jornal Bandeira UM, edição 181, maio de 2020

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Ano 16 nº 181 Curitiba - PR Publicação mensal direcionada aos taxistas e usuários

Maio 2020

Distribuição Dirigida Comprometido com os interesses da categoria

Sangue laranja continua salvando vidas Taxistas fazem doação de sangue pela quinta vez consecutiva

PÁG. 4 e 5

Crédito da foto: Fernando Cruz

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Motoristas de táxi ajudam na eficácia do lockdown

Taxistas colaboram com o protocolo de isolamento ao seguirem orientações das autoridades

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combate ao coronavírus envolve diversos setores da sociedade, inclusive o de transporte individual de passageiro, do qual os táxis fazem parte. Percebendo o impacto desse segmento, a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (PA), uma das regiões do Brasil com maior índice de infecção do covid-19, segue intensificando as conversas com representantes dos taxistas, para que eles auxiliem nas medidas do lockdown. Adotada em dez cidades do Pará, a medida chamada lockdown é uma expressão em inglês que significa confinamento ou fechamento total. É o método mais radical imposto por governos para que as pessoas cumpram o período de distanciamento social. O lockdown consiste em fechar uma região, interditando vias, proibindo deslocamentos e viagens não essenciais. Cada governante decide de que forma será feito esse fechamento. Além disso, serviços considerados

essenciais poderão continuar funcionando. "Desde o início das medidas preventivas, nós temos tido diversas conversas com os representantes dessas modalidades de transporte. Nosso objetivo é que eles entendam a sua importância nessa batalha”, explica o Superintendente da SeMOB, Gilberto Barbosa. “A orientação é que no início das viagens eles já tenham o direcionamento do destino e do motivo do deslocamento do cliente para ficarem cientes se aquela viagem é realmente algo essencial para o usuário sair da sua casa”, completa Gilberto. Assim como foi sentido no transporte coletivo, a demanda de usuários nessas outras modalidades de transporte também caiu de forma brusca com a chegada da pandemia. E, mesmo com as dificuldades econômicas, estes profissionais sabem da importância social de suas funções nesse momento. “Nós temos ciência que o lado econômico é prejudicado, mas temos que combater esse mal invisível. O lado

Taxistas fazem manifestação em Curitiba

Crédito da matéria: Jeniffer Oliveira. Crédito da foto: Divulgação

Taxistas estão contribuindo com a aplicação e fiscalização de lockdown no Pará.

humano, a vida, precisa estar a frente de qualquer coisa”, afirma o presidente do Sindicato dos Taxistas de Belém, Alaim Castro dos Santos, acrescentando que os taxistas estão na rua para transportar quem realmente precisa, por isso ele pede que, quem puder, fique em casa. Crédito da matéria: Jeniffer Oliveira. Crédito da foto: Divulgação

Reivindicações foram atendidas pela Prefeitura

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ão é novidade que a pandemia de coronavírus está afetando drasticamente a economia, mas o setor de táxi sentiu um impacto ainda maior. Segundo líderes do segmento, a Urbs vinha negligenciando todos os pedidos de ajuda durante esse período de instabilidade maior enfrentado pelo serviço de táxi. Por isso, eles decidiram fazer uma manifestação no último dia 12. Nesta manifestação, cerca de 120 carros seguiram em carreata até a Prefeitura de Curitiba. Os manifestantes se reuniram em frente ao Estádio Dorival de Britto, de lá eles seguiram para a sede da Urbs e depois foram para a Câmara Municipal de Curitiba. Pelo menos desde 2013, as manifestações do setor são organizadas metodicamente e possuem pautas bem elaboradas, para conseguir os melhores acordos possíveis, mas para resolver os problemas enfrentados atualmente foi montado um comitê de crise específico, composto por todas as entidades representativas. "Como o faturamento dos taxistas entrou em uma queda vertiginosa, estamos fazendo várias ações que possam auxiliar os profissionais nesse momento", afirma José Carlos Filho, um dos coordenadores do comitê, explicando que eles já promoveram arrecadações de cesta básicas para os mais necessitados, mas que sem auxílio governamental não é possível sanar todas as dificuldades. "A conversa com a Urbs é uma questão bem complicada. Pedimos que eles olhem mais para os taxistas, principalmente com relação as taxas que são cobradas, mas é muito difícil de negociar com a Urbs. Então, fomos buscar a Prefeitura, que detém a maior parte das ações da Urbs", explica o coordenador do comitê, afirmando que foram muito bem recebidos pelo secretário Luiz Fernando de Souza Jamur. Durante a reunião com o secretário Luiz Jamur, foi apresentado uma pauta com os principais itens de reivindicações: a desoneração do setor; a isenção da outorga em 2020 e redução para os próximos anos; revisão do valor para transferência; ajuda com cesta básicas e itens de segurança durante a pandemia; além

