Jornal Bandeira UM, edição 182, Junho de 2020

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Ano 16 nº 182 Curitiba - PR Publicação mensal direcionada aos taxistas e usuários

Junho 2020

Distribuição Dirigida Comprometido com os interesses da categoria

Correndo contra a crise Jorge afirma que este é o momento mais difícil que já vivenciou em seus 45 anos como taxista

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Crédito da foto: Jeniffer Oliveira

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Curitiba, Junho 2020

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Em Teresina, 14 taxistas testam positivo para a Covid-19

Desde o dia 1° a Prefeitura de Teresina vem realizando a testagem de taxistas para coibir a disseminação do vírus na capital

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Prefeitura de Teresina iniciou dia 1° último a testagem para a Covid-19 em cerca de dois mil taxistas. Até a primeira quinzena, 568 agendamentos foram realizados e 356 motoristas de táxis foram submetidos ao exame da doença, onde 14 deles testaram positivo. Agora, a testagem também foi ampliada aos mototaxistas. O objetivo da testagem da categoria é identificar os trabalhadores que já foram infectados para coibir a disseminação do vírus. Todos os servidores da prefeitura foram testados, assim como deve ser feito nos funcionários do setor privado, como determina o decreto municipal. Para fazer o teste, o mototaxista deve ser cadastrado na Superintendência Municipal de Transportes e

Trânsito (Strans). Eles podem fazer agendamento do exame pelo site, clicar em “Agendar meu teste” e seguir as instruções. A aplicação da testagem será feita pela Fundação Municipal de Saúde (FMS), em sistema drive-thru, em dois locais: nos estacionamentos do Teresina Shopping e do Shopping Rio Poty. Decretos determinam distanciamento social Para evitar a contaminação pelo vírus, o isolamento social e medidas emergenciais foram determinados por meio de decretos do governo do estado e das prefeituras, como na capital piauiense, para que a população fique em casa e evite ao máximo ir às ruas. Aulas em esco-

las e universidades, a maioria das atividades comerciais, esportivas e de serviços em geral está suspensa por tempo indeterminado. Serviços essenciais como farmácias, postos de combustíveis e supermercados continuam mantidos mas estão regulamentados. O atendimento em clínicas, hospitais e laboratórios, assim como o funcionamento de escritórios de advocacia e contábeis também foram liberados mediante cumprimento de regras. O uso de máscaras em locais públicos tornou-se obrigatório em todo o estado. Policiais fazem abordagens nas fronteiras do estado a ônibus e veículos particulares. Os decretos preveem que quem descumprir as regras pode ser penalizado com multa ou até prisão.

Crédito das fotos: Renan Morais/G1

Taxistas serão testados para Covid-19 em Teresina.

Mototaxistas poderão realizar o teste para a Covid-19.

Do táxi para as redes

Loira Fantasma desembarca no mundo virtual

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á exatos 45 anos, pela imprensa, chegava ao imaginário popular a lenda da Loira Fantasma. A personagem, que já foi tema de peça de teatro e curta-metragem, desde o dia 20 último ganhou as redes sociais pela página do Facebook Fantasmogênse: em Busca da Loira Fantasma. O lançamento fez parte da proposta vencedora do segundo edital para Histórias em Quadrinhos (HQ), lançado em 2019 pela Fundação Cultural de Curitiba (FCC) e apoiado pela Lei de Incentivo à Cultura. Aos poucos, os leitores acompanharão o que já foi produzido sobre a loura misteriosa, desde as matérias dos jornais locais de 1975 até a repercussão cultural, anos depois, no teatro, cinema e na literatura. Projeto cultural “A ideia da página é fomentar a curiosidade das pessoas sobre essa lenda urbana, que já teria sido vista em outros lugares do Brasil, e criar ambiente para o lançamento da grafic novel da Loira”, conta o desenhista Antônio Éder, um dos autores do projeto e ex-aluno da Gibiteca - o espaço cultural da FCC voltado para desenho, ilustração, cartoon e animação. O ponto alto da iniciativa será uma graphic novel,

