃO. ADOTE ESTES HÁBITOS:

Lave sempre as mãos com água e sabonete líquido ou higienize com álcool gel 70%. Evite tocar os olhos, o nariz e a boca. Use lenço descartável para assoar o nariz. Ao tossir ou espirrar, apoie no cotovelo, nunca nas mãos. Abra as janelas e mantenha os ambientes ventilados.

DÚVIDAS SOBRE O CORONAVÍRUS: saude.curitiba.pr.gov.br | 41 3350-9000

Não compartilhe copos, talheres e objetos pessoais. Evite locais com aglomeração de pessoas e ambientes fechados. Algumas infecções respiratórias podem ser prevenidas. Verifique sua carteira de vacinação pelo Aplicativo Saúde Já Curitiba, ou vá até uma unidade de saúde.


Curitiba, Março 2020

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Taxista corredor completa dez anos como atleta Jorge da Silva já realizou quatro provas este ano e nem pensa em parar

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m outubro de 2009, Jorge da Silva correu pela primeira vez em uma disputa oficial e não parou mais. Nesses dez anos, completados em 2019, ele acumulou 230 medalhas e 23 troféus. “Se todas as provas oferecessem troféu, o número seria bem maior”, acrescenta Jorge, revelando que já está inscrito em quatro provas para esse ano. Entre tantas corridas, duas marcaram a trajetória de Jorge de maneira especial. A

Nas provas que participa, não é raro ver Jorge no pódio.

primeira foi a The Hardest Run, uma corrida em prol da campanha do Erasto Gaertner, realizada em maio do ano passado. “Essa foi a maior corrida de rua de Curitiba, que reuniu 10 mil atletas. Ao fazer a inscrição, o valor de R$ 100,00 reais ia direto para conta do Hospital Erastinho. Além disso ela foi idealizada por um grande maratonista, o Marcelo Alves”, explica Jorge o porquê desta competição ter sido tão importante para ele. “A ideia da prova era arrecadar um milhão de reais para a construção do hospital e foi um sucesso, muitas pessoas perderam a inscrição porque esgotou super rápido”, acrescenta. Outra prova que se destaca nas dezenas que Jorge acumula é a 94ª Corrida Internacional de São Silvestre, promovida em 2018. Participar desta corrida é uma realização para qualquer atleta da área porque ela é a mais famosa e tradicional não só do Brasil como de toda a América do Sul. 2018 também foi marcante por registrar um recorde pessoal: o ano que Jorge

LIXO SECO Rec ável icl

Crédito das fotos e matéria: Jeniffer Oliveira

Nesses dez anos, completados em 2019, Jorge da Silva já acumulou 230 medalhas e 23 troféus.

mais participou de corridas, totalizando trinta provas. 2019 não ficou muito atrás, foram 26 provas, mas 2020 promete ser ainda melhor, afinal Jorge já está começando com o pé direito. “Participei de duas provas em janeiro e duas em fevereiro. Já estava inscrito nelas desde o ano passado”, conta o taxista atleta. Quem sabe este ano Jorge não bate o recorde?

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Curitiba, Março 2020

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Taxistas derrubam Uber Pressão dos motoristas de táxi tem resultado na suspensão da Uber em vários países Crédito da matéria: Jeniffer Oliveira

Taxistas paralisaram as ruas na Colômbia e foram acompanhados de perto pela policia.

Taxistas paralisaram as ruas na Colômbia para manifestar contra a concorrência desleal.

