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Usuário pode dizer o que acha do ônibus elétrico durante as viagens

Os usuários do transporte coletivo de Curitiba elogiam o ônibus elétrico da Eletra em testes na cidade, pelo silêncio conforto interno, sem jogar para os lados, ar condicionado, vantagens em relação ao movido a diesel. Todos podem avaliar o desempenho do veículo através de diversos QR Code instalados no interior dos veículos: o questionário parece grande porém as respostas são rápidas e servem para a URBS avaliar as informações sobre os veículos em teste. Fiscais da URBS acompanham todas as viagens anotando horários e o comportamento das baterias. Uma curiosidade é o acompanhamento da velocidade do veículo registrada no alto, acima do motorista, algo que transmite tranquilidade ao passageiro. Carregar o celular durante as viagens é atração elogiada do novo ônibus. A Eletra integra o cronograma de testes que servirão de base para o edital de compra dos primeiros ônibus elétricos da capital em 2024. Serão investidos R$ 200 milhões na compra de 70 ônibus – 42 tipo padron e 28 articuladosque devem ser integrados à frota do município até o fim de junho do próximo ano. Os ônibus elétricos comprados vão trafegar nas linhas Inter II, Interbairros 2 e Leste-Oeste, que transportam, juntas, cerca de 370 mil pessoas por dia. Segundo o presidente da URBS, Ogilvy Petro Neto, além da sustentabilidade e da redução do impacto ambiental, o ônibus elétrico traz vantagens econômicas, com reflexo na tarifa no médio prazo.

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A Eletra é a segunda montadora a executar testes técnicos com ônibus 100% elétricos no transporte coletivo da capital, com motor WEG e carroceria Caio. A Prefeitura está testando também, desde fim de abril, o ônibus articulado da chinesa BYD, só que sem passageiros. O modelo chinês, que foi testado na linha Interbairros II, passa, na semana que vem, a ser avaliado na linha Centenário/Campo Comprido. Até outubro, além da BYD e da Eletra, Volvo, Mercedes, Higer e Marcopolo farão testes em Curitiba. "Curitiba sempre foi referência em mobilidade urbana e estamos muito honrados em demonstrar nosso ônibus", afirmou Milena Romano, presidente da Eletra. A Eletra está trazendo inicialmente um veículo tipo padron, com 12,1 metros, e na sequência vai apresentar um ônibus maior, articulado, para trafegar em corredores, programado para as características urbanas de Curitiba. Milena destaca a durabilidade do motor elétrico, com garantia de 20 anos. "Nosso carro está preparado para ser testado nas características urbanas de

Curitiba, algo que foi discutido entre nós, a URBS e empresários do setor", disse Milena. A Eletra, de capital 100% nacional, tem fábrica em São Bernardo do Campo (SP), com capacidade para produzir 1,8 mil elétricos por ano. Segundo a empresa, é possível aumentar em 50% essa capacidade para atender a demanda do mercado. "Nos preparamos para uma produção de sete veículos dia, que pode ser duplicada rapidamente", disse Milena, que ressalta que os veículos elétricos da marca contam com mais de 90% de peças nacionais e estão adaptados às condições de tráfego do mercado brasileiro.

"É um orgulho para nós testar este ônibus, cem por cento nacional, é o único entre os que estão em testes no país.O principal motivo dos testes é verificarmos a durabilidade, confiabilidade e a autonomia dos veículos, transportando passageiros. É importante avaliar como vai se portar nas ruas de Curitiba, principalmente com passageiros", destaca o empresário Ângelo Gulin, da empresa Auto Viação Redentor, operadora do veículo.

Capacidade

O modelo Eletra XY043, do tipo padron, tem capacidade para até 70 passageiros. A carroceria é Caio, o mo - tor e a bateria são Weg. A autonomia é de 250 quilômetros e as baterias do veículo serão carregadas de duas a quatro horas no período noturno na garagem da empresa Redentor. Além do veículo que entra em teste na segunda-feira, a Eletra deve trazer mais dois veículos, um articulado e mais um padron, de 15 metros, para rodar no sistema curitibano. Os testes devem durar 60 dias (20 dias para cada veículo). Serão avaliados itens como o consumo de energia, cumprimento da autonomia preconizada, níveis de ruídos e o desempenho do ônibus em variadas topografias (aclives, declives e plano).

Motoristas

Onze motoristas, sendo sete mulheres, foram treinados para dirigir o ônibus. "É mais um aprendizado. O veículo elétrico é mais confortável tanto para o passageiro como para o motorista, é silencioso, traz comodidades como ar-condicionado e tomadas para carregar celular. É muito bacana dirigir um veículo do futuro", diz Salete do Rocio, de 48 anos, motorista que dirigiu o veículo na apresentação. Cintia Lisboa, seis anos como motorista, destaca também as respostas nas freadas e o ar condicionado elogiado por passageiros.

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