EXPEDIENTE

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elaborada em parceria com o também desenhista André Stahlschmidt. Ela deverá ser publicada até o fim deste ano, se as medidas de prevenção contra a covid-19 não adiarem a data. A publicação terá 135 páginas de desenhos em preto e branco sobre a loira misteriosa e os personagens que a tornam lembrada mesmo quase cinco décadas depois do seu aparecimento - taxistas que a teriam conduzido, o policial que afirmava tê-la visto e alvejado em um dos táxis e mulheres confundidas com a Loira, além de repórteres que colocaram o caso nas capas dos jornais. Em 2014, Loira Fantasma ganhou um capítulo no livro Bocas Malditas: Curitiba e suas Histórias de Gelar o Sangue. Nele os leitores também podem conferir detalhes sobre Maria Bueno, O Maníaco da Tesoura, O Mendigo Macabro e O Fantasma do Pilarzinho, entre outros personagens que habitam o imaginário dos curitibanos. A lenda Um boato sobre um taxista que comunicou à polícia o caso da passageira desaparecida do carro, no meio do trajeto, teria dado origem à lenda. Apesar de meter

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Jornalista Fernando Cruz Jornalista Responsável DRT/PR 5109 Neide Camussi Diretora - Presidente

As matérias assinadas não expressam necessariamente a opinião do Jornal.

Crédito da foto: Divulgação

medo nas pessoas, a loira não fazia mal a ninguém e o temor que representava se resumia a aparecer e desaparecer sem deixar pistas. Os ataques da loira contra taxistas e os tiros que teria recebido de um policial não foram provados. Mesmo assim, a história era tida como verdadeira por quem a acompanhava e assustava os moradores da Curitiba de então - uma cidade com menos de 700 mil habitantes e há menos de dois meses de ficar hipnotizada com um fenômeno natural igualmente inesquecível: a neve de 17 de julho daquele ano.

Uma publicação de: Bandeira UM Agência de Notícias Ltda. CNPJ 07.314682/0001-56

JBC


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#USEMASCARA

A PREFEITURA DE CURITIBA

cuida da cidade e cuida devocê. SAÚDE Primeira capital a usar videoconsultas para suspeitos da Covid-19.

LIXO Limpeza de ruas, rios e ampliação da coleta seletiva em todas as regiões.

RIOS Retirada dos lixos: rios mais limpos e redução das enchentes na cidade.

ASFALTO Asfalto novo em todos os bairros de Curitiba.

MEIO AMBIENTE Revitalização de espaços e mais de 50 mil árvores plantadas.

ILUMINAÇÃO Troca recorde de lâmpadas em ruas, avenidas e espaços públicos.

Muito está sendo feito e vamos continuar a fazer: cuidar da cidade e cuidar de você.

Aponte a câmera do celular e digite seu bairro.


Curitiba, Junho 2020

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Taxistas temem perder carros por não conseguirem renegociar financiamentos com Banco do Brasil

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em trabalhar há 60 dias por conta da pandemia do coronavírus, o taxista Roberto Damasceno, de 55 anos, teme perder o seu veículo por não conseguir negociar as parcelas do financiamento com o Banco do Brasil. A linha de crédito que possui é o FAT Taxista, que financia carros com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), com taxas de 4% ao ano + TJLP e prazo de pagamento de até 60 meses. Por ser exclusiva da instituição, não há como fazer a portabilidade. Com a determinação de isolamento social e poucas pessoas nas ruas, eu praticamente estava pagando para trabalhar. Em um dia, gastei R$ 120 de combustível e ganhei só R$ 40. Não valia a pena - explica: -com isso, já tenho duas parcelas de R$ 700 em aberto. Meu financiamento foi feito em 2016 e

falta apenas um ano para quitar. Não posso perder o meu carro tão perto... O taxista Alexandro Figueiredo Silva, de 44 anos, que mora com a mãe idosa de 78 anos, também está sem trabalhar nesse período. Ele conta que conseguiu renegociar a fatura do cartão de crédito com outra instituição bancária, mas não teve sucesso ao tentar conversar com o Banco do Brasil sobre o financiamento que fez em 2019, cujas parcelas são de aproximadamente R$ 1200 por mês: Entrei em contato com o banco e disseram que não havia ainda nenhuma posição sobre o FAT. Então, juntei as economias e paguei a prestação de março. Aguardei o mês seguinte, mas não ouvi novidades - desabafa: -Meu medo é tomarem meu carro. Quero pagar, mas estou sem renda!