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da revisão total da legislação. O comitê defende a necessidade urgente de rever toda a gestão no serviço de táxi porque a legislação está muito atrasada e já não atende mais as necessidades do setor. "Não adianta o taxista Cerca de 150 taxistas se reuniram em ficar buscando uma solução e tentando carreata durante a manifestação. se reinventar com uma legislação que amarra as suas ações" enfatiza José Carlos. O coordenador do comitê ainda afirmou que tudo que é solicitado à Urbs recebe a mesma resposta da área jurídica: “nada pode ser feito”, mas quando eles conseguiram conversar diretamente com a prefeitura a atenção foi maior e o diálogo melhorou. Inclusive, eles receberam as seguintes respostas: - Taxa de outorga: as taxas de outorga estão suspensas no ano de 2020. Aqueles que pagaram por boleto não terão os valores restituídos. Os pagamentos parcelados por meio de cartão de crédito deverão ser tratados diretamente na URBS. - Taxa de vistoria, carteirinha e gerencial: ambas serão isentadas durante o ano de 2020. - Multas: não haverá perdão das multas. - Taxa de transferência: será aberta uma janela de 90 dias para transferências tendo como origem inventários e autorizatários que apresentem doenças. - Ajuda Emergencial: os taxistas deverão procurar o CRAS (nas ruas da Cidadania) para obterem o direito a compras no Armazém da Família e, caso esteja em situação de extrema vulnerabilidade, poderá receber ajuda assistencial do município. - Reedição da legislação de táxi: o Comitê de Crise do Serviço de Táxi fará um estudo com acompanhamento da categoria e apresentará o projeto de alteração da lei.

Jornalista Fernando Cruz Jornalista Responsável DRT/PR 5109 Neide Camussi Diretora - Presidente

As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma publicação de: Bandeira UM Agência de Notícias Ltda. CNPJ 07.314682/0001-56

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Sangue laranja continua salvando vidas

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Taxistas fazem doação de sangue pela quinta vez consecutiva

ão é nada fácil fazer das tripas coração, mas o povo brasileiro tira isso de letra. É uma pena que nem todo mundo tem essa determinação para transformar o pouco em muito quando o assunto é ajudar o outro. No entanto, um grupo de taxistas curitibanos entende bem a essência de fazer aquilo que pode para tornar o mundo um lugar melhor. Mesmo que cada um faça um pouquinho, juntos eles conseguem uma grande mobilização e, simplesmente, pensando no bem do próximo. Conscientizados sobre o papel social que eles representam, os taxistas realizaram mais uma campanha de doação de sangue, chamada “Meu Sangue Laranja Salva Vidas”. O nome da ação já diz muito sobre seu objetivo, afinal uma bolsa de sangue pode ser transformada em uma nova chance de vida para até três pessoas e os envolvidos nessa campanha não medem esforços

para incentivar doações. A iniciativa, que foi realizada em duas etapas durante o mês de maio, recebeu apoio do Jornal Bandeira UM e incentivo do Governo do Estado do Paraná. “Ficamos muito felizes com as manifestações de apoio. Isso nos deu uma motivação maior para trabalhar em prol dessa causa”, declara Defrânquine Fontes, secretário da UTC e um dos responsáveis pela organização da campanha. Defrânquine acrescenta que a equipe do Hemepar também colaborou muito para que tudo ocorresse da melhor forma. Realizada anualmente desde 2016, o dia oficial da ação é 5 de maio, mas esse ano a data foi alterada. “Como na data de aniversário da campanha os agendamentos para doação já estavam lotados, no dia 7 conseguimos 34 vagas e no dia 11 mais 15”, explica Defrânquine, ressaltando que, devido a pandemia de covid-19, o atendimento no Hemepar está

Manuella Gebran Dallegrave e Defrânquine Fontes estiveram presentes desde o início da campanha para orientar todos os taxistas.