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uem dizia que a luta de taxistas frente a concorrência desleal, promovida pelos motoristas de aplicativos, era uma guerra perdida já deve ter começado a “morder a língua”. Após pressão de taxistas, a Uber vai encerrar seu serviço na Colômbia, onde contava com cerca de dois milhões de usuários e 88 mil motoristas cadastrados. Como as autoridades do país consideraram que a Uber viola as leis que regulamentam o transporte local, a empresa não pode mais atuar lá desde 1° de fevereiro. Fundada em 2009 na Califórnia, nos Estados Unidos, a Uber iniciou suas atividades na Colômbia em 2013. Desde o início, taxistas colombianos acusavam o serviço de infringir as regras que regem o mercado no país, mas a reclamação sobre isso e sobre o desvio da clientela foi formalizada em 2016. O resultado veio em dezembro de 2019, quando a Superintendência da Indústria e Comércio da Colômbia havia determinado a suspensão das atividades do aplicativo por atos de concorrência desleal. Críticos da empresa dizem que a Uber viola as leis colombianas para enriquecer e que ela deveria se reconhecer como empresa de transporte, pagando os impostos previstos para companhias do tipo, mas a empresa insiste em afirmar que se considera parte do segmento de tecnologia. Foi a primeira vez que a empresa foi barrada no continente americano, mas ela tem sofrido derrotas em vários países. Confira a seguir os principais casos ao redor do mundo em que a Uber foi proibida de operar ou enfrentou problemas com os governos locais. Tchau, querida Em 2015, a Alemanha já havia proibido que os motoristas utilizassem os próprios carros nas corridas. Desde então, o serviço passou a ser oferecido apenas por empresas que alugavam os carros a motoristas licenciados por elas. Em dezembro de 2019, a Justiça alemã barrou o funcionamento da Uber, alegando falta de licença para esses motoristas. O tribunal considerou que o aplicativo violava as regras de concorrência. “Do ponto de vista do passageiro, a Uber presta o serviço em si e, portanto, é um empreendedor”, afirmou o juiz responsável pelo caso. A empresa prometeu mudanças na tentativa de continuar atuando no país. A suspensão na Bulgária ocorreu em 2015, quando a empresa foi acusada de práticas desleais e de permitir que pessoas sem licença profissional de motorista pudessem se cadastrar no aplicativo. Sob pressão de taxistas, o país ainda multou a Uber.

Taxistas colombianos derrubaram a Uber no país depois de muitos protestos. Colômbia é o primeiro país latinoamericano a suspender serviço da Uber.

A empresa operou por cerca de três anos na Dinamarca, até que, em 2017, o país decidiu endurecer as regras para transporte de passageiros, obrigando os táxis a adotarem medidores com tarifas, programas de vigilância por câmeras de vídeo e sensores nos assentos para detectar passageiros e ativar os airbags. A Uber afirmou que não conseguiria oferecer o serviço com a legislação em vigor para os táxis, que deveria também valer para a empresa, e suspendeu as atividades no país em abril de 2018. Assim como na Dinamarca, a decisão de encerrar as atividades na Hungria, em 2016, também se deu devido a mudanças na legislação local. O país enfrentou meses de protestos de taxistas contra o aplicativo, que acusavam a Uber de burlar regras que os táxis eram obrigados a seguir. Sob pressão, o parlamento aprovou legislação que permitia o bloqueio do aplicativo. A empresa disse ter sido “forçada” a suspender sua operação. Não é porque te esperam, que é bem-vinda A licença da Uber foi suspensa em Londres, na Inglaterra, de forma temporária, em novembro de 2019, por decisão da agência de transporte da capital inglesa. O organismo disse ter identificado um padrão de falhas que ameaça a segurança dos passageiros, e que a Uber não tomou medidas suficientes para corrigi-las. Em 2017, a agência também havia se recusado a validar a licença do aplicativo porque passageiros tinham dificuldades na hora de reportar problemas com os motoristas, mas havia dado um prazo para o serviço apresentar melhorias. Agora, diz ter registrado mais de 14 mil incidentes, que envolvem a possibilidade de um motorista suspenso poder se cadastrar novamente e usar uma foto falsa no aplicativo. O serviço foi temporariamente banido na Itália em 2017, depois que a Justiça italiana considerou a prática da Uber como concorrência desleal. Como em outros países, o processo foi movido por associações de taxistas. A empresa recorreu e a Justiça reverteu a decisão. Em 2018, Nova York se tornou a primeira grande cidade americana a restringir a presença de motoristas de Uber nas ruas, estabelecendo um limite para a concessão de licenças. A empresa reclamou que a medida aumentaria o preço do serviço na cidade. Já no estado da Califórnia, uma lei foi sancionada no fim de 2019 obrigando a empresa a ter funcionários contratados com registros e não mais como trabalhadores temporários. A Uber classificou a iniciativa como um “risco” para a continuidade de seus negócios.


Curitiba, Março 2020

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Um táxi e um café, por favor

Ao lado do irmão Cauê Bohrer, Caio teve uma incursão no mundo dos cafés especiais.