Uma resposta semelhante obteve o também taxista Thiago Paixão, de 37 anos, ao tentar uma renegociação. Por ter imunidade baixa devido a um câncer linfático, o motorista está respeitando a quarentena e, sem renda, já acumula dívida superior a R$ 1.600. Conversei com gerente da conta e ela me informou que o BB não tem autonomia pra negociar créditos da modalidade FAT e que o juro já está abaixo do mercado - contou. Para não perder o veículo, Felipe Cruz, de 47 anos, optou por não honrar outras despesas fixas, por exemplo, o pagamento do condomínio. No entanto, sem saber como irá conseguir pagar a próxima parcela, reclama da falta de diálogo do banco: Há dois anos, fiz um financiamento em 58 parcelas e pago hoje em torno de R$ 900 por mês. Fui à

Crédito da foto: Guilherme Pinto

Sem renda, taxistas não conseguem pagar financiamentos dos carros

minha agência física, mas não havia ainda nada previsto em relação ao FAT. Se eu pudesse congelar o pagamento por dois meses já ajudava! Em nota, o Banco do Brasil informou que “em linha com a resolução do Conselho Deliberativo Do Fundo de Amparo ao Trabalhador, disponibilizará solução permitindo a repactuação dos contratos”, concluindo que o processo está em fase final de ajustes e que será disponibilizado aos clientes em breve.

Menino de 5 anos rouba carro dos pais para ir comprar uma lamborghini O garoto tinha US$ 3 no bolso e disse que ia até a Califórnia para adquirir o veículo

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que parecia ser mais um dia de trabalho comum para o policial rodoviário Rick Morgan, de Utah, nos Estados Unidos, acabou se tornando um dos mais inusitados de sua carreira. No dia 4 de maio, durante o patrulhamento da rodovia I-15, Morgan notou um Dodge Journey rodando a uma velocidade baixa e costurando entre as faixas. Imaginando que o motorista pudesse estar passando por alguma emergência médica, o policial ligou a sirene e pediu para que ele encostasse. Para

Apesar de mal conseguir enxergar sobre o volante, Adrian rodou por vários quilômetros até ser parado.

sua surpresa, ao se aproximar do veículo, Morgan encontrou um menino de apenas 5 anos ao volante. A câmera localizada no painel da viatura filmou o policial questionando o garoto, chamado Adrian Zamarripa, que afirmou estar indo para a Califórnia - uma viagem de aproximadamente 12 horas e mais de 1.200 km. “Ele disse que queria comprar um Lamborghini quando chegasse ao destino e, para isso, mostrou sua carteira com US$ 3 (quase R$ 17)”, relatou o policial. Adrian tomou a decisão de roubar o carro dos pais após sua mãe se recusar a lhe dar de presente um esportivo da marca, que nos EUA não sai por menos de US$ 200 mil (R$ 1,1 milhão). Apesar de mal conseguir enxergar sobre o volante, Adrian rodou por vários quilômetros até ser parado. Por estar em uma posição desfavorável, sentado na ponta do banco para alcançar os pedais, qualquer escorregada poderia ter causado um acidente. Como ninguém se machucou, os promotores locais decidiram não prestar queixa contra os pais do garoto. O casal havia saído para trabalhar, mas tinham deixado Adrian aos cuidados do irmão mais

Crédito das fotos: Divulgação

Graças à comoção de um vizinho, Adrian pode matar sua vontade de andar de Lamborghini.

velho quando o episódio aconteceu, por isso as autoridades não considerou a situação como negligência. Com a repercussão da história, alguns dias depois Adrian ganhou um passeio impressionante, apesar do castigo por conta do susto que ele deu na família. Jeremy Neves, que mora em uma cidade próxima, ofereceu à família do menino um passeio em seu carro, uma Lamborghini Huracán. Jeremy dirigiu até Ogden, em Utah, para presentear o menino com o passeio. As fotos mostram que Adrian se divertiu bastante.


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Correndo contra a crise

Jorge afirma que este é o momento mais difícil que já vivenciou em seus 45 anos como taxista

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epois de ficar dois meses sem trabalhar, o taxista Jorge da Silva resolveu se aventurar em algumas corridas, principalmente a tarde, mas percebeu que está sendo muito difícil para sobreviver com a atividade. “Estamos enfrentando uma grande dificuldade, não está tendo passageiros. Acho que enquanto não reabrir os shoppings, não voltar às aulas e mais alguma coisa assim vai ser muito difícil retomar o movimento”, considera o taxista. Jorge faz parte do grupo de risco do

Durante seus 45 anos de taxista, Jorge disse que nunca viu uma crise igual a essa.