Cerca de 50 taxistas deram seu próprio sangue para salvar a vida de quem precisa de doação.

sendo reduzido para a segurança de todos. Segundo Marilise Caus, assistente social e responsável pela captação de doadores do Hemepar, iniciativas como a dos taxistas são importantes para a manutenção dos estoques de sangue, pois o Hemepar atende 384 hospitais públicos, privados e filantrópicos. “Grupos de um mesmo segmento unidos reúnem um número maior de pessoas e conseguem propagar a ideia, o gesto de doar sangue, que é de extrema importância para que os hospitais sejam abastecidos e tenham a garantia de sangue para os pacientes”, analisa Marilise. Durante a pandemia, a equipe do Hemepar tem tomado várias medidas extra de segurança, como conferir a temperatura dos doadores antes mesmo deles entrarem no local e controlar o distanciamento entre as pessoas.

A enfermeira Manuella Gebran Dallegrave até entrou no grupo de Whatsapp dos taxistas interessados em doar sangue para dar orientações básicas sobre o que pode e o que não pode no momento da doação, quais são os critérios que impedem uma pessoa de doar e demais dúvidas que os integrantes pudessem ter. "O apoio foi focado em desconstruir alguns mitos. Por exemplo, muitas pessoas ainda acreditam que é preciso estar em jejum, como no exame de sangue, para fazer a doação, quando na verdade é preciso estar muito bem alimentado. Tem gente que acha que não pode doar sangue porque faz uso contínuo de medicamentos, mas existem casos que são permitidos. Eu também sempre dou ênfase em como funciona o atendimento no Hemepar para que o procedimento seja mais ágil e eficaz”, explica a enfermeira. Manuella afirma que fica


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Crédito das fotos e matéria: Jeniffer Oliveira

muito feliz em fazer parte da ação. “Essa campanha é simplesmente sensacional. Fico emocionada de ver a dedicação e carinho dos taxistas ao reunir tantas pessoas para ir doar sangue, um ato de amor ao próximo muito bonito. Ainda mais nesse momento, em que o mundo todo está precisando de mais empatia e compaixão. Fico feliz quando é meu plantão Matheus foi o primeiro a doar sangue na campanha deste ano. e encontro eles lá. Sinceramente acho que é disso que o mundo precisa, de mais sangue laranja", declara. No que depender de Juliano Gaspar, de 46 anos, sangue laranja é o que não vai faltar. Ele é taxista há 24 anos, doa sangue desde a adolescência e foi um dos responsáveis por organizar as primeiras ações do grupo de taxistas. “De tanto conversar com as pessoas e ver a neO jornalista Fernando Cruz, assessor do governador Ratinho Junior, apoiou participando cessidade que há sobre a do evento. doação de sangue, há cinco anos lancei essa campanha junto com outros taxistas. As coisas foram crescendo e, a cada ano, o resultado da iniciativa só melhora”, considera ele, afirmando que ajudar o próximo é sempre importante, ainda mais tendo a oportunidade de fazer isso de uma forma que não custa nada e leva apenas alguns minutos. Itamar Rangel, mais conhecido como Pinguim, também promete participar da ação por muito tempo. “Este ano é a primeira vez que fui participar da campanha Meu Sangue Laranja Salva Vidas, mas acabei não conseguindo fazer a doação no dia porque minha pressão estava muito alta. A equipe do Hemepar me orientou a voltar depois de 15 dias. O engraçado é que nunca tive problema com pressão, mas acredito que fiquei empolgado demais e isso atrapalEdson Gomes é taxista há 5 anos e foi a primeira vez que ele doou sangue. hou”, relata Pinguim, brincando que na próxima

ação vai ficar sentado e quieto até chegar a sua vez. “Faz oito anos que sou taxista e visto a camisa do setor, então estava muito animado por participar de algo tão importante junto com meus colegas”, justifica. Mobilizar quase 50 taxistas para doar sangue, mesmo em meio a pandemia, mostra o sucesso da campanha. "O número de participantes sempre varia, mas acredito que o apoio do governador Ratinho Junior e do Jornal Bandeira UM fez toda a classe de taxistas se envolverem mais esse ano. Sempre visando ajudar o próximo, sem esperar nada em troca", comenta Defrânquine, explicando que foram confeccionadas cerca de 50 máscaras na cor laranja para proteger todos os doadores e que eles tiveram que respeitar o distanciamento social durante todo o processo. Além de darem o próprio sangue pela causa, os taxistas procuram inspirar toda a sociedade para fazer o mesmo. Inclusive, duas rádios táxis cederam 100 vouchers para contemplar 50 pessoas com ida e volta ao Hemepar durante as doações de sangue. Alguns taxistas independentes também se disponibilizaram para fazer o translado de pessoas que queriam doar. É claro que, devido às medidas para evitar a propagação do covid-19, não foi possível fazer algo tão amplo. No entanto, o grupo pretende realizar mais vezes ações como essa.