Taxista curitibano passa café na hora para passageiros

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uase ninguém é capaz de dispensar um cafezinho e boa parte dos brasileiros é apaixonada por essa bebida, que traz vários benefícios para a saúde. Em Curitiba, alguns passageiros têm o prazer de desfrutar um copo de café como cortesia. A cada corrida, o taxista Caio Bohrer, de 28 anos, serve um café fresquinho antes de engatar a primeira marcha, mas o cliente paga apenas o que marca o taxímetro. O Café no Táxi começou oficialmente em fevereiro do ano passado, quando Caio criou um perfil no Instagram (@cafenotaxi) e carregou o porta-malas do Voyage alaranjado com copos descartáveis, café em grãos, moedor manual,

A cada corrida, Caio passa um novo café.

uma aeropress, um porta-filtro cônico, filtros de papel e uma balança de precisão. Recentemente, ele acrescentou uma caixinha de chás para o passageiro que preferir. Quem embarcar no carro com o prefixo 998 pode escolher, por exemplo, entre um café maturado em barricas de carvalho ou um café fermentado com leveduras para espumante. Sempre que muda a variedade, ele posta nas redes sociais. Para uma melhor experiência, o recomendado é agendar a corrida. Caio chega cinco minutos antes e o café fica pronto assim que se entra no carro. A cada corrida, um novo processo. Ele extrai cerca de 200 ml de bebida por vez em uma cerâmica,

Todo o processo é realizado no teto do próprio táxi.

Obras de pavimentação na Avenida Silva Jardim e na Rua Raphael Papa Começram na quarta-feira, 18/3 duas novas obras de pavimentação. Avenida Silva Jardim que fica no Seminário e na Rua Raphael Papa, no Jardim Social. Avenida Silva Jardim A Silva Jardim receberá asfalto novo em 1.550 metros, entre a Rua Delphim Moreira e Avenida República Argentina. Para minimizar o impacto no trânsito, os serviços serão feitos em duas etapas. Nesta primeira fase, o trabalho se concentrará no trecho de 1.250 metros compreendido a partir do cruzamento com a Rua Teixeira Soares e seguindo até a Avenida República Argentina. Durante a realização da obra, que tem a previsão de durar dez dias, o tráfego de veículos será restringido a apenas uma faixa. O bloqueio parcial é necessário para que trabalhadores e máquinas façam a fresagem e o recape do pavimento asfáltico da via. Quem costuma utilizar a Avenida Silva Jardim pode optar por dois caminhos alternativos, seguindo orientação da Superintendência de Trânsito (Setran). A partir da Rua General Mário Tourinho, o motorista pode optar pela Avenida

Getúlio Vargas, por onde deve seguir até a Rua Saint Hilaire. Outra possibilidade é acessar a Avenida Nossa Senhora Aparecida e suas continuações até o Centro da cidade, onde ela muda de nome e passa a se chamar Rua Gonçalves Dias e, na sequência, Avenida do Batel. Rua Raphael Papa Fazem parte dessa obra os serviços de requalificação do pavimento da Rua Raphael Papa, entre a Avenida Victor Ferreira do Amaral e a Linha Verde, no Jardim Social. A extensão do asfalto novo é de 1.520 metros. O trabalho deve durar cerca de dez dias e para que ele seja realizado será necessário promover o bloqueio parcial da rua. Aos motoristas que costumam circular pela via, a Setran sugere optar pela Avenida Victor Ferreira do Amaral ou pela Rua Arquimedes Cruz, nos dois sentidos.

Crédito da matéria: Jeniffer Oliveira

que encaixa no portacopo do console. O ritual de passar café é todo feito na lataria do teto: Caio começa pesando 15 gramas de café em grãos, tritura-os com um moinho manual e escolhe o método a ser usado. Escalda o filtro de papel, transfere o pó de café e derrama aos poucos a água com movimentos circulares. Uma garrafa térmica mantém a água a cerca de 90 graus C°, que ele reabastece em pontos espalhados pela cidade: cafeterias, lojas, padarias e em alguns postos de combustível. Até então, o taxista tinha a bordo um kit menor, para consumo próprio, e o aroma de café recémmoído encantava os clientes. “Quando a pessoa entrava e comentava do cheiro de café, eu oferecia um pouco ou passava outro”, disse. Juntar um serviço ao outro lhe pareceu natural. Caio é taxista há quatro anos; antes, foi motorista terceirizado. Entre as duas experiências, teve uma incursão no mundo dos cafés especiais ao lado do irmão Cauê Bohrer, de 31 anos, quando aproveitaram a primeira edição do Drink Good Coffee para conhecer cafeterias, métodos de extração e entender do serviço e das características sensoriais da bebida.