coronavírus devido sua idade e até tem receio de se expor, mas ficou fora da suas funções para respeitar as medidas de isolamento social propostas pelo Governo Municipal de Curitiba. “Como o prefeito determinou que pessoas acima de 70 anos deviam permanecer em casa, no dia seguinte eu já deixei de fazer corridas para cumprir a determinação dele”, explica. Durante seus 45 anos de taxista, Jorge disse que nunca viu uma crise igual a essa. “Apenas a crise mundial do petróleo afetou tanto a nossa classe, mas ainda assim a pandemia do coronavírus está sendo ainda mais difícil para superar”, lamenta o taxista, explicando que além das dificuldades econômicas, ainda há a constante preocupação com a situação. Atualmente, os taxistas precisam higienizar seus veículos todos os dias, devem usar máscaras e álcool em gel constantemente. “Antes dessa crise a gente trabalhava tranquilo, sem estresse, sem medo... Mesmo com a concorrência dos aplicativos, a gente sempre tinha os passageiros fiéis ao táxi e conseguia trabalhar com certa harmonia”, compara o taxista, afirmando que sente medo ao sair para trabalhar, apesar de tomar todos os cuidados necessários.

Cinco pontos do Nossa Feira reabriram em Curitiba

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esde o último dia 8, todos os pontos do programa Nossa Feira da Prefeitura abriram, normalmente, das 15h às 21h. Como prevenção à covid-19, a Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional (SMSAN) permitiu que o funcionamento dos locais fosse facultativo. Cinco dos nove pontos estavam fechados desde o fim de março. O programa Nossa Feira comercializa, ao preço único de R$ 2,29 o quilo, frutas, legumes e verduras fresquinhos cultivados por agricultores

familiares da Grande Curitiba. Voltaram a funcionar os pontos da Cooperativa Agrícola de Colombo (Cooacol), na Praça 19 de Dezembro, no Centro (segundas); da Rua Brasílio José Betezek, no São Braz (terças); da Avenida Anita Garibaldi, próximo ao Parque Barreirinha (quartas); da Rua Conde dos Arcos, no Lindóia (quintas); e da Rua Jorge Barbosa, no Boa vista (sextas). Administrados pela Cooperativa de Processamento e Agricultura Solidária de São José dos Pinhais (Copasol),

continuavam abertos os pontos do Nossa Feira no Jardim Primavera, no Uberaba; na Avenida Jornalista Aderbal Gaertner Stresser, no Cajuru; na Rua São Vicente de Paulo, no Campina do Siqueira; e na Rua José Morais, no Pilarzinho. Segundo Luiz Maskow, gerente de Feiras da SMSAN, as cooperativas parceiras do Nossa Feira foram orientadas a dispor álcool gel 70% e a reforçarem a prática de lavagem de mão. Em local visível, haverá o material informativo sobre como se prevenir.

Crédito das fotos e matéria: Jeniffer Oliveira

Apesar de estar seguindo as medidas recomendadas, Jorge sente que o risco da pandemia pesa tanto quanto a baixa no faturamento.

Crédito da foto: Luiz Costa/SMCS

Cinco pontos do Nossa Feira já estão atendendo.


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Assembleia Legislativa do Rio poderá refinanciar parcelas de veículos de taxistas e de motoristas de aplicativos

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Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou em sessão extraordinária que a Agência de Fomento do Estado do Rio (AgeRio) pode ser autorizada a refinanciar as parcelas dos financiamentos dos veículos utilizados pelos taxistas e motoristas de aplicativos. Agora o texto segue para sanção ou veto do governador. A determinação é do projeto de lei 2.486/2020. A medida valerá somente para as prestações vencidas durante os meses de vigência do estado de calamidade em decorrência do coronavírus. As parcelas pagas pela AgeRio serão

Crédito da foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo

financiadas em até 12 meses após o encerramento do estado de calamidade, com carência mínima de 60 dias e juros máximos de 1% ao mês. O Poder Executivo deverá regulamentar a norma através de decretos. “A pandemia do coronavírus deixou muitos taxistas e motoristas de aplicativos sem ter como pagar taxas e tributos estaduais, além de terem dificuldade econômica para arcar com as prestações de seus veículos de tra- A medida valerá somente para as prestações vencidas balho”, declarou Max Lemos (PSDB), autor durante os meses de vigência do estado de calamidade. original a proposta. Também assinam o texto como coautores beleireiro (DC), Gil Vianna (PSL), Renato os seguintes deputados: Vandro Família Cozzolino (PRP), Thiago Pampolha (PDT) e (SDD), Marcos Muller (PHS), Marcelo Ca- Marina Rocha (PMB).