Waldeocyr e Pinguim foram uns dos primeiros taxistas a chegarem ao Hemepar para participar da ação.


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Ações emergenciais ajudam comerciantes e taxistas a atravessar crise da covid-19

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or meio da Urbs (Urbanização de Curitiba S/A), o município implementou uma série de medidas emergenciais para ajudar seus permissionários a atravessar o período de dificuldades enfrentado em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Além do transporte coletivo da capital, a Urbs é responsável pelo gerenciamento de uma série de serviços, que inclui os táxis e as atividades comerciais em equipamentos públicos, como lojas e quiosques nos terminais de ônibus, ruas da cidadania, mercados públicos, entre outros. O número de permissionários chega a 1.070; já os taxistas somam 3.000 profissionais em atividade. As ações incluem a redução de 50% do valor da permissão de uso dos meses de abril, maio e junho aos comerciantes que ocupam espaços públicos administrados pela URBS, bem como isenção da permissão de uso para os locais que foram obrigados a manter o

Crédito das fotos: Daniel Castellano / SMCS

seu equipamento fechado em face de decretos municipais, como, por exemplo, as lanchonetes dos parque de Curitiba que estão bloqueados. Táxi Para os taxistas, as medidas incluem a suspensão do pagamento em 2020 da outorga anual (no valor de R$ 1.350,00), isenção da cobrança de taxas (como a de vistoria anual, de R$ 162,00 e a emissão de licença de condutor, de R$ 40,50) e um desconto de 90% no valor da transferência de titularidade dos táxis, que normalmente tem taxa R$ 9.990,00. O desconto da transferência vale por 90 dias e beneficia, por exemplo, titulares de táxis que desejem deixar o serviço, como viúvas de taxistas ou profissionais que passaram a ter incapacidade laboral (por doença). O presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, reitera que mesmo com as isenções de pagamentos, todas as vistorias técnicas nos táxis

Luiz Fernando Jamur, secretário de Governo Municipal e o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia, buscam atender as reivindicações dos taxistas.

Reunião entre representantes da Prefeitura e taxistas para discutir ações de ajuda em tempos de Covid-19.

estão sendo mantidas pela Urbs. Os taxistas também poderão fazer suas compras no Armazém da Família, apresentando documentação exigida e a carteirinha da URBS. Os armazéns vendem gêneros alimentícios e itens de higiene e limpeza com, em média, 30% de desconto em relação ao comércio normal. O benefício é concedido normalmente a famílias com renda até cinco salários mínimos. Luiz Fernando Jamur, secretário de Governo Municipal, destacou

que o pacote de medidas contribui de forma significativa para auxiliar a categoria neste período de dificuldades. “E está dentro das possibilidades do município”, afirmou. Segundo ele, a pandemia exigirá ajustes frequentes das ações municipais nos próximos meses, sendo que o diálogo com a categoria será mantido de forma permanente. As ações para os taxistas serão implementadas por decretos a serem expedidos nos próximos dias.

Cabine de acrílico pode proteger taxistas do covid-19

Especialistas dizem que a proteção reduz a propagação do vírus, mas não elimina totalmente o risco de contágio

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uso obrigatório de máscaras em táxis pode até reduzir as chances, mas não elimina o risco de contágio do coronavírus. Pensando nisso, uma empresa especializada em materiais de acrílico desenvolveu uma cabine que aumenta a proteção de motoristas e passageiros. O produto é feito com policarbonato de 3 mm de espessura e tem formato de "L", para proteger o banco do condutor. A cabine é fixada no assoalho do veículo e possui tiras ajustáveis que vão ao encosto da cabeça e no assento. É possível colocar uma moldura de espuma em volta da placa acrílica, caso o cliente deseje. "Desenvolvemos o projeto em conjunto com a Cooperativa Ligue Táxi e 15 motoristas já realizaram a compra, mas alguns ainda não instalaram a proteção por conta do baixo número de viagens que estão fazendo diariamente", afirma Taísa Almeida, sócia-proprietária da Artcryl. O custo da cabine protetora varia de acordo com o tamanho do veículo. O valor sugerido, incluindo o custo da instalação, é de R$ 398,99 para hatches e R$ 499,98 para sedãs e SUVs. Protege mesmo? Não é só no Brasil que taxistas buscam soluções para se proteger do coronavírus. Vários deles improvisam uma proteção com filme plástico, como mostram relatos na China e nos Estados Unidos. Especialistas afirmam que a iniciativa pode até proporcionar alguma proteção inicial, mas não elimina o