Obras na Avenida Silva Jardim

Obras na Rua Raphael Papa


Curitiba, Março 2020

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Taxistas devem rodar com janelas abertas

Bolsonaro defende taxistas

Presidente demite diretoria do Inmetro após instituto fazer novas exigências para normatização do setor

Orientação visa reduzir a proliferação do Coronavírus

O

novo coronavírus pode causar doenças que variam de um resfriado comum até doenças mais delicadas. Febre, tosse e dificuldades respiratórias são os sinais mais comuns da infecção. Em casos mais graves, a infecção pode causar pneumonia, síndrome respiratória aguda grave, insuficiência renal e até morte. Apesar da taxa de mortalidade não se Além de evitar ambiente fechado, apresentar em grandes proporções – como o uso constante de álcool em gel é em outras pandemias já enfrentadas, o fundamental para diminuir os riscos de Coronavírus preocupa pelo seu alto índice contágio de proliferação. As recomendações padrão para impedir a propagação da infecção incluem lavagem regular das mãos, cobertura de boca e nariz ao tossir e espirrar, cozinhar bem a carne e os ovos, e evitar contato próximo com qualquer pessoa que apresente sintomas de doenças respiratórias. Quem não pode deixar o trabalho de lado e, ainda pior, tem contato direto com diversas pessoas, assim como ocorre com os taxistas, deve tomar alguns cuidados básicos. O primeiro deles é manter os vidros sempre abertos, para que ocorra circulação de ar. Além disso, é necessário higienizar as mãos constantemente, recomenda-se o uso de álcool em gel, pois não é possível sempre ir a uma toalete lavar com água e sabão. Evitar levar as mãos à boca e ao nariz já ajuda bastante. Outra recomendação importante é evitar circular por locais onde o risco de contágio é maior, como em aeroportos, rodoviárias, hospitais e regiões onde há casos confirmados. Também é muito importante ter consciência sobre o risco de ser um transmissor do vírus. Caso apresente sintomas, o ideal é iniciar o isolamento e parar com o trabalho. Se os sintomas persistirem, procure uma unidade de saúde para realizar o teste e fazer um tratamento adequado.

Notícias Brasil Online

O presidente Jair Bolsonaro demitiu a diretoria do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), em fevereiro, por causa de uma nova exigência feita pelo órgão a taxistas para troca dos taxímetros. “Não temos de atrapalhar a vida dos outros, mas Após o conflito, a facilitar a vida de quem produz”, afirmou Bolsonaro. presidente do Inmetro, Angela Flores, foi exonerada. “Implodi o Inmetro. Implodi. Mandei todo mundo embora”, disse, ressaltando o caso dos taxímetros e da exigência de mudanças de tacógrafos por um modelo digital. “Não temos de atrapalhar a vida dos outros, mas facilitar a vida de quem produz. Os novos taxímetros, faça diferente. Os novos tacógrafos, tudo bem. Agora, tirar do pessoal, mandar trocar, não. Vai ter de implodir, cortar a cabeça de todo mundo”, afirmou o presidente. Questionado sobre quantos foram demitidos, Bolsonaro disse que a presidente e “uma meia dúzia da diretoria” foi dispensada pelo “excesso de zelo”. Para o cargo de Angela Flores, foi nomeado o coronel Marcos Heleno Guerson de Oliveira Junior. Angela, que é administradora, estava à frente do órgão desde o início do governo Bolsonaro.