Taxistas realizam projeto intercooperativo

Serviços de transportes de mercadorias para e-commerces estão sendo realizados por taxistas em BH

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Crédito da foto e matéria: Jeniffer Oliveira

erviços de entregas que antes da pandemia eram explorados exclusivamente pelos Correios, transportadoras mercantis e alguns poucos profissionais liberais, agora passam a ser atendidos por cooperativas de transporte, otimizando as entregas para os consumidores. Neste cenário, agravado pelo isolamento social, a Coopmetro, de Belo Horizonte (MG), passou a oferecer serviços de transportes de mercadorias para e-commerces via taxistas. A cooperativa ampliou as formas de entrega fechando uma parceria com os associados da Ligue-Taxi BH, visando ocupar o tempo ocioso do taxista com o transporte de pequenas entregas advindas do comércio virtual. O projeto-piloto realizado na capital mineira reforça a possibilidade de uma ação inédita de intercooperação entre cooperatiParceria entre cooperativas de transporte de cargas e de passageiros pode ser aplicada vas de transporte de cargas e de passageiros. A ideia é levar a em outras cidades em breve. iniciativa nos mesmos moldes para outras cidades, como Brasília (DF), Salvador (BA) e Fortaleza (CE). “Essa parceria entre Coopmetro e Ligue-Taxi BH permite outros mercados e, principalmente, perspectivas positivas para ao cooperado uma nova fonte de renda, diversificação do por- o negócio e seu sustento”, destaca o diretor administrativo da tfólio de serviços, ampliação da base de conhecimentos para Coopmetro, Evaldo Matos.

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Curitiba, Junho 2020

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Pato ou águia?

Especialista afirma que taxistas devem prestar atenção em qual perfil se encaixam

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rancisco Ometto, especialista em gestão de negócios, publicou recentemente um artigo comparando taxistas a patos e águias. O texto apresenta uma análise sobre a postura adotada por profissionais diante das mudanças no mercado. Francisco tece comentários baseados em uma experiencia vivenciada por ele em Viena. “Chegando ao aeroporto, um taxista veio até mim. A primeira coisa que percebi foi um carro muito limpo. O motorista, muito bem-vestido, saiu do veículo, abriu a porta e falou: ‘Eu sou Lan, seu condutor até seu próximo destino. Enquanto coloco suas malas no bagageiro, gostaria que lesse neste cartão qual é a minha missão’. No cartão estava escrito: ‘Missão de Lan: levar meus clientes ao destino de forma rápida, segura e econômica, num ambiente amigável’”, relata Francisco, afirmando que ficou impressionado. Quando ele já estava dentro do táxi, Lan perguntou se Francisco aceitava um café, mas ele respondeu que preferia suco. Lan disse que não tinha problema, pois o táxi possuía uma térmica com suco normal, outra com suco diet e mais uma com água. “Se eu quisesse algo para ler, ele tinha o jornal do dia e algumas revistas. Também ofereceu a senha do Wi-fi e, durante o trajeto, ele foi me dizendo: ‘Essas são as estações de rádio que tenho, mas se preferir pode

Metáfora sobre patos e águias traz uma reflexão importante para o atual momento.

escolher uma playlist de músicas’. Lan ainda me perguntou se a temperatura do ar-condicionado estava como eu queria, se eu gostaria de conversar ou preferia o silêncio”, descreve o especialista. Não me segurei mais e perguntei: “Você sempre atende seus clientes assim? ‘Não’, ele respondeu. ‘Não era assim. Em meus primeiros anos como taxista passei a maior parte do tempo reclamando igual aos demais taxistas, então decidi mudar minhas atitudes e fazer diferente. Olhei para outros motoristas: táxis sujos, pouco amigáveis e clientes insatisfeitos. Tomei a decisão de fazer umas mudanças. Quando meus clientes responderam bem, fiz outras mudanças. No meu primeiro ano dupliquei meu faturamento. Este ano já quadrupliquei. Você teve sorte de pegar meu táxi hoje. Já não fico mais na parada de táxis. Meus clientes fazem reserva pelo meu celular ou no meu site e, se não posso atender, indico um amigo taxista para fazer o serviço”. Francisco acredita que esta história traz ensinamentos poderosos, totalmente pertinentes ao momento que estamos passando, mas não só para ele e sim para toda a vida. “Em meus cursos, atendimentos, consultorias ou palestras, sempre falo sobre patos e águias. Patos, nesta metáfora, são negativos, só fazem barulho e se queixam. Patos adoram a zona de conforto, a terceirização das responsabilidades, o pessimismo, a alienação de aceitar tudo o que falam ou fazem, sem filtro crítico. Águias se colocam numa posição mais elevada. Lan estabeleceu uma meta, criou entusiasmo e tomou a atitude de deixar de ser um reclamão reativo para voar sobre o grupo. Ele deixou de ser pato para ser águia!”, explica o especialista. E nós, somos patos ou águias em nossa vida pessoal ou profissional? Re-