Crédito das fotos e matéria: Jeniffer Oliveira

risco e cria outras possibilidades de contágio. "Improvisações como essa são perigosas. Podem até contaminar mais do que prevenir", alerta Luciano Goldani, professor titular de infectologia da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Alexandre Zavascki, também professor de infectologia da Faculdade de Medicina da UFRGS, faz coro ao colega. "Em teoria, essas bolhas podem funcionar e reduzir o risco. Em situações nas quais você fica em contato próximo, a menos de um metro, uma barreira física contém a emissão das gotículas com o vírus", pondera, alertando sobre a necessidade de realizar a limpeza adequada Desenvolvida em parceria com da "bolha" plástica para evitar contaminações. uma cooperativa de táxi, a cabine é fixada no assoalho do veículo. "Isso vale muito para a questão do uso de equipamentos por pessoas não treinadas. Até a própria máscara, se não for adequadamente usada, vai levar a manipulações excessivas. Isso acaba contaminando a mão e posteriormente a boca, o nariz e as vias respiratórias", acrescenta Alexandre.


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Maio Amarelo adverte os perigos no trânsito

Crédito da foto: Daniel Castellano / SMCS

Profissionais que prestam serviços essenciais, como os taxistas, foram o foco da campanha neste ano

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m maio o mundo se ilumina de amarelo para chamar a atenção da sociedade para a violência do trânsito. Com o tema “Perceba o risco. Proteja a vida”, o Maio Amarelo deste ano focou em ações nos meios digitais. A principal característica do movimento Maio Amarelo é a mobilização da sociedade com ações nas ruas, praças, escolas e rodovias de todo o país. Porém, com o intuito de atender as orientações do Ministério da Saúde referentes à pandemia do coronavírus, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) decidiu focar no Maio Amarelo Digital, deixando as ações presenciais para setembro de 2020. A campanha Maio Amarelo deste ano está sendo voltada para os profissionais que prestam serviços essenciais ao país, como taxistas, caminhoneiros, motoristas de aplicativo, motociclistas e ciclistas entregadores, além de profissionais de saúde. De acordo

com o Ministério da Infraestrutura, a campanha disponibilizou informações e orientações que auxiliam na proteção de quem precisa estar diariamente nas ruas para garantir a saúde e segurança da população e o abastecimento do país durante o enfrentamento ao coronavírus. Foco da campanha Em sua 7ª edição, a campanha do Maio Amarelo é focada na conscientização para redução de acidentes de trânsito e visa chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortos e feridos. De 11 de março a 26 de abril, a PRF registrou uma redução de 26% no número de acidentes em todo o Brasil, se comparado ao mesmo período de 2019. Os registros caíram de 8.251 para 6.070. Os acidentes graves caíram de 2.084 no ano passado para 1.659 nesse período de pandemia, uma redução de 20%. O órgão registrou também uma queda de 29% no número

de feridos, que passou de 9.435 para 6.708. Isso significa dizer que são 2.727 pessoas feridas a menos, que poderiam necessitar de atendimento hospitalar, e 2.727 leitos a mais para quem precisa ser tratado da covid-19. Apesar da redução nas estatísticas, a Polícia Rodoviária Federal reforça a importância da obediência às leis de trânsito já que de 11 de março a 26 de abril, foram registrados 552 óbitos nas estradas federais brasileiras. O número é apenas 3% a menos do que o registrado em 2019. Redes sociais A campanha está sendo realizada por meio das redes sociais do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e das instituições parceiras, como Ministério da Cidadania (Senapred), Ministério da Saúde (DASNT/SVS), DNIT, ANTT, PRF, Associação dos Detrans (AND), Organização Pan-

Americana de Saúde (OPAS/OMS), Sest/Senat e Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), entre outras. Além disso, durante todo o mês de maio, a Esplanada dos Ministérios e diversos órgãos públicos estão iluminados na cor amarela, representando a atenção na sinalização de advertência no trânsito. Maio Amarelo Kids Ta m b é m f o i l a n ç a d o u m aplicativo chamado de Maio Amarelo Kids, que visa auxiliar a criança na educação de trânsito. O jogo está disponível gratuitamente nas lojas da App Store e Google Play para crianças de 7 a 14 anos.

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