Mudanças no ar

Projeto prevê locais de embarque e desembarque exclusivos para motoristas de apps

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m projeto de lei em tramitação na Câmara Municipal de Curitiba propõe a instalação de pontos para embarque e desembarque de passageiros exclusivos para motoristas de Administradoras de Tecnologia em Transporte Compartilhado. A proposta foi apresentada pelos vereadores Bruno Pessuti (PSD) e Ezequias Barros (Patriota). Segundo o texto do projeto, os pontos exclusivos seriam criados lugares com grande circulação de pessoas, como shoppings, terminais de ônibus,

bancos, escolas, hospitais e supermercados. Caso seja aprovada, a lei entrará em vigor 60 dias após sua publicação. “A reclamação dos motoristas e usuários é que a falta de locais para embarque e desembarque tem gerado autuações administrativas, além de colocar as pessoas em risco”, diz a justificativa do projeto, assinado pelos dois vereadores. O objetivo da proposta é evitar que os motoristas parem em fila dupla ou locais proibidos, dando mais segurança aos passageiros.

O passo a passo para a aprovação Protocolado no dia 28 de fevereiro, o projeto receberá uma instrução da Procuradoria Jurídica. Em seguida, passará pelas comissões temáticas, nas quais poderão ser solicitados estudos adicionais, juntada de documentos faltantes, revisões no texto Mudança busca melhorar a segurança dos usuários ou o posicionamento de órgãos públicos afetados aprovada, deverá receber sanção por seu teor. Depois do trâmite nas do prefeito para se tornar lei. comissões, a proposição estará apta para seguir ao plenário e, se


Curitiba, Março 2020

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Uma doce homenagem O

Dia Internacional das Mulheres, celebrado anualmente em oito de março, relembra as lutas sociais, políticas e econômicas das mulheres, destacando a importância do empoderamento feminino para uma sociedade mais justa. Infelizmente, o machismo e o assédio contra mulheres ainda é intrínseco no dia a dia da de diversos grupos. Justamente por isso, quando uma mulher é atendida por uma pessoa do mesmo gênero a confiança e satisfação é outra. E quem pegou corrida com Doroti Lucia teve uma alegria ainda maior. Durante ação em alusão ao Dia das Mulheres, a taxista distribuiu às suas passageiras bombons com mensagens de felicitação. “Além de entregar os chocolates para as clientes também distribuí entre minhas colegas taxistas. Nós também somos mulheres, então nada mais justo”, comentou Doroti. Pequenas atitudes fazem grande diferença. E disto a taxista sabe muito bem. Mesmo que de maneira singela, Doroti não mede esforços para chamar atenção a causas importantes. Ela também realiza ações em alusão ao Outubro Rosa e ao Novembro Azul, sempre pensando que o taxista tem um papel importante para levar informação e ajudar a formar opinião.

Doroti Lucia distribuiu bombons às suas passageiras

Taxista realiza ação para o Dia das Mulheres

A taxista também repetiu o gesto entre suas colegas de trabalho

O táxi e a mulher

Wilma Russey foi a primeira mulher taxista no mundo, dedicando boa parte de sua vida ao transporte de nova-iorquinos e turistas em torno da cidade. Russey começou sua carreira como taxista no Ano Novo de 1915. Além de ótima motorista, ela também era uma mecânica especializada e poderia reparar carros melhor do que a maioria dos homens. Anos depois, em 1950, foi a vez de outra pioneira fazer história. Naquela época a maioria das moças curitibanas se preocupava em arranjar um “bom partido” – obedecendo aos padrões sociais da época, mas uma jovem do bairro Seminário fugia a regra. Aos 16 anos, Hermínia Gantzel escolheu trabalhar, ao invés de ir às salas de cinema e confeitarias do centro da cidade. Com o apoio do pai, ela fez o teste de direção para retirar a carteira de motorista e, apesar dos apuros durante o exame, passou de primeira. Com habilitação em mãos, Hermínia encontrou no documento a possibilidade de ganhar dinheiro. Logo, começou a trabalhar como motorista em um dos veículos da frota de “carros A primeira taxista do mundo, Wilma Russey, também era mecânica

Hermínia Gantzel foi a primeira taxista de Curitiba

de aluguel”. A profissão, nunca antes exercida na capital paranaense por uma mulher, rendeu-lhe o reconhecimento como primeira taxista curitibana do sexo feminino. Se hoje em dia vemos muitas mãos femininas ao volante, é graças a mulheres como Russey e Hermínia. Está aí a importância de lembrar desses ícones.


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