Crédito das fotos: Divulgação

Francisco Ometto explica que é preciso deixar de ser pato e voar como águia para fugir da crise.

clamamos ou fazemos o que realmente precisa ser feito? Pessoas de sucesso voam como águias e não escolhem a passividade. Águias sabem gerenciar o tempo, dizer não e procurar ajuda, são sábias, vão além do básico. Segundo Francisco, um dos principais interlocutores do bloqueio é o apego. “Você pode estar apegado à forma como as coisas são, não importando o quão destrutivas elas já se tornaram. A reflexão e o olhar diferente sobre essas coisas estão em falta. Podemos escolher achar que não vai dar certo e desistir, mas também podemos escolher fazer algo para resolver isso de uma forma diferente do que fizemos até aqui”, explica ele. Não se prenda na sua própria versão da realidade. Por que continuar vendo o mundo na mesma perspectiva? Do que você realmente precisa? Freud uma vez disse: “Qual sua responsabilidade na desordem que você tanto reclama?” Pense sobre isso! O bloqueio é apenas um obstáculo que fica no meio do caminho do seu verdadeiro eu. Saia da zona de conforto. Abandone algumas formas apegadas e parciais de ver as coisas. Faça dos seus problemas oportunidades para desistir de ilusões e conformismos sobre si mesmo e sobre a vida.


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Curitiba, Junho 2020

Prefeitura e Caixa formalizam financiamento de R$ 250 milhões

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Prefeitura de Curitiba formalizou, no inicio deste mês, empréstimo de R$ 250 milhões da Caixa Econômica Federal para investimentos em obras, equipamentos e projetos urbanos como a Rua da Cidadania da CIC, ampliação da malha cicloviária, entre outros. O contrato de financiamento foi assinado, no Palácio 29 de Março, pelo prefeito Rafael Greca e a superintendência da Caixa na capital. A operação de crédito foi autorizada pela Lei n°15564/2019, publicada no Diário Oficial da União (DOU) n°232 03/12/19 após a aprovação, em plenário, pela Câmara Municipal de Curitiba, em 2 de dezembro do ano passado. “A parceria com a Caixa representa um suporte importante para movimentar a economia, gerar empregos e ao mesmo tempo garantir um legado de melhoria da infraestrutura de nossa cidade no pós-pandemia”, afirma o prefeito Rafael Greca. Os recursos fazem parte do programa de Financiamento para Infraestrutura e Saneamento (Finisa), da Caixa, para obras e serviços de infraestrutura urbana e equipamentos públicos. Estão na lista deste investimento a construção da Rua da Cidadania da CIC, obras de mobilidade com a implantação e revitalização de infraestrutura cicloviária, obras complementares na Linha Verde, melhorias de calçadas e pavimentação de vias com asfalto definitivo, a requalificação do Moinho Rebouças, obras de drenagem, saneamento, proteção, recuperação ambiental, contenção de erosão e recuperação de margens em bacias hidrográficas e a elaboração de projetos de mobilidade urbana. Legado Os recursos se somam a outros investimentos de grande monta para

Crédito da Ilustração: IPPUC

Regional CIC ganhará Rua da Cidadania com sustentabilidade energética.

obras e projetos estruturantes em negociação pela Prefeitura. Como parte do trabalho pela melhoria da infraestrutura urbana, a Prefeitura de Curitiba já tem encaminhados junto à Comissão de Financiamentos Externos (Cofiex) do Ministério da Economia cartas consulta para investimentos da ordem de US$ 278,5 milhões, cerca de R$ 1,38 bilhão. Deste total US$ 222 milhões (R$ 1,1 bilhão) são provenientes de financiamentos internacionais do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e New Development Bank (NDB) e US$ 56,5 milhões de contrapartidas municipais.


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